terça-feira, julho 23, 2019

O Arranjo Divino

Por: M. Yiossuf Mohamed Adamgy

Prezados Irmãos,

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estende r o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

Os Judeus e Cristãos foram ordenados por Deus para preservarem os seus Respectivos Livros sagrados, a Torah e o Evangelho. Por conseguinte, de início, a responsabilidade pela preservação dessas escrituras divinas, recaiu sobre os seus seguidores, enquanto Deus, Ele mesmo, assumiu a responsabilidade de manter intacto o Alcorão: "Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador”. (15:9).

As escrituras anteriores eram Livros de Deus, assim como o Alcorão. A única diferença era que os portadores de tais livros falharam na sua tarefa de preservá-los, e, portanto, perderam as suas qualidades originais.

Quanto ao Alcorão, Deus guardou-o, fornecendo o Seu socorro divino especial para a sua salvaguarda, mantendo-o em seu estado primitivo. Isso, no entanto, não significa que os anjos desceram do céu, a fim de manter o Alcorão sob a sua proteção. No mundo atual, sendo um julgamento, as realidades do outro mundo permanecem escondidas de nós, nesta vida. Pode, portanto, nunca acontecer que os anjos venham praticamente descer a fim de proteger o Alcorão. Todas essas coisas são alcançadas neste mundo sob circunstâncias normais e não extraordinárias. Aqui, esta tarefa deve ser realizada por nós, seres humanos normais, e através de processos históricos, sem o véu do ser invisível levantado.

Eventos ao longo da história humana confirmam o cumprimento da vontade de Deus. No caso do último Profeta do Islão é distintamente diferente dos outros Profetas. Por ocasião da Hajjatul wida, a última Peregrinação, que o Profeta realizou dois meses e meio antes de sua morte, ele foi acompanhado por uma enorme multidão de muçulmanos nas planícies de Arafat. Este número é extraordinariamente grande, considerando-se que a população mundial nos tempos antigos era muito menor do que é hoje. Após a morte do Profeta (p.e.c.e.) esse número passou a aumentar, à medida que a nação abraçou o Islão. 

Desta forma, um vasto grupo humano surgiu como nunca tinha existido, anteriormente, para a guarda de quaisquer outras escrituras reveladas.

Outro evento útil que se seguiu foi uma série de conquistas dentro e fora da Arábia, através da qual os muçulmanos ganharam, progressivamente, o domínio sobre um vasto território habitado do mundo antigo e estabeleceram o maior e mais forte dos impérios do tempo. Este império, forte demais para ser superado por qualquer outro poder, era bem capaz de proteger a autenticidade do Alcorão, resistindo a todas as investidas por mais de mil anos. Depois, com o advento da era da imprensa, a possibilidade de o Alcorão ser destruído foi, finalmente, descartada. Na era da imprensa tornou-se possível imprimir um milhão de cópias de apenas um manuscrito - algo que tinha sido uma impossibilidade, nos tempos antigos, quando cada cópia foi separadamente escrita, à mão. Foi por isso que uma cópia era diferente de outra, em certa medida. Isso aconteceu com todos os livros antigos. Foi só no caso do Alcorão, da qual dezenas de milhares de cópias foram escritas à mão antes da idade de imprensa, (um grande número de cópias ainda estão disponíveis em museus e bibliotecas) em que, surpreendentemente, não havia a menor diferença entre um e outro manuscrito. Se os muçulmanos se tornaram tão atentos e sensíveis para manter a perfeição do Alcorão, foi por causa do socorro divino especial de Deus.

Além disso, havia um outro arranjo inspirado por Deus. Ou seja, o único método de gravar todo o Texto na memória, o que veio a ser praticado no caso do Alcorão — um método que nunca antes tinha sido aplicado a qualquer outro Livro na história da humanidade. 

Centenas de milhares de pessoas foram motivadas (por Deus) para aprender de cor o Texto do Alcorão, do começo ao fim. Desde o início do Alcorão até aos nossos dias, milhares e milhares de pessoas conhecidas como hafiz (aquele que decora todo o Alcorão de memória) existiram em cada geração. A história diz-nos que não há nenhum outro Livro cujos seguidores têm demonstrado tal extremo cuidado em memorizar o Texto. Foi esse costume de lembrar o Alcorão de cor que fez a sua preservação possível.

Este sistema único foi denominado por um orientalista francês por "duplo controle", ou seja, primeiro combinando o conteúdo de uma cópia com o outro e, em seguida, verificando-o, novamente, a partir da memória.

Todo o procedimento foi seguido, para a proteção do Alcorão, no decorrer de 14 séculos de História Islâmica,ser assistido por Deus. No entanto, a fim de que este mundo possa continuar a ser um campo de testes para a humanidade, tudo isso aconteceu sob um véu (ou seja, apesar de ter sido Deus quem influenciou eventos e motivou as pessoas, Ele permaneceu oculto, porque o ser humano está em julgamento neste mundo). No Dia do Julgamento, quando todas as realidades forem postas a nu, as pessoas irão observar como o próprio Deus estava a realizar, diretamente, a tarefa de proteger o Alcorão, desde o início da revolução islâmica ao advento da era da imprensa, que com o seu mais sofisticado método de replicação, facilitou a rápida propagação da Mensagem de Deus.

Há um outro aspecto vital desse arranjo Divino especial para a continuação eterna do Alcorão: Deus exige que os muçulmanos preservem não apenas a sua redação, mas, mais importante, os seus significados.

Considerando que o ensaio dos Povos do Livro estava em perpetuar os dizeres exatos das suas escrituras, o verdadeiro teste da Ummah muçulmana está na guarda do significado das suas escrituras. Aos antecessores dos muçulmanos falhou este teste, por isso o Próprio Deus assumiu a responsabilidade de manter o Alcorão intacto. Por uma questão de Julgamento Divino, os muçulmanos têm de provar que não se desviam do Texto nas suas explicações e interpretações, e de ter mantido tudo no lugar exato designado pelo Alcorão.

Nos seus comentários, devem ter o maior cuidado para que nenhuma mudança de ênfase ocorra, o que equivaleria a alterar os objetivos do Texto Sagrado. Ao apresentar o Alcorão aos outros, os muçulmanos devem transmitir exatamente o que ele afirma, nada menos e
nada mais. O fracasso dos muçulmanos, como o povo do Alcorão, reside no esquecimento do seu espírito e no uso do Alcorão simplesmente como um Livro de bênção, ao invés de um Livro de orientação. Quando a degeneração dos muçulmanos atinge esse estágio, as suas atividades tornam-se dirigidas para longe das noções básicas do Islão. Referem a sua religião, o seu Livro Sagrado, como sendo questões de orgulho nacional. Outros envolvem-se em show business em nome do Islão.

Outros há, ainda, que exploram-no para ganho político. Todas essas atividades, mesmo que sejam ativadas em nome do Alcorão e do Islão, são todos desvios dos princípios sagrados. Se os muçulmanos insistem em se engajar em tais atividades, não vão escapar da ira de Deus. Se eles se sentem satisfeitos que serão salvos na base que não pouparam esforços em preservar as palavras do Alcorão, estão grosseiramente enganados. Deus vai responsabilizá-los por terem desvirtuado os significados do Texto do Alcorão de todo o reconhecimento.

Deve ficar claro que os muçulmanos serão castigados por alterarem significado do Texto, assim como os povos anteriores (ao do Alcorão) foram castigados por terem alterado a redação das suas Escrituras.

É neste ponto que os muçulmanos são perenemente testados. Após, eventualmente, terem mudado o significado do Alcorão pelas suas auto-denominadas interpretações, não podem escapar da ira de Deus, simplesmente por dizerem que não fizeram nenhuma alteração ao Texto. Nenhum ser humano pode ser testado, a menos que lhe seja dada a liberdade de ação também.

Os muçulmanos são livres para interpretar o Texto, mas não para alterá-Lo. Neste sentido, deve-se compreender plenamente que o castigo imposto a outros povos do Livro, por alterar a redação do Texto Divino, será dado também aos muçulmanos por alterarem o sentido do seu Texto. Aqui reside a bitola dos muçulmanos. Se pelas suas auto-intituladas interpretações mudam o sentido do Texto Sagrado, não lhes pode ser poupado castigo divino, pelo simples fato de não terem alterado as palavras reais. Porque o teste do ser humano reside na sua esfera de poder. Agora, é proibido mudar as palavras do Alcorão; os muçulmanos só podem mudar o seu significado. Por isso, será sobre este ponto que serão castigados. 

Obrigado. Wassalam (Paz).

M. Yiossuf Adamgy
Diretor da Revista Islâmica Portuguesa AL FURQÁN

Modalidades no Islão - O essencial na conduta islâmica (Parte II - Conclusão)

Coordenado por: M. Yiossuf Adamgy

Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

10. Conciliar as pessoas:

Conciliar as pessoas é uma ótima maneira de espalhar o amor, harmonia e o espírito de cooperação entre as pessoas. Deus diz no Alcorão: "Não há utilidade alguma na maioria das suas conversas, salvo nas que recomendam a caridade, a benevolência e a reconciliação entre as pessoas. E quem assim proceder, com a intenção de satisfazer a Deus, então brevemente lhe daremos uma magnífica recompensa.." (4:114).

11. A modéstia:

A modéstia é uma virtude que impede a vileza e o mal. A modéstia pode sentir Allah, ou seja, sentir vergonha que Deus nos vê cometer desobediência. Você também pode sentir vergonha de pessoas e de si mesmo, e é, em qualquer caso, um sinal de fé. O Profeta (p.e.c.e.) disse: "A modéstia é parte da fé." Ele também disse: "A modéstia não traz nada, senão o bem."

12. Misericórdia: 

A misericórdia é algo que muitas pessoas perderam nos seus corações, e por isso os seus corações estão duros como pedra, ou pior. O crente, ao contrário, é gracioso,amável e compassivo, como Deus diz: "Ademais, ser parte daqueles que creem e aconselham, uns aos outros, a paciência e a misericórdia, esses serão oscompanheiros da direita (os justos, destinados ao Paraíso)". (90:17-18).

O Profeta (p.e.c.e.) disse: "O exemplo dos crentes na misericórdia entre eles, no amor uns pelos outros é como um corpo, se alguma parte estiver doente, em seguida, todo o corpo sofre de insônia e febre."

13. Justiça:

A justiça traz a serenidade aos corações e almas, produzindo a segurança e a estabilidade na sociedade.

Deus diz no Alcorão: "Allah prescreve a justiça, a beneficência; e a caridade com os parentes". Alguns não-muçulmanos afirmam que Allah no Islão é um Deus rígido e cruel, que exige ser obedecido, que não ama nem é benevolente. Nada poderia estar mais longe da realidade. É o suficiente para saber que, com a excepção de um capítulo, os 114 capítulos do Alcorão começam com as palavras: Em nome de Deus, Clemente e Misericordioso. O Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele) disse: "Allah é o mais benevolente e ama as Suas criaturas mais do que uma mãe ao seu filho".
Mas Deus é justo. Na verdade, o atributo da Misericórdia de Allah está completamente relacionada com o Seu atributo de Justiça. Aqueles que sofrem uma vida perseguidos por sua fé em Deus e aqueles que oprimem e exploram os outros a vida inteira, não podem receber o mesmo tratamento do seu Senhor. Esperar o mesmo tratamento seria negar a responsabilidade do ser humano sobre as suas obras, e sobre o juízo que é sua responsabilidade na Vida Futura, recusando todo o estímulo para uma vida moral e virtuosa neste mundo. Os seguintes versículos do Alcorão são claros e precisos a esse respeito: "Na verdade, para os tementes, haverá jardins de prazer, ao lado do seu Senhor. Porventura, consideramos os que têm fé como pecadores? O que se passa convosco? Como julgais assim?"(68:34 - 36).

14. Reconhecimento:

O Islão indica claramente que nós devemos ser gratos por favores recebidos. Primeiro com o nosso Criador, Deus, por tudo que Ele nos deu, que é constantemente repetido no Alcorão Sagrado. Assim, o muçulmano que recebe um favor de Deus, ou que tenha recebido uma graça, diz a frase Al-hamdulillah (agradecimento a Deus), que é uma das invocações preferenciais.

Também deve agradecer aos seus pares que lhe tenham feito um favor, quando solicitado ou quando for necessário.

No Ocidente, as pessoas estão acostumadas a pedir favores; a aproveitar-se permanentemente das ajudas ou das atenções e quando se lhes é solicitado algo, se esquivam, não correspondem, esquecem os favores recebidos e até chegam a falar mal de quem os faz. Isto é definitivamente anti-islâmico.

15. Decência no vestir.

Deus ordena que muçulmanos e muçulmanas se vistam decentemente. Não há necessidade de usar roupa islâmica tradicional do Médio Oriente, porque pode vestir-se, decentemente, com roupas ocidentais.

No caso de a mulher cobrir o rosto completamente (burka) ou expor apenas os olhos (niqab) são costumes regionais e não constituem um mandato islâmico. É opção da mulher… Dentro da Mesquita deve usar o véu, cobrindo a cabeça, de preferência usando o hijab; como antes na Igreja Católica, as mulheres deviam usar uma mantilha cobrindo a sua cabeça, dentro dos templos.

A vestimenta das mulheres muçulmanas é baseada em 3 princípios:

1. Que não seja decotado.
2. Que não seja justo.
3. Que não seja transparente.

Pode-se usar calças, se se usa uma blusa que tape as formas. Usar roupa tradicional islâmica deve ser um processo de aprendizagem e de habituação, como todos os ensinamentos do Islão, e facilita o crescimento dos mesmos. Poderia começar-se com decência no vestir. 

M. Yiossuf Adamgy
Diretor da Revista Islâmica Portuguesa AL

Modalidades no Islão - O essencial na conduta islâmica (Parte I)

Coordenado por: M. Yiossuf Adamgy
Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as
pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

1. A veracidade Entre as modalidades islâmicas que Allah e o Seu Mensageiro ordenaram, encontra-se a veracidade. Diz Allah no Alcorão: “Ó crentes! Temei a Allah e permanecei com os sinceros”. (9:119).

O Profeta Muhammad (s.a.w.) disse: "A veracidade guia à justiça, e a justiça leva ao Paraíso. A pessoa continua a dizer a verdade até que esteja  escrito diante de Allah como verdadeiro". Mas a verdade com o inimigo, ou com quem pode fazer prejudicar a sua fé, é
excepção. Alguém pode mentir para o inimigo, desde que eles não percam nem um pouco de fé dentro de si e não o façam por covardia, mas como tática para sobreviver e continuar a trabalhar na causa de Deus.

2. Devolver os depósitos deixados na confiança O Islão ordenou aos muçulmanos que devolvam os depósitos deixados na confiança; Allah diz no Alcorão:

"Na verdade, Allah ordena-vos que devolveis os depósitos aos seus donos e que quando julgardes as pessoas, os julgueis com justiça." (4:58). O Profeta (s.a.w.) foi apelidado de "o Confiável" pela sua tribo, uma vez que eles lhe confiavam a sua riqueza para a guardar. Quando Allah permitiu que o Profeta emigrasse de Meca para Medina, devido ao aumento do sofrimento da opressão sobre ele e os seus seguidores, o Profeta (s.a.w.) não emigrou até ter devolvido todo o dinheiro que eles haviam depositado em confiança, embora os proprietários destes depósitos fossem incrédulos.

O Islão ordenou que devolvesse os depósitos deixados na confiança, independentemente de os depositantes serem de crenças muçulmanas ou outras.

3. Manter as promessas Manter as promessas é outro costume islâmico essencial;

Allah diz no Alcorão: "E cumpri a promessa, pois sobre a promessa sereis questionados!" (17:34) e "Aqueles que cumprem o compromisso com Allah e não quebram o compromisso (após o terem firmado" (13:20). O Profeta (s.a.w.) informou-nos que uma das características do ímpio está em não cumprir as suas promessas.

4. Humildade
O muçulmano é caracterizado pela humildade com que coexiste com os seus irmãos na fé, sejam eles ricos ou pobres. Allah diz: "E seja gentil com os crentes!" (15:88). O Profeta (s.a.w.) disse: "Deus inspirou-me a ser respeitoso; entre vós ninguém se comporte mal ou oprima os outros."

5. Bondade com os pais Obediência e honra em relação aos pais é prova da importância que o Islão dá aos idosos. 

Allah menciona no Alcorão os direitos que os seres humanos devem ao seu Criador, e, imediatamente, estabelece os direitos dos pais e mais idosos: “Não associes com Allah outra divindade, porque tornar-te-ias desprezado, rejeitado. E o teu Senhor dispôs que a ninguém adoreis senão a Ele, e sede bondosos com os vossos pais e se eles chegarem à velhice, estando com um ou com os dois, não lhes digam uma palavra de desprezo ou reprovação, e não sejam amargos com eles, e falem com eles com grande respeito”. (17:22-23).

Allah ordena-nos que lhes obedeçamos, sejamos misericordiosos com eles, humildes para tratar e interceder por eles: "Sê gentil com eles e diz: Senhor meu! Tem piedade sobre eles, como eles a tiveram quando me criaram enquanto criança" (17:24). Bondade com os pais não é uma mera recomendação para o muçulmano, mas uma obrigação Alcorânica.

6. Bondade para com os vizinhos Bondade com os vizinhos também está entre os mais
nobres costumes islâmicos: "E adorai a Allah e nada associeis a Ele. Sejais bondosos com os pais, parentes, órfãos, os pobres, os vizinhos e os não-parentes, o companheiro de viagem, viajantes, visitantes, servos. Na verdade, Allah não ama o vaidoso, o arrogante". (4: 36).

Allah ordenou-nos que fossemos gentis com os vizinhos, quer eles estejam perto ou longe. O Profeta (s.a.w.) disse: "Jibril (Arcanjo Gabriel) continuou aconselhando bondade para com os vizinhos, até que eu pensei que eles teriam direito à parte da herança, mas realmente não têm." O Profeta (s.a.w.) disse também para Abu Dharr (r.a.): "Ó Abu Dhar! Ao preparares a sopa, adiciona mais água no recipiente,e lembra-te do teu vizinho (ou seja, aproxima-te dele)".

Os vizinhos devem ser tratados com bondade, sejam eles muçulmanos ou não-crentes.

7. A generosidade com os convidados O Profeta (s.a.w.) disse: "Quem crê em Deus e no
Dia do Juízo Final, seja generoso com o seu convidado".

8. Generosidade Allah elogiou aqueles que gastam generosamente:

"Aqueles que gastam a sua riqueza pela causa de Allah, sem se gabar ou reclamar, terão a sua recompensa perante o seu Senhor. Eles não terão medo, nem se afligirão". (2: 262).
O Profeta (s.a.w.) disse: "Quem tem um lugar vazio no seu meio de transporte, que permita viajar àqueles que não possuem (desde que sejam conhecidos), e se possui mais comida, que ofereça a quem não possui."

No entanto, o Profeta (s.a.w.) estabelece limites à generosidade: "Deus não quer avarentos, nem aqueles que desperdiçam a sua fortuna". "Não seja mesquinho nem desperdice, porque seria censurado e, é claro, empobreceria". E não faças com que a tua mão esteja amarrada ao teu pescoço (ganância), nem aberta ao máximo do seu comprimento (resíduos), para que não se sintas em torno dela: culpado, desprovido.

9. Paciência e Tolerância

Tolerar e perdoar os erros do povo e aceitar o seu pedido de desculpas é uma característica do Islão.

Allah diz: "Aquele que é paciente e perdoa, resolverá as suas questões da melhor forma." (42:43) e diz:

"Deixe-os perdoar e perdoa. Não desejais que Deus vos perdoasse? Deus é Indulgente, Misericordioso".(24:22).

O Profeta (s.a.w.) disse: "A caridade não diminui a riqueza. Quando você é tolerante com os outros Allah honrá-lo-á". O Profeta (s.a.w.) também disse:

"Deus será misericordioso e terá misericórdia de ti;perdoa (às pessoas) e Deus vai te perdoar". (Continua, no próximo número, in cha Allah).

terça-feira, julho 09, 2019

GRANDES MULHERES DO ISLÃ

As mulheres no Alcorão são personagens importantes e assuntos de discussão nas histórias e na moral ensinadas no Islã. Algumas das mulheres no Alcorão são retratadas em uma luz positiva, enquanto outras são condenadas por suas ações. 

Mary (Maryam - مريم) é a única mulher mencionada no Alcorão pelo nome. A maioria das mulheres no Alcorão são representadas como mães ou esposas de certos líderes e profetas. As mulheres no Alcorão mantêm uma quantidade de autonomia dos homens em alguns aspectos.

O papel das mulheres muçulmanas no mundo islâmico é aquele que é propenso a muita discussão e pressupostos; Infelizmente, a discussão é mais frequentemente negativa. As percepções mais comuns são as mulheres que vivem sob as ditaduras opressivas de seus maridos e pais, forçadas ao casamento e, obviamente, sufocadas sob o véu. Em termos de contribuição e papel na sociedade, a caricatura é uma mulher restrita a cinco metros da pia da cozinha.

A discussão das mulheres muçulmanas e seus papéis é importante para todos os muçulmanos, em primeiro lugar porque é uma área em que há muitos equívocos de não muçulmanos que precisam ser corrigidos e, em segundo lugar, alguns muçulmanos tratam injustamente as mulheres em nome do Islã quando o fato real, suas ações são muitas vezes resultado de costumes culturais ou tribais e não do islamismo.

Os equívocos envolvendo o tratamento das mulheres muçulmanas decorrem de duas fontes; Dos muçulmanos que podem justificar sua opressão e maus tratos de mulheres com base no islamismo. Além disso, alguns não-muçulmanos que têm uma agenda para levar os ensinamentos islâmicos e querem descrever a civilização islâmica como atrasada e opressiva. 

Nos últimos tempos, o tratamento das mulheres no Afeganistão tem sido usado para apresentar a imagem de mulheres muçulmanas sendo oprimidas e abusadas e depois culpam os textos de Shar'iah.

O papel da mulher muçulmana é claramente definido e delineado no Islã. Em suma, seu papel principal é com a educação de seus filhos e em ser uma esposa obediente. Ela é encorajada a cumprir todos os deveres que ela ocupa com devoção e entusiasmo. O seguinte Ahadith lembra as recompensas e os méritos adotados para assumir seus deveres primários.

Abu Huraira narrou que o Profeta (saws) disse: 
"As justas entre as mulheres são aquelas que são gentis com os seus jovens e que cuidam da propriedade de seu marido".

No entanto, o papel das mulheres de ser mãe e esposa não são seus únicos papéis. O Islã permite que as mulheres realizem Hajj (peregrinação), exerçam o voto, se envolvam em política, ocupem emprego e até executem seu próprio negócio.

Allah (swt) menciona que homens e mulheres são iguais à sua vista. Ele (swt) menciona que a única diferença é a de piedade, de ganhar recompensa e de obedecer a Ele (swt). Não é igualdade física. Para afirmar o óbvio, Allah (swt) tornou os homens e as mulheres diferentes e, em termos de papéis, ele fez os meios para obter uma recompensa diferente.

"Os homens são os protetores das mulheres, porque Deus dotou uns com mais (força) do que as outras, e pelo seu sustento do seu pecúlio." (Alcorão Sagrado 4:34)

O papel da mulher muçulmana é o de ser obediente a Deus (swt) para não adorar o homem, mas se submeter àquele que é digno de adoração.

Hoje, as mulheres no Islã são vistas como estranhas, oprimidas, até assustadoras. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Apesar dos estereótipos, as mulheres muçulmanas sempre desempenharam um papel vital na comunidade muçulmana e não apenas em papéis tradicionais. As primeiras mulheres muçulmanas serviram a comunidade através de bolsas de estudo, ensino, enfermagem e outras atividades importantes. Longe de serem escravas oprimidas para os homens em suas vidas, essas mulheres serviram a Deus e a sua comunidade com bravura e sabedoria. As mulheres muçulmanas olham para elas como modelos.

As mulheres muçulmanas notáveis ao longo da história e no mundo contemporâneo têm contribuído para a civilização como estudiosas, juristas legais, benfeitoras, guerreiras, empresárias, poetas, entre posições infinitas.

Fonte:Chat Islam Online Português

sábado, junho 15, 2019

Carta de uma jornalista americana às mulheres muçulmanas!

Por: Joanna Francis, escritora e jornalista americana. 

Prezados Irmãos, Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. 

"Eles vão tentar seduzi-las com os seus filmes excitantes e vídeos musicais, retratando, falsamente, as mulheres americanas como felizes e satisfeitas, orgulhosas de se vestirem como prostitutas, representadas sem famílias. A maioria de nós não está feliz, confiem em mim. Milhões de nós estão na medicação anti-depressiva, odiando os nossos empregos, e chorando a noite pelos homens que disseram que nos amavam e, avidamente, nos usaram e se afastaram. Eles gostariam de destruir as famílias e convencer-nos a ter menos filhos. 

Eles fazem isso, apresentando o casamento como uma forma de escravidão, a maternidade como uma maldição, e a modéstia e a pureza, como antiquadas. Eles querem que vocês barateiem a vós mesmas e percam a fé. As modas que saem do esgoto ocidental são concebidas para vos fazer acreditar que o vosso bem mais valioso é vossa sexualidade. Mas os vossos lindos vestidos e véus são realmente mais sexes do que qualquer moda ocidental, porque eles escondem-nas em mistério e mostram auto-respeito e confiança. 

A sexualidade de uma mulher deve ser protegida de olhos indignos, uma vez que deve ser o seu presente para o homem que ama e respeita o suficiente para se casar consigo. E uma vez que os vossos homens ainda são guerreiros viris, eles merecem nada menos do que o seu melhor. Os nossos homens não querem mesmo mais pureza. Eles não reconhecem a pérola de grande valor, optando, ao invés, pelo strass chamativo. Os vossos bens mais valiosos são a vossa beleza interior, a vossa inocência, e tudo o que faz quem vocês são. Mas noto que algumas mulheres muçulmanas buscam o limite e tentam ser o mais ocidental possível, mesmo usando um véu (com exibição de alguns dos seus cabelos e …).

Porquê imitar as mulheres que já se arrependeram, ou em breve se arrependerão de sua virtude perdida? Não há nenhuma compensação por essa perda. Vocês são impecáveis diamantes. Não deixem que eles vos trapaceiem para se tornar strass. Porque tudo o que vocês veem nas revistas de moda e na televisão ocidental é uma mentira. É armadilha de Satanás. É ouro de tolo. Vou deixá-las com um pequeno segredo, se vocês estiverem curiosas: sexo pré-marital não é nada de tão especial. 

Demos os nossos corpos para os homens a quem éramos apaixonadas, acreditando que essa era a maneira de fazê-los nos amar e quererem casar, tal como crescemos, assistindo na televisão crescendo. Mas, sem a segurança do casamento e a certeza de que ele vai sempre ficar com a gente, não é mesmo nada agradável! Essa é a ironia. Foi apenas um desperdício, que nos deixa em lágrimas. Falando de mulher para mulher, acredito que vocês já entenderam isso. Porque só uma mulher pode realmente entender o que está no outro coração de mulher. Nós realmente somos todas iguais. Nossa raça, religião ou nacionalidade, não importa. O coração da mulher é o mesmo em toda parte. Nós amamos. Isso é o que fazemos de melhor. Nós cuidamos de nossa família e damos conforto e força para os homens que amamos. 

Mas nós, mulheres americanas, fomos enganadas em acreditar que somos mais felizes com carreiras, nossas próprias casas para vivermos sozinhas, e liberdade para dar o nosso amor a quem nós escolhermos. Isso não é liberdade. E isso não é amor. Somente no porto seguro do casamento pode um coração e corpo de mulher serem seguros para o amor. Não se contentem com nada menos. Não vale a pena. Vocês não vão mesmo gostar disso e vocês vão gostar de vós mesmas, muito menos depois. E então, ele vai deixá-las... O pecado nunca paga. Ele sempre nos engana. Mesmo que eu tenha recuperado a minha honra, ainda não há substituto para nunca ter sido desonrada, em primeiro lugar. Nós, as mulheres ocidentais, sofremos lavagem cerebral para pensar que vocês, mulheres muçulmanas, são oprimidas.

Mas, na verdade, nós é que somos as oprimidas; escravas das modas que degradam-nos, obcecadas com o nosso peso, implorando pelo amor dos homens que se recusam a crescer. Bem lá no fundo, sabemos que fomos enganadas. Nós, secretamente, vos admiramos e invejamos, embora, algumas de nós, não admitem isso. Por favor, não olhem para nós, ou pensem que nós gostamos das coisas do jeito que são. Não é culpa nossa. A maioria de nós não teve pai para nos proteger quando éramos jovens, porque as nossas famílias têm sido destruídas.

Vocês sabem quem está por trás dessa trama... Não se deixem enganar, minhas irmãs. Não deixem que eles vos enganem também. Fiquem inocentes e puras. Nós, mulheres cristãs, precisamos ver o que a vida deve realmente ser para as mulheres. Precisamos de vocês para nos dar o exemplo, porque estamos perdidas. Segurem-se em vossa pureza. Lembrem-se: vocês não podem colocar a pasta de dente, de volta no tubo. Por isso, guardem o vosso "creme dental" com cuidado! Eu espero que vocês recebam este conselho no espírito em que se destina: o espírito de amizade, respeito e admiração. De vossa irmã cristã "Com Amor", Joanna Francis".

Obrigado. Wassalam (Paz). M. Yiossuf Adamgy Director da Revista Islâmica Portuguesa AL FURQÁN - 
Fonte: Tempo de Acordar - Facebook

terça-feira, junho 04, 2019

EID MUBARAKA IN SHA ALLAH

Findou o jejum de Ramadão, uma vez mais nas nossas vidas, deixando-nos aqueles presentes subtis que são as sementes que irão brotar e crescer, in cha Allah, para muitos de nós. A privação da nossa comida e bebida, durante o dia, recordou-nos que a nossa vida neste mundo não é senão um jejum ainda maior, que somos seres dependentes, criados com um nascimento, uma morte e uma ressurreição.


Relembro que o jejum de Ramadão é uma i'bada, uma profunda forma de adoração, de oração interior que fazemos com todo o nosso ser, com os nossos corpos evidentes e com as nossas almas inconclusivas, sustentadas em todos os momentos pelo Alento do Rahman, o nosso Senhor, o Senhor dos Universos.

O jejum tem-nos ajudado a recuperar o nosso sentir do mundo. Estimulou as nossas percepções e refinou os nossos pensamentos. Serviu-nos para podermos avaliar as nossas vidas num sentido mais ajustado, a fim de se poder recuperar o prazer e a satisfação do espírito.

Findou o Ramadão e, agora, entramos no mês de Xaual.

Entretanto, o mês de jejum deixou-nos com as seguintes recordações:

1. O Ramadão deixou-nos e nós deixámo-lo:

2. Deixou-nos com todas as bênçãos de Allah;

3. O Ramadão deixou-nos com a Misericórdia de Allah;

4. Deixou-nos com o perdão de Allah;

5. O mês de Jejum deixou-nos com a orientação de Allah;

6. Deixou-nos com a “taqwa” (autodomínio);

7. O Ramadão deixou connosco um sentido de orgulho e de dignidade;

8. O Ramadão deixou-nos com um sentimento de obediência para com Allah, um sentimento de total compromisso, e um sentimento de lealdade e de fidelidade para com Allah.

9. Deus prescreveu o Ramadão como mês de jejum com o propósito de nos ensinar a ser:

a) - Unidos e disciplinados;

b) - Decentes e organizados;

c) - Generosos e preocupados com o próximo;

d) - Amáveis, Simpáticos e tolerantes;

e) - E, sobretudo, ser respeitosos para com Allah.

Peço a Deus, sinceramente, que nos faça mais conscientes d’Ele, que nos agracie com a sua Recordação, que nos preencha de sentido as nossas vidas, que aumente a nossa alegria e que nos torne humildes, solidários, e que remova as nossas aflições, as preocupações das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso país e de todas as nações deste conturbado mundo transitório.


Feliz Eid de Ramadão.

quinta-feira, abril 04, 2019

A MENTE (PARTE 2 DE 2)

Uma discussão sobre as qualidades básicas de uma mente saudável e o que capacitará uma pessoa a fazer como descrito no Alcorão. A Parte 2 discute os seis pontos remanescentes. A mente habilita a pessoa a fazer escolhas inteligentes sobre o que é bom e prejudicial e deve ser rejeitado. 


"Que é a vida terrena senão jogo e diversão frívola? A morada na outra vida é preferível para os tementes. Não o compreendeis?" (6:32). "Enviamos-vos o Livro, que encerra uma Mensagem para vós; não raciocinais?" (Alcorão 21:10)

6. Pessoas de intelecto são capazes de abrir mão de benefícios imediatos e de curta duração em favor de alegria mais valiosa e eterna. 

"Tudo quanto vos tem sido concedido não é mais do que um gozo da vida terrena com os seus encantos; por outra, o que está junto a Deus é preferível e mais persistente. Não raciocinais?" (28:60). Em outros versículos não há menção direta de sentido, mas pode ser inferido que pessoas sensíveis serão capazes de escolher esperar pelo que está mais distante, mas tem mais significado. Por Exemplo, "Ó crentes! Que sucedeu quando vos foi dito para partirdes para o combate pela causa de Deus, e vós ficastes apegados a terra? Acaso, preferíeis a vida terrena à outra? Que ínfimos são os gozos deste mundo, comparados com os do outro!" (Alcorão 9:38)

7. Pessoas de intelecto são capazes de aprender lições valiosas a partir dos eventos da vida. 

Na surata de al-Ankabut (capítulo 29) versículo 35 nos conta que os vestígios da cidade do povo de Lot permaneceram para lembrar as pessoas e ensiná-las que rejeitar os ensinamentos de Deus e cometer atrocidades sempre terá consequências lamentáveis. "E, daquilo, deixamos um sinal para os sensatos." Isso também é mencionado no versículo 40 da surata al-Furqan (capítulo 25): "(Os incrédulos) têm passado, frequentemente, pela cidade, sobre a qual foi desencadeada a chuva nefasta. Não tem visto, acaso? Sim; porém, não temem a ressurreição."

8. A mente nos habilita a aprender a partir das lições da história. 

"Antes de ti, não enviamos senão homens que habitavam as cidades, aos quais revelamos a verdade. Acaso, não percorreram a terra para observar qual foi o destino dos seus antecessores? A morada da outra vida é preferível, para os tementes. Não raciocinais?" (Alcorão 12:109).

9. A mente nos habilita a compreender e apreciar os sinais do Criador, enquanto aqui na terra. 

"Na criação dos céus e da terra; na alteração do dia e da noite; nos navios que singram o mar para o benefício do homem; na água que Deus envia do céu, com a qual vivifica a terra, depois de haver sido árida e onde disseminou toda a espécie animal; na mudança dos ventos; nas nuvens submetidas entre os céus e a terra, (nisso tudo) há sinais para os sensatos." (2:164). "E submeteu, para vós, a noite e o dia; o sol, a lua e as estrelas estão submetidos às Suas ordens. Nisto há sinais para os sensatos." (Alcorão 16:12).

10. Pessoas sensíveis saberão tratar outras com respeito, particularmente ao lidar com os profetas.

A surata al-Hujurat (capítulo 49) se refere às pessoas que assediam o profeta, que Deus o exalte: "Em verdade, a maioria daqueles que gritam (o teu nome), do lado de fora dos (teus) aposentos, é insensata."

As qualidades da mente discutidas são bastante indisputáveis e é aceito pela maioria que uma pessoa sem essas qualidades serão vistas como irracionais ou desprovidas em várias maneiras. Assim o Alcorão nos lembra de que certos comportamentos são inconsistentes com uma mente inteligente e sã.

Devemos nos lembrar de também que existem muitos versículos do Alcorão que não mencionam a mente especificamente, mas indicam que pessoas razoáveis e atenciosas serão capazes de seguir o caminho de Deus - fazendo bom uso da dádiva concedida por Deus: a mente.

🤲 No Quran foi mencionada a palavra sabr(paciência) mais de 90 vezes, nenhuma outra virtude foi tão mencionada quanto ela. E sempre vem em forma imperativa dizendo: “Tenha paciência”. A paciência foi mais mencionada no Quran que a sinceridade ou que a fidelidade. Viram o valor da paciência?

🤲 Allah disse:

Amparai-vos na paciência e na oração.”(Sura al Bacara aya 45)

🤲 Vocês querem estar abaixo da proteção de Allah? Tenham paciência. Tenham medo de cometer pecado? quer se aproximar de Allah? Então tenha paciência, tendo paciência e obedecendo a Allah conseguirá, porque Allah está com os pacientes.

🤲 Allah disse também:

“Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro), anuncia (a bem-aventurança) aos perseverantes” Al Bacara 155.

Allah SW revelou essa Surata da Era.Segundo os sábios apenas o seguimento dessa surata , seguida adequadamente poderia nos levar ao paraíso. Eis o seu significado em português:´

A Era

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

1.Pela era

2.Que o homem está na perdição,

3.Salvo os fiéis, que praticam o bem, aconselham-se na verdade e recomendam-se, uns aos outros, a paciência e a perseverança!


A paz esteja convosco.

A MENTE (PARTE 1 DE 2)

Uma discussão sobre as qualidades básicas de uma mente saudável e o que capacitará uma pessoa a fazer como descrito no Alcorão.  A Parte 1(Um) discute o primeiro de quatro pontos. Mente e razão são uma parte essencial do pensamento e legislação islâmicos. Um não pode existir sem o outro. A que exatamente nos referimos quando falamos sobre a mente? Existem dois tipos identificados de raciocínio pela mente.

O primeiro é raciocínio intuitivo que inclui: a capacidade de compreender, chegar a conclusões racionais, formas de discurso e comportamento sensível. O segundo tipo de raciocínio é adquirido de nosso ambiente, como as coisas que nos foram ensinadas ou com as quais ficamos familiarizados.

Discutiremos o raciocínio intuitivo porque é o que Deus concedeu a todos e o que nos torna responsáveis por nosso comportamento. Quem não possui uma mente ou perdeu o controle da mente não pode ser plenamente responsável pelo que faz.

Frequentemente uma pessoa com uma mente boa escolhe não usá-la ou a refreia de pensar logicamente, quando se trata de assuntos de religião e fé. Terminará sendo descrente e responsabilizada por sua ignorância na religião.

"Em verdade, não é dado a ser nenhum crer sem a anuência de Deus. Ele destina a abominação àqueles que não raciocinam." (Alcorão 10:100)

Não é de admirar que a punição daqueles que não creem seja equivalente a dos que não compreendem. 

"A quem Deus quer iluminar, dilata-lhe o peito para o Islã; a quem quer desviar (por tal merecer), oprime-lhe o peito, como aquele que se eleva na atmosfera. Assim, Deus cobre de abominação aqueles que se negam a crer."(Alcorão 6: 125)

Esses dois versículos destacam que não é possível purificar o coração a menos que coloque sua mente para trabalhar, permitindo que fé e segurança entrem em seu coração.

O Alcorão se refere à mente de maneiras diferentes, dependendo da natureza da tarefa com a qual se lida:

1. A mente é capaz de compreender e processar a fala.

"Aspirais, acaso, a que os judeus creiam em vós, sendo que alguns deles escutavam as palavras de Deus e, depois de as terem compreendido, alteravam-nas conscientemente?" (Alcorão 2:75).

"Revelamo-lo como um Alcorão árabe, para que raciocineis." (Alcorão 12:2)

A razão de o Alcorão ter sido revelado em árabe foi que as mentes das pessoas para as quais ele foi enviado seriam capazes de compreendê-lo e apreciar seus significados.

2. A mente é capaz de projetar pensamentos coerentes e não conflitantes. 

"Ó povo do Livro (cristãos e judeus)! Por que discutis acerca de Abraão, se a Tora e o Evangelho não foram revelados senão depois dele? Não raciocinais?" (Alcorão 3:65).

Aqueles que alegam que Abraão era judeu ou cristão estão se contradizendo, uma vez que tanto o Judaísmo quanto o Cristianismo vieram muito tempo depois de Abraão. A surata de al-Anaam (capítulo 6), versículo 91, também se refere aos judeus se contradizendo: 

"Não aquilatam o Poder de Deus como devem, quando dizem: Deus nada revelou a homem algum! Dize: Quem, então, revelou o Livro, apresentado por Moisés - luz e orientação para os humanos - que copiais em pergaminhos, do qual mostrai algo e ocultais muito, e mediante o qual fostes instruídos de tudo quanto ignoráveis, vós e vossos antepassados? Dize-lhes, em seguida: Deus! E deixa-os, então, entregues às suas cismas."

O verso destaca que os judeus não podem alegar que acreditam na profecia de Moisés e no Torá e então dizerem que Deus não revelou coisa alguma aos humanos, porque são pensamentos contraditórios.

3. A mente é capaz de compreender prova e evidência de verdade. 

"Apresenta-vos, ainda, um exemplo tomado de vós mesmos. Porventura, faríeis daqueles que as vossas mãos direitas possuem parceiros naquilo de que vos temos agraciado e lhe concederíeis partes iguais às vossas? Temei-os acaso, do mesmo modo que temeis uns aos outros? Assim elucidamos os Nossos versículos aos sensatos." (Alcorão 6:28) "Dize: Se Deus quisesse, não vo-lo teria eu recitado, nem Ele vo-lo teria dado a conhecer, porque antes de sua revelação passei a vida entre vós. Não raciocinais ainda?" (Alcorão 10:16)

4. As ações devem corresponder às palavras. 

"Ordenais, acaso, às pessoas a prática do bem e esqueceis, vós mesmos, de fazê-lo, apesar de lerdes o Livro? Não raciocinais?" (Alcorão 2:44).

Esse versículo está repreendendo as pessoas, não por encorajar outros a aderir ao caminho de Deus, porque isso é sempre uma virtude. O versículo, entretanto, está apontando para a contradição das pessoas que dão bons conselhos, mas elas mesmas não os adotam. Em qualquer caso, o comportamento da pessoa que dá bom conselho não reduz o valor do conselho, como um fumante ou alcoólatra que avisa seus filhos dos males daqueles comportamentos. É muito melhor que encorajá-los a adotar esses hábitos prejudiciais e melhor que não dar a eles qualquer conselho útil. Ainda assim, não faz sentido reconhecer o valor de se comportar de certa maneira e encorajar outros a fazê-lo, enquanto age de maneira oposta. Por essa razão, o bom profeta na surata de Hud (capítulo 11), versículo 88 disse: 

"Respondeu: Ó povo meu, não vedes que possuo a evidência do meu Senhor e Ele me agraciou generosamente...? Não pretendo contrariar-vos, a não ser no que Ele vos vedou; só desejo a vossa melhoria, de acordo com a minha capacidade; e meu êxito só depende de Deus, a Quem me encomendo e a Quem retornarei, contrito."
(Continua na Parte 2)
A paz esteja convosco.

quarta-feira, março 27, 2019

DEZ MANDAMENTOS NO ALCORÃO (PARTE 3 DE 3)

MANDAMENTOS VI-X  Orientação moral para o mundo de hoje lidando com órfãos, justiça, equidade, cumprimento da Aliança de Deus e o andar no caminho de Deus. Sexto mandamento: Não disponhais do patrimônio do órfão senão da melhor forma possível, até que chegue à puberdade.

A sabedoria divina ditou que a religião do Islã fosse transmitida à humanidade pelas mãos de um órfão, alguém que Deus elevou para levar Sua mensagem final para a humanidade. Muito naturalmente, os órfãos são mais que meras sombras no Islã.

A Lei islâmica define como órfão uma criança que é privada dos benefícios da parentalidade pela morte do pai. 

De forma muito parecida com a sociedade árabe antes do Islã, os órfãos não têm muito valor nos EUA de hoje. 

Hoje se estima que existam mais de 132 milhões de órfãos no mundo. Mais de 25 milhões de crianças americanas (mais que uma em cada três) são educadas em uma família sem um pai.[1] Mais de 50% dos jovens em abrigos e nas ruas relataram que seus pais lhes disseram para partir ou sabiam que estavam partindo, mas não se importaram. Um total de 2,8 milhões de crianças vivem nas ruas, um terço das quais são atraídas para a prostituição dentro de 48 horas depois de terem deixado suas casas. 1 em cada 8 jovens abaixo dos 18 anos sairá de casa e se tornará um morador de rua precisando de serviços. Em 2007, 513.000 crianças órfãs viviam fora de suas casas em lares de acolhimento ou substitutos. O Ato de reautorizarão de proteção de vítimas do tráfico de 2005 citou a descoberta do Congresso de que 100.000 a 300.000 crianças nos Estados Unidos estão em risco de exploração sexual a qualquer tempo.[2] Um estudo da Universidade da Pensilvânia estima que quase 300.000 crianças nos Estados Unidos estejam em risco de serem sexualmente exploradas para usos comerciais.

Nos EUA a palavra "órfão" raramente é usada. De acordo com o Dr. Francine Cournos, autor de City of One: A Memoir, "os órfãos de hoje nos Estados Unidos são crianças em lares de acolhimento." O termo crianças em acolhimento familiar é frequentemente usado para as crianças em lares de acolhimento, moradias coletivas e instituições.

Vinte e dois versículos da escritura muçulmana enfatizam o cuidado com os órfãos. O Islã protegeu os órfãos de serem negligenciados e legislou direitos para eles. Um desses direitos, formulado como um mandamento, é o dispêndio de dinheiro para o benefício deles. Hoje, nos EUA, isso significaria, por exemplo, que os pais adotivos deveriam gastar os US$ 420/mês (que é a média nacional) que recebem por criança para o bem-estar da criança da melhor maneira possível.

Sétimo mandamento: Disponde da medida e do peso com equidade

O mandamento tem a ver com equidade e justiça em todos os assuntos, financeiros ou não. O tratamento justo aos seres humanos é mandamento de Deus. A grande pergunta é como você pode se apegar a um princípio de tratamento justo, especialmente nos negócios, quando parece tão vantajoso não fazê-lo. Por que você deve ser justo em um mundo injusto? A resposta simples: é mandamento de Deus. Deus quer que sejamos éticos e joguemos limpo. Você deve primeiro aceitar o mandamento básico e princípio moral de práticas justas e honestas. As desigualdades econômicas e raciais generalizadas, as práticas injustas de empréstimo e a falta de moradia a preço acessível faz com que se pergunte: qual justiça e justiça de quem? A resposta é justiça de acordo com as regras de Deus. A única maneira de resolvê-las é cumprir o mandamento de Deus e dar aos outros o que lhes é devido.

Oitavo mandamento: Quando sentenciardes, sede justos, ainda que se trate de um parente carnal
O mandamento não é limitado à justiça no discurso, inclui comportamento. Deus requer que tratemos aos outros de maneira justa, incluindo os parentes. Se um relativo ou amigo cometer um erro, devemos dizer que ele está em erro? Sim, sabendo muito bem que não é uma licença para ser rude e insultar, mas uma questão de justiça. De maneira semelhante, o favoritismo, o clientelismo e o nepotismo são antiéticos. O Islã comanda seus seguidores a serem éticos e justos em face de emoções conflitantes como amor e ódio pelo outro. É exigido que um muçulmano fale a verdade e seja honesto sem ser influenciado por parentes.

Nono mandamento: Cumpra a Aliança com Deus
Em geral, cumprir as alianças e manter as promessas é uma das bases do Islã. Assegura a confiança, mantém a justiça e traz igualdade na sociedade. 

Especificamente, é exigido que um muçulmano mantenha sua aliança com Deus. O princípio básico do Islã é que Deus comanda e proíbe, portanto, Deus deve ser obedecido. A "Aliança com Deus" é a promessa feita a Deus que reconhece esse princípio básico. Como consequência, Deus recompensa e pune.

Um muçulmano deve cumprir seus compromissos e manter suas promessas. É uma indicação de lealdade à sua palavra e a Deus. A negligência nessa questão indica hipocrisia. Deus conclui com uma ênfase:

"Eis aqui o que Ele vos prescreve, para que mediteis."

Então, se você ainda não fez uma promessa a Deus de obedecê-Lo, agora é a hora de fazê-lo!

Décimo mandamento: Esta é a Minha senda reta. Segui-a e não sigais as demais, para que estas não vos desviem da Minha senda. Eis o que Ele vos prescreve, para que O temais.

O último mandamento é o mais abrangente, combinando a religião inteira. Deus basicamente nos diz que este é Minha "Senda Reta" e você deve segui-la. A "Senda Reta" de Deus é Sua religião que Ele nos enviou por meio de Seus profetas, completando-a com Sua mensagem final por meio do profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele. Todo ser humano deve seguir essa mensagem final do Islã e deixar todas as outras "sendas". Todas as outras sendas, sem exceção, afastam a pessoa de Deus e isso se equipara a destruição. As outras "sendas" são religiões antigas que foram corrompidas ou canceladas e também ideologias e filosofias ilusórias. Aderir firmemente à "Senda Reta" de Deus é proteção contra erros ou desvios. 

Assim concluímos os dez mandamentos de Deus que são relevantes e aplicáveis aos nossos tempos e fornecem a melhor estrutura para desenvolver o lado espiritual dos seres humanos.