sexta-feira, abril 25, 2014

A L M A D I N A ESTE TAMBÉM É UM PROBLEMA IMPORTANTE DA ATUALIDADE!

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad  21.04.2014

O mau comportamento de filhos para com os pais tornou-se num problema grave na nossa era. Diariamente ouvimos falar de casos de maus tratos que filhos infligem aos seus progenitores, da agressão verbal, à física, havendo até casos de homicídio.

Houve tempos em que este tipo de práticas era comum nalgumas sociedades, mas agora, com a globalização, há cada vez uma maior tendência de tal acontecer também entre nós. Com o andar dos tempos a distância entre pais e filhos aumenta, bem como aumenta também a demonstração de pouco ou nenhum interesse destes para com aqueles.

Há muitos filhos que não falam com os pais, votam-nos ao desprezo e consideram os seus conselhos de “ultrapassados” e sem nenhuma importância.

Tudo isso certamente entristece os pais.

O sacrifício que os pais consentiram na criação e educação dos filhos, exige destes o devido reconhecimento e consideração, bem como a observância dos seus direitos.

A religião dá ênfase ao elevado grau que os pais ocupam, e recomenda que os filhos cuidem bem deles. Portanto, os filhos devem tratar e olhar pelos pais em todas as circunstâncias. Nisso a mãe deve merecer maiores cuidados.

Certa vez alguém foi ter com o Profeta Muhammad (S.A.W.) e perguntou: “Quem merece o meu melhor tratamento”? O Profeta respondeu: “Tua mãe”! Depois de ouvir a resposta o homem retorquiu: “Quem é a seguir”? O Profeta (S.A.W.) respondeu: “Tua mãe”! Depois disso o homem perguntou pela terceira vez: “Quem é a seguir”? E pela terceira vez o Profeta respondeu: “Tua mãe”! O homem perguntou pela quarta vez: Quem é a seguir”? O Profeta respondeu: “O teu pai, e a seguir os teus outros familiares”!

Nunca se deve ralhar, elevar o tom de voz ou dirigir-se aos pais com rispidez. Deve-se sim, falar-se-lhes sempre com respeito, não chamá-los pelos seus nomes, não nos sentarmos antes deles e não caminhar na sua dianteira.

Gastar a favor dos pais também é um dos seus direitos fundamentais isto é, prover-lhes alimentação, vestuário, assistência médica e tudo o que tenha em vista o seu bem-estar.

Não é permitido em nenhuma circunstância, que filhos que tenham já desenvolvido alguma capacidade de auto-sustento, detentores de alguma auto-suficiência, se recusem a gastar a favor de seus pais já velhos e incapacitados de trabalhar. Aliás, é nesse estado que eles devem beneficiar de mais apoio por parte de seus filhos, não os deixando deambular pela ruas a mendigar para conseguirem alguma coisa como que se alimentarem, quando procriaram e investiram o melhor que puderam na educação e formação académica dos filhos, e quando mais deles precisam se vêem rejeitados. É detestável que pais que deram o seu melhor aos filhos não tenham com que comprar medicamentos, quando têm filhos numa situação social estável, bem posicionados na vida e a ganhar bem.

Consta no Al-Qur’án, Cap. 2, Vers. 215:  “Perguntam-te o que devem gastar. Responde (ó Muhammad): Qualquer bem que gastardes, que seja (prioritariamente) para os pais”.
Orar a favor dos pais também é um direito que lhes assiste, para que Deus tenha misericórdia e pena deles, que lhes dê cura das doenças, que lhes dê paz, sossego e tranquilidade, assim como consta no Al-Qur’án, Cap.17, Vers. 24: Ó Senhor! Tem misericórdia deles, assim como quando eles cuidaram de mim, enquanto pequenino”.
Os pais foram sempre carinhosos e atenciosos para com os filhos, deram-lhes a melhor educação possível e suportaram grandes transtornos e sacrifícios na sua criação, pelo que é obrigação dos filhos tratá-los bem como reconhecimento, pois ainda que quisessem pagar o que os pais fizeram por eles não o poderiam fazer, nem mesmo num único ponto percentual. Por isso, mesmo enquanto os pais estiverem vivos, os filhos devem dedicar parte do seu tempo a orar a seu favor.

Geralmente, quem é grato para com os pais é grato também para com Deus. E quem é ingrato para com os pais, dificilmente será grato para com Deus. E Deus não gosta dos ingratos.

Não há dúvidas que há muita gente no Mundo que é bondosa para com os pais, mas infelizmente há também muita gente que não valoriza os pais. Estão de tal maneira engajados em negócios e no materialismo, que não têm tempo de visitar os pais, nem de saber da sua situação, da sua saúde, e muito menos de lhes prestar alguma assistência.

Há os que abandonam os pais já velhos em dependências de edifícios ou nos chamados lares de terceira idade, e deixam passar meses ou até mesmo anos sem visitá-los. De facto, esses devem ser momentos muito dolorosos para todos os pais.

Imaginemos quando o bebé está no ventre de sua mãe, como ela o carrega ao longo de nove meses, e depois, quando está quase a nascer, por quantas dores ela passa. E depois disso vai continuando a consentir sacrifícios, aleitando o seu bebé por um período de dois anos e depois, quando a criança está apta a falar, pai e mãe tratam da sua educação, gastando avultadas somas nisso. Depois, quando atinge a puberdade pensam em fazê-lo casar e tentam encontrar o melhor par. Portanto, é uma corrente longa de sacrifícios, um após outro.

Será que tudo isso não merece um reconhecimento?

Diz-se que “Favor com favor se paga”,

Trate bem os seus pais, para que os seus filhos o tratem bem também a si, pois bem diz o ditado: “Cá se faz, cá se paga”.

quinta-feira, abril 24, 2014

Mitos sobre o Islão (IV) «Perseguição dos cristãos e Intolerância?»

Conforme prometido na reflexão nº. 60, esta é mais um esclarecimento resumido a Alves da Rocha (joserocha.ucan@gmail.com), professor associado da Universidade Católica de Angola, sobre à temática da “perseguição dos cristãos e intolerância”, outra entre várias afirmações feitas no seu artigo de opinião, intitulado «Angola, a caminho de uma República Islâmica?», publicado na Revista ÁFRICA21 - nº. 83, de MARÇO 2014, pág. 38/39. Por M. Yiossuf Mohamed Adamgy (Director da Revista Islâmica Portuguesa Al Furqán - alfurqan2011@gmail.com).

O Islão demonstrou ser uma religião mais tolerante

A tolerância não leva a renunciar a nenhuma ideia e não leva a pactuar com o mal. Implica simplesmente que se aceite que outros não pensem como nós, sem os detestar por isso.

O Islão demonstrou ser uma religião mais tolerante, que concedeu liberdade religiosa a judeus e cristãos e a outras religiões reveladas. Os muçulmanos não foram os instigadores. Pelo contrário, traziam consigo a segurança e a paz às pessoas de todas as nações e crenças que habitavam o seu território.

Compaixão, paz e tolerância constituem a base dos valores do Alcorão. As disposições do Alcorão e a forma de praticar dos muçulmanos ao longo da história são claras e não dão espaço para dúvidas.

Temos que reconhecer, no entanto, que esta tolerância tem sido ensombrada na actualidade em alguns países de maioria islâmica, com governos ditatoriais, saídos do colonialismo, através de monarquias não represen-tativas ou golpes de estado revolucionários, que não são sequer uma sombra do que foram os estados islâmicos. Os governos actuais da História recente não são governos islâmicos.

Não existe um califado islâmico e a democracia tem vindo a diminuir na medida em que os governos se têm afastado do Espírito do Islão. É necessário um renascimento para voltar à sabedoria do Islão primitivo.

A Europa e logo a seguir a América, apesar desse acon-tecimento histórico intolerante, têm experimentado uma abertura democrática recente, uma vez que se tornaram sociedades laicas e se decidiram pela sepa-ração entre igreja e estado. Não existe um único estado cristão no mundo, a não ser o Vaticano e lá não existe liberdade religiosa, nem de opinião e muito menos polí-tica.

Reconheço que, actualmente, existe uma superio-ridade ocidental sobre os povos orientais, mas isto tem variado ao longo do tempo, em respeito a direitos humanos, liberdade de culto e direitos das minorias. No entanto, também temos de falar da superioridade moral e espiritual do Oriente sobre o Ocidente. A democracia participativa depende do sistema político em funções e não da religião da maioria dos seus cidadãos.

Diferente é a atitude da Religião Islâmica, em comparação com a democracia e os Direitos Humanos (não a atitude dos governos do momento).

O Islão pode considerar-se o primeiro a assegurar os direitos humanos e chamou a atenção para a sua salva-guarda e protecção. Quem estuda a legislação islâmica irá aperceber-se que um dos seus objectivos principais é proteger o ser humano, a sua religião, a sua mente, os seus bens e a sua família. A história registou, de uma forma inesquecível, a atitude do segundo Califa Omar quando recusou, de forma veemente, a violação dos direitos humanos ao dizer: Porque escravizaram os homens se estes nasceram livres?

No Islão, os direitos humanos baseiam-se em dois princípios: a igualdade entre todos e a liberdade de todos. Por sua vez, a liberdade é fundamentada em duas bases: a unicidade da origem humana e a honra com que Deus distinguiu o ser humano. Todos os huma-nos são agrupados numa grande família, sob o princípio da irmandade humana, na qual não cabe nenhuma dis-tinção entre classes nem raça. As diferenças que exis-tem nas pessoas devem ser um factor de conhecimento, integração e cooperação e não de discórdia ou confron-to, segundo nos diz o Alcorão na Surah 49, versículo 13:

«Ó humanos, na verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sábio e está bem inteirado».

E quanto à honra do ser humano, sabe-se que está confirmada no Alcorão (Surah 17, versículo 70): «Enobrecemos os filhos de Adão e os conduzimos pela terra e pelo mar; agraciamo-los com todo o bem, e preferimos enormemente sobre a maior parte de tudo quanto criamos».

Esta honra fez do ser humano um representante de Deus na terra, perante o qual se inclinaram os anjos. Deus também o fez dono deste mundo, a quem foi entregue tudo que existe entre os céus e a terra. Isto fez com que o ser humano tivesse um carácter sublime sobre todas as outras espécies e uma imunidade e protecção que abarca todos os seres humanos, sem qualquer tipo de distinção entre ricos e pobres, governantes ou vassalos, árabes ou não árabes; todos, diante de Deus, são iguais.

O segundo princípio dos direitos humanos é a liberdade, através da qual Deus fez com o que ser humano fosse responsável por povoar a terra e, como é sabido, não há responsabilidade sem liberdade. Deus concedeu a liber-dade ao homem até na questão de acreditar ou deixar de acreditar (Alcorão, Surah 18, versículo 29), uma liberdade que abarca os aspectos religiosos, políticos, culturais e civis:

«Dize-lhes: A verdade emana do vosso Senhor; assim, pois, que creia quem desejar, e descreia quem quiser. Preparamos para os iníquos o fogo, cuja labareda os envolverá. Quando implorarem por água, ser-lhes-á dada a beber água semelhante a metal em fusão, que lhes assará os rostos. Que péssima bebida! Que péssimo repouso!»

O sistema de governação no Islão tem por base a justiça e a consulta. No Alcorão, Deus ordena às pessoas que apliquem a justiça. Diz na Surah 16, versículo 90: «Deus ordena a justiça e a benevo-lência» e na Surah 4, versículo 58 diz: «Quando julgardes as pessoas, fazei-o com justiça». Em muitos versículos, este princípio é referido.

O respeito pela consulta é uma base principal e obrigatória. O próprio Profeta Muhammad (p.e.c.e.) consultou os seus companheiros e seguia a opinião da maioria, mesmo que fosse diferente da sua.

A união, a cooperação, a familiaridade e a solidariedade são instruções islâmicas que representam, para a nação muçulmana, o melhor apoio para garantir o sucesso dos seus objectivos no futuro.

O Islão tem como fontes originais a união e a solidariedade e adverte contra a divisão e a discrepância: «E apegai-vos todos ao pacto de Deus, todos juntos, e não vos dividais». (Surah 3, versículo 103); e a Surah 8, versículo 46, incita a sentir as dores do próximo e a consolá-lo para aliviar as suas tristezas e invoca a que toda a Nação seja como um único corpo. Diz o Profeta (p.e.c.e.) a esse respeito: "Os crentes assemelham-se, no seu carinho, misericórdia e solidariedade, ao corpo humano, no qual, se um membro se encontra indisposto, todo o corpo sofre repercussões, provocando a insónia e a febre".

O Islão considera que o vínculo da fé é a irmandade: «Os crentes, na verdade, são irmãos» – Alcorão 49:10.

Muitos muçulmanos, preocupados em resolver os problemas que o colonialismo deixou ficar, descuidaram-se dos ensinamentos do Islão, que chamam para a união e solidariedade… A nossa responsabilidade é sermos muçulmanos actualizados, amplos e tolerantes, do século XXI, mas imbuídos da sabedoria do Islão primitivo…

A Diferença Entre o Islão e a Prá-tica Verdadeira dos Muçulmanos

1. As Mídias” tornam o Islão mau:

a) - O Islão é, sem dúvida, uma boa religião, mas os “mídia” estão nas mãos de Ocidentais que têm medo do Islão. Os “média” transmitem e imprimem, de forma contínua, informação contra o Islão. Ou fornecem informações erradas sobre o Islão, ou fazem citações erradas ou projectam um ponto de vista fora do contexto.

b) - Quando uma bomba rebenta num qualquer lugar, as primeiras pessoas a serem acusadas, sem provas, são, invariavelmente, os muçulmanos. É isto que apare-ce como manchete nas notícias. Mais tarde, quando descobrem que os responsáveis são não muçulmanos, este facto aparece como uma notícia insignificante.

c) - Se um muçulmano de 50 anos casa com uma rapariga de 15 depois de pedir a sua permissão, aparece nas primeiras páginas; mas se um não muçulmano de 50 anos viola uma menina de 6 anos, aparece na secção interior, como “Breves Notícias”. Todos os dias, na América, uma média de 2713 violações acontecem, mas isso não aparece nas notícias, uma vez que se tornou numa parte do estilo de vida dos americanos.

2. Ovelhas negras existem em todas as comunidades:

Tenho consciência de que alguns muçulmanos são desonestos, indecentes e enganam as pessoas, etc., mas os “mídia” projectam isto como se apenas os muçulmanos estivessem envolvidos nestas actividades. Existem ovelhas negras em todas as comunidades.

3. Os Muçulmanos são melhores como um todo:

Não obstante todas as ovelhas negras da comunidade muçulmana, ainda assim os muçulmanos como um todo, formam a melhor comunidade no mundo. São a maior comunidade de abstêmios, isto é, que não absorve álcool. Colectivamente, são a comunidade que dá o máximo de caridade no mundo, que respeita a modéstia, valores humanos e a ética.

4. Não se deve julgar um carro pelo seu condutor:


Se se quiser avaliar a qualidade do último modelo da Mercedes e se uma pessoa que não sabe conduzir se sentar ao volante e espatifar o carro, quem se irá culpar? O carro ou o condutor? Naturalmente que será o con-dutor. Para analisarmos a qualidade de um carro, não devemos olhar para o condutor, mas sim para as capa-cidades e características do carro. A velocidade que atinge, o consumo de combustível, quais as medidas de segurança, etc. Mesmo que se concorde, a bem desta discussão, que os muçulmanos são maus, não podemos julgar o Islão pelos seus seguidores, pois não? Se quisermos julgar a qualidade do Islão, então julguemo-lo pelas suas fontes autênticas, ou seja, o glorioso Alcorão e as Sahih Ahadith.

5. Julgue-se o Islão pelo seu melhor seguidor, ou seja, o Profeta Muhammad (p.e.c.e.):

Se se quiser realmente verificar a qualidade de um carro, deve-se pôr um condutor profissional a guiá-lo. Da mesma forma, o melhor e o mais exemplar seguidor do Islão, através do qual se poderá verificar a qualidade do Islão, é o último Mensageiro de Deus, o Profeta Mu-hammad (p.e.c.e.). A par dos muçulmanos, existem vá-rios historiadores honestos e imparciais que declararam que o Profeta Muhammad (p.e.c.e.) foi o melhor ser hu-mano. De acordo com Michael H. Hart, que escreveu o livro “The Hundred Most Influential Men in History/Os 100 Homens mais Influentes da História”, a posição mais alta, isto é, o número um era ocupado pelo amado Profeta do Islão, Muhammad (p.e.c.e.). Existem vários exemplos de outros não muçulmanos que prestam tributo ao Profeta, como Carlyle, La-Martine, etc., etc.■

Quem não pretender continuar a receber estas reflexões, por favor dê essa indicação e retirarei o respectivo endereço desta lista.

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy - 24/04/2014.

A PACIÊNCIA – 7ª. Parte

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK inna Llaha maã sabirin. Na verdade, Deus está com os pacientes. Cur’ane, Surat Anfal 8:46.
A GRATIDÃO, OUTRA METADE DA FÉ
Podemos considerar a fé dividida em duas partes: a paciência e a gratidão. Abdullah Ibn Massud (Radiyalahu an-hu) referiu: “A fé tem duas partes: metade é a paciência e a outra metade é a gratidão”. Al Tabarani. Allah, o Altíssimo, refere estas duas virtudes juntas em quatro capítulos do Cur’ane: “Nisso há sinais para todo o paciente, agradecido”. Cur’ane 14/5, 31/31, 34/19 e 42/33.
 
A paciência é também para ser praticada na saúde e na abundância. O verdadeiro paciente não distingue o tempo da facilidade e da dificuldade. Alhamdulillah! Este agradecimento e Louvor a Allah, deve ser uma constante nas nossas vidas. O complemento do sabr (a paciência), é o shukr (a gratidão), quando agradecemos a Deus o nosso Sustentador, de tudo o que nos concede, desde a saúde, o emprego e uma família piedosa. Outros embalados pelos momentos da facilidade, não se lembram de agradecer a Deus. “… (são) poucos dos Meus servos que são agradecidos”. Cur’ane 34.13. O ser humano pensa que todas estas “riquezas” foram obtidas através só do seu esforço e dedicação, esquecendo-se de que tudo o que obteve, foi devido à Misericórdia de Deus. “A Deus pertence tudo o que está nos céus e na terra”. Cur’áne 2:284. Outros apesar de serem donos de inúmeros bens e com esforços ainda mais redobrados, nada conseguem senão o cansaço e a frustração. Assim, nos bons momentos da nossa vida, devemos ser sempre agradecidos a Deus, porque Ele é quem dá o que quer e tira o que é dele. Nos maus momentos, devemos ser pacientes e reflectir de que há situações muito mais complicadas do que as nossas. Com a ajuda de Allah e com mais tranquilidade, vamos à procura de soluções para os nossos problemas. “Na verdade, com as dificuldades, há um alívio”. Cur’ane 94:5.
 
A paciência é uma grande virtude. No entanto, a gratidão é também outra grande virtude. Se juntarmos as duas qualidades ao nosso carácter, teremos uma fé ainda mais fortalecida. A importância da paciência e da gratidão, é espelhada pelas seguintes palavras de Umar ibn al Khatab (Radiyalahu an-hu) quando referiu: “Se a paciência e a gratidão fossem dois camelos, eu não teria qualquer problema em escolher qualquer um deles”. (os camelos eram bens muito preciosos naquela época). Se acrescentarmos à paciência a gratidão, teremos do nosso Senhor e Doador inúmeras recompensas, conforme é referido no seguinte versículo do Cur’ane: E (recorda-te) quando o teu Senhor proclamou: “Se Me fores agradecido, certamente que Eu vos multiplicarei (em favores). Cur’ane 14:7.
 
O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), demonstrando a amizade por Mua’dh (Radiyalahu an-hu), deu-lhe o seguinte conselho: “…não deixes de recitar a seguinte prece, após as tuas orações: Ó Allah, ajude-me a lembrar-me de Ti, agradecendo-Te e adorando-Te duma melhor forma ”. Bhukari (al Adab al Mufrad 690).
“… e se contais os favores de Allah, não podereis enumera-los…”. Cur’ane 14.34. Rabaná af-rig ãleiná sab-ran wa tawafaná muslimun: “Senhor Nosso, concedenos a paciência e faze com que morramos submissos a Ti!”. Cur’ane 7:126
In Sha Allah, continua no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmuminina .yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
24/04/2014
abdul.manga@gmail.com