sexta-feira, março 27, 2015

O Que é o Alcorão Por: M. Yiossuf Adamgy

Prezados Irmãos, 

Assalamu Alaikum (A paz esteja convosco):

O Alcorão é uma Mensagem que explica os tesouros espirituais de Deus, que são observados na Terra e no Céu. Fornece-nos informações sobre o desconhecido. É o sol, a fundação e o plano definitivo do Islão, bem como a tradução eterna do Universo. É um livro generoso e celestial, que Deus nos enviou para satisfazer todas as nossas necessidades, quer físicas ou espirituais. Os mais belos nomes de Deus e o seu trono são a fonte do Alcorão. Quando falamos de «a Palavra de Deus», referimo-nos ao Alcorão. Através dele, o Criador do Céu e da Terra nos fala; é um édito do Criador do Universo, a Palavra de Deus, o Senhor de todos os seres criados.

O Alcorão é um livro de leis divinas, um livro de men-sagens maravilhosas, comparáveis com o apreço dos seres humanos. O Alcorão veio d’Ele e foi criado dentro dos limites do mundo dos seres humanos. É um livro milagroso que contém a essência de todo o conhecimento. É um livro cujas maravilhas nunca acabam. Inclui discernimentos religiosos e conhecimento inestimável e ensina-nos como devemos recitar, quando devemos re-zar e como devemos rezar. É a mãe de todos os livros. O Profeta, a paz esteja com ele, disse sobre o Alcorão: «É um tesouro que faz com que alguém só ne-cessite dele». (Mayma al-Zawaid, 7, 158). Neste Hadith, o Profeta (ﷺ = S.A.W. = que a paz e bênção de Deus estejam com ele) afirma que o Alcorão inclui todos os tipos de conhecimento, aborda todos os tipos de pes-soas e oferece soluções para todos os tipos de proble-mas.

O Alcorão é a fonte da vida das almas, a base da moralidade e da essência das orações. O Profeta ﷺ expressou: «Podeis ter certeza de que o Alcorão é a festa oferecida por Deus» (Daarimi, Fadail Al Quran, 1). Este festival oferece todos os tipos de refeições, do-ces e saborosas. Embora cada refeição possa ter um sabor e composição diferentes, todos podem encontrar algo que gostem nesta festa. Ao dizer 'que quem assistir a este festival não vai ter medo ou passar fome', Abdul-lah ibn Ma’sud assinala o facto de que o Alcorão, com o seu grande e abundante conteúdo, oferece soluções para os problemas do mundo. Uma vez que é a fonte de todo conhecimento e informação – de que os muçulmanos são orgulhosos – diz-se que «o Islão é a civilização Alcorânica». O Profeta ﷺ nos apresentou e ensinou esta Primavera sagrada. Suas palavras são as manifestações que explicam melhor o conteúdo do Alcorão. Num Hadith, o Profeta ﷺ disse: 

«O Alcorão é um livro que inclui crónicas do passado (das nações anteriores), a fitna (os actos de sedição e os conflitos internos, a anarquia e a subversão), que os perseguirão até o Dia do Juízo e os julgamentos sobre situações que ocorrem entre vós. É a única medida que separa o que é verdade e o que é falso. Todo o seu conteúdo é sensato. A quem o abandonar por medo de um tirano e deixar de praticar (o que diz o Alcorão), Deus o fará cair em devastação. Quem procurar uma orientação em qualquer outra parte será perdido por Deus. Certamente é a corda mais forte de Deus (a que podemos agarrar). É uma recordação cheia de sabe-doria e um caminho que nos leva à Verdade. Salva àqueles que o seguem de desvio (ao evitar que fiquem apanhados por várias tentações).Os estudiosos nunca podem saciar a sede do mesmo. As suas frequentes repetições não cansam a quem o lê, nem o prazer diminui. Os seus aspectos fascinantes não têm fim. É um livro tal que quando os génios o ouvem, não podem evitar dizer: “Na verdade, ouvimos um discurso ad-mirável, que leva à rectidão; e que acreditamos nele!”». (Alcorão, 72:1-2). 

Quem fala assim, diz a verdade. Quem o siga, certamente será recompensado. Quem julgue na base deste livro sagrado, julga de forma justa. Quem chama para este livro, chama para a senda recta. (Tirmidhi, Fadail al-Quran, 14).

Este Hadith menciona muitas das características do Sagrado Alcorão. Ressalta que distingue o verdadeiro do falso, que é a mais forte orientação de Deus, que é a recordação mais sábia e que é o caminho para Deus. Uma das características fundamentais do Alcorão é o acto de distinguir o verdadeiro do falso. A este respeito, o Alcorão é também chamado de Furqán: «Bendito Aquele que o enviou, gradualmente, ao seu servo o critério (Furqán) para puder discernir o verdadeiro do falso» (25:1).

Declarando que o Alcorão é universal, este versículo enfatiza que Furqán distingue o verdadeiro do falso, organiza as vidas dos que assimilam o Islão e mostra o que é bom e o que é mau. Como se afirma no Hadith acima mencionado, o Alcorão é uma orientação firme, enviada por Deus para conduzir àqueles que se aderem a ele, para o verdadeiro caminho. Ele é composto de palavras de sabedoria e é uma sábia recordação. O Alcorão, na sua infinita sabedoria, menciona tudo o que é suficiente para satisfazer as necessidades dos seres humanos. Proporciona aos crentes uma apropriada recordação e conselho para seguir o caminho que deve ser tomado e viver vidas que devem viver. É o caminho mais genuíno. 

É uma orientação que impede as pessoas dos extremos, não só nas questões relacionadas com a fé e crenças, mas também nos assuntos sociais, económicos e administrativos.■

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 26/03/2015.

JUMA MUBARAK TEMA DA SEMANA: OS ANJOS – 3ª. PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) Podemos considerar o mais importante, o Anjo Jibrail (Aleihi Salam) – Gabriel (Que a Paz de Deus esteja com ele) que foi incumbido por Deus para ser porta-voz das Revelações Divinas para os Mensageiros. Ele trouxe a revelação do Cur’ane ao Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), que decorou os versículos e os transmitiu aos seus companheiros (Radiyalahu an-huma) para compilação e divulgação sob forma escrita e oral. 

O Cur’ane é o último Livro enviado por Deus para toda a humanidade. “Dize-lhes: Quem for inimigo de Gabriel, saiba que ele, com o beneplácito de Deus, impregnou-te (o Cur’ane) no coração, para corroborar o que foi revelado antes; é orientação e alvíssaras de boas novas para os fiéis”. Cur’ane 2:97. 

Os anjos responsáveis pela guarda do inferno, são liderados por Malik (Aleihi Salam). No inferno as pessoas que não acreditaram em Deus e que cometeram graves pecados irão chorar e arrepender-se, mas será tarde demais. Quando forem encaminhados, em grupos, para o inferno, os anjos que se encontrarem nas respectivas portas lhes perguntarão: “Acaso não vos foram apresentados mensageiros de vossa estirpe, que vos ditaram os versículos do Vosso Senhor e vos admoestaram acerca do comparecimento deste dia? Responderão: Sim! Então o decreto do castigo recairá sobre os incrédulos”. Cur’ane 39:71

E refere ainda o Livro Sagrado: “(Os residentes do inferno) gritarão: “Ó Malik, que teu Senhor nos aniquile! E ele dirá: “Sabei que permanecereis aqui (eternamente)”. Cur’ane 43:77. 

O anjo Mikáil - Miguel (Que a Paz de Deus esteja com ele), é responsável pelas execuções das ordens de Deus na terra, nomeadamente pela alimentação e pelas chuvas. Existem outros anjos que trabalham sob seu comando, nas nuvens, mares, rios e ventos. “Quem for inimigo de Deus, de Seus Anjos, de Seus Mensageiros, (dos anjos) Gabriel e Miguel, saiba que Deus é adversário dos incrédulos”. Cur’ane 2:98.

Israil (Aleihi Salam) - (Que a Paz de Deus esteja com ele) é o anjo da morte. Tem outros anjos ao seu serviço, encarregados de tirar as almas. ”Diz-lhes: O anjo da morte, que foi designado para vos guardar, recolher-vos-á e logo retornareis ao Vosso Senhor”. Cur’ane 32.11. “KULÚ NAFSIN ZAÁIKATUL MAUTI….” -Toda a alma provará o sabor da morte e Vos provaremos com o mal e com o bem e a Nós retornareis”. Cur’ane 21:35. “Inna Lilahi Wa Inna Ileihi Rájiuna – Viemos de Deus e para Ele retornaremos. Cur’ane 2:156

O verdadeiro servo de Allah Subhana Wataala, não deve ter medo da morte. Alguém tem medo de se juntar ao seu amigo e cujo amor é recíproco? Quando um anjo da morte vem ter com um crente para lhe tirar a alma, saúda-o, dizendo: “Assalamo alayka yaa Waliyullah – Que a Paz de Allah esteja contigo ó amigo de Deus”. 

Dois anjos nos interrogarão nas nossas sepulturas. São eles o Munkar e Nakir. Eles são completamente diferentes dos restantes anjos. De cor negra e olhos azuis, com aspecto aterrador e muito rudes. “Quando o corpo do morto é colocado na sepultura ele ouve o som dos sapatos dos parentes e amigos a abandonarem o local”. (Muslim). É depois “acordado” com um grande alarido. São os anjos Munkar e Nakir, que o vêm interrogar. Suas vozes serão intensas como trovões e os olhos como um pesado rastro de relâmpago. Eles o empurrarão, acotovelarão rudemente. Falarão asperamente e o farão sentir terror! Nessa altura, ser-lhe-ão restituídos os seus sentidos e inteligência, idênticos aos que tinha quando era vivo, para responder às seguintes questões: “Quem é o teu Senhor; Qual é a tua religião; E quem é o teu Profeta”. 

As respostas serão dadas de acordo com as acções praticadas no mundo e nenhuma cábula será levada para servir de apoio! Os verdadeiros crentes não terão que se preocupar porque as boas acções praticadas neste mundo serão um escudo protector na altura da morte e durante a permanência na sepultura, conforme um longo hadice que se transcreve uma parte: Abdur Rahman Bin Samrah referiu em Tibrani, Hakeem Tirmizi e Asphahani que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), veio ter com ele quando estava na companhia de outros Sahabas (Radiyalahu an-huma) e contou-lhes que na noite anterior teve um sonho muito especial: Contou então o seguinte: “Eu vi um homem entre os meus seguidores, a quem o anjo da morte tinha aparecido para lhe levar a alma. Nessa altura, apareceu a bondade que ele tinha tido com os seus pais e disse adeus ao anjo da morte. Eu vi uma pessoa entre os meus seguidores, que tinha acabado de ser enterrado e quando chegou a hora da punição do túmulo, veio o seu Uzhú (ablução) e salvou-o da punição. Eu vi uma pessoa entre os meus seguidores quase a morrer e os demónios lhe tinham feito a vida miserável. Veio então à sua memória a lembrança de Deus, que afastou os demónios (Shaytan). Eu vi um homem entre os meus seguidores a quem os anjos da punição tinham aterrorizado e entristecido. Vieram então as suas orações (Salat) e salvaram-no.

“Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. 
Cumprimentos 
Abdul Rehman Mangá 
26/03/2015

segunda-feira, março 23, 2015

O significado do pronome "Nós" como usado no Alcorão

É uma figura de estilo literário em árabe que uma pessoa possa se referir a si própria pelo pronome nahnu (nós) para denotar respeito ou exaltação. Também pode usar a palavra ana (eu), indicando a própria pessoa ou, então, a terceira pessoa huwa (ele).

Todos os três estilos são usados no Alcorão, onde Allah se dirige aos árabes em sua própria língua (Fataawa al-Lajnah al-Daa'imah, 4/143)

“Allah, que Ele seja glorificado e exaltado, algumas vezes se refere a Si no singular, usando seu nome ou através do uso de um pronome e, outras vezes usando o plural, como no versículo (cuja tradução pode significar):“Em verdade, Nós temos te concedido uma vitória evidente” (Al-Fath 48:1) e em outros versículos semelhantes. 

No entanto, Allah jamais se refere a Si usando o dual e sim o plural, porque o plural se refere ao respeito que Ele merece e pode se referir aos Seus nomes e atributos, ao passo que o dual se refere a um número específico (e nada mais) e Ele está muito acima disto.” ( Al-'Aqeedah al-Tadmuriyyah por Shaykh al-Islam Ibn Taymiyah, p. 75)

Essas palavras innaa ("Em verdade Nós") e nahnu ("Nós"), e outras formas de plural, podem ser usadas pela pessoa que fala em nome de um grupo ou, então, por alguém com objetivos de respeito ou exaltação, conforme adotado por alguns monarcas quando se pronunciam publicamente ou baixam decretos, nos quais dizem “Nós decidimos...”, etc. (Em português, esta figura de linguagem é conhecida como plural majestático). Em tais casos, apenas uma pessoa fala mas o plural é usado como sinal de respeito. 

O Único Que é mais merecedor de respeito do que qualquer outro é Allah, que Ele seja glorificado e exaltado, portanto, quando Ele diz no Alcorão innaa ("Em verdade Nós") e nahnu ("Nós"), o faz por respeito e exaltação e não para indicar pluralidade de pessoas. Se uma ayat deste tipo causa confusão é essencial se referir a outra ayat clara e coerente para esclarecimento e se, por exemplo, um cristão insistir em tomar uma ayat como,

Em verdade Nós: Fomos Nós que enviamos o Dhikr(isto é, o Alcorão)” , como prova da pluralidade divina podemos refutar esta alegação citando uma outra ayat que seja clara e específica, cujo significado pode ser interpretado como:

“E seu deus é Um Único Deus, não há ninguém que tenha o direito de ser adorado senão Ele, o mais Clemente, o mais Misericordioso” (al-Baqarah 2:163 e “Dizei: Ele é Allah, o Único” (al-Ikhlaas 112:1),ou outra ayat que só possa ser interpretada de uma única forma. Então, a confusão será dissipada por aquele que está procurando a verdade. Toda a vez que Allah usa o plural para se referir a Ele mesmo, é em relação ao respeito e honra que Ele merece, ao grande número de Seus nomes e atributos e ao grande número de Seus soldados e anjos.

(Al-'Aqeedah al-Tadmuriyyah by Shaykh al-Islam Ibn Taymiyah, p. 109) 

Por Yahia Adel Ibrahim

Fonte: sbmrj.org.br

Profecias corânicas sobre o futuro

Elas são inúmeras, mas veremos aqui os seguintes exemplos:a profecia sobre a vitória dos romanos:

Allah Todo Poderoso, subhanahu wa ta`ala, diz:

“Os bizantinos foram derrotados. Nas terras mais próximas (Síria, Iraque, Jordânia e Palestina) e eles, depois da derrota, serão vitoriosos. Entre três e nove anos. A decisão do assunto, antes e depois (desses eventos) é de Allah apenas (antes da derrota dos romanos pelos persas, e depois a derrota dos persas pelos romanos)...” (Alcorão 30:2-4). Sete anos depois, a profecia se realizou, e os romanos venceram os persas. 

A profecia de que tanto Walid Ibn al Mughirah quanto Abu Lahab morreriam como descrentes. A respeito de Walid, Allah, subhanahu wa ta‘ala, disse:

Deixa por Minha conta aquele que criei solitário (sem riqueza ou filhos, isto é Walid ibn al Mughirah) E depois agraciei com abundantes bens e filhos para estarem ao seu lado e tornei a vida agradável e confortável para ele. E, depois de tudo, ele quer que Eu lhe dê mais. Qual! Na verdade ele se opôs às Nossas Ayat (provas, evidências, versículos, lições, sinais, revelações). Eu o obrigarei a (escalar uma montanha escorregadia no Inferno, chamada As-As’ud ou) enfrentar grandes tormentos. Na verdade, ele conspirou. Portanto, que ele seja amaldiçoado: como ele conspirou! Então ele pensou. Então ele voltou e estava orgulhoso. Então ele disse: ‘Nada mais é do que mágica daquele velho. Nada mais é do que a palavra de um ser humano!’ Eu o lançarei ao Inferno. E o que o fará saber (exatamente) o que é o Inferno? Nada é poupado (todo pecador) e nada (deixará de ser queimado)!” [Alcorão 74:11-18]

E em relação a Abu Lahab disse Allah, subhanahu wa ta’ala:

Que pereça o poder de Abu Lahab (um tio do Profeta) e pereça ele também! De nada lhe valerão os seus bens nem tudo quanto lucrou. Entrará no fogo abrasador!” [Alcorão, 111:1-3]


A profecia sobre o retorno a Meca, que ele deixou ao ir para Madina:

Allah, ‘azza wa jall, diz:

Em verdade, Quem te prescreveu (ó Muhammad) o Alcorão (isto é, ordenou que tu agisses de acordo com suas leis e o pregasse aos outros) te levará de volta a Ma’ad (lugar de retorno, seja Meca ou o Paraíso depois de tua morte)...”. [Alcorão 28:85] . E o Profeta, salallahu ‘alaihi wa salam, retornou a Meca no Ano da Conquista.

A profecia de que o Profeta, salallahu ‘alaihi wa salam, e os muçulmanos entrariam em Meca em segurança:

“...E, por certo, entrareis na Masjid al Haram, se Allah quiser, em segurança, com os cabelos raspados (alguns) e (alguns) com os cabelos cortados, sem medo...” [Alcorão, 48:27] . Essa profecia se realizou, e os muçulmanos conquistaram Meca e entraram naMasjid al Haram em completa segurança.


A profecia de que seriam concedidos aos muçulmanos sucessão e autoridade. Allah, Todo-Poderoso, diz:

“Allah prometeu àqueles dentre vós que acreditam e praticam o bem que Ele vos tornará herdeiros da terra, como fez com os vossos antepassados e que Ele vos concederá autoridade para praticar a religião que Ele escolheu para eles (isto é, o Islam). E Ele dará a eles, em troca, a segurança depois da apreensão - que Me adorem e não Me associem a ninguém!.” [Alcorão, 24:55]. Allah, subhana wa ta’ala, cumpriu a promessa feita ao Profeta, salallahu alaihi wa salam, e à sua nação. Fez deles sucessores de grandes reis e poderosos governantes, cujas terras e propriedades os muçulmanos herdaram.

Dr. Abdul Radhi Muhammad Abdul Mohsen

Muhammad's Prophethood: Reality or Hoax 
© 1999 IIPH
Fonte: http://islamemlinha.com/index.php/artigos/o-nobre-alcorao/item/profecias-coranicas-sobre-o-futuro?category_id=149

O Alcorão se interessa pelo meio-ambiente


É impressionante para os pesquisadores justos como o Alcorão e a Sunnah se interessam pelo meio ambiente. Diz o Alcorão, por exemplo:

"Porventura, não reparam nos camelídeos, como são criados?" (88:17)

Nesta passagem, o Alcorão menciona os camelos, ao invés de outros animais. A razão disto é chamar a atenção para este animal notável e convidar as pessoas a contemplarem sua estrutura, propriedades e benefícios, porque ele é o animal doméstico mais próximo dos beduínos, para quem o Alcorão está se dirigindo.

Frequentemente o Alcorão fala dos animais domésticos (camelos, gado, carneiros) em lugar de outros animais que existem em outras regiões. A razão é para chamar a atenção das pessoas a quem ele se dirige, para os animais que fazem parte do ambiente que as cerca, a fim de que possam ser usados; agradecer às Bênçãos de Deus, comer de sua carne e beber de seu leite.

"...leite puro e saboroso para aqueles que o bebem." (16:66)

Também para a satisfação do olhar, quando eles são conduzidos pela manhã e trazidos de volta à noite.

"E tendes nele encanto, quer quando o conduzis aos apriscos, quer quando, pela manhã, os levais para o pasto." (16:6)

A mesma coisa é mencionada no Alcorão sobre as abelhas, na Surata chamada de "As Abelhas" : o mel, suas várias espécies, valor nutritivo e medicinal, na Surata chamada "As Abelhas".

Da mesma forma o Alcorão fala sobre as tamareiras, as uvas, as colheitas de diversos sabores, a oliveira e as romãs semelhantes (em espécie) e diferentes (em variedades). Aqui o Alcorão insiste em dois aspectos importantes:

1) Usufruir de sua beleza:

"Reparai em seu fruto, quando frutificam, e em sua madureza." (6:99)

2) Usar de suas substâncias, mas pagando o zakat devido, conforme prescrito por Deus.

"Comei de seus frutos, quando frutificarem, e pagai seu tributo, no dia da colheita, e não vos excedais." (6:141)

Diversas vezes foi citado no Alcorão: Proibir o desperdício da terra, uma vez que Deus (o Exaltado e o Todo Poderoso) a criou adequada e bem preparada para as sucessivas gerações humanas. O Alcorão avisa que Deus não gosta do desperdício ou daqueles que desperdiçam em vida, e isto inclui o meio ambiente, poluindo-o ou agredindo-o. Também é proibido abusar dela de qualquer forma que possa desviá-la dos objetivos para os quais Deus a criou. Seria como mostrar ingratidão a Deus, o que provocaria a vingança de Deus e seria como uma advertência para aqueles que perpetraram este crime, de que uma punição severa recairá sobre eles, da mesma forma como aconteceu antes ao povo de 'Ad e Samud e àqueles que vieram depois deles.

"Os quais transgrediram, na terra, e multiplicaram, nela, a corrupção, pelo que teu Senhor lhes infligiu variados castigos. Atenta para o fato de que o teu Senhor está sempre alerta." (89:11-14)

É como a punição que veio para os habitantes de Sabá, que não gostavam das bênçãos que Deus lhes havia concedido; terra fértil, água pura e fresca, jardins de doces perfumes, e eles relutaram, descuidaram da terra e perderam sua fonte de generosidade. Disse Deus:

"Os habitantes de Sabá tinham, em sua cidade, um sinal: duas espécies de jardins, à direita e à esquerda. (Foi-lhes dito): Desfrutai da graça de vosso Senhor e agradecei-Lhe. Tendes terra fértil e um Senhor Indulgentíssimo. Porém, desencaminharam-se. Então, desencadeamos sobre eles a inundação provinda dos diques, e substituímos seus jardins por outros cujos frutos eram amargos, e tamargueiras, e possuíam alguns lotos. Assim os castigamos, por sua ingratidão. Temos castigado, acaso, alguém, além do ingrato?" (34:15-17)

Dr. Yusuf al-Qaradawi 
Islamic Concept of Education & Economy as Seen in the Sunnah 
© 1418 AH El-Falah, Cairo, Egypt
Dr. Yusuf al-Qaradawi
Fonte: sbmrj.org.br