sexta-feira, novembro 18, 2011

VISITA Á CIDADE DE MADINA


Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK!

 “Na realidade, Deus e os Seus anjos derramam bênçãos sobre o Profeta. Ó vós que credes: pedi bênçãos para ele e saudai-o com respeitosa saudação”. Cur’ane 33:56.

Quem já foi fazer a Peregrinação e teve a felicidade de visitar a cidade de Madina,encontrou lá conforto espiritual, a tranquilidade e a paciência, que não encontrou em Makka. Em Madina, o peregrino nota uma grande diferença na sua vida, ao ponto de quando regressar à sua terra natal, sentir-se triste por deixar aquele lugar sagrado.

Muitos fatores tornam a cidade de Madina num lugar de paz e de tranquilidade. 

1)- Encontra-se lá a sepultura do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam); 

2)- O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) fez uma prece, pedindo a Deus para dar o dobro das bênçãos que deu a Makka (Relato de Musslim). Foi a cidade que acolheu o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), quando ele foi obrigado a deixar Makka no ano 622 da era Cristã, conhecida por Al-Hijra, que marca o início do calendário Islâmico.

Para os muçulmanos, existem 3 lugares sagrados que devem ser visitados. Abu Huraira (Radyialahu an-hu), referiu que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Não viajai (com o objectivo da visita espiritual), senão para três Massjides (Mesquitas): Al-Massjidil-Háram (em Makka), Al-Massjidil Acssá (Jerusalém) e para este meu Massjid (em Madina)”. Relato de Al Bhukari e Musslim.

É importante referir que a visita à cidade de Madina, não faz parte dos rituais de Haj ou do Umra. Mas é recomendável a visita, caso existam condições financeiras para o feito. A visita a Madina, permitirá ao crente estar mais próximo do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). É a ansiedade de todo o Muçulmano em estar junto à campa dele para cumprimentá-lo.

Ibn Omar (Radyialahu an-hu) narra que a tradição consiste em visitar a campa do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e dizer “Assalamo Aleika Ayu Hannabiyo Warahmatullah Wabarakatuhu” “Ó Profeta de Deus, que a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus, estejam contigo”.

O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “No dia do Julgamento Final, a pessoa mais próxima de mim, será aquela que enviou mais durud para mim.” Tirmizi.

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse:

 “Aquele que envia Durud perto da minha campa, eu próprio ouço-o e aquele que me envia Durud longe, é me transmitido”. Baihaiqui, Mishkat.

A confirmação de que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) sentia compaixão pelo todo o seu Umah (seguidores), não só para aqueles que estavam com ele durante a sua vida, mas também para aqueles que seguiriam as suas orientações depois da sua morte, é comprovada pelo seguinte hadice narrado por Ahmed:

O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), uma vez estava com os seus companheiros e disse: “Quando verei eu os meus irmãos?”. E os companheiros perguntaram-lhe surpreendidos, se eles não eram os seus irmãos. E ele respondeu: “Vós sois os meus companheiros; mas os meus irmãos, serão aqueles que acreditarão em mim sem nunca me terem visto”. – Hadice narrado por Ahmed.

Dentro da Mesquita do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), existe um pequeno lugar muito procurado pelos visitantes e também pelos residentes, para fazerem as orações e preces. Nas alturas de grande influência, é necessária muita paciência para se encontrar um pequeno espaço.

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Entre a minha casa (campa) e o meu mimbar (púlpito), há um jardim de entre os jardins do Paraíso, entre a minha casa (campa) e o meu púlpito, está sobre o meu lago de Al-Kauçar”. Bukhari.

Anass Ibn Málik (Radyialláhu an-hu) narrrou que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse:

 “Quem fizer quarenta orações no meu Massjid, sem falhar uma sequer, ser-lhe-á garantida a isenção do fogo, do castigo e da hipocrisia.” (Relato de Ahmad e At-Tabarani).

Anáss Ibn Málik referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse:

“A recompensa da oração obrigatória feita em casa é de uma vez; Na Mesquita é de 25 vezes; Na Mesquita durante a oração de sexta-feira, é de 500 vezes; Na Mesquita Al-Acssá (Jerusalém) é de 5.000 vezes; na Mesquita do Profeta em Madina (Massjid Nabawi) é de 50.000 vezes; e na Mesquita em Maka (Massgidul Háram) é de 100.000 vezes.” (Relato de Ibn Mája/Michkát).

A Mesquita do Profeta, como também é conhecida, foi o centro importante de liderança e de governança, que se estendeu pelos três sucessores de Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam).

A área inicial da mesquita era pequena, cerca de 4.200 metros quadrados. Atualmente, ocupa uma área muito vasta, devido a diversas ampliações a que foi sujeita ao longo dos anos.

O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu: “Se este Massjid for expandido até Saná (Yémene), continuará a ser considerado o meu Massjid”.
Em Madina, encontram-se os seguintes lugares que devem também ser visitados: - JANNATUL BAQUI, cemitério onde estão sepultados cerca de 10.000 sahabas (Radyialahu an-huma), companheiros do Profeta;

- MONTE OHUD, onde ocorreu a batalha de Ohud;

- MASSJID CUBÁ, é o primeiro massjid construído, cuja primeira pedra foi colocada pelo próprio Profeta. Fazer uma oração nA Mesquita Cubá, é merecedor de grandes recompensas por parte de Allah Subhana Wataala. O Cur’ane refere a Mesquita e as gentes de Cubá no capítulo 9, versículo 108. E referiu o Profeta “Salalahu Aleihi Wassalam): “Quem fizer a ablução na sua casa e for fazer a oração na Mesquita Cubá, terá a recompensa de fazer um Umra (Ahmad, Na-Nassai e Ibn Majá).

– MASSJID QUIBLATAIN (Dois Quiblas – orientações). É visível na Mesquita as duas orientações para as orações. Uma quando os muçulmanos ainda oravam virados para Jerusalém e outra virada para Maka. (Assunto referido no Cur’ane, 2:143).

- Existem também os seguintes Massjides a visitar, nomeadamente, Jumá, Ghamáma, Abubarkar, Omar, Áli, Al-Ijába e Fath/Ahzáb.

Duá que deve ser feito pelo peregrino, no final da visita à cidade de Madina:

“Ó Allah, não faça desta visita ao Seu Profeta, ao seu Massjid, ao seu santuário, a última visita, mas facilita-nos novamente a vinda e a permanência aqui. E conceda-nos o perdão e o bem neste e noutro mundo. E leva-nos para junto das nossas famílias com segurança e com recompensa abundante pela tua misericórdia, Ó Misericordiosíssimo de entre os misericordiosos, ÁMIN”.

Façam o favor de ter um bom dia de Juma.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

17/11/2011

quarta-feira, novembro 16, 2011

Versículo DO TRONO "Ayat Al-Kursi"

Queridos irmãos e prezado leitor! O versículo 255 da Surata Al Bakara ( Surata da Vaca) é com certeza poderosíssimo. Várias pessoas já comprovaram a eficiência da recitação desse versículo em algum momento de dificuldade, ou mesmo, com prevenção. Ele é tão importante que recebeu o nome de Versículo do Trono! Decore, ou escreva e ande sempre com ele. Antes de sair de casa, ao deitar, ao iniciar uma viagem, ou seja, em qualquer momento faça recordação de Allah SW recitando esse poderoso versículo. Veja abaixo uma nota sobre o versículo emitida por SAMIR EL HAYEK, o maior tradutor das escrituras islâmica para a língua portuguesa. Que Allah SW cuide com carinho de sua vida, de seus familiares e de sua sabedoria.

Significada dos versículos do Alcoran Sagrado em Português SAMIR EL HAYEK

Em nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso.
ALLAH, não há mais divindade além d'Ele,Vivente, Auto-Subsistente, a Quem jamais alcança a inatividade ou o sono; d'Ele é tudo quanto existe nos Céus e na Terra, Quem poderá interceder junto a Ele, sem o Seu consentimento? Ele conhece tanto o passado como o futuro, e eles (humanos) nada conhecem da Sua ciência, senão o que Ele permite. o Seu Trono abrange os Céus e a Terra, cuja preservação não O abate, porque é O Ingente, O Altíssimo.

Transliteração, ou seja como se diz foneticamente. (Idioma de referência inglês)
Allahu laa ilaaha illaa Huwal-Hayyul-Qayyum. Laa ta-khudhuhu sinatun walaa nawm. Lahu maa fis-samaawaati wa maa fil-ard. Man dhal-ladhi yashfa’u ‘indahu illaa bi idhnih. Ya’lamu maa bayna aydihim wa maa khalfahum. Wa laa yuhituna bi shay-in min ‘ilmihi illaa bi maa shaa. Wasi’a kursiyyuhus-samaawaati wal-ard. Wa laa ya-uduhu hifdhuhumaa wa Huwal-’Aliyyul-’Adhim.

Versículo original na língua árabe.

Este versículo número 255 da 2ª Surata do Alcoran Sagrado, é um dos mais célebres e possantes versículos do ALCORAN; é reproduzido diversas vezes e em diferentes formas nos quadros das Mesquitas, casas e em vários outros lugares.

Realmente, é bastante difícil traduzir o seu glorioso significado ou retransmitir o ritmo das suas bem escolhidas e compreensivas palavras. No original em árabe, o significado que as palavras podem transmitir parece ser mais expressivo do que as respectivas traduções noutras línguas.

O tema deste grande versículo é o monoteísmo puro (Unicidade de Deus), e a grandeza dos atributos de ALLAH, numa forma muito simples e interessante. Nos relatos do nossa Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Allah estejam com ele), constam inúmeras virtudes do Ayatul-Kurssi:

Abu Huraira narra que o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Allah estejam com ele) disse: ﴾Existe na Surata Al-Baqarah, um versículo que é líder dos versículos do ALCORAN, fazendo com que o Shaitán (Satanás) fuja da casa onde esse versículo é recitado (uma alusão ao Ayatul-Kurssi)﴿. [Tafssir Ma’áriful-Qur’án]

Salienta-se a superioridade deste versículo em relação aos outros devido ao seu conteúdo, pois nele fala-se de ALLAH e dos Seus atributos.

Os atributos de Allah são tão diferentes de qualquer coisa que conhecemos, no nosso mundo presente, que devemos ficar satisfeitos com a compreensão de que a única palavra adequada, com que podemos designá-Lo, é "Ele".

Ele vive, mas a Sua vida é auto-subsistente e eterna; ele não depende de outros seres e não inclui apenas a idéia de "auto-subsistente", mas também a idéia de "resguardo e manutenção de todas as vidas". A Sua vida é a fonte e o esteio, constantes de todas as formas derivadas de vida. A vida perfeita constitui atividade perfeita, em contraste com a vida imperfeita, que vemos a nos rodear, a qual não apenas está sujeita à morte, mas também à necessidade de descansar, ou de diminuir as atividades (algo entre atividade e sono, para o qual nós, de comum acordo com os outros tradutores, usamos a palavra "inatividade"), pela necessidade de um sono reparador. Porém, Allah não tem necessidade de descansar ou de dormir.

Depois de nos conscientizamos de que a Sua vida é uma Vida absoluta, de que o Seu Ser é um Ser absoluto, ao passo que outras vidas vidas e outros seres são eventuais e evanescentes, nossas idéias de Céus e Terra desvanecer-se-ão como brumas na presença da luz. O que está por detrás dessas brumas é Ele. Tal realidade, como a que os nossos Céus e Terra possuem, é um reflexo da Sua absoluta Realidade.

Os panteístas transmitem uma ideia errada, ao dizer que tudo é Ele. A verdade será melhor evidenciada dissemos que tudo é d'Ele.

Como poderia alguém postar-se ante Ele, arrogando-se ante Ele, por direito, e clamar por intercessão junto ao seu próximo? Em primeiro lugar, ambos pertencem a Ele, sendo que Ele vela tanto pela vida de um como pela vida de outro. Em segundo, ambos estão na dependência da Sua Vontade e Comando. Porém Ele, em Sua Sapiência e Planificação, pode cotejar as Suas criaturas e conceder-lhes graus de superioridade umas sobre outras. Então, pela Sua Vontade e Permissão, tais criaturas poderão interceder ou auxiliar em muitas questões, de acordo com as leis e os deveres que lhes forem impostos.

Os conhecimentos de Allah são absolutos e não estão condicionados pelo Tempo ou pelo Espaço. A nós, Suas criaturas, estas condições sempre se aplicam.

Notas do Autor SAMIR EL HAYEK

segunda-feira, novembro 14, 2011

A VERDADE SOBRE A MULHER NO ISLAM DE ACORDO COM O LIVRO SAGRADO - ALCORÃO

Amados irmãos e caríssimos leitores. Não julguem o Islam sem antes conhecê-lo! Eu fui clérigo católico apostólico brasileiro e aprendi em meus estudos o lado podre, que parte da sociedade mundial quer atribuir ao islam. Isso por que o crescimento do islam incomoda a zona de conforto das religiões imperialistas e que hoje escravizam boa parte da humanidade, com seus dogmas e frases de efeito. 

É inegável e notório o crescimento econômico das religiões modernas. Fabricadas em cima de marketing negociais e que visam apenas o enriquecimento dos seus dirigentes. Pouco são os líderes religiosos que hoje atuam em suas verdadeiras funções, ou seja, médicos de almas. Os ensinamentos hoje se baseiam na cura e na prosperidade dos fiéis. E o pós morte? A vida eterna jundo do nosso Criador? Onde foram parar esses conceitos? 

Vocês já imaginaram, uma vez que no islam não existe hierarquia eclesiástica, quantas pessoas perderiam cargos, que lhes garantem vida farta, status e poder? Pois é meus queridos, são essas pessoas os escarnecedores na última mensagem revelada por Deus Louvado Seja a humanidade. 

Dia 11 de novembro sua Iminência Sheikh Nururddin, proferiu um sermão durante a Oração de Sexta Feira ( Salatul Jumua), que nos esclarece  um assunto, que é uma bandeira dos inimigos do islam, a mulher. Essas pessoas pegam exemplos e imagens de mulheres que são maltratadas por homens, que apesar de se intitularem muçulmanos, não abandonaram seus regimes tribais pré-islâmicos, para acusarem o islamismo de escravização e preconceitos contra a mulher. 

Vejam abaixo o texto baseado no Alcorão Sagrado e tire sua própria conclusão. É o  Islam ou alguns de seus seguidores o culpado por esse crimes contra a mulher? Que Allah SW tenha piedade de nós, perdoe nossos pecado e nos conduza ao Paraíso. amin! 

"Louvado seja Allah, O Senhor do Universo, O Clemente ,O Misericordioso. testemunho que não há divindade alem dele e que Mohamad(SAAW), é seu servo e seu mensageiro.

Nos dias atuais, onde tantas questões polêmicas nos são colocadas diariamente, onde mal temos tempo de digerir o noticiário, tal a rapidez com que as coisas acontecem no mundo, vamos estabelecendo nossos julgamentos e entendimentos em bases que carecem de uma análise mais profunda.

Assim é com relação ao Islam, tão incompreendido, tão desconhecido. Assim é a questão da mulher no Islam, onde preconceitos e falsas informações estão disseminados de tal forma que ocupam o imaginário dos não muçulmanos, estereotipando essas mulheres, transformando-as em personagens que nunca correspondem à realidade. Tomamos para nós alguns conceitos, que passam a ser verdade, a nossa verdade, que sequer é nossa, e engrossamos o rol desta vasta legião de meros repetidores de falsas verdades, aliás, uma característica do nosso tempo. O Islam é fanatismo. O Islam é terrorismo. O Islam é atraso. O Islam oprime e submete a mulher.

Há 1400 anos, o Islam afirmou que a mulher é um ser humano, que tem uma alma da mesma natureza que a do homem, e que ambos, homens e mulheres, gozam dos mesmos direitos. No Islam, a mulher é um ser responsável e não pode ser desrespeitada ou discriminada em razão de seu sexo. No ocidente, apesar dos avanços conseguidos pelos movimentos feministas, as conquistas alcançadas não representam sequer a terça parte do que o Islam já havia garantido. Sabemos que a mulher ainda é discriminada, o maior contingente de analfabetos está na população feminina, ela é vítima da violência, que começa em casa, recebe um salário menor para o exercício de funções que ela executa em igualdade de condições com o homem, etc.

Deus esclarece no Alcorão que, ao longo de toda a história da humanidade, cada povo teve o seu mensageiro, em sua própria língua, em linguagem compatível com a compreensão do ser humano, anunciando a unicidade de Deus, confirmando o Dia do Juízo Final e determinando a subordinação ao que foi legislado por Ele.

Prescreveu-vos a mesma religião que tinha instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual recomendamos a Abraão, a Moisés e Jesus (dizendo-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso.(cap. 14:5)

A crença nos profetas e nos livros são artigos de fé para o muçulmano. Depois de Mohammad não haverá mais nenhum profeta e nem revelação alguma será feita.

Hoje, aperfeiçoei a religião para vós; agraciei-vos generosamente e aponto o Islam por religião. (Cap. 5:3)

Foi somente com o advento do Islam, que a mulher passou a desfrutar de uma posição dignificada, sem qualquer traço de paternalismo ou exploração, um ser responsável, a quem são exigidos deveres, mas a quem também são assegurados direitos, em igualdade de condições com o homem. Homens e mulheres são criaturas de Deus, e o melhor entre eles é o mais justo, o mais piedoso, independentemente de sexo, raça, cor, posição social etc.. As pessoas se diferenciam no Islam pela fé, pela consciência de Deus e pela conduta reta. 

Assim, estabelece Deus no Alcorão:

Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. (Cap. 49:13)

Também, disse Deus:

Jamais desmerecerei a obra de qualquer um de vós, seja homem ou mulher, porque procedeis uns dos outros… (Cap. 3:195)

O novo modo de vida implantado a partir do Alcorão, assegurou uma posição dignificada tanto para os homens como para as mulheres. As mulheres passaram a ser respeitadas e honradas. 

A "maldição" do sexo feminino, como herdeiro do "legado de Eva", portanto, a responsável por todas as desgraças desta vida, deixou de ter sentido. Homens e mulheres são iguais.

Nada no conjunto social da Arábia daquele tempo, ou em qualquer outra cultura ou civilização, evidenciou uma tal elevação na posição da mulher. Não foi nenhuma consideração social ou econômica que a tornou necessária ou desejável. Foi antes uma mudança deliberada, feita pelo Islam, por razões que são completamente diferentes daquelas deste mundo e daquelas da sociedade humana em particular. O que a mulher ocidental levou mais de 12 séculos para conseguir, enfrentando as mais duras resistências, o Islam já havia outorgado voluntariamente, tomando a iniciativa, sem submissão a necessidades sócio-econômicas, mas dentro do critério de justiça e verdade, características básicas do Islam.

A mulher é reconhecida no Islam como a parceira completa do homem e igual a ele na procriação da humanidade. Ele é o pai e ela é a mãe e ambos são essenciais para vida. O papel da mulher não é menos vital do que o do homem. Nesta parceria as partes são iguais em cada aspecto, têm direitos e responsabilidades iguais e são dotadas das mesmas qualidades, seja homem ou mulher.

No Islam, a mulher se iguala ao homem ao ser responsável por seus atos. Ela possui uma personalidade independente, dotada de qualidades humanas e digna de aspirações espirituais. Sua natureza humana não é nem inferior nem superior à do homem. Homens e mulheres têm as mesmas obrigações e responsabilidades sociais, morais e religiosas e devem enfrentar a consequência de seus atos.

Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja. (Cap. 4:124)

No Islam, a mulher é independente economicamente, uma vez que ela pode ser proprietária, com direito a administrar seus bens e ninguém, pai, marido ou irmão, tem ingerência no trato de questões financeiras.

Estes direitos não estão estabelecidos de uma forma apenas retórica. O Islam tomou medidas para salvaguardá-los e colocá-los em prática como artigos de fé. O Islam não tolera o preconceito contra a mulher ou a discriminação entre os sexos. O Islam reprova todo aquele que considera a mulher inferior ao homem.

Além do reconhecimento da mulher como um ser independente, considerada como essencial para a sobrevivência da humanidade, o Islam deu à mulher o direito à herança. Antes do Islam, ela não só era privada desta participação como era considerada propriedade do homem. modéstia adequada tanto para homens como para mulheres (roupa e comportamento) são baseados nas fontes revelatórias (Alcorão e a Suna autêntica) e, como tal, devem ser respeitados por homens e mulheres crentes por ser de orientação divina e com objetivos claros.

O que devemos compreender é que existe uma imensa diferença entre a crença propriamente dita, conforme revelada no Alcorão, e a prática de algumas sociedades supostamente islâmicas. Tais práticas atendem muito mais a aspectos culturais específicos (regimes tribais) , a interesses particulares, e não representam necessariamente o Islam e nem podem servir de base para se denegrir o verdadeiro sentido do Islam.

O Islam ainda tem muito a oferecer à mulher de hoje, em termos de respeito, dignidade, reconhecimento. Basta que ela tenha consciência disso e lute para implantar os ensinamentos islâmicos. Para isso, ela tem todos os instrumentos à sua disposição".

Que a paz, as Bênçãos e a Misericórdia de Allah Estejam com conosco!

Texto traduzido por: Hajj Samir Yhasan-Centro Islâmico de Brasília DF