sábado, setembro 06, 2014

A L M A D I N A A QUESTÃO DA QUALIDADE DE EDUCAÇÃO


Por: Sheikh Aminuddin Mohamad  -01.09.2014

Apesar de a educação estar a ganhar mais interesse entre nós, ainda continuamos atrasados relativamente a muitos outros povos do Mundo, isto porque a questão da aquisição de educação tornou-se ainda mais complicada. 

Antes, quando a educação não era objecto de comércio, não havia tanta dificuldade na sua busca. Os professores não tinham quaisquer tipos de reservas e estavam sempre prontos a ensinar, dando o seu melhor aos alunos mais aplicados. Aliás, eles sentiam uma enorme alegria em fazer isso, de tal maneira que havia professores que até procuravam alunos e os encorajavam a estudar. Eram bons tempos

Hoje a educação tornou-se um problema. No passado as crianças estudavam em escolas e colégios do Estado, e tinham êxito, mas com o decorrer dos tempos começaram a surgir escolas privadas, e se de um lado o surgimento destas trouxe algum benefício, de outro lado também trouxe prejuízo à educação. O benefício foi a ampliação significativa da rede escolar e um relativo aumento da qualidade de educação, mas convenhamos que o prejuízo que trouxe foi maior que o benefício. O principal prejuízo foi a subversão do conceito de educação, pois no passado o objectivo da educação era servir, e hoje o objectivo é o negócio.

A mudança deste conceito afectou profundamente o resultado e a consequência da educação, baixando substancialmente o espírito de servir e, não sendo portanto, modelo para as pessoas, quando o deviam ser. 

Por exemplo, um indivíduo educado devia ser honesto e transmitir lição de honestidade aos outros, mas infelizmente, na maioria dos casos não vemos isso. Hoje a maioria dos que tiveram acesso à educação está muito concentrada no ganho de dinheiro, e numa vida faustosa.

Muitos deles não estão sequer preocupados com os problemas, as dificuldades e as aflições das pessoas. E devido a isso o círculo de benefícios da educação e dos educados retraiu-se bastante, pois agora a educação do indivíduo só o serve a si próprio, ou no máximo, à sua família. Mas se o conceito fosse, servir a criatura de Deus, então certamente que um indivíduo educado não só se beneficiaria a si próprio ou à sua família, mas também um número infinito de pessoas ter-se-ia beneficiado.

Para além disso, nos dias que correm, um grande número de pessoas educadas está envolvida na corrupção, na desonestidade, na imoralidade, no adultério, no alcoolismo, na fraude, na vigarice e na trapaça. Portanto, pode-se considerar que essas pessoas se rebelaram contra o objectivo principal da educação.

O enfraquecimento do ensino oficial e o fortalecimento do ensino privado trouxeram um outro prejuízo, que é o encarecimento da própria educação, pois as propinas nas escolas privadas são bastante exorbitantes.

Há escolas que cobram valores bastante elevados, muito acima dos salários que os pais dos estudantes pobres auferem. Claro que nessas circunstâncias está fora de questão os pobres ou os da classe média, enviarem os seus filhos para esse tipo de escolas, ainda que o queiram.

Há outras escolas que mesmo não sendo muito caras, nem todos os pais têm possibilidades de pagar as mensalidades nelas cobradas, ainda mais se esses pais tiverem mais que um filho a estudar. E para além das mensalidades há ainda os livros, os uniformes, etc.

Mas também há outras escolas onde as mensalidades são muito baixas, estando ao alcance de muitos pais pobres. Mas a questão que aí surge é: Qual é o nível e qualidade de estudos nessas escolas? Será que esse tipo de escolas poderá proporcionar aos alunos, professores competentes e de alto nível, e oferecer outras facilidades e condições aos seus estudantes? Claro que a resposta é: não!

Nas escolas do Estado os salários dos professores são baixíssimos, daí que muitos deles se fazem à sala de aulas a pensar sobre como irão alimentar as suas famílias nesse dia. E por isso eles pouco se preocupam se os seus alunos estão se desenvolvendo ou não, exceptuando os alunos que com o seu dom próprio e capacidade natural conseguem sobressair.

Nessas condições fica a questão no ar: Como é que essas crianças conseguirão melhorar o seu futuro, como é que poderão servir à Humanidade e o seu País, e como é que conseguirão obter um bom emprego?

Seria desejável que os governos investissem mais na educação e na pesquisa científica para que possamos sair do atraso. A expansão escolar é necessária, mas só isso não chega. É necessário que se invista também na qualidade da educação. 

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuh

Advogados da EEUU Pedem o Fim da Impunidade Israelita

O Colégio Nacional de Advogados da EEUU e outras organizações jurídicas instam a Corte Penal Internacional a que investigue os crimes de guerra perpetrados pelos dirigentes de Israel e Estados Unidos em Gaza - 28/08/2014 - Autor: Marjorie Cohn - Fonte: Attac Aragón – Traduzido por: Yiossuf Adamgy - http://www.aragon.attac.es/2014/08/26/el-colegio-nacional-de-abogados-de-eeuu-y-otras-organizaciones-juridicas-instan-a-la-corte-penal-internacional-a-que-investigue-los-crimenes-de-guerra-perpetrados-por-los-dirigentes-de-israel-y-estado/.

O Colégio Nacional de Advogados (NLG, de sigla em inglês) da EEUU, o Centro pelos Direitos Constitucionais, a Associação Internacional de Advogados Democráticos, a União de Advogados Árabes e a Associação Ameri-cana de Juristas enviaram uma carta na passada sexta-feita 22 de Agosto a Fatou Bensouda, Fiscal da Corte Penal Internacional (CPI), instando-a a que inicie uma investigação dos crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade perpetrados em Gaza pelos diri-gentes israelitas, com a ajuda e cumplicidade das autori-dades estado-unidenses. Em virtude do Estatuto de Ro-ma, a CPI tem poder para julgar penalmente os indiví-duos responsáveis pelos crimes de maior gravidade. 

“Tendo em conta a extrema gravidade da situação na ocupada Faixa de Gaza, em particular pelo imenso nú-mero de vítimas civis e a destruição a grande escala de propriedades civis, inclusivamente colégios, mesquitas e hospitais, assim como a permanente incitação ao geno-cídio exibida pelos dirigentes e personalidades políticas israelitas, o NLG e as organizações citadas subscrevem um enérgico chamamento ao Gabinete do Fiscal para que faça uso do seu poder, em virtude do Artigo 15 do Estatuto de Roma, e inicie uma investigação preliminar” dos delitos que caem sob a jurisdição da CPI. 

“Segundo o Estatuto de Roma, uma pessoa pode ser acusada de crime de guerra, genocídio ou crime contra a humanidade… se ele ou ela ‘ajuda, incita ou de alguma forma presta o seu apoio à execução ou intenção de execução do crime ‘incluindo a provisão de meios para a sua execução’”, lê-se na carta. “Ao enviar assistência financeira, armamentos e outra ajuda militar a Israel, os membros do Congresso da EEUU, o Presidente Barack Obama e o Secretário de Defesa Chuck Hagel ajudaram e instigaram a comissão de crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade das autoridades e comandantes israelitas em Gaza.” 

A carta afirma que a 20 de Julho de 2014, por meio dessa conduta criminal, Israel solicitou, e o Departa-mento de Defesa da EEUU autorizou, o envio a Israel de munição procedente do Armazém de Munição de Reserva de Guerra. E, em Agosto de 2013, o Congres-so aprovou, por esmagadora maioria, e Obama assinou, um pagamento de 225 milhões de dólares destinados ao sistema de defesa de mísseis Cúpula de Ferro de Israel. 

“O uso da força de Israel, claramente despropor-cionado, contra os 1,8 milhões de habitantes de Gaza tem pouco a ver com qualquer reclamação de segurança”, escreviam as organizações, “mas parece ter sido calculado para exercer a vingança contra os civis palestinos”. A carta cita afirmações de respon-sáveis israelitas defendendo a vingança contra “todo o povo palestino” e “exigindo o internamento dos palestinos em campos de concentração no Sinai, assim como a destruição da infra-estrutura civil em Gaza”. 

ACUSAÇÕES DE CRIMES DE GUERRA 

A carta enumera os crimes de guerra seguintes e cita, de facto, as acusações de apoio a cada crime: 

• Assassinato deliberado (mais de 2.000 palestinos, de entre eles, 80% civis). 

• Provocar, deliberadamente, grandes sofrimentos e feridas de gravidade (ferindo cerca de 10.000 palestinos, entre eles, 2.200 crianças). 

• Extensa destruição e apropriação de propriedades de forma ilegal, sem sentido e injustificadamente (dezenas de milhares de palestinos perderam os seus lares, foram causados danos muito graves às infra-estruturas). 

• Privação ilegal do direito a um julgamento justo (450 palestinos estão detidos sem acusação nem julgamento). 

• Ataques intencionais contra civis ou objectos civis ou veículos, instalações e pessoal de ajuda humanitária (bombardeio de numerosos colégios, lugares de refúgio da ONU, hospitais, ambulâncias, mesquitas…) 

• Lançamento intencional de ataques injustificados, sabendo que vão servir para matar ou ferir civis, danifi-car objectos civis ou causar graves e duradouros danos no meio ambiente (uso da “Doutrina Dahiya” para aplicar uma “força desproporcionada” e causar “enormes danos e destruição nas propriedades e infra-estruturas civis e sofrimento nas populações civis”, como definiu o Conse-lho de Direitos Humanos da ONU - Relatório Goldstone (Israel arrasou totalmente a cidade de Khuza’a). 

ACUSAÇÕES DE GENOCÍDIO 

O artigo 6 do Estatuto de Roma define como “geno-cídio” qualquer dos actos seguintes, perpetrados com a intenção de destruir total ou parcialmente um grupo na-cional, étnico, racial ou religioso: 

a) Matança de membros do grupo; 

b) Lesão grave à integridade física ou mental dos membros do grupo; 

c) Submissão intencional do grupo a condições de existência que levem à sua destruição total ou parcial. 

A carta diz: “Tendo em conta o facto de que os palestinos de Gaza não tinham possibilidade alguma de fugir para um lugar seguro, deve assumir-se que os oficiais israelitas responsáveis sabiam muito bem que os massivos bombardeios por terra, mar e ar da ocupada Faixa de Gaza iam provocar um número imenso de vítimas e a destruição das propriedades e infra-estruturas civis”. A carta enumera também “as declarações públicas, repetidamente provocadoras, feitas pelos responsáveis israelitas antes e durante a Operação Marco Protector, assim como a história de repetidos bombardeios dos campos e populações de refugiados palestinos no Líbano e Gaza” como prova de que “as autoridades israelitas podem estar a pôr em marcha um plano para destruir a população palestina, pelo menos em parte”. 

ACUSAÇÕES DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE 

O artigo 7 do Estatuto de Roma define como “crimes contra a humanidade” qualquer dos actos seguintes quando se cometam como parte de um ataque genera-lizado ou sistemático contra uma população civil e com conhecimento de dito ataque: 

a) Assassinato; 

b) Extermínio; 

c) Escravidão; 

d) Deportação ou transladação forçosa de população; 

e) Encarceramento ou outra privação grave da liber-dade física em violação de normas fundamentais de direito internacional; 

f) Tortura; 

g) Violação, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável; 

h) Perseguição de um grupo ou colectividade com identidade própria fundada em motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos, de género defini-do no parágrafo 3, ou outros motivos universalmente reconhecidos como inaceitáveis com relação ao direito internacional, em conexão com qualquer acto mencio-nado no presente parágrafo ou com qualquer crime da competência da Corte; 

i) Desaparecimento forçado de pessoas; 

j) O crime de «apartheid»; 

k) Outros actos desumanos de carácter similar que causem intencionalmente grandes sofrimentos ou aten-tem gravemente contra a integridade física ou a saúde mental ou física. 

A carta afirma: “As forças israelitas assassinaram, feriram, executaram sumariamente e detiveram admi-nistrativamente os palestinos, tanto civis como for-ças do Hamas. As forças israelitas destruíram inten-cionadamente a infra-estrutura de Gaza”. Também diz que Israel mantém os palestinos enjaulados na “maior prisão ao ar livre do mundo” e que “controla todas as entradas e saídas de Gaza, e limita… o acesso aos medicamentos e outros produtos básicos”. Finalmente, a carta cita as prisões arbitrárias e as detenções adminis-trativas; a expropriação de propriedades; a destruição de casas, colheitas e árvores; as áreas e estradas sepa-radas; as vivendas e os sistemas jurídicos e educativos segregados para palestinos e judeus; o ilegal muro de separação que invade o território palestino; as centenas de aldeamentos judeus ilegais sobre terra palestina; e a negação do direito dos palestinos ao retorno à sua pátria pelo facto de não serem judeus. 

Os signatários da carta concluem que “o início de uma investigação enviaria uma clara mensagem a todos os implicados na execução, ajuda ou instigação dos crimes acima mencionados de que hão-de prestar contas PESSOALMENTE de todos os seus actos”. 

Está por ver se a CPI exercerá a sua jurisdição neste caso já que nem Israel nem os Estados Unidos fazem parte do Estatuto de Roma. Mas se a CPI determinar que a Palestina pode aceder ao Estatuto de Roma, a CPI poderia ter jurisdição sobre os crimes perpetrados por israelitas e estado-unidenses em território palesti-no.■ 

Quem não pretender continuar a receber estas reflexões, por favor dê essa indicação e retirarei o respectivo endereço desta lista. 

Obrigado. Wassalam. 

M. Yiossuf Adamgy - 06/09/2014.

sexta-feira, setembro 05, 2014

SAFA E MARWAH - LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK...

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) 
Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) A fé do ser humano está em constante mutação. A riqueza, a pobreza, a saúde e o sofrimento, fazem parte do teste que Deus submete a cada um de nós e muitas vezes não o percebemos. Os Profetas, cuja fé era muito superior a nossa, foram os mais (severamente) testados. O Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), foi submetido a diversos testes, não porque Deus duvidava dele, mas para fortalecer a sua fé e a sua lealdade. Nenhum pai aceitaria deixar a sua mulher e o seu filho menor em pleno deserto, a não ser que tenha uma fé inabalável de que Allah Subhana Wataala, é o Único Protector e Sustentador. Não está ao alcance de qualquer um de nós, porque a nossa fé oscila como um índice bolsista.

O Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), seguindo as ordens de Deus, deixou a sua esposa Hajra e o seu filho recém-nascido Issmail (Que a Paz de Deus esteja com eles), perto da Caaba.

Naquele tempo, Maka era um autêntico deserto, sem quaisquer condições de sobrevivência. Ao lado da Caaba, existem dois montes, Safa e Marwa, separados por uma pequena distância. Ibrahim (Aleihi Salam) afastou-se e fez a seguinte prece: “Ó Senhor nosso! Eu fiz habitar parte da minha descendência num vale inculto, perto da Tua Casa Sagrada, Senhor Nosso, para que cumpram a oração; fazei, portanto, com que os corações de algumas pessoas se inclinem para eles, com fervor e sustenta-os com os frutos para que Te agradeçam.” Cur’ane 14, Vers.37

Esgotada a provisão da água e dos alimentos, a mãe aflita, subiu o monte Safa para ver se alguém a acudia. A seguir correu para o monte Marwa, mas não via ninguém. Fez o percurso entre Safa para Marwa e de Marwa para Safa, por sete vezes. Foi então que ela ouviu uma voz. Segundo o relato de Abdallah Ibn Abáss (Radiyalahu an-hu), ela disse em voz alta: “Ó quem quer que sejas, fizeste-me ouvir a tua voz, também me podes ajudar?”.

No local, ela viu um anjo que estava remover o chão com a sua asa. Daí começou a brotar água. Então Hajra com as suas mãos começou a abrir uma cavidade e com as suas mãos encheu o odre. Ibn Abass (Radyialahu an-hu) narra que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Que Allah tenha misericórdia da mãe de Issmail. Se ela não tivesse controlado o caudal, aquela teria sido uma fonte de água que escorreria como um rio!”. Hajra bebeu a água e deu de amamentar ao filho. O Anjo tranquilizou-a e disse-lhe “esta é a Casa de Deus, que será construída por esse menino e pelo seu pai e nunca Deus negligenciou o Seu povo”. Parte do relato de Ibn Abaas, em Bukhari. Livro 55:583.

Esta é a fonte de Água de Zam-Zam que ainda perdura, com um caudal suficiente para que os peregrinos possa beber e até levar como lembrança, para as suas terras de origem.

Ao longo dos tempos, o ritual do Tawaf entre Safa e Marwa foi efectuado pelos residentes e pelos peregrinos que se deslocavam das redondezas para visitar a Caaba. Mas com o passar dos anos, os residentes de Maka gradualmente afastaram-se da Unicidade Divina e começaram a associar-se a falsos deuses. Encheram a Caaba com diversos ídolos esculpidos em madeira e outros materiais. Construíram templos em Safa e Marwa para albergar dois ídolos, respectivamente, Isaf (masculino) e Nai’lah (feminino) e começaram a percorrer as distâncias entre um e outro, em reverência aos dois, tocando e beijando a cada um deles. Referiram de que os dois ídolos se tinham transformado em pedra por terem cometido adultério entre eles.

Quando os Árabes abraçaram o Islam – submissão ao Deus Único, ficaram na dúvida e colocaram a questão se o ritual de percorrer os dois montes de Safa e Marwa seria uma das obrigações do Haj, ou simplesmente um ritual dos tempos da ignorância – da idolatria.Tinham uma aversão ao facto, por recearem vir a praticar shirk, um acto contrário aos fundamentos da Unicidade Divina. Assim surgiu divergências entre os companheiros do Profeta, pois uns referiram de que não se devia fazer o Sa’i por ser uma tradição pagã e outros advogavam de se tratava duma tradição do Profeta Ibrahim (Aleihi Salam). Em resposta a estas preocupações, foi revelado o seguinte versículo: “Os montes de Safa e

Marwa contam-se entre os símbolos de Allah, portanto não é pecado para aquele que visita a Casa na época da peregrinação (Haj) ou noutra altura (Umra), percorrer a distância entre eles…”.

Num longo hadice, Jabir (Radiyalahu an-hu) referiu entre outros aspectos relacionados com o cumprimento dos rituais do Haj, o seguinte: “…O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) seguiu depois para Safa e recitou: “Al-Safa e al-Marwa contam-se entre os sinais apontados por Allah”. E acrescentou: “Começo com o que Allah (me recomendou) para começar. O que significa começar em Safa a caminhada (Sa’i) para Marwa e assim sucessivamente (por 7 vezes). Em Safa, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) olhou para a Caaba e de frente para Quibla, declarou a Unicidade de Allah,  glorificando-O. E depois iniciou o Sa’i. Muslim 007:2803.

Deus instituiu o Tawaf entre Safa e Marwa (Sa’i), como um dos rituais (obrigatórios) de Haj, lembrando o sacrifício da mãe de Issmail (Aleihi Salam), quando ela percorreu os dois montes à procura de ajuda. Hajra levantou-se do seu lugar, assustada e com humildade pediu protecção a Deus para encontrar alguém que lhe pudesse socorrer. Ela tinha confiança absoluta em Allah e não ficou no seu lugar a chorar e a lamentar-se pela sua sorte. Allah respondeu às suas orações e lhe concedeu a água de Zam-Zam para aliviar a sede do seu filho. Quem vai fazer a peregrinação, ao fazer o Sa’i entre Safa e Marwa, não só estará a lembrar-se do sacrifício da Hajra, mas estará também a pedir para que Deus preencha as suas necessidades espirituais e mundanas. Pedirá para que Allah Subhana

Wataala lhe possa ajudar a encontrar condições para o seu sustento e da sua família, afastar-se dos pecados e manter-se firme na religião, vivendo submisso a Deus até à sua morte.

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK; LABBAIKA LÁ CHARIKA LAKA LABBAIK, INNAL HAM’DA WANNI’IMATA LAKA WAL MULK, LÁ CHARIKA LAK – Eis-me aqui ao Teu serviço, ó Allah, eis-me aqui. Aqui estou eu ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade a Ti pertencem o louvor e o favor, assim como o reino. Tu não tens nenhum parceiro.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

04/09/2014