quinta-feira, novembro 22, 2012

10 OU MAIS RECOMPENSAS E UM SÓ CASTIGO

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK 

“Quem tiver praticado o bem, receberá recompensas, DEZ VEZES mais pelo mesmo; quem tiver cometido um pecado, receberá um castigo equivalente. Nem um nem outro, serão tratados injustamente”. Cur’ane 6:160 A Misericórdia de Deus é imensa. Quem intencionar praticar uma boa acção e não a praticar, será escrito para ele, uma boa acção. Se acabar por praticar a boa acção, serão registadas 10 BOAS OBRAS, que podem ser 700 ou ainda multiplicadas.

Deus é Generoso. Quem praticou uma má acção, será registado somente um pecado. Se Deus assim o entender, poderá apagar este registo e só os merecedores do castigo é que serão castigados. Se ele não praticar a má acção que tinha em mente, então será registada uma boa acção, porque ele deixou de praticar essa má acção, por temer a Deus. Mas se ele deixou de praticar essa má acção porque a sua atenção se desviou para outras tarefas, ou se esqueceu, Deus não mandará registar nem uma boa nem uma má acção. No entanto se essa intenção de praticar o mal, não foi concretizada por preguiça ou por falta de meios para a praticar e que o coração mantém a intenção, então será registada uma má acção. “…Temos castigado, acaso, alguém, além do ingrato?” Cur’ane 34:17. Deus é Conhecedor de tudo e é Equitativo na Sua justiça.

Deus promete o perdão a todos os crentes que se arrependem e que não O associem a ninguém. Se os pecadores se apresentarem arrependidos a Deus, mesmo com pecados que eles próprios consideram imperdoáveis, Deus, com a sua infinita Misericórdia, os perdoará. “Todos os filhos de Adão são pecadores. Mas o melhor dos pecadores, é aquele que se arrepende e pede perdão”. Tirmidi.

São inúmeros os exemplos da multiplicação das recompensas, pela prática das boas acções. Abu Said (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Na verdade, quem jejua por um dia para a satisfação de Deus, o Criador irá manter longe, o rosto do fogo (do inferno), o equivalente a uma distância percorrida por um viajante, de SETENTA ANOS. Bukhari. Porque o Ramadan, é um mês de sacrifícios, onde o crente alia o jejum às diversas actividades religiosas, a recompensa de Deus nesse mês é incontável. Uma oração obrigatória efectuada nesse mês, é recompensada como se tivesse efectuado 70 ORAÇÔES obrigatórias fora do Ramadan. Porque Deus é conhecedor da fraqueza do ser humano, concedeu-nos anualmente a noite de Lailatul Qadr, a Noite do Poder, melhor do que MIL MESES. Quem passar essa noite, fazendo as orações e preces, com a intenção de obter o perdão de Deus, serão todos os seus pecados perdoados.

No dia de Juma, o crente que fizer a sua ablução e dirigir-se à Mesquita para fazer a oração e escuta com toda a atenção o khutbá (sermão), Deus lhe perdoará as faltas até o próximo dia de Juma e mais 3 dias. Muslim. As recompensas pela realização de orações em congregação, são também multiplicadas. São superiores a 25 OU 27 VEZES em relação às orações praticadas individualmente. Bukhari. 

Para facilitar a estadia do crente na sua sepultura, depois ser levantado e responder às perguntas dos dois anjos, Deus manda expandir a sua sepultura em mais de SETENTA VEZES e enche-o com verduras, até ao dia da Ressurreição. Muslim.

A compaixão, a misericórdia e a cordialidade, devem também ser incentivadas e multiplicadas entre os crentes. Abdullah Ibn Umar referiu que um homem veio ter com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e perguntou: “Ó apóstolo de Deus! Quantas vezes devo perdoar o empregado? O Profeta não respondeu. Voltou o homem a perguntar e novamente o Profeta manteve-se em silêncio. Quando ele perguntou pela terceira vez, o Profeta respondeu: “Perdoa-lhe SETENTA VEZES ao dia!”. Muslim.

“...Nenhuma alma receberá outra recompensa que não for a merecida; e nenhum pecador arcará em culpas alheias…”. Cur’ane 6:164. Nenhuma pessoa será prejudicada, carregando o fardo alheio. Cada um responderá pelos seus pecados e ninguém será defraudado. O bem para quem praticou o bem e o mal para quem se desviou da verdade. “Quem praticar o bem, será em benefício próprio; quem praticar o mal, o fará em seu detrimento. Logo retornareis ao Vosso Senhor”.Cur’ane 45:15. 

Esta será a justiça de Deus, que ocorrerá no Dia da Ressurreição. Não nos devemos mortificar, praticando actos fora das nossas possibilidades físicas.

O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) desaprovou a atitude exagerada duma mulher que passava as noites envolvida em orações e aconselhou: “As boas acções devem ser efectuadas de acordo com as nossas capacidades. Deus não se cansa de dar recompensas até você ficar cansado de fazer boas acções.” Bukhari. O Profeta aconselhou aos seus companheiros de que o mais amado por Deus, são as obras feitas regularmente ao longo da vida, mesmo que sejam consideradas poucas.

“Na realidade, Allah e os Seus anjos, derramam bênçãos sobre o Profeta: Ó vós que credes, pedi bênçãos para ele e saudai-o com respeitosa saudação”. Cur’ane 23:56. Quando cumprirmos com esta exortação do nosso Criador, também somos beneficiados com a multiplicação das recompensas, segundo o relato de Abdullah b. Amr b. al-As: “O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quando ouvirem o muazin (chamamento para a oração), repitam o que ele diz e invoquem uma bênção para mim. Quem invocar uma bênção para mim, receberá de Allah, DEZ BÊNÇÂOS. Depois peçam a Allah al-wasila para mim, que é o grau mais elevado do paraíso, somente destinado a um dos servos de Deus e eu espero que possa ser eu. Quem solicitar al-wasila para mim, terá a garantia da minha intercessão”. Muslim.

Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17.

“Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. “E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. 

Um bom dia de Juma -Cumprimentos -Abdul Rehman Mangá -22/11/2012

O comportamento com os irmãos muçulmanos- Parte II

O muçulmano deve cumprir as suas obrigações para com seus irmãos muçulmanos, considerando esses deveres uma devoção a Deus, uma vez que foi Ele quem estabeleceu tais obrigações e entre as atitudes que o muçulmano terá que cumprir em relação aos seus irmãos são:

1- cumprimenta-lo pela saudação da paz e com as mãos, e a resposta deverá ser igual ou melhor, sendo que a ordem será da seguinte forma como disse profeta (SAS): “cumprimente quem está na sua montaria ao pedestre, ao pedestre ao sentado, e os que estão em pouco número aos que estão em número maior, o cumprimento se estende àqueles que você conhece e àqueles que você não conhece, sendo muçulmanos ou não muçulmanos”. 

2- fazer súplicas a ele quando espirrar e fazer louvores a Deus, dizendo: “Deus tenha misericórdia de ti- e quem espirrou diz: – que Deus me perdoe e te perdoe, ou: que Deus lhes guie e acerte todos os seus passos.”

3- visita-lo se este ficar doente e suplicar a Deus para que proporcione a sua cura.

4- que acompanhe seu funeral.

5- fazer cumprir seu juramento, se não implicar no pecado.

6- dar-lhe conselho quando for solicitado.

7- que deseje ao seu irmão o que deseja para si mesmo, disse o profeta (SAS): “não é crente aquele que não deseja para seu irmão o que deseja para si mesmo, e completou, o exemplo dos crentes no seu carinho, piedade e compaixão como se fosse um só corpo, se um órgão adoecer o restante do corpo fica febril e passa a noite em claro”.

8- deve apoiá-lo e não decepciona-lo se ele estiver sendo injustiçado e se ele está praticando injustiça deve impedi-lo, disse o profeta (SAS): “o muçulmano é o irmão do muçulmano, não deve injustiça-lo, decepciona-lo e nem despreza-lo”.

9- não deverá causar nenhum dano a ele, disse o Profeta (SAS): “tudo o que um muçulmano tem é vedado a outro muçulmano, sua vida, seus bens, sua dignidade e honra” e disse também: “não é permitido ao muçulmano aterrorizar outro muçulmano” e completou “não é permitido ao muçulmano olhar de um modo que prejudique seu irmão” e disse “o verdadeiro muçulmano é aquele que os outros muçulmanos são salvos de sua língua e de suas mãos”.

10- que seja humilde para com seus irmãos, não arrogante e não deve fazê-lo levantar para se sentar em seu lugar.

11- não deve abandoná-lo porque o Profeta (SAS) disse: “não é permitido ao muçulmano abandonar seu irmão acima de três dias, e quando ambos se encontram o melhor entre ambos é aquele que começa cumprimentando o outro”.

12- não deve falar mal dele na sua ausência, despreza-lo, apontar seus defeitos ou debochar dele, também não deve apelidá-lo de modo pejorativo, nem fazer intriga contra ele, disse o profeta(SAS): “não existe um sujeito pior que aquele que despreza seu irmão muçulmano” e completou “não entrará no paraíso aquele que faz intrigas”, disse também: “a maledicência apaga os méritos como o fogo se alastra no capim seco”.

13- não deve insultá-lo vivo ou morto, disse o Profeta (SAS): “se um homem alegar que o outro é incrédulo ou transgressor e este não o é, o mesmo será taxado de estes dois atributos” disse também: “um dos maiores pecado é que o homem insulte seus próprios pais disseram (seus companheiros) alguém ousa insultar seu próprios pais? Respondeu: sim, ele insulta o pai do outro, o outro responde insultando seu próprio pai e mãe”.

14- não deverá ter inveja, má suspeita, ódio ou espiar seu irmão, disse o profeta(SAS): “não se invejem, não se odeiem, não se espiem, e não divirjam e sejam servos de Deus irmãos”.

15- não deverá enganá-lo, disse o Profeta (SAS): “quem nos engana não faz parte de nós”.

16- não devera traí- lo, mentir para ele, nem protelar no pagamento das dividas para ele, disse o profeta(SAS): “quatro características, quem as tiver é considerado um puro hipócrita e quem tiver uma delas terá uma característica da hipocrisia até deixa-la, são elas: quanto lhe confiado algo, trai; quando fala, mente; quando promete, não cumpre; e quando diverge, transgride os limites”.

17- deverá ter bom comportamento para com ele, fazer bem a ele e não causar danos, encontrá-lo com expressão facial aberta, aceite suas boas obras e perdoe suas falhas, não deverá sobrecarrega-lo.

18- respeita-lo se for maior de idade e trata-lo com piedade se for menor, disse o Profeta (SAS): “não faz parte da nossa nação quem não respeita os nossos idosos e não tem piedade dos nossos menores”.

19- deverá ser justo e equitativo com ele, mesmo que seja contra si próprio.

20- deverá perdoar as suas falhas e não espalhar seus segredos, não deve permitir que falem mal dele em sua presença.

21- que ajude-o quando necessitar e interceda para que ele possa resolver seus problemas, disse o profeta(SAS): “quem alivia uma aflição das aflições desta vida a um crente, Deus aliviará uma aflição no dia do julgamento, e quem facilita as coisas para quem esta com dificuldades Deus facilitará para ele nesta vida e na outra; e quem não espalha os segredos alheios de um muçulmano, Deus não o escandalizará nesta vida nem na outra; e Deus esta no auxilio de seu servo enquanto este esta no auxilio de seus irmãos”.

22- devera dar proteção e auxilio quando solicitado, recompensa-lo pelos favores e fazer suplicas a Deus por ele.

Considerações finais:
É importante dizer que esses comportamentos são válidos para irmãos muçulmanos e não muçulmanos.

Orientado pro Shekh Abdu Osman

Fonte:http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_canal=54&cod_noticia=17158

terça-feira, novembro 20, 2012

SAHABA(Companheiro do Profeta) - Nuaim B Massud

Bismillah!

Nuaim b. Massud

O Nuaim b. Massud foi o protótipo do que o leitor imagina quando pensa num filho do deserto. Era um jovem perspicaz, sempre alerta, que jamais achava qualquer problema difícil de resolver  ou situação complicada demais para ser contornada. Sempre achava uma solução ou uma maneira de se sair bem, dum modo que jamais ocorreria a qualquer outro, e isso devido à intuição rápida e brilhante com a qual Deus o havia dotado.

O único porém, é que ele era dado aos prazeres e à dissolução, coisas que ele procurava em Yaçrib, entre os judeus. Sempre que ansiava por um entretenimento amoroso ou por ouvir música, selava seus animais de montaria, saía da sua terra tribal, em Najd, e tocava para Yaçrib. Aí, ele gastava o seu dinheiro nas tavernas dos judeus, que o entretinham prodigamente. Por causa das suas freqüentes viagens a Yaçrib, o Nuaim b. Massud se pôs em bons termos com os judeus que ali viviam, especialmente com os de Banu Curaiza.

Quando Deus abençoou toda a humanidade, enviando o Seu Profeta (SAAS) com a religião da verdade e diretriz, a começar por Makka – que foi a primeira cidade a ouvir a mensagem da retidão –, o Nuaim b. Massud não se encontrava muito longe. Em espírito, contudo, ele estava num outro mundo, num mundo de devaneio e dissipação. Ele rejeitava a mensagem da verdade, por temer que ela se fosse colocar entre ele e os seus prazeres. Não demorou muito para que ele fosse atraído para as fileiras dos mais hostis inimigos do Islam, e portasse uma espada nas guerras contra os muçulmanos.

Na Batalha dos Confederados, entretanto, o Nuaim b. Massud instituiu um novo começo para si, que proporcionou, com suas ações, um novo capítulo para a história da missão do Islam. Esse capítulo iria tornar-se um dos mais assombrosos exemplos de estratégia guerreira, e continua sendo, até hoje, o favorito, por causa do seu planejamento fascinante e do seu astuto herói.

Para entender a estória do Nuaim b. Massud, a pessoa precisa estar a par dos antecedentes dos eventos que se desenrolaram quanto à Batalha dos Confederados. Essa batalha recebeu esse nome por causa dos aliados que foram arrebanhados pelos homens de Banu Nadir, uma tribo de judeus que estavam vivendo em Madina. Os líderes de Banu Nadir deram início a uma campanha secreta, na qual se engajaram, tentando aliciar aliadados, e procurando apoio para uma guerra ao Profeta (SAAS) e à religião deste.

Eles foram para Makka, onde incitaram os coraixitas a se prepararem para uma nova campanha contra os muçulmanos, e prometeram que juntariam suas forças às deles, tão logo os coraixitas chegassem a Madina. Todos concuíram o plano, estabelecendo uma data em que os dois exércitos ir-se-iam encontrar.

Então os de Banu Nadir foram a Najd, onde incitaram os de Ghatafan(Ghatafan – uma grande confederação de árabes que viviam em Najd) a se juntarem a eles numa guerra contra o Islam e o seu profeta. O plano deles era sobrepujarem os muçulmanos, e porem um completo fim àquela nova religião. Eles afirmaram que já haviam concluído um tratado com os coraixitas, conseguiram chegar a um mesmo acordo com os de Ghatafan e os informaram acerca do encontro.

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se aproximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se proximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se proximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se aproximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se proximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram com que aquele ato de traição parecesse coisa certa, e lhes garantiu que a derrota de Mohammad (SAAS) era inevitável, com dois enormes exércitos a caminho, para lhes darem assistência.

Depois de um curto tempo, os de Banu Curaiza enfraqueceram-se em sua postura e, por fim, consentiram em romper o tratado com o Mensageiro de Deus (SAAS). Rasgaram sua cópia do tratado, e anunciaram sua aliança com os Confederados, na sua guerra contra o Profeta (SAAS). Os muçulmanos ficaram atônitos com a notícia.

As forças dos Confederados circundaram a cidade de Madina de tal modo, que nenhum suprimento podia chegar aos citadinos. O Profeta (SAAS) sentia que a sua comunidade havia caído diretamente nas mandíbulas do inimigo. Os coraixitas e os de Ghatafan estavam acampados fora da cidade, e os de Banu Curaiza estavam dentro dela, esperando a oportunidade para atacar. Entre os muçulmanos, uma porção deles revelavam-se formar uma quinta-coluna. Eram os munaficun(Munaficun – os hipócritas. Um Munaficun é um “duplo agente”, um indivíduo que pretende ser um muçulmano, para que possa causar danos ao Islam, estando do lado de dentro) que começaram a dizer entre eles:

“Mohammad estava a nos prometer posses dos tesouros da Pérsia e de Bizâncio, mas olha para nós! estamos num perigo tal, que se um de nós precisar ir fora para fazer suas necessidades, estará arriscando sua vida!”

Em pequenos grupos, começaram a ir ter com o Profeta com a desculpa de que seus filhos estavam em perigo de serem atacados pelos de Banu Curaiza quando a batalha começasse. Com aquela desculpa, muitos abandonaram suas posições de encararem o inimigo, até que umas poucas centenas dos mais sinceros crédulos permaneceram com o Mensageiro de Deus (SAAS).

O cerco já se arrastava por quase vinte dias. A situação era tão desesperadora, que uma noite o Profeta passou em claro, em oração, implorando incessantemente:

“Ó Deus, imploro-Te pelo que nos prometeste!”

Naquela mesma noite, o Nuaim b. Massud estava-se debatendo na cama, como se as suas pálpebras estivessem pregadas, abertas. Sem poder dormir, ele olhava para o céu como se estivesse tentando ver além das estrelas, a meditar. De súbito, ele se viu a cismar:

“Que tolo és, ó Nuaim! Que coisa te trouxe, por todo o caminho desde Najd, a fazer guerra contra esse homem e o seu povo? Tu não o estás combatendo para reaver um direito que te foi usurpado, nem tampouco em defesa da honra de algém. Tu vieste lutar, e nem sequer sabes a razão por quê. Será que faz sentido um homem da tua inteligência encetar uma batalha e ser morto, sem nenhuma razão?

“Quão tolo és! Que te faz levantares tuas armas contra esse homem de retidão, que ordena seus seguidores a praticarem a justiça, a caridade e a generosidade para com os seus parentes? Por que deverias derramar o sangue dos seus companheiros que estão apenas a seguir a diretriz e a verdade que lhes foi apresentada?”

Aquele debate continuou dentro do Nuaim b. Massud, até que chegou a uma conclusão: decidiu-se por uma corrente de ação, determinado a agir de acordo com ela, imediatamente.

Na escuridão, o Nuaim b. Massud saiu sorrateiramente do acampamento do seu povo, e apressou-se em direção ao campo muçulmano, à procura do Mensageiro de Deus (SAAS). Quando o Profeta (SAAS) o viu, exclamou:

“És o Nuaim bin Massud?”

“Sim, sou eu, ó Mensageiro de Deus”, ele respondeu.

“O que te trouxe aqui a esta hora da noite?” perguntou o Profeta (SAAS).

“Eu vim para dizer que presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que tu és o servo de Deus e o Seu Mensageiro, e que a revelação que trouxeste é verdadeira”, ele disse. “Eu aceitei o Islam, ó Mensageiro de Deus, mas o meu povo ainda não sabe disso. Dize-me o que queres que eu faça.”

“Se ficares conosco agora”, disse o Profeta (SAAS), “irás ser apenas mais um homem, e nada poderás fazer de bom. Volta para o teu povo, e vê se podes encontrar um meio de os desencorajar quanto ao desfecharem a batalha. Guerra é estratégia.”

“Concordo, ó Mensageiro de Deus”, respondeu o Nuaim, “e acho que obterei algo que te irá agradar, assim queira Deus.”

Nuaim foi primeiramente ter com os de Banu Curaiza, que eram velhos associados a ele nos seus dias de devaneio e frivolidade. Disse-lhes:

“Ouvi-me, ó vós dos Banu Curaiza! Vós sabeis que sou amigo de vós, e o quanto me preocupo com o vosso bem-estar.”

“Não temos dúvidas quanto a isso”, responderam.

“Os coraixitas e os de Ghatafan não estão na mesma situação que vós nesta guerra”, ele disse.

“Que queres tu dizer com isso?” perguntaram.

“Esta é a vossa cidade,” respondeu o Nuaim. “Vossas propriedades, vossas esposas e vossos filhos estão aqui. Não podeis simplesmente ir embora e deixar a cidade. Mas os coraixitas e os de Ghatafan têm suas casas, propriedades e famílias em outro lugar. Eles vieram aqui para fazer guerra contra Mohammad, incitaram-vos a violardes o vosso tratado com ele, e concordastes. Se eles tiverem sucesso na batalha contra ele, sair-se-ão beneficiados, mas se fracassarem em derrotá-lo, voltarão a salvos para os seus lares, deixando-vos aqui a sofrerdes a pior espécie de retaliação. Vós sabeis que não tendes força contra os muçulmanos, caso tenhais que os enfrentar a sós, sem ajuda externa.”

“Que achas que devamos fazer?” perguntaram.

“Vós deveis concordar em lutar, apenas se tomardes um punhado dos seus líderes e retê-los como reféns. Desse modo podereis assegurar-vos de que eles irão lutar até que obtenham a vitória, ou morrer, até ao último homem”, aconselhou o Nuaim.

“Tua idéia é um conselho salutar!”, responderam.

Depois o Nuaim foi ter com os coraixitas, procurou pelo Abu Sufyan b. Háris e seus associados, e se dirigiu a eles, dizendo:

“Ouvi-me, povo do Coraix! Vós sabeis o quanto eu sou afeiçoado a vós, e o quão inimigo eu sou de Mohammad. Eu tenho ouvido algumas informações, e acho melhor que as compartilhe convosco. Estou a fazer isto no vosso melhor interesse, mas com a condição de que o mantenhais em segredo, e não divulgueis o fato de que fui eu quem vô-lo contou.”

“Podes confiar em nós quanto a isso”, responderam.

“Os de Banu Curaiza se arrependeram da sua hostilidade contra Mohammad, e lhe enviaram uma mensagem, dizendo:

“‘Nós lamentamos o que fizemos, e decidimos voltar ao nosso tratado de paz e amizade contigo. Será que irás ficar satisfeito se seguirmos este plano? É o seguinte: nós podemos pegar um grande número de nobres do Coraix e dos de Ghatafan, e entregá-los a ti para que tu possas executá-los. Depois poderemos juntar-nos a ti, na batalha, para que possas pôr um fim a eles.’

“E Mohammad concordou com o plano. Portanto, se os judeus vos enviarem uma petição para que lhes estregueis um punhado dos vossos homens como reféns, não lhes entregueis nenhum.”

“Que excelente aliado és, ó Nuaim!” exclamou o Abu Sufyan. “Que te seja concedida a melhor das recompensas!”

Depois Nuaim deixou o Abu Sufyan e foi ter com os de Ghatafan. Ele lhes contou a mesma coisa que tinha contado ao Abu Sufyan, e lhes deu o mesmo conselho e aviso.

O Abu sufyan queria testar a lealdade dos de Banu Curaiza, então enviou seu filho a eles, e o instruiu a dizer:

“Meu pai vos envia suas saudações, e diz:

“‘Nosso cerco a Mohammad já se está alongando demasiadamente  e estamos entediados. Nós decidimos atacar Mohammad amanhã, e acabar com ele em batalha’. Então meu pai me está enviando para pedir que vos junteis a ele no assalto, amanhã.

“Hoje é sabbath (sábado), e não nos é permitido fazermos nada neste dia. Além disso, não iremos lutar até que nos dêem setenta dos vossos nobres e dos de Ghatafan como reféns. Nós tememos que se a batalha se tornar muito áspera para vós, ireis fugir para as vossas terras, dixando que lidemos com Mohammad por nós mesmos, e vós sabeis que não podemos com ele”, foi a resposta que os judeus deram.

Então o filho do Abu Sufyan voltou para o Coraix e lhes contou o que havia conspirado entre ele e os de Banu Curaiza. Os coraixitas explodiram:

“Filhos de macacos e de porcos! Juramos que se eles pedissem apenas uma ovelha como refém, não a entregaríamos a eles!”

A estratégia do Nuyam conseguiu semear a desunião e a discórdia entre os confederados. Em adição, Deus enviou um vento feroz sobre os de Banu Coraix e seus aliados. Foi um vento tão destruidor, que levou embora as tendas deles, entornou suas panelas de comida, apagou suas fogueiras, enchendo-lhes os olhos de areia. Viram-se forçados a evacuar seus acampamentos, e seguiram viagem na escuridão da noite.

Quando chegou a manhã e os muçulmanos acordaram vendo que os inimigos haviam abandonado o cerco, saíram pela cidade, gritando, de júbilo:

“Louvado seja Deus Que ajudou os Seus servos! Deu fortidão ao Seu exército, e derrotou, Sozinho, os confederados!”

Daquele dia em diante, o Nuaim b. Massud ficou sendo um amigo de confiança do Profeta (SAAS), que lhe designou compromissos de responsabilidade. Nuaim era confiável para aceitar aqueles compromissos, e era um dos portadores de estandartes.

No dia em que Makka foi pacificamente retomada pelos muçulmanos, o Abu Sufyan estava a observar as forças que chegavam. Quando viu um homem carregando o estandarte dos de Ghatafan, perguntou quem era, e lhe foi dito que se tratava do Nuaim b. Massud, ao que ele exclamou:

“Que golpe maléfico ele nos aplicou na Batalha da Trincheira! Ele costumava ser um dos mais hostis inimigos de Mohammad, e ei-lo agora, na frente dele, portando o estandarte do seu povo, e lutando contra nós, como um dos aliados dele!” 

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ
......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!
Mohamad ziad -محمد زياد
Bismillah!
Nuaim b. Massud

segunda-feira, novembro 19, 2012

O mês de Muharram – o Dia de Ashuurá

O calendário Islâmico segue o ciclo lunar e é composto por 12 meses de 29 ou 30 dias. Por consequência, o ano tem cerca de 11 dias a menos, em relação ao calendário gregoriano, o que origina por exemplo, que o Ramadan, ao longo dos anos, aconteça em estações diferentes. Assim, o jejum do mês de Ramadan, “circula” por todas as estações do ano, de modo a treinar os crentes para obedecerem os mandamentos de Deus, nos momentos favoráveis e também nos momentos adversos, que requerem maiores sacrifícios.

A Hégira marca o primeiro dia do ano do Calendário Islâmico, quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) foi obrigado a emigrar de Maka para Medina no ano de 622 depois da era de Issa-Jesus (Aleihi Salam). Foi uma época muito difícil sofrida pelo Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi wassalam), perseguido e maltratado quando começou a proclamar para os idólatras de Maka de que “Não há outra divindade senão Deus” – “Lá ILAHA ILA LLAHA”. Lembrando este acontecimento, os muçulmanos devem incrementar neste mês sagrado, as acções meritórias para satisfação do Criador, Misericordioso e Sustentador.

O primeiro mês do calendário islâmico é o Muharram. É um mês importante e abençoado por Deus. Abu Bakr (Radiyalahu an-hu), relatou que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “O ano tem 12 meses, dos quais 4 são sagrados; os 3 meses consecutivos de Dhul-al-Qidah, Dhul.al- Hijjah e Muharram; e também o Rajab, que está entre Jumaada Akhir e Sha’aban.” (Bukhari).

Refere o Cur’ane: “Por Deus, o número de meses é de 12, como foi ordenado por Deus no dia em que Ele criou os céus e a terra; Quatro deles são sagrados. Este é o computo certo, portanto não vos condeneis…(At-Taubah 9:36). Ibn Abbass e Qatada (Radiyalahu an-huma) referiram que esta frase “portanto não vos condeneis…” refere-se a todos os meses. No entanto, as más acções e os pecados cometidos naqueles 4 meses são mais sérios e em contrapartida, as boas acções trazem maiores recompensas.

O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), nunca jejuou por inteiro em qualquer outro mês, a não ser no mês de Ramadan. O mês que mais jejuava era o de Sha’aban, que antecede o mês de Ramadan. No entanto, recomendou-nos para também jejuarmos noutras ocasiões, como por exemplo no dia de Arafa e no mês de Muharram.

Dos 4 meses sagrados, Muharram foi abençoado com algumas virtudes específicas. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) relatou que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “O melhor jejum depois do mês de Ramadan, é o jejum no mês de Allah, de Muharram.” (Musslim).


Segundo o relato de Ibn Abbass (Radiyalahu an- hu), quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) chegou à cidade de Madina, viu os judeus jejuando no dia de Ashuura e perguntou os motivos. Foi-lhe respondido.

“Este é o dia em que Deus salvou dos seus inimigos, o Profeta Mussa, Aleihi Salam (Moisés) – Que a Paz de Deus esteja com ele – e os seus seguidores. Então Mussa, como agradecimento a Deus, jejuou neste dia.

O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Nós temos mais direitos sobre Mussa (Que a Paz de Deus esteja com ele) do que vós e somos mais próximos dele do que vós.” Então o Profeta jejuou neste dia e ordenou os seus Sahábas – Companheiros (Radiyalahu an-huma – Que Deus esteja satisfeito com eles) para fazerem o mesmo. (Musslim).

O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu: “Ao jejuar no dia de Ashuura, eu espero que Deus aceite o meu jejum como uma expiação pelo ano que passou.” (Musslim).

Ibn Abbas (Radyialahu an-hu), referiu: Quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) jejuou no dia de Ashura e recomendou para que os seus companheiros assim o fizessem, eles lhe disseram: Ó Mensageiro de Deus, este é o dia em que os Judeus e os Cristãos o consideram muito importante. Então o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “No próximo ano, se Deus quiser, nós observaremos o jejum no dia 9”. Mas, o Mensageiro de Deus, acabou por falecer antes do referido advento. – Muslim Livro 6 – Hadice 2.528.

Ashuurá é derivado de Ashará, que significa 10. Assim, Ashuurá é o décimo dia de Muharram e o Tashuurá, é o nono dia do mesmo mês.

Antes do advento do Islão, era habitual as pessoas jejuarem no dia 10 de Muharram. No entanto, quando o jejum do mês de Ramadan foi instituído como obrigatório, o jejum de Ashuura deixou de ser obrigatório, passando a ser recomendado (mustahab).

Assim, é virtuoso para os muçulmanos jejuarem nos dias 9 e 10 de Muharram, não só porque o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) assim o recomendou, mas também para sermos diferentes dos Judeus, que só jejuam no 10º. dia.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá