terça-feira, abril 06, 2010

A MULHER MUÇULMANA

No meio das trevas que envolviam o mundo, a revelação divina ecoou no vasto deserto da Arábia com uma nova, nobre e universal mensagem para a humanidade:

“Ó humanos, temei a vosso Senhor que vos criou de um só ser, do qual criou sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres”. (4ª. Surata, versículo 1).

Ponderando sobre esse versículo, podemos dizer que não há um texto, antigo ou novo, que trate da afabilidade da mulher, em todos os aspectos, com tão espantosa brevidade, eloqüência, profundeza e originalidade como esse decreto divino.

Acentuando essa nobre e natural concepção, o Alcorão diz: “Ele (Deus) foi Quem vos criou de um só ser e, do mesmo, plasmou sua companheira, para que convivesse com ela...” (7ª. Surata, versículo 189).

“Deus vos designou esposas de vossa espécie e delas vos concedeu filhos e netos e vos agraciou com todo o bem.” (16ª. Surata, versículo 72).

O ASPECTO ESPIRITUAL

O Alcorão fornece uma clara evidência de que a mulher está completamente igualada ao homem, na visão de Deus, quanto aos seus direitos e responsabilidades:

“Toda alma é depositária de suas ações.” (74ª. Surata, versículo 38).“A quem
praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, conceder-lhe-emos uma vida agradável e o premiaremos com uma recompensa superior ao que houver feito”. (16ª. Surata, versículo 97). A mulher, de acordo com o Alcorão, não é responsável pelo pecado original de Adão. Ambos erraram com a sua desobediência a Deus, ambos se arrependeram e foram perdoados. (Alcorão, 2ª. Surata, versículos 36-37). De fato, em um versículo (2ª. Surata, versículo 121), Adão, especificamente, é o culpado.

Em termos de obrigações religiosas tais como as orações diárias, o jejum, o Zakah e
a peregrinação, a mulher não se difere do homem. Em alguns casos, na verdade, a mulher tem certas vantagens sobre o homem. Por exemplo, a mulher fica isenta das orações diárias e do jejum durante o seu período menstrual e na sua dieta pós-parto.

Fica também isenta de jejuar durante a sua gravidez e quando estiver amamentando, se houver qualquer ameaça à sua saúde ou à saúde do bebê. Se o jejum posposto é obrigatório (durante o mês de Ramadan), ela pode repor os dias pospostos quando puder fazê-los. Não terá de repor as orações perdidas pelas razões acima mencionadas. As mulheres costumavam ir às mesquitas durante os dias do Profeta; e daí em diante, a oração em congregação na sexta-feira passou a ser opcional para elas enquanto é obrigatória para os homens.

Certamente, este é um toque sensível dos ensinamentos islâmicos. pois considera o fato de que a mulher pode estar amamentando seu filho ou cuidando dele, e assim torna-se incapaz de ir à mesquita na hora das orações. Leva em consideração também as mudanças fisiológicas e psicológicas associadas às funções de sua natureza feminina.

O ASPECTO SOCIAL

a) Como Criança e Adolescente.

A despeito da aceitação social do infanticídio feminino entre algumas tribos árabes, o Alcorão proibiu esse costume e o considerou um crime como outro qualquer.

“Quando a filha, sepultada viva, for interrogada: Por que delito foi assassinada?” (81ª. Surata, 8-9). O Islam exige que a menina seja tratada com amabilidade e justiça. Dentre os ditos do Profeta Muhammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) a esse respeito, citamos os seguintes:

"Aquele que tiver unta filha e não a enterra viva, não a insultar, e não preferir o filho homem a ela, Deus o introduzirá no Paraíso”. O direito da mulher de procurar o conhecimento não é diferente do direito dos homens. O Profeta Muhammad disse: “Procurar o conhecimento é obrigação de todo muçulmano e muçulmana.”

b) Como Esposa

O Alcorão indica claramente que o casamento é compartilhado pelas duas metades da sociedade; e seus objetivos, além de perpetuarem a espécie, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. Suas bases são o amor e a compaixão. Entre os mais impressivos versículos do Alcorão a respeito do casamento, citamos:

“Entre Seus sinais estão de haver-vos criado companheiras de vossa mesma espécie para que com elas convivais; e vos vinculou pelo amor e pela piedade.” (30ª. Surata, versículo 21).

De acordo com a lei islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento.

Além de todas as outras provisões para a proteção da mulher no tempo de casada, foi
especificamente decretado que ela tem todo o direito do desfrutar de seu dote, o que é dado a ela pelo marido, e está incluído no contrato nupcial. Tal propriedade não é transferível a seu pai ou marido. O conceito do dote no Islam não representa nem preço real, nem simbólico da mulher, como era o caso com algumas culturas, mas é um presente, simbolizando amor e afeição. As regras para a vida matrimonial no Islam são claras e estão em harmonia com a honrada natureza humana. Em consideração à constituição fisiológica e psicológica do homem e da mulher, ambos têm direitos iguais e deveres mútuos, exceto em uma responsabilidade, a de liderança. É uma questão natural em qualquer vida coletiva, e é consistente com a natureza do homem.

O Alcorão diz:

“Elas têm direito sobre eles, como eles os têm sobre elas; embora os homens mantenham o predomínio.” (2ª. Surata, versículo 228). Tal predomínio é representado pela manutenção e proteção. Isso se refere à diferença natural entre os dois sexos o que outorga proteção ao sexo feminino. Não implica, porém, em superioridade ou vantagem perante a lei. Assim, o desempenho da liderança do homem em relação a sua família não significa a predominância do marido sobre a esposa. O Islam dá ênfase à importância de pedir conselho e anuência mútuos nas decisões familiares.

Além dos direitos básicos da mulher como esposa, vem o direito acentuado pelo Alcorão, e intensamente recomendado pelo Profeta: tratamento amável e camaradagem. O

Alcorão diz:

“Harmonizai-vos com elas; pois se as menos prezardes, podereis estar depreciando um ser que Deus dotou de muitas virtudes”.(4ª. Surata, versículo 19). O Profeta Mohammad disse: “O melhor dentre vós é o melhor para a sua família, e eu sou o melhor dentre vós para a minha família”. Uma vez que o direito da mulher de decidir sobre o seu casamento é reconhecido, o seu direito de pedir o término de um casamento fracassado é também reconhecido. Para proporcionar estabilidade da família, contudo, e visando a sua proteção quanto a decisões precipitadas, sob tensão emocional temporária, certos passos e períodos de espera devem ser observados pelo homem e pela mulher que estão se divorciando.

c) Como Mãe

O Islam considera a amabilidade para com os pais próxima da adoração de Deus:
“O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais.” (17ª. Surata, versículo 23). Além do mais, o Alcorão apresenta uma recomendação especial para o bom tratamento às mães:

“E recomendamos ao homem benevolência para com seus pais. Sua mãe o suporta entre dores e dores...” (31ª. Surata, versículo 14). Uma famosa tradição do Profeta, diz: “O Paraíso jaz aos pés das mães”.

d) Poligamia

Nas leis religiosas da antiguidade, não existe nenhuma restrição quanto ao numero de esposas que um homem pode ter. Todos os profetas bíblicos eram polígamos. Até na cristandade, que se tornou sinônimo da monogamia, o próprio Jesus Cristo jamais pronunciou uma palavra contra a poligamia; por outro lado, há eminentes teólogos cristãos, como Lutero, Melancton, Bucer e outros, que não teriam hesitado em concluir pela legalidade da poligamia a partir da parábola das dez virgens, contida no Evangelho de Mateus (25: 1-12):

" Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.

2 E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.

3 As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.

4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.

5 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.

6 Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.

7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.

8 E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.

9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.

10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.

11 E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.

12 E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço".

No entendimento desses conceituados teólogos,Jesus Cristo prevê a possibilidade de um homem casar-se com até dez mulheres ao mesmo tempo, segundo suas interpretações do texto.

Se os cristãos não querem se beneficiar da permissão que o próprio Jesus Cristo parece ter-lhes dado, a lei não está alterada por causa disso. Isto também vale para os muçulmanos, cuja lei é, além do mais, a única da história, que expressamente limita o número máximo permissível de esposas. Circunstâncias há que podem requerer o tomar outra esposa, mas o direito é garantido, de acordo com o Alcorão, somente na condição de que o marido seja escrupulosamente equânime.

“Podereis desposar duas, três ou quatro das que vos aprouver entre as mulheres. Mas, se temerdes não poder ser eqüitativo para com elas, casai, então, com uma só”. (4ª. Surata, versículo três).

Na realidade, a lei muçulmana está mais perto da razão, pois ela admite a poligamia quando a própria mulher consente com tal modo de vida. O preceito não impõe a poligamia, somente a permitindo em determinados casos. Ela depende unicamente do consentimento da mulher. Isso se aplica tanto à primeira esposa, quanto à pretendida segunda. Seria desnecessário observar que a suposta segunda mulher pode simplesmente recusar-se a casar com o homem que já tem uma esposa; pois já vimos que ninguém pode forçar uma mulher a contrair laços matrimoniais sem seu próprio consentimento. Se a mulher concorda em ser co-esposa, não é só a lei que deve ser considerada como cruel e injusta para com as mulheres, e como favorecedora somente dos homens.

Quanto à primeira esposa, o ato de poligamia depende dela, já que por ocasião do seu casamento pode exigir a aceitação, e inserção, no documento referente ao contrato nupcial, de cláusula assegurando que seu marido pratique somente a monogamia. Tal cláusula é tão válida quanto qualquer outra de um contrato legal. Se uma mulher não quiser utilizar esse seu direito, não será a legislação que a obrigará a fazê-lo. A poligamia não é a regra, e sim a exceção, com vantagens multilaterais, sociais, entre outras; e a lei islâmica tem orgulho de sua própria maleabilidade.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

Fonte: http://www.islam.com.br

domingo, abril 04, 2010

O FALSO TESTEMUNHO

O Louvor é para Allah. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e rogamos pelo Seu perdão. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.

Diz Allah em Seu Nobre Livro: Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos. A verdadeira palavra está no Alcorão. A melhor orientação é a do Profeta Mohammad (s). A pior coisa é A Inovação, e toda inovação é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

A demais! Irmãos e irmãs na fé o assunto abordado pelo Imam hoje é “O Perjúrio mais conhecido como A prestação do Falso Testemunho”. O Islam ordena seus seguidores a manter um inabalável compromisso com a justiça em todos os sentidos de sua vida, como por exemplo, nas relações comerciais e sociais. A característica que distinguiu a sociedade muçulmana no seu primeiro período foi a justiça, a tolerância e a cautela no falar. A falsidade, o rompimento de promessas, o falso testemunho e outras baixezas são sinais de desintegração ou de rompimento da relação do individuo com a religião.

O Falso Testemunho é uma doença que acometeu a humanidade e infelizmente aos muçulmanos. O Falso Testemunho resulta, na maioria dos casos, pode conduzir a injustiça e na desmoralização de toda a sociedade. Deus, louvado seja, quando menciona o falso testemunho no Alcorão, menciona-o comparando o Shirk. Isto significa que prestar falso testemunho é um pecado tão grave quanto a Associar alguém a Deus ou tão grave quanto a idolatria. Diz Allah em Seu Nobre Livro, Al Hajj 30: “... Evitai, pois, a abominação da adoração dos ídolos e evitai o perjúrio.”

Abu Bakr (r) relatou que o Mensageiro de Deus (s) disse: “Quereis que vos fale dos pecados mais graves?” Disseram: “Ó Mensageiro de Deus, é claro que sim?” E ele respondeu: “São eles: Associar alguém a Deus, desobedecer ou maltratar os pais.” Ele estava curvado sobre seu lado direito. Em seguida ele se levantou e disse; “E contar mentiras e prestar falso testemunho.” E ele continuou a repetir esta frase até que desejamos que se calasse.

E foi relatado que certo dia após a oração da Alvorada, O Profeta Mohammad (s) se levantou e disse aos presentes: “O perjúrio equivale-se a associação a Deus” e em seguida recitou o seguinte versículo do Alcorão: Al Hajj 30: “... Evitai, pois, a abominação da adoração dos ídolos e evitai o perjúrio.”

Queridos irmãos e irmãs no Islam, o perjurio ou o falso testemunho não se restringe somente em falar mentira perante um juiz, na verdade toda ação realizada com a intenção de disfarçar a verdade, ou ainda esconder a verdade para lograr algum beneficio é considerado como perjúrio. A esse respeito Allah O Altissimo diz: Al Bakarah 42: E não disfarceis a verdade com a falsidade, nem a oculteis, sabendo-a.

Foi relatado que certa vez o Mensageiro de Deus (s) foi perguntado a respeito de como a pessoa deve prestar testemunho. Ele orientou os seus companheiros dizendo: A caso vocês estão vendo nitidamente este sol? Todos responderam: Sim, vemos o sol com nitidez absoluta. Concluiu o Mensageiro (s): Assim deverá ser o vosso testemunho, caso contrário deverão abster do testemunho. Isto significa, queridos irmãos e irmãs, que só podemos prestar testemunho daquilo que vimos. Ou seja, não se pode testemunhar dizendo: eu ouvi falar, eu fiquei sabendo, ou eu acho.

Desprezar a verdade ao prestar testemunho e o pior tipo de falsidade. Quando um muçulmano se apresentar para dar testemunho, ele deve afirmar a verdade sem vacilar, independente de ser ela contra um amigo ou preferido seu. Nenhum relacionamento ou preconceito deve desviá-lo do caminho correto, nem qualquer interesse ou suborno deve torná-lo capaz de vacilar no seu testemunho.

A esse respeito diz Allah O Altissimo: “Ó crentes, sede firmes em observardes a justiça, atuando como testemunhas, por amor a Deus, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe protegê-los. Portanto, não sigais os vossos caprichos, para não serdes injustos; e se falseardes o vosso testemunho ou vos recusardes a prestá-lo, sabei que Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis.” (4ª:135).

O Mensageiro de Deus disse: “Todos os defeitos podem ser encontrados num muçulmano, menos a desonestidade e a falsidade.” (Ahmad)

Perguntaram ao Mensageiro de Deus se algum muçulmano poderia ser um covarde. Ele respondeu, “Sim.” Perguntaram-lhe: “Pode um muçulmano ser mesquinho?” Ele disse que sim, que ele poderia ser mesquinho. E novamente perguntaram a ele: “Pode um muçulmano ser mentiroso?” Ele respondeu: “Não!”. (Málik)

Numa passagem ocorrida entre o Imamu Ali ® e um judeu temos um excelente exemplo de conduta. Certa vez, O Imamu Áli (r) sentiu falta de um escudo, encontrou-o nas mãos de um judeu. Queixou-se ao juiz Churaih, acusando-o de ter roubado o escudo. O judeu negou. Churaih pediu ao Imamu Áli para que apresentasse testemunhas. Áli apresentou o seu ajudante e seu filho Hassan ®. O juiz lhe disse: “Testemunho de filho não é aceito” e por falta de provas e testemunha o juiz sentenciou a favor do judeu. Ali aceitou sem reclamar. O judeu então disse: “O emir dos crentes me levou perante o juiz e este o condenou, sendo que o escudo é dele”. Por isso declaro: “Presto testemunho de que não há outra divindade além de Allah e de que Mohammad é seu Mensageiro. O escudo é seu, ó emir dos crentes”. Feliz pela conversão do judeu O ImamuÁli lhe deu o escudo e mais um cavalo de presente.

O Mensageiro de Deus (s) avisou seus seguidores a respeito desses absurdos que acontecem nos dias de hoje, admoestando-os para tomarem cuidado e não adotar quaisquer costumes ou práticas a não ser as indicadas no Alcorão e na Sunna. Ele disse: “No último período da minha Umma (nação), surgirão pessoas que serão enganadoras e mentirosas. Elas lhes dirão coisas que vocês jamais ouviram, nem os vossos antepassados tampouco as escutaram. Tomem cuidados com essas pessoas; não lhes permitam misturar-se a vós e não as deixeis envolvê-los com a corrupção.” (Musslim)

Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: “Aquele que não abandonar o falso testemunho e as más ações, Allah não tem necessidade que se abstenha de comer ou beber (ou seja, Allah não aceitará seu jejum)” Dentre as características dos servos do Clemente está ilustrada na surat Al Furcan que eles não perjuram e não prestam falso testemunho.

Diz Allah Al Furcan (63): E os servos do Clemente são aqueles que andam pacificamente pela terra e, e quando os insipientes lhes falam, dizem: Paz! 64 São aqueles que passam a noite adorando o seu Senhor, quer estejam prostrados ou em pé. 65 São aqueles que dizem: Ó Senhor nosso, afasta de nós o suplício do inferno, porque o seu tormento é angustiante. 66 Que péssima estância e o lugar de repouso! 67 São aqueles que, quando gastam, não se excedem nem mesquinham, colocando-se no meio-termo(1070) 68 (Igualmente o são) aqueles que não invocam, com Deus, outra divindade, nem matam nenhum ser que Deus proibiu matar, senão legitimamente, nem fornicam;(1071) (pois sabem que) quem assim proceder, receberão a sua punição: 69

No Dia da Ressurreição ser-lhes-á duplicado o castigo; então, aviltados, se eternizarão (nesse estado). 70 Salvo aqueles que se arrependerem, crerem e praticarem o bem; a estes, Deus computará as más ações como boas, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo. 71 Quanto àquele que se arrepender e praticar o bem, converter-se-á a Deus sinceramente. 72 Aqueles que não perjurarem e, quando se depararem com vaidades, delas se afastarem com honra, 73 Aqueles que, quando lhes forem recordados os versículos do seu Senhor, não os ignorarem, como se fossem surdos ou cegos, 74 E aqueles que disserem: Ó Senhor nosso, faze com que as nossas esposas e a nossa prole sejam o nosso consolo, e designa-nos imames dos devotos, 75 Tais serão recompensados, por sua perseverança, com o empíreo, onde serão recebidos com saudação e paz, 76 E onde permanecerão eternamente. Que magnífica estancia e o lugar de repouso! 77 Dize (àqueles que rejeitam): Meu Senhor não Se importará convosco, se não O invocardes. Mas desmentistes (a verdade), e por isso haverá um (castigo) inevitável.

Para concluir, Se um homem é sincero e objetivo no seu falar e nos seus negócios, então, inevitavelmente, haverá honestidade e sinceridade nos seus atos e bondade. Adotando métodos honestos e diretos no trato com os outros, esta luz da verdade também ilumina o coração e a mente do homem, fazendo desaparecer deles as trevas.

E é sabido por todas as pessoas sensatas desse mundo, independente de credo e religião, que o assassinato, o suplantar os direitos alheios, a tirania em todas as suas formas, a bebida alcoólica e as drogas, a mentira, o adultério entre outras, são ações abomináveis. Porém no Islam, dentre todas as ações, as mais graves são a desobediência aos pais, o perjúrio e o falso testemunho.

Que Allah nos ilumine com a luz da verdade, que nos mantenha firmes na senda reta. Amin! Ua Salamu Alaikum!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,


Fonte: Omar Hussein Hallak - Khutubah de 02.04.2010 - Mesquita de Cuiabá MT

Compilado por Hajj Hamza Abdullah Islam - O menor dos servos de Allah SW