quinta-feira, julho 19, 2012

RAMADAN TERCEIRA PARTE – O TARAWI

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

"Na verdade Eu sou Allah. Não há Deus além de Mim. Serve-Me pois e estabelece a oração para Minha recordação". Cur'ane 20:14 - Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) costumava exortar os seus companheiros (Radiyalahu an-huma) para efetuarem orações facultativas à noite, durante o mês de Ramadan, sem contudo ordenar-lhes para rezarem como ação obrigatória e disse: “Aquele que observa a oração noturna nas noites de Ramadan, com fé e com a esperança e aprocura da recompensa (de Deus), todos os seus pecados serãoperdoados”. Era esta a prática até o Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) morrer, e assim continuou durante o Califado de Abu Bakr e parte inicial do Califado de Umar. Muslim 4:1663.

No tempo do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), durante 3 noites, foi efectuada em congregação a oração do Tarawi. Na quarta noite, a mesquita estava cheia, mas o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), não apareceu para dirigir o Tarawi. Na manhã seguinte informou-os de que não apareceu para não tornar compulsória a referida oração. A partir daí as pessoas observaram a oração individualmente ou em pequenos grupos, quando as condições assim o permitiam. Ainda não foi no tempo do Califa Abu Bakr (Radiyalahu an-hu), que foi instituída a oração de Tarawi em congregação. Tinha havido alguma instabilidade no país, pelo que seria difícil reunir todos para a realização do Tarawi. No Califado de Umar (Radiyalahu an-hu), com a paz e a ordem no país, foi decidido criar condições para que o Tarawi fosse feito em congregação.

Porque o Califa Umar (Radiyalahu an-hu), não era um legislador de Deus e o tempo da revelação já tinha terminado, o Tarawi não se tornou um ato obrigatório, como se tornaria se fosse feito continuadamente no tempo do Profeta (Salalahu AleihiWassalam).

O Tarawi é outra ação meritória a ser efetuada durante o mês de Ramadan. É uma oração especial noturna, em congregação, efetuada imediatamente após a oração de Ishá, antes do witr. Na maioria dos países, incluindo na Cidade Santa de Maka, consiste em 20 rakates, orientados por Hafez Cur’ane (que têm o Livro Sagrado decorado). Ao longo do mês de Ramadan, de dois em dois rakates (ciclos de oração), recitam o Cur’ane. Noutros países, o tarawi diário é feito com 8 rakates.
O Tarawi é “Sunnah Mu’akkaddah” (Sunah insistido), pelo que todo o crente o deve fazer. É alal – kifayah, isto é da responsabilidade de todos os residentes da localidade.

Devem ser criadas condições para que em todas as Mesquitas da localidade, se efetue a oração em congregação.

Abu Darda (Radiyalahu an-hu) referiu que ouviu o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) dizer: “Se ocorrer encontrarem-se (inclusive) três pessoas numa localidade, num deserto ou numa selva, e não rezarem em congregação, Satanás seguramente os dominará. Por isso recorrei às orações em congregação, porque o lobo devora a ovelha solitária”.

Abu Daoud. Caso o Tarawi não se efectue, cada um dos residentes será responsabilizado pelo fato. Se forem criadas as condições, os crentes que efetuarem a referida oração nas suas casas, estarão livres da responsabilidade. No entanto, verão as suas recompensas diminuídas.

Se por qualquer motivo chegarmos atrasados na Mesquita e se encontrar a decorrer o Tarawi e ainda não termos efectuado a oração de Ishá, antes de nos juntarmos à congregação, devemos primeiro e individualmente, efetuar a oração de Ishá. Depois juntamo-nos ao Jamah e no final, também individualmente, devemos completar os rakates de tarawi em falta.

Em anexo, segue, um duá / tassbi, produzido pela “Revista Al Furqan”, para ser recitado nos intervalos do Tarawi (de 4 em 4 rakates). Pode ser listado como “ cábula”, até o conseguirmos decorar. Façam o favor de o reencaminhar, para que todos possam beneficiar desta iniciativa.
   
Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. ( “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41
                                                  
"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17.
 “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. Cur’ane 10.10.

Cumprimentos -
Abdul Rehman Mangá - 19/07/2012

quarta-feira, julho 18, 2012

EQUÍVOCOS SOBRE O ISLAM

OS MUÇULMANOS SÃO VIOLENTOS, TERRORISTAS E/OU EXTREMISTAS?

Este é o maior equívoco sobre o Islam, resultado constante da forma como a mídia o apresenta. Quando um franco atirador ataca uma mesquita em nome do judaísmo, ou quando o IRA (Exército Irlandês) joga uma bomba em áreas urbanas, ou militantes sérvios ortodoxos violentam e matam muçulmanos inocentes, estes atos não são utilizados para esteriotipar toda uma fé. Jamais tais atos são atribuídos à religião daqueles personagens. No entanto, quantas vezes não ouvimos as palavras "Islâmico", "Fundamentalismo Islâmico", etc., ligadas à violência?

A política nos chamados "países muçulmanos" muitas vezes não tem nada a ver com os fundamentos islâmicos. Muitos ditadores e políticos usam o nome do Islam para satisfazer seus próprios interesses. Devemos separar a verdadeira religião do Islam daquilo que a mídia apresenta e, para isso, devemos sempre consultar a fonte islâmica. Islam, literalmente, significa "submissão a Deus" e a palavra Islam deriva do radical que significa "paz".

Aos olhos do mundo moderno o Islam pode parecer exótico ou mesmo extremado. Isto talvez se deva ao fato de que a religião, de um modo geral, não faz parte do dia-a-dia do Ocidente, enquanto que, para o muçulmano, o Islam é "um modo de vida" e ele não faz qualquer diferença entre o secular e o sagrado. Da mesma forma que o cristianismo, o Islam permite aos muçulmanos a luta pela autodefesa, pela defesa da religião ou para a retomada das terras de onde foram expulsos. Mas, o Islam estabelece regras rígidas de combate que incluem proibições de danos a civis e destruição de produtos agrícolas, árvores e do gado.

Em lugar nenhum o Islam recomenda ou ordena a matança de inocentes. Diz o Alcorão:

Combatei pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores. (Cap. 2:190)
Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela, e encomenda-te a Deus, porque Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo. (Cap. 8:61)


A guerra, portanto, é o último recurso e, mesmo assim, está sujeita a condições rigorosas baixadas pela lei sagrada. O termo "jihad", literalmente significa "esforço", "luta", "empenho". Jihad é a luta interior da alma de cada pessoa contra os desejos egoístas para se alcançar a paz interna.

O ISLAM OPRIME AS MULHERES?

A imagem da muçulmana típica, cobrindo a cabeça, forçada a ficar em casa e proibida de dirigir, é a mais comum no imaginário das pessoas. Embora alguns países muçulmanos possam ter leis que oprimam as mulheres, isto não deve ser encarado com sendo uma conduta islâmica. Na questão da equidade de sexos, muitos desses países introduzem seus próprios pontos de vista culturais, sem levar em conta a Sharia (a lei islâmica)

Nessa questão, o Islam concede a homens e mulheres diferentes papéis e a equidade entre os dois está normatizada no Alcorão e no exemplo do Profeta (que a paz esteja com ele). O Islam olha para a mulher, não importa se solteira ou casada, como um indivíduo, com direitos próprios, com o direito de ter e dispor de seus bens. O presente de casamento dado pelo noivo à noiva, por exemplo, é dela, para seu uso pessoal. Ela mantém seu nome de família ao invés do nome da família do noivo. O requisito da modéstia no vestir é imperativo tanto para homens como para mulheres. Mohammad disse: "O mais perfeito na fé entre os fiéis é aquele que é o melhor e o mais gentil com sua esposa."

A violência contra as mulheres não é permitida e nem elas podem ser forçadas a fazer o que quer que seja contra a sua vontade. O casamento muçulmano é um acordo legal e simples, no qual cada parte é livre para incluir suas próprias condições. O divórcio não é comum, embora se reconheça como a última saída naquelas situações em que o casal não se entende mais. De acordo com o Islam, a mulher não pode ser forçada a casar contra a sua vontade: seus pais simplesmente sugerem aquele que eles achem mais adequado.


OS MUÇULMANOS ADORAM UM DEUS DIFERENTE?

Allah, nada mais é do que a palavra em árabe para Deus. Allah, para os muçulmanos, é o maior. É uma palavra árabe de significado rico, que denota o uno e único Deus e a Quem não se admite parceiros. É a mesma palavra que os judeus usam para Deus (em hebráico), que Jesus Cristo usou em aramáico quando orava a Deus. Deus tem um nome idêntico no judaismo, no cristianismo e no Islam; Allah é o mesmo Deus adorado por muçulmanos, cristãos e judeus. Os muçulmanos acreditam que a soberania de Allah é para ser reconhecida na adoração e no compromisso de obediência aos Seus ensinamentos e mandamentos, trazidos por Seus mensageiros e profetas através de todos os tempos. Contudo, deve-se notar que Deus no Islam é Um e Único. Ele, o Exaltado, não se cansa, não tem filhos ou sócios, não tem qualquer atributo humano, como muitos outros credos professam.


O ISLAM FOI DIFUNDIDO PELA ESPADA E É INTOLERANTE COM OUTROS CREDOS?

Muitos livros de colégio mostram a imagem de um cavaleiro árabe, portando uma espada numa das mãos e o Alcorão na outra, conquistando e convertendo pela força. Esta não é uma imagem correta da história. O Islam sempre respeitou a liberdade de crença. O Alcorão diz: Deus nada vos proíbe, quanto àqueles que não vos combaterem pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Deus aprecia os equitativos. (Cap. 60:8)

A liberdade de crença está regulamentada no Alcorão:
Não há imposição (coerção) quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro (Islam). (Cap. 2:256)
O missionário cristão, T.W.Arnold, em seu estudo sobre a questão da difusão do Islam, tinha esta opinião: "… não sabemos de qualquer tentativa de forçar a aceitação do Islam pela população não islâmica, ou de qualquer perseguição sistemática com a intenção de reprimir a religião cristã. Tivessem os califas escolhidos adotado esta prática, eles poderiam ter varrido o cristianismo tão facilmente como o fizeram Fernano e Isabel, reis de Espanha, com o Islam, ou Luís XIV com o protestantismo…"

É uma função da lei islâmica protejer a condição privilegiada das minorias e é por isso que os locais de adoração dos não muçulmanos floresceram por todo o mundo islâmico. A História nos dá inúmeros exemplos da tolerância muçulmana em relação a outros credos: quando o califa Omar entrou em Jerusalem, no ano de 634, o Islam garantiu liberdade de adoração a todas as comunidades religiosas da cidade. Proclamando aos habitantes que suas vidas e propriedades estavam seguras, e que os locais de adoração jamais seriam tocados pelos muçulmanos, Omar pediu ao patriarca cristão Sofrônio que o acompanhasse na visita a todos os lugares santos. A lei islâmica também permite às minorias não islâmicas constituírem seus tribunais, a fim de que suas pr&oaucte;prias leis sejam implementadas. A vida e a propriedade de todos os cidadãos, sejam muçulmanos ou não, num estado islâmico são consideradas sagradas.

O racismo também não faz parte do Islam. O Alcorão fala somente da igualdade humana e de como todas as pessoas são iguais aos olhos de Deus:
Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. (Cap. 49:13)

TODOS OS MUÇULMANOS SÃO ÁRABES?

A população muçulmana mundial está em torno de 1,5 bilhão, portanto 1 em cada 5 pessoas no mundo é muçulmana. Há portanto, uma variedade enorme de raças, nacionalidades e cultura em todo o glogo, desde as Filipinas até a Nigéria, todos unidos em torno da fé islâmica. Somente 18% vivem no mundo árabe e a maior comunidade muçulmana se encontra na Indonésia.

Muitos muçulmanos vivem ao leste do Paquistão. 30% vivem no subcontinente indiano, 20% no Saara africano, 17% no sudeste asiático, 18% no mundo árabe e 10% na Rússia e China. Turquia, Irã e Afganistão perfazem 10% dos não árabes no Oriente Médio. Embora haja minorias muçulmanas em quase todo o planeta, inclusive América Latina e Austrália, eles são mais numerosos na Rússia e nos seus novos estados independentes, na India e na África Central. Existem cerca de 10 milhões de muçulmanos nos Estados Unidos. Podemos dizer que as população islâmica nas Américas e Austrália chega aos 5% da população.

A NAÇÃO DO ISLAM É UM GRUPO MUÇULMANO?

O Islam e a chamada "Nação do Islam" são duas religiões diferentes. A Nação do Islam é mais uma organização política, uma vez que seus membros não se limitam a uma única fé. Os muçulmanos acham que este grupo é um dos muitos que usam o nome do Islam para seu próprio benefício. A única coisa em comum entre eles é o jargão, a linguagem usada por ambos. A Nação do Islam é uma denominação imprópria; esta religião deveria ser chamada de Farrakanismo, uma vez que o seu propagador é Louis Farrakan.

Islam e farrakanismo diferem em muitas coisas fundamentais. Por exemplo, os seguidores de Farrakan acreditam no racismo e que o "homem negro" foi o homem original e, portanto, superior, enquanto que no Islam não há racismo e todos são considerados iguais aos olhos de Deus, a única diferença é com relação à fé. Há muitos outros exemplos teológicos que mostram que os ensinamentos da "Nação" têm muito pouco a ver com o verdadeiro Islam. Há muitos grupos na América que reivindicam ser os representantes do Islam e chamam seus adeptos de muçulmanos.

Qualquer estudante sério do Islam tem por obrigação investigar e encontrar o verdadeiro Islam. As duas únicas fontes autênticas que prendem todo o muçulmano são: 1. O Alcorão e 2. Os hadiths. Qualquer ensinamento sob o rótulo de "Islam", que contradiga, ou que sejam uma variação dos verdadeiros ensinamentos da crença e da prática do Islam, devem ser rejeitados e essa religião deve ser considerada um culto pseudo-islâmico. Na América existem muitos cultos pseudo-islâmicos e o farrakanismo é um deles.

TODOS OS MUÇULMANOS TÊM QUATRO ESPOSAS?

A religião do Islam foi revelada para todas as sociedade e todos os tempos e portanto, ela abrange as exigências das enormes diferenças sociais. As circunstâncias podem levar a um outro casamento, mas o direito está garantido. De acordo com o Alcorão, somente no caso em que o marido seja escrupulosamente justo. Nenhuma mulher será forçada a esta espécie de casamento se não o quiser, e ela sempre terá o direito de incluir como cláusula em seu contrato de casamento esta não aceitação.

A poligamia não é nem obrigatória nem estimulada, apenas permitida. As imagens de "sheiks com harens" não são consistentes com o Islam, porque um homem só pode ter 4 esposas se ele puder preencher as rígidas condições de tratar cada uma deles com justiça e igualdade.A permissão da prática da poligamia não está associada com a simples satisfação da paixão. Pelo contrário, está associada à compaixão com as viúvas e órfãos. Foi o Alcorão que impôs limites e condições para a prática da poligamia entre os árabes pré-islâmicos, onde ter mais de 10 mulheres significava prosperidade.

Foi o Islam que regulou a prática, limitando-a, tornando-a mais humana, instituindo direitos e condições iguais para todas as esposas. No cômputo geral, o Alcorão apenas normatiza a questão da poligamia. Não há incentivo à sua prática, a não ser que haja necessidade para tal. Também é evidente que a regra geral no Islam é a monogamia e não a poligamia. O percentual de muçulmanos que praticam a poligamia em todo o mundo é muito pequeno. No entanto, a permissão para praticar a poligamia está de acordo com a visão realista que o Islam tem da natureza humana, e de suas várias necessidades, que variam de acordo com cada lugar.

Contudo, a questão vai muito mais além do que a flexibilidade inata do Islam; é também a abordagem direta e franca com que o Islam lida com os problemas práticos. O Islam não tem uma concordância superficial ou hipócrita, por que ele investiga criteriosamente os problemas dos indivíduos e das sociedades e concede as soluções legítimas e claras que são muito mais benéficas do que se tais problemas fossem simplesmente ignorados. Não há dúvida de que a segunda esposa, legalmente casada e tratada gentilmente, é melhor do que uma amante sem qualquer direito legal ou permanente.

OS MUÇULMANOS SÃO BÁRBAROS, ATRASADOS?

Uma das razões que justificam a rápida difusão do Islam foi a simplicidade de sua doutrina. O Islam chama para a crença em um único Deus digno de adoração. Também exaustivamente instrui o homem a usar seus poderes de inteligência e observação. Em muito pouco tempo, grandes civilizações e universidades floresceram, porque, de acordo com Mohammad (que a paz esteja com ele), "a busca do conhecimento é uma obrigação para todos os muçulmanos, homens ou mulheres."

A síntese das idéias ocidentais e orientais, do novo pensamento com o antigo, trouxe grandes avanços na medicina, matemática, física, astronomia, geografia, arquitetura, artes, literatura,, história. Muitos sistemas como a álgebra, os números arábicos, e também o conceito do zero (vital para o avanço da matemática) foram transmitidos para a Europa medieval pelo Islam. Instrumentos sofisticados que tornaram possível a expansão marítima foram desenvolvidos pelo Islam, tais como o astrolábio, o quadrante e os mapas de navegação.

MOHAMMAD FOI O FUNDADOR DO ISLAM E OS MUÇULMANOS O ADORAM?

Mohammad (que a paz esteja com ele) nasceu em Meca, no ano de 570. órfão de pai e mãe muito cedo, foi criado por seu tio, que pertencia a respeitada tribo Coraix. A medida que ia crescendo, ele se tornava conhecido por sua honestidade, generosidade e sinceridade. Por causa de sua habilidade, ele era procurado para arbitrar as disputas. Mohammad tinha uma natureza profundamente religiosa e tinha horror à decadência de sua sociedade.

Adquiriu o hábito de meditar de tempos em tempos na Caverna de Hira, próximo à Meca. Com a idade de 40 anos, quando se encontrava em recolhimento meditativo, ele recebeu sua primeira revelação de Deus, por intermédio do Anjo Gabriel. Esta revelação, que continuou por 23 anos, é conhecida como Alcorão. Assim que ele começou a recitar as palavras ouvidas de Gabriel e a pregar a verdade que Deus lhe havia revelado, ele e seu pequeno grupo de seguidores sofreram tamanha perseguição, que no ano de 622 Deus lhe ordenou sair da cidade.
Este acontecimento, a Hijra, ou "migração", no qual ele deixa a cidade de Meca e se muda para Medina, marca o início do calendário muçulmano. Após muitos anos, o Profeta e seus seguidores retornaram a Meca, onde eles perdoaram seus inimigos e estabeleceram o Islam definitivamente. Antes de o Porfeta morrer, com a idade de 63 anos, a maior parte da Arábia era muçulmana e após um século de sua morte, o Islam ia desde a Espanha, no ocidente, até a China, no oriente. Ele morreu pobre.

Ainda que Mohammad (que a paz esteja sobre ele) tenha sido o escolhido para transmitir a mensagem, ele não é considerado o "fundador" do Islam, porque os muçulmanos acham que o Islam tem a mesma orientação divina enviada a todos os povos anteriormente. Os muçulmanos acreditam que todos os profetas desde Adão, Noé, Moisés, Jesus, etc. foram enviados com a orientação divina para as suas respectivas nações. Cada profeta foi enviado para o seu próprio povo, mas Mohammad (que a paz esteja com ele) foi enviado para toda a humanidade. Mohammad é o último mensageiro enviado para transmitir a mensagem do Islam. Os muçulmanos o reverenciam e o honram por tudo o que ele fez e por sua dedicação, mas não o adoram. 

Ó Profeta, em verdade, enviamos-te como testemunha, alvissareiro e admoestador! E, como convocador (dos humanos) a Deus, com Sua anuência, e como uma lâmpada luminosa.(Cap. 33:45-6).

Uma tradição fala que quando o Profeta SAAS veio a falecer a comunidade sentindo-se desamparada iniciou um movimento de tentar endeusá-lo a exemplo do que fizeram os cristãos com Jesus(AS), o então companheiro do Profeta SAAS e Abu Bakr adentrou no local e os advertiu dessa maneira: " Adoradores de Mohammad! Mohammad está morto! Adoradores de Allah! Allah vive e jamais morrerá! Esse grande companheiro do Profeta SAAS e grande defensor da fé Islâmica tornou-se o primeiro Kalifa da história do Islam. 

OS MUÇULMANOS NÃO ACREDITAM EM JESUS OU EM QUALQUER OUTRO PROFETA?

Os muçulmanos respeitam e reverenciam Jesus, que a paz esteja sobre ele, e aguardam sua segunda chegada. Acham que ele foi um dos mariores mensageiros de Deus para a humanidade. Um muçulmano nunca se refere a ele como Jesus somente, mas acrescentam a frase "que a paz esteja sobre ele". O Alcorão, no capítulo intitulado Maria, confirma a peculiariedade de seu nascimento e considera Maria como a mais pura de todas as mulheres da criação. O Alcorão descreve a Anunciação como se segue:
Recorda-te de quando os anjos disseram: Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade! ó Maria, consagra-te ao Senhor! Prostra-te e genuflecte, com os genulexos! Estes são alguns relatos do incognoscível, que te revelamos (ó Mensageiro). Tu não estavas presente com eles (os judeus) quando, com setas, tiravam a sorte para decidir quem se encarregaria de Maria; tampouco estavas presente quando rivalizavam entre si. E quando os anjos disseram: ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos. Perguntou: ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, diz: Seja! E é. (Cap. 3:42-47)

Jesus (que a paz esteja sobre ele) nasceu miraculosamente, pela mesma força que criou Adão (que a paz esteja com ele) , sem que ele tivesse um pai humano:
O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! E foi. (Cap. 3:59)

Durante sua missão profética, Jesus realizou milagres. O Alcorão nos fala que ele disse:
Apresento-vos um sinal do vosso Senhor: plasmarei de barro a figura de um pássaro, à qual darei vida e a figura será um pássaro, com o beneplácito de Deus, curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos com a anuência de Deus. (Cap. 3:49)

Nem Mohammad nem Jesus vieram para modificar a doutrina básica que Deus, o Único, fez chegar aos primeiros profetas, mas sim confirmá-la e renová-la. O Alcorão relata que Jesus disse:
(Eu vim) para confirmar-vos a Tora, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim com um sinal do vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me. (Cap. 3:50)
O Profeta Mohammad (que a paz esteja com ele) disse: "Aquele que acredita que não há outro Deus senão Allah, que não Lhe atribui parceiros, que Jesus é o servo e mensageiro de Deus, que Maria recebeu o sopro Divino e o espírito que emanou Dele, e que o Paraíso e o Inferno são verdadeiros, será recebido no céu por Deus". (Hadith relatado por Bukhari).
Fonte:www.sbmrj.org.br

Dúvidas e Erros no Mês do Ramadan

Bismillah!

O Mês de Ramadan está se aproximando. É tempo de preparação para todos os muçulmanos e muçulmanas.

1) Focar-se mais na comida a ponto de se preocupar mais em comer do que em jejuar. Isto também ocorre junto com o ato de se gastar grandes quantidades de dinheiro emIftars mesmo que a pessoa não necessite comer determinada quantia de alimento.

2) Fazer o Suhr muito tempo antes do Fajr. Algumas pessoas comem o Suhr poucas horas depois do Tarawih ou do Isha, isso é errado. Deve comer-se perto do horário da oração do Fajr.

3) As pessoas não fazem a niyyah (intenção) para jejuar no Ramadhan. Isto é algo que está dentro do coração e não precisa ser verbal. Além disso, ela só precisa ser feito uma vez, no início do Ramadhan, e não todos os dias.

4) Se você descobrir tarde demais que Ramadhan já começou, você deve parar de comer e jejuar neste dia, e em seguida, repor esse dia depois do fim do Ramadhan.

5) Muitas pessoas acham que o Tarawih não é rezado na primeira noite do Ramadhan. Eles acreditam que você deva rezá-la após o primeiro dia em que você realmente jejuou. Esquecem-se que o calendário islâmico é regido pela lua e o Maghrib marca o começo de um novo dia.

6) Muitas pessoas acreditam que comer ou beber por acidente quebra seu jejum. Isso é falso, se você fizer isso por acidente, então você deve continar em jejum e não necessita repor este dia em outra altura do ano.

7) Algumas pessoas são da opinião de que ao ver alguém comendo ou bebendo, não se deve lembrar a mesma que ele/ela está em jejum. De acordo com o Shaykh Bin Baz, isto é incorreto e é um comando de Allah que nos ordenemos o bem e proibamos o mal. Assim, podemos dizer a pessoa, pois, assim, estaremos proibindo o mal.

8) Muitas irmãs acreditam que não possam usar Hennah (Titura de Cabelo) durante o jejum. Isso é incorreto, elas estão autorizadas a usá-lo durante Ramadhan.

9) Algumas pessoas acreditam que quando você está cozinhando você não pode provar a comida para checar a quantidade de tempero está adequado. Isto é falso, e é permitido no Islã, desde que a pessoa que está cozinhando não coma a comida. Ao contrário, eles podem prová-la para ver se ela precisa de sal ou mais especiarias.

10) Muitas pessoas pensam que você não pode usar o Miswak ou uma escova de dentes durante o Ramadhan. Isto é incorreto, pois, o Profeta costumava usá-lo. Além disto, você pode usar o creme dental; o raciocínio feito pelos estudiosos é que o Miswak libera apenas um aroma na boca, assim, a pasta de dentes também é permitida (se você não comê-la).

11) Algumas pessoas fazem o Adhan do Fajr mais cedo. Eles fazem isso para que as pessoas possam parar de comer antes de Fajr e não invalidarem o jejum. Isto está errado e é algo que não devemos fazer.

12) Algumas pessoas fazem o Adhan do Maghrib mais tarde. Eles fazem isso para as pessoas possam começar a comer mais tarde, no caso de que o horário do Maghrib ainda não tenha entrado. Isso também é errado e não devemos fazer.

13) Muitas pessoas acreditam que você não pode manter relações sexuais com seu cônjuge durante todo o mês do Ramadhan. Isto é incorreto, você não pode fazer isso somente durante os momentos em que você está jejuando. Entre o Maghrib e o Fajr é permitido.

14) Muitas mulheres acreditam que se o período menstrual dela acabar e elas não fizeram o Ghusl, não podem jejuar naquele dia [considerando que seu período se encerrou à noite, e eles foram para a cama sem Ghusl, e ao acordar elas não tiveram a chance de fazê-lo]. Isto é incorreto, se uma mulher não fez Ghusl ela ainda pode jejuar.

15) Muitos homens acreditam que se ele teve relações sexuais com sua esposa e não fez Ghusl (similar ao anterior), então ele pode não jejuar na manhã seguinte. Isto também é incorreto, pois ele pode jejuar, mesmo se ele não tiver feito o Ghusl.

16) Algumas pessoas rezam orações do Dhur e Asr juntas durante o Ramadhan (principalmente em países árabes). Isto é incorreto e deve ser evitado.

17) Algumas pessoas acreditam que você não pode comer até que o Muadhin tenha feito oAdhan do Maghrib. Isto é incorreto, a partir do momento em que ele começar, uma pessoa pode quebrar seu o jejum.

18) Muitas pessoas não tiram proveito do ato de fazer D'ua antes da quebra do jejum. Esta é uma das três vezes em que Deus aceita o D’ua de uma pessoa sem barreiras.

19) Muitas pessoas cometem o erro de passar o final do Ramadhan se preparando para o'Eid, negligenciando assim o seu jejum. Isto é incorreto e tais pessoas se esquecem do real motivo em se jejuar neste mês.

20) Muitos pais não deixam seus filhos jejuarem durante o Ramadhan (crianças). Isto é algo que prejudica a criança. Ao permitir que ela jejue, a mesma irá crescer consciente da excelência deste ato.

21) Muitas pessoas pensam Ramadhan é apenas deixar de comer e falham ao controlar seus temperamentos e ao observar o que dizem. Na realidade, devemos controlar nossos temperamentos e bocas ainda mais durante o Ramadã.
22) As pessoas muitas vezes fazem mal uso de seu tempo durante o Ramadhan. Dorme durante o dia e não fazem mais nada além disto. Devemos aproveitar este mês abençoado por fazer Ibadat (adorações) extra.

23) Algumas pessoas não viajam durante Ramadhan. Eles acreditam que devem quebrar o jejum quando se viaja. Na verdade, isto é opcional, se você quiser quebrar seu jejum durante a viagem você pode [com tanto que reponha-o mais tarde], e se você não quiser pode continuar jejuando.

24) Muitas pessoas que estão aptas não fazem I'tikaf na mesquita (Retiro Espiritual). Devemos aproveitar a nossa boa saúde e gastar o máximo tempo possível no Masjid, especialmente nos últimos dez dias do Ramadhan.
25) Algumas pessoas acreditam que não pode cortar os cabelos ou unhas durante oRamadhan. Isto também é incorreto.

26) Algumas pessoas dizem que você não pode engolir a saliva durante o Ramadhan. Isto também é incorreto.

27) Algumas pessoas crêem que você não pode usar óleos perfumados ou perfumes durante o Ramadhan. Isto é incorreto.

28) Algumas pessoas acreditam que o sangramento quebra o jejum. Isto não é verdade.
29) Algumas pessoas acreditam que se você vomitar por acidente isto quebra o seu jejum. Isto não é verdade, a menos que você vomite intencionalmente.
30) Algumas pessoas pensam que você não pode colocar água em seu nariz e na boca durante o Wudhu no Ramadhan. Isto é incorreto.

Assalamu Aleikom war Ramatulahi wa Baraketuhu

Contribuição do Irmão Mohammad Ziad. Ramadan Mubaraka Inshallah.

terça-feira, julho 17, 2012

A Verdadeira Condição das Mulheres no Islam

O véu islâmico ou hijab se refere a vestimentas soltas, lisas e opacas que cobrem o corpo da muçulmana. Embora seja basicamente idêntico à vestimenta retratada nas representações cristãs tradicionais de Maria (que Deus a exalte e a seu filho), e a todas as freiras que procuram imitá-la desde então, o hijab é classificado como um sinal de extremismo e da condição supostamente inferior das muçulmanas. Aqueles que vêem as muçulmanas como pouco mais do que objetos sexuais ficam desanimados com o fenômeno de mulheres ocidentais educadas e profissionais ou, em qualquer caso, ‘livres’, se voltando para o Islã. A alegação de que as convertidas são fanáticas cegas por seus véus ou vítimas oprimidas a serem liberadas não é mais aceita. Entretanto, relatórios sensacionalistas e, em geral, politicamente motivados, de muçulmanas oprimidas em algumas sociedades retrógradas contemporâneas ainda reforçam o estereótipo.

O que se segue é um breve olhar na condição das mulheres no Islã comparando o papel do véu no Islam e no Cristianismo.

“A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.” (Alcorão 16:97)

No que faria parte de um ‘Novo Testamento’, Paulo tornou obrigatória a prática comum do véu para todas as mulheres:

‘Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse raspada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquiasse também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou raspar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 1 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.’ (1 Coríntios 11: 4-10)

Tertuliano (o primeiro homem a formular a Trindade), em seu ensaio, Sobre o Véu das Virgens, obrigou o seu uso mesmo em casa: ‘Jovens mulheres, se usam seus véus nas ruas, então devem usá-los na igreja; os usam quando estão entre estranhos, então devem usá-los entre seus irmãos.’

Então o Islã não inventou o véu, simplesmente o endossou. Entretanto, enquanto Paulo apresentou o véu como um sinal da autoridade do homem, o Islam esclarece que é simplesmente um sinal de fé, modéstia e castidade que serve para proteger a devota de assédio.

“Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que (quando saírem) se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas; ...” (Alcorão 33:59)

O orientalista do século 19, Sir Richard Burton, observou como:
‘As mulheres que se deliciam com restrições que visam sua honra, o aceitaram (o véu) espontaneamente e não desejam uma liberdade ou uma licença que consideram inconsistente com suas noções de decoro e delicadeza femininos. Elas pensariam muito mal de um marido que as permitissem se exporem, como cortesãs, ao olhar do público.

Na verdade, o véu islâmico é apenas uma faceta de sua condição nobre, que é em parte devida à tremenda responsabilidade que carregam. Colocando de forma simples, a mulher é a primeira professora na construção de uma sociedade virtuosa. É por isso que a obrigação individual mais importante de uma pessoa é demonstrar gratidão, gentileza e companheirismo com sua mãe. Uma vez perguntaram ao Profeta Muhammad, que Deus o exalte:

“Ó Mensageiro de Deus! Quem dentre a humanidade tem direito ao meu melhor companheirismo? ‘O Profeta respondeu: ‘Sua mãe.’ O homem perguntou: ‘E depois quem?’ O Profeta respondeu: ‘Sua mãe.’ O homem perguntou: ‘E depois quem?’ O Profeta repetiu: ‘Sua mãe.’ De novo, o homem perguntou: ‘E depois quem?’ O Profeta finalmente disse: ‘Então seu pai.’” (Sahih Al-Bukhari, Sahih Muslim)

Embora a mãe receba precedência sobre o pai em gentileza e bom tratamento, o Islã, como o Cristianismo, ensina que Deus designou o homem para ser o chefe natural da família.
“...porque elas tem direitos (sobre seus maridos) equivalentes (aos direitos de seus maridos) sobre elas, embora os homens tenham um grau sobre elas…” (Alcorão 2:228)

No Islã, a autoridade do homem é proporcional às suas responsabilidades socioeconômicas,
responsabilidade que refletem as diferenças psicológicas e fisiológicas com as quais Deus criou os sexos. …e o homem não é como a mulher...” (Alcorão 3:36).

O casamento é o meio através do qual ambos os sexos podem cumprir seus papéis diferentes mas mutuamente complementares e beneficiais.

1 O Islam ensina que Deus não é um homem, mas o Criador do homem (e da mulher); e Ele criou a ambos para um propósito nobre: “Não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem.” (Alcorão 51:56)

2 Por isso o homem muçulmano recebe uma porção maior do que a mulher na herança. Ele está legalmente obrigado a prover e manter todas as mulheres da família com sua fortuna pessoal enquanto a fortuna da mulher é somente para ela gastar, investir ou poupar, do jeito que quiser.

3 O Dr. Alexis Carrel, francês e que recebeu o Prêmio Nobel, reforça esse ponto quando escreve: “As diferenças existentes entre o homem e a mulher não vêm da forma particular dos órgãos sexuais, da presença do útero, da gestação ou da forma de educação. Elas são de uma impregnação mais fundamental de todo o organismo... A ignorância desses fatos fundamentais tem levado promotores do feminismo a acreditar que ambos os sexos devem ter os mesmos poderes e as mesmas responsabilidades. Na realidade, a mulher difere profundamente do homem. Todas as células do corpo dela carregam a identificação de seu sexo. O mesmo é verdadeiro para seus órgãos e, acima de tudo, seu sistema nervoso. Leis fisiológicas...não podem ser substituídas pelos desejos humanos. Somos obrigados a aceitá-las como são. As mulheres devem desenvolver suas aptidões de acordo com sua própria natureza, sem tentar imitar os homens.’ (Carrel, Man and the Unknown (O Homem e o Desconhecido, em tradução livre), 1949:91).

* “Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.” (Alcorão 30:21)

‘O apelo do Islã, onde quer que ele tenha triunfado, tem sido sua simplicidade. Requer submissão a algumas normas básicas e diretas que são facilmente mantidas e em contrapartida oferece a mais maravilhosa e rara comodidade e paz de espírito... sua disciplina, segurança e certezas têm um apelo para as meninas perdidas envolvidas nos mares da permissividade, cujas próprias famílias foram enfraquecidas pela desagregação familiar, ausência dos pais e a instabilidade dos maridos, se existirem maridos para começar, ao invés de namorados e “pais temporários”. E na maioria das sociedades as mulheres é que mantêm as religiões nos lares e entre as crianças.’ (Peter Hitchens, Will Britain Convert to Islam? (A Grã-Bretanha Se Converterá ao Islã?, em tradução livre) no jornal “Mail”, domingo, 11/02/2003) - “...porque elas (suas esposas) são vossas vestimentas e vós o sois delas.” (Alcorão 2:187).

O sexo em si não é tabu no Islã. Ao contrário, relações sexuais lícitas são consideradas atos de caridade! A renomada erudita e ex-freira, Karen Armstrong, escreve:

Muhammad certamente não pensava que as mulheres eram sexualmente repulsivas. Quando sua esposa estava menstruada ele costumava fazer questão de reclinar em seu colo e pegar seu tapete de orações da mão dela dizendo, para o benefício de seus discípulos: “Sua menstruação não está na sua mão.” Ele bebia da mesma xícara, dizendo: “Sua menstruação não está em seus lábios...” As duras punições sexuais enfrentadas pelos criminosos sexuais em alguns países islâmicos é porque a sexualidade é valorizada e o ideal foi corrompido, e não, como no passado no ocidente, porque a sexualidade é repugnante.’ (The Gospel Acording to Woman (O Evangelho de Acordo com a Mulher, em tradução livre, 1986:2).

A justificativa tradicional da Igreja para a autoridade do homem é herdada do Judaísmo: o mal inerente da mulher! De acordo com a Bíblia, Satanás seduziu Eva a desobedecer Deus comendo da árvore proibida e Eva, por sua vez, seduziu Adão a comer com ela. Quando Deus repreendeu Adão por sua desobediência, Adão culpou Eva, e assim Deus a condenou:

“Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.” (Gênesis 3:16).

Foi essa imagem de Eva como uma sedutora enganadora que deixou um legado negativo para as mulheres através do Judaísmo e da Cristandade. O próprio Paulo, que foi um judeu veementemente anticristão, escreveu na Bíblia: ‘A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos.’ (I Tim. 2:11-5).

A concepção islâmica da mulher é radicalmente diferente. O Alcorão esclarece que Satanás foi o único enganador na história do Jardim, enquanto Adão e Eva receberam culpa igual por sua desobediência. Não existe a menor insinuação de que Eva foi a primeira a comer do fruto proibido ou de que ela tentou Adão a fazê-lo. Adão e Eva pecaram, pediram a Deus Seu Perdão, e Ele imediatamente o concedeu:

"Disseram: ‘Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados!’” (Alcorão 7:23)

Linguisticamente os termos corânicos para ‘útero’ e ‘misericórdia’ são sinônimos. Isso ocorre porque, ao invés de punição de Deus, o parto no Islã é visto como uma de Suas incontáveis bênçãos. Além disso, a noção de que Deus condena o inocente é muito blasfema! E, enquanto o Cristianismo sustenta que todo recém-nascido é um pecador – fruto da punição de sua mãe, o Islã ensina que todas as crianças nascem inocentes e sem pecados com base na fitra: uma disposição natural virtuosa e monoteísta. Conseqüentemente, se diz que quem abraça o Islã reverte à sua religião natural. Somente a educação imoral da criança a converte em um pecador rebelde.

“Quem cometer uma iniqüidade, será pago na mesma moeda; por outra, aqueles que praticarem o bem, sendo crentes, homens ou mulheres, entrarão no Paraíso, onde serão agraciados imensuravelmente.” (Alcorão 40:40).

As palavras de Paulo, anteriormente, também mostram como o pecado de Eva foi usado para justificar a limitação das aspirações educacionais das mulheres. No Islã, entretanto, as mulheres são iguais aos homens na busca de conhecimento. O Profeta disse:

“A busca do conhecimento é compulsório para todo muçulmano (homem ou mulher).” (Ibn Maja)
Além disso, a posição mais honrada que alguém pode alcançar na sociedade muçulmana é a de erudito (o Islã não tem classe sacerdotal). A esposa do Profeta, Aisha, de quem Companheiros importantes adquiriram conhecimento, é um exemplo de mulher instruída que continua a ter grande influência na sociedade islâmica. Como foram as várias professoras do celebrado sábio, guerreiro e mestre de ciências islâmicas, Ibn Taymiyya (falecido em 1328).
“...Poderão, acaso, equiparar-se os sábios com os insipientes? Só os sensatos recordarão.” (Alcorão 39:9)

4 Os fundadores da Igreja, homens que formularam a crença cristã e canonizaram a Bíblia, apoiaram essa opinião: ‘Não sabem que cada uma de vocês é uma Eva?’ A frase de Deus sobre esse seu sexo reside nessa época: a culpa também. Vocês são os portões do Demônio: são a abertura da árvore proibida: são os primeiros desertores da lei divina: são as que persuadiram aquele que o demônio não era corajoso o suficiente para atacar. Destruíram facilmente a imagem de Deus, o homem. (Tertuliano)
“A mulher é a filha da falsidade, uma sentinela do Inferno, o inimigo da paz; através dela Adão perdeu o paraíso.” São João Damasceno).

‘Deus criou Adão Senhor de todas as criaturas vivas, mas Eva destruiu tudo. As mulheres devem permanecer em casa, cuidar da casa e ter filhos. E se elas se cansarem ou até mesmo morrerem (devido ao parto) não importa. Deixe-as morrer no parto, porque é para isso que estão lá.’ (Martim Lutero).

Muitas das práticas culturais pré-islâmicas ressurgentes que têm tragicamente sido associadas ao Islã, como casamentos forçados, mutilação genital feminina, dotes pagos pela noiva (ao invés de pagos pelo noivo), crimes de honra e a criminalização das vítimas de estupro, somente ressurgiram após a ruptura, causada pelo colonialismo, entre os muçulmanos comuns e suas fontes de conhecimento. Os eruditos do Islã, homens e mulheres, são sempre as primeiras vítimas de qualquer expurgo imperialista. Todavia, à luz do Alcorão e da Sunnah, o véu da desinformação cobrindo a verdadeira condição das mulheres no Islã é facilmente removido. Além disso, o Islã continua a se expandir mais rapidamente do que qualquer outro estilo de vida entre as mulheres, contando com 75% de todas as revertidas européias e americanas - o que é irônico, dado o amplo preconceito ocidental de que o ‘Islã oprime as mulheres!

Ocidentais em desespero com suas próprias sociedades - crimes em alta, desagregação familiar, drogas e alcoolismo passou a admirar a disciplina e segurança do Islã. Muitos convertidos são ex-cristãos, desiludidos pela incerteza da igreja e infelizes com o conceito da Trindade e da divinização de Jesus.’ (Lucy Berrington, “Why British women are turning to Islam”.

(“Por que as mulheres britânicas estão se voltando para o Islã”, Times, 11/09/1993); Essas mulheres reconheceram a mesma verdade que levou o cristão Negus da Abissínia a abraçar o Islã depois de um discurso no qual os Companheiros o informaram: ‘O Mensageiro de Deus nos proibiu de caluniar as mulheres.’ (Ibn Hisham).

“Em verdade, aqueles que difamarem as mulheres castas, inocentes e crentes, serão malditos, neste mundo e no outro, e sofrerão um severo castigo.” (Alcorão 24:23).

Hoje em dia, muitas freiras e devotas das igrejas ortodoxa, católica, oriental e africana continuam a usar o véu cristão. A muçulmana também usa o seu hijab, declarando sua fé em humildade e servidão perante Deus. Apenas aqueles que têm uma sanção divina – seus familiares imediatos e outras mulheres crentes – podem ver sua beleza. De fato, ela está dizendo: ‘Julguem-me por minha fé, não pelo meu corpo – eu não dou outra escolha.’ Quando implementado fielmente, como foi pelos primeiros adeptos, o Islã oferece às mulheres a liberdade, dignidade, justiça e proteção que por muito tempo permaneceram fora de seu alcance. A humanidade herdou do Profeta uma grande tradição islâmica quando ele disse:

‘O melhor dentre vós (homens) são aqueles que tratam melhor vossas mulheres.’

Enquanto as mulheres cristãs herdaram uma tradição de misoginia do rabinismo judaico e do pensamento grego. Foi a reação da mulher ocidental a essa condição pobre proporcionada a ela e à sua exploração que levou ao surgimento do movimento feminista.

“Os crentes e as crentes são protetores uns dos outros; recomendam o bem, proíbem o ilícito, praticam a oração, pagam o zakat, e obedecem a Deus e ao Seu Mensageiro. Deus Se compadecerá deles, porque Deus é Poderoso, Prudentíssimo.” (Alcorão 9:71).

O Islam concedeu às mulheres direitos contratuais, conjugais, à herança, a iniciar o divórcio, ter e controlar de forma independente fortuna e propriedades, estabelecer e administrar negócios, receber pagamento igual, reter seu nome de solteira, etc., 1433 anos atrás, enquanto o ocidente democrático concedeu direitos semelhantes somente nos últimos 50 anos do século 20! De fato, exceto pelo aborto, muito pelo qual as feministas continuam a lutar já tinha sido sancionado pelo Islam. Sem mencionar que a emancipação ao estilo ocidental – essencialmente as mulheres copiarem os homens – não somente impôs exigências impossíveis sobre o sexo mais fraco, mas também deixou as qualidades femininas sem qualquer valor intrínseco. Quanto às muçulmanas com véu que celebram suas qualidades femininas, são um reflexo de castidade, humildade e dignidade, um espelho de sua devoção e crença em Deus – fatores que liberam, não subjugam – e pelos quais elas esperam uma grande recompensa.

“Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos crentes e às crentes, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa.” (Alcorão 33:35).