sexta-feira, maio 22, 2015

O Islão, Remédio contra a Islamofobia

O jihadismo é um perigo, sobretudo para o mundo muçulmano, porque oferece uma ideia destrutiva do Islão 17/04/2015 - Autor: Ángel Álvarez Hernández - Fonte: Webislam - Tradução de: M. Yiossuf Adamgy.

Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alai-kum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

Santiago Agrelo, arcebispo de Tanger, declarou ao diário La Voz de Galicia, que se sentia mais respei-tado em Marrocos que na Península e que o perigo para a Europa não é o Islão, são os europeus, que perderam a alegria de o ser.

Segundo Santiago Agrelo, o jihadismo é um perigo, sobretudo para o mundo muçulmano porque oferece uma ideia destrutiva do Islão, e não é assim.

Sahih Muslim, recolhe um hadith, segundo o qual o Profeta Muhammad (p.e.c.e.), disse que "não entrará no Paraíso quem for malvado com o seu vizinho".

Os grandes meios de comunicação de massas, desconhecem a sincera espiritualidade que guia o muçulmano e que não é outra senão fazer a vontade de Deus (ár. Allah). Disse o Profeta Muhammad (p.e.c.e.) que a Fé é uma confissão com a língua, uma verificação com o coração e um acto com os membros.

Abû Sa´id Ibn Abi´l-Khayr, ensinou-nos que o véu entre Deus e o seu servo não é nem a terra nem o céu, nem o Trono nem o Escabelo, mas o seu ego e as suas ilusões, e que só quando os afastamos de nós, podemos alcançar Deus.

O Profeta (p.e.c.e.), disse que "Deus não criou nada mais excelente que a inteligência, nem nada mais perfeito nem mais formoso; os benefícios que Deus concede devem-se a ela, a compre-ensão procede dela, e a ira de Deus golpeia a pessoa que a despreza".

E também disse o Profeta (p.e.c.e.), que “quem quer que siga um caminho na busca do conhecimento, Deus facilitar-lhe-á o seu caminho para o Paraíso”.

Ainda assim muitos dos grandes meios de comunicação continuam dando uma imagem desfigurada do Islão, como se fosse uma religião ancorada na Idade Média, ou como se fosse patrimônio exclusivo de extremistas e exaltados, algo que se contradiz com o hadith recolhido por Sahih Muslim, que diz que, segundo Abdallah Ibn Mas’ud (r.a.), o Profeta (s.a.w.), disse “pereçam os extremistas (três vezes).”

O rosto desfigurado que se oferece do Islão não é a sua verdadeira imagem, mas uma imagem interes-sada e cercada do mesmo, desenhada por quem quer criar, em nome do seu egoísmo e dos seus inte-resses, um Islão à sua medida, para tentar manipular os muçulmanos, para os converter em fanáticos ou aterrorizar o mundo para justificar as suas guerras e os seus interesses. Isso não é Islão. Bayazid dizia, que "os mais afastados de Deus entre os devotos são aqueles que mais falam d’Ele".

Frente àqueles que não param de falar mal do Islão, há que recordar que o Profeta (p.e.c.e.) disse que "quem crê em Deus e no Último Dia que fale o bem ou que se cale…".

Frente aos malvados, que carecem de alma e de coração, que jamais se comoverão com o pranto de um menino ou o sofrimento de uma anciã, o Sagrado Alcorão, diz-nos com uma voz forte: "E não colaboreis no mal e na inimizade!" (Alcorão, 5:2).

O Sagrado Alcorão diz que "Só serão incriminados aqueles que injustamente vituperarem e oprimirem os humanos, na terra; esses sofrerão um doloroso castigo". (42:42).

O Profeta (p.e.c.e.) disse que "quem quiser afastar-se do Fogo e entrar no Jardim, que venha o dia da sua morte com fé sincera em Deus e no Último Dia. E que atue com a gente da mesma forma que tivesse gostado que se comportassem com ele, seja de palavra ou de obra."

O Islão é, portanto, uma luz que ilumina a humanidade no seu caminho, que lhe dá esperança e vida. O Islão não é um conjunto de fanáticos terroristas financiados e treinados por obscuros interesses. A melhor cura frente à islamofobia é a apresentação do Islão tal e como é, com a sua sensibilidade e o seu esplendor, com a sua formosura e a sua verdade.

O Sagrado Alcorão ensina-nos que não é igual agir bem e agir mal: “Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Muhammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!” (Alcorão, 41:34). Que “...quem matar uma pessoa que não tenha morto ninguém nem corrompido na terra, é como se tivesse matado toda a Humanidade. E que quem salve uma vida, é como se tivesse salvado as vidas de toda a Humanidade". (Alcorão, 5:32).

Os muçulmanos são segundo o Alcorão, aqueles “que dão esmola tanto na prosperidade como na adversidade, reprimem a ira, perdoam as pessoas, e Deus ama quem faz o bem…” (Alcorão, 3:134).

Quando pela enésima vez tenhamos que ouvir que o Islão é uma religião problemática, devemos recordar o que nos diz o Islão:

Que não te entristeça o que te digam! O poder pertence, na sua totalidade a Deus. Ele é Quem tudo ouve, Quem tudo sabe”. (Alcorão, 10:65).

Quem não pretender continuar a receber estas reflexões, por favor dê essa indicação e retirarei o respectivo endereço desta lista.

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 22/05/2015

quinta-feira, maio 21, 2015

O MÊS DE SHA’BÁN ANUNCIA A CHEGADA DO MÊS DE RAMADAN

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK

Aisha (Radiyalahu an-ha) referiu que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) jejuava mais no mês de Sha’ban, em relação aos restantes meses (mas só jejuava o mês inteiro no Ramadan). Bhukari e Muslim. Usaamah Ibn Zayid (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse acerca do mês de Sha’ban: “Este é o mês entre Rajab e Ramadan, que as pessoas não prestam atenção e é um mês em que as boas acções ascendem ao Senhor dos Mundos; eu gosto porque as minhas acções ascendem quando estou jejuando”. (Al Nassa’i.).
 
Seguindo a orientação do Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam), devemos aproveitar o mês de Sha’bán para fazermos o maior número de jejuns facultativos que pudermos. Assim vamos treinando para o mês de Ramadan. O número de jejuns, dependerá do entusiasmo de cada um. Por outro lado, se tivermos alguns jejuns obrigatórios que por qualquer motivo válido não tivemos a oportunidade de cumprir durante o Ramadan passado, este será o derradeiro mês para o fazermos.
 
Não é aconselhável jejuar os dois últimos dias do mês de Sha’baan. Assim, faz-se a distinção entre os jejuns facultativos e os obrigatórios do mês de Ramadan, separando-se as a acções naafil (facultativas) das fard (obrigatórias). Para os que não estão habituados a fazer jejuns facultativos, recomenda-se que nos 15 dias anteriores ao início do Ramadan, se abstenham de jejuar, a fim de manterem a força suficiente para os jejuns obrigatórios que se aproximam.

A fé e a espiritualidade do Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) permitiam-lhe continuar com os jejuns durante as noites, sem interrupção e sem alimentos (Saum-al-wisal). Ele proibiu os seus companheiros de o fazerem, informando-lhes: “Quando eu estou neste estado (de jejum ininterrupto) como não sou como vocês, o meu Senhor me provisiona e me dá de beber durante a noite”.
 
Referiu ainda o Profeta (Salalahu Aleihi Wasssalm) que o melhor dos jejuns facultativos foi observado pelo Profeta Daúde (David) – Aleihi Salam, que jejuava em dias alternados e assim descansava um dia para ganhar forças para o dia seguinte. E o melhor dos jejuns facultativos (fora do mês de Ramadan), são os observados de forma que só o jejuador e o Criador o saibam.
 
Deus refere no Cur’ane: “Ó crentes! Foi-vos prescrito o jejum tal como foi prescrito aos que vieram antes de vós, para serdes piedosos. Jejuai um determinado número de dias. E quem de entre vós estiver doente ou em viagem, que jejue o mesmo número em outros dias”. Cap, 2 Vrs. 183. Num Hadice Kudssi, Deus refere: “Todos os actos do filho de Adamo (Aleihi Salam) são para ele, excepto o jejum que é exclusivamente para Mim e Eu é que o recompensarei”.
 
O Ramadan é o mês de sacrifício, de devoção e de generosidade. Os servos de Deus, deixam de comer, lembrando milhões de seres humanos que passam fome extrema, por não terem, pelo menos, uma refeição diária. É também um mês de misericórdia e do perdão. É uma oportunidade anual que o servo de Deus não deve deixar de aproveitar, porque não tem a certeza de que no próximo Ramadan, terá saúde suficiente ou se estará vivo. O muçulmano nesse mês, cumpre com um dos 5 pilares do Isslam. O crente, pecador por natureza, entrega-se mais no acolhimento e na adoração a Deus. Vai sentir fome (?), mas mesmo assim, amplia as suas actividades religiosas e torna-se mais generoso para com o seu semelhante.
 
Verificam-se alguns aspectos curiosos nesse mês: O crente torna-se ainda mais devoto. O grande pecador, reconcilia-se com Deus; o consumidor de bebidas alcoólicas vai passar o mês em abstinência e a partir daí, promete deixar definitivamente de beber. Outros prometem começar a cumprir com as 5 orações diárias obrigatórias. Outros fazem um balanço do ano e muitas vezes duma vida inteira passada ao lado das obrigações religiosas. Depois de cumprido o mês de Ramadan, uns conseguem levar avante as promessas. 
 
Outros, infelizmente, continuarão a singrar o mesmo caminho. Poderão ter mais uma oportunidade para o
ano, mas quem sabe?
 
Muitos doentes, movidos pela fé, sabendo que poderão correr riscos, mesmo assim fazem o jejum. É importante que cada um analise a sua situação clínica, aconselhando-se com os médicos. Para o nosso Criador, é melhor um corpo com saúde e uma mente sã, do que um corpo debilitado.
 
Ó Allah, só Tu é que dás a vida e a morte, rogamos para que alcancemos e completemos o mês de Ramadan com saúde e com a fé reforçada, para que possamos aliviar a carga dos nossos pecados. Ameen. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41. “Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. “E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
21/05/2015