sexta-feira, julho 06, 2012

Noticias que a Mídia não Publica -Os prisioneiros palestinos e a violação dos direitos humanos

Bismillah ARAHMANI RAHIM! - Sermão do Sheikh Mohamad Al Bukai

Em nome Deus, O Misericordioso. Louvado seja Allah, o Senhor dos mundos. Testemunho que não há divindade além de Allah e que Muhammad (SAAS) é seu servo e mensageiro.

Queridos irmãos, confesso ter ficado chocado quando li um relatório feito por uma instituição de Direitos Humanos sobre a situação à qual os prisioneiros palestinos são submetidos. No relatório eram descritas toda sorte de torturas e humilhações. Confesso que no começo senti como se estivesse lendo um conto da Idade Média tamanha atrocidade a que me deparei. Mas essa impressão logo mudou quando notei a data da publicação do relatório. O que vivem os presos palestinos está acontecendo nos dias de hoje.

O ser humano se orgulha da existência de organizações internacionais que se dizem defensoras dos direitos humanos. Nesse relatório feito por uma instituição chamada Consciência foram citadas muitas violações aos direitos humanos, a começar pela forma de captura dos prisioneiros, seguida de prisões arbitrárias e de investigações mal feitas e que condenam pessoas há anos de prisão sem direito a um julgamento justo. É sabido que crianças e mulheres não são poupadas dessa situação, seus pais, irmãos são retirados de casa a força deixando para trás uma família inteira que sofre pela ausência. Na convenção de Genebra foi estabelecido que um prisioneiro deve ser tratado dentro de normas que garantam o seu bem estar e que não violem os direitos humanos.

Não é permitido a um prisioneiro ser exposto a atos de violência, ou ameaça a sua integridade. Todos devem ter os seus direitos civis protegidos e garantidos igualmente. O mesmo vale para as mulheres prisioneiras que devem ser tratadas com toda a consideração levando em conta todas as suas necessidades. Isso é o que está no papel. Mas infelizmente não é o que acontece. O respeito é garantido na teoria, mas na prática, os presos palestinos são torturados e impedidos de exercer o seus direitos básicos. Queridos irmãos, o Islã tem como fundamento conceder aos prisioneiros o seu direito antes mesmo de qualquer organização. Há 14 séculos atrás, o Islã declarou a obrigação no tratamento adequado ao prisioneiro, para tanto é necessário dar a esse o respeito merecido.

Deus diz no Alcorão sagrado, na Surata 76 - Versículo 8. "Por amor a Allah alimentem os necessitados, os órfãos e o cativo, dizendo certamente, vós o alimentamos por amor a Allah, não vos exigimos recompensa e nem gratidão". Nesse versículo Deus ordena a não apenas respeitar o prisioneiro, mas sim tratá-lo da melhor forma. O Islã nos dá a possibilidade de perdoá-los mediante o resgate feito perante a sociedade. Não nos é permitido o uso da força, violência ou tortura. Deus diz no Alcorão Sagrado na Surata 47 - Versículo 4 "Tomai os sobreviventes como prisioneiros, libertai por generosidade ou mediante a resgate, quando a guerra houver terminado". Existe uma antiga história que diz que certa vez o profeta Mohamad (SAAS) viu alguns prisioneiros no deserto com o sol sobre os seus corpos e sedentos.

Ele então falou: “os responsáveis não podem expor sobre eles o calor do sol e o sofrimento da prisão. Para eles tem que ser permitido a sua cesta e água para que refresquem os seus corpos e matem a sua sede”. A atitude do profeta levou muitos prisioneiros a abraçarem o Islã, entre eles o chefe de uma tribo chamado Thmama, que ao ser preso foi amarrado dentro de uma mesquita. No 1º dia de prisão, o profeta perguntou o que ele tinha a dizer sobre o seus crimes, ele então respondeu: “eu mereço a morte por ter tirado a vida de muitos muçulmanos, mas se o senhor me perdoar lhe serei eternamente grato”. No dia seguinte o profeta fez a mesma pergunta ao prisioneiro, e assim se deu por mais um dia. No quarto dia o profeta deu ordens para que Thmama fosse libertado.

Não demorou muito tempo Thmama voltou ao profeta dizendo que havia testemunhado a divindade de Allah em suas atitudes e assim se reverteu ao Islã. Com tudo isso fica claro que o Islã presa pelos direitos de todos que um dia erraram e se deixaram seduzir pelas armadilhas da vida. Queridos irmãos, as ilustrações divinas confirmam o direito inalienável ao respeito e a unidade que não devem ser negados a ninguém. A luta pela justiça e pela dignidade faz parte da estrutura do Islã, por isso, devemos entregar a ele as nossas aflições, nele devemos confiar e meditar sobre as injustiças do mundo. Louvado seja Deus, o senhor do universo.

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174).

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

quinta-feira, julho 05, 2012

RAMADAN -PRIMEIRA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)- JUMA MUBARAK.

A nossa fé não é comparável à fé dos anjos (estacionária), à dos Profetas (estava sempre a aumentar) e à dos Sahabas (era muito forte). A nossa fé, parece mais um gráfico de cotação duma bolsa de valores (tem mais descidas do que subidas). Ao longo do ano, o crente tem uma vida agitada, procura insistentemente a sua provisão, distrai-se com a beleza deste mundo e não encontra tempo suficiente para se lembrar de Deus. “E quando os Meus servos perguntarem por Mim.., certamente que estou próximo (deles): Oiço o rogo suplicante quando chamam por Mim. Eles que Me obedeçam e tenham fé em Mim, para que possam ser levados pelo caminho recto”. Cur’ane 2:186. Allah, Subhana Wataala, com a sua infinita misericórdia, instituiu o Jejum no mês de Ramadan, um dos 5 pilares do Islão, para que nesse mês, o Seu servo possa inverter a situação, isto é, possa dedicar mais tempo na recordação Dele. “Ó vós que credes! É-vos prescrito o jejum, como foi prescrito aos vossos antepassados, para que possais temer a Deus”. Cur’ane 2:183.

Para os muçulmanos, o mês de Ramadan exerce uma atracção muito especial. Os que são regulares no cumprimento da religião, intensificam durante o mês sagrado, a recordação de Deus, observando as orações facultativas. Fomentam a solidariedade entre o crentes, distribuindo e incentivando a caridade obrigatória (Zakat) e a facultativa (Sadaka). “Se me forem gratos, dar-vos-ei mais”. Cur’ane 14:7. Os crentes, que ao longo do ano não foram regulares no cumprimento das suas obrigações religiosas, quando chega o mês de Ramadan, fazem o jejum e abstêm-se de práticas ilícitas. Procuram o perdão do Senhor e a partir daí, mudam o seu modo de vida, passando a ser mais devotos. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu que todos são pecadores, mas entre eles, o melhor é aquele que se arrepende do seu pecado e pede perdão. Após o término do Ramadan, depois de jejuarem o mês inteiro, infelizmente, outros voltarão a “percorrer o caminho das trevas”, esperando pelo próximo Ramadan, para novamente intencionarem alterar o rumo da vida. Mas não se lembram, de que podem ser apanhados por aquilo que é o mais certo na vida – a morte. Alguns, ainda “embriagados” pelos prazeres do mundo, deixam passar o mês de Ramadan, não tirando dele, qualquer proveito.

Hazrat Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: ”Aquele que não jejua no mês de ramadan, sem nenhuma razão válida (aceitável pela lei islâmica), nunca será capaz de recuperar aquele dia, mesmo que jejue o resto da vida”. Bukhari.

O Ramadan é o nono mês do calendário (lunar) Islâmico. É um mês de reflexão, de sacrifício, de auto-controle, de incremento na adoração a Deus e de redução das actividades mundanas.

Ao jejuarmos, lembramos os milhões de seres humanos que vivem abaixo do limiar da pobreza, sem as condições básicas de subsistência, impensável nesta época em que as altas tecnologias proliferam por todo o lado. É o mês em que nos preocupamos com os necessitados, providenciando-lhes alimentos e outros bens essenciais. Os anjos invocam as bênçãos sobre aqueles que dão de comer e de beber ao jejuador na altura do iftar. Quem der de beber ao jejuador, Deus lhe dará de beber da Sua fonte e nunca mais terá sede, até entrar no Paraíso. Deus multiplica em muito as acções praticadas neste mês. Uma acção meritória, procurando a satisfação de Deus, é recompensada como uma acção obrigatória. A acção obrigatória é recompensada por 70 vezes mais, em relação aos restantes meses.

Durante este mês, diariamente, Deus liberta do inferno, um grande número de almas. É o mês em que devemos incrementar as nossas preces. Foi o mês em que o Cur’ane foi revelado ao Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) através de Jibrail (Aleihi Salam) - Anjo Gabriel, que a Paz de Deus esteja com ele. “O Ramadan é o mês em que foi enviada a revelação do Cur’ane, como Guia para a humanidade, com provas claras de orientação e de critério (entre o bem e o mal…..)”. Cur’ane 2:185.

É a altura do ano em o Livro Sagrado é mais recitado pelo crentes espalhados pelo mundo. Os muçulmanos o recitam individualmente, ou o ouvem através dos Hafez Cur’ane (que têm o Cur’ane decorado), durante as orações em congregação de Tarawi (Orações nocturnas). Quatro acções são recomendadas para este mês:

1- Recitar o kalimah tayyibah (declaração da fé) “LA ILAHA ILLA LLAH MUHAMMAD RASSULULAH- "NÃO HÁ OUTRA DIVINDADE, SENÃO DEUS, A (ÚNICA) DIVINDADE, E QUE MUHAMMAD É O SEU (ÚLTIMO) MENSAGEIRO.;

2- pedir perdão pelas falhas e pelos pecados cometidos, ex: “ASSTAGHFIRULLAH” (Ó Allah, perdoai-me),

3 – pedir o paraíso e;

4- pedir a Deus que nos salve do fogo do inferno, ex: “ALLAHUMA AJIRNA MINA NNARI” (Ó Allah, salve-nos do fogo (do inferno). Outra prece que deverá ser recitada com muita frequência: “RABBANÁ ÁTINA FI DDUNIA HASSANATAM WUAFIL ÁHIRATI HASSANATAM WUAQUINA ÃZÁBAL NNARI”2:201 (Nosso Senhor, conceda-nos o bem neste mundo e na vida futura e salve-nos dos castigos do fogo do inferno).

O jejum não se limita à abstenção do comer, do beber e das “relações” com as nossas esposas, desde o nascer ao pôr do sol. Todos os órgãos do corpo também devem jejuar.
1 – a língua, evitando conversas inapropriadas, a mentira, a difamação;
2 – a vista, evitando olhar o que nos desvia da recordação de Deus; 
3 – a audição, ouvindo conversas maldosas e as intrigas;
4 – as mãos e os pés e os outros órgãos do corpo, que nos possam conduzir para o pecado. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Muitos dos que jejuam, não obtêm dos seus jejuns, excepto a fome. Muitos praticam as orações à noite e nada obtêm excepto o desconforto de permanecerem acordados”. O crente deverá fazer todos os possíveis para manter, ao longo da sua vida, os órgãos do seu corpo em “permanente jejum”.

Aproveitemos o mês de Ramadan para:
1)- incrementarmos as nossas acções meritórias perante Deus;
2)- começarmos a praticar acções próprias dos residentes do paraíso;
3)- deixarmos definitivamente os vícios que são um atentado à nossa própria saúde e causadores de distúrbios familiares. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wasalam) disse: “ A pessoa que jejuar durante o mês de Ramadan, com fé e esperança de alcançar o beneplácito de Deus, ser-lhe-ão perdoadas as faltas”. Bukhari e Muslim.

Quem recitar, o seguinte, 3 vezes depois das orações de Fajr e Assr, todos os seus pecados, mesmo do tamanho do mar, serão perdoados: “Asstahgfirullaha lazí lá illaha ilah wual há-iul kaiumo wua atubu ileihi”. “Peço perdão a Allah, nenhum ser é digno de adoração, excepto Ele; e Ele é Vivo, o Eterno; e eu volto-me para Ele. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41 "Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.
Um bom dia de Juma e votos de um mês de Ramadan repleto de benefícios espirituais.
Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá - 05/07/2012

quarta-feira, julho 04, 2012

A L M A D I N A -FALTAM APENAS DUAS SEMANAS!

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 02.07.2012 

Todo aquele que andou na escola, de alguma forma viveu momentos de inquietação quando dos exames finais. Há quem se sentisse atrapalhado, olhando para um lado e para outro, por vezes ficava estático, com o coração a palpitar intensamente, não se apercebendo que o tempo útil para a prova de exame se ia esgotando. Alguns terão sentido vontade de chorar de remorsos pela amarga expectativa de perder o ano em virtude de não se terem esforçado no sentido de obter o aproveitamento que lhes permitisse encarar o exame com alguma serenidade. 

Ocorrem-me alguns desses momentos por mim presenciados, quando na sala e em pleno exame, o supervisor anunciava que o tempo se estava a esgotar e que dentro de alguns instantes iria recolher as provas. Alguns dos colegas com fraco aproveitamento não conseguiam esconder a sua angústia por não terem capitalizado o tempo de que dispunham em função das perguntas que lhes eram apresentadas no texto de exame, não conseguindo portanto, responder muitas delas, o que certamente levava a que não transitassem para a fase seguinte dos seus estudos, aspiração de qualquer estudante. 

Nessas ocasiões a preocupação é deveras grande, mas o estudante tenta serenar, pois a esperança que é a última coisa que morre, ainda lhe transmite alguma coragem, mas em vão. Muitos, ainda pegam na caneta e tentam rabiscar alguma coisa, mas as dificuldades por eles sentidas nas respostas às perguntas colocadas impedem-nos de prosseguir. Nesses momentos convencem-se de quão desleixados foram, pois durante todo o ano não assumiram que tal momento crucial chegaria, não se preparando e exercitando convenientemente ao longo do ano na resolução de diferentes questões nas matérias leccionadas, que mais tarde seriam susceptíveis de constar das provas de exame. Pensavam eles que seria tudo muito fácil, pelo que não se deram ao incómodo de rever a matéria, memorizar, passar algumas noites em branco no esforço por assimilarem a matéria. 

A voz do supervisor dizia repetidamente: “Faltam 15 minutos”; “Faltam 10 minutos”; “Faltam apenas 5 minutos”; “Faltam apenas 2 minutos”; “Temos apenas 1 minuto”; “Tempo esgotado”!
Assim, o supervisor começava a recolher as provas de exame e quando isso acontecia, era difícil para o examinando acreditar que o tempo passara num ápice e que a sua memória o atraiçoara. Aí o estudante desventurado sentava-se e começava a pensar no que lhe acontecera, chorava e tentava levar a sua reflexão para além da sala de exame.

Transpunha esta ocorrência para um outro cenário, o do Exame Maior, o exame onde não haverá nem segunda chamada, nem segunda época, nem nenhuma outra opção. Ou se responde às perguntas e se passa para sempre, ou se reprova e fica-se irremediavelmente desgraçado para sempre. Este será o exame da vida perante Deus no Outro Mundo.

Enquanto no exame deste Mundo entramos para a sala sem sabermos quais serão as perguntas, o que pode criar alguma dificuldade, no exame do Outro Mundo já sabemos quais as perguntas que nos serão feitas, o que nos facilita a sua preparação e as respectivas respostas.

Segundo o Profeta Muhammad S.A.W., nesse dia do Grande Exame, nenhum de nós se moverá enquanto não responder a quatro perguntas:

- Onde passou a sua juventude (que boas acções praticou ao longo da sua juventude);

- Como ganhou e em que é que gastou as suas riquezas;

- Em que é que aplicou o conhecimento que foi adquirindo; e

- Onde passou a sua vida (que feitos relevantes praticou ao longo da vida).

É nesses momentos que a pessoa dá o real valor ao tempo, e compreende o que o Profeta disse: “Há duas graças que muita gente não dá o devido valor: a saúde e o tempo livre”. (Relato de Al-Bukhari) 

É nos momentos atrás descritos que o coração do examinando reage com fé, sente algum arrependimento, pois já se sente dentro de si alguma carga adicional de fé a partir da sala de exames da escola ou universidade onde estuda.

Desse exame final na escola da vida, começa-se a imaginar a agonia da morte, quando o termo da vida chegar e o tempo de se esforçar já tiver esgotado, assim como aconteceu na sala de exames. Imagina a agonia da morte, a família que nesses momentos derradeiros o rodeia, a alma prestes a abandonar o seu corpo. Nesse momento, ele sozinho enfrentará as perguntas de exame, precisando de passar nesse interrogatório.

Todos os que chegam a esse momento crucial de agonia, desejam que tal lhe seja adiado por mais algum tempo, para melhor se prepararem a fim de passarem no exame da Vida Eterna. Têm muitos desejos e esperanças, querem um palácio no Paraíso, mas lá não são os desejos que funcionam, mas sim as acções.
É o momento em que ele quererá arrepender-se dos pecados e pedir perdão à Deus, reconciliar-se com os seus adversários, pagar o que lhes deve, ligar às relações uterinas, tratar bem os pais, observar o Zakaat (taxa fixa obrigatória), o Swalaat (orações rituais diárias), o jejum do Ramadhaan, etc.
As boas acções devem ser praticadas antes do tempo de exame chegar, pois nesse momento já não nos será adiado. O tempo e o desejo de voltar não nos será concedido, pois quando a vida de alguém chega ao fim, não lhe é adiantado nem atrasado um momento que seja.

Deseja voltar novamente atrás? Não ouvia o dia a dizer-lhe todos os dias quando amanhecia e quando anoitecia: “Ó filho de Adão! Sou um novo dia para ti, aproveita-me, pois se eu me for embora, jamais me apanharás. Tu és apenas um conjunto de dias, sempre que passa um dia, passou uma parte da tua vida”.

Nesse momento, as lágrimas escorrem dos nossos olhos com remorsos, e começamos a imaginar o Dia do Grande Exame acerca do qual o Profeta Muhammad S.A.W. diz: “Não existe ninguém de entre vós com o quem Deus não falará directamente sem qualquer intermediário, nem tradutor. Deus lhe perguntará: ‘Não te enviei o Mensageiro”? A isto o Humano responderá: “Sim”! Depois Deus perguntará: “Não te dei riquezas”? O Homem responderá: “Sim”! (Relato de At-tabarani)
O que será de nós nesse exame? E qual será a nossa resposta? Será que vamos transitar ou reprovar?

Surgem muitas perguntas na nossa mente. Qual será o nosso resultado no dia de prestação de contas? Como será no meio de tanta gente desde o tempo de Adão até ao Fim do Mundo? Que vergonha sentiremos quando for anunciado o resultado das nossas acções perante tanta gente?

Esse será o verdadeiro Exame Final do qual devemos temer reprovar.
Devemos aprender da experiência do exame mundano.
Faltam apenas duas semanas para o sagrado mês de Ramadhaan. Ainda vamos a tempo de nos prepararmos para o nosso Exame Final. Levantemo-nos, preparemo-nos e esforcemo-nos para podermos transitar, tanto neste como no Outro Mundo, para que não nos arrependamos à última hora.

Nota: Esta mensagem foi escrita na Cidade do Porto Portugal. Embora escrita em português você pode encontrar algumas palavras ou concordâncias diferentes do nosso português.

Assalamu Aleikom

domingo, julho 01, 2012

A Proibição de Usufruir de Juros‏ Financeiros

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad
A proibição da prática de juros não se circunscreve apenas ao Islam, pois em todas as religiões celestiais encontramos essa proibição nos respectivos Livros Sagrados. Por exemplo, na Bíblia há versículos que proíbem terminantemente a prática de juros.

Consta no Deuteronómio, 23 : 20:
“Não exigirás ao teu irmão juros de dinheiro, juros de comida, ou juros de qualquer espécie”.

No Al-Qur’án encontramos quatro diferentes revelações proibindo a prática de juros, em linha portanto, com a proibição constante nas Escrituras anteriores.

O Al-Qur’án iguala os que praticam juros aos que se apropriam injustamente das riquezas dos outros, e ameaça-os com um castigo severo da parte de Deus. Num outro versículo, declara guerra da parte de Deus e do Seu Mensageiro contra os que insistem na prática de juros.

O Profeta Muhammad, S.A.W. também condenou de forma bem inequívoca, não só os que se beneficiam de juros, mas também os que registam a transação ou os que testemunha tal prática. Tal é a veemência da condenação da prática de juros, que comparou o que se beneficia de juros ao que comete incesto, 36 vezes com a própria mãe.

Há alguns anos a proibição que o Islam impôs era geralmente considerada uma proposição impossível, até mesmo dentro de alguns círculos muçulmanos.. Mas agora a situação mudou drasticamente. A hegemonia institucional de juros foi desafiada pelos teólogos e economistas muçulmanos, o que faz com que comecem já a surgir em vários quadrantes do Mundo, incluindo no Ocidente, bancos que funcionam baseados no sistema económico islâmico, e não no sistema capitalista de juros.

A eliminação de juros é apenas um aspecto do programa económico islâmico.

A proibição de juros implica que fixar de antemão um retorno positivo sobre o empréstimo como um prémio, não é permitido no Shariah. E aqui não há qualquer espaço, ínfimo que seja, para a agiotagem, a usura ou os juros, porque o Profeta Muhammad, S.A.W. proibiu terminantemente o recebimento até mesmo de uma prenda, serviço ou favor como condição para a concessão de um empréstimo.

O Islam não diferencia nisso, assim como não diferencia na fornicação e no adultério, pois declara tudo isso proibido.
 
O argumento segundo o qual o juro foi proibido porque no tempo do Profeta Muhammad S.A.W. só havia empréstimos para consumo pessoal, e os juros cobrados em tais empréstimos causavam grandes transtornos, é inválido, pois o juro que se praticava nesse tempo era maioritariamente comercial, nos empréstimos de produção e desenvolvimento. E é neste contexto que se pode compreender o argumento dos praticantes de juros de então quando disseram: “O comércio é como o juro”. (Al-Qur’án, Cap. 2)
 
O Al-Qur’án refuta isso, pois no comércio, o comerciante tem como perspectiva o lucro, encarando de igual forma a possibilidade de incorrer em prejuízo, contrariamente ao juro que é de uma percentagem fixa, independentemente do resultado final do negócio, que tanto pode ter resultado positivo ou negativo, dependendo de fatores fora do controle do comerciante, pois enquanto a obtenção do lucro não é certa, o pagamento do juro é certo. Portanto, não há dúvidas que pagar algo fixo em troca de algo que não é fixo inflige prejuízos. Por isso, o juro não se pode comparar ao comércio.
 
A religião islâmica aboliu a natureza de comércio baseado no juro, instituindo-o na base da partilha de lucros e prejuízos.
 
O principal motivo que concorre para que o Al-Qur’án condene a prática de juros deve-se ao fato de o Islam preconizar o estabelecimento de um sistema económico em que sejam eliminadas todas as formas de exploração, especialmente a injustiça perpetrada na forma em que é garantido ao financiador um retorno positivo sem que ele faça nada nem partilhe nenhum risco, enquanto que o trabalhador, apesar do seu esforço, tal retorno positivo não é garantido. O Islam defende o estabelecimento da justiça entre o financiador e o beneficiário.
 
A justiça sócio-económica é uma das mais indispensáveis características de uma sociedade islâmica, e isso tem que ser um modo de vida e não um fenómeno isolado, pois a injustiça numa área da vida pode afectar outras áreas.
 
O Al-Qur’án proíbe-nos o consumo das riquezas dos outros de forma indevida, e uma das principais fontes de ganhos injustos é o recebimento de quaisquer vantagens monetárias numa transacção comercial, sem que se dê em troca o justo contravalor. E os juros representam uma fonte clara de vantagem injusta.
As bases do Shariah são a prudência e o bem estar das pessoas aqui neste Mundo, assim como no Outro. 
 
Este bem estar depende da justiça completa, da misericórdia, do bem estar e da prudência. Qualquer coisa que se afaste da justiça e resvale para a opressão, que se desvie da misericórdia e deslize para a insensibilidade, que se distancie do bem estar e derrape para a miséria, é alheia ao Shariah, pois o principal objectivo deste é promover o bem estar das pessoas ao salvaguardar a sua fé, as suas vidas, o seu intelecto, a sua posteridade e a sua propriedade.
 
O dinheiro e o sistema bancário têm um papel importante a desempenhar em qualquer economia.
A atual crise monetária no Mundo deve-se às injustiças sócio-económicas, e só poderá ser resolvida erradicando o sistema de juros e o sistema capitalista selvagem em que os ricos vão enriquecendo mais, na razão inversa da situação miserável em que vive a maioria dos habitantes do Planeta.
 
Que Allah, Al Hádi, abençoe e beneficie a todos.

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

Você que mora no sul do Brasil visite o site: www.islamboy.com.br
duvidas/ informações: info@islamismo.org

O Julgamento - Khutb do Centro Islâmico de Brasilia - 29.06.2012

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Não reparas em que Allah conhece tudo quanto existe nos céus e na terra ? não há condidência entre três pessoas, sem que Ele seja a quarta delas ; nem entre cinco, sem que Ele seja a sexta ; nem que haja menos ou mais do que isso, sem que Ele esteja com elas, onde quer que se achem. Logo, no Dia da Ressurreicão, os inteirará de tudo quanto fizerem, porque Allah é Onisciente.

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos, Continuamos a falar sobre o acerto de conta no dia do juizo Final, o dia da ressureição. Este dia, os humanos coberto no seu suor, perante Allah (SWT), serão julgados pelas suas obras que fizeram durante a sua vida na Terra. Haverá fieis que receberam elogios dos humanos das suas obras , pois esses a fizeram para receber elogios dos homens, esses diminuíram a sua sinceridade junto a Allah(SWT). O Profeta de Allah(SAAW) disse que isso faz parte da recompensa que Allah dará aos seus verdadeiros fieis na vida antes da grande recompensa na vida eterna. A diferença que o verdadeiro fiel tem sempre recordado e lembrado do nome de Allah(SWT)Louvado Seja. Isso para que o SHITAN(satanás) não desvie o fiel e se enfraqueça e desvie da senda reta, e não seja levado para o caminho errado sem que ele perceba do erro. O SALAT(oração) é o contato diário entre o servo com seu Criador Allah(SWT) Louvado Seja. 
 
As orações diárias é a salvação de tudo, e esta em nossas mãos. O SALAT Jumaah é a proteção semanal; o JEJUM de Ramadan é a proteção anual; o HAJ feito uma vez na vida e a proteção de todos os tempos.
Meus irmãos sempre tratamos e falamos sobre o cumprimento dos mandamentos, seguir o Alcorão Sagrado e a Suna do Profeta Muhamad(SAAW). É o sucesso na Terra e a Salvação no dia do Juízo Final. Desta forma o servo de Allah tem seu livre arbítrio para decidir suas obras, praticar o bem ou o mal ir para paraíso ou paro o inferno. Disse Allah no Alcorão Sagrado na surat Al mominoon versiculos 115 e 116 :” Pensais, porventura, que vos criamos por diversão e que jamais retornareis a Nós? Exaltado seja Deus, Verdadeiro, Soberano! Não há mais divindade além d’Ele, Senhor do honorável Trono!seja Deus, Verdadeiro, Soberano!”. Os falsos, os hipocretas da nação do profeta Muhamad (SAAW) serão os primeiros a serem jugados no Dia do Juizo Final. Por isso devemos evitar este mau. O remédio para isso é ser humilde, e seguir o caminhos dos piedosos.
 
Escolhendo a companhia certa, Ver o que fazemos se for conforme Alcorão e Sunah, se não evitar imediatamente, e começar um verdadeiro arrependimento. seguir a senda reta. Alla(SWT) disse na Surat Alfurqan versiculos 67 a 70: “ São aqueles que, quando gastam, não se excedem nem mesquinham, colocando-se no meio-termo . (Igualmente o são) aqueles que não invocam, com Deus, outra divindade, nem matam nenhum ser que Deus proibiu matar, senão legitimamente, nem fornicam; (pois sabem que) quem assim proceder, receberão a sua punição: No Dia da Ressurreição ser-lhes-á duplicado o castigo; então, aviltados, se eternizarão (nesse estado). Salvo aqueles que se arrependerem, crerem e praticarem o bem; a estes, Deus computará as más ações como boas, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.”
SALAMO ALEIKOM