quinta-feira, março 10, 2011

Origem Pagã da Semana Santa [Parte 1]

Em nome de Deus Clemente e Misericordioso!

Queridos irmãos e caros leitores, nosso objetivo ao escrever esse artigo não é confundir e nem semear discórdia. O Islamismo sempre foi tolerante com todos os povos, inclusive no tempo das grandes conquistas. Por exemplo, permanecemos, mais de 800 anos na planície ibérica e jamais impusemos aos portugueses e espanhóis a língua árabe, tampouco a religião islâmica. Agora, também não podemos omitir a verdade e deixar de esclarecer um fato tão relevante para os cristãos católicos e inclusive para os nossos seguidores. Jesus (AS) diz no evangelho segundo João 8:32 " Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará", esse é o nosso propósito, a decisão pelo lícito ou o ilícito é particular, por isso Deus Louvado Seja nos criou com livre arbítrio! "Habana atna fidúnia hassanat a fiu arherat hassanat a kena a zarba nar"

Introdução

Jesus representa o elo comum entre as duas religiões com maior quantidade de adeptos no mundo, o Cristianismo e o Islamismo. O estudo da mensagem de Jesus e sua pessoa se baseiam neste vinculo. É nosso desejo que através deste estudo, tanto muçulmanos como cristãos entendam melhor o significado de Jesus e a importância de sua mensagem.

No entanto, para que possamos identificar com precisão a verdadeira mensagem de Jesus, temos que manter um ponto de vista objetivo ao decorrer da investigação. Não devemos deixar que as emoções ofusquem nossa visão e termine nos cegando da verdade. Devemos prestar atenção a todos os temas de maneira racional e separar a verdade da mentira – com ajuda do Todo Poderoso.

Quando vemos a quantidade de falsas religiões e crenças desviadas que existem no mundo e o empenho com que seus seguidores sustentam essas crenças, se torna evidente que essas pessoas não podem encontrar a verdade devido o seu compromisso cego com essas crenças. Seu obstinado apego normalmente não está baseado em um entendimento intelectual dos ensinamentos, mas sim em poderosas influências culturais e emocionais. Dado que foram criados em uma família ou sociedade em particular, agarrando-se assim firmemente as crenças dessa sociedade, crendo que esta contém a verdade.

A única maneira em que podemos encontrar a verdade sobre qualquer coisa é encará-la de maneira lógica e sistemática. Primeiro, devemos pesar as evidências e depois julgá-la mediante a inteligência que Deus nos deu. No mundo material, a inteligência é fundamentalmente o que distingue os humanos dos animais, os quais agem meramente por instinto. Depois de determinar qual é a verdade objetiva, devemos nos comprometer com ela emocionalmente. Sim, há lugar para o compromisso emocional, mas este deve vir depois de uma compreensão racional de todos os assuntos. O compromisso emocional é essencial, dado que é evidência de um verdadeiro entendimento. Quando alguém entende plena e corretamente a realidade do assunto, está preparado mentalmente e espiritualmente para sustentar com força essa realidade.

No Islam é proibido celebrar qualquer festividade ou acontecimento que tenha origens pagãs o que no tenham uma evidência nos textos das fontes do Islam: O Alcorão e a Sunnah.

Disse Allah [significado em português]: “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Allah. Ora, eles nem o mataram nem o crucificaram mais isto lhes foi simulado. E, por certo, discrepam a seu respeito estão em duvida acerca disso. Ele não tem ciencia alguma disso, senão conjeturas que seguem. E não o mataram seguramente”. [Surah An-Nissa’ 4: 157]. Ao comparar este versículo do Sagrado Alcorão com as diferentes celebrações realizadas durante a Semana Santa, em especial as da Igreja Católica, o muçulmano e o sincero buscador da verdade, não podem senão desconfiar e questionar a autenticidade destes atos. Um argumento comum apresentado por aqueles que apóiam estas tradições disfarçadas em formas de culto, é que estas não têm relação alguma com o paganismo e que elas estão sustentadas pela Bíblia e a tradição cristã. Também alegam que os muçulmanos e os críticos, ao não acreditarem na autenticidade absoluta da Bíblia, carecem de autoridade para defender os seus argumentos.

É neste sentido que achamos conveniente reproduzir a opinião dos seguidores do cristianismo e da Bíblia que se opõe e debatem por sua vez, com evidências históricas e escrituras consideradas válidas pela tradição judaico-cristã sobre celebração da Semana Santa.

Páscoa, Quaresma, Jejum e Abstinência

Na língua portuguesa, a palavra “Feira” anexa no dia da semana tem sua origem na Idade Média devido à liturgia católico-romana a qual se chamava “Feria”. O domingo é derivado do latim “dies Dominica”, dia do Senhor, considerado o último da semana para os cristãos. Ou seja, o sétimo, quando Deus descansou da criação do mundo. Era no dia da missa [domingo] que havia maior aglomeração de pessoas e, por isso, os agricultores se reuniam em torno da igreja para vender seus produtos - o primeiro dia de feira. O dia seguinte, consequentemente, era o segundo, a segunda-feira. E daí por diante até chegar o sábado, cuja origem é o termo hebraico “shabbatt”. Por iniciativa de Marinho de Dume, que denominava os dias da semana da Páscoa com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos. E “feira” ficou sendo o nome dos outros dias. Essa é a origem dos nomes dos dias da semana no Português.

Mas se olhamos antes dessa mudança na época do português arcaico, vemos que a palavra usada antes da troca era “Venúsia”. Portugal foi o único país do mundo que adotou os dias da semana derivados quase “ipsis literis” do Latim eclesiástico. Os nomes antigos dos dias da semana, dados por outros povos não foram seguidos na língua portuguesa, última das línguas romanas a se formar. Apenas algumas comunidades no século VI, do atual território português, e que falavam um português arcaico, usaram nomes de origem pagã e tais nomenclaturas não chegaram a constituir a língua portuguesa de fato.

A palavra “Venúsia” [Friday em inglês] deriva do nome “Freija” [saxão], a qual era conhecida como deusa do amor, da beleza e da fertilidade pelos antigos pagãos [Fausset, pág. 232, artigo “Fish”]. Seu símbolo de fertilidade era o peixe, considerado sagrado por essa deusa. O peixe era conhecido como o símbolo da fertilidade desde a antiguidade. Da mesma forma também entre os antigos babilônios, os persas, os fenícios, chineses e outros [Dicionário de símbolos]. A própria palavra “Peixe” deriva da palavra “Dag” [hebraico], que significa aumento da fecundação [Fausset, pág. 232]. A razão pela qual o peixe foi usado como símbolo da fertilidade é pelo simples fato de que o peixe tem um alto índice de reprodução. O bacalhau, por exemplo, põe em média nove mil ovos, e outras espécies inclusive colocam de dez mil e até um milhão de ovos por ano. Por esta razão, o peixe tem sido símbolo da fertilidade e foi associado pelos romanos com Freyja, a deusa da fertilidade, cujo dia comemorativo era na sexta-feira. Daí vem à palavra inglesa “Friday”, que significa “Venúsia” no português arcaico e “Sexta-feira” nos dias de hoje; assim começamos a ver o significado das sextas-feiras e dos Peixes.

A deusa da fertilidade era chamada de “Venus” pelos gregos. Sendo deste nome derivado às conhecidas palavras “venérea” de “doença venérea” [Fausset, pág. 232]. A sexta-feira [venúsia no português arcaico] era considerada como seu dia sagrado [Fausset, artigo “Peixe”], porque se acreditava que o planeta Vênus reinava sobre a primeira hora deste dia e por isto era chamado “Dies Veneris” [dia de Vênus]. E para um maior esclarecimento, o peixe era considerado a oferenda consagrada a ela [Fausset, pág. 205]. Vênus e Freyja eram originalmente a mesma deusa e ambas provinham da original deusa-mãe da Babilônia. O peixe era considerado consagrado a Astaroth, o nome sobre o qual os israelitas utilizavam para adorar a deusa pagã [Fausset, pág. 205]. No Egito antigo, Isis era frequentemente representada com um peixe na cabeça.

A Páscoa Pagã

A palavra “Páscoa” aparece na Bíblia. A origem da palavra é “Pascha” [Hebraico “Pessash”; Grego “Páscha”], a festa prescrita por Jeová [Levitico 23: 27-44] como Sábado de Expiação em memória a saída do povo de Israel do Egito. Nas regiões Nórdicas, assim como também na América Latina, o Domingo de Páscoa é celebrado com vários costumes que provém da Babilônia, tais como o de pintar ovos de diferentes cores, estes são escondidos para que as crianças os achem para comê-los. Mas de onde provém este costume? O ovo era um símbolo sagrado usado pelos babilônios! Eles acreditavam em uma velha fábula sobre um ovo enorme que acreditava-se ter caído do céu no Rio Eufrates. Deste maravilhoso ovo – de acordo com essa historia – foi concedida a deusa Astarte. Por isto, o símbolo do ovo chegou a ser associado a esta deusa [no idioma inglês se usa “Easter” para Páscoa] [Fausset, pág. 105]. Da Babilônia – a mãe das falsas religiões – a humanidade se encheu destas crenças e toda a terra recebeu a influência da idéia do ovo místico; por isto encontramos o ovo sendo um símbolo sagrado para muitas nações:

• Os antigos druidas carregavam um ovo como emblema sagrado de sua fé idólatra [Fausset, pág. 108].

• A procissão de Ceres, em Roma, era precedida por um ovo [Enciclopédia das Religiões, de J.G. Forlong, volume: 2 - pág: 13].

• Na religião de mistérios de Baco(Deus do Vinho/Romano, de onde surge as palavra bacanal=orgia) se consagrava um ovo como parte na cerimônia festiva. Na China, até hoje, continua-se usando ovos coloridos em seu festival sagrado.

• No Japão, um velho costume consiste em colorir os ovos sagrados de forma muito brilhante. No Norte da Europa, em tempos pagãos, os ovos eram usados como um símbolo da deusa Astarte [Easter - que significa Páscoa em inglês].

• Entre os egípcios, o ovo é associado ao sol – “o ovo dourado” – [idem, pág: 12]. Seus ovos coloridos eram usados como oferenda de sacrifício durante as festas de Astarte [Crenças Egípcias e pensamentos modernos, de James Bonwick, pág: 24].

• No Brasil encontramos também a colomba pascal, o coelho, a compra de roupas novas e o ovo, porém a partir do Séc. XVIII surgiu o ovo de chocolate na Páscoa, em substituição aos ovos duros e pintados que eram escondidos nas ruas e nos jardins para serem caçados.

Na Enciclopédia Britânica diz: “O ovo, como um símbolo de fertilidade e de renovação da vida, provém dos antigos egípcios e persas, que também tinham por costume colori-los e comer-los durante seu festival de primavera”. [pág: 859, artigo “Easter”].

Da mesma forma, neste caso, foi feita a analogia que da mesma forma que um pintinho sai do ovo, Cristo saiu da tumba! Desta maneira os líderes da igreja disseram a seu povo que o ovo era um símbolo da ressurreição de Cristo. O papa Paulo V decretou uma oração em conexão com o ovo: “Abençoado, oh Senhor, te pedimos, que esta tua criação de “Ovos” seja o sustento para teus servos, comemo-los em memória de nosso Senhor Jesus Cristo”. [As Duas Babilônias, pág: 110].

Fonte: Unicidade e Luz

Saad b. Abi Waccas - SAHABA 34

Em nome de Deus o Clemente e Misericordioso!

“E recomendamos ao homem a benevolência para com os seus pais. Sua mãe o carrega, entre dores e dores, e a sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque o retorno será a Mim. Porém, se te constrangerem a associar Mim o que tu ignoras, não lhes obedeças; comporta-te com eles com benevolência neste mundo, e segue a senda de quem se voltou contrito a Mim. Logo o retorno de todos vós será a Mim, e, então, inteirar-vos-ei de tudo quanto tiverdes feito” (31:14-15).

Há uma estória singular por detrás desses versículos do Alcorão Sagrado, uma estória da porfia de emoções conflitantes no coração de um jovem inexperiente. A bondade triunfou sobre a maldade, e a fé sobre a incredulidade. O herói da estória foi um jovem de Makka, do mais elevado status social, filho de pais que eram considerados nobres entre o seu povo.

Esse jovem foi Saad b. Abi Waccas (que Deus esteja aprazido com ele, e que lhe conceda felicidade). Quando a luz da alvorada do Islam se despejou sobre Makka, o Saad era um jovem dócil, de refinada sensibilidade. Era bom para seus pais, e muito apegado à sua mãe, em particular. Não obstante o fato de que ainda não tinha completado dezessete anos, portava consigo o senso de maturidade, e a sabedoria dos “barbas brancas”.

Jamais se sentiu a contento com o tipo de entretenimento aos quais os seus colegas eram atraídos; por exemplo: ele usava sua energia para afiar flechas, ajustar arcos, e praticar a arte de arqueiro, como se estivesse preparando-se para um assunto sério.

Nem tampouco sentia-se a gosto com a falta de religiosidade dos indivíduos e com a desordem social. Vivia com se estivesse a esperar por u’a mão forte e firme, mas gentil, para os tirar das trevas em que se agitavam. Foi da vontade de Deus que tal espera não fosse em vão, pois Ele abençoou toda a humanidade ao enviar-lhes uma pessoa que iria reconstruir adoravelmente a sociedade. Esse homem outro não foi senão o melhor de toda a humanidade – Mohammad b. Abdullah (S), que portava consigo a divina luz que jamais iria extinguir-se: O Alcorão, o Livro de Deus.

O Saad b. Abi Waccas rapidamente respondeu ao chamamento à diretriz e à verdade, pois foi o terceiro ou o quarto homem a aceitar o Islam. Muitas vezes ele iria dizer com orgulho:

Eu fui, por toda uma semana, um quarto do Islam!”

O Mensageiro de Deus (S) ficou grandemente deleitado com a aceitação do Islam por parte do Saad, pois o jovem demonstrava sinais promissores de inteligência e virilidade, coisas que lhe indicavam o potencial quando chegasse à maturidade. A nobre ancestralidade e o elevado status social do Saad eram fatores que iriam encorajar os jovens de Makka a lhe seguirem o exemplo, e a tomarem o caminho que ele escolhera. Em adição, ele estava relacionado ao Profeta (S) pelo seu lado materno, pois procedia dos Banu Zuhra, o povo da Amina b. Wahb, mãe do Mensageiro de Deus (S). O Profeta (S) tinha muito orgulho do seu jovem parente; aconteceu que numa ocasião ele estava sentado com alguns dos seus amigos quando viu que o Saad estava vindo em direção a eles, e disse:

"Esse é o meu primo materno. Será que algum de vós tem um primo igual a ele?”

Porém, a conversão do Saad b. Abi Waccas ao Islam não se deu “em brancas nuvens” O jovem passou por uma experiência estafante, tão extenuante, que Deus, na Sua glória e no Seu poderio, revelou versículos do Alcorão em relação a ela. Iremos aqui permitir que o Saad nos conte a estória do seu singular teste de fé, com suas próprias palavras.

A estória de Saad b. Abi Waccas

Três noites antes de aceitar o Islam tive um sonho no qual eu estava afundando em camadas de escuridão. Enquanto eu estava me debatando entre as ondas, vi a luz da lua, a qual segui. Então vi algumas pessoas na minha frente que alcançaram a lua antes de mim; eram elas o Zaid b. al Háriça, o Áli b. Abi Tálib e o Abu Bakr al Siddik. Perguntei-lhes:

“A quanto tempo estais aqui?”

“Chegamos agora”, responderam.

Quando veio a manhã e eu acordei, ouvi dizer que o Mensageiro de deus (S) estava secretamente convocando as pessoas ao Islam, e me conscientizei de que Deus queria que algo de bom acontecesse a mim, e Ele queria que eu saísse das trevas e fosse para a luz. Assim, saí à procura do Profeta (S), e encontrei-o na garganta da montanha do Jiyad. Ele acabara de fazer a oração do meio-dia, e eu fui até ele e declarei a minha aceitação do Islam. Ninguém me havia precedido na aceitação do Islam, a não ser aqueles a quem vira em sonho.

Quando minha mãe ouviu dizer que eu me havia tornado muçulmano, sentiu-se ultrajada, embora eu sempre tivesse sido um filho adorável e caritativo. Ela veio até mim, e disse: “Que religião é essa que abraçaste e que te faz afastar do culto dos teus pais? Juro por Deus que ou tu deixas essa nova religião, ou eu não comerei nem beberei até que eu morra. Teu coração irá partir-se com ressentimento e remorso quanto ao que fizeste, e as pessoas irão culpar-te por isso para sempre.”

“Não faças isso, ó mãe”, eu disse, “pois nada irá fazer com que eu abandone a minha fé.”

Porém, ela teimou, e começou a pôr em prática a sua ameaça, recusando-se a comer e a beber por vários dias. Logo ela tornou-se fraca e começou a emagrecer. Eu ia vê-la a cada hora, implorando-lhe que comesse e bebesse apenas um pouquinho, e ela repetia seu juramento de não comer nem beber até que morresse, se eu não deixasse a minha religião. Então eu lhe disse:

“Ó mãe, apesar do meu grande amor por ti, eu tenho mais amor por Deus e por Seu Mensageiro. Juro por Deus que se tivesses mil vidas e as fosses perder, uma após outra, nada disso me faria perder minha fé.”

Ao ouvir o quão sério eu estava falando, ela foi forçada a aceitar a realidade e, relutantemente, começou a comer e a beber. Deus, em Seu poderio e majestade, revelou o seguinte:

“Se te compelirem a associar junto a Mim aquilo de que não tens conhecimento, não os obedeças, mas trata-os com benevolência nesta vida.”

Fim da narrativa de Saad

O dia em que o Saad b. Waqqas escolheu para tornar-se muçulmano foi aquele em que aquilo provou trazer uma grande boa sorte para o Islam e para os muçulmanos.

No dia da batalha de Badr, o Saad e seu irmão Umair foram envolvidos num incidente bastante conhecido. Ao tempo o Umair era um jovem que mal tinha chegado à puberdade. Quando o Profeta (S) se pôs a examinar as fileiras do exército muçulmano, antes da batalha, o Umair se escondeu atrás dos outros para que o Profeta (S) não notasse o quão jovem ele era e se recusasse a permitir que ele fosse para a batalha. Mas o Profeta (S) o viu, e se recusou a levá-lo. Umair começou a chorar, até que o Profeta (S) sentiu pena dele e permitiu que fosse.

O Saad foi para perto do Umair, e apertou fortemente o cinto da espada do rapaz, pois este era muito jovem para saber fazer aquilo por si só. Os dois irmãos se puseram a caminho rumo ao jihad pela causa de Deus.

Terminada a batalha, o Saad voltou para Madina só, deixando o irmão Umair martirizado no campo de batalha, e orando a Deus que o recompensasse pela perda.

Na batalha de Uhud, os muçulmanos foram severamente sacudidos e começaram a rarear e se afastar do Profeta (S), até que havia menos de dez homens a rodeá-lo. O Saad b. Abi Waccas permanecia firmente defendendo-o com o seu arco e flecha. Cada flecha que atirava contra os pagãos deixava a sua marca mortal. Quando o Profeta (SAAS) viu quão bem o Saad atirava, encorajou-o, dizendo:

“Atira, ó Saad, atira! Não te trocaria pelo meu pai ou minha mãe!”

Pelo resto da sua vida, o Saad se lembrou, e falava daquilo com orgulho, dizendo:

“Sou o único a quem o Profeta (S) disse que trocaria pelos seus pais!”

O Saad não iria alcançar o pináculo do seu heroísmo senão quando Al Faruk Ômar resolveu desfechar uma guerra contra os persas, coisa que iria abolir o paganismo da face da terra, por meio de destronar o déspota que goverava suas terras, dando um fim ao império. O Ômar enviou cartas para todos os seus governadores, em todas as terras muçulmanas, pedindo-lhes que enviassem a ele, Ômar, qualquer um que tivesse uma arma, um cavalo de guerra, que pudesse prestar assistência, dar conselhos, ou mesmo que fosse destro em poesia ou discursos, para encorajar as pessoas a irem em Jihad.

Delegações de mujahidun (combatentes) começaram a fluir a Madina, vindos de todas as direções. Quando todos se reuniram, Al Faruk se pôs a consultar com os líderes religiosos sobre quem apontar para liderar o exército muçulmano, e todos eles concordaram quanto a uma pessoa: o Saad b. Abi Waccas, “o leão atacante”, como o Ômar o chamava, e lhe deu o estandarte, que era o símbolo da sua liderança quanto ao exército.

Quando o exército estava pronto para partir, saindo de Madina, o Ômar b. al Khattab estava perto deles para lhes dizer adeus, e proferiu para o Saad estas palavras finas de conselho:

“Ó Sad, não te desvies do caminho de Deus ao ouvires as frases ‘o parente do Profeta, e o primo do Profeta’, porque Deus não permite que se cometam malefícios para expiarem malefícios, mas somente boas ações.

“Ó Sad, a única relação que leva a pessoa para perto de Deus é a obediência. O de baixa condição e o de elevada condição não são diferentes aos olhos de Deus, pois que Ele é o Senhor deles e eles são servos Seus. A única coisa que os diferencia é a sua religiosidade, e apenas poderão alcançar o que Deus lhes prometeu por meio da obediência. Leva em consideração como o Mensageiro de Deus constumava se conduzir, pois esse é o único meio de se agir.”

O exército marchou em frente. Na fileiras estavam noventa e nove veteranos de Badr, mais de trezentos e vinte homens que eram muçulmanos desde antes do Juramento de Fealty, em Al Hudaybiya, e trezentos que haviam acompanhado o Profeta (S) quando da retomada de Makka. Havia ainda setecentos jovens que eram filhos dos Comapanheiros.

O Saad dirigiu o exército, até que acamparam em Al Cadisiya. Após três dias de sangrenta e indecisa luta, no último dia da batalha, os muçulmanos resolveram pôr um fim a ela. Eles renderam as forças inimigas e irromperam por entre suas fileiras, gritando:

La ilaha illa Allah! Allahu Akbar!2”


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2. trad. – “Não há outra divindade além de Deus! Deus é Maior!

A cabeça decepada de Rustum, o líder do exército persa, foi erguida pelas lanças dos muçulmanos, e o terror e o desespero crassaram por entre as fileiras dos inimigos de Deus. Foi dito que os muçulmanos tinham apenas que fazer um sinal para os soldados persas, para que viessem ser mortos, oferecendo mesmo suas próprias armas. As riquesas que se tornaram propriedades dos muçulmanos eram sem conta, e os mortos do exército inimigo montavam a três mil homens, daqueles que caíram no rio ou nele pularam, não se contando os que foram virtualmente mortos em batalha.

O Saad viveu uma longa vida, e Deus o abençoou com uma grande riqueza. Quando sentiu que a morte estava próxima, mandou que lhe levassem uma sua velha manta de lã, e disse:

“Enrolai o meu corpo nela e enterrai-me com ela, pois encontrei-me com os pagãos, usando-a, na batalha de Badr, e desejo ir em frente e ser visto com ela por Deus, no Dia do Julgamento.”

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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)


يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Por: Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

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