sexta-feira, setembro 21, 2012

EM DEFESA DO PROFETA MUHAMAD(SAAW)‏

Em nome de Allah (SWT), o Clemente, o Misericordioso. Louvado seja Allah (SWT), criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e dê paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Nosso assunto de hoje , como defender o proferta Muhamad(SAAW) , contra a difamação e a injuria denegrindo a sua imagen. Anas, que Allah esteja satisfeito com ele, relatou que o Profeta Muhammad (SAAW) disse: "Nenhum de vós será um verdadeiro fiel até que ame a mim mais do que seu pai, seus filhos e toda a humanidade" (Narrado por Bukhari)

Nossa atitude em relação a difamação do Profeta (SAAW),Nós e todos os muçulmanos que sentem orgulho de sua religião estamos tristes pelo que estes tolos e criminosos têm feito ao difamar nosso Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), que é o melhor homem que já andou na terra, e ele é o líder das gerações anteriores e posteriores, que as bênçãos e a paz do Senhor dos Mundos estejam com ele.

Essa insolência não é estranha vindo da parte deles, ao contrário, é de se esperar isso deles. Além disso, este crime - embora ele quebra nossos corações e enche com raiva, e estamos preparados para sacrificar nossas vidas em defesa do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele), no entanto, é algo que nos traz boas novas do destino deles, e nos diz que o fim da sua supremacia está bem próximo. Allah diz (interpretação do significado) em Surat ALHIJER vers 95 :“Porque somos-te Suficiente contra os escarnecedores” Allah será suficiente (como protetor) ao Seu Profeta (SAAW) contra os criminosos que zombam dele. Ele diz no Alcorão Sagrado na Surat AL KAWTHAR vers 3 "Em verdade, quem te insultar (Ó Muhammad) não terá posteridade." Ou seja, ele (quem difama o Profeta Muhammad) será desprezado e humilhado e privado de tudo o que é bom.

Há muitos casos históricos em que os que zombaram do profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) foram destruídas e exterminados. Além disso, por que eles se ressentem do líder da humanidade, Muhammad (SAAW)? Eles se ressentem porque ele chamou as pessoas a acreditar na Unicidade de Deus (Tawhid), e eles não acreditam que Deus é único.

Eles se ressentem porque ele venera seu Senhor (Abençoado e Exaltado seja), e declarou que Ele (Allah) é muito acima do que os mentirosos dizem, como atribuír-Lhe uma esposa e filho.

Eles se ressentem porque ele chamou as pessoas para o mais elevado grau de moralidade e se afastar do mais baixo. Ele os chamou para a virtude e para bloquear todos os meios que levam à imoralidade, mas eles querem desordem moral e a liberdade sexual ilimitada.

Eles querem entrar no pântano dos caprichos e desejos malignos, e eles conseguiram o que querem!

Eles se ressentem porque ele é o mensageiro de Allah! Allah (exaltado seja), é quem o escolheu acima de toda a humanidade para transmitir Sua mensagem e receber a Sua revelação.

Caros irmãos, o que os muçulmanos devem fazer? Qual seria a reação correta diante destas agressões e violências? Seria correto responder com a mesma moeda? Com a mesma agressão? Com a mesma violência? O que a crença islâmica ensina para este tipo de situação?

O Islã, além da moderação e equilíbrio, ensina a misericórdia. Deus Disse ao Profeta Muhammad: “Nós não te enviamos a não ser como misericórdia para o mundo inteiro”. A fé islâmica ensina e exige justiça na relação entre indivíduos e comunidades. Na Surata ALNISSA , versículo 58, disse Allah(SWT): “Por certo, Deus vos ordena que restituais os depósitos a seus donos. E, quando julgardes entre as pessoas, que julgueis com justiça. Por certo, quão excelente é isso, a que Deus vos exorta! Por certo, Deus é Oniouvinte, Onividente”.

Também, o Islã é a crença do perdão, pois na Surata ALNUR, versículo 22:
“E que os dotados, dentre vós, do favor e da prosperidade, não prestem juramento de nada conceder aos parentes e aos necessitados e aos emigrantes no caminho de Deus. E que eles os indultem e os tolerem. Não gostariam que Deus vos perdoasse? E Deus é Perdoador, Misericordioso”.

Sendo assim, a resposta dos muçulmanos contra o agressor, obrigatoriamente, deve ter como base duas considerações de suma importância:

A primeira é a necessidade de informar corretamente os não muçulmanos e convencê-los da verdade sobre a sua crença. De informá-los sobre o que é o Islã e qual é a sua relação e interação com todas as demais religiões, em especial o Cristianismo e o Judaísmo, os quais formam uma base sólida da fé islâmica. Grandes capítulos no Alcorão foram dedicados à Virgem Maria, José, Abrahão, Noé e outros, além de centenas de versículos, tratando de Moisés, do povo israelita e de Jesus.

A segunda consideração, como base para os muçulmanos responderem ao agressor, é o trabalho preventivo. Os agressores estão aproveitando da frágil situação dos povos muçulmanos, da sua desunião e fragmentação, dos atritos e conflitos entre as divisões, as quais foram criadas pelos diferentes impérios que dominavam e, continuam dominando, o mundo árabe até hoje. Esses povos devem aproveitar do momento dos atuais levantes populares no mundo árabe, e começar a organizar as suas sociedades, desenvolver os seus países, educar os seus filhos e jovens, formar cidadãos e cidadãs, capazes de contribuir na construção de um mundo melhor, mais justo e mais ético. Aí sim, sociedades fortes e justas serão, preventivamente, protegidas de agressores e de manipuladores da opinião pública.

Acredito, como muçulmano, que exatamente esse seria o perfil de uma sociedade que a fé islâmica espera dos seus crentes: uma sociedade forte, desenvolvida, justa, capaz de contribuir para tirar a humanidade desse mar perturbado com as suas injustiças e imoralidades e, levá-la a uma terra mais segura, mais solidária, mais justa e mais fraterna.

Responder com violência, com ignorância, aumentando mais o caos, é exatamente isso que o agressor espera dos muçulmanos. Agredir para que os muçulmanos caiam na armadilha, respondendo com a mesma violência. É isso que os muçulmanos não devem cometer. 

finalizamos com os versiculos do sagrado Coran em Sura Al Al AHZAAB vers 6:”O Profeta tem mais domínio sobre os fiéis do que eles mesmos (sobre si), e as esposas dele devem ser (para eles) como suas mães. E, segundo o que foi estipulado no livro de Deus, os consangüíneos têm mais direito entre si do que os fiéis e os migrantes. Contudo, fazei o que é justo aos vossos amigos; isso está escrito no Livro.” Também na Sura AL BACARA vers 285: “O Mensageiro crê no que foi revelado por seu Senhor e todos os fiéis crêem em Deus, em Seus anjos, em Seus Livros eem Seus mensageiros. Nós não fazemos distinção entre os 

Seus mensageiros. Disseram: Escutamos e obedecemos. Sóanelamos a Tua indulgência, ó Senhor nosso! A Ti será o retorno!”e na Surat AL SAFF vers 8 disse Allah(SWT): “......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

SALAMO ALEIKOM.

Khutub proferida por sua Eminência Sheikh Mohammad Rasmy Zidan - Centro Islâmico de Brasilia DF-21/09/2012

quinta-feira, setembro 20, 2012

O HAJ (PEREGRINAÇÂO A MAKA)

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso)- JUMA MUBARAK

“E COMPLETAI O HAJ E O UMRA EXCLUSIVAMENTE PARA DEUS” Cap. 2 Vers.196

O Haj (Peregrinação a Maka) é um dos cinco pilares da Islão, uma forma de adoração espiritual e material. A tradição relata que o Profeta Ibrahim - Abraão (Que a Paz de Deus esteja com ele) quando terminou a construção da Caaba (Casa Sagrada), Allah Subhana Wataala lhe ordenou que proclamasse a peregrinação às pessoas, que viriam de todo o lado longínquo, a pé e montado em todas as espécies de camelos. O Profeta Abraão perguntou: “Ó meu Senhor, como é que a minha voz chegará a eles?” Deus lhe respondeu: “O teu dever é proclamar e o Meu é fazer chegar a tua voz a eles.....” E os crentes que se dirigem à peregrinação, respondem com Labbaik, Allahumma Labbaik – Eis me aqui meu Senhor!.

Apesar de ser associado ao tempo de Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), a Peregrinação a Maka é tão antiga, que remonta ao tempo da edificação da Caaba. Conforme é referido no Cur’ane, foi a primeira Casa edificada para adoração a Deus. “Na verdade a primeira Casa (para adoração a Deus) erigida para o género humano, foi a de Bacca (Maka)”. Cur’ane 3:96. Este versículo autentica o hadice que refere que a Caaba foi edificada por Adam (Aleihi Salam), o primeiro homem à face da terra. Mais tarde, reconstruído pelo Profeta Ibrahim (Aleihi Salam) e pelo seu filho Ismael (Aleihi Salam). No tempo da jahiliyyah – antes do advento do Islão, os árabes pagãos também se dirigiam à Caaba em peregrinação. O Haj foi instituído na época de Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) como quinto pilar do Isslam.

É uma concentração de muçulmanos de todos as raças, vindos de todos os continentes, de todas as classes sociais, de todas as cores, unidos numa única causa comum, que é o da adoração do Deus Único. É uma confirmação de que o Isslam é uma religião universal. Não existe o rico nem o pobre, nem o empregador nem o empregado, nem o governante nem o cidadão comum, pois são todos iguais perante Deus. Os Hajis, durante a peregrinação, vestem-se todos de igual, utilizando o Ehram (pano branco sem costuras), recordando os tempos em que nasceram, quando lhes embrulharam num pedaço de pano e sabem que após as suas mortes, irão também ser cobertos por um pano branco (cafan-mortalha), deixando para trás todos os haveres, adornos e restantes vestuários. Em Miná, Muzdalifa e Arafah, estarão juntos, milhões de irmãos e de irmãs, da mesma fé, lembrando o dia do julgamento final, em que Deus reunirá toda a humanidade, para a prestação de contas.

Quem já cumpriu com a obrigação da peregrinação, acaba por se “apaixonar” pelo lugar e pensa voltar mais uma ou mais vezes, pois é um local que nos traz a paz e a tranquilidade e nos libertamos de todas as preocupações mundanas. Em Maka, fortalecemos a fé. Em Madina, encontramos a paz e a tranquilidade, em especial dentro da Mesquita onde se encontra sepultado o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). É estar no mundo, mas fora dele. Em todos os locais onde vamos cumprir com os rituais do Haj, tornamo-nos mais humildes, pois estamos mais perto do Criador, onde as nossas preces são aceites. Segundo o relato de An-Nassai, Ibn Maja e outros, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: O Hají é um hóspede de Deus, se pedir algo, as suas preces são aceites. Se pedir perdão, é perdoado.”

Tentemos imaginar como era a viagem dos nossos antepassados. Era difícil a viagem, por exemplo de África ou da Ásia para a Arábia Saudita. De barco, depois a pé ou montados em animais, percorrendo milhares de kms até chegarem aos seus destinos. A jornada demorava meses e muitas vezes, anos. Pelo caminho, iam ficando aqueles que Deus os levava (De Deus viemos e para Ele regressamos). Os que chegavam ao seu destino, reuniam-se e começavam com os rituais de Haj, com todas as dificuldades inerentes à época. Depois de cumprido o dever, era o regresso à casa, percorrendo novamente milhares de Kms. Eram os verdadeiros Hajis, pois nem as dificuldades os demoveram de cumprir com a obrigação.

Nos nossos tempos actuais, entre 5 a 10 horas de viagem, deliciando-se com o conforto dos aviões e do catering, o Haji viaja como se dirigisse para férias!. Chega e encontra a melhor hospedagem, de acordo com as suas posses financeiras. Durante o ritual do Haj, tem todas as mordomias, pois nada lhe falta. Aproveita para fazer compras. Alguns em vez de fazerem o máximo de Tawafs (circundar a Casa de Deus), fazem “Tawafs” às lojas....

O peregrino pode optar por uma das 3 formas de Haj;
1)- HAJ-IFRÁD, usando o Ehram só para fazer o Haj (não faz Umra);
2)- HAJ-QUIRÁN, usando o mesmo Ehram para fazer o Umra e o Haj; e 
3)- HAJ-AT-TAMATU, usando um Ehram para fazer Umra e depois outro Ehram para fazer o Haj (O tecido pode ser o mesmo depois de lavado). 

O crente que faz o Haj-Ifrad é o Mufrid, o que faz o Haj-Quirán, chama-se Cárin e o que faz o Haj-At-Tamatu é o Mutamatti. O tipo de Haj mais utilizado (mais prático) é o At-Tamatu, porque permite fazer o Umra e o Haj, sem estar em permanente estado de Ehram. No Haj Quirán, o crente fica em estado permanente de Ehram, desde o início do Umra, até terminar o Haj, situação que pode durar semanas seguidas.

O cumprimento do Haj é obrigatório apenas uma vez na vida para o muçulmano adulto, física e financeiramente apto. É facultativo fazê-lo mais do que uma vez. “…A peregrinação à Casa, é um dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos…”. Cur’ane 3:97

Para a peregrinação, não é permitido pedir dinheiro emprestado ou utilizar dinheiros provenientes de actividades ilícitas. Uma verba suficiente, deve ser deixada aos dependentes, para suprir as necessidades da família. O Haj é uma obrigatoriedade referida no sagrado Alcorão e nas palavras do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Quem não crê neste 5º. pilar, torna-se um descrente e quem protelar por muito tempo, tendo condições para tal, acaba por ser um pecador, segundo a opinião de muitos alimos. Num hadice, relatado por Ahmad e Al-Baihaqui, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Apressai-vos no cumprimento do Haj, pois nenhum de vós sabe o que lhe pode acontecer”, isto é, doenças, problemas financeiros, etc.. No caso de não se ter cumprido com o Haj enquanto havia saúde ou enquanto vivo, é possível os familiares atenuarem o incumprimento e efectuarem o Haj em nome deles (Haj Badal). Uma senhora disse e perguntou ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam): “Deus prescreveu a obrigatoriedade do Haj, mas o meu pai está velho e fraco. Posso efectuar o Haj em seu nome?” O Profeta respondeu: “Sim, você pode”. Bukhari –Livro da Peregrinação 589. E Deus é Perdoador e Misericordioso para com a Sua criatura. Outra passagem refere que uma mulher perguntou ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam): “A minha mãe fez um juramento de fazer o Haj, mas morreu sem o fazer. Posso fazê-lo por ela?” O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) respondeu: “Faça-o por ela. Se pesasse alguma dívida sobre a sua mãe, você teria ou não pago? Da mesma forma pague a dívida dela para com Deus, pois Deus é mais merecedor para que a dívida com Ele seja paga”. Bukhari.

Abu Huraira (Radyialahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “No cumprimento de um Umra para o outro, verifica-se a expiação dos pecados cometidos entre um e outro. E o Haj Al-Mabrur não tem outra recompensa senão o Jannat (Paraíso).” Relato de Al Bukhari e Musslim. (O Haj Mabrur é o Haj inteiramente cumprido, sem qualquer transgressão às regras instituídas e sem qualquer pecado).

Fazem parte dos rituais da peregrinação, a recordação de algumas atribulações sofridas pelo Profeta Ibrahim (Aleihi Salam) e sua esposa Hajra, nomeadamente: Tawaf (circundar a Casa de Deus); Percorrer os montes Safa e Marwa (lembrando as dificuldades de Hajra e o seu filho Ismael e o milagre da água de Zam Zam); E a rejeição da tentação do diabo, quando ele levou o seu filho Issmail - Ismael (Aleihi Salam) para o sacrificar (Curbani), cumprindo com as ordens de Deus, apareceu o cheitane (diabo), assumindo a forma de um enorme obstáculo, impedindo-o de cumprir com as ordens divinas. “E saibam que as vossas riquezas e os vossos filhos são um teste”. Cur’ane 64:115. Então o Profeta Abraão (Que a Paz de Deus esteja com ele), atirou 7 pedrinhas e o diabo afundou-se na terra. Os hajis também vão atirar as pedrinhas, não só simbolizando aquele acto, mas também para fazerem uma firme intenção, de se afastarem das tentações do diabo.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41

Façam o favor de ter um bom dia de Juma

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

20/09/2012

O que é uma Mesquita?

Em nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso!
A Mesquita

A Mesquita é um lugar sagrado para os muçulmanos, é onde os muçulmanos se congregam para realizar as suas orações diárias. A palavra " Mesquita " é uma tradução do árabe; Masjid, que quer dizer um lugar de prostração.

Qual a Importância da Mesquita ?

As Mesquitas foram as primeiras instituições de ensino para os muçulmanos; a Mesquita é o lugar onde se aprende sabedoria e virtudes.O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), costumava, ao término da oração da Alvorada, em sua Mesquita, ser procurado pelos freqüentadores para aprender os assuntos de sua religião.

Desde o alvorecer do Islam, a Mesquita é uma escola, sendo assim ela representa desta forma, o primeiro instituto de ensino no Islam, nas Mesquitas os muçulmanos, desde os tempos mais remotos, aprendemos princípios e a pratica de sua religião.

O Alcorão Sagrado define como sendo o objetivo mais importante da missão do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), depois da transmissão dos versículos do Alcorão Sagrado, a reformulação da vida dos indivíduos de acordo com a revelação Divina e promove-los, espiritual e materialmente, à luz dos versículos Sagrados.

O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), insistia na necessidade de todo muçulmano assistir às sessões de ensino nas mesquitas, a este respeito Abu Huraira (que Deus esteja satisfeito com ele), afirma ter ouvido o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),dizer:

''Todas as vezes que um grupo de pessoas se reunir em uma das casas de Deus (referindo-se as Mesquitas), para recitar o Livro de Deus (o Alcorão Sagrado) e estudá-lo, a serenidade e a tranqüilidade Divina os cobre, a Misericórdia de Deus os envolve e os Anjos os cercam, e Deus os menciona junto aos que estão perto dele (os Anjos prediletos).'' (relatado por Muslim)

Em outra tradição, narrada por Utba Ibn Amr (que Deus esteja satisfeito com ele), relata:

Certa vez ao entrar na Mesquita, o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), encontrou-nos na As-Suffa (lugar na mesquita que era reservado aos hospedes), e disse:Quem de vós gostaria de poder ir todo dia de manhã ao vale de Bathan ou de Al Akik (dois vales perto da cidade de Madina), e poder trazer duas camelas robustas (o bem mais valioso do deserto), sem que seja produto de roubo ou algo ilícito?''Respondemos: Ó mensageiro de Deus, todos nós gostaríamos de uma coisa dessa !Disse-nos, então: ''Porque, então, vocês não vão todo dia de manhã à mesquita para aprender ou ler, nem que seja dois versículos do Livro de Deus (Alcorão Sagrado), isso é melhor que duas camelas, três são melhores do que três camelas, quatro são melhores do que quatro camelas.'' (relatado por Muslim)

Sahil Ibn Saad relata Ter ouvido o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), dizer:

''Quem for de manhã à Mesquita sem outro objetivo a não ser o de aprender um conhecimento útil ou ensiná-lo, a sua recompensa é igual a de um peregrino que cumpriu Por completo a peregrinação'' (relatado por Thabit)

O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), costumava sentar-se na Mesquita com seus discípulos, e esses em volta dele em forma de um circulo, todos corriam para essas reuniões e competiam em sentar o mais perto possível do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para maior aproveitamento de suas palavras.

A esse respeito Abu Wakid Al Harith Ibn Auf relata a seguinte tradição:

''Certa vez o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), enquanto estava sentado na Mesquita e as pessoas em volta dele, entraram no templo três indivíduos. Dos quais dois se aproximaram do grupo, um dele sentando bem próximo do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele); um deles viu um espaço entre as fileiras e ali sentou; e o terceiro acabou saindo da Mesquita. Quando o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), terminou a sua fala, disse aos presentes: o exemplo desses três é o seguinte: um deles procurou refugio junto a Deus e deus lhe deus refugio, o segundo respeitou a Deus, e Deus o respeitou; quanto ao terceiro esse deus as costas para Deus e Deus lhe deu as costas.'' (relatado por Bukhari)

Entende-se evidentemente desta tradição que Deus recebe cada um conforme as suas intenções.

Tradição Consolidada

Depois de sua morte, os companheiros do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), preservaram a tradição de se reunirem na Mesquitas do Profeta para ensinar a sabedoria Islâmica a quem procurasse, a este respeito Abu Huraira (que Deus esteja satisfeito com ele), disse que certa vez passou Por um mercado na cidade de Madina e chamou em voz alta os freqüentadores do lugar:''Porque sois incapazes?''As pessoas disseram:'' O que você quer dizer com isto ó Abu Huraira ?''Ele, então respondeu:''A herança do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), está sendo partilhada, porque vocês não vão tomar a sua parte?''Dissera:''E onde isto está acontecendo?''Ele respondeu: ''Na Mesquita.''Todos foram às pressas em direção a Mesquita e Abu Huraira ficou no mesmo lugar, esperando que eles voltassem, e não demorou muito para todos voltarem.Perguntou-lhes em voz alta:''O que há com vocês?''Disseram:''Fomos até a Mesquita, entramos e não achamos nada sendo distribuído !''Disse-lhes então:''Acaso vocês não viram ninguém na Mesquita?''Responderam:''Vimos pessoas rezando, outras lendo o Alcorão e outros tratando da jurisprudência religiosa, do lícito e do ilícito.''Disse Abu Huraira:''E o que é a herança do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), se não essa !'' (relatado por Tabarani)

As Mesquitas são verdadeiramente as casas de Deus na terra para congregar os homens a fim de cumprirem os preceitos divinos da oração. É o local aonde os muçulmanos se congregam para realizar as suas orações diárias e para as orações de Sexta-feira. Diz deus no Alcorão Sagrado:

"Ó crentes quando fordes convocados para a oração de Sexta-feira, recorrei à recordação de Deus e abandonai vossos afazeres; isto será preferível se quereis saber. Porém, uma vez observada a oração, dispersai-vos pela terra e procurai as dádivas de Deus e mencionai freqüentemente a Ele para que prospereis”. (Alcorão Sagrado, Surata Al Jumu'ah 62ª, versículos 9 e 10)

O muçulmano não deve perder em nenhuma ocasião de orar em congregação, cada vez que tal ocasião se apresentar. A oração em congregação é uma brilhante demonstração da unidade de objetivo e ação, da piedade e humildade coletiva perante Deus, e solidariedade afetiva entre muçulmanos.

A congregação islâmica nas Mesquitas é uma resposta positiva aos problemas mais urgentes da humanidade, causados pela discriminação racial, os conflitos sociais e os preconceitos humanos.

No ofício islâmico, em congregação, não há reis e súditos, nem pobres e ricos, nem brancos e negros; não há primeira ou Segunda classe, nem bancos dianteiros ou traseiros, nem assentos reservados ou públicos. Todos os crentes ficam de pé e agem lado a lado, da maneira mais disciplinada e exemplar, longe de qualquer consideração mundana.

As orações prescritas ao muçulmano são em número de cinco, se não há possibilidade de realizá-las nas Mesquitas, podem ser efetuadas em qualquer lugar onde o fiel estiver quando a oração está no seu horário preceituado.

As Mesquitas organizam a vida espiritual e moral do homem de maneira a fornecer-lhe plenamente o alimento espiritual necessário à piedade e probidade à segurança e à paz. É nas Mesquitas que o Imam, através de seus sermões ''Khutba'', prega a obediência a Deus.

A lei islâmica ordena ao homem que faça o bem e rechace o que é repreensível; é também obrigatório para os muçulmanos incutir o bom comportamento a seus familiares e companheiros. Além das boas práticas que são mencionadas nos sermões do Imam há também a advertência para rejeição do repreensível.

É com razão que os muçulmanos não consideram o Islam apenas como um ideal abstrato destinado somente à oração imaterial. O Islam é um código de vida, uma força ativa que se manifesta em todos os campos da vida humana.

Assim sendo, a vida espiritual islâmica assenta em sólidos alicerces e rege-se por instruções divinas. O sistema espiritual do Islam é único na sua estrutura, funcionamento e finalidade. Cada ação individual ou coletiva deve inspirar-se e guiar-se pela lei de Deus. O Alcorão é o Livro Sagrado que Deus escolheu para os seus verdadeiros servos.

Assim sendo, afirmamos que orar coletivamente nas Mesquitas, qualquer que seja a oração prescrita é mais meritório, que as orações isoladas ou individuais.

No entanto, Deus Glorificado seja Seu Nome, preceituou-nos as orações coletivas de Sexta feira até o Dia da Ressurreição. O estabelecimento e a obrigatoriedade da Oração de Sexta-feira nas Mesquitas foi anunciada pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) nestes termos:

"Sabei que Deus vos prescreveu a oração da Sexta-feira neste lugar, neste dia, neste mês e a partir deste ano, até o Dia da Ressurreição.

Finalmente, afirmamos seguramente que a Sexta-feira é um dos dias resplandecentes do Islam.

Imam

O Imam é o líder espiritual, o guia no contexto islâmico, o Imam é a pessoa que tem a incumbência de dirigir as atividades superiores de uma Mesquita. O Imam é um homem que pode possuir família, pois o Islam não admite em hipótese alguma o celibato.

Sua função primordial nas Mesquitas é liderar os fiéis nas orações, no entanto, antes das orações profere um sermão no qual glorifica a Deus o Magnificente, enaltece a missão profética de Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), suplica a misericórdia de Deus para sua família, para seus seguidores e para seus nobres companheiros.

Não obstante, enquanto o Imam aguarda a hora da oração, o fiel ao chegar e antes de sentar para esperar a oração, faz-se duas genuflexões voluntárias ,como "Saudação à Mesquita". Porque o Profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), numa tradição, disse:

"Quando alguém de vós entrar na Mesquita, não deve sentar-se antes de ter praticado uma oração de duas prostrações”.

Depois disso, senta-se, e escuta atentamente a leitura do Alcorão, meditando sobre o sentido dos seus eloqüentes versículos. Se não encontrar leitor do Alcorão fazendo a leitura senta-se com bons modos e ocupe-se em meditar e invocar Deus de preferência em silêncio.

O Designer e a Aparência Das MesquitasAlgumas características essenciais são comuns em uma Mesquita. 



Mihrab

Dentro de uma mesquita, há um um salão de oração, constituído somente pelos artigos básicos necessários para a adoração dos muçulmanos. Uma característica comum de um salão de oração éum mihrab (figura 1), um nicho decorativo, na parede que indica a Qibla que deve estar direcionado no sentido da kaaba na cidade de Makkah.



Minbar

Na maioria das mesquitas há um minbar (figura 2), que é um púlpito, ao lado do mihrab usado pelo Imam (líder da oração) para os sermões antes das orações. O minbar é feito de madeira, de pedra, de mármore e de alabastro com decorações proeminentes.



Dikka

O Dikka (figura 3), é uma plataforma na linha com o mihrab, de onde os muezzins, fazem as chamadas, para o Sermão do Imam antes das orações na mesquitas.

Estilos de Construção



IRÃ

TURQUIA

Uma característica comum nas mesquitas também são os pátios usado pelos muçulmanos para se purificar (wudhu) antes das orações. Uma outra característica típica é o Minarete, uma torre delgada alta unida a mesquita, usado pelo muezzin para chamar os fiéis à oração.



terça-feira, setembro 18, 2012

Voz Muçulmana: Sahaba - 66‏ - Rabi’a b. Kab

Bismillah!
Rabi’a b. Kab
Dr. Abdulrahman Ráafat Bacha
Tradução: Prof. Samir El Hayek

Deixemos que o sujeito desta história conte as suas experiências com suas próprias palavras.
A história de Rabi’a

Eu era apenas um jovenzinho quando a luz da fé encontrou um lugar no meu coração, enchedo-me com a espiritualidade do Islam. Quando vi o Mensageiro de Allah (S) pela primeira vez, fui tomado por um permanente amor por ele. Aquela afeição pelo Profeta (S) tornou-se tão intensa, que cheguei a me ocupar dela à exclusão de tudo o mais. Por fim, eu pensei:

“Por que não tornas as coisas mais fáceis para ti mesmo, e te devotas ao serviço do Mensageiro de Allah? Vai, e oferece teus serviços a ele! Se ele aceitar, tu terás a alegria de sempre o ver, obter a sua afeição, e irás receber as bênçãos neste mundo e no Outro!”

Logo depois, eu fui ter com o Profeta (S) e me ofereci para servi-lo, esperando que ele aceitasse a minha oferta. Ele não me desapontou, mas aceitou que eu fosse o seu criado; e, daquele dia em diante, eu permaneci tão perto do Profeta (S), como se fosse sua sombra. Aonde quer que ele fosse, eu o acompanhava, flutuando em torno dele feito um planeta a orbitar ao redor do sol. Bastava só ele olhar para mim, eu me punha de pé, e ia até ele. Se ele estivesse procurando por algo, ou precisasse que alguém lhe fizesse um serviço fora, eu me apressava em servi-lo.

Eu costumava passar o dia inteiro assim, procurando meios de o servir. Quando o dia terminava e o Profeta (S) havia realizado sua oração final da noite, ia para sua casa e, primeiramente, eu achava que era hora de eu ir embora. Depois eu reconsiderava, dizendo a mim mesmo:

“Ó Rabi’a, por que deves partir? Talvez o Profeta (S) vá precisar de alguma coisa durante a noite!” E me sentava à soleira da sua porta, onde permanecia.

O Profeta (S) passava a noite acordado, em oração. Ocasionalmente, ouvia-o recitar Al Fatiha1, e ele continuava a repeti-la por uma boa parte da noite. Ou eu o ouvia dizer:

“Allah ouve a quem O louva”, e ele repetia aquilo por um tempo mais logo do que fazia com Al Fátiha.

Era hábito do Mensageiro de Allah (S), toda vez que alguém lhe fazia um favor, fazer a esse alguém um favor maior, como uma expressão de gratidão. Ele queria me recompensar por eu prestar serviços a ele; então, num dia, ele se chegou perto de mim, e disse:

“Ó Rabi’a bin Kab!”

“Estou a teu serviço, e pronto para servi-lo, ó Mensageiro de Allah (S). Que o Senhor te conceda muitas felicidades!” respondi.

“Pede-me algo, e eu to darei”, ele disse para mim.

Eu ponderei por um momento, e então disse:

“Dá-me algum tempo, ó Mensageiro de Allah (S), para que eu possa considerar o que desejo pedir; então te direi.”

“Está bem”, ele disse.

Naquele tempo eu era pobre, sem esposa, dinheiro, nem lar. Vivia no quintal da mesquita, juntamente com outros muçulmanos pobres. As pessoas costumavam chamar-nos “os convivas do Islam”. Se alguém dos muçulmanos levava algum dinheiro ao Profeta (S) em caridade, ele o dava todo para nós. Se alguém lhe enviava um presente, ele tomava um pouco para si, e mandava dar o restante para nós. Eis que me ocorreu pedir ao Profeta (S) algo terreno que me livrasse da pobreza e que me fizesse viver como qualquer outro, com dinheiro, esposa e filhos. Então eu reconsiderei, dizendo a mim mesmo:

“Olha que irás trazer a ruína para ti, ó Rabi’a bin Kab! O mundo material irá passar; e se estiveres destinado a desfrutar da sua riqueza, Allah irá proporcionar, quer tu peças por ela ou não. E o Profeta (S) é tão amado por Allah, que Ele não irá recusar qualquer pedido que o Profeta (S) faça. Portanto tu deves pedir a Allah que te conceda um quinhão da recompensa do Outro Mundo.” Aquela era a decisão mais plausível. Então eu fui ter com o Profeta (S), e ele perguntou:

“Que tens a dizer, ó Rabi’a?”

“Mensageiro de Allah (S), quero pedir-te que ores a Allah e Lhe peças que me faça teu companheiro no Paraíso.”
O Profeta (S) ficou em silêncio por algum tempo, antes de dizer:

“Gostarias de algo mais, ó Rabi’a?”

“Não, Mensageiro de Allah (S), jamais irei mudar de idéia quanto ao que te pedi”, respondi.

“Então, tu terás que me ajudar a obter isso para ti, por meio de dizeres muitas orações voluntárias e de fazeres muitas prostrações”, foi a resposta final.

Desde então fiz daquilo um hábito, ou seja, estar em constante cultuação, para que eu pudesse ser abençoado com a companhia do Profeta (S) no Outro Mundo, assim como havia sido abençoado ao estar ao seu serviço nesta vida.

Não muito tempo depois que tudo aquilo teve lugar, o Mensageiro de Allah (S) me chamou, e perguntou:

“Não gostarias de te casar, ó Rabi’a?”

“Não quero fazer nada que me vá distrair quanto ao servir-te, ó Mensageiro de Allah (S)”, respondi. “Além do mais, eu não tenho dinheiro para poder oferecer um dote a uma noiva, ou para provê-la.” O Profeta (S) ficou em silêncio. Ele me viu, em outra ocasião, e fez a mesma pergunta:

“Não gostarias de te casar, ó Rabi’a?”

Eu lhe dei a mesma resposta de antes, mas, depois, quando eu estava só, eu me arrependi ter respondido daquela maneira, e pensei:

“Que vergonha, ó Rabi’a! o Profeta (S) sabe melhor do que tu o que é bom para ti, tanto nos assuntos terrenos como nos espirituais. Juro por Allah que se o Profeta (S) sugerir novamente que eu me case, irei aceitar.

Não demorou muito tempo, e o Profeta (S) me perguntou mais uma vez:

“Não gostarias de te casar, ó Rabi’a?”

“Sim, deveras, ó Mensageiro de Allah (S)”, respondi, “mas quem iria dar a mim a sua filha em casamento, sabendo o estado em que estou?”

“Pois vai à família tal, e dize ao chefe:

“O Mensageiro de Allah (S) manda que tu me dês a tua filha, a tal, em casamento.”

Eu fui até à família tal, sentindo-me muito tímido, e disse para o chefe:

“O Mensageiro de Allah (S) mandou-me aqui para que eu me case com a tua filha, a tal.”

“A tal!?” ele exclamou. Quando eu assenti, ele disse:

“O Mensageiro de Allah (S) é benvindo a nossa casa, e também o é o enviado do mensageiro do Mensageiro de Allah (S). Juro por Allah que este mensageiro não será mandado de volta desapontado.” Logo ele elaborou um contrato matrimonial que fez dela, a tal, minha esposa.

Eu fui ter com o Profeta (S) e lhe disse:

“Ó Mensageiro de Allah (S), acabo de vir da casa duma boa família. Eles acreditaram em mim, deram-me as boas-vindas, e elaboraram um contrato matrimonial para a sua filha. Agora, onde irei conseguir um dote para eles?”

O Profeta (S) mandou chamar o Buraida b. al Hasib, que era um dos chefes da minha tribo, a dos Banu Aslam. Disse-lhe:

“Ó Buraida, por favor, junta para o Rabi’a o valor do peso dum caroço de tâmara, em ouro!”

Ele juntou aquilo para mim, e o Profeta (S) me disse:

“Leva isso para eles, e dize-lhes que isso é o dote da filha deles!”

Eu fui até eles, e lhes apresentei aquilo; eles aceitaram, ficaram contentes, e disseram:

“É bastante, e de boa qualidade!”

Depois eu voltei ao Profeta (S), e disse a ele:

“Eu nunca encontrei pessoas mais generosas do que as dessa família. Ficaram contentes com a pequena quantia que lhes dei, e disseram que era bastante, e de boa qualidade. Mas agora, como irei proporcionar um banquete para o casamento, ó Mensageiro de Allah (S)?” Uma vez mais o Profeta (S) recorreu ao Buraydah e mandou que ele juntasse para mim o preço dum carneiro, e que saísse à procura de um lindo e gordo animal. Depois o Profeta (S) disse para mim:

“Vai ter com a Aicha, e pede a ela que te dê toda a cevada que tiver!” Então eu fui a casa dela, e ela disse:

“Pega a cesta de vime. Ela contém sete sa de cevada. Juro por Allah que não temos mais mantimentos para te dar.”

Então eu saí de lá levando o carneiro e a cevada para pão à família da minha noiva. Eles disseram que poderiam fazer o pão, mas que eu teria que pedir aos meus amigos que preparassem o carneiro. Algumas pessoas do meu clã e eu nos pusemos a abater o carneiro. Então nós depelamos o animal, e o cozinhamos; eis que eu, que antes nada possuía, tinha então carne e pão para servir aos meus convidados. Assim eu dei um banquete, e convidei o Mensageiro de Allah (S), que aceitou o meu convite.

Então o Profeta (S) me deu uma faixa de terra próxima à propriedade de Abu Bakr; assim eu, que outrora era pobre, passei a estar então afluente. Eis que numa ocasião, eu tive um desentendimento com o Abu Bakr sobre uma tamareira. Eu dizia que ela estava na minha propriedade, e ele dizia estar na sua. Quando eu o contradisse, ele me chamou de um nome que me ofendeu. Mas tão logo ele disse aquilo, ele se arrependeu, e disse:

“Ó Rabi’a, podes chamar-me de um nome feio, em retaliação, para ficarmos quites.”

Quando eu lhe disse que não iria fazer aquilo, ele disse que ia ter com o Profeta (S) para queixar-se a ele de que eu não queria aliviá-lo da culpa, fazendo retaliação a ele. Realmente ele foi ter com o Profeta (S), e eu fui atrás dele, seguido por pessoas da minha tribo, que estavam furiosas, e diziam:

“Foi ele que começou a insultar-te, e agora está indo ao Profeta (S) à tua frente, para se queixar de ti!”

Eu me voltei para eles e disse:

“Ficai quietos! Será que não sabeis de quem estais a falar? Ele é Al Siddik, um dos mais venerados pelos muçulmanos. Ide embora, antes que ele olhe para trás e vos veja! Ele poderá pensar que estais vindo comigo para prestardes assistência a mim contra ele, e ficar furioso! Se ele ficar furioso, o Profeta (S) talvez fique também furioso, e então a ira de Allah poderá abater-se sobre a minha cabeça, porque terei ofendido o Profeta (S)!”

Então eles me abandonaram, e o Abu Bakr, que havia ido ter com o Profeta (S), começou a lhe contar o que acontecera.

Quando eu cheguei, o Profeta (S) se voltou para mim, e perguntou:

“Ó Rabi’a, qual é o probelma entre ti e o Abu Bakr?”

“Mensageiro de Allah (S), ele queria que eu falasse a ele da mesma maneira que ele falara a mim, e eu me recusei”, respondi.

“Tu fizeste a coisa certa”, ele disse. “Nunca revides um insulto. Outrossim, dize: ‘Que Allah perdoe ao Abu Bakr!’”

Assim, eu disse:

“Que Allah te perdoe, ó Abu Bakr!”

Abu Bakr foi embora com lágrimas nos olhos, dizendo:

“Que Allah te conceda uma grande recompensa, ó Rabi’a bin Kab, que Allah te conceda uma grande recompensa!”
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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)


يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد


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Voz Muçulmana: Na Defesa do Profeta Muhammad (s.a.w.s)‏

Em Nome de Allah, O Misericordioso, O Misercordiador, Que a Paz e as Bênçãos de Allah estejam com o nosso Profeta Muhammad e todos os seus Companheiros. Que a Paz esteja convosco, a Misericórdia de Allah e Suas Bênçãos.

Anas, que Allah esteja satisfeito com ele, relatou que o Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse:

"Nenhum de vós será um verdadeiro fiel até que ame a mim mais do que seu pai, seus filhos e toda a humanidade" (Narrado por Bukhari)

Nossa atitude em relação a difamação do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)

Nós e todos os muçulmanos que sentem orgulho de sua religião estamos tristes pelo que estes tolos e criminosos têm feito ao difamar nosso Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), que é o melhor homem que já andou na terra, e ele é o líder das gerações anteriores e posteriores, que as bênçãos e a paz do Senhor dos Mundos estejam com ele.

Essa insolência não é estranha vindo da parte deles, ao contrário, é de se esperar isso deles.

Além disso, este crime - embora ele quebra nossos corações e enche-los com raiva, e estamos preparados para sacrificar nossas vidas em defesa do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele), no entanto, é algo que nos traz boas novas do destino deles, e nos diz que o fim da sua supremacia está bem próximo. Allah diz (interpretação do significado):

“Porque somos-te Suficiente contra os escarnecedores” [al-Hijr 15:95]

Allah será suficiente (como protetor) ao Seu Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) contra os criminosos que zombam dele. Ele diz (interpretação do significado):

"Em verdade, quem te insultar (Ó Muhammad) não terá posteridade." [al-Kawthar 108:3]

Ou seja, ele (quem difama o Profeta Muhammad) será desprezado e humilhado e privado de tudo o que é bom.

Quando os muçulmanos cercaram uma fortaleza e seu povo resistiu, em seguida, eles os ouviram zombando e injuriando o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), eles sentiam que a vitória estava à mão, e que seria apenas um curto período de tempo antes de Allah conceder-lhes a vitória, para vingar Seu Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele). Al-Saarim al-Maslool (p. 116-117).

Há muitos casos históricos em que os que zombaram do profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) foram destruídas e exterminados.

Além disso, por que eles se ressentem do líder da humanidade, Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)?

Eles se ressentem porque ele chamou as pessoas a acreditar na Unicidade de Deus (Tawhid), e eles não acreditam que Deus é único.

Eles se ressentem porque ele venera seu Senhor (Abençoado e Exaltado seja), e declarou que Ele (Allah) é muito acima do que os mentirosos dizem, como atribuír-Lhe uma esposa e filho.

Eles se ressentem porque ele chamou as pessoas para o mais elevado grau de moralidade e se afastar do mais baixo. Ele os chamou para a virtude e para bloquear todos os meios que levam à imoralidade, mas eles querem desordem moral e a liberdade sexual ilimitada.

Eles querem entrar no pântano dos caprichos e desejos malignos, e eles conseguiram o que querem!

Eles se ressentem porque ele é o mensageiro de Allah! Allah (exaltado seja), é quem o escolheu acima de toda a humanidade para transmitir Sua mensagem e receber a Sua revelação.

Os sinais de sua profecia são inumeráveis.

Será que eles nunca ouviram falar sobre a divisão da lua? Será que eles não ouviram como água fluiu de seus dedos de tempos em tempos?

Eles já não ouviram falar sobre seu maior sinal, que é o Alcorão Sagrado, as palavras do Senhor dos Mundos, que Allah protegeu de modo que não foi adulterado por aqueles que distorcem as palavras de Allah? Considerando seus livros que foram revelados aos seus profetas foram adulterados em grande escala.

“Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com as suas mãos, e então dizem: Isto emana de Deus, para negociá-lo a vil preço. Ai deles, pelo que as suas mãos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram!” [al-Baqarah 2:79]

A maior prova da verdade do nosso Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) é o fato de que a sua religião continuou durante tantos séculos a prevalecer e ser vitoriosa. Ao longo de sua vida (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), ele continuou a prevalecer sobre seus inimigos. A sabedoria de Allah determina que nenhum mentiroso que mente sobre ele e sua religião jamais pode prevalecer por um longo tempo. De fato, em seus livros (dos cristãos e judeus), que os seus estudiosos distorceram, diz que o mentiroso que falsamente alega ser um profeta só vai sobreviver por 30 anos ou mais, em seguida, sua mensagem irá desaparecer.

Foi narrado a partir de um de seus reis que um homem que seguia a mesma religião que ele (cristianismo) foi trazido até ele (até o rei). Esse homem costumava insultar o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) e acusáva-o de mentir. O rei chamou seus sábios religiosos e perguntou-lhes: Por quanto tempo um mentiroso permanece? Eles disseram: tal e tal - 30 anos mais ou menos. O rei disse: Esta religião de Maomé já dura mais de 500 anos ou 600 anos [isto é, na época do rei], e é predominante, é aceita e seguida. Como ele pode ser um mentiroso? Então, ele (o rei) ordenou que o homem, que difamava o Profeta Muhammad (s.a.w.s), fosse decapitado.

Sharh al-'Aqidah al-Asfahaaniyyah por Shaykh al-Islam Ibn Taymiyah (que Allah tenha misericórdia dele).

Eles não sabem que muitos de seus homens sábios, reis e estudiosos, quando a chamada pura e clara do Islã chegou até eles, eles não tiveram outra escolha senão afirmar a verdade dessa religião (islam), e eles veneraram o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah esteja com ele), e muitos deles anunciaram sua conversão ao Islã?

O rei da Abissínia, o Najaashi (Negus) afirmou isso e se converteu ao islam.

Quando o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) enviou uma carta a Heráclito, o rei de Bizâncio, chamando-o para o Islã, Heráclito afirmou que ele era de fato um profeta, e ele pensou em anunciar sua conversão ao Islã, e ele desejou poder ir até o Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) e ser seu servo, mas ele temeu que seu povo iria matá-lo, então ele permaneceu um kaafir (não muçulmano) e morreu nesse estado (de incredulidade).

Muitos de seus contemporâneos ainda estão proclamando isso.

1 - Michael Hart disse em seu livro "100: um ranking das pessoas mais influentes na história" (p.13), onde ele colocou Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) no topo de sua lista de cem:

Eu escolhi Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) para estar no topo da lista... porque Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) foi o único homem na história que foi extremamente bem sucedido em ambos os níveis religiosos e seculares.

2 - O inglês George Bernard Shaw escreveu um livro chamado Maomé, que foi queimado pelas autoridades britânicas. Ele disse:

O mundo está em extrema necessidade de um homem com a mentalidade de Maomé.

Eclesiásticos medievais, seja por ignorância ou fanatismo, pintaram Mohammadanismo (islam) nas cores mais escuras. Eles eram, na verdade, treinados para odiar tanto o homem Muhammad e o Islam, para eles Muhammad era o Anti-Cristo. Mas eu estudei a sua vida, e vi que ele era extraordinário. Cheguei à conclusão de que ele nunca foi um inimigo para o cristianismo. Ele deve ser chamado o Salvador da Humanidade. Eu acredito que se um homem como ele assumisse a ditadura do mundo moderno, ele teria sucesso em resolver seus problemas de uma forma que traria toda a paz e felicidade necessárias.

3 - Annie Besant disse:

É impossível para qualquer um que estuda a vida e o caráter do grande Profeta da Arábia, que sabe como ele ensinou e como ele viveu, para sentir qualquer coisa, a não ser reverência por esse Profeta poderoso, um dos grandes mensageiros do Supremo (Deus).

4 - O Schabrak austríaco disse:

A humanidade pode se orgulhar de ter um homem como Muhammad entre eles, pois apesar de ser analfabeto, ele foi capaz de, mais de 10 séculos atrás, introduzir a legislação que nós, europeus, seríamos mais feliz que nunca, se nós pudéssemos produzir algo dessa qualidade elevada.

5 - Dr. Zwemer (um orientalista canadense):

Muhammad foi um reformador capaz, eloqüente e bem falada, corajoso e ousado, um grande pensador. Não podemos atribuir a ele qualquer coisa que contradiz essas qualidades. Este Alcorão que ele trouxe é seu testemunho histórico para a verdade dessas alegações.

6 - O filósofo Inglês Thomas Carlyle, o ganhador do Prêmio Nobel, diz em seu livro "Heróis":

É muito vergonhoso para qualquer indivíduo, nesta era, ouvir o que é dito sobre a religião do Islã de ser uma invenção e Muhammad ser um fabricante de mentiras e traiçoeiro. Ao longo de sua vida, vêmos ele segurando crenças firmes, sincero em determinação, generoso e bondoso, compassivo, piedoso, virtuoso, muito sério. Apesar disso, ele foi uma pessoa tolerante, alegre, simpática, e por vezes de coração leve. Ele era justo, sincero na intenção, inteligente, cavalheiro, e de raciocínio rápido, como se ele carregava em seu coração as lâmpadas de cada noite escura, cheia de luz, um homem naturalmente grande, que nunca estudou na escola ou na mão de um professor, porque ele não tinha necessidade disso.

7 - Goethe, o poeta alemão, disse:

Nós, europeus, com todos os nossos conceitos e idéias ainda não atingimos o que Maomé atingiu, e ninguém nunca vai superá-lo. Eu procurei na história pelo mais sublime exemplo de homem a seguir, e eu encontrei-o no profeta Maomé. Assim, a verdade deve prevalecer e se tornar suprema, porque Muhammad conseguiu subjugar o mundo inteiro por meio da mensagem da Unidade Divina.

Se for esse o caso, então o mundo inteiro - sem alternativa - deve considerar a grandeza de Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) entre toda a criação, acima de tudo, grandeza e sua virtude acima de todas as virtudes, e seu status como maior do que qualquer outro. O mundo deve se unir e acreditar na mensagem de Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), e que ele é o último profeta de Allah (Deus).

Gostaríamos de aproveitar ao máximo esta oportunidade para chamar essas pessoas para o Islã, pois o que as suas mãos pecadoras fabricaram (de mentiras) não podem ser apagadas, exceto pelo Islã. Mas se eles são teimosos e persistem em seu erro, então deixem eles receberem a notícia da punição do inferno, onde eles permanecerão eternamente para todo o sempre. Allah diz (interpretação do significado):

"A quem atribuir parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal! Os iníquos jamais terão socorredores." [al-Maa’idah 5:72]

“E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados.” [Aal ‘Imraan 3:85] 

O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: "Por Aquele em cuja mão está a alma de Muhammad, ninguém desta nação, judeu ou cristão, ouve-me, em seguida, morre não acreditando naquilo com que eu fui enviado (o Alcorão, o Islam), mas ele será uma das pessoas do Fogo (será condenado ao inferno)". Narrado por Muslim (153).

Em segundo lugar:

Allah é sábio e não decreta nada que é pura maldade, ao contrário, deve haver algo de bom nesse decreto para Seus servos fiéis, não importa o quão mau que apareça para as pessoas. O Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) falou a verdade quando disse: "Que maravilha é a situação do crente, pois todos os seus assuntos são bons. Se algo de bom acontece com ele, ele dá graças por isso, e isso é bom para ele. Se algo de ruim acontece com ele, ele aguenta com paciência, e isso também é bom para ele. Isto não se aplica a ninguém, exceto ao crente." Narrado por Muslim (2999).

Quanto ao incidente da calúnia (al-IFK) - que é bem conhecido - Allah diz (interpretação do significado):

"Aqueles que lançam a calúnia, constituem uma legião entre vós; não considereis isso coisa ruim para vós; pelo contrário, é até bom. Cada um deles receberá o castigo merecido por seu delito, e quem os liderar sofrerá um severo castigo." [al-Noor 24:11]

Seguem-se algumas das coisas boas que resultaram deste crime pecaminoso:

1. O que estava escondido nos corações desses criminosos, como ressentimento e ódio contra os muçulmanos, foi exposto, mesmo que eles finjam a maior parte do tempo serem pacíficos.

"O ódio já se tem manifestado por suas bocas; porém, o que ocultam em seus corações é ainda pior." [Aal 'Imraan 3:118]

2. Exposição de duplos padrões do Ocidente. Aqui eles citam a liberdade de opinião, mas todo homem sábio sabe que essa chamada liberdade de opinião deve parar antes de violar a santidade dos outros e transgredir contra eles. Eles estão mentindo em suas reivindicações de liberdade de opinião. Todos nós lembramos do que aconteceu alguns anos atrás, quando um governo decidiu destruir os ídolos em seu país, havia um clamor global! É esta a chamada liberdade de opinião? Por que eles não consideram isso também como liberdade de opinião?

3. Demonstração da falsidade do que alguns ocidentalizantes em nossos países dizem: "Não chame de kuffaar os não-muçulmanos, ao invés, chame-os de 'outros' de modo a não atiçar as chamas de problemas entre nós e eles." Mas todos devem entender quem é que odeia o outro, e não respeita a sua santidade, e declara guerra contra ele a cada vez que ele tem uma oportunidade.

4. A falsidade de sua afirmação com a qual eles têm enchido o mundo, ou seja, o diálogo de civilizações que se baseia no respeito pelos outros e não transgredir contra eles. Que tipo de diálogo que eles querem?! Que respeito é que eles pretendem mostrar? Eles querem de nós respeitá-los e honrá-los, e até mesmo nos genuflexar e nos prostrar para eles, mas tudo o que eles fazem é tirar sarro de nós, nos zombar e difamar ainda mais.

5. Reavivar a fé no coração dos muçulmanos. Vimos a reação dos muçulmanos que é indicativo de fé profundamente enraizada nos seus coraçoes e a extensão de seu amor pelo Profeta Muhammad (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele); mesmo entre aqueles que negligenciam alguns deveres religiosos saltaram para defender o nosso nobre Mensageiro (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele).

6. Unir os muçulmanos. Temos visto - Louvado seja Allah - a solidariedade entre os muçulmanos que adotaram a mesma postura, apesar das diferenças em seus países e idiomas.

7. Tornou-se evidente que o Ocidente está se unindo contra o Islã. Assim que o país buscou a ajuda de seus companheiros, todos se levantaram para apoiar aquele país e os criminosos incentivaram um a outro para publicar essas fotos em seu jornal, para que os muçulmanos saibam que eles estão todos unidos e que nós muçulmanos não podemos confrontar todos eles.

8. Alguns muçulmanos estão dispostos a chamar essas pessoas para o Islã (fazer dawah) para mostrar-lhes a verdadeira imagem dessa bela religião. Vimos muçulmanos correndo para publicar livros no idioma dessas pessoas para que as vendas de seus olhos caiam e eles poderem ver claramente.

9. A eficácia dos boicotes muçulmanos contra os produtos daqueles que transgrediram contra o mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) foi provado. A nação não respondeu aos pedidos oficiais ou política, mesmo nos níveis mais altos, mas o boicote não durou mais do que alguns dias até que o jornal que publicou as charges contra o Profeta Muhammad e seu editor-chefe pediram desculpas e mudaram seu tom, de modo que o muçulmanos suavizaram um pouco sua postura. Esta parece ser a nova arma dos muçulmanos, que eles podem usar para influenciar e prejudicar seus inimigos.

10. Uma mensagem clara foi enviada para o Ocidente: que nós muçulmanos nunca vamos aceitar ver a nossa religião insultada ou humilhada, ou qualquer transgressão contra nosso Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele). Nós todos vamos nos sacrificar por ele.

Em terceiro lugar:

Quanto ao nosso papel em tudo isso:

1. Devemos denunciar isso com força, cada um de nós de acordo com nossas habilidades, através do envio de cartas e artigos, ou fazer chamadas telefônicas, para seu governo, departamentos de Relações Exteriores e jornais.

2. Devemos exigir um pedido de desculpas claro e sincero da parte deles, e não engano ou justificação do crime, que eles chamam de um pedido de desculpas. Nós não queremos um pedido de desculpas por mostrar desrespeito para com os muçulmanos, mas sim queremos uma admissão de erro e um pedido de desculpas por esse erro.

3. Devemos pedir-lhes (as autoridades) para punir os criminosos pelo seu crime.

4. Devemos também pedir-lhes para parar as transgressões de seus governos contra o Islã e os muçulmanos.

5. Devemos traduzir livros que chamam ao Islã para o idioma dessas pessoas e livros que explicam sobre o Islã, seu profeta, e sua biografia.

6. Devemos comprar espaço nos programas de rádio e televisão para defender o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), que deve ser hospedado por pessoas de capacidade e conhecimento bem fundamentado, que sabem como falar de maneira convincente para os ocidentais, dos quais há muitos, louvado seja Allah.

7. Devemos escrever artigos bem fundamentados para serem publicados em revistas, jornais e sites em vários idiomas.

8. Com relação a boicotar os seus produtos, se o boicote terá um efeito sobre eles - que é o que realmente acontece - então por que não boicotá-los e buscar por outras empresas que pertencem a muçulmanos?

9. Devemos resistir a este ataque malicioso contra o Islã e seu profeta, destacando a beleza do Islã e o fato de que ele está de acordo com o raciocínio lógico, e respondendo aos argumentos ilusórios desses criminosos.

10. Devemos aderir à Sunnah e seguir a orientação do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), em todas as coisas e ser paciente ao fazê-lo.

"Mas se perseverardes e temerdes a Deus, em nada vos prejudicarão as suas conspirações. Deus está inteirado de tudo quanto fazem." [Aal ‘Imraan 3:120]

11. Devemos nos esforçar para chamar essas pessoas ao Islam, pois embora olhamos para eles através de uma lente de ódio e ressentimento, também devemos olhar para elas com compaixão, pois logo eles vão morrer e vai estar entre as pessoas do Inferno, se eles morrerem neste estado, de modo que devemos chamá-los ao Islã e para a salvação, com misericórdia e compaixão para com eles.

Pedimos a Allah para causar sua religião prevaleça e para apoiar seus amigos íntimos, e humilhar seus inimigos.

"Sabei que Deus possui total controle sobre os Seus assuntos; porém, a maioria dos humanos o ignora." [Yoosuf 12:21]

Que Allah envie bênçãos e paz ao nosso Profeta Muhammad.

E Allah sabe melhor.
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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد


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domingo, setembro 16, 2012

Nossos Jovens

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 10.09.2012

Os anos de infância são um período diferente para cada indivíduo que luta por encontrar o seu devido lugar no seio da família e na sociedade. Ele confronta-se com todo o tipo de stress, desde o físico, ao mental e ao emocional, este último decorrente da puberdade, juntamente com as exigências seguintes da paixão desenfreada, e outras pressões.

É, de facto, uma fase extremamente sensível de desenvolvimento, que os pais têm que gerir com cuidado e prudência, pois se algo falhar, os grandes sonhos que nutrimos para os nossos filhos, podem de repente transformar-se em pesadelos caso eles sucumbam à tentação das drogas, das bebidas alcoólicas, da promiscuidade sexual, e outros vícios.
Portanto, é importante que as suas energias e aspirações sejam direccionadas e expressas dentro de um plano bem definido.

Nós podemos optar por ignorar a realidade e simplesmente desejar que isso nunca aconteça aos nossos filhos, ou então ocuparmo-nos numa forma construtiva de nos envolvermos com eles. Esta última opção exigirá mais do que boas intenções, pois segundo o adágio popular, de boas intenções está o Inferno cheio.

Hoje em dia, cada vez mais os nossos jovens se entregam ao comportamento imoral, à violência, ao sexo permissivo e às drogas, tendências estas que lhe são transmitidas não só pela televisão e pelo vídeo-game, mas também pela própria sociedade onde estão inseridos, e por outras fontes.

O Al-Qur’án e a Bíblia falam da demonstração gráfica de como o profeta José (Youssouf) - que a paz esteja com ele - como jovem, respondeu aos vícios sociais da sua sociedade. Ele foi traído pelos seus próprios irmãos mais velhos, vendido como escravo, depois resgatado, para de seguida se tornar membro da família real. Na casa onde vivia no palácio real, foi seduzido pela esposa do dono da casa. Furtou-se à tentação sexual da esposa do governante, o que lhe valeu a acusação de tentativa de violação. Com esta repulsa a actos indignos revelou dignidade. Preferiu a vida dura da prisão, apesar da sua beleza encantadora e do seu vigor juvenil. Na cadeia não esmoreceu, e não só manteve a sua fé inabalável como desenvolveu trabalho junto aos seus companheiros da prisão, falando da grandeza de Deus.

Devido à sua capacidade e integridade, mais tarde foi elevado ao mais alto cargo no Egipto de então. Tamanha era a sua generosidade que perdoou aos seus irmãos quando estes, aflitos, foram ter com ele pedindo-lhe ajuda.

Foi vítima de inveja, conspiração, escravatura e tirania. A sua humildade, coragem, fé e determinação, inspiraram de forma contínua muitos jovens, havendo na História muitos exemplos de jovens que revelaram atitudes heroicas.

O que é que terá levado esses jovens a tão sublimes actos patrióticos? O que é que eles tinham que os jovens de hoje não têm? Por que razão os nossos jovens se tornaram tão individualistas, gananciosos, entregues à ilusões? Estas atitudes podem trazer consequências horrificas para o Mundo de amanhã.

Infelizmente, nós não temos programas significativos para os nossos jovens, o que é agravado ainda mais pelos níveis chocantes de ignorância, apesar da existência, ao alcance das pontas dos nossos dedos, de uma riqueza inestimável tanto em livros como em recursos. Mesmo assim recusamo-nos a lê-los.

O ambiente nas escolas também é de lamentar, pois está a contribuir para a criação de uma cultura de arrogância e vaidade, agravando ainda mais a situação.

Segundo o juiz A. M. Kennedy: “O Mundo real da disciplina da escola é um local áspero e de desordem, onde os estudantes praticam vulgaridades recentemente aprendidas. Surgem com ira, zombam e embaraçam-se uns aos outros, partilham notas ofensivas, namoram, empurram-se nos salões, arrancam e ofendem”.

As nossas escolas tornaram-se um local de criação de vulgaridades e indecência, o que e é sintoma de “síndroma de ausência dos pais”.

Os pais tornaram-se estranhos aos seus próprios filhos. Eles não têm tempo para dedicar aos seus filhos, ou quando o têm é tão reduzido que não chega para transmitirem quaisquer valores aos seus filhos. A casa tornou-se uma espécie de instituto frio, que simplesmente alberga indivíduos que de comum pouco ou nada têm.

Devemos criar, dentro de casa, um ambiente que seja profícuo. Devemos ser sensíveis ao processo de desenvolvimento dos jovens, evitando que se sintam estigmatizados, pois se nos zangarmos com eles por erros releváveis, ou se formos cáusticos na forma como lhes falamos, tal pode levar a tendências rebeldes.

A parceria, e até mesmo alguma dose de cumplicidade entre pais e filhos, devem ir para além da mesa do jantar. Os nossos programas precisam mais do que simples palestras e discursos.

Precisamos de iniciar actividades na base da comunidade, que canalizarão as aspirações dos nossos jovens dentro de um contexto bem definido para se alcançarem metas activas. Para tal é necessário que em primeiro lugar haja uma boa companhia e uma determinação igual ao do profeta José (Youssouf), pois diz um provérbio popular: “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.

Devemos premiar os jovens piedosos, condecorando-os, como forma de fomentar e encorajar a piedade nos jovens.

Deus que nos dê forças para respondermos de forma apropriada às exigências dos nossos tempos. Que proteja a nossa fé e nos ajude a desenvolver laços familiares fortes, que possam contrapor as manchas da sociedade actual, para que os jovens sejam os nossos verdadeiros continuadores.

Saibamos que alguns estendem a felicidade onde quer que vão, mas outros deixam-na atrás onde quer que vão.

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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!