quarta-feira, setembro 17, 2014

A História de Adão (parte 1 de 5): O Primeiro Homem

Descrição: A descrição da estimulante história de Adão com referência dos Livros Divinos.
Por
Aisha Stacey (© 2009 IslamReligion.com)
Publicado em 22 Jun 2009 - Última modificação em 09 Nov 2009
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Artigos > Crenças do Islã > Histórias dos Profetas

O Islã nos fornece os detalhes surpreendentes da criação de Adão
[1]. As tradições cristãs e judaicas são notavelmente semelhantes e ao mesmo tempo diferem de maneira significativa do Alcorão. O Livro de Gênesis descreve Adão como sendo feito “do pó da terra,” e no Talmude Adão é descrito como sendo moldado a partir do barro.
E Deus disse aos anjos:
“‘Vou instituir um legatário na terra! ’ Perguntaram-Lhe: ‘Estabelecerás nela quem ali fará corrupção, derramando sangue, enquanto nós celebramos Teus louvores, glorificando-Te? ’ Disse (o Senhor): ‘Eu sei o que vós ignorais. ’” (Alcorão 2:30)
Assim começa a história de Adão, o primeiro homem, o primeiro ser humano. Deus criou Adão de um punhado do solo contendo porções de todas as variedades na Terra. Os anjos foram enviados a terra para coletar o solo que se tornaria Adão. Era vermelho, branco, marrom e preto; eram macio e maleável, duro e arenoso; veio das montanhas e dos vales; dos desertos inférteis e de planícies férteis e viçosas e todas as variedades intermediárias. Os descendentes de Adão estavam destinados a serem tão diversificados como o punhado de solo do qual seu ancestral foi criado; todos têm aparências, atributos e qualidades diferentes.
Terra ou Argila?
Ao longo do Alcorão o solo usado para criar Adão é chamado de muitos nomes, e a partir disso somos capazes de compreender um pouco da metodologia de sua criação. Cada nome para solo é usado em uma etapa diferente da criação de Adão. O solo, tirado da terra, é chamado de terra; Deus também se refere a ele como argila. Quando está misturado com água se torna lodo e quando é deixado em repouso o conteúdo de água reduz e ele se torna argila. Se for deixado novamente em repouso por algum tempo começa a ter mau cheiro e a cor fica mais escura – argila negra, polida. Foi dessa substância que Deus moldou a forma de Adão. Seu corpo sem alma foi deixado para secar, e se tornou o que é conhecido no Alcorão como argila ressonante. Adão foi moldado de algo semelhante à argila do oleiro. Quando se bate produz uma ressonância.
[2]
O Primeiro Homem é Honrado
E Deus disse aos anjos:
“Recorda-te de quando o teu Senhor disse aos anjos: ‘De barro criarei um homem. Quando o tiver plasmado e alentado com o Meu Espírito, prostrai-vos ante ele.” (Alcorão 38:71-72)
Deus honrou o primeiro humano, Adão, de maneiras incontáveis. Allah soprou sua alma, o moldou com Suas próprias mãos e ordenou aos anjos que se curvassem perante ele. E Deus disse aos anjos:
“....Prostrais-vos ante Adão! E todos se prostraram, menos Lúcifer...” (Alcorão 7:11)
Embora a adoração seja reservada somente para Deus, essa prostração dos anjos perante Adão era um sinal de respeito e honra. É dito que enquanto o corpo de Adão adquiria vida, ele espirrou e imediatamente disse ‘Todos os louvores e graças são para Deus;’ e que Deus respondeu concedendo Sua Misericórdia sobre Adão. Embora esse relato não seja mencionado nem no Alcorão e nem nas narrativas autênticas do Profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, é mencionado em alguns comentários do Alcorão. Sendo assim, em seus primeiros segundos de vida, o primeiro homem é reconhecido como uma criatura honrada, coberta com a infinita Misericórdia de Deus.
[3]
Também é dito pelo Profeta Muhammad que Deus criou Adão em Sua imagem.[4] Isso não significa que Adão foi criado para ter aparência semelhante a Deus, porque uma vez que Deus é único em todos os Seus aspectos, somos incapazes de compreender ou formar uma imagem Dele. Significa, entretanto, que Adão recebeu algumas das qualidades que Deus também tem, embora incomparáveis. Ele recebeu as qualidades da misericórdia, amor, livre arbítrio e outras.
A Primeira Saudação
Adão foi instruído a se aproximar de um grupo de anjos que estava sentado próximo a ele e saudá-los com as palavras Assalamu alaikum (Que a paz de Deus esteja sobre você) e eles responderam ‘e também sobre você a paz, misericórdia e bênçãos de Deus’. Daquele dia em diante essas palavras se tornaram a saudação daqueles que se submetem a Deus. A partir do momento da criação de Adão, nós, seus descendentes, fomos instruídos a propagar a paz.
Adão, o Guardião
Deus disse à humanidade que Ele não os criou exceto para que O adorassem. Tudo nesse mundo foi criado para Adão e seus descendentes, para nos ajudar em nossa capacidade de adorar e conhecer Deus. Devido à infinita Sabedoria de Deus, Adão e seus descendentes deveriam ser os guardiões da terra, e então Deus ensinou Adão o que ele precisava saber para desempenhar seu dever. Deus menciona:
“Ele ensinou a Adão todos os nomes.” (Alcorão 2:31)
Deus deu a Adão a habilidade de identificar e designar nomes para tudo; Ele lhe ensinou a língua, a fala e a habilidade de se comunicar. Deus imbuiu Adão com o amor e a necessidade insaciável pelo conhecimento. Depois de Adão ter aprendido os nomes e usos para todas as coisas Deus disse aos anjos...
“’Nomeai-os para Mim e estiverdes certos.’ Disseram: Glorificado sejas! Não possuímos mais conhecimentos além do que Tu nos proporcionaste. Tu és Prudente, Sapientíssimo.’” (Alcorão 2:31-32)
Deus Se voltou para Adão e disse:
“’ Ó Adão, revela-lhes os seus nomes.’ E quando ele lhes revelou os seus nomes, asseverou (Deus): Não vos disse que conheço o mistério dos céus e da terra, assim como o que manifestais e o que ocultais?” (Alcorão 2:33)
Adão tentou falar com os anjos, mas eles estavam ocupados adorando Deus. Os anjos não receberam nenhum conhecimento específico ou liberdade de arbítrio, sendo seu único propósito adorar e louvar Deus. Adão, por outro lado, recebeu a habilidade de raciocinar, fazer escolhas e identificar objetos e seu propósito. Isso ajudou a preparar Adão para seu futuro papel na terra. Adão sabia os nomes de tudo, mas estava sozinho no Paraíso. Uma manhã Adão acordou e encontrou uma mulher olhando fixamente para ele.
[5]
Footnotes: [1] Baseado no trabalho do Imame ibn Katheer, As Histórias dos Profetas.[2] Saheeh Al-Bukhari[3] Imame ibn Katheer. As Histórias dos Profetas.[4] Saheeh Muslim[5] Ibn Katheer.

 História de Adão (parte 2 de 5): A Criação de Eva e o Papel de Satanás
Descrição: A criação da primeira mulher, a morada tranquila no Paraíso e o começo da inimizade entre Satanás e a humanidade.
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Aisha Stacey (© 2009 IslamReligion.com)
Publicado em 29 Jun 2009 - Última modificação em 29 Jun 2009
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Artigos > Crenças do Islã > Histórias dos Profetas

Adão abriu seus olhos e olhou para o belo rosto de uma mulher que o olhava fixamente. Adão estava surpreso e perguntou à mulher por que ela havia sido criada. Ela revelou que foi para aliviar sua solidão e trazer-lhe tranquilidade. Os anjos questionaram Adão. Eles sabiam que Adão possuía o conhecimento de coisas que não sabiam, e o conhecimento do que a humanidade precisaria para ocupar a terra. Disseram ‘quem é essa?’ e Adão respondeu ‘essa é Eva’.
Eva é Hawwa em árabe; vem da palavra raiz hay, que significa vivente. Eva também é uma variante da antiga palavra hebraica Havva, que também deriva de hay. Adão informou aos anjos que Eva recebeu esse nome porque ela foi feita de uma parte dele e ele, Adão, era um ser vivo.
As tradições judaicas e cristãs também sustentam que Eva foi criada da costela de Adão, embora em uma tradução literal da tradição judaica, costela às vezes se refira à parte lateral.
“E disse (o Senhor): ‘Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres.’” (Alcorão 4:1)
As tradições do Profeta Muhammad relatam que Eva foi criada enquanto Adão estava dormindo de sua costela esquerda mais curta e que, depois de algum tempo, foi recoberta com carne. Ele (Profeta Muhammad) usou a história da criação de Eva da costela de Adão como base para implorar às pessoas que fossem gentis com as mulheres. “Ó muçulmanos! Eu os aviso para serem gentis com as mulheres, porque elas foram criadas de uma costela e a parte mais curva da costela é a superior. Se tentarem torná-la reta quebrará, e se a deixarem, continuará curva; então peço que cuidem das mulheres.” (Saheeh Al-Bukhari)
Morada no Paraíso
Adão e Eva moravam em tranquilidade no Paraíso. Isso, também, está de acordo nas tradições islâmicas, cristãs e judaicas. O Islã nos diz que todo o Paraíso era deles para que desfrutassem e Deus disse a Adão “habita o Paraíso com a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver...” (Alcorão 2:35). O Alcorão não revela a localização exata de onde era esse Paraíso; entretanto, comentadores concordam que não é na terra, e que o conhecimento de sua localização não beneficia a humanidade. O benefício está no entendimento da lição dos eventos que ocorreram lá.
Deus continuou Suas instruções para Adão e Eva advertindo-os “...porém, não vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos.” (Alcorão 2:35). O Alcorão não revela que tipo de árvore era essa; não temos detalhes e buscar esse conhecimento também não traz benefício. O que se entende é que Adão e Eva viviam uma existência tranquila e compreenderam que estavam proibidos de comer da árvore. Entretanto, Satanás esperava para explorar a fraqueza da humanidade.
Quem é Satanás?
Satanás é uma criatura do mundo dos Jinns. Os Jinns são uma criação de Deus feita do fogo. São separados e diferentes tanto dos anjos quanto da humanidade; entretanto, como a humanidade, possuem o poder da razão e podem escolher entre o bem e o mal. Os Jinns existiam antes da criação de Adão
[1] e Satanás era o mais virtuoso entre eles, tanto que foi elevado a uma alta posição entre os anjos.
“Todos os anjos se prostraram. Menos Lúcifer, que se negou a ser um dos prostrados. Disse (o Senhor): Ó Lúcifer, que foi que te impediu de seres um dos prostrados? Respondeu: ‘É inadmissível que me prostre ante um ser que criaste de argila, de barro modelável.’ Disse (o Senhor): ‘Vai-te daqui (do Paraíso), porque és maldito! E a maldição pesará sobre ti até o Dia do Juízo.’” (Alcorão 15:30-35)
O Papel de Satanás
Satanás estava no Paraíso de Adão e Eva e seu voto foi desorientá-los e enganá-los e a seus descendentes. Satanás disse: “...desviá-los-ei da Tua senda reta. E, então, atacá-los-ei pela frente e por trás, pela direita e pela esquerda...” (Alcorão 7:16-17). Satanás é arrogante e se considera melhor que Adão e, portanto, que da humanidade. Ele é astucioso e esperto, mas entende a fraqueza dos seres humanos; reconhece seus amores e desejos.
[2]
Satanás não disse a Adão e Eva “vão comer daquela árvore” nem disse claramente que desobedecessem a Deus. Ele sussurrou em seus corações e plantou pensamentos e desejos inquietantes. Satanás disse a Adão e Eva: “...Vosso Senhor vos proibiu esta árvore para que não vos convertêsseis em dois anjos ou não estivésseis entre os imortais.” (Alcorão 7:20). Suas mentes se encheram de pensamentos sobre a árvore, e um dia decidiram comer dela. Adão e Eva se comportaram como todos os seres humanos; se preocuparam com seus próprios pensamentos e os sussurros de Satanás e esqueceram o aviso de Deus.
É nesse ponto que as tradições judaicas e cristãs diferem muito do Islã. Em momento algum as palavras de Deus – o Alcorão, ou as tradições e ditos do Profeta Muhammad – indicam que Satanás veio para Adão e Eva na forma de uma cobra ou serpente.
O Islã de forma alguma indica que Eva era a mais fraca dos dois, ou que ela tentou Adão a desobedecer Deus. Comer o fruto da árvore foi um erro cometido por ambos, Adão e Eva. Eles têm a mesma responsabilidade. Não era o pecado original mencionado nas tradições cristãs. Os descendentes de Adão não estão sendo punidos pelos pecados de seus pais originais. Foi um erro e Deus, em Sua infinita Sabedoria e Misericórdia, perdoou a ambos.
Footnotes:
[1] Al Ashqar, U. (2003). The World of Jinn and Devils (O Mundo dos Jinns e Demônios, em tradução livre). Islamic Creed Series. International Islamic Publishing House: Riyadh.[2] Sheikh ibn Al Qayyim em Ighaathat al Lahfaan.

A História de Adão (parte 3 de 5): A Descida
Descrição: O engano de Satanás a Adão e Eva no Paraíso e algumas lições que podemos tirar disso.
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Aisha Stacey (© 2009 IslamReligion.com)
Publicado em 06 Jul 2009 - Última modificação em 06 Jul 2009
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Artigos > Crenças do Islã > Histórias dos Profetas

O Islã rejeita o conceito cristão de pecado original e a noção de que todos os humanos nascem pecadores devido às ações de Adão. Deus diz no Alcorão:
“E nenhum pecador arcará com culpa alheia.” (Alcorão 35:18)
Cada ser humano é responsável por suas ações e nasce puro e livre de pecado. Adão e Eva cometeram um erro, se arrependeram sinceramente e Deus em Sua infinita sabedoria os perdoou.
“E ambos comeram (os frutos) da árvore, e suas vergonhas foram-lhes manifestadas, e puseram-se a cobrir os seus corpos com folhas de plantas do Paraíso. Adão desobedeceu ao seu Senhor e foi seduzido. Mas logo o seu Senhor o elegeu, absolvendo-o e encaminhando-o.” (Alcorão 20:121-122)
A humanidade tem uma longa história de erros e esquecimento. Ainda assim, como foi possível que Adão tivesse cometido tal erro? A realidade era que Adão não tinha qualquer experiência com os sussurros e manobras de Satanás. Adão tinha visto a arrogância de Satanás quando ele se recusou a seguir as ordens de Deus; ele sabia que Satanás era seu inimigo, mas não sabia como resistir aos truques e esquemas de Satanás. O Profeta Muhammad nos disse:
“Saber algo não é o mesmo que ver.” (Saheeh Muslim)
Deus disse:

“E, com enganos, (Satanás) seduziu-os.” (Alcorão 7:22)
Deus testou Adão para que ele pudesse aprender e adquirir experiência. Dessa forma Deus preparou Adão para seu papel na terra como um guardião e um Profeta de Deus. Dessa experiência Adão aprendeu a grande lição de que Satanás é astuto, ingrato e o inimigo declarado da humanidade. Adão, Eva e seus descendentes aprenderam que Satanás provocou sua expulsão do Paraíso. A obediência a Deus e a inimizade em relação a Satanás é o único caminho de volta para o Paraíso.
Deus disse a Adão:
“Descei ambos do Paraíso! Sereis inimigos uns dos outros. Porém, logo vos chegará a Minha orientação e quem seguir a Minha orientação, jamais se desviará, nem será desventurado.” (Alcorão 20:123)
O Alcorão nos diz que Adão subsequentemente recebeu de seu Senhor algumas palavras; uma súplica para orar, que invocou o perdão de Deus. Essa súplica é muito bonita e pode ser usada para pedir perdão a Deus pelos pecados.
“Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos.
Se não nos perdoares e Te apiedares de nós, seremos desventurados!” (Alcorão 7:23)
A humanidade continua a cometer erros e injustiças, e dessa forma prejudicamos apenas a nós mesmos. Nossos pecados e erros não prejudicaram e nem prejudicarão Deus. Se Deus não nos perdoa e tem misericórdia de nós, nós é que certamente estaremos entre os perdedores. Nós precisamos de Deus!
“’Tereis, na terra, residência e gozo transitórios. Disse-lhes (ainda): Nela vivereis e morrereis, e nela sereis ressuscitados.’” (Alcorão 7:24–25)
Adão e Eva deixaram o paraíso e desceram para a terra. Sua descida não foi de degradação; ao contrário, foi cheia de dignidade. Nos idiomas ocidentais estamos familiarizados com as coisas serem singular ou plural; mas não é o caso para o árabe. Na língua árabe existe singular, então uma categoria de número gramatical extra que denota dois. O plural é usado para três e mais.
Quando Deus disse: “Descei todos daqui!” Ele usou a palavra para plural indicando que não estava falando para Adão e Eva apenas, mas estava Se referindo a Adão, sua esposa e seus descendentes - a humanidade. Nós, os descendentes de Adão, não pertencemos a essa terra; estamos aqui temporariamente, como é indicado pela palavra: “transitório.” Pertencemos a outra vida e estamos destinados a assumir nosso lugar no Paraíso ou no Inferno.
A Liberdade para Escolher
Essa experiência foi uma lição essencial e demonstrou livre arbítrio. Se Adão e Eva tinham que viver na terra, precisavam estar cientes dos truques e estratagemas de Satanás, e também precisavam entender as graves consequências do pecado, e a Misericórdia e Perdão infinitos de Deus. Deus sabia que Adão e Eva comeriam da árvore. Ele sabia que Satanás lhes tiraria a inocência.
É importante compreender que, embora Deus soubesse do resultado dos eventos antes que acontecessem e os tenha permitido, Ele não forçou os acontecimentos. Adão tinha livre arbítrio e aguentou as consequências de seus atos. A humanidade tem livre arbítrio e, portanto, é livre para desobedecer a Deus; mas existem consequências. Deus louva aqueles que obedecem Seus comandos e lhes promete uma grande recompensa. E condena e adverte aqueles que O desobedecem.
[1]
Onde Adão e Eva desceram
Existem muitos relatos sobre onde na terra Adão e Eva desceram, embora nenhum deles venha do Alcorão ou Sunnah. Dessa forma, entendemos que a localização de sua descida não é importante, e não existe benefício nesse conhecimento.
Sabemos, entretanto, que Adão e Eva desceram para a terra em uma sexta-feira. Em uma tradição narrada para nos informar da importância das sextas-feiras, o Profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse:
“O melhor dos dias no qual o sol nasceu é a sexta-feira. Nesse dia Adão foi criado, e nesse dia ele desceu para a terra.” (Saheeh Al-Bukhari)
Footnotes:
[1] Muhammad ibn Al Husain al Ajjurri.

A História de Adão (parte 4 de 5): Vida na Terra

Descrição: Adão, seus filhos, o primeiro assassinato e sua morte.
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Aisha Stacey (© 2009 IslamReligion.com)
Publicado em 13 Jul 2009 - Última modificação em 13 Jul 2009
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Artigos > Crenças do Islã > Histórias dos Profetas

Adão e Eva deixaram o Paraíso e começaram sua vida na terra. Deus os tinha preparado de muitas formas. Ele lhes deu a experiência de lutar contra os sussurros e estratagemas de Satanás. Ensinou a Adão os nomes de tudo e o instruiu em suas propriedades e utilidade. Adão assumiu sua posição como guardião da terra e Profeta de Deus.
Adão, o primeiro Profeta de Deus era responsável por ensinar sua esposa e descendência como adorar Deus e buscar Seu perdão. Adão estabeleceu as leis de Deus e tentou sustentar sua família e aprender a vencer e cuidar da terra. Sua tarefa era perpetuar, cultivar, construir e popular; era para ele educar filhos que viveriam de acordo com as instruções de Deus e cuidariam e melhorariam a terra.
Os Primeiros Quatro Filhos de Adão
O primeiro filho de Adão e Eva, Caim e sua irmã, eram gêmeos; Abel e sua irmã, também gêmeos, vieram em seguida. Adão e sua família viviam em paz e harmonia. Caim lavrava a terra enquanto Abel cuidava do gado. O tempo passou e chegou o momento dos filhos de Adão casar. Um grupo de companheiros do Profeta Muhammad, incluindo Ibn Abbas e Ibn Masud relataram que o casamento do menino de uma gravidez com a menina de outra gravidez foi a prática entre os filhos de Adão. Assim sabemos que o plano de Deus para encher a terra incluía os filhos de Adão casarem com a irmã gêmea do outro.
Parece que a beleza desempenhou um papel na atração de homens e mulheres desde o início. Caim não estava satisfeito com a parceira escolhida para ele. Começou a ter inveja de seu irmão e se recusou a obedecer a ordem de seu pai e, ao fazê-lo, desobedeceu a Deus. Deus criou o homem com tendências boas e más, e a luta para superar nossos instintos mais básicos é parte do teste Dele para nós.
Deus ordenou que cada filho oferecesse um sacrifício. Seu julgamento favoreceria o filho cuja oferta fosse a mais aceitável. Caim ofereceu seu pior grão, mas Abel ofereceu seu melhor animal. Deus aceitou o sacrifício de Abel e dessa forma Caim ficou furioso, ameaçando matar seu irmão.
“E conta-lhes (ó Mensageiro) a história dos dois filhos de Adão, quando apresentaram duas oferendas; foi aceita a de um e recusada a do outro. Disse aqueles cuja oferenda foi recusada: Juro que te matarei.” (Alcorão 5:27)
Abel avisou seu irmão que Deus aceitaria bons atos daqueles que O temem e servem, mas rejeita os bons atos daqueles que são arrogantes, egoístas e desobedientes em relação a Deus.
“Disse-lhe (o outro): Deus só aceita (a oferenda) dos justos. Ainda que levantasses a mão para assassinar-me, jamais levantaria a minha para matar-te, porque temo a Deus, Senhor do Universo.” (Alcorão 5:27-28)
O Primeiro Assassinato
“E o egoísmo (do outro) induziu-o a assassinar o irmão; assassinou-o e contou-se entre os desventurados.” (Alcorão 5:30)
O Profeta Muhammad nos informou que Caim ficou furioso e bateu na cabeça de seu irmão com um pedaço de ferro. Também foi dito em outra narração que Caim atingiu Abel na cabeça enquanto ele dormia.
“E Deus enviou um corvo, que se pôs a escavar a terra para ensinar-lhe a ocultar o cadáver do irmão. Disse: Ai de mim!
Não é verdade que não fui capaz de ocultar o cadáver do meu irmão, se até este corvo é capaz de fazê-lo? Contou-se, depois, entre os arrependidos.” (Alcorão 5:31)
Adão ficou devastado; tinha perdido o primeiro e o segundo filho. Um tinha sido assassinado; o outro tinha sido vencido pelo maior inimigo da humanidade - Satanás. Pacientemente, Adão orou por seu filho e continuou a cuidar da terra. Ensinou seus muitos filhos e netos sobre Deus. Contou a eles sobre seu próprio encontro com Satanás e os avisou para ficarem alertas sobre os truques e estratagemas de Satanás. Anos e anos se passaram e Adão envelheceu e seus filhos se espalharam pela terra.
A Morte de Adão
Toda a humanidade é filha de Adão. Em uma narração o Profeta Muhammad nos informou que Deus mostrou a Adão seus descendentes. Adão viu uma bela luz nos olhos do Profeta Davi e amou-o, então se voltou para Deus e disse: “Ó Deus, dê a ele quarenta anos de minha vida.” Deus concedeu o pedido de Adão e isso foi escrito e selado.
O tempo de vida de Adão era supostamente de 1.000 anos, mas depois de 960 anos o anjo da morte veio para Adão. Adão ficou surpreso e disse “mas ainda tenho 40 anos de vida”. O anjo da morte relembrou-o de seu presente de 40 anos para seu amado descendente, Profeta Davi, mas Adão negou. Muitos, muitos anos depois, o último Profeta Muhammad disse: “Adão negou e assim os filhos de Adão negam; Adão esqueceu e os filhos de Adão esquecem; Adam cometeu erros e seus filhos cometem erros.” (At-Tirmidhi)
A palavra árabe para humanidade é insan e vem da palavra raiz nisyan esquecer. É parte da natureza humana, a humanidade esquece, e quando esquecemos negamos e rejeitamos. Adão esqueceu (ele não estava mentindo) e Deus o perdoou. Adão então se submeteu à vontade de Deus e morreu. Os anjos desceram e lavaram o corpo do Profeta Adão um número ímpar de vezes; cavaram o túmulo e enterraram o corpo do pai da humanidade, Adão.
Sucessor de Adão
Antes de sua morte Adão lembrou seus filhos de que Deus nunca os deixaria sozinhos ou sem orientação. Disse a eles que Deus enviaria outros Profetas com nomes, características e milagres únicos, mas que todos convocariam para a mesma coisa - a adoração do Deus Único. Adão nomeou como seu sucessor seu filho Seth.
A História de Adão (parte 5 de 5): O Primeiro Homem e a Ciência Moderna
Descrição: Algumas descobertas modernas sobre a existência de atributos comuns dos humanos em comparação com alguns fatos corânicos.
Por
Aisha Stacey (© 2009 IslamReligion.com)
Publicado em 20 Jul 2009 - Última modificação em 20 Jul 2009
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Artigos > Crenças do Islã > Histórias dos Profetas

No Islã não existe conflito entre fé em Deus e conhecimento científico moderno. De fato, por muitos séculos durante a Idade Média, os muçulmanos lideraram o mundo na busca e exploração científicas. O próprio Alcorão, revelado em torno de 14 séculos atrás, está cheio de fatos e imagens que são suportadas por descobertas científicas modernas. Três serão mencionadas aqui. Delas, o desenvolvimento da língua e a Eva mitocondrial (genética) são áreas relativamente novas da pesquisa científica.
O Alcorão instruiu os muçulmanos a “contemplarem as maravilhas da criação” (Alcorão 3:191).
Um dos itens para contemplação é a afirmação:
“Verdadeiramente, criarei o homem da argila...” (Alcorão 38:71)
De fato, muitos elementos presentes na terra também estão contidos no corpo humano. O componente mais crítico para a vida com base na terra é o solo da superfície; aquela camada fina de solo escuro e rico organicamente no qual as plantas propagam suas raízes. É nessa camada fina e vital de solo que microorganismos convertem recursos brutos, os minerais que constituem a argila básica desse solo superficial, e os disponibilizam para as várias formas de vida ao seu redor e acima.
Minerais são elementos inorgânicos que têm origem na terra e que o corpo não consegue produzir. Desempenham papéis importantes em várias funções corporais e são necessários para sustentar a vida e manter a saúde e, portanto, são nutrientes essenciais.
[1] Esses minerais não podem ser feitos pelo homem; não podem ser produzidos em um laboratório nem em uma fábrica.
Como as células consistem de 65-90% de água por peso, a água, ou H2O, compõe a maior parte do corpo humano. Sendo assim, a maior parte da massa de um corpo humano é oxigênio. O carbono, a unidade básica para moléculas orgânicas, vem em segundo. 99% da massa do corpo humano é composta de apenas seis elementos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, e fósforo.
[2]
O corpo humano contém traços de quase todo mineral na terra; incluindo enxofre, potássio, zinco, cobre, ferro, alumínio, molibdênio, cromo, platina, bóro, silício, selênio, flúor, cloro, iodo, manganês, cobalto, lítio, estrôncio, chumbo, vanádio, arsênico, bromo e mais. [3] Sem esses minerais as vitaminas teriam pouco ou nenhum efeito. Os minerais são catalisadores, acionadores para milhares de reações enzimáticas essenciais no corpo. Os micro elementos desempenham um papel chave no funcionamento de um ser humano saudável. É sabido que a insuficiência de iodo induzirá uma doença da glândula tireóide e uma deficiência de cobalto nos deixará sem vitamina B12, e sem condições de produzir células vermelhas.
Outro versículo para contemplar é:
“Ele ensinou a Adão todos os nomes.” (Alcorão 2:31)
Adão foi ensinado sobre os nomes de tudo; os poderes do raciocínio e do livre arbítrio lhes foram dados. Ele aprendeu como categorizar as coisas e compreender sua utilidade. Portanto, Deus ensinou a Adão as habilidades linguísticas. Ensinou a Adão como pensar - a aplicar o conhecimento para solucionar problemas, fazer planos e decisões e alcançar objetivos. Nós, os filhos de Adão, herdamos essas habilidades para que possamos existir no mundo e adorar Deus da melhor forma.
Os linguistas estimam que existam mais de 3.000 idiomas separados no mundo hoje, todos distintos, para que os falantes de um não entendam os falantes de outro, e ainda assim essas línguas são tão fundamentalmente semelhantes que é possível falar de uma “língua humana” no singular.
[4]
A língua é uma forma especial de comunicação que envolve normas complexas de aprendizado para fazer e combinar símbolos (palavras ou gestos) em um número sem fim de frases com sentido. A língua existe por causa de dois princípios simples – palavras e gramática.
Uma palavra é um par arbitrário entre um som ou símbolo e um significado. Por exemplo, em português a palavra gato não se parece ou soa como um gato, mas se refere a um certo animal porque todos nós memorizamos esse par quando crianças. A gramática se refere a um conjunto de normas para combinar palavras em frases e sentenças. Pode parecer surpreendente, mas os falantes de todas as 3.000 línguas separadas aprenderam as mesmas quatro regras de linguagem.
[5]
A primeira norma da linguagem é fonologia – como fazemos sons com significado. Fonemas são sons básicos. Combinamos fonemas para formar palavras pelo aprendizado da segunda norma: morfologia. A morfologia é o sistema que usamos para agrupar fonemas em combinações significativas de sons e palavras. Um morfema é a menor combinação de sons com sentido em um idioma. Depois de aprender a combinar morfemas para produzir palavras, aprendemos a combinar palavras para formar frases com sentido. A terceira norma da linguagem governa a sintaxe ou gramática. Esse conjunto de norma especifica como combinamos palavras para formar frases e sentenças significativas. A quarta norma da língua governa a semântica – o significado específico de palavras ou frases à medida que aparecem em várias frases ou contextos.
Todas as crianças, independentemente de onde estejam no mundo, passam pelos mesmos quatro estágios por causa de fatores inatos da língua. Esses fatores facilitam a forma como falamos e adquirimos a habilidade linguística. O renomado linguista Noam Chomsky diz que todas as línguas compartilham uma gramática universal comum, e que as crianças herdam um programa mental para aprender essa gramática universal.
[6]
Um terceiro versículo para ponderar é sobre descendência:
‘Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres.’” (Alcorão 4:1)
A percepção de que todas as linhagens de DNA (África, Ásia, Europa e Américas) podem ser rastreadas até uma única origem é popularmente chamada de teoria da “Eva mitocondrial”. De acordo com cientistas de primeira linha
[7] e pesquisa de ponta, todos no planeta hoje podem ser rastrear uma parte específica de sua herança genética até uma mulher através de uma parte única de sua composição genética, o DNA mitocondrial (mtDNA). O mtDNA da “Eva mitocondrial” foi passado através do séculos de mãe para filha (homens são portadores, mas não o transmitem) e existe dentro de todas as pessoas vivas hoje.[8] É conhecida popularmente como teoria de Eva porque, como se pode deduzir, é passado através do cromossoma X. Os cientistas também estão estudando o DNA do cromossoma Y (talvez a ser chamado de “teoria de Adão”), que é passado somente de pai para filho e não é recombinado com os genes da mãe.
Essas são três das muitas maravilhas da criação que Deus sugere que contemplemos através de seus versículos no Alcorão. O universo inteiro, que foi criado por Deus, segue e obedece a Suas leis. Portanto, os muçulmanos são encorajados a buscar conhecimento, explorar o universo e encontrar os “Sinais de Deus” em Sua criação.
Footnotes:
[1] (http://www.faqs.org/nutrition/Met-Obe/Minerals.html)[2] Anne Marie Helmenstine, Ph.D., Your Guide to Chemistry (Seu Guia para Química, em tradução livre).[3] Minerals and Human Health The Rationale for Optimal and Balanced Trace Element Levels (Minerais e Saúde Humana A Base para Níveis Ideais e Balanceados de Microelementos, em tradução livre) de Alexander G. Schauss, Ph.D.[4] Pinker, S., & Bloom, P. (1992) Natural Language and natural selection (Língua Natural e Seleção Natural, em tradução livre). In Gray. P. (2002). Psychology. Quarta ed. Worth Publishers: Nova Iorque.[5] Plotnick, R. (2005) Introduction to Psychology (Introdução à Psicologia, em tradução livre). Sétima Ed .Wadsworth:EUA.[6] Gray. P. (2002). Psychology (Psicologia). Quarta ed. Worth Publishers: Nova Iorque[7] Douglas C Wallace Professor de Ciências Biológicas e Medicina Molecular na Universidade da Califórnia.[8] Documentário do Discovery channel – The Real Eve (A Verdadeira Eva).

Partes deste Artigo
A História de Adão (parte 1 de 5): O Primeiro Homem A História de Adão (parte 2 de 5): A Criação de Eva e o Papel de Satanás A História de Adão (parte 3 de 5): A Descida A História de Adão (parte 4 de 5): Vida na Terra A História de Adão (parte 5 de 5): O Primeiro Homem e a Ciência Moderna

domingo, setembro 14, 2014

A Relação de muçulmanos com Nao muçulmanos‏.


O Louvor pertence a Allah, nós o louvamos solicitamos Sua ajuda e orientação e rogamos pelo Seu perdão. Nos refugiamos em Allah do mal que há em nossas almas e de nossas más ações. Aquele aquém Allah orienta não se desviará e aquele aquém Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo.

Testemunho que não existe divindade alguma a não ser Allah. Único, sem associados ou parceiros. Não gerou e não foi gerado. A Ele possui tudo o que há na terra e nos céu. E para Ele será o retorno. E a Ele pertencem os mais sublimes atributos.

Testemunho que Muhammad Bin Abdilleh, é seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares, com seus companheiros e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.

Ademais, queridos irmãos e irmãs no Islam! O Islam é uma religião mundial, constituindo no selo das mensagens divinas. O Rassulullah (S) foi enviado por DEUS para aperfeiçoar a religião e confirmar as Mensagens anteriores, a judaica e a cristã. DEUS, exaltado seja, disse: “E não te enviamos, senão como misericórdia para a humanidade” (21:107). E disse: “E não te enviamos, senão como universal (Mensageiro), alvissareiro e admoestador para os humanos.” (34:28). O Islam veio para orientar a humanidade na adoração somente a DEUS, Único, sem parceiro, o Criador, que nos criou para adorá-Lo.

O Islam está vinculado à paz. Então, porque algumas pessoas acusam o Islam de ter se expandido por meio da força e da expansão?

É uma acusação infundada. O Islam é a religião que não obrigou ninguém a dotá-la. O ingresso das pessoas no Islam tem como causa a força de seu convencimento, a sua vitalidade e a sua veracidade. DEUS, exaltado seja, diz: “Não há imposição quanto à religião.” (2:256). E disse: “Convoca (os humanos) à senda do teu Senhor com sabedoria e uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente.” (16:125). E disse: “Pergunta aos adeptos do Livro e aos iletrados: Tornar-vos-eis muçulmanos? Se se tornarem, encaminhar-se-ão; se negarem, sabe que a ti só compete a proclamação da Mensagem. E DEUS é observador dos Seus servos.” (3:20).

Portanto, a religião do Islam e seus seguidores não impuseram a ninguém segui-lo, não obrigaram nenhuma nação de adotar o Islam, e isso é testemunhado pelos escritores ocidentais. O Lord Headley, em suas memórias “Rowland Allanson –Winn” diz: Mohammad nunca tentou obrigar ninguém a adotar o Islam.”

O historiador francês Gustave Le Bon, em seu livro “A Civilização Árabe”, diz: “A força não foi utilizada para a divulgação do Alcorão. Os árabes deixaram aos derrotados a liberdade religiosa. Na verdade, os povos não conheceram conquistador mais piedoso e tolerante que o árabe. Nunca houve uma religião mais tolerante do que a religião deles. A história confirmou que as religiões não podem ser impostas pela força. O Islam não se expandiu, então, pela espada, mas apenas pela divulgação e propagação. Povos conquistadores que derrotaram os árabes adotaram o Islam, como os turcos e os mongóis.” (A Civilização Árabe, págs. 128 e 129).

Aquele que afirma que o Islam expandiu apenas com a força da espada está redundamente errado, pois muitas localidades adotaram o Islam sem qualquer presença das forças muçulmanas nelas. A prova disso é o atual crescimento do Islam na Europa e nos EUA. O Islam participou de guerras de defesa contra vários povos, como o romano e o persa. O Profeta (S) começou o diálogo com eles de melhor forma, enviando-lhes mensageiros para orientá-los para a luz do Islam, sem imposição.
Porém, esses povos combateram os muçulmanos. A prova disso é que o primeiro enfrentamento entre os romanos e os muçulmanos foi em Múta território da península árabe. O dever dos muçulmanos era enfrentar a agressão e libertar os povos da tirania de seus governantes para fazer chegar até eles a mensagem de Deus, sem imposição alguma simplesmente divulgar. Certamente, enfrentar o mal e os agressores é um dever em todas as religiões. É o que foi feito pelos mensageiros que antecederam Mohammad (AS).

Os muçulmanos quando ingressaram em muitos países não obrigaram ninguém a adotar o Islam, deixando a todos a liberdade religiosa, protegendo igrejas e sinagogas. E isso todos nós devemos nos orgulhar, foi o Islam que ensinou a humanidade o conceito de Liberdade Religiosa.

Os muçulmanos quando assumiram o governo d e outros territórios removeram a tirania, a traição, a intolerância e introduziram a justiça e a equidade. Propiciaram o conhecimento verdadeiro e libertaram as pessoas da escravidão e da idolatria, do preconceito, da superstição e da mitologia. Os muçulmanos removem a imoralidade, o medo, o crime, a exploração, que são substituídos pela moralidade divina, pela paz e pela educação. O Alcorão declara:

"Deus manda restituir a seu dono o que vos está confiado; quando julgardes vossos semelhantes, fazei-o com equidade. Quão excelente é isso a que Deus vos exorta! Ele é Oniouvinte, Onividente." (Cap. 4:58)

"Ó fiéis, sede perseverantes na causa de Deus e prestai testemunho, a bem da justiça; que o ódio aos demais não vos impulsionei a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isto está mais próximo da piedade, e temei a Deus porque Ele está bem inteirado de tudo quanto fazeis." (Cap. 5:8)

"Entre os povos que temos criado, há um que se rege pela verdade, e com ela julga." (Cap. 7:181)

Luis XIV assassinou 30.000 protestantes devido sua intolerância religiosa.

Os cristãos, na época de Declecianus, sofreram perseguições, assassinatos, a tal ponto que foi denominada de época dos mártires. Isso, sem contar com os pesados impostos sobre o seu povo. Quando o Islam chegou, trouxe com ele a justiça, impondo apenas a jizia (taxa de proteção) para aquele que conseguia empunhar armas, não obrigando o cristão defender a religião que ele não adota.

Podemos imaginar como os povos que lutaram contra o Islam e agrediram os muçulmanos, mas em seguida se converteram ao Islam quando perceberam a sua tolerância, a exemplo dos tártaros, mongóis e dos cruzados. Quem analisa a vida do Rassulullah (S) descobre que a primeira batalha travada pelos muçulmanos foi 15 anos depois do início da revelação, em defesa da divulgação e dos muçulmanos.

Após o estabelecimento do Sionismo, foi criado o governo sionista de Israel em 1948, à custa da liberdade e à custa das terras de muitos inocentes que ali residiam. Governo este que não respeita liberdade de cristãos e muçulmanos. Tudo isso ocorreu com o aval das grandes potencias mundiais Inglaterra e EUA. E ocorreu com o testemunho de todas as outras nações. Hoje tenta-se aliviar o sofrimento de povo palestino como o reconhecimento do estado Palestino. Subhana ALLAH. Mas para os muçulmanos atentos e conscientes o perigo maior é a demolição do Masjid Al Aqsa. A primeira quibla dos muçulmanos. E o local da ascensão de nosso Profeta Mohammad (s) para os céus. A mesquita Sagrada de Al Aqsa pode desmoronar a qualquer momento devido as escavações que os judeus fazem em seu subsolo, em busca de vestígios arqueológicos de seu Templo. E uma vez demolido, será sobre o Masjid AL Aqsa reconstruído este Templo Judaico.

E para concluir, queridos irmãos e irmãs, como podemos enfrentar esse desafio permanecendo afastados da religião? A mesquita de Cuiabá é a Casa de Allah, como todas as mesquitas são. Devemos melhorar e aperfeiçoar nosso relacionamento com Allah. Devemos estreitar nossos relacionamentos. Devemos ser mais tolerantes e mais amáveis. Que Allah facilite a compreensão do que foi dito e facilite a pratica do que foi compreendido. Amin! Wa Salamu Alaikum!

Khutba de Shekh Jamal do Egito

Tradução: Omar Hussein Hallak

sexta-feira, setembro 12, 2014

A Peregrinação a Meca (ár. Makkah)

A Peregrinação anual a Meca (Hajj) é uma obrigação somente para aqueles que são física e financeiramente capazes de empreendê-la. Apesar de Meca (ár. Makkah) estar sempre cheia de visitantes, a Hajj anual começa no décimo segundo mês do calendário islâmico.

"... A Peregrinação à Casa é um dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de empreendê-la; entretanto, quem se negar a isso saiba que Deus pode prescin-dir de toda a humanidade." (Alcorão Sagrado 3:97)

A Peregrinação é uma obrigação somente para aquelas pessoas que atingiram a puberdade, são li-vres, mentalmente sãs, física e financeiramente ca-pazes para empreender tal viagem. O peregrino deve empreender a Hajj com dinheiro lícito, após saldadas todas as suas dívidas e ter deixado o sustento suficiente para suprir a necessidade da sua família equivalente ao período para o qual irá ficar fora devido a Peregrinação.

A maioria dos rituais da Peregrinação baseia-se em actos praticados pela família do Profeta Abraão (paz esteja com ele), quando foi incumbido por Deus de reconstruir a Caaba (ár. Kaabah) juntamente com o seu filho Ismael (p.e.c.e.). Isto demonstra que o Islão é a religião de Deus e não uma religião feita pelo Profeta Muhammad (p.e.c.e.), pois os ritos e as normas da Peregrinação não foram estabelecidos pelo Profeta Muhammad (p.e.c.e.), mas sim por Deus, como também não está vinculada à pessoa do Profeta Muhammad (p.e.c.e.), nem à sua vida, mas sim a Abraão e ao seu filho Ismael (p.e.c.e.), mostrando, dessa forma, a abrangência e o universalismo do Islão. Logo, a Peregrinação é um atendimento ao chamamento que o Profeta Abraão (paz esteja com ele) dirigiu a todos os seres humanos, obedecendo à ordem de Deus.

Os elementos principais da Peregrinação:

AL IHRAM: É a intenção de cumprir a peregrinação. A partir do momento em que o peregrino se propõe a iniciar os rituais da peregrinação, ele veste duas peças de tecido, de preferência branco, eliminando, dessa forma, as diferenças de cultura e de classes entre as pessoas, ficando todos iguais perante Deus.

AL TAWAF: Consiste em dar sete voltas em torno da Caaba, repetindo, com isso, o que foi feito pelo Profeta Abraão e seu filho Ismael (paz esteja com eles). É também como se fosse uma réplica, aqui na terra, do que os anjos fazem constantemente no céu, circundando o Trono de Deus, orando e adorando-O.

AL SAÍ: Consiste em percorrer a distância entre os montes de Al Safa e Al Marwa, sete vezes, repetindo com isso o que foi feito pela esposa do Profeta Abraão, Agar, quando procurava água para o seu filho Ismael.

JAMRAT: Que consiste em repetir o mesmo acto feito pelo Profeta Abraão, quando estava indo cumprir a ordem de Deus de sacrificar o seu filho Ismael.

A PARADA EM ARAFAT: Que consiste em ficar ali desde o entardecer do dia nove até o pôr-do-sol do mesmo dia. Arafat é o único local na realização da Peregrinação, em que todos os peregrinos ficam juntos num mesmo lugar.

Os peregrinos passam esses momentos em oração, pedindo perdão a Deus. Podemos ter nesse momento uma ideia, uma visão de como será o Dia do Juízo Final, onde todos os seres humanos, após serem ressuscita-dos, estarão juntos esperando pelo julgamento. A Peregrinação a Makkah, é a maior convenção anual de fé, o maior congresso mundial, realizado anualmente por mu-çulmanos de diferentes nacionalidades, línguas e cores. O Islão, desde há 1400 anos, realiza tais congressos que foram instituídos por Deus, durante os quais os muçulmanos se encontram, se conhecem, examinam os assuntos comuns relativos ao Islão e aos muçulmanos e através da troca de experiências dos peregrinos, ao re-tornarem aos seus países de origem passam aos de-mais os resultados dessa troca de experiências. Como é a maior conferência de paz regular que a história da humanidade jamais conheceu, durante a peregrinação podemos observar inúmeros benefícios tanto individuais como colectivos. Sendo uma manifestação, na prática, dos verdadeiros traços da universalidade do Islão, da fraternidade e da igualdade entre os muçulmanos, a rea-lização da Hajj transcende os limites de lugar, idioma e cor, igualando todos, governantes e governados, ricos e pobres, aonde todos são iguais sendo o melhor ante Deus o mais temente. Logo podemos observar todos com um mesmo objectivo, adorar a Deus da maneira que melhor O agrada. E durante a Peregrinação nós nos familiarizamos com o ambiente espiritual e histórico no qual viveu o Profeta Muhammad (paz esteja com ele).

AL Masjid AL Haram (A mesquita sagrada): A mes-quita sagrada, desde o tempo em que Abraão e seu filho Ismael reconstruíram a Caaba, sempre foi um pátio ao redor da Caaba, sem casas construídas por perto, nem paredes cercando-a. Com o passar do tempo, construiu--se uma Mesquita que veio a sofrer, e continua a sofrer, várias ampliações.

O Id-AL-Adha (A festa do sacrifício): É a segunda festa do Islão, sendo a primeira a festa do desjejum. O Id-Al-Adha é uma recordação da história do que foi o sacrifício do Profeta Ismael, quando o seu pai, o Profeta Abraão, seguindo sem hesitação a ordem de Deus, iria sacrificar o seu filho.■

Obrigado. Wassalam.
M. Yiossuf Adamgy - 11/09/2014.

quinta-feira, setembro 11, 2014

ATIRAR 7 PEDRINHAS AO SHEITAN – JAMARAT - HAJ

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK…
O apedrejamento do sheitan (diabo) (Rami al-Jamarát) é uma das obrigações do Haj. 

Este ritual teve origem no Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), Profeta Abraão, que a Paz de Deus esteja com ele, quando Deus, mais uma vez, testou a sua fé. O Profeta já muito velho,depois de Deus lhe ter concedido um filho (Ismail Aleihi Salam), através de um sonho recebe uma ordem de Deus para o sacrificar. Quando colocou a questão ao filho, este que já estava habituado a cumprir com as ordens de Deus, anuiu dizendo: “Ó meu pai, faz o que te foi ordenado! Se Allah quiser, encontrar-me-ás de entre os pacientes.” Cur’ane 37 Vers.102. Quando se dirigia para efectuar o sacrifício, apareceu-lhe o diabo na forma duma grande pedra (obstáculo), tentando-o impedir de cumprir com as ordens Divinas. O  Profeta atirou 7 pedrinhas no diabo, que se afundou. Por mais duas vezes, o diabo o tentou aparecendo sobre a forma duma barreira e por mais duas vezes o Profeta atirou de cada vez, mais 7 pedrinhas. Vencido este teste, Deus fez chegar um carneiro que foi sacrificado. Deus satisfeito com o Profeta, anunciou-lhe a vinda do segundo filho, Ishaque (Aleihi Salam). Lembrando este acontecimento, milhões de muçulmanos, que se encontram a cumprir com o Haj e outros muitos milhões que se encontram nos seus países, sacrificam animais para consumo próprio, para oferecerem aos vizinhos e familiares e para distribuição aos pobres.

Na tarde do dia 9 de Dhul al-Hijja, os peregrinos vão estar em Arafah. Segundo os Hadices, o Dia de Arafah é o melhor dia para Allah. Os peregrinos estarão a maior parte do tempo com as mãos levantadas, pedindo perdão e orientação para as suas vidas futuras. Em nenhum outro dia Allah livra tantas almas do inferno como os livra no Dia de Arafaf (Muslim). É o dia em que o sheitan se sente humilhado, pela Misericórdia demonstrada por Allah Subhana Wataala, ao perdoar os pecados dos hajis. Aliviados dos pecados, os peregrinos dirigem-se para Muzdalifa, onde vão passar a noite.
 
Em Muzdalifa, ainda na noite de 9 de Dhul al-Hijja, os peregrinos para além de se ocuparem com as orações e da recordação de Deus, procurarão as munições - pedrinhas necessárias para o “combate” que vão travar, a partir do dia seguinte. Vão necessitar de 49 “munições”. 7 serão utilizadas no dia 10 e o alvo será só o grande sheitan (diabo). Para os dois dias a seguir, dias 11 e 12 de Dhul al-Hijja, necessitarão de mais pedrinhas. Para cada um dos 3 pilares (jamarats) e para cada um dos dois dias, colectarão 42 munições (7 pedrinhas vezes 3 pilares, vezes dois dias, igual a 42). Se passarem a noite em Mina no dia 13 de Dhul al-Hijja (facultativo), necessitarão de mais 21 pedrinhas. Para que os peregrinos possam repudiar o diabo como o fez o Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), foram colocados em Miná, perto de Maka, três pilares em pedra, representando simbolicamente o sheitane (diabo): um
grande (Jamaratul-Aqabah), um médio (Jamaratul-Wusstá) e um pequeno (JamaratulÚla).

Os peregrinos ao saírem de Arafat, depois de cumprirem rigorosamente com os preceitos de haj, terão os seus pecados perdoados. Mas limpos de pecados, porque devem ir repudiar o sheitan? É para nos lembrarmos da passagem de Ibrahim e de Ismail (Aleihi Salam) e porque o sheitan continuará a perseguir-nos depois de regressarmos às nossas casas. Ele tentará arruinar a nossa felicidade espiritual e lançar-nos na desobediência.

Assim, atiramos as pedrinhas com a intenção de repudiarmos às más tentações, limpando o  nosso coração e aumentando a nossa fé, de modo a estarmos mais perto do Criador.

No dia seguinte, dia 10 de Dhul al-Hijja (dia do Idul Adhá), em Miná, os peregrinos iniciam este ritual, apedrejando o maior dos 3 jamarats, que está mais próximo de Maka. Satisfeitos  por terem cumprido com esta tarefa, os peregrinos irão efectuar o sacrifício, lembrando o sacrifício efectuado pelo Profeta Ibrahim. Depois de rapar e ou reduzir o cabelo, os peregrinos irão efectuar o Tawáfu-Ziyárat. Em cada um dos dois dias seguintes (11 e 12) , apedrejarão os 3 jamarats, começando pelo pequeno sheitane, seguido do médio e terminando no grande, recitando ao atirar cada pedrinha: “Bissmilláh Allahú Akbar – Em nome de Deus, Deus é o Maior”. Ao “bater” os sheitanes pequenos e médios, deve-se fazer duá. Depois de “bater” o maior, não se faz qualquer duá, o peregrino deve retirar-se de imediato, ignorando-o. Para aqueles que pretenderem ficar mais um dia em Miná (dia 13 facultativo), terão 21 pedrinhas extras para o “combate”. No dia em que o peregrino deixar a cidade de Maka, deverá efectuar o Tawaful Widá (Tawaf de despedida).

Há alguns anos atrás, o acesso aos locais onde se encontram colocados os pilares representando o diabo, eram apertados para o grande número de peregrinos, que ia aumentando de ano para ano. Eram milhões de peregrinos a confluírem todos para o mesmo lugar, que se tornava ainda mais apertado quando se aproximavam dos pilares.

Devido a esta situação, os peregrinos já iam stressados e receosos, para cumprirem com o ritual. Aliado à falta de paciência de alguns ao quererem “descarregar” tudo que lhes ia na alma, acabavam por atingir outros peregrinos que se encontram do lado oposto dos pilares.

Outras vezes, com a confusão de quererem sair do lugar, acabavam por pisar outros, provocando acidentes graves e mortes por asfixia. Para obviar estas situações, nos últimos anos foram construídas pontes com acessos mais alargados, aumentados os diâmetros dos locais onde se encontram os pilares. Os peregrinos têm acesso aos pilares por cima ou por baixo. Graças a Allah, a tarefa dos peregrinos está agora muito mais facilitada para cumprirem o ritual com maior segurança.

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. Enquanto tiveres saúde e condições físicas e financeiras, responda ao teu Senhor, dizendo: LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK; LABBAIKA LÁ CHARIKA LAKA LABBAIK, INNAL HAM’DA WANNI’IMATA LAKA WAL MULK, LÁ CHARIKA LAK – Eis-me aqui ao Teu serviço, ó Allah, eis-m e aqui. Aqui estou eu ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade a Ti pertencem o louvor e o favor, assim
como o reino. Tu não tens nenhum parceiro.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
11/09/2014

A L M A D I N A A LIBERDADE, O LAICISMO, E AS ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 08.09.2014

Celebramos há dias mais um 7 de Setembro, data que marca os Acordos de Lusaka firmados no longínquo ano de 1974. A essência deste histórico acordo era o reconhecimento, pela primeira vez, pelo governo colonial, do direito dos moçambicanos de viverem livres e traçarem os seus destinos.

A liberdade é um direito fundamental e de nascença de cada Ser Humano, sendo por isso que cada um está preparado para sacrificar tudo o que possui, incluindo a vida, para alcançar esse direito. Foi por isso que os nossos pais, irmãos e compatriotas lutaram por esse objectivo, tendo-o conseguido, graças à Deus.

A religião e a reflexão também nos ajudam a libertarmo-nos das correntes da escravatura aliás, todos os profetas foram enviados para nos libertar do jugo e domínio de uns acima dos outros, e sermos servos apenas de Deus, e de mais ninguém.

O khalifa Ummar (R.T.A.) dizia: “Desde quando é que vocês têm o direito de escravizar as pessoas, quando as suas mães os pariram livres”? 

Depois da liberdade, todas as pessoas começam a pensar em estabelecer um código de vida, e é na base disso que o Homem livre edifica o seu sistema de governação.

O nosso caso de Moçambique não é diferente, dada a sua vastidão, a sua diversidade, a variedade de etnias, línguas, culturas, religiões, e onde os pensamentos e desejos são diferentes. Era necessário um sistema de governação que congregasse toda esta diversidade. Era imperiosa a implementação de um sistema em que ninguém ficasse lesado, nem se sentisse marginalizado, pois todos os seus filhos, independentemente da sua religião, etnia e religião, lutaram de modo igual para libertar a sua Pátria.

Por isso gostaria aqui de saudar e reconhecer a profunda visão dos líderes libertadores da Pátria em declarar o laicismo como sistema, pois seria difícil manter o País unido, e unir a sua população numa única ideologia e posição, com gente tão diferenciada, o que de alguma forma demonstra a sua maturidade política e capacidade de liderança.

Laicismo significa que o governo não tem nenhuma religião oficial, e trata todas as religiões e respectivos crentes existentes no País na base da igualdade e colaboração.

Laicismo também não significa promoção do ateísmo ou erradicação das diferenças religiosas e culturais de cada um.

Uma outra coisa boa implementada mais tarde foi a democracia, pois este é o melhor sistema de governação, pois é uma premissa para que o povo tenha melhor qualidade de vida.

A democracia é a última e mais bela esperança deste Planeta, e é sempre um slogan muito atractivo, particularmente para os países onde não há liberdade.

O então Presidente dos E.U.A. Abraham Lincoln definiu a democracia como: “Governo do povo; pelo povo; e para o povo” isto é, os representantes escolhidos do povo, governam consoante a vontade e constituição aprovada pelo povo.

Em democracia, não só o poder representa o povo, mas o poder supremo também está nas mãos do povo, e esse mesmo povo tem várias opções.

A isto podemos chamar eleições, pois nestas procura-se saber a vontade do povo, e todos os partidos concorrentes conseguem governar por turno, e é essa a essência da democracia.

Devido à falta de conhecimento, algumas pessoas pensam que os representantes do povo é que são os líderes do povo, mas na realidade, num sistema democrático a responsabilidade de liderança está no povo em geral. Para tal deve-se criar neles ideais democráticos e possibilidades para participarem activamente no sistema de governação, e criticarem o governo quando se revelar necessário. Todavia, a crítica deve ser construtiva e não destrutiva como alguns o fazem hoje em dia.

Temos que eliminar tudo o que possa perigar a nossa democracia, que se deve basear nos valores humanos, onde o princípio de “viver e deixar viver” está em primeiro lugar.

No processo democrático as eleições e as campanhas eleitorais também revelam um aspecto muito importante da natureza humana, o que o distingue do resto dos animais irracionais.

Como criaturas nós partilhamos com os demais animais as qualidades animalescas. Crescemos e vivemos na base das leis naturais que se aplicam aos corpos vivos, mas o que nos distingue deles é o siso, o discernimento.

Nunca vimos animais irracionais exigindo melhores condições de vida, melhor habitação, medicamentos para tratar os seus doentes, em suma, exigindo um futuro melhor. Os animais continuam a viver como viviam há milhões de anos, sem aspirações de melhoria da sua situação, enquanto nós, os humanos, tentamos sempre melhorar as nossas condições de vida. Cada geração tenta sempre viver melhor que a geração anterior.

Nunca vimos um animal a guardar comida para o dia seguinte. Nunca vimos um animal a insistir em comer quando já estiver saciado. Ele sempre come consoante a sua necessidade, e quando estiver saciado, pára. Mas o Ser Humano, mesmo depois de estar saciado, se lhe for apresentado algum prato bem decorado e lhe for dito: “Olha, este prato é bom, é diferente e melhor que todos os que já comeste. Experimenta”, acaba por comer.

Nunca vimos um animal a deixar de comer e de beber por estar zangado, ou triste por lhe terem tirado e degolado o seu filhote. Nem nunca vimos um animal, depois de as suas crias já estarem crescidas, querer que elas se mantenham ao pé de si para sempre, ou procurar saber onde estão os seus filhotes.

Porquê esta diferença? É porque os animais agem na base do instinto, enquanto que os humanos agem na base da opção.

Portanto, sejamos prudentes, e tomemos as melhores opções que nos forem apresentadas pelos vários partidos concorrentes às eleições, para assim conseguirmos alcançar um futuro risonho, ainda melhor que o passado.

sábado, setembro 06, 2014

A L M A D I N A A QUESTÃO DA QUALIDADE DE EDUCAÇÃO


Por: Sheikh Aminuddin Mohamad  -01.09.2014

Apesar de a educação estar a ganhar mais interesse entre nós, ainda continuamos atrasados relativamente a muitos outros povos do Mundo, isto porque a questão da aquisição de educação tornou-se ainda mais complicada. 

Antes, quando a educação não era objecto de comércio, não havia tanta dificuldade na sua busca. Os professores não tinham quaisquer tipos de reservas e estavam sempre prontos a ensinar, dando o seu melhor aos alunos mais aplicados. Aliás, eles sentiam uma enorme alegria em fazer isso, de tal maneira que havia professores que até procuravam alunos e os encorajavam a estudar. Eram bons tempos

Hoje a educação tornou-se um problema. No passado as crianças estudavam em escolas e colégios do Estado, e tinham êxito, mas com o decorrer dos tempos começaram a surgir escolas privadas, e se de um lado o surgimento destas trouxe algum benefício, de outro lado também trouxe prejuízo à educação. O benefício foi a ampliação significativa da rede escolar e um relativo aumento da qualidade de educação, mas convenhamos que o prejuízo que trouxe foi maior que o benefício. O principal prejuízo foi a subversão do conceito de educação, pois no passado o objectivo da educação era servir, e hoje o objectivo é o negócio.

A mudança deste conceito afectou profundamente o resultado e a consequência da educação, baixando substancialmente o espírito de servir e, não sendo portanto, modelo para as pessoas, quando o deviam ser. 

Por exemplo, um indivíduo educado devia ser honesto e transmitir lição de honestidade aos outros, mas infelizmente, na maioria dos casos não vemos isso. Hoje a maioria dos que tiveram acesso à educação está muito concentrada no ganho de dinheiro, e numa vida faustosa.

Muitos deles não estão sequer preocupados com os problemas, as dificuldades e as aflições das pessoas. E devido a isso o círculo de benefícios da educação e dos educados retraiu-se bastante, pois agora a educação do indivíduo só o serve a si próprio, ou no máximo, à sua família. Mas se o conceito fosse, servir a criatura de Deus, então certamente que um indivíduo educado não só se beneficiaria a si próprio ou à sua família, mas também um número infinito de pessoas ter-se-ia beneficiado.

Para além disso, nos dias que correm, um grande número de pessoas educadas está envolvida na corrupção, na desonestidade, na imoralidade, no adultério, no alcoolismo, na fraude, na vigarice e na trapaça. Portanto, pode-se considerar que essas pessoas se rebelaram contra o objectivo principal da educação.

O enfraquecimento do ensino oficial e o fortalecimento do ensino privado trouxeram um outro prejuízo, que é o encarecimento da própria educação, pois as propinas nas escolas privadas são bastante exorbitantes.

Há escolas que cobram valores bastante elevados, muito acima dos salários que os pais dos estudantes pobres auferem. Claro que nessas circunstâncias está fora de questão os pobres ou os da classe média, enviarem os seus filhos para esse tipo de escolas, ainda que o queiram.

Há outras escolas que mesmo não sendo muito caras, nem todos os pais têm possibilidades de pagar as mensalidades nelas cobradas, ainda mais se esses pais tiverem mais que um filho a estudar. E para além das mensalidades há ainda os livros, os uniformes, etc.

Mas também há outras escolas onde as mensalidades são muito baixas, estando ao alcance de muitos pais pobres. Mas a questão que aí surge é: Qual é o nível e qualidade de estudos nessas escolas? Será que esse tipo de escolas poderá proporcionar aos alunos, professores competentes e de alto nível, e oferecer outras facilidades e condições aos seus estudantes? Claro que a resposta é: não!

Nas escolas do Estado os salários dos professores são baixíssimos, daí que muitos deles se fazem à sala de aulas a pensar sobre como irão alimentar as suas famílias nesse dia. E por isso eles pouco se preocupam se os seus alunos estão se desenvolvendo ou não, exceptuando os alunos que com o seu dom próprio e capacidade natural conseguem sobressair.

Nessas condições fica a questão no ar: Como é que essas crianças conseguirão melhorar o seu futuro, como é que poderão servir à Humanidade e o seu País, e como é que conseguirão obter um bom emprego?

Seria desejável que os governos investissem mais na educação e na pesquisa científica para que possamos sair do atraso. A expansão escolar é necessária, mas só isso não chega. É necessário que se invista também na qualidade da educação. 

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuh

Advogados da EEUU Pedem o Fim da Impunidade Israelita

O Colégio Nacional de Advogados da EEUU e outras organizações jurídicas instam a Corte Penal Internacional a que investigue os crimes de guerra perpetrados pelos dirigentes de Israel e Estados Unidos em Gaza - 28/08/2014 - Autor: Marjorie Cohn - Fonte: Attac Aragón – Traduzido por: Yiossuf Adamgy - http://www.aragon.attac.es/2014/08/26/el-colegio-nacional-de-abogados-de-eeuu-y-otras-organizaciones-juridicas-instan-a-la-corte-penal-internacional-a-que-investigue-los-crimenes-de-guerra-perpetrados-por-los-dirigentes-de-israel-y-estado/.

O Colégio Nacional de Advogados (NLG, de sigla em inglês) da EEUU, o Centro pelos Direitos Constitucionais, a Associação Internacional de Advogados Democráticos, a União de Advogados Árabes e a Associação Ameri-cana de Juristas enviaram uma carta na passada sexta-feita 22 de Agosto a Fatou Bensouda, Fiscal da Corte Penal Internacional (CPI), instando-a a que inicie uma investigação dos crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade perpetrados em Gaza pelos diri-gentes israelitas, com a ajuda e cumplicidade das autori-dades estado-unidenses. Em virtude do Estatuto de Ro-ma, a CPI tem poder para julgar penalmente os indiví-duos responsáveis pelos crimes de maior gravidade. 

“Tendo em conta a extrema gravidade da situação na ocupada Faixa de Gaza, em particular pelo imenso nú-mero de vítimas civis e a destruição a grande escala de propriedades civis, inclusivamente colégios, mesquitas e hospitais, assim como a permanente incitação ao geno-cídio exibida pelos dirigentes e personalidades políticas israelitas, o NLG e as organizações citadas subscrevem um enérgico chamamento ao Gabinete do Fiscal para que faça uso do seu poder, em virtude do Artigo 15 do Estatuto de Roma, e inicie uma investigação preliminar” dos delitos que caem sob a jurisdição da CPI. 

“Segundo o Estatuto de Roma, uma pessoa pode ser acusada de crime de guerra, genocídio ou crime contra a humanidade… se ele ou ela ‘ajuda, incita ou de alguma forma presta o seu apoio à execução ou intenção de execução do crime ‘incluindo a provisão de meios para a sua execução’”, lê-se na carta. “Ao enviar assistência financeira, armamentos e outra ajuda militar a Israel, os membros do Congresso da EEUU, o Presidente Barack Obama e o Secretário de Defesa Chuck Hagel ajudaram e instigaram a comissão de crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade das autoridades e comandantes israelitas em Gaza.” 

A carta afirma que a 20 de Julho de 2014, por meio dessa conduta criminal, Israel solicitou, e o Departa-mento de Defesa da EEUU autorizou, o envio a Israel de munição procedente do Armazém de Munição de Reserva de Guerra. E, em Agosto de 2013, o Congres-so aprovou, por esmagadora maioria, e Obama assinou, um pagamento de 225 milhões de dólares destinados ao sistema de defesa de mísseis Cúpula de Ferro de Israel. 

“O uso da força de Israel, claramente despropor-cionado, contra os 1,8 milhões de habitantes de Gaza tem pouco a ver com qualquer reclamação de segurança”, escreviam as organizações, “mas parece ter sido calculado para exercer a vingança contra os civis palestinos”. A carta cita afirmações de respon-sáveis israelitas defendendo a vingança contra “todo o povo palestino” e “exigindo o internamento dos palestinos em campos de concentração no Sinai, assim como a destruição da infra-estrutura civil em Gaza”. 

ACUSAÇÕES DE CRIMES DE GUERRA 

A carta enumera os crimes de guerra seguintes e cita, de facto, as acusações de apoio a cada crime: 

• Assassinato deliberado (mais de 2.000 palestinos, de entre eles, 80% civis). 

• Provocar, deliberadamente, grandes sofrimentos e feridas de gravidade (ferindo cerca de 10.000 palestinos, entre eles, 2.200 crianças). 

• Extensa destruição e apropriação de propriedades de forma ilegal, sem sentido e injustificadamente (dezenas de milhares de palestinos perderam os seus lares, foram causados danos muito graves às infra-estruturas). 

• Privação ilegal do direito a um julgamento justo (450 palestinos estão detidos sem acusação nem julgamento). 

• Ataques intencionais contra civis ou objectos civis ou veículos, instalações e pessoal de ajuda humanitária (bombardeio de numerosos colégios, lugares de refúgio da ONU, hospitais, ambulâncias, mesquitas…) 

• Lançamento intencional de ataques injustificados, sabendo que vão servir para matar ou ferir civis, danifi-car objectos civis ou causar graves e duradouros danos no meio ambiente (uso da “Doutrina Dahiya” para aplicar uma “força desproporcionada” e causar “enormes danos e destruição nas propriedades e infra-estruturas civis e sofrimento nas populações civis”, como definiu o Conse-lho de Direitos Humanos da ONU - Relatório Goldstone (Israel arrasou totalmente a cidade de Khuza’a). 

ACUSAÇÕES DE GENOCÍDIO 

O artigo 6 do Estatuto de Roma define como “geno-cídio” qualquer dos actos seguintes, perpetrados com a intenção de destruir total ou parcialmente um grupo na-cional, étnico, racial ou religioso: 

a) Matança de membros do grupo; 

b) Lesão grave à integridade física ou mental dos membros do grupo; 

c) Submissão intencional do grupo a condições de existência que levem à sua destruição total ou parcial. 

A carta diz: “Tendo em conta o facto de que os palestinos de Gaza não tinham possibilidade alguma de fugir para um lugar seguro, deve assumir-se que os oficiais israelitas responsáveis sabiam muito bem que os massivos bombardeios por terra, mar e ar da ocupada Faixa de Gaza iam provocar um número imenso de vítimas e a destruição das propriedades e infra-estruturas civis”. A carta enumera também “as declarações públicas, repetidamente provocadoras, feitas pelos responsáveis israelitas antes e durante a Operação Marco Protector, assim como a história de repetidos bombardeios dos campos e populações de refugiados palestinos no Líbano e Gaza” como prova de que “as autoridades israelitas podem estar a pôr em marcha um plano para destruir a população palestina, pelo menos em parte”. 

ACUSAÇÕES DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE 

O artigo 7 do Estatuto de Roma define como “crimes contra a humanidade” qualquer dos actos seguintes quando se cometam como parte de um ataque genera-lizado ou sistemático contra uma população civil e com conhecimento de dito ataque: 

a) Assassinato; 

b) Extermínio; 

c) Escravidão; 

d) Deportação ou transladação forçosa de população; 

e) Encarceramento ou outra privação grave da liber-dade física em violação de normas fundamentais de direito internacional; 

f) Tortura; 

g) Violação, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável; 

h) Perseguição de um grupo ou colectividade com identidade própria fundada em motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos, de género defini-do no parágrafo 3, ou outros motivos universalmente reconhecidos como inaceitáveis com relação ao direito internacional, em conexão com qualquer acto mencio-nado no presente parágrafo ou com qualquer crime da competência da Corte; 

i) Desaparecimento forçado de pessoas; 

j) O crime de «apartheid»; 

k) Outros actos desumanos de carácter similar que causem intencionalmente grandes sofrimentos ou aten-tem gravemente contra a integridade física ou a saúde mental ou física. 

A carta afirma: “As forças israelitas assassinaram, feriram, executaram sumariamente e detiveram admi-nistrativamente os palestinos, tanto civis como for-ças do Hamas. As forças israelitas destruíram inten-cionadamente a infra-estrutura de Gaza”. Também diz que Israel mantém os palestinos enjaulados na “maior prisão ao ar livre do mundo” e que “controla todas as entradas e saídas de Gaza, e limita… o acesso aos medicamentos e outros produtos básicos”. Finalmente, a carta cita as prisões arbitrárias e as detenções adminis-trativas; a expropriação de propriedades; a destruição de casas, colheitas e árvores; as áreas e estradas sepa-radas; as vivendas e os sistemas jurídicos e educativos segregados para palestinos e judeus; o ilegal muro de separação que invade o território palestino; as centenas de aldeamentos judeus ilegais sobre terra palestina; e a negação do direito dos palestinos ao retorno à sua pátria pelo facto de não serem judeus. 

Os signatários da carta concluem que “o início de uma investigação enviaria uma clara mensagem a todos os implicados na execução, ajuda ou instigação dos crimes acima mencionados de que hão-de prestar contas PESSOALMENTE de todos os seus actos”. 

Está por ver se a CPI exercerá a sua jurisdição neste caso já que nem Israel nem os Estados Unidos fazem parte do Estatuto de Roma. Mas se a CPI determinar que a Palestina pode aceder ao Estatuto de Roma, a CPI poderia ter jurisdição sobre os crimes perpetrados por israelitas e estado-unidenses em território palesti-no.■ 

Quem não pretender continuar a receber estas reflexões, por favor dê essa indicação e retirarei o respectivo endereço desta lista. 

Obrigado. Wassalam. 

M. Yiossuf Adamgy - 06/09/2014.

sexta-feira, setembro 05, 2014

SAFA E MARWAH - LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK...

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) 
Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) A fé do ser humano está em constante mutação. A riqueza, a pobreza, a saúde e o sofrimento, fazem parte do teste que Deus submete a cada um de nós e muitas vezes não o percebemos. Os Profetas, cuja fé era muito superior a nossa, foram os mais (severamente) testados. O Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), foi submetido a diversos testes, não porque Deus duvidava dele, mas para fortalecer a sua fé e a sua lealdade. Nenhum pai aceitaria deixar a sua mulher e o seu filho menor em pleno deserto, a não ser que tenha uma fé inabalável de que Allah Subhana Wataala, é o Único Protector e Sustentador. Não está ao alcance de qualquer um de nós, porque a nossa fé oscila como um índice bolsista.

O Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), seguindo as ordens de Deus, deixou a sua esposa Hajra e o seu filho recém-nascido Issmail (Que a Paz de Deus esteja com eles), perto da Caaba.

Naquele tempo, Maka era um autêntico deserto, sem quaisquer condições de sobrevivência. Ao lado da Caaba, existem dois montes, Safa e Marwa, separados por uma pequena distância. Ibrahim (Aleihi Salam) afastou-se e fez a seguinte prece: “Ó Senhor nosso! Eu fiz habitar parte da minha descendência num vale inculto, perto da Tua Casa Sagrada, Senhor Nosso, para que cumpram a oração; fazei, portanto, com que os corações de algumas pessoas se inclinem para eles, com fervor e sustenta-os com os frutos para que Te agradeçam.” Cur’ane 14, Vers.37

Esgotada a provisão da água e dos alimentos, a mãe aflita, subiu o monte Safa para ver se alguém a acudia. A seguir correu para o monte Marwa, mas não via ninguém. Fez o percurso entre Safa para Marwa e de Marwa para Safa, por sete vezes. Foi então que ela ouviu uma voz. Segundo o relato de Abdallah Ibn Abáss (Radiyalahu an-hu), ela disse em voz alta: “Ó quem quer que sejas, fizeste-me ouvir a tua voz, também me podes ajudar?”.

No local, ela viu um anjo que estava remover o chão com a sua asa. Daí começou a brotar água. Então Hajra com as suas mãos começou a abrir uma cavidade e com as suas mãos encheu o odre. Ibn Abass (Radyialahu an-hu) narra que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Que Allah tenha misericórdia da mãe de Issmail. Se ela não tivesse controlado o caudal, aquela teria sido uma fonte de água que escorreria como um rio!”. Hajra bebeu a água e deu de amamentar ao filho. O Anjo tranquilizou-a e disse-lhe “esta é a Casa de Deus, que será construída por esse menino e pelo seu pai e nunca Deus negligenciou o Seu povo”. Parte do relato de Ibn Abaas, em Bukhari. Livro 55:583.

Esta é a fonte de Água de Zam-Zam que ainda perdura, com um caudal suficiente para que os peregrinos possa beber e até levar como lembrança, para as suas terras de origem.

Ao longo dos tempos, o ritual do Tawaf entre Safa e Marwa foi efectuado pelos residentes e pelos peregrinos que se deslocavam das redondezas para visitar a Caaba. Mas com o passar dos anos, os residentes de Maka gradualmente afastaram-se da Unicidade Divina e começaram a associar-se a falsos deuses. Encheram a Caaba com diversos ídolos esculpidos em madeira e outros materiais. Construíram templos em Safa e Marwa para albergar dois ídolos, respectivamente, Isaf (masculino) e Nai’lah (feminino) e começaram a percorrer as distâncias entre um e outro, em reverência aos dois, tocando e beijando a cada um deles. Referiram de que os dois ídolos se tinham transformado em pedra por terem cometido adultério entre eles.

Quando os Árabes abraçaram o Islam – submissão ao Deus Único, ficaram na dúvida e colocaram a questão se o ritual de percorrer os dois montes de Safa e Marwa seria uma das obrigações do Haj, ou simplesmente um ritual dos tempos da ignorância – da idolatria.Tinham uma aversão ao facto, por recearem vir a praticar shirk, um acto contrário aos fundamentos da Unicidade Divina. Assim surgiu divergências entre os companheiros do Profeta, pois uns referiram de que não se devia fazer o Sa’i por ser uma tradição pagã e outros advogavam de se tratava duma tradição do Profeta Ibrahim (Aleihi Salam). Em resposta a estas preocupações, foi revelado o seguinte versículo: “Os montes de Safa e

Marwa contam-se entre os símbolos de Allah, portanto não é pecado para aquele que visita a Casa na época da peregrinação (Haj) ou noutra altura (Umra), percorrer a distância entre eles…”.

Num longo hadice, Jabir (Radiyalahu an-hu) referiu entre outros aspectos relacionados com o cumprimento dos rituais do Haj, o seguinte: “…O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) seguiu depois para Safa e recitou: “Al-Safa e al-Marwa contam-se entre os sinais apontados por Allah”. E acrescentou: “Começo com o que Allah (me recomendou) para começar. O que significa começar em Safa a caminhada (Sa’i) para Marwa e assim sucessivamente (por 7 vezes). Em Safa, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) olhou para a Caaba e de frente para Quibla, declarou a Unicidade de Allah,  glorificando-O. E depois iniciou o Sa’i. Muslim 007:2803.

Deus instituiu o Tawaf entre Safa e Marwa (Sa’i), como um dos rituais (obrigatórios) de Haj, lembrando o sacrifício da mãe de Issmail (Aleihi Salam), quando ela percorreu os dois montes à procura de ajuda. Hajra levantou-se do seu lugar, assustada e com humildade pediu protecção a Deus para encontrar alguém que lhe pudesse socorrer. Ela tinha confiança absoluta em Allah e não ficou no seu lugar a chorar e a lamentar-se pela sua sorte. Allah respondeu às suas orações e lhe concedeu a água de Zam-Zam para aliviar a sede do seu filho. Quem vai fazer a peregrinação, ao fazer o Sa’i entre Safa e Marwa, não só estará a lembrar-se do sacrifício da Hajra, mas estará também a pedir para que Deus preencha as suas necessidades espirituais e mundanas. Pedirá para que Allah Subhana

Wataala lhe possa ajudar a encontrar condições para o seu sustento e da sua família, afastar-se dos pecados e manter-se firme na religião, vivendo submisso a Deus até à sua morte.

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK; LABBAIKA LÁ CHARIKA LAKA LABBAIK, INNAL HAM’DA WANNI’IMATA LAKA WAL MULK, LÁ CHARIKA LAK – Eis-me aqui ao Teu serviço, ó Allah, eis-me aqui. Aqui estou eu ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade a Ti pertencem o louvor e o favor, assim como o reino. Tu não tens nenhum parceiro.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

04/09/2014

sexta-feira, agosto 29, 2014

Declaração da Associação Teológica Juan XIII face ao genocídio israelita em Gaza

"Os massacres da população civil em Gaza são um autêntico genocídio que fere a consciência da humanidade 22/08/2014 - Autor: Redaccion AT Juan XXIII – Tradução de: M. Yiossuf Adamgy".

Prezados Irmãos, Assalamu Alaikum: 

Transcrevo, na íntegra, a Declaração da Associação Teológica Juan XIII face ao genocídio israelita em Gaza: 

«Unimo-nos à dor das pessoas que perderam os seus familiares. Ante a criminosa agressão de Israel contra o povo palestino, particularmente os bombardeios e o consequente arrasamento da Faixa de Gaza, a Associação Teológica Juan XXIII, retomando o comunicado do SICSAL, do qual membros da nossa Associação fazem parte, manifesta a sua indignação e a mais enérgica condenação, e declara: 

1. Que o povo palestino é o legítimo dono desta terra que habita com pleno direito há vários milénios. Há ses-senta e seis anos a Palestina vive sob a ocupação israe-lita, não obstante as Nações Unidas e outras orga-nizações internacionais o considerem ilegal. 78% do território palestino está ocupado por Israel, que não ces-sa de construir novos assentamentos judaicos, usurpan-do pela força a terra e a água das comunidades pales-tinas, e inclusivamente expulsando de suas casas os seus legítimos donos. Cerca de seis milhões de palesti-nos sobrevivem como refugiados na sua própria terra. 

2. Para além disso, o Estado de Israel levantou um gigantesco muro, declarado ilegal pela Tribunal Inter-nacional de Justiça e qualificado de vergonha para a Humanidade na sua recente viagem à Terra Santa pelo Papa Francisco, que disse que não são muros o que há que construir, mas pontes de comunicação e encontro. 

3. Há mais de um mês vêm a produzir-se bombardeios israelitas, ataques da artilharia pesada desde os ca-nhões dos barcos de guerra contra as costas de Gaza e invasões terrestres, que custaram até ao presente a vida cerca de 2000 pessoas, a maioria, população civil e uma terça parte são meninos e meninas, e mais de 9.000 pessoas feridas, muitas com gravi-dade. Milhares de lares foram reduzidos a escom-bros, deixando sem tecto famílias inteiras. Foram destruídas universidades e escolas da ONU. 

4. A Nações Unidas, na Resolução 3101 (Dezembro de 1973), afirma o direito legítimo dos povos sob do-mínio colonial estrangeiro ou sob regimes racistas, a lutar por sua autodeterminação. Paulo VI, no Populorum progres-sio afirma que no caso de evidente e prolongada tirania, que atentasse gravemente aos direitos funda-mentais da pessoa e danificasse o bem comum, estaria justificada a insurreição revolucionária (nº 31). Esta é a situação do povo palestino, que tem direito à indepen-dência e a uma vida livre e digna. 

5. Os massacres da população civil em Gaza são um autêntico genocídio que fere a consciência da huma-nidade. Uma vez mais soam as palavras de Monsenhor Romero, que do coração dos povos oprimidos e ensan-guentados da terra, clama: “Em nome de Deus, pois, e em nome deste sofrido povo cujos lamentos sobem até ao céu cada dia mais tumultuosos, lhes suplico, lhes rogo, lhes ordeno! Cesse a repressão!” 

6. Ante esta dramática situação, expressamos: 

- A nossa condenação do sequestro e assassinato dos três jovens colonos judeus, da morte do adolescente palestino queimado vivo, das agressões destrutivas contra universidades e escolas da ONU, bairros e zonas inteiras, e de todas as mortes produzidas nesta guerra. Nenhuma morte se justifica sob nenhum pretexto. A vida humana é sagrada. A voz do sangue dos mortos grita da terra até ao coração de Deus (Gn 4,10). 

- A nossa solidariedade com o irmão povo palestino e com o povo judeu perseguido e imolado pelos nazis. Unimo-nos à dor das pessoas que per-deram os seus familiares. Nossa opção, como seguido-res de Jesus de Nazaré, são os pobres, oprimidos e crucificados da terra. Caminhamos juntos, como irmãos e irmãs, lutando e sonhando com outro mundo de justiça e liberdade, sinal da presença do reino de Deus na história. 

- A nossa mais enérgica condenação do Estado de Israel como violador do direito Internacional, das resoluções da ONU e da Convenção de Genebra de maneira sistemática, e a imposição de sanções econó-micas e políticas ante estes crimes de pouca Huma-nidade. 

- O nosso reconhecimento ao direito que tem o Estado de Israel a viver seguro dentro das suas fronteiras, sem que a vida de seus habitantes se sinta ameaçada. Mas isso não o autoriza a invadir o território palestino e a semear o terror na população. 

- A nossa indignação face ao silêncio e passividade da maioria dos governos, organizações internacio-nais e instituições religiosas, e, em alguns casos, a sua cumplicidade com o genocídio israelita. 

7. Por tudo isto: 

- Fazemos um chamamento a todas as organizações sociais e comunidades religiosas de Espanha e do mundo para que se exijam o cessar fogo e a retirada de Israel dos territórios ocupados. 

- Reclamamos que se detenha o envio de armas a Israel como condição necessária para deter a sistemática agressão contra a população de Gaza. 

- Exigimos aos nossos governos o cessar de acor-dos militares, comerciais, empresariais e culturais com Israel, enquanto não cumpra as resoluções da ONU, as leis e o Direito internacional. Nossos gover-nos falam de paz e aprovam resoluções da ONU, mas continuam contribuindo para perpetuar a violência negociando com países que violam os direitos hu-manos e o direito internacional. 

- Fazemos um chamamento ao boicote de produtos de Israel, até que este país derrube o muro e regresse às fronteiras anteriores à guerra dos “seis dias”. 

- Exigimos às autoridades de Israel e da Palestina que tentem o diálogo de paz, para procurar uma saída negociada e digna do conflito. A paz é fruto da justiça (Sal 85). Com razão proclamava João XXIII, na encíclica Pacem in terris, que o caminho para a paz é o reconhecimento da verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade. 

8. Unimo-nos em oração com todas as pessoas e organizações cristãs das distintas confissões, crentes judeus e muçulmanos de todo o mundo que, num clima de colaboração e diálogo inter-religioso, trabalham pela paz, implorando a força do Espírito de Deus para não desfalecer nos sonhos e na luta por outro mundo possível, onde o direito, a liberdade e a paz que nascem da justiça se estabeleçam na terra. 

9. Declaramos que é indigno e criminoso justificar as agressões descritas etiquetando como anti-semitas a quem as condena. Eram por acaso anti-semitas os grandes profetas (Natán, Jeremías, Amós, Oseas.... que são uma das glórias do povo judeu), quando denunciavam os crimes dos seus governantes? É anti-semita essa minoria de judeus, verdadeiro “res-to de Israel” que sofre e se sente pelos pecados do seu povo? Não são semitas também os palestinos? Não é moralmente baixo utilizar a dor do maior holo-causto da história no passado, para justificar novos genocídios no presente, ainda que sejam de di-mensões mais reduzidas? Não é hipócrita apelar a um “direito a defender-se” quando ninguém preten-de negar esse direito mas só denunciar a flagrante transgressão dos seus limites?»■ 

Obrigado. Wassalam. 

M. Yiossuf Adamgy - 29/08/2014.

quinta-feira, agosto 28, 2014

A PREPARAÇÃO PARA O HAJJ

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)

LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK; LABBAIKA LÁ CHARIKA LAKA LABBAIK, INNAL HAM’DA WANNI’IMATA LAKA WAL MULK, LÁ CHARIKA LAK – Eis-me aqui ao Teu serviço, ó Allah, eis-me aqui. Aqui estou eu ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade a Ti pertencem o louvor e o favor, assim como o reino. Tu não tens nenhum parceiro.

Alhamdulillah! Todos os Louvores para Allah, nosso Senhor, Sustentador e Criadorde todas as coisas. Pedimos a Allah Subhana Wataala, para que derrame bênçãos no Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), o selo da profecia. Que Deus esteja satisfeito com todos os seus familiares e companheiros. Que a Paz de Allah esteja com todos os restantes Profetas, que vieram ao mundo para nos transmitirem sempre a mesma mensagem da unicidade de Deus. “LA ILAHA ILLA LLAH "NÃO HÁ OUTRA DIVINDADE, SENÃO DEUS, A (ÚNICA) DIVINDADE”.

Terminado o mês de Ramadan, mês de reflexão e de sacrifícios, mas de grandes recompensas, milhares e milhares de muçulmanos de todo o mundo, preparam-se agora para uma viagem mais importante das suas vidas. Vão ao encontro da felicidade, ao encontro da Casa de Deus, ansiosos para estarem junto à Caaba, para fazerem as orações, o Tawaf, ou simplesmente para a olhar. Sabem que mesmo olhando para a Caaba, Allah com a Sua infinita Misericórdia lhes concederá recompensas. “Allah envia (faz descer) diariamente, de dia e de noite, cento e vinte Rahmats (Misericórdias) sobre a Caaba. Sessenta, são para os que estão a fazer o Tawaf, quarenta para os que estão fazendo orações à volta dela e vinte para os que estão simplesmente a olhar a Caaba”. Al-Baihaqui.

A ansiedade é tal, que não vêm chegar a hora da partida. Estão ansiosos para chegarem à terra sagrada, já com o Ehram para proclamarem “Labbaika, Allahumma Labbaika - eis-me aqui ao Teu serviço, ó meu Senhor”. Há quantos anos vinham planeando esta viagem? E outros, a quantos anos vinham guardando uma parte dos seus magros salários, para concretizarem a viagem?

Mas há os que vivem desafogadamente, distraídos com o acumular da riqueza e dos prazeres da vida e não se preocupam em cumprir com este importante pilar do Islam. Alegam que se encontram ocupados com os seus empregos / negócios e que têm ainda muitos anos pela frente para o fazerem. Aguardarão pela velhice, quando já não tiverem foças para cumprirem com os rituais? Estaremos vivos no próximo ano? Acaso não temos vários exemplos nos nossos círculos familiares daqueles que nos deixaram em plena juventude? O Profeta Salalahu Aleihi Wassalam disse: “Apressai-vos no cumprimento do Haj, pois nenhum de vós sabe o que lhe pode acontecer (doenças, pobreza e outros factores). Relato de Ahmad e Al- Baihaqui.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir  claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17.

“Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

28/08/2014