Esse blogger tem por objetivo a divulgação da Religião de Allah(SW), o ISLAMISMO. Inshallah! Dar de graça o que de graça recebemos. Essa é nossa proposta. "Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.
quarta-feira, setembro 17, 2014
A História de Adão (parte 1 de 5): O Primeiro Homem
Descrição: A descrição da estimulante história de Adão com referência dos Livros Divinos.
História de Adão (parte 2 de 5): A Criação de Eva e o Papel de Satanás
A História de Adão (parte 3 de 5): A Descida
domingo, setembro 14, 2014
A Relação de muçulmanos com Nao muçulmanos.
O Louvor pertence a Allah, nós o
louvamos solicitamos Sua ajuda e orientação e rogamos pelo Seu perdão. Nos
refugiamos em Allah do mal que há em nossas almas e de nossas más ações. Aquele
aquém Allah orienta não se desviará e aquele aquém Allah permite que se desvie
ninguém poderá orientá-lo.
Testemunho que não existe
divindade alguma a não ser Allah. Único, sem associados ou parceiros. Não gerou
e não foi gerado. A Ele possui tudo o que há na terra e nos céu. E para Ele
será o retorno. E a Ele pertencem os mais sublimes atributos.
Testemunho que Muhammad Bin
Abdilleh, é seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com
ele, com seus familiares, com seus companheiros e todos que seguirem seus
passos até o Dia Derradeiro.
Ademais, queridos irmãos e irmãs
no Islam! O Islam é uma religião mundial, constituindo no selo das mensagens
divinas. O Rassulullah (S) foi enviado por DEUS para aperfeiçoar a religião e
confirmar as Mensagens anteriores, a judaica e a cristã. DEUS, exaltado seja,
disse: “E não te enviamos, senão como misericórdia para a humanidade” (21:107).
E disse: “E não te enviamos, senão como universal (Mensageiro), alvissareiro e
admoestador para os humanos.” (34:28). O Islam veio para orientar a humanidade
na adoração somente a DEUS, Único, sem parceiro, o Criador, que nos criou para
adorá-Lo.
O Islam está vinculado à paz.
Então, porque algumas pessoas acusam o Islam de ter se expandido por meio da
força e da expansão?
É uma acusação infundada. O Islam
é a religião que não obrigou ninguém a dotá-la. O ingresso das pessoas no Islam
tem como causa a força de seu convencimento, a sua vitalidade e a sua
veracidade. DEUS, exaltado seja, diz: “Não há imposição quanto à religião.”
(2:256). E disse: “Convoca (os humanos) à senda do teu Senhor com sabedoria e
uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente.” (16:125). E
disse: “Pergunta aos adeptos do Livro e aos iletrados: Tornar-vos-eis
muçulmanos? Se se tornarem, encaminhar-se-ão; se negarem, sabe que a ti só
compete a proclamação da Mensagem. E DEUS é observador dos Seus servos.”
(3:20).
Portanto, a religião do Islam e seus seguidores não impuseram a ninguém segui-lo, não obrigaram nenhuma nação de adotar o Islam, e isso é testemunhado pelos escritores ocidentais. O Lord Headley, em suas memórias “Rowland Allanson –Winn” diz: Mohammad nunca tentou obrigar ninguém a adotar o Islam.”
Portanto, a religião do Islam e seus seguidores não impuseram a ninguém segui-lo, não obrigaram nenhuma nação de adotar o Islam, e isso é testemunhado pelos escritores ocidentais. O Lord Headley, em suas memórias “Rowland Allanson –Winn” diz: Mohammad nunca tentou obrigar ninguém a adotar o Islam.”
O historiador francês Gustave Le
Bon, em seu livro “A Civilização Árabe”, diz: “A força não foi utilizada para a
divulgação do Alcorão. Os árabes deixaram aos derrotados a liberdade religiosa.
Na verdade, os povos não conheceram conquistador mais piedoso e tolerante que o
árabe. Nunca houve uma religião mais tolerante do que a religião deles. A
história confirmou que as religiões não podem ser impostas pela força. O Islam
não se expandiu, então, pela espada, mas apenas pela divulgação e propagação.
Povos conquistadores que derrotaram os árabes adotaram o Islam, como os turcos
e os mongóis.” (A Civilização Árabe, págs. 128 e 129).
Aquele que afirma que o Islam expandiu apenas com a força da espada está redundamente errado, pois muitas localidades adotaram o Islam sem qualquer presença das forças muçulmanas nelas. A prova disso é o atual crescimento do Islam na Europa e nos EUA. O Islam participou de guerras de defesa contra vários povos, como o romano e o persa. O Profeta (S) começou o diálogo com eles de melhor forma, enviando-lhes mensageiros para orientá-los para a luz do Islam, sem imposição.
Porém, esses povos combateram os muçulmanos. A prova disso é que
o primeiro enfrentamento entre os romanos e os muçulmanos foi em Múta
território da península árabe. O dever dos muçulmanos era enfrentar a agressão
e libertar os povos da tirania de seus governantes para fazer chegar até eles a
mensagem de Deus, sem imposição alguma simplesmente divulgar. Certamente,
enfrentar o mal e os agressores é um dever em todas as religiões. É o que foi
feito pelos mensageiros que antecederam Mohammad (AS).
Os muçulmanos quando ingressaram em muitos países não obrigaram ninguém a adotar o Islam, deixando a todos a liberdade religiosa, protegendo igrejas e sinagogas. E isso todos nós devemos nos orgulhar, foi o Islam que ensinou a humanidade o conceito de Liberdade Religiosa.
Os muçulmanos quando assumiram o governo d e outros territórios removeram a tirania, a traição, a intolerância e introduziram a justiça e a equidade. Propiciaram o conhecimento verdadeiro e libertaram as pessoas da escravidão e da idolatria, do preconceito, da superstição e da mitologia. Os muçulmanos removem a imoralidade, o medo, o crime, a exploração, que são substituídos pela moralidade divina, pela paz e pela educação. O Alcorão declara:
"Deus manda restituir a seu dono o que vos está confiado; quando julgardes vossos semelhantes, fazei-o com equidade. Quão excelente é isso a que Deus vos exorta! Ele é Oniouvinte, Onividente." (Cap. 4:58)
Os muçulmanos quando ingressaram em muitos países não obrigaram ninguém a adotar o Islam, deixando a todos a liberdade religiosa, protegendo igrejas e sinagogas. E isso todos nós devemos nos orgulhar, foi o Islam que ensinou a humanidade o conceito de Liberdade Religiosa.
Os muçulmanos quando assumiram o governo d e outros territórios removeram a tirania, a traição, a intolerância e introduziram a justiça e a equidade. Propiciaram o conhecimento verdadeiro e libertaram as pessoas da escravidão e da idolatria, do preconceito, da superstição e da mitologia. Os muçulmanos removem a imoralidade, o medo, o crime, a exploração, que são substituídos pela moralidade divina, pela paz e pela educação. O Alcorão declara:
"Deus manda restituir a seu dono o que vos está confiado; quando julgardes vossos semelhantes, fazei-o com equidade. Quão excelente é isso a que Deus vos exorta! Ele é Oniouvinte, Onividente." (Cap. 4:58)
"Ó fiéis, sede perseverantes
na causa de Deus e prestai testemunho, a bem da justiça; que o ódio aos demais
não vos impulsionei a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isto
está mais próximo da piedade, e temei a Deus porque Ele está bem inteirado de
tudo quanto fazeis." (Cap. 5:8)
"Entre os povos que temos
criado, há um que se rege pela verdade, e com ela julga." (Cap. 7:181)
Luis XIV assassinou 30.000 protestantes devido sua intolerância religiosa.
Luis XIV assassinou 30.000 protestantes devido sua intolerância religiosa.
Os cristãos, na época de Declecianus,
sofreram perseguições, assassinatos, a tal ponto que foi denominada de época
dos mártires. Isso, sem contar com os pesados impostos sobre o seu povo. Quando
o Islam chegou, trouxe com ele a justiça, impondo apenas a jizia (taxa de
proteção) para aquele que conseguia empunhar armas, não obrigando o cristão
defender a religião que ele não adota.
Podemos imaginar como os povos
que lutaram contra o Islam e agrediram os muçulmanos, mas em seguida se
converteram ao Islam quando perceberam a sua tolerância, a exemplo dos
tártaros, mongóis e dos cruzados. Quem analisa a vida do Rassulullah (S)
descobre que a primeira batalha travada pelos muçulmanos foi 15 anos depois do
início da revelação, em defesa da divulgação e dos muçulmanos.
Após o estabelecimento do
Sionismo, foi criado o governo sionista de Israel em 1948, à custa da liberdade
e à custa das terras de muitos inocentes que ali residiam. Governo este que não
respeita liberdade de cristãos e muçulmanos. Tudo isso ocorreu com o aval das
grandes potencias mundiais Inglaterra e EUA. E ocorreu com o testemunho de
todas as outras nações. Hoje tenta-se aliviar o sofrimento de povo palestino
como o reconhecimento do estado Palestino. Subhana ALLAH. Mas para os
muçulmanos atentos e conscientes o perigo maior é a demolição do Masjid Al
Aqsa. A primeira quibla dos muçulmanos. E o local da ascensão de nosso Profeta
Mohammad (s) para os céus. A mesquita Sagrada de Al Aqsa pode desmoronar a
qualquer momento devido as escavações que os judeus fazem em seu subsolo, em
busca de vestígios arqueológicos de seu Templo. E uma vez demolido, será sobre
o Masjid AL Aqsa reconstruído este Templo Judaico.
E para concluir, queridos irmãos
e irmãs, como podemos enfrentar esse desafio permanecendo afastados da
religião? A mesquita de Cuiabá é a Casa de Allah, como todas as mesquitas são.
Devemos melhorar e aperfeiçoar nosso relacionamento com Allah. Devemos
estreitar nossos relacionamentos. Devemos ser mais tolerantes e mais amáveis.
Que Allah facilite a compreensão do que foi dito e facilite a pratica do que
foi compreendido. Amin! Wa Salamu Alaikum!
Khutba de Shekh Jamal do Egito
Tradução: Omar Hussein Hallak
sexta-feira, setembro 12, 2014
A Peregrinação a Meca (ár. Makkah)
A Peregrinação anual a Meca (Hajj) é uma obrigação somente para aqueles que são física e financeiramente capazes de empreendê-la. Apesar de Meca (ár. Makkah) estar sempre cheia de visitantes, a Hajj anual começa no décimo segundo mês do calendário islâmico.
"... A Peregrinação à Casa é um dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de empreendê-la; entretanto, quem se negar a isso saiba que Deus pode prescin-dir de toda a humanidade." (Alcorão Sagrado 3:97)
A Peregrinação é uma obrigação somente para aquelas pessoas que atingiram a puberdade, são li-vres, mentalmente sãs, física e financeiramente ca-pazes para empreender tal viagem. O peregrino deve empreender a Hajj com dinheiro lícito, após saldadas todas as suas dívidas e ter deixado o sustento suficiente para suprir a necessidade da sua família equivalente ao período para o qual irá ficar fora devido a Peregrinação.
A maioria dos rituais da Peregrinação baseia-se em actos praticados pela família do Profeta Abraão (paz esteja com ele), quando foi incumbido por Deus de reconstruir a Caaba (ár. Kaabah) juntamente com o seu filho Ismael (p.e.c.e.). Isto demonstra que o Islão é a religião de Deus e não uma religião feita pelo Profeta Muhammad (p.e.c.e.), pois os ritos e as normas da Peregrinação não foram estabelecidos pelo Profeta Muhammad (p.e.c.e.), mas sim por Deus, como também não está vinculada à pessoa do Profeta Muhammad (p.e.c.e.), nem à sua vida, mas sim a Abraão e ao seu filho Ismael (p.e.c.e.), mostrando, dessa forma, a abrangência e o universalismo do Islão. Logo, a Peregrinação é um atendimento ao chamamento que o Profeta Abraão (paz esteja com ele) dirigiu a todos os seres humanos, obedecendo à ordem de Deus.
Os elementos principais da Peregrinação:
AL IHRAM: É a intenção de cumprir a peregrinação. A partir do momento em que o peregrino se propõe a iniciar os rituais da peregrinação, ele veste duas peças de tecido, de preferência branco, eliminando, dessa forma, as diferenças de cultura e de classes entre as pessoas, ficando todos iguais perante Deus.
AL TAWAF: Consiste em dar sete voltas em torno da Caaba, repetindo, com isso, o que foi feito pelo Profeta Abraão e seu filho Ismael (paz esteja com eles). É também como se fosse uma réplica, aqui na terra, do que os anjos fazem constantemente no céu, circundando o Trono de Deus, orando e adorando-O.
AL SAÍ: Consiste em percorrer a distância entre os montes de Al Safa e Al Marwa, sete vezes, repetindo com isso o que foi feito pela esposa do Profeta Abraão, Agar, quando procurava água para o seu filho Ismael.
JAMRAT: Que consiste em repetir o mesmo acto feito pelo Profeta Abraão, quando estava indo cumprir a ordem de Deus de sacrificar o seu filho Ismael.
A PARADA EM ARAFAT: Que consiste em ficar ali desde o entardecer do dia nove até o pôr-do-sol do mesmo dia. Arafat é o único local na realização da Peregrinação, em que todos os peregrinos ficam juntos num mesmo lugar.
Os peregrinos passam esses momentos em oração, pedindo perdão a Deus. Podemos ter nesse momento uma ideia, uma visão de como será o Dia do Juízo Final, onde todos os seres humanos, após serem ressuscita-dos, estarão juntos esperando pelo julgamento. A Peregrinação a Makkah, é a maior convenção anual de fé, o maior congresso mundial, realizado anualmente por mu-çulmanos de diferentes nacionalidades, línguas e cores. O Islão, desde há 1400 anos, realiza tais congressos que foram instituídos por Deus, durante os quais os muçulmanos se encontram, se conhecem, examinam os assuntos comuns relativos ao Islão e aos muçulmanos e através da troca de experiências dos peregrinos, ao re-tornarem aos seus países de origem passam aos de-mais os resultados dessa troca de experiências. Como é a maior conferência de paz regular que a história da humanidade jamais conheceu, durante a peregrinação podemos observar inúmeros benefícios tanto individuais como colectivos. Sendo uma manifestação, na prática, dos verdadeiros traços da universalidade do Islão, da fraternidade e da igualdade entre os muçulmanos, a rea-lização da Hajj transcende os limites de lugar, idioma e cor, igualando todos, governantes e governados, ricos e pobres, aonde todos são iguais sendo o melhor ante Deus o mais temente. Logo podemos observar todos com um mesmo objectivo, adorar a Deus da maneira que melhor O agrada. E durante a Peregrinação nós nos familiarizamos com o ambiente espiritual e histórico no qual viveu o Profeta Muhammad (paz esteja com ele).
AL Masjid AL Haram (A mesquita sagrada): A mes-quita sagrada, desde o tempo em que Abraão e seu filho Ismael reconstruíram a Caaba, sempre foi um pátio ao redor da Caaba, sem casas construídas por perto, nem paredes cercando-a. Com o passar do tempo, construiu--se uma Mesquita que veio a sofrer, e continua a sofrer, várias ampliações.
O Id-AL-Adha (A festa do sacrifício): É a segunda festa do Islão, sendo a primeira a festa do desjejum. O Id-Al-Adha é uma recordação da história do que foi o sacrifício do Profeta Ismael, quando o seu pai, o Profeta Abraão, seguindo sem hesitação a ordem de Deus, iria sacrificar o seu filho.■
Obrigado. Wassalam.
M. Yiossuf Adamgy - 11/09/2014.
quinta-feira, setembro 11, 2014
ATIRAR 7 PEDRINHAS AO SHEITAN – JAMARAT - HAJ
Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK
LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK…
O apedrejamento do sheitan (diabo) (Rami al-Jamarát) é uma das obrigações do Haj.
Este ritual teve origem no Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), Profeta Abraão, que a Paz de Deus esteja com ele, quando Deus, mais uma vez, testou a sua fé. O Profeta já muito velho,depois de Deus lhe ter concedido um filho (Ismail Aleihi Salam), através de um sonho recebe uma ordem de Deus para o sacrificar. Quando colocou a questão ao filho, este que já estava habituado a cumprir com as ordens de Deus, anuiu dizendo: “Ó meu pai, faz o que te foi ordenado! Se Allah quiser, encontrar-me-ás de entre os pacientes.” Cur’ane 37 Vers.102. Quando se dirigia para efectuar o sacrifício, apareceu-lhe o diabo na forma duma grande pedra (obstáculo), tentando-o impedir de cumprir com as ordens Divinas. O Profeta atirou 7 pedrinhas no diabo, que se afundou. Por mais duas vezes, o diabo o tentou aparecendo sobre a forma duma barreira e por mais duas vezes o Profeta atirou de cada vez, mais 7 pedrinhas. Vencido este teste, Deus fez chegar um carneiro que foi sacrificado. Deus satisfeito com o Profeta, anunciou-lhe a vinda do segundo filho, Ishaque (Aleihi Salam). Lembrando este acontecimento, milhões de muçulmanos, que se encontram a cumprir com o Haj e outros muitos milhões que se encontram nos seus países, sacrificam animais para consumo próprio, para oferecerem aos vizinhos e familiares e para distribuição aos pobres.
Na tarde do dia 9 de Dhul al-Hijja, os peregrinos vão estar em Arafah. Segundo os Hadices, o Dia de Arafah é o melhor dia para Allah. Os peregrinos estarão a maior parte do tempo com as mãos levantadas, pedindo perdão e orientação para as suas vidas futuras. Em nenhum outro dia Allah livra tantas almas do inferno como os livra no Dia de Arafaf (Muslim). É o dia em que o sheitan se sente humilhado, pela Misericórdia demonstrada por Allah Subhana Wataala, ao perdoar os pecados dos hajis. Aliviados dos pecados, os peregrinos dirigem-se para Muzdalifa, onde vão passar a noite.
Em Muzdalifa, ainda na noite de 9 de Dhul al-Hijja, os peregrinos para além de se ocuparem com as orações e da recordação de Deus, procurarão as munições - pedrinhas necessárias para o “combate” que vão travar, a partir do dia seguinte. Vão necessitar de 49 “munições”. 7 serão utilizadas no dia 10 e o alvo será só o grande sheitan (diabo). Para os dois dias a seguir, dias 11 e 12 de Dhul al-Hijja, necessitarão de mais pedrinhas. Para cada um dos 3 pilares (jamarats) e para cada um dos dois dias, colectarão 42 munições (7 pedrinhas vezes 3 pilares, vezes dois dias, igual a 42). Se passarem a noite em Mina no dia 13 de Dhul al-Hijja (facultativo), necessitarão de mais 21 pedrinhas. Para que os peregrinos possam repudiar o diabo como o fez o Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), foram colocados em Miná, perto de Maka, três pilares em pedra, representando simbolicamente o sheitane (diabo): um
grande (Jamaratul-Aqabah), um médio (Jamaratul-Wusstá) e um pequeno (JamaratulÚla).
Os peregrinos ao saírem de Arafat, depois de cumprirem rigorosamente com os preceitos de haj, terão os seus pecados perdoados. Mas limpos de pecados, porque devem ir repudiar o sheitan? É para nos lembrarmos da passagem de Ibrahim e de Ismail (Aleihi Salam) e porque o sheitan continuará a perseguir-nos depois de regressarmos às nossas casas. Ele tentará arruinar a nossa felicidade espiritual e lançar-nos na desobediência.
Assim, atiramos as pedrinhas com a intenção de repudiarmos às más tentações, limpando o nosso coração e aumentando a nossa fé, de modo a estarmos mais perto do Criador.
No dia seguinte, dia 10 de Dhul al-Hijja (dia do Idul Adhá), em Miná, os peregrinos iniciam este ritual, apedrejando o maior dos 3 jamarats, que está mais próximo de Maka. Satisfeitos por terem cumprido com esta tarefa, os peregrinos irão efectuar o sacrifício, lembrando o sacrifício efectuado pelo Profeta Ibrahim. Depois de rapar e ou reduzir o cabelo, os peregrinos irão efectuar o Tawáfu-Ziyárat. Em cada um dos dois dias seguintes (11 e 12) , apedrejarão os 3 jamarats, começando pelo pequeno sheitane, seguido do médio e terminando no grande, recitando ao atirar cada pedrinha: “Bissmilláh Allahú Akbar – Em nome de Deus, Deus é o Maior”. Ao “bater” os sheitanes pequenos e médios, deve-se fazer duá. Depois de “bater” o maior, não se faz qualquer duá, o peregrino deve retirar-se de imediato, ignorando-o. Para aqueles que pretenderem ficar mais um dia em Miná (dia 13 facultativo), terão 21 pedrinhas extras para o “combate”. No dia em que o peregrino deixar a cidade de Maka, deverá efectuar o Tawaful Widá (Tawaf de despedida).
Há alguns anos atrás, o acesso aos locais onde se encontram colocados os pilares representando o diabo, eram apertados para o grande número de peregrinos, que ia aumentando de ano para ano. Eram milhões de peregrinos a confluírem todos para o mesmo lugar, que se tornava ainda mais apertado quando se aproximavam dos pilares.
Devido a esta situação, os peregrinos já iam stressados e receosos, para cumprirem com o ritual. Aliado à falta de paciência de alguns ao quererem “descarregar” tudo que lhes ia na alma, acabavam por atingir outros peregrinos que se encontram do lado oposto dos pilares.
Outras vezes, com a confusão de quererem sair do lugar, acabavam por pisar outros, provocando acidentes graves e mortes por asfixia. Para obviar estas situações, nos últimos anos foram construídas pontes com acessos mais alargados, aumentados os diâmetros dos locais onde se encontram os pilares. Os peregrinos têm acesso aos pilares por cima ou por baixo. Graças a Allah, a tarefa dos peregrinos está agora muito mais facilitada para cumprirem o ritual com maior segurança.
Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. Enquanto tiveres saúde e condições físicas e financeiras, responda ao teu Senhor, dizendo: LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK; LABBAIKA LÁ CHARIKA LAKA LABBAIK, INNAL HAM’DA WANNI’IMATA LAKA WAL MULK, LÁ CHARIKA LAK – Eis-me aqui ao Teu serviço, ó Allah, eis-m e aqui. Aqui estou eu ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade a Ti pertencem o louvor e o favor, assim
como o reino. Tu não tens nenhum parceiro.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
11/09/2014
A L M A D I N A A LIBERDADE, O LAICISMO, E AS ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS
Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 08.09.2014
Celebramos há dias mais um 7 de Setembro, data que marca os Acordos de Lusaka firmados no longínquo ano de 1974. A essência deste histórico acordo era o reconhecimento, pela primeira vez, pelo governo colonial, do direito dos moçambicanos de viverem livres e traçarem os seus destinos.
A liberdade é um direito fundamental e de nascença de cada Ser Humano, sendo por isso que cada um está preparado para sacrificar tudo o que possui, incluindo a vida, para alcançar esse direito. Foi por isso que os nossos pais, irmãos e compatriotas lutaram por esse objectivo, tendo-o conseguido, graças à Deus.
A religião e a reflexão também nos ajudam a libertarmo-nos das correntes da escravatura aliás, todos os profetas foram enviados para nos libertar do jugo e domínio de uns acima dos outros, e sermos servos apenas de Deus, e de mais ninguém.
O khalifa Ummar (R.T.A.) dizia: “Desde quando é que vocês têm o direito de escravizar as pessoas, quando as suas mães os pariram livres”?
Depois da liberdade, todas as pessoas começam a pensar em estabelecer um código de vida, e é na base disso que o Homem livre edifica o seu sistema de governação.
O nosso caso de Moçambique não é diferente, dada a sua vastidão, a sua diversidade, a variedade de etnias, línguas, culturas, religiões, e onde os pensamentos e desejos são diferentes. Era necessário um sistema de governação que congregasse toda esta diversidade. Era imperiosa a implementação de um sistema em que ninguém ficasse lesado, nem se sentisse marginalizado, pois todos os seus filhos, independentemente da sua religião, etnia e religião, lutaram de modo igual para libertar a sua Pátria.
Por isso gostaria aqui de saudar e reconhecer a profunda visão dos líderes libertadores da Pátria em declarar o laicismo como sistema, pois seria difícil manter o País unido, e unir a sua população numa única ideologia e posição, com gente tão diferenciada, o que de alguma forma demonstra a sua maturidade política e capacidade de liderança.
Laicismo significa que o governo não tem nenhuma religião oficial, e trata todas as religiões e respectivos crentes existentes no País na base da igualdade e colaboração.
Laicismo também não significa promoção do ateísmo ou erradicação das diferenças religiosas e culturais de cada um.
Uma outra coisa boa implementada mais tarde foi a democracia, pois este é o melhor sistema de governação, pois é uma premissa para que o povo tenha melhor qualidade de vida.
A democracia é a última e mais bela esperança deste Planeta, e é sempre um slogan muito atractivo, particularmente para os países onde não há liberdade.
O então Presidente dos E.U.A. Abraham Lincoln definiu a democracia como: “Governo do povo; pelo povo; e para o povo” isto é, os representantes escolhidos do povo, governam consoante a vontade e constituição aprovada pelo povo.
Em democracia, não só o poder representa o povo, mas o poder supremo também está nas mãos do povo, e esse mesmo povo tem várias opções.
A isto podemos chamar eleições, pois nestas procura-se saber a vontade do povo, e todos os partidos concorrentes conseguem governar por turno, e é essa a essência da democracia.
Devido à falta de conhecimento, algumas pessoas pensam que os representantes do povo é que são os líderes do povo, mas na realidade, num sistema democrático a responsabilidade de liderança está no povo em geral. Para tal deve-se criar neles ideais democráticos e possibilidades para participarem activamente no sistema de governação, e criticarem o governo quando se revelar necessário. Todavia, a crítica deve ser construtiva e não destrutiva como alguns o fazem hoje em dia.
Temos que eliminar tudo o que possa perigar a nossa democracia, que se deve basear nos valores humanos, onde o princípio de “viver e deixar viver” está em primeiro lugar.
No processo democrático as eleições e as campanhas eleitorais também revelam um aspecto muito importante da natureza humana, o que o distingue do resto dos animais irracionais.
Como criaturas nós partilhamos com os demais animais as qualidades animalescas. Crescemos e vivemos na base das leis naturais que se aplicam aos corpos vivos, mas o que nos distingue deles é o siso, o discernimento.
Nunca vimos animais irracionais exigindo melhores condições de vida, melhor habitação, medicamentos para tratar os seus doentes, em suma, exigindo um futuro melhor. Os animais continuam a viver como viviam há milhões de anos, sem aspirações de melhoria da sua situação, enquanto nós, os humanos, tentamos sempre melhorar as nossas condições de vida. Cada geração tenta sempre viver melhor que a geração anterior.
Nunca vimos um animal a guardar comida para o dia seguinte. Nunca vimos um animal a insistir em comer quando já estiver saciado. Ele sempre come consoante a sua necessidade, e quando estiver saciado, pára. Mas o Ser Humano, mesmo depois de estar saciado, se lhe for apresentado algum prato bem decorado e lhe for dito: “Olha, este prato é bom, é diferente e melhor que todos os que já comeste. Experimenta”, acaba por comer.
Nunca vimos um animal a deixar de comer e de beber por estar zangado, ou triste por lhe terem tirado e degolado o seu filhote. Nem nunca vimos um animal, depois de as suas crias já estarem crescidas, querer que elas se mantenham ao pé de si para sempre, ou procurar saber onde estão os seus filhotes.
Porquê esta diferença? É porque os animais agem na base do instinto, enquanto que os humanos agem na base da opção.
Portanto, sejamos prudentes, e tomemos as melhores opções que nos forem apresentadas pelos vários partidos concorrentes às eleições, para assim conseguirmos alcançar um futuro risonho, ainda melhor que o passado.
sábado, setembro 06, 2014
A L M A D I N A A QUESTÃO DA QUALIDADE DE EDUCAÇÃO
Por: Sheikh Aminuddin Mohamad -01.09.2014
Apesar de a educação estar a ganhar mais interesse entre nós, ainda continuamos atrasados relativamente a muitos outros povos do Mundo, isto porque a questão da aquisição de educação tornou-se ainda mais complicada.
Antes, quando a educação não era objecto de comércio, não havia tanta dificuldade na sua busca. Os professores não tinham quaisquer tipos de reservas e estavam sempre prontos a ensinar, dando o seu melhor aos alunos mais aplicados. Aliás, eles sentiam uma enorme alegria em fazer isso, de tal maneira que havia professores que até procuravam alunos e os encorajavam a estudar. Eram bons tempos
Hoje a educação tornou-se um problema. No passado as crianças estudavam em escolas e colégios do Estado, e tinham êxito, mas com o decorrer dos tempos começaram a surgir escolas privadas, e se de um lado o surgimento destas trouxe algum benefício, de outro lado também trouxe prejuízo à educação. O benefício foi a ampliação significativa da rede escolar e um relativo aumento da qualidade de educação, mas convenhamos que o prejuízo que trouxe foi maior que o benefício. O principal prejuízo foi a subversão do conceito de educação, pois no passado o objectivo da educação era servir, e hoje o objectivo é o negócio.
A mudança deste conceito afectou profundamente o resultado e a consequência da educação, baixando substancialmente o espírito de servir e, não sendo portanto, modelo para as pessoas, quando o deviam ser.
Por exemplo, um indivíduo educado devia ser honesto e transmitir lição de honestidade aos outros, mas infelizmente, na maioria dos casos não vemos isso. Hoje a maioria dos que tiveram acesso à educação está muito concentrada no ganho de dinheiro, e numa vida faustosa.
Muitos deles não estão sequer preocupados com os problemas, as dificuldades e as aflições das pessoas. E devido a isso o círculo de benefícios da educação e dos educados retraiu-se bastante, pois agora a educação do indivíduo só o serve a si próprio, ou no máximo, à sua família. Mas se o conceito fosse, servir a criatura de Deus, então certamente que um indivíduo educado não só se beneficiaria a si próprio ou à sua família, mas também um número infinito de pessoas ter-se-ia beneficiado.
Para além disso, nos dias que correm, um grande número de pessoas educadas está envolvida na corrupção, na desonestidade, na imoralidade, no adultério, no alcoolismo, na fraude, na vigarice e na trapaça. Portanto, pode-se considerar que essas pessoas se rebelaram contra o objectivo principal da educação.
O enfraquecimento do ensino oficial e o fortalecimento do ensino privado trouxeram um outro prejuízo, que é o encarecimento da própria educação, pois as propinas nas escolas privadas são bastante exorbitantes.
Há escolas que cobram valores bastante elevados, muito acima dos salários que os pais dos estudantes pobres auferem. Claro que nessas circunstâncias está fora de questão os pobres ou os da classe média, enviarem os seus filhos para esse tipo de escolas, ainda que o queiram.
Há outras escolas que mesmo não sendo muito caras, nem todos os pais têm possibilidades de pagar as mensalidades nelas cobradas, ainda mais se esses pais tiverem mais que um filho a estudar. E para além das mensalidades há ainda os livros, os uniformes, etc.
Mas também há outras escolas onde as mensalidades são muito baixas, estando ao alcance de muitos pais pobres. Mas a questão que aí surge é: Qual é o nível e qualidade de estudos nessas escolas? Será que esse tipo de escolas poderá proporcionar aos alunos, professores competentes e de alto nível, e oferecer outras facilidades e condições aos seus estudantes? Claro que a resposta é: não!
Nas escolas do Estado os salários dos professores são baixíssimos, daí que muitos deles se fazem à sala de aulas a pensar sobre como irão alimentar as suas famílias nesse dia. E por isso eles pouco se preocupam se os seus alunos estão se desenvolvendo ou não, exceptuando os alunos que com o seu dom próprio e capacidade natural conseguem sobressair.
Nessas condições fica a questão no ar: Como é que essas crianças conseguirão melhorar o seu futuro, como é que poderão servir à Humanidade e o seu País, e como é que conseguirão obter um bom emprego?
Seria desejável que os governos investissem mais na educação e na pesquisa científica para que possamos sair do atraso. A expansão escolar é necessária, mas só isso não chega. É necessário que se invista também na qualidade da educação.
Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuh
Advogados da EEUU Pedem o Fim da Impunidade Israelita
O Colégio Nacional de Advogados da EEUU e outras organizações jurídicas instam a Corte Penal Internacional a que investigue os crimes de guerra perpetrados pelos dirigentes de Israel e Estados Unidos em Gaza - 28/08/2014 - Autor: Marjorie Cohn - Fonte: Attac Aragón – Traduzido por: Yiossuf Adamgy - http://www.aragon.attac.es/2014/08/26/el-colegio-nacional-de-abogados-de-eeuu-y-otras-organizaciones-juridicas-instan-a-la-corte-penal-internacional-a-que-investigue-los-crimenes-de-guerra-perpetrados-por-los-dirigentes-de-israel-y-estado/.
O Colégio Nacional de Advogados (NLG, de sigla em inglês) da EEUU, o Centro pelos Direitos Constitucionais, a Associação Internacional de Advogados Democráticos, a União de Advogados Árabes e a Associação Ameri-cana de Juristas enviaram uma carta na passada sexta-feita 22 de Agosto a Fatou Bensouda, Fiscal da Corte Penal Internacional (CPI), instando-a a que inicie uma investigação dos crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade perpetrados em Gaza pelos diri-gentes israelitas, com a ajuda e cumplicidade das autori-dades estado-unidenses. Em virtude do Estatuto de Ro-ma, a CPI tem poder para julgar penalmente os indiví-duos responsáveis pelos crimes de maior gravidade.
“Tendo em conta a extrema gravidade da situação na ocupada Faixa de Gaza, em particular pelo imenso nú-mero de vítimas civis e a destruição a grande escala de propriedades civis, inclusivamente colégios, mesquitas e hospitais, assim como a permanente incitação ao geno-cídio exibida pelos dirigentes e personalidades políticas israelitas, o NLG e as organizações citadas subscrevem um enérgico chamamento ao Gabinete do Fiscal para que faça uso do seu poder, em virtude do Artigo 15 do Estatuto de Roma, e inicie uma investigação preliminar” dos delitos que caem sob a jurisdição da CPI.
“Segundo o Estatuto de Roma, uma pessoa pode ser acusada de crime de guerra, genocídio ou crime contra a humanidade… se ele ou ela ‘ajuda, incita ou de alguma forma presta o seu apoio à execução ou intenção de execução do crime ‘incluindo a provisão de meios para a sua execução’”, lê-se na carta. “Ao enviar assistência financeira, armamentos e outra ajuda militar a Israel, os membros do Congresso da EEUU, o Presidente Barack Obama e o Secretário de Defesa Chuck Hagel ajudaram e instigaram a comissão de crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade das autoridades e comandantes israelitas em Gaza.”
A carta afirma que a 20 de Julho de 2014, por meio dessa conduta criminal, Israel solicitou, e o Departa-mento de Defesa da EEUU autorizou, o envio a Israel de munição procedente do Armazém de Munição de Reserva de Guerra. E, em Agosto de 2013, o Congres-so aprovou, por esmagadora maioria, e Obama assinou, um pagamento de 225 milhões de dólares destinados ao sistema de defesa de mísseis Cúpula de Ferro de Israel.
“O uso da força de Israel, claramente despropor-cionado, contra os 1,8 milhões de habitantes de Gaza tem pouco a ver com qualquer reclamação de segurança”, escreviam as organizações, “mas parece ter sido calculado para exercer a vingança contra os civis palestinos”. A carta cita afirmações de respon-sáveis israelitas defendendo a vingança contra “todo o povo palestino” e “exigindo o internamento dos palestinos em campos de concentração no Sinai, assim como a destruição da infra-estrutura civil em Gaza”.
ACUSAÇÕES DE CRIMES DE GUERRA
A carta enumera os crimes de guerra seguintes e cita, de facto, as acusações de apoio a cada crime:
• Assassinato deliberado (mais de 2.000 palestinos, de entre eles, 80% civis).
• Provocar, deliberadamente, grandes sofrimentos e feridas de gravidade (ferindo cerca de 10.000 palestinos, entre eles, 2.200 crianças).
• Extensa destruição e apropriação de propriedades de forma ilegal, sem sentido e injustificadamente (dezenas de milhares de palestinos perderam os seus lares, foram causados danos muito graves às infra-estruturas).
• Privação ilegal do direito a um julgamento justo (450 palestinos estão detidos sem acusação nem julgamento).
• Ataques intencionais contra civis ou objectos civis ou veículos, instalações e pessoal de ajuda humanitária (bombardeio de numerosos colégios, lugares de refúgio da ONU, hospitais, ambulâncias, mesquitas…)
• Lançamento intencional de ataques injustificados, sabendo que vão servir para matar ou ferir civis, danifi-car objectos civis ou causar graves e duradouros danos no meio ambiente (uso da “Doutrina Dahiya” para aplicar uma “força desproporcionada” e causar “enormes danos e destruição nas propriedades e infra-estruturas civis e sofrimento nas populações civis”, como definiu o Conse-lho de Direitos Humanos da ONU - Relatório Goldstone (Israel arrasou totalmente a cidade de Khuza’a).
ACUSAÇÕES DE GENOCÍDIO
O artigo 6 do Estatuto de Roma define como “geno-cídio” qualquer dos actos seguintes, perpetrados com a intenção de destruir total ou parcialmente um grupo na-cional, étnico, racial ou religioso:
a) Matança de membros do grupo;
b) Lesão grave à integridade física ou mental dos membros do grupo;
c) Submissão intencional do grupo a condições de existência que levem à sua destruição total ou parcial.
A carta diz: “Tendo em conta o facto de que os palestinos de Gaza não tinham possibilidade alguma de fugir para um lugar seguro, deve assumir-se que os oficiais israelitas responsáveis sabiam muito bem que os massivos bombardeios por terra, mar e ar da ocupada Faixa de Gaza iam provocar um número imenso de vítimas e a destruição das propriedades e infra-estruturas civis”. A carta enumera também “as declarações públicas, repetidamente provocadoras, feitas pelos responsáveis israelitas antes e durante a Operação Marco Protector, assim como a história de repetidos bombardeios dos campos e populações de refugiados palestinos no Líbano e Gaza” como prova de que “as autoridades israelitas podem estar a pôr em marcha um plano para destruir a população palestina, pelo menos em parte”.
ACUSAÇÕES DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE
O artigo 7 do Estatuto de Roma define como “crimes contra a humanidade” qualquer dos actos seguintes quando se cometam como parte de um ataque genera-lizado ou sistemático contra uma população civil e com conhecimento de dito ataque:
a) Assassinato;
b) Extermínio;
c) Escravidão;
d) Deportação ou transladação forçosa de população;
e) Encarceramento ou outra privação grave da liber-dade física em violação de normas fundamentais de direito internacional;
f) Tortura;
g) Violação, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência sexual de gravidade comparável;
h) Perseguição de um grupo ou colectividade com identidade própria fundada em motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos, de género defini-do no parágrafo 3, ou outros motivos universalmente reconhecidos como inaceitáveis com relação ao direito internacional, em conexão com qualquer acto mencio-nado no presente parágrafo ou com qualquer crime da competência da Corte;
i) Desaparecimento forçado de pessoas;
j) O crime de «apartheid»;
k) Outros actos desumanos de carácter similar que causem intencionalmente grandes sofrimentos ou aten-tem gravemente contra a integridade física ou a saúde mental ou física.
A carta afirma: “As forças israelitas assassinaram, feriram, executaram sumariamente e detiveram admi-nistrativamente os palestinos, tanto civis como for-ças do Hamas. As forças israelitas destruíram inten-cionadamente a infra-estrutura de Gaza”. Também diz que Israel mantém os palestinos enjaulados na “maior prisão ao ar livre do mundo” e que “controla todas as entradas e saídas de Gaza, e limita… o acesso aos medicamentos e outros produtos básicos”. Finalmente, a carta cita as prisões arbitrárias e as detenções adminis-trativas; a expropriação de propriedades; a destruição de casas, colheitas e árvores; as áreas e estradas sepa-radas; as vivendas e os sistemas jurídicos e educativos segregados para palestinos e judeus; o ilegal muro de separação que invade o território palestino; as centenas de aldeamentos judeus ilegais sobre terra palestina; e a negação do direito dos palestinos ao retorno à sua pátria pelo facto de não serem judeus.
Os signatários da carta concluem que “o início de uma investigação enviaria uma clara mensagem a todos os implicados na execução, ajuda ou instigação dos crimes acima mencionados de que hão-de prestar contas PESSOALMENTE de todos os seus actos”.
Está por ver se a CPI exercerá a sua jurisdição neste caso já que nem Israel nem os Estados Unidos fazem parte do Estatuto de Roma. Mas se a CPI determinar que a Palestina pode aceder ao Estatuto de Roma, a CPI poderia ter jurisdição sobre os crimes perpetrados por israelitas e estado-unidenses em território palesti-no.■
Quem não pretender continuar a receber estas reflexões, por favor dê essa indicação e retirarei o respectivo endereço desta lista.
Obrigado. Wassalam.
M. Yiossuf Adamgy - 06/09/2014.
sexta-feira, setembro 05, 2014
SAFA E MARWAH - LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK...
Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)
Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) A fé do ser humano está em constante mutação. A riqueza, a pobreza, a saúde e o sofrimento, fazem parte do teste que Deus submete a cada um de nós e muitas vezes não o percebemos. Os Profetas, cuja fé era muito superior a nossa, foram os mais (severamente) testados. O Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), foi submetido a diversos testes, não porque Deus duvidava dele, mas para fortalecer a sua fé e a sua lealdade. Nenhum pai aceitaria deixar a sua mulher e o seu filho menor em pleno deserto, a não ser que tenha uma fé inabalável de que Allah Subhana Wataala, é o Único Protector e Sustentador. Não está ao alcance de qualquer um de nós, porque a nossa fé oscila como um índice bolsista.
O Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), seguindo as ordens de Deus, deixou a sua esposa Hajra e o seu filho recém-nascido Issmail (Que a Paz de Deus esteja com eles), perto da Caaba.
Naquele tempo, Maka era um autêntico deserto, sem quaisquer condições de sobrevivência. Ao lado da Caaba, existem dois montes, Safa e Marwa, separados por uma pequena distância. Ibrahim (Aleihi Salam) afastou-se e fez a seguinte prece: “Ó Senhor nosso! Eu fiz habitar parte da minha descendência num vale inculto, perto da Tua Casa Sagrada, Senhor Nosso, para que cumpram a oração; fazei, portanto, com que os corações de algumas pessoas se inclinem para eles, com fervor e sustenta-os com os frutos para que Te agradeçam.” Cur’ane 14, Vers.37
Esgotada a provisão da água e dos alimentos, a mãe aflita, subiu o monte Safa para ver se alguém a acudia. A seguir correu para o monte Marwa, mas não via ninguém. Fez o percurso entre Safa para Marwa e de Marwa para Safa, por sete vezes. Foi então que ela ouviu uma voz. Segundo o relato de Abdallah Ibn Abáss (Radiyalahu an-hu), ela disse em voz alta: “Ó quem quer que sejas, fizeste-me ouvir a tua voz, também me podes ajudar?”.
No local, ela viu um anjo que estava remover o chão com a sua asa. Daí começou a brotar água. Então Hajra com as suas mãos começou a abrir uma cavidade e com as suas mãos encheu o odre. Ibn Abass (Radyialahu an-hu) narra que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Que Allah tenha misericórdia da mãe de Issmail. Se ela não tivesse controlado o caudal, aquela teria sido uma fonte de água que escorreria como um rio!”. Hajra bebeu a água e deu de amamentar ao filho. O Anjo tranquilizou-a e disse-lhe “esta é a Casa de Deus, que será construída por esse menino e pelo seu pai e nunca Deus negligenciou o Seu povo”. Parte do relato de Ibn Abaas, em Bukhari. Livro 55:583.
Esta é a fonte de Água de Zam-Zam que ainda perdura, com um caudal suficiente para que os peregrinos possa beber e até levar como lembrança, para as suas terras de origem.
Ao longo dos tempos, o ritual do Tawaf entre Safa e Marwa foi efectuado pelos residentes e pelos peregrinos que se deslocavam das redondezas para visitar a Caaba. Mas com o passar dos anos, os residentes de Maka gradualmente afastaram-se da Unicidade Divina e começaram a associar-se a falsos deuses. Encheram a Caaba com diversos ídolos esculpidos em madeira e outros materiais. Construíram templos em Safa e Marwa para albergar dois ídolos, respectivamente, Isaf (masculino) e Nai’lah (feminino) e começaram a percorrer as distâncias entre um e outro, em reverência aos dois, tocando e beijando a cada um deles. Referiram de que os dois ídolos se tinham transformado em pedra por terem cometido adultério entre eles.
Quando os Árabes abraçaram o Islam – submissão ao Deus Único, ficaram na dúvida e colocaram a questão se o ritual de percorrer os dois montes de Safa e Marwa seria uma das obrigações do Haj, ou simplesmente um ritual dos tempos da ignorância – da idolatria.Tinham uma aversão ao facto, por recearem vir a praticar shirk, um acto contrário aos fundamentos da Unicidade Divina. Assim surgiu divergências entre os companheiros do Profeta, pois uns referiram de que não se devia fazer o Sa’i por ser uma tradição pagã e outros advogavam de se tratava duma tradição do Profeta Ibrahim (Aleihi Salam). Em resposta a estas preocupações, foi revelado o seguinte versículo: “Os montes de Safa e
Marwa contam-se entre os símbolos de Allah, portanto não é pecado para aquele que visita a Casa na época da peregrinação (Haj) ou noutra altura (Umra), percorrer a distância entre eles…”.
Num longo hadice, Jabir (Radiyalahu an-hu) referiu entre outros aspectos relacionados com o cumprimento dos rituais do Haj, o seguinte: “…O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) seguiu depois para Safa e recitou: “Al-Safa e al-Marwa contam-se entre os sinais apontados por Allah”. E acrescentou: “Começo com o que Allah (me recomendou) para começar. O que significa começar em Safa a caminhada (Sa’i) para Marwa e assim sucessivamente (por 7 vezes). Em Safa, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) olhou para a Caaba e de frente para Quibla, declarou a Unicidade de Allah, glorificando-O. E depois iniciou o Sa’i. Muslim 007:2803.
Deus instituiu o Tawaf entre Safa e Marwa (Sa’i), como um dos rituais (obrigatórios) de Haj, lembrando o sacrifício da mãe de Issmail (Aleihi Salam), quando ela percorreu os dois montes à procura de ajuda. Hajra levantou-se do seu lugar, assustada e com humildade pediu protecção a Deus para encontrar alguém que lhe pudesse socorrer. Ela tinha confiança absoluta em Allah e não ficou no seu lugar a chorar e a lamentar-se pela sua sorte. Allah respondeu às suas orações e lhe concedeu a água de Zam-Zam para aliviar a sede do seu filho. Quem vai fazer a peregrinação, ao fazer o Sa’i entre Safa e Marwa, não só estará a lembrar-se do sacrifício da Hajra, mas estará também a pedir para que Deus preencha as suas necessidades espirituais e mundanas. Pedirá para que Allah Subhana
Wataala lhe possa ajudar a encontrar condições para o seu sustento e da sua família, afastar-se dos pecados e manter-se firme na religião, vivendo submisso a Deus até à sua morte.
Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK; LABBAIKA LÁ CHARIKA LAKA LABBAIK, INNAL HAM’DA WANNI’IMATA LAKA WAL MULK, LÁ CHARIKA LAK – Eis-me aqui ao Teu serviço, ó Allah, eis-me aqui. Aqui estou eu ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade a Ti pertencem o louvor e o favor, assim como o reino. Tu não tens nenhum parceiro.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
04/09/2014
sexta-feira, agosto 29, 2014
Declaração da Associação Teológica Juan XIII face ao genocídio israelita em Gaza
"Os massacres da população civil em Gaza são um autêntico genocídio que fere a consciência da humanidade 22/08/2014 - Autor: Redaccion AT Juan XXIII – Tradução de: M. Yiossuf Adamgy".
Prezados Irmãos, Assalamu Alaikum:
Transcrevo, na íntegra, a Declaração da Associação Teológica Juan XIII face ao genocídio israelita em Gaza:
«Unimo-nos à dor das pessoas que perderam os seus familiares. Ante a criminosa agressão de Israel contra o povo palestino, particularmente os bombardeios e o consequente arrasamento da Faixa de Gaza, a Associação Teológica Juan XXIII, retomando o comunicado do SICSAL, do qual membros da nossa Associação fazem parte, manifesta a sua indignação e a mais enérgica condenação, e declara:
1. Que o povo palestino é o legítimo dono desta terra que habita com pleno direito há vários milénios. Há ses-senta e seis anos a Palestina vive sob a ocupação israe-lita, não obstante as Nações Unidas e outras orga-nizações internacionais o considerem ilegal. 78% do território palestino está ocupado por Israel, que não ces-sa de construir novos assentamentos judaicos, usurpan-do pela força a terra e a água das comunidades pales-tinas, e inclusivamente expulsando de suas casas os seus legítimos donos. Cerca de seis milhões de palesti-nos sobrevivem como refugiados na sua própria terra.
2. Para além disso, o Estado de Israel levantou um gigantesco muro, declarado ilegal pela Tribunal Inter-nacional de Justiça e qualificado de vergonha para a Humanidade na sua recente viagem à Terra Santa pelo Papa Francisco, que disse que não são muros o que há que construir, mas pontes de comunicação e encontro.
3. Há mais de um mês vêm a produzir-se bombardeios israelitas, ataques da artilharia pesada desde os ca-nhões dos barcos de guerra contra as costas de Gaza e invasões terrestres, que custaram até ao presente a vida cerca de 2000 pessoas, a maioria, população civil e uma terça parte são meninos e meninas, e mais de 9.000 pessoas feridas, muitas com gravi-dade. Milhares de lares foram reduzidos a escom-bros, deixando sem tecto famílias inteiras. Foram destruídas universidades e escolas da ONU.
4. A Nações Unidas, na Resolução 3101 (Dezembro de 1973), afirma o direito legítimo dos povos sob do-mínio colonial estrangeiro ou sob regimes racistas, a lutar por sua autodeterminação. Paulo VI, no Populorum progres-sio afirma que no caso de evidente e prolongada tirania, que atentasse gravemente aos direitos funda-mentais da pessoa e danificasse o bem comum, estaria justificada a insurreição revolucionária (nº 31). Esta é a situação do povo palestino, que tem direito à indepen-dência e a uma vida livre e digna.
5. Os massacres da população civil em Gaza são um autêntico genocídio que fere a consciência da huma-nidade. Uma vez mais soam as palavras de Monsenhor Romero, que do coração dos povos oprimidos e ensan-guentados da terra, clama: “Em nome de Deus, pois, e em nome deste sofrido povo cujos lamentos sobem até ao céu cada dia mais tumultuosos, lhes suplico, lhes rogo, lhes ordeno! Cesse a repressão!”
6. Ante esta dramática situação, expressamos:
- A nossa condenação do sequestro e assassinato dos três jovens colonos judeus, da morte do adolescente palestino queimado vivo, das agressões destrutivas contra universidades e escolas da ONU, bairros e zonas inteiras, e de todas as mortes produzidas nesta guerra. Nenhuma morte se justifica sob nenhum pretexto. A vida humana é sagrada. A voz do sangue dos mortos grita da terra até ao coração de Deus (Gn 4,10).
- A nossa solidariedade com o irmão povo palestino e com o povo judeu perseguido e imolado pelos nazis. Unimo-nos à dor das pessoas que per-deram os seus familiares. Nossa opção, como seguido-res de Jesus de Nazaré, são os pobres, oprimidos e crucificados da terra. Caminhamos juntos, como irmãos e irmãs, lutando e sonhando com outro mundo de justiça e liberdade, sinal da presença do reino de Deus na história.
- A nossa mais enérgica condenação do Estado de Israel como violador do direito Internacional, das resoluções da ONU e da Convenção de Genebra de maneira sistemática, e a imposição de sanções econó-micas e políticas ante estes crimes de pouca Huma-nidade.
- O nosso reconhecimento ao direito que tem o Estado de Israel a viver seguro dentro das suas fronteiras, sem que a vida de seus habitantes se sinta ameaçada. Mas isso não o autoriza a invadir o território palestino e a semear o terror na população.
- A nossa indignação face ao silêncio e passividade da maioria dos governos, organizações internacio-nais e instituições religiosas, e, em alguns casos, a sua cumplicidade com o genocídio israelita.
7. Por tudo isto:
- Fazemos um chamamento a todas as organizações sociais e comunidades religiosas de Espanha e do mundo para que se exijam o cessar fogo e a retirada de Israel dos territórios ocupados.
- Reclamamos que se detenha o envio de armas a Israel como condição necessária para deter a sistemática agressão contra a população de Gaza.
- Exigimos aos nossos governos o cessar de acor-dos militares, comerciais, empresariais e culturais com Israel, enquanto não cumpra as resoluções da ONU, as leis e o Direito internacional. Nossos gover-nos falam de paz e aprovam resoluções da ONU, mas continuam contribuindo para perpetuar a violência negociando com países que violam os direitos hu-manos e o direito internacional.
- Fazemos um chamamento ao boicote de produtos de Israel, até que este país derrube o muro e regresse às fronteiras anteriores à guerra dos “seis dias”.
- Exigimos às autoridades de Israel e da Palestina que tentem o diálogo de paz, para procurar uma saída negociada e digna do conflito. A paz é fruto da justiça (Sal 85). Com razão proclamava João XXIII, na encíclica Pacem in terris, que o caminho para a paz é o reconhecimento da verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade.
8. Unimo-nos em oração com todas as pessoas e organizações cristãs das distintas confissões, crentes judeus e muçulmanos de todo o mundo que, num clima de colaboração e diálogo inter-religioso, trabalham pela paz, implorando a força do Espírito de Deus para não desfalecer nos sonhos e na luta por outro mundo possível, onde o direito, a liberdade e a paz que nascem da justiça se estabeleçam na terra.
9. Declaramos que é indigno e criminoso justificar as agressões descritas etiquetando como anti-semitas a quem as condena. Eram por acaso anti-semitas os grandes profetas (Natán, Jeremías, Amós, Oseas.... que são uma das glórias do povo judeu), quando denunciavam os crimes dos seus governantes? É anti-semita essa minoria de judeus, verdadeiro “res-to de Israel” que sofre e se sente pelos pecados do seu povo? Não são semitas também os palestinos? Não é moralmente baixo utilizar a dor do maior holo-causto da história no passado, para justificar novos genocídios no presente, ainda que sejam de di-mensões mais reduzidas? Não é hipócrita apelar a um “direito a defender-se” quando ninguém preten-de negar esse direito mas só denunciar a flagrante transgressão dos seus limites?»■
Obrigado. Wassalam.
M. Yiossuf Adamgy - 29/08/2014.
quinta-feira, agosto 28, 2014
A PREPARAÇÃO PARA O HAJJ
Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)
LABBAIKA, ALLAHUMMA LABBAIK; LABBAIKA LÁ CHARIKA LAKA LABBAIK, INNAL HAM’DA WANNI’IMATA LAKA WAL MULK, LÁ CHARIKA LAK – Eis-me aqui ao Teu serviço, ó Allah, eis-me aqui. Aqui estou eu ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade a Ti pertencem o louvor e o favor, assim como o reino. Tu não tens nenhum parceiro.
Alhamdulillah! Todos os Louvores para Allah, nosso Senhor, Sustentador e Criadorde todas as coisas. Pedimos a Allah Subhana Wataala, para que derrame bênçãos no Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), o selo da profecia. Que Deus esteja satisfeito com todos os seus familiares e companheiros. Que a Paz de Allah esteja com todos os restantes Profetas, que vieram ao mundo para nos transmitirem sempre a mesma mensagem da unicidade de Deus. “LA ILAHA ILLA LLAH "NÃO HÁ OUTRA DIVINDADE, SENÃO DEUS, A (ÚNICA) DIVINDADE”.
Terminado o mês de Ramadan, mês de reflexão e de sacrifícios, mas de grandes recompensas, milhares e milhares de muçulmanos de todo o mundo, preparam-se agora para uma viagem mais importante das suas vidas. Vão ao encontro da felicidade, ao encontro da Casa de Deus, ansiosos para estarem junto à Caaba, para fazerem as orações, o Tawaf, ou simplesmente para a olhar. Sabem que mesmo olhando para a Caaba, Allah com a Sua infinita Misericórdia lhes concederá recompensas. “Allah envia (faz descer) diariamente, de dia e de noite, cento e vinte Rahmats (Misericórdias) sobre a Caaba. Sessenta, são para os que estão a fazer o Tawaf, quarenta para os que estão fazendo orações à volta dela e vinte para os que estão simplesmente a olhar a Caaba”. Al-Baihaqui.
A ansiedade é tal, que não vêm chegar a hora da partida. Estão ansiosos para chegarem à terra sagrada, já com o Ehram para proclamarem “Labbaika, Allahumma Labbaika - eis-me aqui ao Teu serviço, ó meu Senhor”. Há quantos anos vinham planeando esta viagem? E outros, a quantos anos vinham guardando uma parte dos seus magros salários, para concretizarem a viagem?
Mas há os que vivem desafogadamente, distraídos com o acumular da riqueza e dos prazeres da vida e não se preocupam em cumprir com este importante pilar do Islam. Alegam que se encontram ocupados com os seus empregos / negócios e que têm ainda muitos anos pela frente para o fazerem. Aguardarão pela velhice, quando já não tiverem foças para cumprirem com os rituais? Estaremos vivos no próximo ano? Acaso não temos vários exemplos nos nossos círculos familiares daqueles que nos deixaram em plena juventude? O Profeta Salalahu Aleihi Wassalam disse: “Apressai-vos no cumprimento do Haj, pois nenhum de vós sabe o que lhe pode acontecer (doenças, pobreza e outros factores). Relato de Ahmad e Al- Baihaqui.
“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.
Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17.
“Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
28/08/2014
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