Pois bem, nossa Religião foi
revelada por Deus, Louvado seja Ele, preservada em um Livro (Alcorão Sagrado),
preservada no coração das pessoas que decoram o Alcorão e na língua árabe.
Nossa Religião foi
preservada por Deus, Louvado seja Ele. O Alcorão nunca foi e jamais será
adulterado. A Sunnah do Profeta Muhammad SAAS foi preservada, sabemos exatamente de todos os
passos e ações do Rassulollah SAAS durante toda sua existência. Sabemos o que é
verdadeiro e o que é falso, ou seja, fabricado ou inventado pelos inimigos do
Islam. Não existe em nossa Religião intermediário. Quem quer que tente
introduzir algo em nossa crença logo é desmascarado.
Essa é a grande diferença,
tudo em nossa Religião vem de Deus, Louvado Seja Ele! Os homens não conseguiram
modificar nada em nossa doutrina. Embora tenham tentado, mas o que tem sua
origem no Senhor dos Senhores jamais será abalado. É por isso que devemos sim nos orgulhar de
ser muçulmanos. Outro detalhe, a palavra de Deus Louvado seja é imutável e nós
temos uma única verdade, um único Livro. No Alcorão é Deus Louvado seja falando
com suas criaturas. Não se vê no Alcorão sagrado, informações segundo João,
segundo Lucas, segundo Mates e segundo Marcos. Livro de Jó, Livro de
Isaias e tantos outros. Esse fato está
embasado no Livro de Deuteronômio, atribuído a Moisés (AS) capítulo 18:18;” Farei surgir para eles, do meio de seus
irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei em sua boca as minhas
palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe disser”. A Sunnah do Profeta SAAS também está
preservada, a Religião completa («Hoje,
completei a vossa religião para vós; e aprovei como religião, para vós, Al
Islam (submissão a Allah)». (Alcorão, 5:3). «E quem quer que deseje outra
religião que não seja o Islam (submissão a Deus), nunca lhe será aceita».
(Alcorão, 3:85). E o melhor, quem tentar inovar a Religião seja em qual
aspecto for será descoberto. Isso não acontece em outras religiões que tiveram
a mesma origem que o Islamismo. Com todo respeito aos mentores e seguidores, por
exemplo, do cristianismo, porque tantas denominações religiosas, porque tantas
doutrinas. Veja o que diz Allah SW no Alcorão: “Tomaram por senhores seus rabinos e seus monges em vez de Deus, assim
como fizeram com o Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar
senão a um só Deus”.(Surata 09:31).
Por conseguinte, o Islam não
reivindica ser uma nova religião introduzida pelo Profeta Muhammad SAAS na
Arábia no século sétimo, mas antes uma reimpressão na sua forma final da
verdadeira religião do Todo-Poderoso Allah, conforme originalmente revelada a
Adão e subseqüentes Profetas. Chegados aqui, podemos comentar de forma breve
outras duas religiões que afirmam ser o verdadeiro caminho. Em parte alguma da
Bíblia é possível encontrar referência do fato de que Judaísmo é o nome da
religião revelada por Deus ao Profeta Moisés e aos seus descendentes, ou que
Cristianismo é o nome daquela que é professada pelos seguidores de Cristo. Por
outras palavras, os nomes Judaísmo ou Cristianismo não possuem origem ou
aprovação divina. Apenas muito tempo após a sua partida, é que o nome
Cristianismo foi dado à religião dos seguidores de Jesus.
Assim sendo, em quê difere
de fato a religião de Jesus daquela que adotou o seu nome? A
religião de Jesus reflete-se nos seus ensinamentos, os quais este incitou os
seus seguidores a aceitarem enquanto princípios orientadores do seu
relacionamento com Deus. Para o Islam, Jesus é um Profeta enviado por Allah,
sendo que o seu nome em Árabe é Issá. Tal como os Profetas que o precederam,
Jesus convocou os povos a que submetessem a sua vontade à Vontade de Deus (que
é aquilo que o Islam defende). Por exemplo, no Novo Testamento é dito que Jesus
ensinou os seus seguidores a orar a Deus da seguinte forma:
"Pai-nosso que estais
no Céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino, seja a Vossa
vontade, assim na Terra como Céu." (Lucas 1 1:2 / Mateus 6:910)
Tal conceito foi várias
vezes enfatizado por Jesus em declarações registradas nos Evangelhos. Ele
disse, por exemplo, que o Paraíso seria apenas daqueles que se submetessem.
"Nem todo aquele que me
diz: Senhor, Senhor, entrar á no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a
vontade de meu Pai que está nos Céus." (Mateus 7:21)
Jesus realçou também o fato
dele próprio submeter-se à vontade de Deus.
"Por mim mesmo não
posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque
não busco a minha vontade, mas a vontade d'Aquele que me enviou." (João
5:30)
São várias as referências contidas
nos Evangelhos onde Jesus afirma não ser ele o Único e Verdadeiro Deus. Por
exemplo, ao falar do Último Dia, Jesus diz o seguinte:
"A respeito, porém,
daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os Anjos do Céu, nem o
Filho, mas somente o Pai." (Marcos, 13:32)
Assim sendo, Jesus, tal como
os Profetas que o precederam e o único que se lhe seguiu, ensinou a religião do
Islam: submissão à vontade do Deus Único e Verdadeiro. Deus e
a
Criação
Visto a submissão total a
Deus da vontade pessoal representar a essência da veneração, a mensagem
fundamental da religião divina, o Islam, consiste em adorar a Deus somente,
exigindo também que se evite prestar culto a uma pessoa, lugar ou coisa. Uma
vez que tudo aquilo que existe, com exceção de Deus, o Criador de todas as
coisas, é Criação Sua, pode dizer-se que o Islam apela ao Homem que se afaste
do culto ao que foi criado, convidando-o a adorar ao Criador somente. Apenas
Ele é digno de ser adorado, pois apenas por vontade Sua as preces são ouvidas.
Assim sendo, se um homem
reza a uma árvore e as suas preces são ouvidas, não é a árvore que as realiza,
mas sim Deus. Podemos dizer que isso é óbvio; contudo, para aqueles que adoram
a árvore, não é. Do mesmo modo, aqueles que rezam a Jesus, Buda, Krishna, São
Cristóvão, São Judas ou até mesmo Muhammad SAAS são
atendidos, não o são por eles, mas sim por Deus. Jesus não pediu aos seus
seguidores que o adorassem, mas sim que adorassem a Deus, tal como é referido
pelo Alcorão:
«E quando Allah disse: Ó
Jesus, filho de Maria! Disseste tu aos homens: Tomai-me a mim e a minha mãe por
duas divindades, além de Deus? Ele disse: Glorificado sejas! Como poderia eu
ter dito o que para mim não é verdade?» (Alcorão 5:116).
Do mesmo modo, não era a si
mesmo que Jesus adorava quando prestava culto, mas sim a Deus, sendo citado nos
Evangelhos por ter dito o seguinte: Está escrito:
«Adorarás o Senhor teu Deus,
e só a Ele servirás». (Lucas 4:8)
É possível encontrar este
princípio fundamental no capítulo de abertura do Alcorão, conhecido pelo nome
de Surat al-Fatihah, versículo 4:
«A Ti, somente, adoramos, e
a Ti, somente, pedimos ajuda». (Alcorão 1:4)
Numa outra parte do Alcorão,
o último Livro revelado, Deus também disse:
«E o vosso Senhor disse:
Invocai-Me, que Eu vos atenderei ». (Alcorão 40:60)
É fortemente enfatizado o
fato da mensagem base do Islam (nomeadamente, adorar a Deus somente) proclamar
também que Deus e a Criação são duas entidades distintas. Deus não é igual à
Sua Criação e nem é parte dela. Do mesmo modo, também a Criação não é igual a
Ele ou parte d'Ele.
Isto pode parecer óbvio;
contudo, aqueles que adoram a Criação, e não a Deus, ignoram ou negligenciam de
forma grosseira este conceito. É a crença de que a essência de Deus encontra-se
em toda a Sua Criação, ou que é possível encontrar a Sua divina presença em
determinadas partes dessa Criação, que proporciona justificativa a este culto
ao que foi criado, dizendo tratar-se do culto a Deus. Todavia, a mensagem do
Islam, conforme transmitida pelos Profetas de Deus, é a de que devemos adorar a
Deus somente e evitar prestar culto, direta ou indiretamente, à Sua Criação.
No Alcorão, Deus refere o
seguinte:
«E, na verdade, enviamos
para cada povo um Mensageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos dos
falsos deuses (Taghut)». (Alcorão 16:36).
Quando questionados acerca
do motivo pelo qual se prostram perante criações humanas, os adoradores de
ídolos respondem, invariavelmente, que o que estão realmente a adorar não é a
imagem em pedra, mas sim Deus aí representado. Afirmam eles que, o ídolo em
pedra, representa apenas um ponto fulcral da essência divina, não sendo, pois,
o próprio Deus! Aquele que aceitou o fato de que a essência de Deus encontra-se
presente em toda a Sua Criação, é obrigado a aceitar este argumento defensor da
idolatria. Contudo, quem quer que compreenda a mensagem fundamental do Islam e
as suas implicações, não aceitará jamais a idolatria, por mais racionalizada
que esta esteja.
Aqueles que, ao longo dos
tempos, afirmaram ser Deus ou deuses, basearam esta sua reivindicação na crença
errônea de que Deus encontra-se presente no Homem. Tendo por base este
raciocínio, defenderam que neles a presença de Deus era mais forte do que nos
restantes seres humanos, pretendendo, pois, que as pessoas se submetessem a
eles e lhes prestassem culto. Do mesmo modo, também aqueles que, após a morte
de outros, insistiram na sua divinização, encontraram terreno fértil entre os
que aceitam tal crença.
Chegados a este ponto, deve
já ser claro que, aqueles que compreendem a mensagem base do Islam e as suas
implicações, não aceitarão jamais o culto prestado a um outro ser humano, seja
em que circunstâncias for. Em essência, a religião de Deus é um apelo claro ao
culto prestado ao Criador e a rejeição da adoração à Criação, seja em que forma
for. É este o significado do lema do Islam: Laa Ilaha illa Allah. (Não
existe outra divindade para além de Allah). A declaração sincera desta
frase e a aceitação da profecia torna, automaticamente, a pessoa Muçulmana,
sendo a fé verdadeira no que é dito garantia do Paraíso. De fato, o último
Profeta do Islam SAAS, disse o seguinte: Aquele que disse:
«Não existe outra divindade
para além de Allah», e morreu acreditando nisso, entrará no Paraíso.
Acreditar nesta declaração
de fé exige que a pessoa submeta a sua vontade à de Deus, conforme ensinado
pelos Profetas. Exige também que o crente abandone o culto prestado a falsos
deuses.
A Mensagem das
Falsas Religiões
São tantas as seitas, os
cultos, as religiões, as filosofias e os movimentos existentes à face da Terra,
proclamando cada um deles ser o único e verdadeiro caminho em direção a Deus.
Como podemos nós decidir qual o que está correto ou, se de fato, o estão todos?
Um dos métodos que permite responder a tal questão, consiste em clarificar as
diferenças superficiais existentes nos ensinamentos dos vários chamamentos para
a verdade última, e que, direta ou indiretamente, identifica o objeto central
de culto ao nome pelo qual são conhecidos. Todas as falsas religiões partilham
de um mesmo conceito base, isto no que respeita a Deus: ou afirmam que todos os
Homens são deuses, ou que determinados homens foram Deus, ou que a natureza é
Deus, ou então, que Deus não passa de um produto da imaginação humana.
Assim sendo, podemos afirmar
que, a mensagem base das falsas religiões é a de que Deus pode ser adorado na
forma da Sua Criação. Ao concederem à Criação ou a alguns dos seus aspectos o
nome de Deus, as falsas religiões convidam o ser humano a adorá-la. Por
exemplo, o Profeta Jesus incitou os seus seguidores a que adorassem a Deus;
contudo, os que hoje afirmam ser os seguidores de Jesus, instigam as pessoas a
adorarem-no, afirmando que ele é Deus.
Buda foi um reformador, a
quem se deveu a introdução de vários princípios humanistas na religião
praticada na Índia. Contudo, ele não afirmou ser Deus e nem sugeriu aos seus
seguidores que fizessem dele um objeto de culto. Tal fato não impediu, todavia,
que a grande maioria dos atuais Budistas existentes fora da Índia o tomassem
como Deus, e construíssem ídolos de acordo com a sua percepção, perante os
quais se prostram.
Ao utilizamos o princípio da
identificação do objeto de culto, podemos facilmente detectar as falsas
religiões, assim como a natureza fabricada da sua origem. Conforme Deus diz no
Alcorão:
«Não adorais a Ele, mas a
nomes que inventastes, vós e os vossos pais, para o que Deus não vos investiu
de autoridade alguma. O juízo somente pertence a Deus, que vos ordenou para que
não adorásseis senão a Ele. Tal é a verdadeira religião; porém, a maioria dos
seres humanos o ignora». (Alcorão, 12:40).
Podemos argumentar que, se
todas as religiões ensinam coisas boas, porque motivo devemos nós
preocuparmos-nos com a que seguimos? A resposta consiste no fato de todas as
falsas religiões ensinarem o maior dos pecados, que é o da adoração prestada à
Criação. Este é o maior dos pecados que o ser humano pode cometer, visto
contradizer o próprio objetivo pelo qual foi criado. A Criação do ser humano
verificou-se para que este adorasse a Deus somente, conforme Allah claramente
explica no Alcorão:
«E não criei os gênios e os
humanos, senão para Me adorarem». (Alcorão 51:56)
Consequentemente, o culto
prestado à Criação, e que é a base da idolatria, constitui o único pecado
verdadeiramente imperdoável. Aquele que morre em tal estado de idolatria,
determinou já o seu destino na próxima vida. Isto não é uma opinião, mas sim
algo revelado por Deus na Sua última revelação ao Homem:
«Na verdade, Deus não perdoa
que se Lhe associe companheiro; Mas Ele perdoa tudo, salvo isso, a quem Ele
quer». (Alcorão 4:48,116)
A Universalidade das Religiões de Deus
Visto as conseqüências de se
seguir uma falsa religião serem tão graves, a verdadeira religião de Deus foi
universalmente compreensível e alcançável no passado, e assim deverá permanecer
eternamente, de modo a ser compreendida e alcançada por todos aqueles que
existem à face da Terra. Dito por outras palavras, a verdadeira religião de
Deus não pode encontrar-se confinada a um único povo, local ou período
histórico. Do mesmo modo, é também ilógico que uma religião imponha condições
que nada têm a ver com o relacionamento existente entre Deus e o ser humano,
como é o caso do batismo, a crença no homem como salvador, ou a necessidade de
haver intermediários. No princípio base do Islam e na sua definição (a sujeição
da vontade pessoal a Deus) encontram-se as raízes da universalidade do Islam.
Sempre que o ser humano compreende que Deus é Uno e diferente da Sua Criação, a
Ele submetendo-se, torna-se Muçulmano de corpo e alma, podendo a sua entrada no
Paraíso vir a acontecer.
Consequentemente, qualquer
pessoa, mesmo que se encontre no mais remoto dos locais à face da Terra, pode
tornar-se Muçulmano, um dos seguidores da religião de Deus, o Islam, bastando
para isso rejeitar o culto prestado à Criação e aceitar unicamente a Deus. No
entanto, há que ter em conta que, para que a sujeição da vontade pessoal a Deus
se verifique realmente, é necessário escolher constantemente entre o Bem e o
Mal. De fato, Deus concedeu ao ser humano não apenas a capacidade de
diferenciar o Bem do Mal, mas também o poder de escolher entre ambos. Esta
concessão divina acarreta uma enorme e importante responsabilidade,
nomeadamente o fato do ser humano ser responsável pelos seus atos perante Deus.
Assim sendo, o ser humano deve esforçar-se ao máximo, de modo a praticar o Bem
e evitar o Mal. Estes conceitos encontram-se assim expressos na última
revelação:
«Na verdade, aqueles que
crêem (no Alcorão), e aqueles que são Judeus, Cristãos e Sabeus enfim todos
aqueles que crêem em Deus, e no Último Dia, e praticam o bem, terão a sua
recompensa do seu Senhor; nenhum temor existirá neles, nem se afligirão.»
(Alcorão, 2:62)
Se, por alguma razão, o ser
humano rejeitar a última mensagem, depois desta lhe ter sido claramente
explicada, encontra-se em grande perigo. O último dos Profetas disse o seguinte:
Aquele que, de entre os
Cristãos ou Judeus, ouvir falar em mim, mas recuse afirmar acreditar naquilo
que eu transmito, ao perecer nesta situação, encontrar-se-á entre os habitantes
do Inferno. (Sahih Muslim [Tradução Inglesa], volume I, pág. 91, nº. 284)
Reconhecer a Deus
A questão que aqui se coloca
é a seguinte: podemos esperar que todos os povos acreditem no Deus Único e
Verdadeiro, tendo em conta os vários meios, culturas e sociedades existentes?
Para que as pessoas sejam responsabilizadas pelo culto a prestar ao Deus Único
e Verdadeiro, é necessário que todas O conheçam e tenham acesso a esse
conhecimento. A última revelação ensina que todos os seres humanos têm impresso
nas suas almas o reconhecimento do verdadeiro e único Deus, como parte da
própria natureza pela qual foram criados.
No sétimo capítulo do
Alcorão (al-Aaraf, versículos 172-173), Deus explica que, quando criou a Adão,
criou toda a sua descendência, à qual exigiu um juramento, dizendo:
«Não sou o vosso Senhor?
Disseram: Sim, nós testemuhamo-lo». (Alcorão, 7:172)
Seguidamente, Deus explicou
porque motivo havia exigido a toda a Humanidade que testemunhasse ser Ele o seu
Criador e o Único e Verdadeiro Deus digno de ser adorado.
Neste sentido, Deus
disse o seguinte:
«Isso, para não dizerdes, no
Dia da Ressurreição: Na verdade, nós não estávamos cientes disso» (Alcorão,
7:172)
Isto significa que nos é
impossível afirmar que, naquele dia, não tínhamos idéia de que Allah é o nosso
Senhor e que ninguém nos disse que O deveríamos adorar a Ele somente. Allah
explicita-o ainda de forma mais concreta:
«Ou, para não dizerdes: Na
verdade, foram os nossos pais que idolatravam e nós somos só a sua
descendência, após eles; destruir-nos-ás, acaso, pelo que fizeram aqueles
defensores da falsidade?» (Alcorão, 7:173)
Assim sendo, toda a criança
nasce portadora de uma crença natural em Deus e com uma inclinação inata a
adorá-Lo a Ele somente. Em Árabe, esta crença e inclinação inatas têm o nome de
"Fitrah".
O Profeta Muhammad SAAS refere
que Deus disse o seguinte:
Criei os meus servos dentro
da verdadeira religião; contudo, o demônio faz com que eles se afastem. Do
mesmo modo, o Profeta disse também: Toda a criança nasce em estado de Fitrah.
Seguidamente, os pais fazem dela um Judeu, um Cristão ou um Zoroastriano. Se a
criança for deixada só, ela adorará a Deus à sua própria maneira: contudo,
todas as crianças são afetadas pelo meio que as circunda.
Assim sendo, do mesmo modo
que a criança se submete às leis físicas, impostas à natureza por Allah, também
a sua alma se submeterá naturalmente ao fato de que Deus é o seu Senhor e
Criador. Todavia, se os pais tentam obrigá-la a seguir um caminho diferente,
verifica-se que, nos primeiros estágios da sua vida, a criança não é
suficientemente forte para resistir ou opor-se à vontade dos progenitores. Em
tais casos, a religião seguida pela criança é aquela em que nasceu e segundo a
qual é educada e, até uma determinada etapa da sua vida, Deus não a castigará
pela religião professada
Os Sinais de Deus
Ao longo da vida de uma
pessoa, desde que esta nasce até que falece, são-lhe revelados os sinais do
único e verdadeiro Deus (árabe. Allah). Deus diz o seguinte no Alcorão:
«Nós mostrar-lhes-emos os
Nossos sinais em todas as regiões (da terra) e neles mesmos, até que lhes seja
esclarecido que ele (o Alcorão) é a verdade». (Alcorão, 41:53)
O que a seguir se apresenta,
constitui um exemplo de como Deus se revelou a um homem através de um sinal,
mostrando-lhe o quão errado ele estava, ao adorar a um ídolo. Na região a
sudoeste da selva Amazônia, Brasil, América do Sul, uma tribo ergueu uma cabana
para hospedar o seu ídolo, Skwatch, a quem consideravam ser o Deus supremo de
toda a criação.
No dia seguinte à construção, um jovem entrou na cabana para
homenagear o Deus. Enquanto estava prostrado perante aquilo que lhe haviam
ensinado tratar-se do Criador e Sustentáculo do Mundo, um cão velho, pulguento
e asqueroso, entrou na cabana, tendo o jovem erguido a cabeça mesmo a tempo de
o ver urinar sobre o ídolo.
Escandalizado, o jovem
correu-o para fora do templo; contudo, finda a fúria, percebeu que o ídolo não
podia ser o Senhor do Universo. Deus tem que estar em outro lugar, concluiu
ele. Por mais estranho que possa parecer, o fato do cão ter urinado sobre o
ídolo foi, para o jovem, um sinal de Deus. O sinal continha a mensagem divina
de que, aquilo que ele adorava, era falso.
Consequentemente, a este
jovem foi dada a possibilidade de escolher: ou procurava o Verdadeiro Deus, ou
continuava emaranhado no erro.
Allah menciona a busca de
Deus empreendida pelo Profeta Abraão, como exemplo da boa orientação cedida
àqueles que seguem os Seus sinais:
«E assim fizemos ver a
Abraão o reino dos céus e da terra, para que ele se contasse entre os
convictos. Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse: Eis aqui o meu
Senhor. Porém, quando esta desapareceu, disse: Não adoro os que desaparecem.
Quando viu despontar a lua, disse: Eis aqui o meu Senhor. Porém, quando esta
desapareceu, disse: Se o meu Senhor não me guiar, contar-me-ei entre os
extraviados. E quando viu despontar o sol, disse: Eis aqui o meu Senhor; este é
o maior. Porém, quando este se pôs, disse: Ó povo meu! Na verdade, não faço
parte da vossa idolatria. Na verdade, eu dirijo a minha face para Quem criou os
céus e a terra; sou monoteísta (hanif) e não me conto entre os idólatras».
(Alcorão, 6:75-79)
Tal como antes referimos,
foram vários os Profetas enviados as todas as nações e tribos, de modo a
apoiarem a crença natural do ser humano em Deus e a sua inclinação inata para O
adorar, e reforçarem a Verdade Divina contida nos sinais por Ele diariamente
revelados. Embora muitos dos ensinamentos destes Profetas tenham sido
distorcidos ao longo do tempo, partes destas mensagens de inspiração Divina
mantiveram-se incorruptíveis e serviram para orientar a Humanidade na escolha
entre o Bem e o Mal. A influência que estas mensagens desempenharam ao longo de
várias épocas pode ser observada nos Dez Mandamentos da Torah Judaica, mais
tarde adotados pelos ensinamentos Cristão, assim como na existência de leis
contra o assassinato, o roubo e o adultério, presentes em várias sociedades do
Mundo antigo e moderno.
Como resultado dos sinais de
Deus enviados à Humanidade, juntamente com as revelações confiadas aos vários
Profetas, a todo o ser humano foi cedida a oportunidade para reconhecer o Único
e Verdadeiro Deus.
Consequentemente, a todas as
almas é exigido que respondam pela sua fé em Deus e a aceitação da sua
verdadeira religião, ou seja, o Islam, que significa a total submissão à
vontade de Deus.
Conclusão
A apresentação precedente
demonstrou como o nome da religião Islâmica encerra em si o seu princípio
central, ou seja, a submissão a Deus. Revela também que, o nome Islam, e
segundo as suas Escrituras Sagradas, não foi escolhido pelo Homem, mas sim por
Deus. Do mesmo modo, demonstrou-se que apenas o Islam ensina a unicidade de
Deus e dos Seus atributos, impondo o culto prestado a Deus somente, sem a
existência de intermediários. Por último, e devido aos sinais revelados por
Deus e à inclinação divinamente infundida no ser humano para O adorar, o Islam
pode ser alcançado por toda a Humanidade, seja em que época for.
Resumidamente, o significado
do nome Islam (submissão a Deus), o seu reconhecimento fundamental da unicidade
de Deus, assim como o fato de ser acessível a todos, independentemente da época
em que vivem, apóiam convincentemente a reivindicação Islâmica de que, desde os
princípios dos tempos, e não obstante o idioma falado, esta era, e continuará a
ser, a verdadeira religião de Deus.
Concluindo, rogamos a Allah,
o Enaltecido, que nos mantenha no caminho certo para o qual nos orientou, e que
nos conceda as Suas Benções e Misericórdia, visto ser Ele o mais
Misericordioso. Que Allah, Senhor dos Mundos, seja louvado, e que a Paz e as Bençãos estejam com o Profeta Muhammad SAAS e
com todos os Profetas de Deus e os seus seguidores.
Tanto o nome Jesus como o
nome Cristo derivam do Hebraico, do Grego e do Latim. Jesus é a forma
Portuguesa e Latina da palavra Grega Iesous, que em Hebraico diz-se Yeshua ou
Yehoshua (Joshua). A palavra Grega Christos é a tradução do Hebraico Messiah,
que significa O Anunciado.
Que a paz esteja com ele:
frase que é dita, em sinal de respeito, após mencionar-se o nome de qualquer um
dos Profetas.
Fonte: http://www.islamismo.org/verdadeira_religiao_de_Allah.htm
e Sheik Rodrigo Rodrigues.