sexta-feira, janeiro 10, 2014

O Profeta MUHAMMAD(p.e.c.e.)», para reflexão e possível divulgação.

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

Comemora-se, in cha Allah, no próximo dia 13 de Ja-neiro de 2013 — 12 de Rabi-al-Awwal de 1435, o nascimento do último Profeta de Deus, Muhammad [Maomé], paz esteja com ele.

De acordo com o Alcorão, o Profeta Muhammad (s.a.w.) foi o exemplo que mais sobressaiu para toda a humanidade, mas também os historiadores não-muçul-manos reconhecem-no como uma das personagens de mais êxito da história.

Em 1946 o Reverendo R. Bosworth-Smith escreveu sobre o Profeta em "Mohammed & Mohammedanism":

«Chefe de estado como também da Igreja, foi César e Papa simultaneamente; mas foi Papa sem as exi-gências de Papa, e César sem as legiões de César, sem um exército permanente, sem escolta, sem um palácio, sem uma fonte de ingressos fixa. Se alguma vez um homem pode dizer que governava por direito divino foi Muhammad (p.e.c.e.), porque ele teve todo o poder sem instrumentos e sem o seu respectivo apoio. Não se importava com os adornos de poder. A simplicidade da sua vida privada estava de acordo com a sua vida pública».

Em 1978 Michael Hart no seu livro "Las 100 Personas más Influyentes en la Historia” elegeu Muhammad como a pessoa mais influente na história e dizia isto acerca da sua escolha:

"A minha escolha de Muhammad para liderar a lista das pessoas mais influentes no mundo pode surpre-ender alguns leitores e pode ser questionada por outros, mas ele foi o único homem completamente bem-sucedido na história, tanto a nível civil como religioso... A combinação, sem precedentes, de influ-ência civil e religiosa é o que sinto que dá direito a Muhammad de ser considerado a figura individual mais influente de toda a história humana”.

K.S. Ramakrishna Rao, um professor de filosofia indi-ano (Hindu), na sua brochura "Muhammad, o Profeta do Islão" o chama de "modelo perfeito para a vida humana".

O Prof. Ramakrishna Rao explica a sua teoria, afirmando:

"A personalidade de Muhammad é a mais difícil de abarcar na plenitude da sua verdade. Sou apenas capaz de apreender um vislumbre do seu todo. Que su-cessão dramática de imagens pitorescas! Existe o Muhammad Profeta; o Muhammad Guerreiro; o Muhammad homem de negócios; o Muhammad estadis-ta; o Muhammad orador; o Muhammad reformista; o Muhammad que ampara os órfãos; o Muhammad, Protector dos escravos; o Muhammad, emancipador da mulher; o Muhammad, o juiz; o Muhammad, o Santo. Ele foi um herói no desempenho de todas es-tas extraordinárias funções e em todas estas áreas da actividade humana."

As palavras e os actos do Profeta (p.e.c.e.) mostram- -nos o caminho para alcançar o sucesso, não só neste mundo, mas também no Além.

Em suma, o Profeta do Islão era um pensador positivo, no sentido pleno da palavra. Todas as actividades eram orientadas para um resultado. Absteve-se dos elementos negativos de comportamento que são contraproducentes para a realização dos objectivos, tais como o ódio, a inveja, a arrogância e a ganância.

Todas as acções do Profeta Muhammad (p.e.c.e.) fo-ram baseadas apenas na pura intenção de agradar a Deus.

Estudando a vida do último Profeta, podemos identi-ficar alguns dos princípios de sucesso.

O primeiro princípio:

A escolha do caminho mais fácil. Este princípio é bem explicado numa frase de Aisha (r.a.). Ela disse: "Quando o Profeta teve que escolher entre duas opções, sempre optou pela escolha mais fácil". (Bukhari).

Escolher a opção mais fácil significa que se devem avaliar as opções e escolher a mais viável. Quem come-ça a partir deste ponto, certamente alcançará o seu objectivo.

O segundo princípio:

Veja vantagem na desvantagem. Nos primeiros dias do Islão em Meca, havia muitos problemas e dificuldades. Naquela época, foi revelado o versículo guia do Alcorão: «Na verdade, com a adversidade está a facilidade! Certamente, com a adversidade está a facilidade!» (94:5-6).

Isto significa que se houver problemas, há também oportunidades. A estrada para o sucesso é superar os problemas e aproveitar as oportunidades.

O terceiro princípio:

Alterar o local de acção. Este princípio é derivado da Hégira. Esta não foi apenas uma migração de Meca para Medina, foi igualmente uma jornada para encontrar um lugar mais apropriado para colocar o Islão em acção.

Migração física e perseverança são elementos impor-tantes para estabelecer a paz e a justiça. Isso também serviu de base para a migração intelectual das mentes subjugadas para um espírito despertado.

O quarto princípio:

Converta em amigo, um inimigo. O Profeta do Islão foi repetidamente submetido a práticas hostis dos descren-tes. Naquele momento, o Alcorão prescreveu o retorno do bem para o mal: «Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Muhammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo ami-go!» (41:34).

Isso significa que uma boa acção em troca de uma má acção tem um efeito conquistador sobre os seus inimi-gos. E a vida do Profeta é uma prova histórica deste princípio.

O Profeta (p.e.c.e.) foi o maior exemplo de amnistia após a conquista de Meca sem derramamento de sangue. Para todos os inimigos do Islão foi concedido o perdão, incluindo Hinda, a esposa de Abu Sufyan, que tinha estripado o corpo martirizado de Hamza (r.a.), o tio do Profeta (s.a.w.). Apesar da mutilação detestável do corpo do tio, o Profeta (p.e.c.e.) perdoou-a.

O quinto princípio:

A educação é fundamental para o sucesso. Após a batalha de Badr, 70 incrédulos foram levados como pri-sioneiros de guerra. Eles eram pessoas cultas. O Profeta Muhammad (s.a.w.) anunciou que se algum deles ensi-nasse dez crianças muçulmanas a ler e a escrever, seria libertado. Esta foi a primeira escola na história do Islão em que todos os alunos eram muçulmanos, e em que todos os professores eram da posição inimiga.

O sexto princípio:

Não use a dicotomia como uma maneira de pensar. Na famosa batalha de Mutah, o comandante Khalid Ibn

Walid decidiu retirar as forças muçulmanas do campo de batalha, ao descobrir que eles estavam desproporcio-nadamente superados em número pelo inimigo. Quando chegaram a Medina alguns muçulmanos receberam-nos dizendo: "Desertores!". O Profeta (p.e.c.e.) disse: "Não, eles são homens da avançada".

Estas pessoas de Medina estavam a pensar dicotomia-mente, lutar ou recuar. O Profeta (p.e.c.e.) disse que há também uma terceira opção, que é a de evitar a guerra e encontrar um tempo para se fortalecer. Actualmente, a história diz-nos que esses muçulmanos, depois de três anos de preparação, avançaram novamente em direcção à fronteira romana e, dessa vez, obtiveram uma vitória retumbante.

O sétimo princípio:

Não se envolver em confrontos desnecessários. Este princípio decorre do Tratado de Hudaybiyyah. Naquela época, os incrédulos estavam determinados a envolver- -se na luta contra os muçulmanos, porque estavam nu-ma posição vantajosa. Mas o Profeta (p.e.c.e.), aceitan-do as suas condições unilateralmente, entrou num pacto. Foi um tratado de paz de dez anos. Até então, o ponto de encontro entre muçulmanos e não-muçulmanos tinha sido o campo de batalha. Depois, a área de conflito foi o debate ideológico. Ao longo de dois anos, o Islão saiu vitorioso, pela simples razão da superioridade ideoló-gica.

O oitavo princípio:

O gradualismo em vez do radicalismo. Este princípio está consagrado num Hadith mencionado no Bukhari. Aisha (r.a.) diz que os primeiros versículos do Alcorão foram na sua maioria relacionados com o Céu e o Infer-no. Depois de um tempo em que a fé se tinha afirmado nos corações das pessoas, Deus revelou ordens especí-ficas para desistir de práticas sociais injustas e auto-desaprovação que prevaleciam nos tempos árabes es-curos. Esta é uma prova clara de que para as mudanças sociais, o Islão recomenda o método evolutivo, ao invés do método revolucionário.

O nono princípio:

Ser pragmático em questões controversas. Durante a elaboração do Tratado de Hudaybiyyah, o Profeta (p.e.-c.e.) disse estas palavras: "Isto é da parte de Muham-mad, o Mensageiro de Deus". O delegado dos Corai-xitas opôs-se a estas palavras. O Profeta ordenou que se alterassem as palavras por: “Muhammad, filho de Abdullah". Essa simples mudança apaziguou o delegado dos Coraixitas.

Estes são alguns dos princípios pelos quais o último Profeta do Islão (p.e.c.e.) conduziu a sua vida. As suas realizações foram reconhecidas pelos historia-dores como um sucesso supremo. Devemos ser sábios para recordá-las sempre e, sobretudo na passagem do seu aniversário, e seguir-lhe o exemplo.

«Com efeito, tendes no Mensageiro de Deus um excelente exemplo para quem espera contemplar Deus, deparar-se com o Dia do Juízo Final, e se lembra de Deus frequentemente". (Alcorão 33:21).

Nas próximas reflexões islâmicas, e durante o mês islâmico de Rabia-al-Awwal, o mês do nascimento do Profeta Muhammad (p.e.c.e.), in cha Allah, falar-se-á sobre: “Quem foi ele, exactamente?”; “O que ensinou ele?”; “Porque é que foi ele tão amado por uns e odiado por outros?”; Viveu de acordo com aquilo que pregava?”; “Foi um homem santo”? “Foi um Profeta de Deus?”; “Qual é a verdade acerca deste homem?” Tudo isto, escrito por Yusuf Estes, ex-Pregador Cristão nos E.U.A. e Delegado das Nações Unidas na Cimeira de Paz para os Líderes Religiosos.

“Wa salamu aleikum wa ráhmatullahi wa barakatuh”. E a paz de Deus esteja convosco... .■

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy

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