segunda-feira, maio 06, 2013

Devemos Perguntar ao muçulmano sobre o estado de seu coração e sua fé!

Bismillah Arahmani Arahim!
É permitido perguntar aos muçulmanos – quando encontro com eles – sobre o estado de sua fé ou seu coração? Um deles disse-me que esta é uma questão do invisível e que não é apropriado perguntar sobre isso.
Louvado seja Allah.
O que é prescrito para o muçulmano é incentivar aqueles que encontra para aderir à verdade em palavras e atos, e ser paciente ao fazer isso e chamar as pessoas para isto, como Allah que Ele seja exaltado, diz (interpretação do significado) :

103.1 . Pela era,

103.2 . Que o homem está na perdição,

103.3 . Salvo os fiéis (ao Monoteísmo Islâmico), que praticam o bem, aconselham-se na verdade(ordenam entre si a realizar todos os tipos de boas obras.

(Al-Maroof) que Allah ordenou, e abster-se de todos os tipos de pecados e más ações (Al-Munkar) que Allah proibiu) e recomendam-se, uns aos outros, a paciência (para os sofrimentos, danos e lesões que se pode encontrar pela causa de Allah durante a pregação sua religião de Monoteísmo Islâmico ou Jihad, etc.) e a perseverança! [al-‘Asr 103:1-3].

Foi narrado que Abu Medina ad-Daarimi, que era um companheiro, disse: Quando dois homens entre os Companheiros do Profeta (as bênçãos e paz de Deus estejam sobre ele) encontravam-se, não se separariam até que um deles recitasse para o outro , “Pela era, que o homem está na perdição”, então um deles diria salaam para o outro.

Narrado por at-Tabaraani em al-Awsat, 5124; al-Bayhaqi em Shu’ab al-Imaan, 8693. al-Haythami disse em al-Majma ‘, 10/233: Seus homens são os homens de as-Saheeh.

Bilaal ibn Sa’d (que Allah tenha misericórdia dele) disse: Um irmão seu que te lembra de Allah cada vez que ele se encontra com você é melhor para você do que um irmão que coloca um dinar em sua mão cada vez que ele se encontra com você. Fim de Citação de Hilyat al-Awliya “, 5/225

Com relação a perguntar sobre o estado do coração de alguém ou o nível de sua fé, há o temor de que isso pode levar a um autoelogio ou ele pode causar a quem está fazendo a pergunta de se mostrar na frente das pessoas, como se ele tivesse um coração que crê e teme Allah o tempo todo. Ou pode dar a impressão de que aquele que é questionado não está conseguindo cumprir seu dever para com Allah que Ele seja exaltado, ou pode fazer aquele que é questionado a tentar dizer coisas boas sobre si mesmo para evitar constrangimentos e outras conseqüências negativas. Talvez seja por isso que não encontramos tais questões mencionadas em relatos sobre as formas e dizeres das primeiras gerações, nós não temos conhecimendo de que eles costumavam perguntar sobre esses assuntos.

Quanto ao hadith bem conhecido de ibn Malikal-Haarith al-Ansaari, que diz que ele passou pelo Mensageiro de Deus (as bênçãos e paz de Deus estejam sobre ele), que lhe disse: “Como você está esta manhã, ó Haarith ? “E ele disse: Eu sou um verdadeiro crente, esta manhã, e o Profeta (as bênçãos e paz de Deus estejam sobre ele) disse:” Veja o que você diz, pois tudo tem uma realidade, então qual é a realidade da sua fé ? “Ele disse: eu perdi o interesse neste mundo, e eu passo a minha noite em oração por causa disso, e eu passo meu dia com sede (ou seja, jejuando), e é como se eu pudesse ver o trono de meu Senhor, e é como se eu pudesse ver as pessoas do Paraíso visitando-se entre si no mesmo, e é como se eu pudesse ver as pessoas do Inferno gritando nele. O Profeta (as bênçãos e paz de Deus estejam sobre ele) disse: “O Haarith, você já percebeu, assim permaneça firme”, três vezes … Este hadith foi narrado por at-Tabaraani em al-Mu’jam al-Kabeer, 3 / 266, é um hadith da’if (fraco) e não é saheeh (confiável).

Al-’Aqeeli (que Allah tenha misericórdia dele) disse: Este hadith não tem um isnaad que pode ser provado. Fim de Citação de ad-Du’afa ‘al-Kabeer, 4/455

Ibn Taymiyah (que Allah tenha misericórdia dele) disse: Tem um isnaad, mas este é isnaad da’if e não pode ser comprovado. Fim de Citação de al-Istiqaamah, 1/194

Com base nisso, devemos abster-se de fazer tais perguntas que podem levar a algumas consequências negativas, o muçulmano deve apenas perguntar como seu irmão está em termos gerais.

Assim, ele deve dizer-lhe: Como você está? ou, Como você está hoje? E assim por diante.

Algo parecido com isto foi narrado do Profeta (as bênçãos e paz de Deus estejam sobre ele).

Foi narrado que ‘Aisha (que Allah esteja satisfeito com ela) disse: Uma senhora idosa veio ao Profeta (as bênçãos e paz de Deus estejam sobre ele) quando ele estava na minha casa eo Mensageiro de Allah (as bênçãos e paz de Allah estejam sobre ele) disse-lhe: Quem é você? Ela disse: Eu sou Jaththaamah al-Muzaniyyah. Ele disse: Em vez disso você é Hassaanah al-Muzaniyyah; como você tem estado desde a última vez que te vi? Ela disse: Estamos bem, que meu pai e minha mãe sacrifiquem-se por você, ó Mensageiro de Deus. Quando ela saiu, eu disse: Ó Mensageiro de Deus, toda essa recepção para esta senhora idosa? Ele disse: Ela costumava visitar-nos na época de Khadija, e lealdade é parte da fé “.

Narrado por al-Haakim em al-Mustadrak, 1/62; classificado como hasan por al-Albani, em como-as-Silsilah Saheehah, número. 216 E Allah sabe melhor. Islam Q & A - http://islamqa.info/en/ref/148209

Traduzido por Danielle Aisha

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد


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quinta-feira, maio 02, 2013

A MISERICÓRDIA – Terceira e última parte.

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Wua LLahu LLazí lá ilaha ilah wua. Ãlimul ghaibi wua chahadati, wua Rahmanu Rahim. “Ele é Deus; Não há mais divindades além D’Ele, conhecedor do invisível e do visível.  Ele é o Beneficente, o Misericordioso. Cur’ane 59:22

Abu Huraira (Que Deus fique satisfeito com ele), referiu que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Deus dividiu a misericórdia em cem partes, reteve noventa e nove partes, fazendo apenas descer uma à terra. Dessa (uma) parte, emana toda a compaixão com que a criação inteira divide entre si. É tamanha essa compaixão, que faz com que o animal levante bem as garras, para não causar dano à sua cria”. Bukhari e Muslim. 

Deus providenciou tudo para que o homem possa viver, prosperar e evoluir. Deus criou os céus e a terra. Envia a água do céu, com a qual produz diversos tipos de alimentos, para o nosso sustento. Submeteu para nós os navios, que com a sua anuência, singram nos mares. Submeteu para nós os rios. Ele submeteu para nós o sol e a lua, que seguem os seus cursos e submeteu para nós o dia  e a noite. Ele nos agraciou com tudo o que Lhe pedimos. Se contarmos as graças de Deus, não conseguiremos enumerá-las. 

Com Compaixão, Deus acompanha sempre o ser humano, nunca o abandona. “Pela gloriosa luz da manhã e pela noite quando serena, O teu Senhor não te abandonou, nem te odiou” Cur’ane 93:1,2,3. No entanto, o homem é iníquo e ingrato por excelência. Surat Ibrahim: 14:34. Deus submeteu toda esta misericórdia para a humanidade, mas seguindo as Suas leis. O navio singra o mar de acordo com as leis físicas da natureza. A noite sucede o dia, para o benefício do homem. Tudo o que Deus criou, está submetido às leis fixadas pelo Misericordioso, sem as quais, não seria possível a existência da vida. Tudo o que nos rodeia e que Deus nos agraciou, é uma lição para todos nós. “E na terra, há sinais para os que estão convencidos”. 51:20. Então, porque somos ingratos para com as Suas benesses? “…poucos dos Meus servos são agradecidos”. 34.13

Allah Subhana Wataala quando chama pelos Servos, na generalidade, utiliza a expressão: “Yá ayhu hal insanu”- Ó gente.”. Mas quando chama pelos crentes, diz: “Yá ayhu hal lazina” –  Ó crentes”. Apesar do ser humano se ter esquecido de Deus, Ele está constantemente a chamar pelos Seus servos: “Yá ayhu hal insanu” – Ó gente… Chama pelos biliões dos seres humanos que existem na terra, independentemente da sua filiação religiosa. “Porque me abandonaram, venham até Mim”. “Recordai-vos de Mim, que Eu Me recordarei de vós”. Cur’ane 2.152.

Se O procuras, O encontrarás Misericordioso. Se O esqueceres, Ele aguarda que te recordes Dele. “E quando te esqueceres, lembra-te do Teu Senhor…” Cur’ane 8:24 .

“Diz-lhes: Quer invoqueis a Allah, quer invoqueis ar-Rahman (o Misericordioso), sabei que a Ele pertencem os atributos mais sublimes”. Cur’ane 17:110.

Deus é Rahman e Rahim, o Beneficente, o Misericordioso. São dois nomes derivados de Ar-Rahman (a misericórdia). Ar- Rahman é um nome que engloba todo o tipo de misericórdia que Deus tem perante a Sua criação. Segundo o relato de Abdur Rahman Bin Awf (Radiyalahu anhu), em Tirmidi, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Deus disse: “Eu Sou Ar-Rahman.

Eu criei os laços familiares e denominei de Rahim que obtive da raiz do Meu nome Rahman. Quem ligar o laço familiar eu Me manterei ligado a ele quem o cortar, Eu cortarei (o laço) com ele). O Isslam ensina-nos a construir os laços familiares com compaixão, bondade e misericórdia. O muçulmano que crê em Deus e no Último Dia, deve manter firme os laços familiares. Deve ser amável com todos os parentes próximos ou afastados e mesmo com os não muçulmanos. A amabilidade deve ser também demonstrada para os nossos familiares com os quais estamos insatisfeitos. Obterá assim, a misericórdia de Deus.

“Aos parentes, conceda-lhes os direitos que lhes são devidos, como também aos necessitados e aos viajantes…” Cur’ane 17:26. O mais grave, é romper os laços de sangue. 

Não há pecado mais merecedor de castigo do que a opressão e o corte de relações familiares. Toda a boa acção, por mais pequena que pareça, será registada no livro das boas ações.

Também a mais insignificante má acção, será também registada no livro das más ações. “…. E todos serão julgados com equidade e não serão defraudados.” – Surah Zúmar:39:69.

Para cada boa acção, Deus multiplica em muito (no mínimo por 10) as acções a registar. No entanto, uma má acção será considerada uma só acção. Haverá pecados que não estarão registados no livro das acções porque entretanto surgiu o arrependimento. A beneficência e a misericórdia serão tidos em conta, como por exemplo a mulher que será perdoada, apesar de ter uma moral fraca, porque ao observar um cão sedento à beira do poço, lambendo a areia molhada, sentiu pena do animal, descalçou o sapato de pele atou-o ao seu lenço, tirou a água do poço e deu de beber ao cão. Outro homem que ao ver um gatinho cheio de frio, mostrou um acto de bondade, ao embrulhar o pequeno animal com uma manta e por isso foi perdoado. No dia do julgamento final, as pequenas boas acções terão em conta para a recompensa.

Todos nós consideramos normal, os filhos participarem nas cerimônias fúnebres dos seus pais. Já ao contrário, os pais enterrarem os seus filhos, provoca tristeza e muitas vezes revoltas por parte de alguns. Porque morrem as crianças com tenra idade? Será um teste à fé dos respectivos pais?. Anas referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Um muçulmano cujos três filhos tenham morrido antes de atingirem a puberdade, Deus lhe garantirá o Paraíso, devido à sua misericórdia por eles”. Bhukari 23:340. 
Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Os filhos menores dos crentes, viverão numa montanha do paraíso, sob a supervisão de Abraão e de Sarah (Que a Paz de Deus esteja com eles). Eles tomarão conta deles e entregarão as crianças aos seus parentes no dia do julgamento.”

Khalid al-Absi disse: “Um filho meu morreu e eu senti uma grande tristeza por ele. Eu perguntei: “Abu Huraira, ouviste algo do Profeta  (Salalahu Aleihi Wassalam) para nos confortar acerca do nosso falecido?”. Ele respondeu: “Eu ouvi o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) que referiu: “Os vossos filhos estão circulando livremente no Paraíso”. Bukhari – Al Adab al Mufrad. Na narração de Muslim, Abu Huraira acrescentou: “Eles encontrarão os seus parentes e lhes segurarão as mãos ou as suas roupas, como eu estou segurando as vossas roupas e eles não largarão as mãos deles até que Allah os faça entrar no paraíso com os seus parentes”. Muslim 32.6370

“Allahumaghfirli yá Arhama Ráhimin”. Ó Allah perdoa-me e tenha pena de mim, ó Tu mais Misericordioso de todos os que mostram misericórdia! 

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17.

“Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

02/05/2013

segunda-feira, abril 29, 2013

AS DIFICULDADES NO CAMINHO DO CASAMENTO

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohammad (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Não reparas em que Allah conhece tudo quanto existe nos céus e na terra ? não há confidência entre três pessoas, sem que Ele seja a quarta delas ; nem entre cinco, sem que Ele seja a sexta ; nem que haja menos ou mais do que isso, sem que Ele esteja com elas, onde quer que se achem. Logo, no Dia da Ressurreicão, os inteirará de tudo quanto fizerem, porque Allah é Onisciente.

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos e irmãs muçulmanos, nosso assunto é sobre a dificuldade e os problemas no caminho para se casar, sabemos que durante a vida e mesmo casado sempre haverá problemas e dificuldades que carregaremos em nossas costas. Mas Allah(Louvado Seja) facilitou o nossos caminhos, porém as pessoas as dificultam, e o Islam abençoa a união e o casamento com facilidade para constituirmos uma família. 

O casamento do ponto de vista do Islam e aproximação das leis de Allah(SWT), e da SUNNAH (tradição do Profeta Muhammad(SAAW) e Allah(SWT) nos mostrou, orientou e recomendou como uma obrigação para cada muçulmano. E não vivermos sozinho ou em monastério ou em celibato. No Islam não existe proibição para o casamento, e também não fala em nos isolarmos das mulheres imaginando que isso seja uma tentação do SHAITAN(diabo), como tratado por algumas religiões. 

Na Europa na Idade Média os monastério tratavam as mulheres como impuras e fugiam delas, mesmo sendo irmãs ou mães. No Islam o Profeta Muhammad(SAAW), casou-se. Tanto que seus companheiros disseram se restarem dez dias de sua vida neste mundo eles se casariam, para não se encontrarem com Allah(SWT) solteiros. O ser humano não vive sozinho, tanto que Allah(SWT) criou Adão(A.S) e criou a sua mulher. Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AL-BAQARAH vers 35 : « E dissemos : Ó Adão ! Habita, tu e tua mulher, o Paraíso, e dele comei, fartamente, onde quiserdes, e não vos aproximeis desta árvore, pois seríeis dos injustos. » 

O casamento é um destino no qual Allah(SWT) nos criou em PAR tanto o ser humano como os animais e as plantas. Pois para tudo existe o masculino e o feminino o macho e a fêmea. Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AZ ZARIYAT vers 4 : « E de cada cousa, criamos um casal, para meditardes. » 

Dentro do Islam a união entre homem e a mulher no casamento, formando um casal, isto é, duas pessoas e ambas carregando a mesma responsabilidade. Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AN NAHL vers 72 : « E Allah vos fez mulheres de vós mesmos e vos fez, de vossas mulheres, filhos e netos, e deu-vos por sustento das cousas benignas. Então, crêem eles na falsidade e renegam a graça de Allah ? »

Anas (R.A) escutou o Profeta Muhammad (SAAW) , « nos ordenando casamento, e proibindo o celibato » O casamento é a união que dela gerará os filhos e constituirá uma família, tudo isso com anuência de Allah(SWT), e essa união não deve ser por interesse ou atrás de vínculos, deve ser puro e verdadeiro e deve ser num ambiente que exista amor, harmonia e respeito, e temor a Allah(SWT), desta forma faz com que a família cresça e multiplique. Disse Allah(SWT) no alcorão Sagrado na Surat AN-NISSA vers 1 : « Ó homens ! Temei, a vosso Senhor, Que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres. E temei a Allah, em nome de Quem vos solicitais mutuamente, e respeitai os laços consanguíneos. Por certo, Allah, de vós, é Observante. ».
Também no Alcorão Sagrado na Surat AR-RUM vers 21 : « E, dentre Seus sinais, está que Ele criou, para vós, mulheres, de vós mesmos, para vós tranquilizardes junto delas, e fez, entre vós, afeição e misericórdia  Por certo, há nisso sinais para um povo que reflete. » 

Meus irmãos Allah(Louvado Seja) criou o homem para mulher e a mulher para o homem. Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AL-FURQAN vers 54 : « E Ele é Quem cria da água um ser humano e faz dele parentes sanguíneos e parentes afins. E teu Senhor é Onipotente. » como em outra Surat AL-BAQARAH vers 187 que diz : « ..Elas são para vós vestimentas, e vós sois para elas vestimentas... » 

Na verdade são como vestimentas uns para os outros porque eles se dão proteção, conforto, agasalho, apoio e o ornamento da mesma forma que as roupas fornecem ao ser humano. No Hadith do Profeta Muhammad (SAAW) diz : « Ó jovens, que case aquele capaz de sustentar a sua esposa, pois o casamento coíbe os olhares furtivos e protege as partes privadas das pessoas. Aquele que não tiver posse para tal, deverá jejuar, pois isso quebra a tentação. » 

O casamento é um ato tão abençoado que é uma solução para o adultério e um meio de produzir uma comunidade educada, civilizada. Por que o casamento tornou-se uma questão tão difícil e caro, o adultério e a fornicação se tornou uma coisa normal na sociedade de hoje. 

O casamento se tornou um problema só em pensar nas despesas nos gastos no stress dificultando e as pessoas criam modismo e tradições sem sentidos, tornando o casamento mais difícil ainda. E na verdade é o contrário é simples e fácil. E para concluir também disse o Profeta Muhammad(SAAW) : « Quando o homem casa, ele preenche a metade de sua religião, Então que tema a Allah com a metade restante. »

Salamo Aleikom

Glossário

(SWT) SUBAHANA WA TAALA (LOUVADO SEJA ALLAH)

(SAAW) SALA ALLAHU ALEIREM WA SALAM ( QUE A PAZ DE ALLAH ESTEJA COM ELE)

(R.A)= RADY ALLAHU AANHO ( QUE ALLAH ESTEJA SATISFEITO COM ELE)

SUNNAH= DITOS E TRADIÇÕES DO PROFETA MUHAMMAD(SAAW)

HADITH= DITOS E CONTOS DA TRADIÇÕES DO PROFETA MUHAMMAD(SAAW)
SHAITAN= DIABO
Fonte: Centro Islâmico de Brasília-DF - Khutuba : Sheikh Muhammad Zidan -M( QUE A PAZ ESTEJA COM 

sexta-feira, abril 26, 2013

Os nossos jovens

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 10.09.2012

Os anos de infância são um período diferente para cada indivíduo que luta por encontrar o seu devido lugar no seio da família e na sociedade. Ele confronta-se com todo o tipo de stress, desde o físico, ao mental e ao emocional, estes último decorrente da puberdade, juntamente com as exigências seguintes da paixão desenfreada, e outras pressões.

É, de facto, uma fase extremamente sensível de desenvolvimento, que os pais têm que gerir com cuidado e prudência, pois se algo falhar, os grandes sonhos que nutrimos para os nossos filhos, podem de repente transformar-se em pesadelos caso eles sucumbam à tentação das drogas, das bebidas alcoólicas, da promiscuidade sexual, e outros vícios.

Portanto, é importante que as suas energias e aspirações sejam direccionadas e expressas dentro de um plano bem definido.

Nós podemos optar por ignorar a realidade e simplesmente desejar que isso nunca aconteça aos nossos filhos, ou então ocuparmo-nos numa forma construtiva de nos envolvermos com eles. Esta última opção exigirá mais do que boas intenções, pois segundo o adágio popular, de boas intenções está o Inferno cheio.

Hoje em dia, cada vez mais os nossos jovens se entregam ao comportamento imoral, à violência, ao sexo permissivo e às drogas, tendências estas que lhe são transmitidas não só pela televisão e pelo vídeo-game, mas também pela própria sociedade onde estão inseridos, e por outras fontes.

O Alcorão e a Bíblia falam da demonstração gráfica de como o profeta José (Youssouf) - que a paz esteja com ele - como jovem, respondeu aos vícios sociais da sua sociedade. Ele foi traído pelos seus próprios irmãos mais velhos, vendido como escravo, depois resgatado, para de seguida se tornar membro da família real. Na casa onde vivia no palácio real, foi seduzido pela esposa do dono da casa. Furtou-se à tentação sexual da esposa do governante, o que lhe valeu a acusação de tentativa de violação. Com esta repulsa a atos indignos revelou dignidade. Preferiu a vida dura da prisão, apesar da sua beleza encantadora e do seu vigor juvenil. Na cadeia não esmoreceu, e não só manteve a sua fé inabalável como desenvolveu trabalho junto aos seus companheiros da prisão, falando da grandeza de Deus.

Devido à sua capacidade e integridade, mais tarde foi elevado ao mais alto cargo no Egipto de então. Tamanha era a sua generosidade que perdoou aos seus irmãos quando estes, aflitos, foram ter com ele pedindo-lhe ajuda.

Foi vítima de inveja, conspiração, escravatura e tirania. A sua humildade, coragem, fé e determinação, inspiraram de forma contínua muitos jovens, havendo na História muitos exemplos de jovens que revelaram atitudes heróicas.

O que é que terá levado esses jovens a tão sublimes actos patrióticos? O que é que eles tinham que os jovens de hoje não têm? Por que razão os nossos jovens se tornaram tão individualistas, gananciosos, entregues à ilusões? Estas atitudes podem trazer consequências horrificas para o Mundo de amanhã.

Infelizmente, nós não temos programas significativos para os nossos jovens, o que é agravado ainda mais pelos níveis chocantes de ignorância, apesar da existência, ao alcance das pontas dos nossos dedos, de uma riqueza inestimável tanto em livros como em recursos. Mesmo assim recusamo-nos a lê-los.

O ambiente nas escolas também é de lamentar, pois está a contribuir para a criação de uma cultura de arrogância e vaidade, agravando ainda mais a situação.

Segundo o juiz A. M. Kennedy o mundo real da disciplina da escola é um local áspero e de desordem, onde os estudantes praticam vulgaridades recentemente aprendidas. Surgem com ira, zombam e embaraçam-se uns aos outros, partilham notas ofensivas, namoram, empurram-se nos salões, arrancam e ofendem.

As nossas escolas tornaram-se um local de criação de vulgaridades e indecência, o que e é sintoma da síndrome da ausência dos pais!.

Os pais tornaram-se estranhos aos seus próprios filhos. Eles não têm tempo para dedicar aos seus filhos, ou quando o têm é tão reduzido que não chega para transmitirem quaisquer valores aos seus filhos. A casa tornou-se uma espécie de instituto frio, que simplesmente alberga indivíduos que de comum pouco ou nada têm.

Devemos criar, dentro de casa, um ambiente que seja profícuo. Devemos ser sensíveis ao processo de desenvolvimento dos jovens, evitando que se sintam estigmatizados, pois se nos zangarmos com eles por erros releváveis, ou se formos cáusticos na forma como lhes falamos, tal pode levar a tendências rebeldes.

A parceria, e até mesmo alguma dose de cumplicidade entre pais e filhos, devem ir para além da mesa do jantar. Os nossos programas precisam mais do que simples palestras e discursos.

Precisamos de iniciar actividades na base da comunidade, que canalizarão as aspirações dos nossos jovens dentro de um contexto bem definido para se alcançarem metas activas. Para tal é necessário que em primeiro lugar haja uma boa companhia e uma determinação igual ao do profeta José (Youssouf), pois diz um provérbio popular: “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”.

Devemos premiar os jovens piedosos, condecorando-os, como forma de fomentar e encorajar a piedade nos jovens.

Deus que nos dê forças para respondermos de forma apropriada às exigências dos nossos tempos. Que proteja a nossa fé e nos ajude a desenvolver laços familiares fortes, que possam contrapor as manchas da sociedade actual, para que os jovens sejam os nossos verdadeiros continuadores.

Saibamos que alguns estendem a felicidade onde quer que vão, mas outros deixam-na atrás onde quer que vão.

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuhu!

O Caráter do Muçulmano - 11‏

Bismillah!

As Maneiras de Conversar - O Comportamento Correto nas Conversações - As Maneiras de Conversar Shaikh Mohamad Al Ghazali - Tradução: Prof. Samir El Hayek

A língua e o idioma são dádivas valiosos de Deus. São estas dádivas de Deus ao homem que o tornam superior às outras criaturas.

“O Clemente ensinou o Alcorão. Criou o homem e ensinou-lhe a eloquência“ (55ª:1-4)

Quanto maior a dádiva, maior deveria ser sua retribuição. Ser agradecido por ela é tão necessário quanto é repreensível ser ingrato.

O Islam explicou como as pessoas podem obter o melhor resultado (no uso) dessa dádiva sem igual, e como as palavras que fluem de suas línguas durante todo o dia, podem ser usadas para o bem e pela verdade. Não são poucas as pessoas que nunca se cansam de falar.

Se você analisar tais conversas, descobrirá que em sua maioria, consistem de coisas insensatas, absurdas e imprestáveis, apesar de Deus não ter conferido essa faculdade aos homens para tal uso:

“Não há utilidade alguma na maioria dos seus colóquios, salvo nos que recomendam a caridade, a benevolência e a concórdia entre os homens. A quem assim proceder, com a intenção de comprazer a Deus, agraciá-lo-emos com uma magnífica recompensa“ (4ª:114)

O Islam dedicou uma atenção especial à fala, seu estilo, sua etiqueta e suas regras, porque aquilo que sai da boca de um homem expõe seu nível intelectual e sua natureza moral, porque o comportamento conversacional em um grupo revela seu padrão geral, e demonstra o padrão de decência do seu meio ambiente. 

Antes de se dirigir-se aos outros, olha para si mesmo, e pergunte-se se aquele momento é asado para que fale. Se a resposta for afirmativa, então fale, em caso contrário, o silêncio será bem melhor. Para evitar de falar desnecessariamente em ocasiões apropriadas é uma forma de merecer grandes recompensas:
 
Abdullah ibn Masud disse:
“Pelo Ser além do qual não há nenhum outro Deus, nesta terra não há ninguém mais merecedor de aprisionamento do que a língua.” (Tabarani).

Abdullah Ibn Abbas disse: “Cinco coisas são mais importantes do que os cavalos de pernas listradas de preto:

1. Não te envolveres em conversações sem sentido, porque são inúteis e absurdas, e eu me preocupo pelo temor de que venhas a cometer um pecado;
2. Fala objetivamente quando houver uma oportunidade para isso, pois há gente que fala sem que haja motivo para tal. Isto e um estorvo;
3. Não te envolvas em discussões acaloradas nem com um homem inteligente nem com o tolo. Se ele for inteligente, ele ficará zangado contigo e te odiará, e se ele for tolo e mal educado, poderá te machucar;
4. Na ausência de um irmão, fala dele do mesmo modo como gostarias que ele falasse de ti na tua ausência, e considere-o inocente daquilo que tu gostarias que ele te achasse inocente;
5. Aja como um homem que pensa ser recompensado por uma boa ação e castigado ao cometer um crime.” (Ibn Abi-al-duniya).

O muçulmano é capaz de desenvolver estes atributos em si mesmo somente se mantiver sua língua sob controle, e for capaz de ficar calado sempre que necessário. Ele deve ser capaz de segurar as rédeas de sua língua; quando necessária, deve ser capaz de falar, e quando não for necessário, deve ser capaz de calar.

Aqueles que são dominados por sua língua, são sempre impelidos para trás, e nos afazeres da vida recebem insultos e má reputação.

A Segurança está no Silêncio

Ao falarmos absurdos e despropositadamente, perdemos nosso bom senso. Aqueles que querem impressionar aos outros participantes de uma reunião com sua eloquência  falam com tal habilidade e interminavelmente que as palavras lhes saem da boca como água de uma chuva torrencial. E apesar de procurarem convencer aos outros de quanto são sábios, inteligentes e previdentes, as vezes a impressão que resulta dos seus longos discursos e justamente a contrária, e de seus assuntos as pessoas concluem que não há nenhuma relação entre o que eles querem fazer as pessoas crerem a respeito deles e o que eles realmente são.

Quando um homem quer ponderar sobre a sua posição e quer arrumar seus pensamentos religiosos, ele geralmente foge dos ambientes barulhentos e da algazarra, refugiando-se em lugares tranquilos  E por isso, o Islam recomenda o silêncio e o considera como o meio mais adequado à instrução de forma civilizada, sem que dela advenham surpresas
O Profeta tinha, entre outras coisas, aconselhado Abu Zar da seguinte forma:

“Adote o silêncio. Esse e um modo de fazer Satanás fugir, e um grande aporte para você em relação à sua religião.” (Ahmad).

Sem duvida, a língua é uma corda nas mãos de Satanás. Ele a brande para o lado que quer. Quando um homem é incapaz de controlar os seus assuntos, sua boca se transforma em passagem para todas as conversas negativas que contaminam o coração e o cobrem com o manto da negligência .

O Profeta disse: “A fé de um homem não pode ser correta se o seu coração não for probo, e seu coração não pode ser probo se sua língua não for correta. (Ahmad).

A primeira etapa dessa correção e probidade e de que o homem deve lavar suas mãos de todos e quaisquer assuntos irrelevantes e não interferir naqueles assuntos que não lhe dizem respeito (pelos que ele não tiver responsabilidade).“A excelência da fé de um homem está em ele desistir de esforços inúteis.” (Tirmizi)

Saber Evitar a Tolice é uma Condição Para o Êxito

Saber evitar as coisas irrelevantes e tolas é uma condição para o êxito e para a perfeição. O Alcorão menciona isso entre dois deveres essenciais (Faraid) dos muçulmanos, o que dá uma ideia de sua importância.

“É certo que prosperarão os fiéis, que são humildes em suas orações, que desdenham a vaidade, que são ativos em pagar o zakat.” (23ª:1-4).

Se todos os homens do mundo somassem os esforços que fazem em participar de conversas e atos tolos, perceberão que uma grande parte das longas histórias que contam, noticias que transmitem, narrativas, discursos e anúncios consistem de coisas vãs, insignificantes e inúteis, que são até ansiosamente observadas, e ouvidas, mas das quais ninguém obtém qualquer beneficio.

O Islam manifestou sua desaprovação das conversas e coisas sem sentido, porque as coisas superficiais e inúteis não tem qualquer valor para ele. Ele não gosta de ver o homem não se ocupar dos assuntos para os quais foi criado, e em lugar disso, que fique a desperdiçar sua vida envolvendo-se com outros assuntos irrelevantes.

Quanto mais distante um muçulmano estiver de alguma coisa absurda e irrelevante, tanto mais digno será o conceito que Deus terá dele.

Anas ibn Málik diz que quando um homem morreu, outro fez um comentário a respeito dele na presença do Profeta dizendo que ele iria para o Paraíso. O Profeta o interrompeu e disse: “Então você não sabe? É possível que ele tenha praticado alguma conversação fútil ou tenha sido avaro em gastar sua riqueza, apesar de tais coisas não resultarem em qualquer redução.” (Tirmizi)

Um palrador fútil, devido à fraca coordenação entre seu pensamento e sua língua, diz qualquer coisa que lhe vêm na ponta desta. Algumas vezes diz até coisas que o põem em perigo, e ele destrói seu próprio futuro. Diz-se que quanto mais alguém fala, tanto mais erros comete. Certo poeta árabe disse:

O jovem morre pelas falhas de sua língua enquanto que não ocorre morte por causa da falha dos pés.”

Na tradição está afirmado: “Um homem diz algo para fazer quem está presente rir, apesar de em consequência disso ele vir a ser atirado às regiões mais longínquas entre a terra e o céu. O falhar das pernas causa muito menos mal do que a falha da língua.” (Baihaqui).

O Discurso Acalentador e o Recurso do Missionário

Quando um homem precisa falar, deve dizer algo bom e proveitoso. Ele deve acostumar sua língua a pronunciar coisas boas, decentes e respeitosas, porque a melhor manifestação dos pensamentos e sentimentos do coração e da mente e a literatura clássica, com a qual Deus abençoou os seguidores de todas as religiões.

O Alcorão mencionou claramente que o tratado firmado por Moisés com os Bani Israel também incluía a condição de que eles se dedicassem a conversas proveitosas e sadias:

E de quando exigimos o compromisso dos israelitas, ordenando-lhes: Não adoreis senão a Deus; tratai com benevolência vossos pais e parentes, os órfãos e os necessitados; falai ao próximo com doçura; observai a oração e pagai o zakat. Porém, vós o renegastes desdenhosamente, salvo um pequeno número dentre vós.” (2ª:83)

A conversa clara e decente impressiona tanto a amigos como a inimigos, e seus doces frutos podem ser prontamente desfrutados. Ela preserva o amor entre os amigos. Ela fortalece as amizades e as torna mais duráveis, e derrota todos os truques do demo para enfraquecer essas relações e de semear as sementes da discórdia entre eles.

“E dize aos meus servos que digam sempre o melhor, porque Satanás semeia dissenções entre eles, pois Satanás é um inimigo declarado do homem.” (17ª:53).

O diabo se esconde em cilada contra o homem. Ele tenta lançar nele as sementes da discórdia, da inimizade e do ciúme. Ele quer ver as discussões comuns se transformarem em sangrentas batalhas, e de que nenhum impedimento seja lançado nos seus empenhos por meio de conversa boa, decente e sadia.
Se você falar educadamente aos seus inimigos, fará desaparecer a inimizade deles, e esfriarás o ânimo deles, ou pelo menos será possível perceber uma nítida mudança na atitude hostil deles.

Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se em íntimo amigo!” (41ª:34).

Para tornar os muçulmanos de todas as condições bem-comportados e possuidores de boas maneiras, o Profeta disse: “Não sereis capazes de governar os povos através da vossa riqueza, mas sim por intermédio da boa figura e das boas maneiras poderão conquistar seus corações.” (Al-Bazzar). Ao modo de ver do Islam, não presentear alguém enquanto se comportar de maneira decente e com boas maneiras, e melhor do que presenteá-lo de maneira indecente e causando-lhe dor.

Uma palavra cordial e uma indulgência são preferíveis à caridade seguida de agravos, porque Deus é, por Si, Tolerante, Opulentíssimo.” (2ª:263).

A conversa decente e um hábito tal que se conta entre as virtudes e os bons atributos, e aquele que pratica esse hábito se torna digno das graças de Deus e para ele se credita a felicidade eterna.

Anas narra que certo homem pediu que o Profeta lhe ensinasse um ato tal que o habilitaria a entrar no Paraíso.

O Profeta respondeu assim: “Alimente os pobres, pratique o cumprimento (salaam) à noite, quando as pessoas estiverem desfrutando de um bom sono, faça suas orações, e você entrará no Paraíso em paz.” (Al-Bazzar).

Deus nos mandou praticarmos modos decentes e sérios no falar, quando tivéssemos que debater com seguidores de outras religiões. Nossa conversa não deve nem ser intensa nem acalorada, nem irada. Entretanto, aqueles que forem agressivos conosco, e necessário fazer cessar a agressão deles.

E não disputeis com os adeptos do Livro, senão da melhor forma, exceto com os iníquos, dentre eles.” (29ª:46).

Os grandes homens sempre cuidam em todas as situações de não pronunciar nenhuma palavra a mais ou inútil, nem assumem quaisquer atitudes de orgulho ou tolice com qualquer espécie de criatura.

Malik relatou que Yahya ibn Said lhe contara que Jesus Cristo certo dia, passando por um porco, dirigiu-se a este dizendo: “Passe em paz.” Lhe perguntaram: “Falas assim com um porco?” E ele respondeu: “Temo que a minha língua não esteja habituada a conversa grosseira.”

A Resposta aos Malcriados e o Silêncio

Algumas pessoas continuam malcriadas, de ânimo esquentado e mal educados por toda a sua vida. A fé e a crença delas não parece ser perturbada por tais males, nem a moralidade deles os afeta ou admoesta. Eles não hesitam em contar aos outros coisas que lhes sejam desagradáveis. Onde quer que encontrem condição para desabafar, suas línguas se precipitam em soltar torrentes de palavras vulgares e obscenas, como cavalos em debandada. Nenhuma exclamação os interrompe, nem qualquer outra voz os inibe.

A atitude de um cavalheiro com tais pessoas e a de não se envolver em discussões com tais pessoas, porque qualquer provocação pode se transformar em grande tumulto, e é necessário calar tais fontes de problemas. Por esta razão o Islam ordenou que se ignorassem as pessoas tolas e insensatas.

Certa vez, uma dessas pessoas analfabetas se encontrava parada à porta da casa do Profeta, pretendendo entrar ali. O bom Profeta tratou-a com decência e conseguiu persuadi-la a ir-se embora. Não havia nenhum outro jeito de resolver a situação senão pela tolerância e indulgência, que são o único manto com que podem ser calados os ignorantes e os tolos. Se o Profeta houvesse permitido aquela pessoa de fazer tudo que ela pretendia, então teria tido que escutar toda a conversa fiada de que ficaram livres os seus ouvidos.

Aicha conta que certo homem pediu licença ao Profeta para entrar em sua casa, ao que o Profeta comentou: “Que mau exemplo e esse homem em sua família!” Quando ele entrou, o Profeta conversou com ele agradável e docilmente. Depois que ele se foi, ela perguntou-lhe: “O Mensageiro de Deus! Escutastes esse homem conversar daquela maneira e no entanto não houve nem sinal de perturbação no seu rosto, pelo contrário, conversastes com ele cordialmente?” O Profeta respondeu: “Ó Aicha! quando foi que me ouvistes falar vulgarmente? No Dia do Juízo Final diante de Deus, o pior dos homens será aquele que tiver evitado que as pessoas de fala vulgar o encontrassem.” (Bukhári)

Essa política é tão certa, que sua realidade se comprova por nossa experiência no dia-a-dia, pois como seria possível a tal homem macular suas boas maneiras consorciando com uma pessoa mal educada? Se ele começar a ensinar boas maneiras a toda pessoa mal educada e tola, então sua vida não passará de um monte de problemas. Por esta razão, o sagrado Alcorão, ao relacionar as qualidades dos servos de Deus, mencionou primeiramente esta tolerância deles!

E os servos do Clemente são aqueles que andam pacificamente pela terra e, quando os incipientes lhes falam, dizem Paz!” (25ª:63)

O homem é capaz de engolir sua ira uma vez, duas, mas a certa altura ele explode.

Já do muçulmano bem comportado, o Islam espera ser ele capaz de tolerar uma quantidade maior de problemas e adversidades, fazendo com que o mal não seja capaz de perdurar com firmeza diante dele.

Diz Said ibn Musayyeb: Quando o Profeta estava com seus companheiros, certa pessoa expressou-se com palavras insultuosas contra Abu Bakr, magoando-o, porém, Abu Bakr mantivesse calado. Pela segunda vez o homem dirigiu-lhe palavras amargas, e ainda assim Abu Bakr manteve-se calado. Quando o homem feriu-o com sua língua pela terceira vez, Abu Bakr tentou responder a ele. O Mensageiro de Deus levantou-se. 

Abu Bakr perguntou a ele: “Estás aborrecido comigo O Mensageiro de Deus?” O Profeta respondeu: “Não, mas acontece que do céu havia vindo um anjo que estava negando tudo que o homem dizia, e quando você começou a responder ao homem, o anjo foi-se embora e o diabo se sentou. E eu não sei permanecer onde está presente o diabo.” (Abu Daud).

Ser respeitoso para com os tolos e ignorantes não significa que seus atos superficiais tenham também de ser aceitos. Há uma grande diferença entre essas duas situações.

A primeira significa que um homem deve ter controle sobre si mesmo diante da tolice e da ignorância, e não deve proporcionar-lhes oportunidade para mostrar suas verdadeiras naturezas portadoras da ira e da raiva, e por isso se ver provocado a revidar.

Enquanto que o segundo aspecto tem um sentido totalmente oposto. Em tal situação equivale permitir-se ficar submisso à insensatez, à maldade e expor-se ao ridículo, e aceitar todas essas coisas que nenhum homem inteligente e decente deve aceitar com facilidade.

O sagrado Alcorão tratou desse assunto quanto às pessoas ignorantes e o despreza de seus atos vis e maldosos, da seguinte maneira:“Deus não aprecia que sejam proferidas palavras maldosas publicamente, salvo por alguém que tenha sido injustiçado; sabei que Deus é Oniouvinte, Onisciente. Quer pratiqueis o bem, oculta ou manifestamente, quer perdoeis o mal, sabei que Deus é Onipotente, Indulgentíssimo.” (4ª:148-149)

Evite a Polêmica

Os mandamentos que o Islam emitiu para que se mantivesse a língua livre da baixeza e das coisas absurdas, foram os de se evitar as polêmicas e os debates controversos, e de não permiti-los aos muçulmanos , independente de serem tais debates certos ou não.

Isto se deve ao fato de que em tais confrontos, o homem sempre quer ser melhor que outro. Na medida em que ele deseje superar seu oponente pela palavra, ele recorre a argumentos duvidosos e não confiáveis, para respaldar seu ponto de vista, e cita-os como afirmações sem hesitar para ajudá-lo no debate. Em tais reuniões, os que assistem, dão mais importância à vitória do que à expressão da verdade. No mais das vezes, is to provoca rancores e tumultos, nos quais o esclarecimento e o contentamento não tem lugar.

Ao Islam desagradam todas tais situações, e ele as considera um perigo para a religião e a moralidade.

Disse o Profeta: “Para aquele que desistiu de participar de um debate polêmico sem sentido e falso, será construída uma casa na parte baixa do Paraíso; e para aquele que corrigiu sua moralidade, será construída uma casa na parte alta do Paraíso.” (Abu Daud).

Existem pessoas as quais Deus ornou com a força da eloquência e as tornou especialistas nesse campo. E isso as leva a exercitar sua especialidade com todas as pessoas, sejam educadas ou não. E essa vontade se torna um desejo tão ardente em seus corações que eles não descansam enquanto não o satisfazem.

Quando este grupo faz dos outros vitimas de sua força de eloqüência e demonstram sua especialidade, eles magoam essas pessoas, mas quando essa qualidade e necessária para expressar as realidades religiosas, então toda a beleza e grandiosidade da verbosidade deles desaparece.

Ao Islam desagradam profundamente os insensatos que falam gritando o mais alto que podem elevar suas vozes, e os adverte com severidade.
O Profeta disse: “Para Deus, os mais detestáveis são os que discutem irascíveis.” (Bukhári)

Em outra tradição está afirmado: “Após receber instrução, nenhuma comunidade se perdeu nem desviou do caminho que estava seguindo, exceto quando debatedores viessem desvirtuá-la.” (Tirmizi).

Em razão de sua rapidez de verbosidade, este grupo não se contém dentro de quaisquer limites. Eles continuam a falar, se enchem de convencimento e empavonam-se. Para este grupo, a posição das palavras e de máxima importância, vindo em segundo lugar o significado delas. Quanto a um grande propósito ou um claro objetivo, este freqüentemente e relegado ao ultimo plano, e freqüentemente, toda tal querela não chega a conclusão nenhuma.

Narra-se que certa vez um homem falso, bem vestido, se apresentou diante do Profeta e durante a conversa levantou a sua voz mais alto que a do Profeta. Quando ele se foi, o Profeta disse: “A Deus não agradam as pessoas desse tipo. Elas exploram sua língua da mesma maneira que uma vaca faz para ruminar. De modo semelhante Deus há de torcer-lhes os rostos e as bocas no fogo do inferno no Dia do Juízo Final.” (Tabarani)

Quando os assim chamados oradores e escritores especialistas, vem propondo polêmicas e debates nos campos da religião, da política e outros campos do saber, então o espírito da religião sofre uma recaída. E desfigurada a aparência da política, do conhecimento e da ciência. E possivelmente tenha sido isto que tenha contribuído para apressar o declínio da nossa civilização e cultura, pela formação de grupismos nas escolas jurídicas, divisão da comunidade por razões sectárias e outras enfermidades próprias da desintegração. Também em outros assuntos religiosos e seculares este tipo de debate polêmico espalhou seu veneno.

O debate polêmico está a mundos de distancia do debate puro, limpo, sóbrio e agradável.
Um bom numero dos companheiros do Profeta relatou que certa vez eles estavam discutindo e debatendo certo ponto religioso, quando chegou o Profeta; e ficou fortemente zangado. Jamais o haviam visto tão zangado antes. Ele os advertiu e disse:

“Fiquem quietos, ó Comunidade de Mohammad! Nações inteiras se viram destruídas somente por isso. Há muito pouco de proveitoso nisso. Abandonem essa discussão e argumentação, pois esta não é uma qualidade para o muçulmano. Evitem essa polêmica e disputa, pois que a perda que atinge aquele que nela se envolve e total. Para seres pecador não precisas senão ser um debatedor. Abandonem tais debates, porque no Dia da Ressurreição não haverá ninguém para interceder pelo debatedor. Lavai vossas mãos desse hábito impuro, pois no Paraíso eu guiarei até somente três tipos de morada, sua parte inferior, a parte intermediária e a parte superior, que será para aquele que tenha desistido de polemizar com sinceridade e com boas intenções. Mantenham-se longe desse hábito porque depois da idolatria, a primeira coisa que meu Senhor proibiu foi justamente esse tipo de discussão.” (Tabarani).

Costumam se organizar reuniões onde surjam assuntos e palestras notáveis e atraentes para os homens. Ao Islam tais reuniões desagradam, pois os participantes não fazem senão perder tempo, e onde as pessoas sempre colhem e observam novidades e defeitos alheios. Eles tem riquezas em excesso, à cuja sombra procuram se divertir (dessa maneira). Eles não tem nenhum outro trabalho a fazer senão o de se divertirem com os assuntos de outras pessoas.

“Ai de todo difamador, caluniador, que acumula e as entesoura, pensando que suas riquezas o imortalizarão! Qual! Sem dúvida que ele será pricipitado naquilo que consome.” (104ª:1-4).

Atualmente, tais reuniões e assembleias estão em moda.

Esta é uma calamidade que fez com que a sociedade fosse infectada com um sem numero de enfermidades. Esta calamidade é encontrada em abundância nas cidades grandes e pequenas, mesmo que não haja nenhuma necessidade religiosa para tal.

Está mencionado na tradição: “Evite reunir-se a beira do caminho.” As pessoas disseram: “O Mensageiro de Deus! O que aconteceria a essas nossas reuniões sem as quais a vida não tem graça para nós.” Ele disse: “Se insistem em realizar tais reuniões, pelo menos façam-lhes justiça.” O povo perguntou: “E como fazermos-lhes justiça, ó Mensageiro de Deus?”
Ele respondeu: “Manterem vossos olhos baixos, removerem as coisas prejudiciais, responder aos cumprimentos, recomendar a prática de coisas boas e evitar o prática de coisas ruins.” (Muslim).

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

A MISERICÓRDIA – Segunda Parte.


Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Deus enviou milhares de Profetas, como misericórdia para a humanidade, para nos transmitirem a Sua Palavra e para nos guiarem para o caminho da verdade. A vinda de um Profeta era sempre motivo de regozijo por parte dos crentes, mas após a sua morte, muitos recomeçavam a praticar maldades. Lembremo-nos do caso de Mussa (Aleihi Salam) – Moisés (Que a Paz de Deus esteja com ele), quando libertou o seu povo da escravatura, depressa se esqueceram da Misericórdia de Deus. Quando lhes foi anunciado de que iam deixar o Egipto, ficaram agradecidos a Deus. Mas quando se encontraram encurralados entre o exército do faraó e o mar vermelho, depressa se esqueceram dos favores de Deus, e começaram a implicar com Moisés. Com o milagre da separação das águas que lhes permitiu salvarem-se da ira dos perseguidores, o agradecimento a Deus não durou muito tempo. Sabendo da fraqueza  do ser humano, Deus demonstrando Misericórdia para com os Seus servos, continuou a enviar Profetas para transmitir palavras de esperança. Referiu Issa (Aleihi Salam) – Jesus (Que a Paz de Deus esteja com ele): “Filho de Adão, assim como for a tua misericórdia, assim será a Misericórdia de Deus para contigo. Como esperas a Misericórdia de Deus, se não tens misericórdia para com os Seus servos?”. Relato de Abu al Layth al Samarqandi.

Os Profetas sentiam também misericórdia pelos seus seguidores e pelos seus familiares. Abu Mussa Ashari (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) mencionou dele vários nomes, e disse: “Eu sou Muhammad, Ahmad, o último na sucessão, o Profeta do arrependimento, o Profeta da misericórdia. Muslim.     

Refere o Cur’ane: “Tendes no Mensageiro de Deus um excelente exemplo para quem quer que creia em Deus e no Dia do Juízo Final”. 33:21.

Anas Bin Malik relatou. Fomos com o Apóstolo de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam), ao ferreiro Abu Saif, que era o marido da ama de Ibrahim (o filho do Profeta). O Profeta tomou nas suas mãos o pequeno Ibrahim e beijou-o e cheirou-o. Ibrahim estava nos seus últimos suspiros. Os olhos do Profeta começaram a derramar lágrimas. 

Abdur Rahman Bin Awf perguntou: “Ó Apostolo de Deus, você está chorando?”. Ele respondeu: “Sim Ó ibn Auf, isto é a misericórdia!” Então ele chorou mais e disse: “Os olhos estão derramando lágrimas e o coração está triste e não vamos dizer mais, excepto o que agrada a Deus, nosso Senhor: Ó Ibrahim! Na verdade, estamos tristes por causa da tua separação”. Bukhari.

Abu Uthman narrou de que Osama Bin Zaid referiu que Sad e Ubai Bin Ka’b, estavam com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). A filha do profeta enviou-lhe uma mensagem, informando-o de que a filha dela estava a morrer e pedia a presença dele. O Profeta enviou-lhe uma saudação e disse: 

É por Deus o que Ele leva e o que Ele dá; e perante os Seus olhos, tudo tem um período limitado; então ela deveria esperar a recompensa de Deus e ser paciente. Ela mandou de novo um pedido, rogando-lhe por Deus, para ir. Foram todos na companhia do Profeta. A criança foi colocada no seu colo, com a respiração irregular e nos olhos do Profeta, escorriam lágrimas. Sad perguntou-lhe: “Que é isto, Profeta de Deus?” Ele respondeu: “esta é a misericórdia que Deus introduziu no coração dos seus servos, de quem Ele desejou. E Deus não concede a Sua Misericórdia, excepto na misericórdia entre os Seus servos.” Bukhari 70:559.

No dia da Ressurreição, demonstrando misericórdia para com a sua Umah, estará Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) para nos dar de beber a água de Khauçar, que nos acalmará a sede e os tormentos desse dia. Segundo Abu Hurairah (Radiyalahu an-hu), o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: 

“O meu haud (reservatório) será muito largo, maior do que a distância que separa Ealah de Aden. Será mais branco do que o gelo e mais doce do que o mel com leite; os seus utensílios serão em maior número do que as estrelas. Eu afastarei as pessoas estranhas, da mesma maneira que são afastados os camelos estranhos ao haud (reservatório). As pessoas perguntaram: “Reconhecer-nos-ás nesse dia, ó Profeta de Deus?” Ele respondeu: “Sim, vós tereis um sinal que mais nenhum ummah (povo) possuirá. Vireis ter comigo num estado tal que as vossas faces, mãos e pés brilharão devido aos efeitos do wudu (ablução).”

Muslim e Mishkaat. Disse o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam): “No dia do julgamento final, a pessoa mais próxima de mim, será aquela que enviou mais durud para mim”. Tirmizi. Alahhuma Sali Alã Muhammad Waalã Alihi Wassalam.

Outra passagem refere que, quando o Profeta (Salalahu Aleihi wassalam) foi informado por Gibrail (Aleihi Salam) de que o inferno tem 7 graus e o ultimo será destinado ao seu Umah que vão morrer sem pedir perdão, ficou tão angustiado que ficou fechado no seu quarto durante dias, a orar e a chorar pelo seu povo presente e do futuro. Após a prestação de contas, para o grupo dos muçulmanos que estarão no inferno, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) irá ao trono de Allah, o Beneficente e Misericordioso, prostrar-se-á e pedirá compaixão pelos seus seguidores. Deus, todo Poderoso, dirá: “Tirem do inferno quem alguma vez recitou LA ILAHA ILALAH MUHAMMAD RASSULULAH!. Essas pessoas serão conduzidas para uma ribeira, onde tomarão banho e sairão como pessoas novas com a indicação na testa de “aqueles que estiveram no inferno e que foram libertados por Allah”. (In origem da noite de Miraj).

Allahumaghfirli yá Arhama Ráhimin”. Ó Allah, perdoa-me e tenha pena de mim, ó Tu mais Misericordioso de todos os que mostram misericórdia!.

In Sha Allah, este tema será concluído no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

25 /04/2013

abdul.manga@gmail.com

Xiitas, Xiismo e Islam

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso! Todos os louvores são para Ele, o Único sem parceiros, que jamais gerou ou foi gerado. E que as bênçãos de Allah estejam sobre seu último Profeta Muhammad SAAS, seus companheiros, seus seguidores até o dia do Juízo Final.

Esse é um assunto do qual eu havia prometido não falar em nosso blogger, haja vista, eu ser apenas um estudante do islamismo, sem qualquer formação teológica na área e até por considerar que esse assunto será resolvido espontaneamente quando vamos nos aprofundando nos estudos islâmicos, suas verdades e fundamentos. No entanto, um blogger que já ultrapassou a barreira dos quarenta mil acessos, é natural que algum leitor interessado em estudar nossa religião me questionasse sobre o assunto. Pois bem, eu também não posso omitir a minha fé e, tampouco negar a falar sobre a fé que me acolheu e que eu abracei como minha religião, eu sou muçulmano sunita, alhamidulillah( Louvado Seja Deus). 

Em minha pesquisas e estudos eu consegui encontrar um texto muito didático sobre o assunto, o qual eu venho me apoiando e que quero dividi-lo com vocês meus caríssimos irmãos e estimados leitores. 

O texto está no site http://www.islamismo.org/xiismo_e_islam.htm, e como eu não vi nenhuma recomendação de que o mesmo não poderia ser divulgado sem a permissão do autor, e por considerá-lo útil e de fácil entendimento repasso para vocês. Leiam na integras a matéria a seguir. Assalamu Aleikom (Hajj Hamzah Abdullah Islam).

Xiitas, Xiismo e Islam 

Um dos cenários mais surpreendentes para os não-muçulmanos e novos muçulmanos é a divisão que podem ver entre muçulmanos xiitas e sunitas. Alguns tendem a ficar confusos quando vêem que cada grupo reivindica estar seguindo o verdadeiro Islã. Para entender verdadeiramente esse assunto de forma profunda, deve-se pesquisar a história primitiva do Islã e ver sob quais circunstâncias essa divisão de fato começou, um estudo muito além do possível para a maioria das pessoas. Outra forma, muito mais no escopo da pessoa comum, é analisar qual grupo é fiel aos ensinamentos do Islã, uma comparação simples pode ser feita entre as crenças e práticas sunitas e xiitas com relação à evidência textual, o Alcorão – a palavra relevada de Deus, e a Sunnah – ou ensinamentos do Profeta Muhammad, que Deus o louve.

Muitas vezes as pessoas vêem essa como uma grande divisão, embora o fato seja que os xiitas perfazem meros 8% da população muçulmana, tendo alcançado esse número depois de assumir o controle de certas regiões políticas importantes na história. Pode-se dizer com confiança que os xiitas não são uma divisão, mas um dos vários grupos dissidentes que deixaram os ensinamentos puros do Islã tradicional. Os sunitas, por outro lado, não são um grupo dissidente, mas meramente se chamam dessa forma para se diferenciarem dos xiitas e outras seitas desviantes.

A palavra “sunita” em si vem do termo “Sunnah”, explicado anteriormente como sendo os ensinamentos do Profeta Muhammad, porque estão estritos em obedecer a esses ensinamentos sem quaisquer introduções, interpolações ou omissões. A palavra xiita (Shi’a em árabe) significa um “partido”, “seita”, “apoiadores” ou um “grupo de indivíduos com o mesmo pensamento”. Deus diz no Alcorão Se dirigindo a Seu Profeta, Muhammad:

“Não és responsável por aqueles que dividem a sua religião e formam seitas, porque sua questão depende só de Deus, o Qual logo os inteirará de tudo quanto houverem feito.” (Alcorão 6:159)

Embora os grupos específicos chamados os xiitas não sejam diretamente intentados nesse versículo, eles fazem parte.

Quando se estuda um pouco de história, se vê que o termo xiita foi primeiro usado entre os muçulmanos em relação à questão política sobre as quais os muçulmanos divergiram, 37 anos depois da morte do Profeta. Embora os xiitas aleguem que sua origem reside naquele cenário, o termo xiita para denotar essa seita específica ocorreu muito depois na história. Em qualquer caso, está claro que o termo não foi ouvido durante o tempo do Profeta e, portanto, podemos dizer que os xiitas eram um grupo que apareceu após a morte do Profeta.

Durante a longa evolução do pensamento xiita, eles incorporaram muitos conceitos estranhos à sua crença. Começando como uma opinião política que favorecia algumas opiniões de Ali, o primo do Profeta, em relação a de outros companheiros, se tornou uma seita contendo idéias estranhas desconhecidas para o Islã. Isso se deveu principalmente ao fato de que essa ideologia foi principalmente adotada por pessoas em áreas distantes dos centros de aprendizado islâmico, nomeadamente a Pérsia, aqueles que ou eram novos no Islã, ou tinham se convertido ao Islã apenas nominalmente e viviam em áreas onde uma grande porcentagem das pessoas permanecia com suas religiões anteriores. Sendo assim os xiitas se tornaram solo fértil para a introdução de idéias externas, que lutaram para incorporar em alguns aspectos e crenças mantidos pelo Islã, resultando em uma seita composta de idéias oriundas do Judaísmo, Zoroastrismo e Islã. Não é de se estranhar então quando vemos que um dos templos mais importantes no Xiismo, visitado por muitos xiitas, é o de Abu Lu’lu’ah, um zoroastriano que morreu depois do califado de Omar, localizado na cidade de Kashã no atual Irã. Muhammad Ali Mu’zi, um pesquisador xiita iraniano na França, afirmou:

“Os fundamentos básicos da religião zoroastriana entraram no Xiismo até nos mínimos detalhes. ... E sua relação marcou a irmandade entre o Xiismo e o Irã Magiano antigo.”[1]

Daremos agora uma breve olhada no Xiismo apenas a partir de um aspecto, o de crenças. A partir desses poucos exemplos se verá claramente o quão diferente ele verdadeiramente é da religião do Islã, trazida pelo Profeta Muhammad.

Existem vários artigos de fé no Islã, e a partir deles derivam outras crenças que devem ser mantidas por todos aqueles se vinculam ao Islã. Elas são mencionadas no versículo:

“...A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas;...” (Alcorão 2:177)

Isso também é mencionado em uma afirmação do Profeta, que Deus o louve:

“Fé é que creia em Deus, nos anjos, nas escrituras, nos profetas, no Dia do Juízo...” (Saheeh Muslim)

Esse breve discurso tocará meramente em alguns dos vários aspectos da fé, e mencionará apenas algumas das crenças dos xiitas e como diferem do Islã. 

Crença em Deus
A crença apropriada sobre Deus, ou credo, é o aspecto mais importante da religião do Islã. Durante os primeiros 13 anos da missão profética de Muhammad, ele corrigiu as crenças do povo sobre Deus e advertiu-os contra adorar a outros ao lado de Deus, sejam eles anjos, profetas, santos, mártires, árvores, pedras, estrelas ou ídolos. Explicou que apenas Deus, Aquele que os criou, era para ser adorado. Poucas legislações e atos de adoração foram revelados para esse período. A maioria do Alcorão em si chama para essa crença. Deus diz no Alcorão que adorar outros ao lado Dele é um pecado merecedor de danação eterna no Inferno:

A quem atribuir parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal!” (Alcorão 5:72)

Essa é uma crença inflexível no Islã e é a base a partir da qual se entra no Islã. Descobrimos, entretanto, que os xiitas acreditam na veneração de outros ao lado de Deus. Deve ser feito reverência aos grandes santos e mártires, como Ali, Hussein, Fátima, seus imames e são feitas súplicas diretamente para eles em tempos de necessidade. Eles acreditam que podem responder suas súplicas e interceder por eles junto a Deus, uma crença que de acordo com o Islã é uma descrença clara[2]. Deus diz:

“Por outra, quem atende o necessitado, quando implora, e liberta do mal e vos designa sucessores na terra? Poderá haver outra divindade em parceria com Deus? Quão pouco meditais!” (Alcorão 27:62)

Outro dogma importante que o Xiismo claramente viola é o conceito de que somente Deus administra os assuntos do universo e somente Ele sabe o que está Oculto. O Xiismo atribui esses poderes a seus líderes, chamados Imames, e os coloca numa posição superior a dos profetas e anjos. Deus diz:

“Dize: Ninguém, além de Deus, conhece o mistério dos céus e da terra. Eles não se apercebem de quando serão ressuscitados.” (Alcorão 27:65)

E entre os Seus sinais está o de mostrar-vos o relâmpago, provocando temor e esperança, e o de fazer descer a água dos céus, com a qual vivifica a terra depois de haver sido árida. Sabei que nisto há sinais para os sensatos.” (Alcorão 30:24)

Os xiitas dão muitos desses atributos a seus imames. Alguns deles até lhes atribuem o poder de causar o trovão[3]. 

Em textos autoritativos dos xiitas, é afirmado:

“Os Imames têm conhecimento o que ocorreu no passado e do que ocorrerá no futuro, e nada está oculto deles.” (Al-Kulaini, Al-Kaafi, p.260)

Os Imames têm conhecimento de todos os livros revelados, independentemente das línguas nas quais foram revelados” (Ibid, p.227)

Os Imames sabem quando morrerão, e não morrem exceto por sua própria escolha” (Ibid, p.258)

Tudo na terra pertence aos Imames.” (Ibid, p.407)

Existem muitos aspectos da fé no Xiismo que se opõem ao Islã e que colocam a pessoa fora de sua crença. Devido a essa razão, os muçulmanos não consideram que o Xiismo representa o Islã mas, ao contrário, acreditam que contradiz os verdadeiros fundamentos dos ensinamentos islâmicos.

A Shahada

O Xiismo difere do Islã até no primeiro e mais importante pilar do Islã e da fé, chamado de Shahada, o testemunho que se dá ao afirmar a fé no Islã, de que ninguém merece adoração exceto Deus e que Muhammad é Seu servo e mensageiro (laa ilaha illa-Allah). O testemunho é o aspecto mais importante do Islã, e toda a religião é construída sobre ele, que personifica esse monoteísmo e crença em Deus singular e total. É tão importante que o Profeta implorou a seu tio que estava no leito da morte para testemunhar:

Ó tio! Diga ‘laa ilaha illa-Allah,’ uma frase pela qual suplicarei em seu nome perante Deus.” (Saheeh al-Bukhari)

Seu tio não disse o testemunho devido ao temor de o que as pessoas diriam sobre mudar a religião de seus antepassados na hora da morte. Ele morreu e o Profeta foi informado através de revelação que ele estava entre as pessoas do Inferno.

O ponto é que essa frase e o que ela significa são tão importantes que o Profeta a faz um meio para a vida eterna no Paraíso. Ele disse:

“Ninguém diz 'La ilaha illa-Allah' e morre com crença firme nisso, sem entrar no Paraíso.” (Saheeh al-Bukhari)

Conseqüentemente essa frase é considerada o primeiro pilar do Islã, a afirmação que transforma alguém em um crente e dá a ele (ou ela) a oportunidade de entrar no Paraíso!

Os xiitas, entretanto, tem um ‘testemunho de fé’ diferente. Eles não só negam seu significado, como mostrado nos artigos prévios pela associação de outros a Deus, mas também acrescentam certos princípios que não são encontrados em nenhum lugar nos textos autênticos. Sua shahada compreende a declaração: “...ninguém merece adoração exceto Deus e Muhammad é Seu servo e mensageiro e Ali é Seu amado e escolhido, e sucessor do Profeta.”[1]

Isso se deve ao extremismo que têm em relação ao primo do Profeta Muhammad, Ali, de quem reivindicam sua origem. Os xiitas até reivindicam que a sucessão de Ali foi mencionada em todas as escrituras reveladas aos profetas anteriores[2]. Eles alegam que todos serão perguntados sobre a sucessão de Ali no Dia do Juízo[3], e que quem acreditar de forma diferente será considerado politeísta[4]. Embora Ali seja conhecido como um dos mais virtuosos dos companheiros do Profeta, em nenhuma narração encontramos que o Profeta Muhammad sequer mencionou sua sucessão no governo. De fato, quando olhamos para os trabalhos xiitas primitivos, eles próprios atribuem essa crença a Abdullah ibn Saba’, um renegado que alegou ter se convertido ao Islã e planejou contra o califa Utman, e também alegou que Ali era o Próprio Deus[5]. Assim, está claro que todas essas crenças são inovações que nunca foram pregadas pelo Profeta Muhammad, que Deus o louve. 

Crença nas Escrituras

Deus menciona no Alcorão que Ele revelou escrituras aos profetas que eles ensinaram e recitaram a seus povos. Alguns desses profetas e escrituras são mencionados no Alcorão:

“Dizei: ‘Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a Ele.’” (Alcorão 2:136)

“Ele te revelou (ó Muhammad) o Livro (paulatinamente) com a verdade corroborante dos anteriores, assim como havia revelado a Tora e Evangelho.” (Alcorão 3:3)

Foram os profetas que receberam revelação e devido ao fato de que Muhammad, que Deus o louve, foi o último profeta, não haverão outras escrituras reveladas após a revelação do Alcorão. Os xiitas, entretanto, acreditam que houve uma escritura revelada após o Alcorão antes da morte do Profeta, que chamam de 'Tábua de Fátima'. Alegam que nela existem os nomes daqueles que seriam seus Imames no futuro[6].

Inventaram essas idéias devido ao fato de não poderem encontrar quaisquer versículos no Alcorão que pudessem usar para defender suas opiniões. Não pararam nisso, mas prosseguiram e desafiaram diretamente a autenticidade do Alcorão afirmando que não foi preservado[7], e que o Alcorão de hoje está incompleto, e que a versão completa está com seu décimo-segundo Imame, que tem estado oculto pelos últimos 900 anos na ‘caverna’. Acreditam que quando ele emergir trará a versão completa[8]. Isso, para que fique claro para todos, está em oposição direta aos ensinamentos do Islã, já que Deus claramente afirma que o Alcorão está sob a proteção direta de Deus:

“Verdadeiramente, Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador.” (Alcorão 15:9)

Os xiitas afirmam que o Alcorão existente deve ter sido alterado, uma vez que não existe referência nele a qualquer de suas crenças desviadas. Um dos primeiros a afirmar explicitamente essa opinião foi Mirza Hussein Muhammad Taqiy al-Noori al-Tabrasi (morto em 1320 AH) em seu livro The Final Verdict on the Distortion of the Book of the Lord of Lords (O Veredito Final sobre a Distorção do Livro do Senhor dos Senhores, em tradução livre) [9]

Os xiitas se tornaram tão extremados em suas crenças que até tentaram inserir capítulos sobre Ali, que Deus esteja satisfeito com ele, no Alcorão, já que não puderam encontrar quaisquer textos claros. Um deles é o que chamaram de “O Capítulo da Sucessão”.

Crença nos Profetas
Como mencionado anteriormente, o Islã ensina que os Profetas foram os melhores entre a humanidade, especificamente escolhidos por Deus devido às suas excelentes qualidades para pregar a mensagem de Deus para a humanidade. Deus diz no Alcorão:

“Deus escolhe os mensageiros, entre os anjos e entre os humanos, porque é Oniouvinte, Onividente.” (Alcorão 22:75)

Os profetas eram os melhores dos humanos, exemplos vivos a serem emulados:

“Jamais enviaríamos um mensageiro que não devesse ser obedecido, com a anuência de Deus.” (Alcorão 4:64)

Os xiitas, entretanto, acreditam que seus Imames são melhores que os profetas[10], e que alguns profetas eram altamente louvados somente devido ao seu amor pelos Imames[11].

Se fossemos mencionar todas as crenças dos xiitas que se opõem aos ensinamentos do Islã, definitivamente seriam necessários muitos volumes. Deve ficar claro, entretanto, desse breve discurso, que as crenças defendidas pelo Xiismo não têm base em qualquer dos ensinamentos do Islã mas, ao contrário, são um conglomerado de crenças externas que evoluíram durante um período de tempo, todas revolvendo em torno de opiniões extremistas concernentes à liderança de certos candidatos preferidos, conhecidos como seus Imames. Uma religião que ensina a adoração a Deus somente e viver uma vida ensinada pelos profetas de Deus, uma mensagem pregada por todos os profetas, para eles se tornou uma vida e existência baseada exclusivamente no amor a Ali e afirmação de sua reivindicação, e a de seus Imames, à liderança, lutando para encontrar meios de incluí-los nos textos islâmicos por adição, interpolação ou distorção. A Criação passa a existir, profetas são enviados e escrituras são reveladas, tudo para o propósito da sucessão de Ali e os Imames[12]posteriores, e até no Dia do Juízo, serão seus Imames, e não Deus, que julgarão as pessoas[13]. Não é para surpreender, então, qual será a base para entrar no Paraíso ou Inferno de acordo com o Xiismo.

Uma religião baseada em um alegado amor pela família do Profeta Muhammad, que Deus o louve, levou-os a crenças que contradizem a própria essência da mensagem trazida por ele, a mensagem do Islã.

Footnotes

[1] The Role of Zoroastrianism in the Development of Shiaism (O Papel do Zoroastrismo no Desenvolvimento do Xiismo, em tradução livre). 

[2] Biha’r Al-Anwa’r, Al-Majlisi. Um exemplo dessas crenças prepósteras podem ser encontradas nas seguintes afirmações de um de seus imames, ou líderes:

“Quando o profeta Noé (que a paz esteja sobre ele) estava para ser afogado no dilúvio, ele invocou a Deus Todo-Poderoso através de nossos nomes (ou seja, os nomes dos Imames). Por essa razão Deus Todo-Poderoso veio em seu resgate. Quando o profeta Abraão (que a paz esteja sobre ele) estava para ser jogado no fogo, ele suplicou a Deus através de nossos nomes e Deus Todo-Poderoso ordenou que o fogo esfriasse e se tornasse um meio de segurança para ele [Abraão]. Quando o profeta Moisés (que a paz esteja sobre ele) golpeou o Mar com seu cajado em busca de uma passagem, invocou a Deus com respeito aos nossos nomes e Deus fez o mar secar. Finalmente quando os judeus planejaram matar Jesus (que a paz esteja sobre ele), ele suplicou a Deus mencionando nossos nomes e foi resgatado da morte. Deus o elevou.” (Wasa’il As-Sheea, 4/1143) 

[3] Bihaar al-Anwar, Al-Burhan, e outros.
[1] Abdul Kareem Mushtaq. 

[2] Al-Kulaini, Al-Kaafi, 1/437.

[3] The Wilayat of 'Ali ibne Abi Talib (as), Answering Ansar. 

[4] “Quem quer que estabeleça outro Imame ao lado de Ali e retarde o califado de Ali é um politeísta." (Al-Kafi fil-Usool, vol.10 p.55

[5] Rijaal al-Kishhi.

[6] Al-Kulaini, Al-Kaafi, 1/527-8, e muitos outros.

[7] Usul Kafi 1:228 

[8] Al-Anwar al-Nu’maniah, 2: 360-2. 

[9] Faslul Khitab Fi Tahreefi-Kitabi Rabbil Arbaab. 

[10] Wasa’il As-Sheea.

[11] Bihaar al-Anwar (26:267).

[12] I’tiqaadaat (106-7) 

[13] Rijaal al-Kishhi (337)


Fonte: Por IslamReligion.com - Publicado em 08 Nov 2010