domingo, março 01, 2009

Sinais Maiores do Dia Juízo

Essa é uma matéria que requer um grande entendimento e bastante estudo, um vez que a escatologia é uma matéria de dificil entendimento. No entanto temos essa orientação vinda do Profeta de Allah (SAAS), o que nos dá confiabilidade e luz para essa prolixa matéria. (Hajj Hamza)

Sinais Maiores do Dia Juízo

Os sinais maiores virão um após o outro, e o tempo entre eles será escasso. Anas Ibn Malik narrou que o Mensageiro de Allah disse: “Os sinais são como pérolas de um colar uma ao lado da outra em um cordão. Quando o cordão se rompe estas caem uma atrás da outra.” (Al Hakim- Sahih).

A vinda do Mahdi:

Foi narrado nos hadith sahih que no final dos tempos Allah enviará um khalifa que será sábio e justo e controlará os assuntos da Ummah. Ele será descendente da família do Mensageiro de Allah , na linha de sua filha Fátima. Seu nome será igual ao do Profeta e o nome de seu pai será igual ao nome do pai do Profeta , ou seja, Muhammad Ibn Abdullah. Ele encherá a terra com justiça depois dela ter sido dominada pela injustiça e opressão.

Abdullah Ibn Mas’ud narrou que o Mensageiro de Allah SAAS disse: “Este mundo não acabará até que os árabes sejam governados por um homem da minha família cujo nome será igual ao meu.” (Tirmidhi e Abu Daud).

Ali Ibn Abu Talib narrou que o Mensageiro de Allah disse: “O Mahdi é um de nós, de Ahlul Bait (Membros da família do Profeta ). Allah lhe preparará em uma noite.” (Ahmad- Sahih).

Abu Said al Khudri narrou que o Mensageiro de Allah disse: “O Mahdi pertence a minha descendência. Terá a testa larga e o nariz encurvado. Encherá a Terra de igualdade e justiça, depois que esta tenha sido preenchida com injustiça e opressão, e governará por 7 anos.” (Abu Daud – Hadith Hassan).

Abu Said narrou que o Mensageiro de Allah disse: “O Mahdi surgirá de minha Ummah, e Allah lhe concederá a chuva que fará que a terra produza vegetação, lhe será dada riqueza em abundância, o gado aumentará e a Ummah será grandiosa. Ele viverá por 7 ou 8 anos.” (Sahih Al Hakim).

Portanto a vinda deste Imam será uma misericórdia para a Humanidade. Os sábios estão de acordo que a vinda dele é real e verdadeira, e enumeraram uma lista de ahadith narrados pelos sahaba e seu número chegou a 36 nos livros de Sunnah. Essa é a posição da Ahlu Sunnah, a respeito do Mahdi.

Em que momento irá aparecer o Mahdi?

O sheikh Ibn Kathir afirmou no seu livro que será quando o Messias aparecer, porque o hadith narrado por Jabir diz: “’Isa Ibn Mariam descerá, e o líder dos muçulmanos, o Mahdi, dirá:


‘Venha e nos dirija na Oração’. E ele dirá: ‘Não, vosso líder é um de vocês, como honra de Allah para com esta Ummah.”, então indica que ele será o líder dos muçulmanos quando Isa Jesus Ibn Mariam descer.

Segundo um hadith narrado por Aisha, o Profeta se sobressaltou quando estava dormindo.

Ela disse: “Oh Mensageiro de Allah! Fizeste algo em teu sono que nunca havias feito antes. Ele disse:

“O estranho é que algumas pessoas da minha Ummah atacarão a Casa Sagrada com a intenção de matar um homem de Quraish que se refugiará nela. Então quando esse exército se encontre em uma planície será tragado pela terra.

” Dissemos: “Oh Mensageiro de Allah, podem haver outras pessoas no caminho. Ele disse: “Sim, podem estar aqueles que estão seguindo o exercito porque tem certas intenções, ou aqueles que vivem abaixo coação e também podem haver outros caminhantes. Todos eles serão destruídos, mas serão ressuscitados em estados diferentes.” (Sahih Muslim).

Será que esse homem que buscará refúgio na Casa Sagrada e quem Allah apoiará e ajudará e a que Allah destruirá aqueles que quiserem maltratá-lo é o Mahdi? Bom, Allahu ‘alam, não existe, porém nenhuma evidencia clara a respeito disso.

Vejamos agora os outros sinais maiores:

Hudhaifa Ibn Usaid disse: “O Profeta nos viu discutindo e disse:

“Sobre que vocês estão falando?

” Dissemos: “Estamos falando acerca da Hora do Dia do Juízo”. Então ele disse: “Está não virá até que vocês vejam 10 sinais.:

“O Profeta mencionou uma fumaça, o falso messias (Dajjal), a saída do sol pelo seu poente, a descida de Isa Ibn Mariam, Yajuj (Gog) Majuj (Magog), 3 desabamentos um ao leste, um ao oeste e outra na península arábica, e o último sinal é um fogo que surgirá do Yemen e levará as pessoas ao seu lugar de reunião (Al Mahshar)” (Sahih Muslim).

A princípio aparecerá o Mahdi, depois o Dajjal, Isa Ibn Mariam descerá e matará o Dajjal, depois Yajuj e Majuj aparecerão no tempo de Issa Ibn Mariam, e Allah os destruirá. A sucessão dos eventos até aqui está clara. Com relação aos sinais restantes, a seqüência exata não está suficientemente clara.

A saída do sol pelo Oeste, a o aparecimento da Besta e o fogo que reunirá as pessoas, certamente ocorrerão depois do aparecimento do Mahdi, do Dajjal, da descida de Issa Ibn Mariam, e a aparição de Yajuj e Majuj. Mas qual vai preceder a outra?

Bom, com relação ao fogo do Yemen que reunirá as pessoas para o seu lugar de reunião, está claro no hadith que lemos acima, onde o Profeta disse:

“O último dos sinais será um fogo que surgirá do Yemen e conduzirá as pessoas para seu lugar de reunião.” (Sahih Muslim).

Segundo um hadith narrado por Abdullah ibn Amer, ele diz ter ouvido o Mensageiro de Allah dizer: “Os primeiros sinais serão o nascer do sol pelo poente e o aparecimento da besta pela manhã, qualquer deles que venha primeiro será seguida dos outros imediatamente.” (Sahih Muslim).

Segundo o entendimento de alguns sábios a saída do sol pelo poente será antes do aparecimento da besta, que surgirá no mesmo dia um pouco depois.

Com relação ao outros sinais, os 3 desabamentos e a fumaça , não se sabe a seqüência dentro dos sinais maiores. Não há nada nos textos autênticos sobre isso. Allahu Alam.(Deus sabe Melhor).

Vejamos agora esses sinais de forma mais detalhada:

1- A fumaça

Allah disse:

“Aguarda, pois, o dia em que do céu descerá uma fumaça visível. Que envolverá o povo: Será um doloroso castigo!”(44:10-11).

No hadith onde foi mencionado os 10 sinais que virão antes da Hora, um deles foi a fumaça. Segundo o entendimento de alguns sábios essa fumaça ficará na terra por 40 dias, conforme um hadith narrado por Hudhaifa.

2- A fitna do Dajjal

A fitna do Dajjal será uma das maiores fitnas da história da humanidade. Em hadith Sahih Muslim foi narrado que o Mensageiro de Allah disse: “Entre a criação de Adam e o começo da Hora não haverá questão mais séria do que o Dajjal” .

Por essa razão todos os Profetas advertiram seus povos a respeito dessa fitna do Dajjal, mas nosso Mensageiro foi quem advertiu mais detalhadamente a sua Ummah.

Abdullah Ibn Omar disse: “O Mensageiro de Allah (s) ficou em pé e louvou a Allah da maneira que Ele merece ser Louvado,e logo mencionou o Dajjal e disse: “Eu os advirto sobre ele. Não há Profeta que não tenha advertido seu povo sobre ele, mas eu os direi algo que nenhum outro Profeta tenha dito alguma vez ao seu povo: ele é torto e Allah não é torto.” (Sahih Bukhari).

Anas narrou que o Profeta disse: “Não houve Profeta que não advertisse sua nação sobre o mentiroso torto, ele é torto, mas Vosso Senhor não é torto, e entre seus olhos está escrito Kafir” (Bukhari e Muslim).

Em outro hadith sahih Abu Umamah narrou que o Mensageiro de Allah disse: “Oh gente! Não aconteceu fitna na face da Terra, desde que Allah criou a Humanidade que seja maior que a fitna do Dajjal. Allah não enviou Profeta que não haja advertido seu povo sobre o Dajjal. Eu sou o último dos Profetas e vocês são a última das nações. Ele surgirá indubitavelmente entre vocês.”

Uma observação importante quanto a questão dele ser chamado Al Masih Ad Dajjal. Qual é a diferença do Massih usado para se referir ao Masih ad Dajjal e Masih Isa Ibn Mariam ?

A diferença é que o masih utilizado para se referir ao Dajjal vem da palavra árabe “mamsuh” que significa “borrado”, “apagado”, se refere dessa forma porque o dajjal terá um dos olhos “apagado”, ou seja, no sentido de que o Dajjal só tem um olho. Já o Massih utilizado para se referir ao Profeta Isa Ibn Mariam vem da palavra árabe “Imsah” que se refere ao sentido de que ele ao passar sua mão sobre o doente ele era curado com a permissão de Allah SWT. E a palavra dajjal significa mentiroso.

Qual será a situação dos muçulmanos no momento da aparição do Dajjal?
Antes dele aparecer, os muçulmanos ocuparão posição de grande importância e poder. Nessa época haverá um tratado de paz entre os muçulmanos e os romanos; ambos atacarão um inimigo em comum e o derrotarão, depois disso começará uma guerra entre os muçulmanos e cristãos.

Dhu Makhbar disse:

“Ouvi o Mensageiro de Allah dizer: ‘Vocês farão um tratado de paz com os romanos, e ambos atacarão um inimigo em comum. Vocês serão vitoriosos e pegarão os botins de guerra, depois voltareis em uma forma segura até acampar em Marj Dhi Talul. Então um dos cristãos levantará a cruz e dirá: ‘A cruz foi quem concedeu a vitória.’ E um dos muçulmanos se irritará e quebrará a cruz. Nesse momento os romanos romperão o tratado e começarão a prepararem-se para a grande batalha”.

O Profeta Muhammad atestou que esses muçulmanos serão mártires e que Allah haverá de honrá-los com a shahadah (martírio). E essa será a causa para uma grande batalha que ocorrerá entre os muçulmanos e cristãos. Em mais de um hadith o Profeta descreve os horrores dessa batalha, e como os muçulmanos serão pacientes durante ela e conseguirão a vitória.

Abu Huraira narrou que o Mensageiro de Allah disse:

“A hora não virá até que os romanos acampem em A`maq ou em Dabiq (2 lugares na Síria). Um exército sairá de Madina para seu encontro, composto das melhores pessoas da Terra nessa época.

Quando se enfrentarem entre si, os romanos dirão:

‘Deixem-nos enfrentar aqueles que vocês tomaram como prisioneiros (que abraçaram o Islam) que os mataremos.’ Os muçulmanos dirão: ‘Não, por Allah, não ficaremos de lado permitindo-os combater contra nossos irmãos’. Então lutarão. E um terço do exercito muçulmanos fugirá, e Allah nunca aceitará o arrependimento deles; um terço morrerá , e eles serão os melhores mártires perante Allah, e um terço conseguirá a vitória e nunca serão influenciados pela Fitna.

Logo conquistarão Constantinopla, e enquanto estiverem repartindo o botim de guerra, depois de haverem guardado suas espadas, o Shaitan se dirigirá até eles dizendo: ‘O Dajjal tomou vosso lugar entre vossas famílias’. Então eles sairão e se darão conta de que isso não era verdade.

Quando chegarem na Síria o Dajjal surgirá, e enquanto eles estiverem se preparando para lutar, formando as filas, a hora da oração virá. Isa Ibn Mariam descerá e lhes dirigirá na oração.

Quando o inimigo de Allah (Dajjal) ver Isa Ibn Mariam se dissolverá como sal na água. Se Isa deixasse ele se dissolveria por completo, mas Allah o matará pelas mãos de Isa que lhes mostrará o sangue em sua lança.” (Muslim).

O Profeta disse em outro hadith sahih muslim, que essa batalha ocorrerá por 3 dias consecutivos, e que no quarto dia os muçulmanos conseguirão a vitória.

Em outro Hadith Muslim, Abu Huraira narrou que o Mensageiro de Allah disse:

“Vocês já ouviram falar de uma cidade , parte da qual está na terra e a outra no mar? Eles disseram: ‘Sim, Oh Mensageiro de Allah!.

Ele disse: ‘A hora não virá até que 70 000 dos filhos de Ishaq a ataquem. Quando eles chegarem e acamparem ali, não lutarão com armas nem jogarão flechas, apenas dirao:

‘La ilaha ila Allah ua Allahu akbar!’ e então a parte que está no mar cairá. Então eles dirão pela segunda vez: ‘la ilaha ila Allah ua Allahu akbar’, e a outra parte cairá. Então eles dirão pela terceira vez: ‘la ilaha ila Allah ua Allahu akbar’, e os portões lhe serão abertos. Eles entrarão nela e pegarão o botim de guerra e enquanto estiverem dividindo os espólios da guerra, ouvirão um grito chamando-os : ‘O Dajjal apareceu!’ E então imediatamente deixarão tudo e voltarão para Al Madina.” (Muslim) Quanto a esse hadiss, muitos sábios consideraram que essa cidade era Constantinopla.

As pessoas serão postas a uma prova severa antes da aparição do Dajjal. Em um hadith sahih Ibn Khudhaimah o Mensageiro de Allah disse:

“Antes da vinda do Dajjal haverão 3 anos difíceis em que as pessoas sofrerão intensamente de fome. No primeiro ano Allah ordenará ao céu reter um terço de sua chuva, e a terra reter um terço de sua vegetação.

No segundo ano, ordenará ao céu reter 2 terços da chuva e a terra 2 terços da vegetação. No terceiro ano, ordenará ao céu reter toda a sua chuva, e a terra toda sua vegetação. Assim nenhuma planta crescerá e nenhum animal sobreviverá; todos morrerão exceto quem Allah salve.” Alguém perguntou: “e o que manterá as pessoas vivas nesse tempo?

Ele respondeu: “O tahlil (dizer la ilaha ila Allah), o takbir (dizer Allahu akbar) e o tahmid (dizer alhamdulilah). Isto ficará no lugar do alimento para eles”.

O Dajjal alegará a divindade e fará coisas extraordinárias para propagar a sua falsidade. O Mensageiro de Allah disse: “Quem ouvir falar do Dajjal, que se mantenha longe dele, pois por Allah que um homem irá até ele considerando-se crente e acabará seguindo ele, devido as dúvidas que ele sucita”.

Algumas descrições do Dajjal:

Ubadah ibn As-samit narrou que o Mensageiro de Allah disse: “Eu lhes disse tanto sobre o Dajjal que temo que vocês se confundam. O dajjal é um homem de baixa estatura, os dedos dos pés são torcidos, seu cabelo é ondulado, é torto, com um olho esbranquiçado, nem proeminente nem fundido. Assim se vocês se confundirem, saibam que vosso Senhor não é torto e que vocês não verão vosso Senhor nesse mundo.”

A maioria dos hadith indicam que o olho cego será o direito. E existe um sinal pelo qual o crente reconhecerá o Dajjal, diferentemente daqueles que Allah não fará reconhecer. Esse sinal é que entre seus olhos estará escrito “Kafir”. Em um hadiss Sahih que o Profeta disse: “Entre seus olhos estará escrito kafir, e todo aquele que odeia o que ele faz lerá, o crente lerá”.

O Dajjal não terá descendência, o Profeta disse que o dajjal será: “estéril, e que nenhum filho dele nascerá.” (muslim).

Entre outros defeitos do Dajjal, o Profeta mencionou que ele será afhaj, e afhaj é aquele cujas panturrilhas ou coxas se encontram exageradamente separadas, ou cujas pernas são curvas, o que fará com que ele caminhe de uma forma estranha parecida com a de um pato.

Então, se ele fosse o que ele pretende ser então porque não tira os defeitos e limitações do seu corpo? Ele será incapaz disso, porque Allah decretou que assim seria, como um sinal evidente a todos os crente de que ele não é o que ele pretende ser.

Bom, o Dajjal terá alguns recursos que farão com que ele suscite a fitna entre as pessoas.

Vejamos algumas:

1) Terá grande habilidade de viajar rapidamente sobre a Terra. Foi perguntado ao Profeta sobre a velocidade do movimento do Dajjal pela Terra , e ele disse: “Será como as nuvens manejadas pelo vento.” (Muslim) O Mensageiro de Allah advertiu que ele viajará por toda a terra e não deixará nenhuma cidade sem entrar nela, salvo Makka e Madina. Segundo um Hadith sahih Ibn Majah: “Náo haverá lugar na Terra em que ele não entre e tome o controle, salvo Makka e Madina. Ele não se aproximará de nenhuma das suas entradas sem que seja confrontado por anjos com espadas em suas mãos.”

2) Seu Paraíso e seu Inferno. Em um hadith sahih Muslim Hudhaifa narrou que o Mensageiro de Allah disse: “Eu sou o maior conhecedor do que terá o Dajjal. Ele terá 2 rios, um parecerá ser água fresca, e o outro parecerá ser um fogo voraz. Se algum de vocês for submetido a essa prova que se dirija ao que pensa que é fogo, que feche seus olhos, incline sua cabeça e beba dele, pois é água fresca.” Ou seja, o rio que parecerá ser do paraíso na realidade será de fogo como o do inferno, e o rio que parecerá ser fogo do inferno será na realidade como um dos rios do paraíso.

3) Ele terá a ajuda dos demônios. Abu Umamah narrou que o Mensageiro de Allah disse: “Parte de sua fitna será que ele dirá a um beduíno: ‘Se eu ressuscitar teu pai e tua mãe, testemunharás que sou teu senhor? Ele dirá: Sim. Então um shaitan lhe aparecerá na forma de seu pai e sua mãe e lhe dirão: “Filho meu, siga ele, pois ele é teu senhor”. ( Sahih- Al Hakim).

4) Os objetos inanimados e os animais responderão as suas ordens. Entre as fitnas com que Allah provará seus servos é que o Dajjal ordenará ao céu que desça a sua chuva, e descerá.. Ordenará a terra que produza seus frutos, e assim fará. Chamará os animais e eles o seguirão. Ordenará as ruínas que tirem seus tesouros enterrados e elas responderão. O Profeta disse: “Ele virá até as pessoas exortando-as que o sigam e elas crerão nele e lhe obedecerão. Ordenará ao céu que desça a sua chuva e assim fará; ordenará a terra que produza seus frutos e assim fará. Depois se dirigirá a outro grupo de pessoas e os exortará a segui-lo, mas elas negarão. Então ele os deixará e eles sofrerão de uma seca, e não ficará nada de suas riquezas. O Dajjal passará por terras áridas e dirá: “Extraiam vossos tesouros! E os tesouros os seguirão como um enxame de abelhas” (Sahih Muslim).

5) Matará um jovem e depois o ressuscitará. O Profeta disse: “O Dajjal virá e lhe será proibido entrar pelas portas de Madina. Assim ele acampará em uma zona estéril perto dela. Nesse dia um homem sairá de Madina para encontrar-se com ele, e será o melhor da humanidade e dirá: “Dou o testemunho de que tu és o Dajjal, que o Mensageiro de Allah nos advertiu.” O Dajjal dirá: “Se eu matar esse homem e depois ressuscitá-lo te ficará alguma duvida quanto a esse assunto (ou seja, de que ele é Allah). Ele dirá: “Não.” Assim, Dajjal matará um homem e depois irá ressuscitá-lo. Então o homem dirá: “Por Allah, que nunca estive mais seguro que tu és o Dajjal do que estou agora.” O Dajjal quererá matá-lo mas não poderá fazer. (Bukhari)
Em outro hadiss: “O Dajjal aparecerá e um homem dentre os crentes partirá para confrontá-lo. Ele será interceptado pelos guardas do Dajjal que lhe perguntarão: ‘Aonde vais?’ Ele dirá: ‘Vou até esse homem que apareceu’. Eles dirão: “Acaso não crês no nosso senhor (se referindo ao Dajjal)?’ E ele dirá: ‘Nós conhecemos nosso Senhor (Allah) muito bem’ Eles dirão: ‘matem ele’. Então um deles dirá aos outros: “Acaso o Dajjal não nos proibiu de matar alguém sem consultá-lo?’ Assim o levarão até o dajjal, e quando o crente ver ele dirá: ‘Oh gente! Esse é o Dajjal de quem o Mensageiro de Allah falou.’ O Dajjal dará ordens para que ele seja golpeado no estomago, depois dirá: ‘Peguem-no e batam nele’ Ele será golpeado severamente, e então o Dajjal dirá: ‘Agora acreditas em mim?’ E o crente dirá: ‘Tu és o Masih Ad Dajjal”. Então o Dajjal ordenará que ele seja cortado com uma serra desde a cabeça até sua pélvis e logo caminhará entre os 2 pedaços e dirá: ‘Levantem’ e estes ficarão em pé. Então dirá: ‘Agora você crê em mim?’ O crente dirá: ‘Estou bem seguro de quem tu és’ e dirá: ‘Oh gente, ele não poderá matar ninguém depois de mim’. O Dajjal vai pegá-lo para degolá-lo, mas um escudo de cobre aparecerá entre seu pescoço e sua clavícula e ele não poderá fazer nada. Então o pegará pelas mãos e pés e lhe jogará no rio de fogo, e as pessoas pensarão que ele foi jogado ao inferno, mas na realidade terá sido jogado no Paraíso.” O Mensageiro de Allah completou: “Ele será o maior mártir perante o Senhor do Universo”. (Muslim).

Onde surgirá o Dajjal?

Muslim narrou de Fatimah Bint Qais que ela ouviu o porta voz do Profeta exclamar: “A salah al Jami’ah” (Venha para a oração em congregação), então ela se dirigiu para a mesquita.

Ela disse:

“Orei com o Mensageiro de Allah e eu estava na fila das mulheres que estava diretamente atrás dos homens. Quando o Mensageiro de Allah completou a oração, sentou-se no Minbar sorridente e disse: ‘Que cada pessoa fique onde está.

Vocês sabem porque os reuni?

Eles disseram: ‘Allah e Seu Mensageiro sabem melhor. Ele disse: ‘Eu os reuni porque Tamim Ad Dari, que era cristão, veio aqui e me jurou obediência e se converteu ao Islam. Ele me contou algo parecido com o que eu lhes disse acerca do Dajjal.

Disse-me que estava viajando em um barco com 30 homens (das tribos de) Lajm e Judham , e foram açoitados pelas ondas do mar durante 1 mês , finalmente encontraram refúgio em uma ilha no momento do Ocaso. Depois se dirigiram à ilha em botes e desembarcaram nela. Lá foram interceptados por uma besta cujo pelo era tão espesso que não puderam diferenciar sua cara da parte de trás devido a quantidade de pelo. Então exclamaram: ‘Que a perdição esteja sobre ti, quem és?’ E ela respondeu:

"Sou Jassasah.’ Eles disseram: ‘Que é Jassasah?’ E ela disse: ‘Oh gente, busquem esse homem no templo, pois ele está ansioso das notícias que vocês trazem.’ Tememos que esta besta fosse um demônio, então nos dirigimos depressa ao templo , onde encontramos um homem mais grande do que já havíamos visto, retido por travas, com suas mãos atadas aos seu pescoço e com correntes de ferro desde suas pernas até seus tornozelos.

Nós exclamamos: ‘Que a perdição esteja sobre ti. Quem és ?’

Ele disse: ‘Logo sabereis de mim, mas digam-me quem são vocês ?

Eles disseram:

"Somos da Arábia. Viajávamos em um barco e as ondas do mar nos açoitaram durante 1 mês, finalmente encontramos refúgio em esta vossa ilha. Desembarcamos nela e encontramos uma besta que era tão cabeluda que não podíamos distinguir entre sua cara e sua parte de trás, devido a quantidade de pelo.

Nós dissemos: ‘Que a perdição esteja sobre ti, quem és? E ela nos disse: ‘Sou Jassasah’ Perguntamos: “Que é Jassasah ? e ela disse: “busquem esse homem no templo, pois ele está ansioso das notícias que vocês trazem.’ Assim que viemos rapidamente aqui, fugindo dessa besta, porque não estávamos seguros de que não era um demônio.

Ele disse: ‘Informem-me acerca das palmeiras de Baisan (cidade na Palestina)’.

Nós dissemos: ‘Que queres que digamos sobre elas?’ Ele disse: ‘Estou perguntando se estão produzindo frutos’.

Dissemos: ‘Sim’. Ele disse: ‘Logo elas não produzirão mais frutos. Informem-me acerca do lago de Tabariiah (Tiberias) (na Palestina)’. Nós dissemos: ‘Que queres que digamos sobre ele?’ Ele disse: ‘Ele ainda tem água? Eles disseram: ‘Tem muita água’ Ele disse: ‘Logo não terá’.

Ele disse: ‘Informem-me acerca da fonte de Zugar (um povo ao sul da Síria). Eles disseram: ‘Que queres que digamos sobre ela?’

Ele disse: "As pessoas ainda usam sua água para a irrigação"? Nós lhe dissemos: "Sim, tem muita água e as pessoas a usam para a irrigação’. Ele disse: ‘Informem-me acerca do Profeta dos iletrados, o que ele tem feito? Nós dissemos: "Saiu de Makkah e se estabeleceu em Iathrib". Ele disse: ‘Os árabes lutam contra ele ? Nós dissemos: ‘Sim’. Ele disse: ‘O que ele tem feito com eles?’ Nós dissemos que ele havia vencido a aqueles que vivem nas cercanias e que esses se submeteram.

Ele disse: ‘Isso já aconteceu?’ Nós dissemos que sim. Ele disse: ‘Se isso já ocorreu é melhor para eles que lhe obedeçam. Eu vos falarei sobre mim: Eu sou o Masih (O Dajjal) e logo será me concedido permissão para surgir. Eu surgirei e viajarei por toda a Terra e não haverá cidade onde eu não ficarei durante 40 dias, salvo Makkah e Taibah (Madina), pois me foram proibidas. Sempre que eu queira entrar em uma delas serei interceptado por um anjo em cuja mão há uma espada e obstruirá meu caminho. Em cada passo da montanha haverá anjos protegendo-as’. (Muslim).

O Mensageiro de Allah disse, golpeando o Mimbar com seu bastão: “Esta é Taibah, esta é Taibah, esta é Taibah! Acaso não lhes disse coisas similares (sobre o Dajjal)?” As pessoas disseram: “Sim”. O Profeta disse: “Gostei do relato de Tamim já que está de acordo com o que eu lhes informei sobre ele (dajjal), al Madina e Makkah. Está o Dajjal no mar sírio (Mediterrâneo) ou no mar yemenita (Oceano Indico)? Claro que não! Ele está ao leste, ao leste!” e indicou com sua mão o leste.

Ela (Fátima Bint Qais) disse: “Eu memorizei estas palavras do Mensageiro de Allah”.
O Profeta Muhammad disse: “Ele surgirá entre a Síria e o Iraque, e difundirá a perdição por todas as partes! Oh servos de Allah mantenham-se firmes!” (Sahih Muslim)
Quanto tempo ele ficará na Terra? Os sahaba perguntaram ao Mensageiro de Allah : “Quanto será o tempo de sua estadia na Terra?” Ele respondeu: “40 dias, um dos quais será como um ano, outro como um mês, outro como uma semana, e os outros dias serão como vossos dias.” (Muslim).

Os seguidores do Dajjal:

O Dajjal, o mentiroso torto, é o mesmo rei que os judeus estão esperando para poder governar o mundo definitivamente. O Mensageiro de Allah disse: “A maioria dos seguidores do Dajjal serão os judeus e as mulheres”. (Musnad Ahmad) Em outro hadith, o Mensageiro de Allah disse: “O Dajjal será seguido por 70 000 judeus de Asbahan, vestindo capas.” (Muslim) Existe um bairro em Asbahan habitado só por judeus, e isso até os dias atuais.

O nome pelo qual o Dajjal é conhecido entre os judeus é Al Masih Ibn Daud (Messias filho de Davi). Eles alegam que ele surgirá no final dos tempos e seu domínio se estenderá sobre a terra e o mar, e que os rios fluirão com ele. Eles alegam que ele restaurará o domínio para os judeus. Suas alegações são falsas, pois esse será o Messias do desvio, e o Messias da guia será Jesus filho de Maria (Isa Ibn Mariam), que matará o dajjal e seus seguidores.

Como se proteger do Dajjal?

O Profeta disse:

“Se ele aparecer enquanto eu estiver entre vocês então eu me encarregarei dele por vocês, mas se ele surgir quando eu já não estiver, cada um deverá defender-se por si mesmo e Allah cuidará de cada muçulmano por mim.”

O Profeta ordenou que quem encontrá-lo recite os primeiros versículos da Sura al Kahf (A Caverna). Em alguns hadith sahih o Profeta disse:

“Quem memorizar 10 versículos da Sura al Kahf será protegido da fitna do Dajjal” (Alguns dizem os 10 primeiros e outros os 10 últimos). O Profeta sempre buscava refugio em Allah da fitna do Dajjal depois do Tashahud na oração, dizendo: “Allahuma inna Naudho bika min ‘adhab jahanam, ua min ‘adhab al qabr, wa min fitna al mahia wal mamat, wa min fitna al masih ad dajjal.” (Oh Allah busco refúgio em Ti do tormento do inferno, do tormento do túmulo, das atribulações da vida e da morte, e da atribulação do Dajjal).

A destruição do Dajjal:

O profeta disse: “Vosso líder será um homem virtuoso.Quando ele for dirigi-los para a oração de fajer Isa Ibn Mariam descerá . O imam retrocederá para que Isa possa liderar a oração. Isa colocará sua mão em seus ombros e dirá: “vá adiante, e dirige a oração já q a iqamah foi realizada para q tu dirijas”. Então o imam os dirigirá na oração e quando tiver terminado, Isa dirá: “Abram as portas” eles abrirão e detrás desta estará o dajjal acompanhado por 70 000 judeus todos portando espadas adornadas.

Quando o dajjal o ver começará a se dissolver como o sal na água e escapará. Isa o alcançará na porta oriental de Lud (palestina) e o matará. Allah vai derrotar os judeus. E não haverá criação de Allah atrás do qual os judeus se escondam sem que Allah a faça falar delatando-os, pedras, árvores, paredes e animais, salvo al garqad que é uma de suas árvores e não os delatará. Todos os demais dirão: “Oh servo crente de Allah Aqui há um judeu, venha e mate-o.” (Sahih Al Jami’ As Saghir).

A volta de Issa Ibn Mariam (Jesus filho de Maria).

O Profeta disse: “Ele descerá junto a um minarete branco a leste de Damasco.” Ele descerá no momento da oração quando os muçulmanos já tiverem se preparado para atacar o Dajjal e seus seguidores.

Issa descerá como um seguidor do Profeta Muhammad , e julgará segundo as leis do Quran e Sunnah. Isa não descerá como um Profeta trazendo leis para revogar a shariah e sim como um governador justo governando através da shariah. Allah fez um convênio com todos os profetas que eles creriam no Profeta Muhammad e que lhe seguiriam se fossem enviados.

Allah diz no Quran:

“Quando Allah aceitou a promessa dos profetas disse-lhes: Eis o Livro e a sabedoria que ora vos entrego. Depois vos chegou um Mensageiro que corroborou o que já tendes. Crede nele e socorrei-o. Então, perguntou-lhes: Comprometer-vos-eis a fazê-lo? Responderam: Comprometemo-nos. Disse-lhes, então: Testemunharei, que também serei, convosco, Testemunha disso.” (3:81-82).

O Profeta disse com relação ao Profeta Isa: “Ele combaterá as pessoas até que aceitem o islam, então quebrará a cruz, matará os porcos, e abolirá a Jizia. E durante seu tempo Allah destruirá todas as religiões exceto o Islam.” (Sahih- Abu Daud).

Haverá riqueza, prosperidade e paz e segurança em todo o mundo. Isa ficará na terra por 40 anos, depois morrerá e os muçulmanos farão a oração fúnebre por ele, conforme um hadiss sahih.
O Profeta disse: “Há 2 grupos da minha Ummah que Allah salvar[a do fogo: o grupo que conquistará a Índia, e o grupo que estará com Isa Ibn Mariam.”

Aparecimento do Yajuj e Majuj (Gog e Magog):

Allah fala sobre eles na Sura Al Kahf. Yajuj e Majuj são 2 nações muito numerosas, e estão atrás de uma barreira que foi construída por um líder chamado Dhul Qarnain. Em um hadith sahih o Mensageiro de Allah disse que Yajuj e Majuj todos os dias perfuram a barreira, até que quase possam ver os raios de sol, então o líder deles diz: “vamos voltar e amanhã continuamos”, e quando voltam no outro dia Allah terá tapado a perfuração da barreira que estará mais forte que antes.

E assim continuará até o momento que Allah determinou. Ai então o líder deles dirá: “vamos voltar e amanhã continuamos Insha Allah”. Dessa vez ele dirá Insha Allah, e conseguirão perfurar a barreira. Eles surgirão depois que Isa desça e o dajjal seja derrotado.

Num hadiss extenso que está no Sahih Muslim, o Mensageiro de Allah disse:

“Depois Isa se dirigirá até algumas pessoas que Allah protegeu do Dajjal , ele limpará seus rostos e lhes informará dos lugares que ocuparão no Paraíso. Enquanto isso ocorrer, Allah lhe revelará:

"Eu mandei alguns de meus servos, que ninguém poderá combater, leve meu servos ao monte Sinai."

Então Allah enviará Yajuj e Majuj que descerão de cada lugar alto. "O Primeiro deles passará pelo lago Tiberias (um grande lago na Palestina) e beberá todo ele. O ultimo deles passará por ele e dirá: ‘Aqui havia um rio antes".

O Profeta de Allah Isa e seus companheiros serão sitiados no Monte e se verão submetidos a tal pressão que a cabeça de um touro será mais valioso como alimento do que 100 dinares são para vocês hoje.

O Profeta Isa e seus companheiros implorarão a Allah e Allah enviará sobre eles uma epidemia e todos amanhecerão mortos. Então o Profeta Isa e seus companheiros descerão e não encontrarão um palmo de terra que não esteja cheio de putrefação e fedor.

O Profeta Isa e seus companheiros implorarão a Allah, e Ele enviará pássaros com pescoços largos que levarão os cadáveres para onde Allah quiser. Então Allah enviará uma chuva que tocará toda casa ou tenda e que lavará a terra até deixa-la como um espelho.”
Eles serão tão numerosos que segundo um hadiss:
“Os muçulmanos acenderão fogo com os arcos e flechas de Yajuj e Majuj, suas armas e escudos durante 7 anos.” (At Tirmidhi).

O fim do Islam, o desaparecimento do Quran e a morte das pessoas boas:

O Profeta disse: “O islam desaparecerá como desaparece a cor de um vestido, até que chegue um momento em que ninguém saberá o que é o jejum, a oração, o sacrifício ou a caridade. O Livro de Allah será retirado em uma noite, e não ficará nem um só versículo na terra. Ficarão um grupo de pessoas, velhos e velhas que dirão: ‘Ouvimos nossos antepassados dizerem as palavras: la ilaha illa Allah, assim nós dizemos também” (Al Hakim).

O Profeta disse: “Allah enviará um vento do Yemen mais suave do que a seda e que não deixará ninguém cujo coração tenha um peso de um átomo de fé sem que o faça morrer.” (Muslim)
Disse tb: “A hora não começará até que já não fique ninguém na Terra que diga: Allah.”

Retorno da humanidade a ignorância e adoração dos ídolos:

Segundo os ahadith, as pessoas voltarão a adorar os ídolos da época da ignorância, tais como por ex. Al Lat e Al Ùzza.

Num hadith sahih o mensageiro de Allah disse: “A hora não virá até que as pessoas forniquem nas ruas como os asnos.”

A destruição da Kaaba:

O profeta disse: “A kaaba será destruída por Dhu As Suuaiqatain da Abissínia (Etiópia). Ele roubará seus adornos e a tela que a cobre.” (hadiss sahih)
Ela não será reconstruída, porque isso ocorrerá no final dos tempos, onde já não haverá mais pessoas boas.

A saída do sol pelo poente:

O Profeta disse: “A hora não virá até que o sol nasça pelo poente, quando ele se elevar e as pessoas o vejam todos crerão, mas nesse momento a única fé que terá valor será daquele que creu antes”.

A Aparição da besta:

O Profeta disse: “A besta surgirá e marcará as pessoas em seus narizes. Aqueles que tiverem sido marcados viverão entre vocês até quando um homem compre um camelo e se pergunte: de quem compraste? Ele dirá: de um dos que tem os narizes marcados.”

O fogo que reunirá as pessoas:

Aparecerá um fogo a partir do Yemen e reunirá as pessoas até seu lugar de reunião. O profeta disse: “Certamente sereis reunidos alguns a pé e outros montados e serão arrastados para essa direção.” e apontou com sua mão para a Síria.

E esse é o último momento da vida na terra. Após isso a hora do Dia do Juízo iniciará, e tudo quanto exista perecerá, exceto o Rosto de Allah, Louvado e Glorificado Seja!

"Perguntam: Quando acontecerá o Dia da Ressurreição? (Responde-lhes): Quando vos forem deslumbradas as vistas, E se eclipsar a lua E o sol e a lua se juntarem! Nesse dia, o homem dirá:

Onde está o refúgio? Qual! Não haverá escapatória alguma! Nesse dia, se dará o comparecimento ante o teu Senhor. Dia em que o homem será inteirado de tudo quanto fez e tudo quanto deixou de fazer. Mais, ainda, o homem será a evidência contra si mesmo, Ainda que apresente quantas escusas puder." (Al Qiyama).

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

-- “Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
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Agradeço a Allah SW, pelo Irmão Hassan, que muito tem contribuido pelo crescimento do nosso Blogger. Que a luz divina recaia sobre ele e toda sua decendência. Inshallah!

Majza’a b. Sawr al Sadusi

“Majza’a b. Sawr foi um corajoso cavaleiro que derrotou uma centena de pagãos em duelos, sem contarmos os que ele matou em batalha.”

Um pouco de história, do tempo em que os muçulmanos andavam submissos à vontade de Allah SW. A importância de acompanhar esses eventos é readquirir a confiança e a consciência de que com Allah SW seremos sempre fortes e vencedores, e sem a sua misericórdia seremos eternos perdedores, material e espiritualmente falando. (Hajj Hamza).

Os Historiadores

Os intrépidos heróis dos exércitos de Deus sacudiram de si a poeira da batalha de Al Cadisiya, jubilosos com a vitória que lhes fora concedida por Deus. Invejavam os irmãos (no Islam) martirizados, por causa das recompensas que de Deus iriam receber, e anelavam por outra batalha que fosse rivalizar à de Al Cadisiya, em esplendor.

Esperavam uma ordem que viesse de Ômar b. al Khattab, o califa do abençoado Profeta (SAAS), para que dessem continuidade ao jihad, até que arrebatassem de Cosroé o trono. A ansiedade daqueles abençoados soldados não foi em vão, pois não passou muito tempo para que um mensageiro do califa chegasse a Kufa. Trazia consigo uma ordem de Al Faruk dirigida ao governador Abu Mussa al Achari, para que dirigisse seus soldados a um local onde iriam juntar-se às forças muçulmanas de Al Basra. Iriam sair juntos para Al Ahwaz, onde iriam perseguir e subjugar a Hormuzan, líder das focas persas pagãs. Iriam também libertar a cidade de Tustar, a jóia mais brilhante da coroa imperial da Pérsia.

A mensagem enviada pelo califa para o Abu Mussa continha ainda uma ordem específica para que as forças incluíssem o intrépido cavaleiro Majza’a b. Sawr al Sadusi, o inconteste comandante da tribo de Bakr.

Abu Mussa agiu de acordo com a ordem do Emir dos Crentes, e preparou seu exército, colocando o Majza’a b. Sawr al Sadusi ao seu lado esquerdo. Ele juntou suas forças com as forças vindas de Al Basra e, juntos, saíram para lutar por suas crenças. Libertaram uma cidade após a outra, escorraçando o inimigo das suas fortalezas. O Hormuzan fugiu antes deles, procurando refúgio num lugar após outro, até que chegou a Tustar. Aí procurou abrigo junto às suas forças.

Tustar era a mais linda das cidades da Pérsia, com um clima adorável e consistentes fortificações para a protegerem. Era o centro da civilização, que tinha sido construída havia muitos séculos, e habitada desde os tempos mais remotos. Fora construída num morro alongado que parecia o corpo dum cavalo. No sopé do morro estava a ravina Dujayal, que abastecia de água a cidade. A água era bombeada para cima, a um reservatório com um chafariz, tudo isso construído pelo imperador Sabur. Aquela maravilhosa construção foi feita com pedras enormes e bem unidas, reforçadas por fortes pilares de ferro, sendo que os canos do reservatório eram alinhados com chumbo.

Rodeando toda a cidade de Tustar havia uma muralha alta e espessa. Dizem os historiadores ser ela a primeira e maior muralha a ser erigida em torno da cidade. Do lado de fora da muralha, Hormuzan ordenou que uma larga trincheira fosse cavada. Não era um obstáculo fácil de ser transposto e, atrás dela, se postava o fino dos exércitos da Pérsia.

As forças muçulmanas sitiaram a cidade de Tustar, acampando, por dezoito meses, do lado externo da trincheira. Durante esse tempo, engajaram-se em oitenta batalhas com as forças persas. Cada batalha começava com duelos entre cavaleiros das duas forças, antes que se transformassem em sangrento entrevero.

Majza’a b. Sawr provou sua coragem nesses duelos, surpreendendo tanto a seus compatriotas como a seus inimigos. Ele matou uma centena de cavaleiros inimigos em duelos, sendo que a simples menção do seu nome causava terror nas fileiras persas, assim como inspirava orgulho e fidalguia entre os muçulmanos. Por causa dos seus feitos, mesmo aqueles que nunca antes tinham ouvido falar de Majza’a ficaram sabendo por que o califa fora tão insistente quanto à sua presença no exército, na prática do jihad.

Durante a última das oitenta batalhas, os muçulmanos atacaram tão ferozmente, que os persas foram forçados a abandonar as pontes sobre suas trincheiras, e procurar abrigo atrás das inexpugnáveis muralhas das suas fortalezas.

Após esse longo período de paciência, os muçulmanos constataram que sua situação se tornara pior. De atrás das muralhas da cidade, os persas arremessavam suas setas por sobre os muçulmanos, que eram um alvo fácil. Faziam ainda descer das muralhas ganchos em brasa presos as correntes de ferro. Sempre que algum dos soldados muçulmanos tentava escalar a muralha, os persas o apanhavam com os ganchos e o içavam para cima, onde encontrava a morte em atroz agonia.

Conforme o desânimo dos muçulmanos crescia, eles oravam a Deus com todo o coração, humildemente implorando que Ele lhes abrandasse as dificuldades e lhes concedesse a vitória sobre seus inimigos, que eram hostis à sua própria crença em Deus. Abu Mussa estacava, de pé, e estudava a enorme muralha de Tustar, na desesperança de encontrar um meio de transpô-la. Um dia ele assim permanecia, quando uma flecha foi atirada de cima da muralha e caiu perto dele. Quando a viu, notou que havia um recado atado a ela.

O recado dizia:

“Creio que posso confiar em vós, muçulmanos. Estou à procura de anistia para mim, minha família, minhas posses, e para aqueles que me seguem. Em troca, irei mostrar-vos uma
passagem que vos levará para dentro da cidade.”

Abu Mussa escreveu uma promessa de salvaguarda para a pessoa que arremessara a flecha, e a arremessou de volta, do mesmo modo.

O homem escolhera os muçulmanos, por causa da reputação destes quanto à verdade e fidelidade das suas promessas. Ele se esgueirou para fora da cidade, encoberto pela escuridão da noite, foi ter com Abu Mussa, e confiaram-lhe os detalhes da sua estória, dizendo:

“Nós somos da nobreza do nosso povo. Porém, Hormuzan matou meu irmão mais velho e se apoderou da sua família e das suas posses. Ele nutre uma aversão tal quanto a mim, que sinto que meus filhos e eu não estamos seguros das suas garras. Eu prefiro a vossa integridade à injustiça dele, e a vossa lealdade à sua traição. Apresenta-me uma pessoa que seja brava e inteligente, e que saiba nadar bem, e eu lhe mostrarei o caminho.”

Abu Mussa chamou Majza’a b. Sawr al Sadusi, e lhe contou privativamente os novos desenvolvimentos, e disse:

“Ajuda-me, trazendo a mim um dos teus homens que seja inteligente, determinado e que saiba nadar.”

“Permite que eu seja esse homem, ó comandante!”, disse o Majza’a.
“Se é o que desejas, então vai com as bênçãos de Deus” respondeu o comandante. Então Abu Mussa pediu-lhe que memorizasse o caminho, especialmente onde se encontrava a passagem, que determinasse onde Hormuzan haveria de ser encontrado, que notasse como ele era, e que não iniciasse ato nenhum que despertasse suspeitas.

Na escuridão, o Majza’a b. Sawr saiu com o seu guia persa, que o dirigiu dentro dum túnel subterrâneo que ligava o rio à cidade. Em certos lugares o túnel era largo o bastante para que ele vadeasse através da água. Em outros, ele era tão estreito, que Majza’a era obrigado a nadar. Em alguns lugares o rio era serpeante, com saídas que iam para fora do túnel principal, ao passo que outros segmentos eram retos e fáceis de serem transpostos. Eles continuaram desse modo, até que atingiram a abertura do túnel que adentrava a cidade. O guia mostrou ao Majza’a o matador do seu irmão, o general Hormuzan, e o local onde ele se refugiava.

Assim que Majza’a viu o general inimigo, sua primeira reação manifestou-se num impulso de atirar uma flecha e acabar com ele. Mas imediatamente lembrou-se da ordem dada por Abu Mussa de não iniciar nenhuma ação. Ele controlou a sua exuberância, reprimiu-se e, silenciosamente, voltou para o acampamento muçulmano antes do romper da aurora.

Abu Mussa selecionou trezentos dos mais bravos soldados muçulmanos que possuíam grandes resistências e habilidades natatórias. Deu-lhes como comandante o Majza’a, deles se despediu, dando-lhes suas ordens. Eles concordaram com que o brado Allahu akbar (Deus é grande!) iria ser o sinal para que as forças muçulmanas atacassem a cidade.

Majza’a ordenou que seus homens se vestissem o mais sumariamente possível, para que a água não fizesse peso em suas vestes, e não os obstruísse, e avisou-os que nada carregassem além das suas espadas, que amarravam contra seus corpos por sob as vestes. Eles iniciaram sua missão cedo à noite, após ter escurecido.

Majza’a b. Sawr e seus corajosos soldados passaram duas horas debatendo-se contra os obstáculos do perigoso túnel; e algumas vezes alguns deles sucumbiam, pois quando Majza’a alcançou a saída para a cidade, constatou que o túnel havia engolido duzentos e vinte dos seus homens, restando apenas oitenta.

Tão logo estavam de todo seguros em terra seca, puxaram das espadas, caíram sobre os guardas e, silenciosamente, os mataram. Abriram os portões, entoando o brado Allahu akbar! Como resposta, veio o brado dos seus irmãos muçulmanos que estavam do lado de fora.

De madrugada, os soldados muçulmanos enxamearam para dentro da cidade. A batalha que teve lugar entre eles e os inimigos de Deus foi uma das mais ferozes e sangrentas de toda a história. Em meio à briga, o Majza’a b. Sawr divisou a Hormuzan, e correu ao encontro dele, com a espada em riste. O general ficou rapidamente misturado às fileiras, e foi perdido de vista. Uns momentos depois, Majza’a novamente o viu, e encetou uma carga contra ele.

Majza’a e Hormuzan se entrelaçaram com as espadas. Cada qual queria desfechar o golpe mortal; a espada de Majza’a errou o alvo, ao passo que a de Hormuzan acertou-o. O intrépido e heróico cavaleiro caiu mortalmente ao solo, satisfeito com o que Deus lhe permitira que conseguisse. A força muçulmana continuou a lutar, até que Deus lhes concedeu a vitória; trouxeram cativo a Hormuzan.

Os portadores das boas-novas da vitória dirigiram-se a Madina para encontrarem-se com o califa Al Faruk. Consigo portavam o cativo Hormuzan, sua coroa incrustada de gemas e sua capa de brocado de ouro, para que o califa os pudesse ver. Portavam também suas condolências ao califa pela perda do seu cavaleiro campeão, o Majza’a b. Sawr.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=254&itemTitle=Majza’a%20b.%20Sawr%20al%20Sadusi

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

O Povo de Lot

“O povo de Lot rejeitou (os seus) avisos. Nós enviamos uma violenta tempestade de pedras sobre eles todos, (que os dizimou), com exceção da família de Lot, a qual salvamos na hora da alvorada, como uma Graça da Nossa parte. Assim recompensamos os agradecidos. E (Lot) já os havia avisado do Nosso castigo, mas eles duvidaram dos avisos (Capítulo Al-Qamar – 54:33-36)”.
O Profeta Lot viveu ao mesmo tempo em que o Profeta Abraão. O Velho Testamento diz que o Profeta Lot era sobrinho do Profeta Abraão e que eles viajaram certa distância juntos nas longas jornadas do Profeta Abraão. O Profeta Lot foi enviado como mensageiro a uma das comunidades vizinhas. Estas pessoas, como nos diz o Alcorão, praticavam a perversão nunca vista no mundo até então, nomeadamente a homossexualidade. Quando o Profeta Lot lhes disse para evitarem esta perversão e lhes trouxe o aviso de Allah, eles negaram-no, recusaram a sua profecia, e seguiram em diante com a sua perversão. No fim, estas pessoas foram destruídas por um assustador desastre. Esta cidade, onde o Profeta Lot resistiu, é referida como Sodoma no Velho Testamento. Estando situada no norte do Mar Vermelho, esta comunidade implicitamente pereceu tal como está escrito no Alcorão. Os estudos arqueológicos revelam que a cidade está localizada à volta do Mar Morto, estendendo-se ao longo da fronteira Israelo-Jordana. Antes de examinar os restos deste desastre, vamos ver porque é que o povo de Lot foi punido desta maneira. O Alcorão diz como o Profeta Lot avisou o seu povo e o que lhe disseram em resposta:
“O povo de Lot rejeitou os mensageiros. Quando seu irmão Lot lhes disse: Não temeis (Allah)? Eu sou um mensageiro fiel para vós; temei, pois, a Allah, e obedecei-me. Não vos exijo, por isso, recompensa alguma, porque a minha recompensa virá do Senhor dos Mundos. De entre todas as criaturas, vós aproximais dos machos, deixando de lado o que o vosso Senhor criou para vós, para serem vossas esposas? Em verdade, sois um povo depravado! Eles disseram: Se não desistires, ó Lot, contar-te-ás entre os desterrados! Ele disse: Sabei que eu detesto a vossa conduta”. (Capítulo Ach-Chu’ara – 26:160-168).
O Povo de Lot ameaçou-o (ao Profeta Lot) em reacção ao seu convite para entrarem no bom caminho. O seu povo detestava o Profeta Lot por causa de lhes mostrar o caminho certo, e quiseram banir tanto ele como outros crentes além dele. Noutros versículos, o incidente foi dito como se segue;
“E (enviamos) Lot, que disse ao seu povo: Cometeis abominação como ninguém no mundo cometeu antes de vós, aproximando-vos licenciosamente dos homens, em vez das mulheres. Realmente, sois um povo transgressor. E a resposta do seu povo só consistiu em dizer (uns aos outros): Expulsai-os da vossa cidade porque são pessoas que desejam ser puras”. (Capítulo Al-Araf – 7:80-82).
O Profeta Lot estava a chamar o seu povo para uma óbvia verdade e avisou-os de maneira explícita. Mas o seu povo não prestou atenção de qualquer modo a nenhuns avisos e continuou a recusar o Profeta Lot e a negar a penalidade que ele lhes estava a anunciar:
“E (recordai) de quando Lot disse ao seu povo: Na verdade, cometeis obcenidades que ninguém no mundo cometeu, antes de vós. Vós vos aproximais dos homens, assaltais as estradas e, em vossos concílios, cometeis o ilícito! Porém, a única resposta do seu povo foi: Manda-nos o castigo de Deus, se estiveres certo”. (Capítulo Al-Ankabut – 29:28-29).
Tendo a resposta do seu povo, o Profeta Lot pediu a ajuda de Allah:
“Disse: Ó meu Senhor! Concede-me a vitória sobre o povo dos corruptores! (Capítulo Al-Ankabut – 29:30)”.
“ Ó meu Senhor! Livra-me, juntamente com a minha família, de tudo quanto praticam”.(Capítulo Ach-Chu’ara – 26:169).
Ao pedido do Profeta Lot, Allah enviou dois anjos disfarçados de homens. Estes anjos visitaram o Profeta Abraão antes de chegarem junto do Profeta Lot. Dando ao Profeta Abraão as boas novas de que a sua mulher iria dar à luz um filho, os mensageiros explicaram as razões básicas da sua acção. O povo insolente de Lot estava para ser destruído:
“(Abraão) disse: Qual é, então a vossa incumbência, ó mensageiros? Eles disseram-lhe: Em verdade, fomos enviados a um povo de pecadores, para que lançássemos sobre eles pedras de argila, destinadas, da parte do teu Senhor, aos transgressores”. (Capítulo Adh-Dháriyat – 51:31-34).
“ Com excepção da família de Lot, a qual salvaremos inteiramente, excepto a sua mulher, que nos dispusemos a contar entre os deixados para trás”. (Capítulo Al-Hijr – 15:59-60).
Após deixarem a companhia do Profeta Abraão, os anjos, que foram enviados como mensageiros, chegaram até ao Profeta Lot. Não tendo encontrado os mensageiros, antes, o Profeta Lot primeiro ficou aflito, e então acalmou-se após ter falado com eles:
“ Mas, quando os Nossos mensageiros se apresentaram a Lot, este ficou aflito por eles, sentindo-se impotente para defendê-los, e disse: este é um dia sinistro”.(Capítulo Hud – 11:77).
“ Ele disse-lhes: Pareceis estranhos a mim! Eles disseram: Sim! Trazemos-te aquilo de que os teus concidadãos haviam duvidado. E trazemos-te a verdade, porque somos verdadeiros. Sai com a tua família no fim da noite, e segue tu na sua rectaguarda, e que nenhum de vós olhe para trás; ide aonde vos for ordenado! E Nós expusémos-lhe com clareza o caso: de que seriam cortadas ao alvorecer as raízes de todos os que praticaram o mal (pecadores)”. (Capítulo Al-Hijr – 15:62-66).
Entretanto, o seu povo tomou conhecimento que o Profeta Lot tinha visitantes. Não hesitaram em aproximarem-se destes visitantes, perversamente, como eles o tinham feito com outros, anteriormente. Eles cercaram a casa. Receando pelos seus visitantes, o Profeta Lot dirigiu-se ao seu povo como se segue:
“ Lot disse-lhes: Eles são meus hóspedes; não me desonreis, e temei a Allah e não me envergonheis”. (Capítulo Al-Hijr – 15:68-69).
O povo de Lot retorquiu-lhe em resposta:
“Eles disseram: Não te proibimos nós de receber fosse lá quem fosse”? (Capítulo Al-Hijr – 15:70).
pensando que ele e seus visitantes estariam sujeitos ao mau tratamento, Lot disse:
“Quem me dera ter forças para vos resistir ou encontrar um forte auxílio (entre vós)”(Capítulo Hud – 11:80).
Seus “visitantes” lembraram-lhe que eles eram mensageiros de Allah e disseram:
“Disseram-lhe (os anjos): Ó Lot! Nós somos os mensageiros do teu Senhor; eles jamais poderão atingir-te. Sai, pois, com a tua família, no decorrer da noite, e que nenhum de vós olhe para trás. Á tua mulher, porém, acontecerá o mesmo que a eles. Tal sentença se executará ao amanhecer. Acaso, não está próximo o amanhecer”?(Capítulo Hud – 11:81).
Quando a perversidade do povo da cidade alcançou os extremos, Allah salvou o Profeta Lot por intermédio dos anjos. Pela manhã, o seu povo foi destruído pelo desastre do qual o Profeta Lot os tinha informado de antermão.
“E intentaram eles desonrar os seus hóspedes; então, Nós cegámo-lhes os olhos, dizendo: Sofrei, pois, o Meu castigo e a Minha admoestação. E, ao amanhecer, surpreendeu-os um castigo, que se tornou perene”. (Capítulo Al-Qamar – 54:37-38).
Os versículos decsrevem a destruição deste povo como se segue:
“Porém, o estrondo os fulminou, ao despontar do sol. Reviramo-la (a cidade) e desencadeamos sobre os seus habitantes uma chuva de pedras de argila endurecida. Nisto há sinais para os perspicazes. E (as cidades de Sodoma e Gomora) constituem um exemplo à beira da estrada (que permanece indelével até hoje na memória de todos)”. (Capítulo Al-Hijr – 15:73-76).
“E quando se cumpriu o Nosso desígnio, reviramos (as cidades nefastas) e desencadeamos sobre elas uma ininterrupta chuva de pedras de argila endurecida, estigmatizadas por teu Senhor; e isso não está distante dos iníquos”. (Capítulo Hud – 11:82-83)
“Então, destruímos os demais, e desencadeamos sobre eles um impetuoso torvelhinho; e que péssimo foi o torvelhinho para os admoestados (que fizeram pouco caso!) Na verdade, nisto há um sinal; porém, a maioria deles não crê. E na verdade, o teu Senhor é o Poderoso, o Misericordioso”.(Capítulo Ach-Chuara – 26:172-175).
Enquanto o povo estava a ser destruído, só o Profeta Lot e os crentes que eram quais “mobílias da casa” foram salvos. A mulher do Profeta Lot não acreditou e ela foi também destruída.
“E (Nós enviamos também) Lot, que disse ao seu povo: Cometeis tais torpezas como nenhum outro povo antes de vós? Vós procurais os homens em vossos desejos pecaminosos, em vez das mulheres. Na verdade, vós sois um povo transgressor. E a resposta do seu povo foi somente o que disseram uns para os outros: expulsai-os da vossa cidade. São decerto pessoas honestas que desejam ser puras. E Nós salvamo-lo (a Lot), juntamente com a sua família, exceto a sua mulher que foi uma dos que ficaram para trás. E fizemos cair chuva sobre eles. Repara, pois, a natureza das conseqüências para os pecadores”! (Capítulo Al-Araf – 7:80-84)
Assim, o Profeta Lot foi salvo com os crentes e sua família com excepção da sua mulher. Conforme descrito no Antigo Testamento, ele emigrou com o Profeta Abraão. Quanto ao povo perverso, foi destruído e as suas residências arrasadas até ao chão.
O 82° versículo do Capítulo Hud relata, claramente, a espécie de desastre que recaiu sobre o povo de Lot. “E quando se cumpriu o Nosso desígnio, reviramos (as cidades nefastas, de cabeça para baixo) e desencadeamos sobre elas uma ininterrupta chuva de pedras de argila endurecida”. A descrição de “revirar (as cidades) de cabeça para baixo” parece implicar que a região foi totalmente destruída com um violento tremor de terra. Em conformidade, o Lago de Lot ou Mar morto Também chamado fica na Jordania, onde o incidente da destruição teve lugar, mostra “óbvias” evidências de que tenha havido lugar a um tal tremor de terra. -- “Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br

Adi b. Hátim al Tai

“Vós acreditastes, sendo que eles não; conscientizastes-vos da verdade, sendo que eles a negaram; conservastes vossas palavras, sendo que eles foram traidores; e vós avançastes, sendo que eles fugiram”
(tirado de uma citação de Ômar b. al Khattab).

No nono ano da Hégira, o Islam se tornou a opção de um dos reis dos árabes, após ele o ter rejeitado. Seu coração se abriu para a fé, após ter passado um longo tempo evitando-a e resistindo-a, até que declarou sua obediência ao Mensageiro de Deus (S). Trata-se de Adi, filho de Hátim al Tai, que era famoso por sua generosidade.

Adi herdou a liderança do seu pai, sendo que as tribos de Tai fizeram-no rei, concedendo-lhe o direito de um quarto das pilhagens que açambarcavam nas incursões e nas batalhas, e dando-lhe autoridade sobre elas.

Quando o Mensageiro de Deus (S) proclamou o chamamento para a diretriz e a verdade, e muitas tribos árabes aceitaram o Islam, Adi viu naquilo uma ameaça; temia que o prestígio de Mohammad (S) sobrepujasse o seu próprio prestígio, e que a liderança e autoridade do Profeta fossem pôr um fim às dele. Então ele se opôs ferrenhamente ao Mensageiro de Deus (S), passando a odiá-lo amargamente, embora nunca o tivesse visto. Sua hostilidade quanto ao Islam continuou por quase vinte anos, até que Deus lhe abriu o coração para a diretriz e a verdade.

A estória de como o Adi b. Hátim aceitou o Islam ficou indelével na memória, preservada que foi nos livros de estória, com as palavras do próprio Adi. Uma vez que foi ele quem viveu a experiência, contá-la-emos como ele a narrou:

A história de Adi

Quando eu ouvi coisas acerca do Mensageiro de Deus, ninguém, em toda a Arábia, o odiou mais do que eu. Eu era considerado como um da nabreza, um cristão, e era-me dado um quarto de todos os despojos açambarcados pelo meu povo, assim como a outros reis era dado. De sorte que odiei o Profeta desde o momento em que ouvi falar dele.

Conforme sua importância e seu poder aumentavam, e quando seus exércitos e patrulheiros começaram chegar a todos os quadrantes da Arábia, eu disse para um dos meus escravos que era responsável pelo pastoreamento dos meus camelos:
“Ó tu, criatura incomparável, junta algumas das mais sadias camelas, que sejam fácil de se lidar, e mantém-nas amarradas perto da minha tenda. Se souberes que um exército ou um batalhão de Mohammad entrou nesta parte do país, notifica-me!”
Numa manhã, o escravo veio a mim, e me disse:

“Amo meu, chegou a hora de executares o teu plano, se é que planejas fazer algo quando os exércitos de Mohammad entrarem nas tuas terras.”
“Que tua mãe te perca!”, exclamei, “por que?”
Ele respondeu:
“Eu vi bandeiras serem carregadas por todos os lugares, hoje, e perguntei sobre elas. Disseram-me que eram bandeiras dos exércitos de Mohammad.”

Ordenei-lhe que preparasse as camelas de montaria que havia selecionado, e que as levasse até mim. Então eu reuni minha família e meus parentes, e lhes disse que iríamos abandonar as nossas amadas terras-natais. Pusemos-nos a caminho, viajando rapidamente em direção à Síria, onde planejava juntar-me aos meus correligionários cristãos.

Na pressa, esquecera-me de contar todos os meus achegados. Logo que estávamos fora de perigo, fui para o meio deles, e constatei que havia deixado uma irmã para trás. Ela ficara em Najd, nossa terra-natal, juntamente com os membros da tribo de Tai, que ficara, e não havia meios de voltarmos para a apanhar.

Nada havia que eu pudesse fazer a não ser continuar indo para a Síria com a minha família, onde iria ficar com meus companheiros cristãos. Quanto à minha irmã, temia que o prior lhe acontecesse, e não demorou muito para eu saber qual foi o seu destino.

Uma vez na Síria, as notícias chegaram a mim, dizendo que os exércitos de Mohammad haviam vasculhado as nossas terras, e que a minha irmã tinha sido levada como escrava para Yaçrib. Aí, ela foi posta num grande pátio cercado, defronte ao portão da mesquita, juntamente com outras mulheres que haviam sido capturadas. Quando o Profeta (S) passou por ali, ela se dirigiu a ele, em prantos:

“Ó Mensageiro de Deus, meu pai está morto, e meu protetor foi embora. Sê bondoso para comigo, e quem sabe Deus será para bodoso contigo!”
“E quem é o teu protetor?” perguntou o Profeta.
“Adi b. Hátim”, ela respondeu.
“Ah, aquele que fugiu de Deus e do Seu Mensageiro?”

Assim dizendo, o abençoado Profeta a deixou, e continuou no seu caminho.
No dia seguinte, quando o abençoado Profeta passou por ali, ele se dirigiu a ele, pedindo-lhe que a soltasse, e ele deu a mesma resposta.

No terceiro dia, quando ele estava passando, ela havia desistido de pedir, e nada disse. Um homem que estava atrás do Profeta fez sinal a ela que se levantasse e falasse com ele; ela se levantou e se dirigiu a ele, dizendo:

“Ó Mensageiro de Deus, meu pai está morto, e meu protetor foi embora. Sê bondoso para comigo, e quem sabe Deus será bondoso para contigo!”
“Concedo-te o teu pedido”, ele respondeu.
“Desejo juntar-me à minha família, na Síria”, ela pediu.
“Não tenhas pressa em partir, até que possas encontrar alguém do teu povo em quem possas confiar, para te escoltar a salvo até à Síria. Se encontrares alguém em quem possas confiar, faze-me saber”, disse o Profeta.

Depois que ele passou, ela perguntou sobre o homem que tinha feito sinal para que ela falasse com o Profeta, e contaram-lhe que fora o Áli b. Abi Talib (que Deus esteja comprazido com ele).
Ela permaneceu em Madina até que um grupo de viajantes que ela sabia que era de respeito passou pela cidade. Ela foi ter com o abençoado Profeta, e lhe disse:
“Ó Mensageiro de Deus, chegou um grupo de indivíduos da minha tribo. Eu confio neles e sei que são capazes de me escoltar até ao meu povo.”

O abençoado Profeta ordenou que ela fosse provida de roupa, e deu a ela, como presente, um camelo de montaria, e algum dinheiro para cobrir as despesas, e ela partiu com os viajantes. Enquanto isso, nós estávamos ansiosos esperando qualquer ponta de notícia que pudéssemos obter sobre ela. De sorte que esperamos a chegada dela, mal acreditando na informação que recebêramos do seu lance com o abençoado Profeta, de toda a bondade dele para com ela, depois de todo o meu procedimento para com ele.

Eu estava sentado com minha família, um dia, quando vi um camelo portando uma liteira para senhoras, que vinha em nossa direção. Exclamei:

“Ó filha de Hátim!” era deveras a minha irmã.
Foi ela que começou a falar, quando desmontou, dizendo:

“Maldoso é aquele que abandona seus familiares! Tu partiste com tuas esposas e teus filhos, deixando desprotegida a progênie do teu pai, tua honra!”
“Ora, irmã, digamos apenas que tudo saiu bem”, eu disse, e continuei a abrandar a sua raiva, até que ela ficou calma, e foi capaz de contar-nos a sua estória. Os rumores que haviam chegado até a nós eram todos verdadeiros. Ela era uma mulhar inteligente e independente, por isso lhe perguntei:

“Que achas tu desse homem” (referindo-se ao nobre Profeta)?
“Acho que tu deverias juntar-te a ele”, ela disse, “porque ele é um profeta; aqueles que de pronto acreditam nele são os mais virtuosos. E mesmo que ele fosse um rei, tu não irias ser aviltado por ele, pois tu és quem tu és.”

Então eu preparei minhas provisões, e viajei até que cheguei ao Mensageiro de Deus, em Madina, sem nenhuma garantia de clemência da parte dele. Contudo, eu ouvira um rumor de que o Profeta havia dito:
“Gostaria que o Adi pusesse sua mão sobre a minha em aliança ao Islam!”

Fui à mesquita, e o saudei, ao que ele me perguntou quem eu era. Disse que era Adi b. Hátim, ao que ele se levantou, pegou-me pela mão e me levou para sua casa. Ele foi parado, no caminho para sua casa, por uma senhora idosa, em companhia duma criancinha. Ela lhe falou sobre algo de que ela necessitava, e ele não a deixou, até que tivesse o pedido dela atendido. Eu fiquei ali, esperando, e pensei:

“Por Deus, este homem não é um rei!”
Mais uma vez ele me pegou pela mão, e fomos andando até que chegamos a sua casa. Aí ele pegou uma almofada de couro, enchida com fibras de palmeira, colocou-a no chão, e disse:

“Senta-te nisto aqui!”
Eu fiquei embaraçado, e disse:

“Não, tu és quem deve sentar nisso aí.”
Já que ele tanto insistiu, eu concordei e me sentei na almofada, enquanto ele se sentou no chão limpo, pois não havia nada na casa em que se sentar. Eu pensei:

“Não é assim que um rei vive!”
O Profeta iniciou a conversa, dizendo:

“Bom, tu não és aquele que tem estado oscilante entre a religião cristã e a sabéia?”
“Sim, sou eu mesmo”, respondi.

“E tu não tens tomado do teu povo um quarto da sua renda, coisa que não é permitida na vossa religião?” ele perguntou.
“Sim, tenho”, eu admiti e, naquele ponto eu me conscientizei de que ele era um profeta enviado por Deus.
Então ele disse:

“Ó Adi, o que tem evitado que te juntes a esta religião é o estado de carência e de pobreza em que vivem os muçulmanos. Por Deus, logo virá o tempo em que tanta riqueza há de chegar a esta comunidade, que não haverá quem vá receber caridade. E talvez o que tem evitado que te juntes a esta religião seja o fato de que sejamos poucos, numericamente, ao passo que os nossos inimigos são muitos; juro por Deus que logo virá o tempo em que uma mulher, sozinha, irá ser capaz de viajar, de Al Cadisiya, no seu camelo, até Makka, sem temer a ninguém, a não ser Deus. Ou talvez o que tem evitado que te juntes a esta religião seja o fato de que não temos poder, e tão somente os não muçulmanos sejam reis e príncipes. Pois eu prometo, em nome de Deus, que tempo virá quando tu hás de ouvir que os palácios suntuosos de Babel foram tomados pelos muçulmanos, e que os tesouros de Cosroé b. Hormuz1 passaram a ser deles.”

“Os tesouros de Cosroé?” exclamei.
“Sim, os tesouros de Cosroé”, disse ele.

Naquele ponto eu proferi o testemunho da verdade, e entrei para o Islam.

Na minha avançada idade, eu vi duas das predições do abençoado Profeta tornarem-se realidade, e juro que a terceira está para acontecer. Tenho visto os muçulmanos viverem em segurança tal, que uma mulher pode viajar com segurança e sem escolta, de Al Qadisiyah até Makka. E eu formei a primeira linha de cavaleiros que invadiram as terras de Cosroé, e lhe tomei as riquezas; e, por essa razão, eu juro que a terceira predição irá tornar-se realidade.

Este é o fim da estória do Adi b. Hátim (que Deus esteja aprazido com ele). Ele viveu um longo tempo, mas a terceira predição aconteceu depois da sua morte. No tempo da autoridade do califa Ômar b. Abdal al Aziz, o governante piedoso e ascético, a coisa aconteceu tal qual o abençoado Profeta havia predito: a riqueza da comunidade era tanta, que um oficial do tesouro ia para as ruas chamando as pessoas necessitadas para que fossem receber o zakat, e ninguém se apresentava.
O Profeta (S) falara a verdade.

E o juramento do Adi b. Hátim fora verdadeiro.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=252&itemTitle=Adi%20b.%20Hátim%20al%20Tai

Abu Zarr al Ghifari

“Um homem mais fidedigno do que o Abu Zarr não caminhou na face da terra” (dizer do abençoado Profeta).
No vale de Waddan, que ligava Makka ao mundo exterior, vivia a tribo de Ghifar. Seus membros viviam do dinheiro que lhes era dado pelas caravanas que transportavam mercadorias dos Coraixitas para a Síria e vice-versa. Às vezes eles viviam de roubarem as caravanas, caso nada lhes fosse dado para pacificá-los.
Jundub b. Junada, com o nome patronímico de Abu Zarr, era um dos membros da tribo. Ele se destacava dos demais por causa da sua intrepidez, seriedade mental e presciência. Vivia extremamente transtornado por causa dos ídolos que seu povo cultuava, em lugar de Deus. Desaprovava a corrupção dos cultos árabes, bem como as frívolas superstições deles. Esperava o aparecimento de um profeta cujos ensinamentos fossem satisfazer os corações e as mentes do povo, e os fossem tirar das trevas e os levar para a luz.
Notícias dum novo profeta que havia aparecido em Makka alcançaram o Abu Zarr, apesar do isolamento em que sua tribo vivia. Ele disse para o seu irmão Anis:
“Ó tu, criatura incomparável, vai para Makka e toma nota de qualquer informação que puderes acerca desse homem que diz ser um profeta, e receber revelações do Céu. Ouve o que ele diz, e vê se aprendes, para que possas me contar.”
O Anis foi para Makka, encontrou-se com o abençoado Profeta, se pôs a ouvi-lo. Depois voltou para o deserto, onde o seu irmão esperava ansiosamente por ele. Avidamente, ele perguntou acerca do novo profeta. Anis disse:
“Juro por Deus, nunca vi um homem conclamar as pessoas para a virtuosidade, e recitar falas que não eram poesia! ’
“Que coisas as pessoas dizem sobre ele?” perguntou o Abu Zarr.
“Dizem que é um mágico, um adivinho, ou um poeta.”
“Tu, de maneira alguma, me satisfizeste”, disse o Abu Zarr, “nem sequer respondeste à minha pergunta. Será que poderás prover minha família enquanto eu irei vê-lo por mim mesmo?”
“Claro”, Respondeu o Anis, “mas toma cuidado com o povo de Makka!”
Abu Zarr pegou algumas provisões e uma pequena bolsa d’água, e partiu, na manhã seguinte para Makka, a fim de saber o queria acerca do abençoado Profeta. Ele chegou, cheio de ansiedade, ao seio dos indivíduos de Makka. Ouviu deles a sua ira quanto à ameaça aos seus ídolos, e ficou sabendo da perseguição, da parte deles, a qualquer um que abandonasse a idolatria e seguisse a religião de Mohammad (S). Por essa razão, ele ficou relutante em perguntar a qualquer um acerca de Mohammad (S), pois não sabia se estaria perguntando a um dos apoiadores dele, ou a dos seus inimigos.
Quando a noite desceu, ele se deitou para dormir na mesquita. Um homem chamado Áli b. Abi Talib passou por ele, e reconheceu que não se tratava de nenhum pertencente à população local. Áli lhe ofereceu um lugar para ficar, e o Abu Zarr aceitou. Pela manhã, ele se levantou, pegou a sua bolsa de água e suas provisões, e voltou para a mesquita. Nem ele, nem Áli nada perguntaram acerca um do outro.
Abu Zarr passou o seu segundo dia sem saber quem o profeta era e, quando a noite desceu, ele se deitou para dormir. Uma vez mais, o Áli passou por ele e perguntou:
“Por que tu não ficas onde, bem sabes, és bem-vindo?” Ele levou o Abu Zarr com ele, e o estranho passou a segunda noite na casa de Áli, sem que nenhum deles fizesse perguntas um sobre o outro.
Na terceira noite, Áli lhe perguntou:
“Podes me dizer por que vieste para Makka?”
Abu Zarr respondeu:
“Só se me prometeres que me ajudarás a encontrar o que estou a procurar”, e Áli prometeu. Abu Zarr continuou:
“Vim para Makka, de bem longe, desejando encontrar o novo profeta, e ouvir algo do que ele diz.”
O rosto de Áli brilhou de contentamento, ao dizer:
“Juro pelo Senhor que ele é o verdadeiro Mensageiro de Deus...” e continuou a falar por um longo tempo, contando para o Abu Zarr coisas acerca do abençoado Profeta (SAAS). “Pela manhã, tu me seguirás. Se eu vir que há perigo, eu pararei, se eu continuar, tu me seguirás até a casa em que eu entrar.”
Abu Zarr foi incapaz de dormir naquela noite, na sua ânsia de ver o abençoado Profeta, e ouvir alguma coisa da revelação.
Pela manhã, Áli dirigiu o seu convidado para a casa do Mensageiro de Deus, e Abu Zarr o seguiu, não se importando de olhar para mais nada. Quando entraram na casa do abençoado Profeta, o Abu Zarr disse:
“Que a paz esteja contigo, ó Mensageiro de Deus!”
“Que a paz, a misericórdia e as bênçãos de Deus recaiam sobre ti, também”, respondeu o abençoado Profeta.
Assim, o Abu Zarr foi a primeira pessoa a saudar o abençoado Profeta com a saudação do Islam que, depois daquilo, se tornou popular entre os muçulmanos.
O abençoado Profeta convidou o Abu Zarr a aceitar o Islam, e recitou para ele alguma coisa do Alcorão. Abu Zarr não demorou muito a declarar a sua aceitação à verdade, e, de pronto, tornou-se um muçulmano. Foi a quarta ou quinta pessoa a aceitar o Islam.
O resto da estória irá ser então contado pelas próprias palavras do Abu Zarr.

A história do Abu Zarr
Permaneci por algum tempo em Makka com o abençoado Profeta, que me ensinou coisas acerca do Islam, e como ler o Alcorão. Ele me aconselhou a não contar a ninguém em Makka sobre eu me tornar muçulmano, pois temia que as pessoas iriam querer me matar. Disse-lhe:
“Juro por Aquele Que tem a minha alma em Suas mãos que não deixarei Makka antes que vá à mesquita e brade aos Coraixtas com o chamamento à verdade!”
O abençoado Profeta nada disse, indicando que não iria tentar me impedir.
Eu fui à mesquita, onde algumas pessoas do Coraix estavam sentadas a conversar. Entrei e fiquei de pé entre eles, e gritei com todas as forças dos meus pulmões:
“Gentes do Coraix, presto testemunho de que não há deus a não ser Deus, e que Mohammad é o Seu Mensageiro!”
Tão logo eles se conscientizaram do que eu estava dizendo, um silêncio assustador se fez sentir. Então alguns deles se puseram de pé, e disseram:
“Agarrai-o, o herético!”
Rodeando-me, começaram a bater em mim com a intenção de me matar. Fui salvo por Al Abbas, o tio do Profeta. Embora fosse pagão, ele me protegeu com o próprio corpo, enquanto dizia:
“Malditos sejais! Como iríeis matar um homem de Ghifar, sendo que vossas caravanas têm de passar pelas terras deles para chegarem à Síria?” querendo dizer que a minha tribo iria vingar-se da minha morte, caso eu fosse morto. Convencidos, eles me deixaram em paz.
Quando recobrei a consciência, voltei para o Mensageiro de Deus. Vendo o meu lastimoso estado, ele disse:
“Não te falei para não declarares a tua conversão ao Islam em público?
“Volta para as tuas gentes”, o abençoado Profeta me disse, “e infroma-os acerca do que viste e ouviste aqui. Convida-os para o Islam, pois tenho esperanças de que Deus os irá beneficiar por teu intermédio. Quando souberes que a minha comunidade escapou à perseguição, vinde, e juntai-vos a nós.”
Então eu voltei para as terras do meu povo. A primeira pessoa a me encontrar foi o meu irmão Anis, que me perguntou o que eu havia feito na minha andança. Contei-lhe que aceitara o Islam, pois era a verdade.
Não demorou muito para que Deus fizesse com que o coração do meu irmão se inclinasse para o Islam; ele chegou-se a mim, e disse:
“Nada acho de errado com a tua religião; aceito o Islam, e creio que seja a verdade.”
Depois ele foi ter com a nossa mãe, e a convidou a aderir ao Islam, e ela, também, disse que nada achava de errado com a religião. Assim aceitou o Islam.

Fim da narrativa do Abu Zarr
Daquela data em diante, a família de Abu Zarr continuou naquele diapasão, conclamando toda a tribo de Ghifar ao Islam. Os membros eram incansáveis nos seus esforços e, eventualmente, obtiveram tantos conversos, que eram capazes de estabelecer orações congregacionais diárias. Uns poucos deles se contiveram, dizendo que se iriam converter ao Islam, tão logo o Profeta (S) empreendesse a Hégira para Al Madina. Eles eram verazes em suas palavras; e quando o abençoado Profeta ouviu aquilo, disse:
“Que Deus conceda perdão para o povo de Ghifar, e paz para os que aceitaram o Islam!”
Abu Zarr permaneceu nas terras-natais desérticas do seu povo, depois que as batalhas de Badr, Uhud, e das Trincheiras tinham terminado. Então viajou para Madina e devotou o seu tempo ao abençoado Profeta, que lhe deu permissão para o servir. Tornou-se um dos mais achegados amigos do abençoado Profeta e, toda vez que este o via, sorria, e apertava-lhe a mão.
Quando o tempo do abençoado Profeta chegou ao fim, neste mundo, e ele foi juntar-se ao seu Mais Elevado Companheiro, no Céu, o Abu Zarr não pôde suportar ficar em Madina. Aí, tudo lhe relembrava o abençoado Profeta, sendo que sentia profundamente a sua falta. Viajou para o interior da Síria, onde viveu durante o tempo em que Abu Bakr e Ômar foram os califas da comunidade.
No tempo em que o Othman foi califa, Abu Zarr mudou-se para a cidade de Damasco. Ele ficou horrorizado com o materialismo dos muçulmanos, ali, e as preocupações deles com os assuntos terrenos fizeram-no anunciar em público a sua desaprovação. Então Othman convidou-o a viver em Madina. Ele foi, mas não demorou muito para que se sentisse inconformado com a vida mundana do povo ali. Eles, por sua vez, mostravam-se desconfortáveis com a rigidez das críticas orais e mordazes dele quanto aos modos deles. Assim, Othman ordenou-lhe que se mudasse para Al Rabdhah, um vilarejo fora de Madina.
Ele passou o resto dos seus dias ali, longe das outras pessoas, e desinteressado quanto à riqueza material. Igualmente ao abençoado Profeta e os dois primeiros califas, Abu Zarr preferiu a vida espiritual sobre todas as outras, e se ateve ao seu modo de vida simples.
É contado que uma vez um homem foi visitar o Abu Zarr, e começou a examinar a sua casa. Perguntou-lhe:
“Onde estão as tuas posses?”
“Nós temos uma casa em outro lugar, e nós enviamos todos os nossos bens para lá”, respondeu criticamente o Abu Zarr.
“Mas, será que não precisas das coisas, desde que estás vivendo nesta casa?” perguntou o homem, que se havia conscientizado de que o Abu Zar queria dizer que o seu lar real era a Outra Vida.
“ O Senhorio não irá permitir que moremos lá”, respondeu o Abu Zarr.
Uma ocasião o governador de Damasco enviou para o Abu Zarr trezentos dinares para que ele cuidasse das suas necessidades, e Abu Zarr os mandou de volta, dizendo que deveria haver alguém que realmente os necessitasse mais que ele, pois ele não os necessitava.

No ano 32 da Hégira, a morte finalmente desceu sobre esse piedoso asceta, de quem o abençoado Profeta havia dito:
“Um homem mais fidedigno do que o Abu Zarr jamais caminhou na face da terra!”

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).


Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=251&itemTitle=Abu%20Zarr%20al%20Ghifari

Abu Ubaida b. al Jarrah

"Toda nação tem o seu membro fidedigno; e o nosso é o Abu Ubaida."
(Dizer do abençoado Profeta (SAAS).
Seu rosto era notavelmente carismático. Ele era alto, delgado e gracioso. Verem-no, as pessoas, era coisa agradável, se encontrarem com ele era um conforto para seus corações, e elas sentiam tranqüilidade na presença dele.
Juntamente com isso, ele era gentil e discreto, com um intenso senso de decência. Porém, na hora da turbulência, tornava-se mais intrépido que um leão raivoso.
Era como a lâmina duma espada, no seu esplêndido brilho e, na verdade, assemelhava-se à espada, na sua refinada aparência.
Tal era o "fidedigno" da comunidade do abençoado Profeta. Seu nome todo era Amir b. Abdullah b. al Jarrah al fihri, vindo da tribo do Coraix, e havia acatado o patronímico de Abu Ubaida.
Foi descrito pelo Abdullah b. Ômar b. al Khattab (que Deus esteja aprazido com ele) com a seguinte caracterização:
"Há três homens procedentes à Coraix que têm os rostos francos, as melhores maneiras e o mais sólido senso de decência. Caso se dirijam a vós, jamais mentem; e se vos dirigirdes a eles, não vos irão desacreditar. São eles Abu Bakr al Siddik, Otman b. Affan e Abu Ubaida b. al Jarrah."
Abu Ubaida foi um dos primeiros a se converter ao Islam, declarando sua fé no dia em que Abu Bakr declarou a sua. Como de fato, sua conversão esteve na mão de Abu Bakr, o qual, de pronto levou-o, juntamente com o Abdur Rahman b. Auf, o Otman b. Mazun e o Al Arcam, ao abençoado Profeta. Juntos, eles declararam a ele as palavras da verdade, e tornaram-se a fundação sobre a qual foi erguida a grande torre da verdade, conhecida como Islam.
Abu Ubaida passou pela cruel experiência de ser o primeiro muçulmano da Makka pagã, desde o começo até ao fim. Ele suportou dela, juntamente com os muçulmanos, sua ferocidade, brutalidade, dor e inquietação. Foi um sofrimento sem paralelo suportado pelos seguidores de qualquer outra religião, na face da terra. Ele passou pelo teste, e permaneceu veraz a Deus e ao Seu Profeta, em todos os passos do caminho.
Abu Ubaida se arrojou para a batalha de Badr, desafiando a morte, à medida em que desfechava a sua carga por entre as fileiras inimigas. Os pagãos se esquivavam dele, sendo que os campeões, dentre eles, se retiravam perante o seu avanço. Porém, um pagão houve que não se intimidou com a intrepidez do Abu Ubaida; e esse insólito guerreiro se postou à sua frente, e o desafiou. Abu Ubaida evitou lutar com o homem, que o perseguia, aonde quer que fosse. Continuou a fugir do assaltante, até que não lhe restou escapatória, coisa que fez com que ele o encarasse. Como num sonho, ele se viu a levantar a espada e, com um simples golpe na cabeça, abateu o inimigo.
Aquele momento foi a corporificação de todos os sofrimentos dos muçulmanos que se haviam afastado do paganismo. Ao fazerem isso haviam cortado os laços com o conforto: suas famílias, seus lares, seu mundo... o golpe da espada com que Abu Ubaida abateu o seu atacante foi aquele que cortou o último laço com a descrença, porquanto o guerreiro que tão insistentemente o desafiara não era outro senão o seu próprio pai pagão, o Abdullah b. al Jarrah.
O Todo-Poderoso Deus revelou um versículo concernente ao Abu Ubaida, no Alcorão Sagrado, que diz:
"Não encontrarás pessoa alguma que creia em Deus, e no Dia do Juízo Final, que tenha relações com aqueles que contrariam a Deus e ao Seu Mensageiro, ainda que sejam seus pais ou seus filhos, seus irmãos ou parentes. Para esses, Deus lhes firmou a fé nos corações e os confortou com o Seu Espírito, e eis que os introduzirá em jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão eternamente. Deus Se comprazerá com eles e eles se comprazerão n'Ele. Estes formam o partido de Deus. Acaso não é certo que os que formam o partido de Deus serão os bem-aventurados?" (58:22). (comparar)
Embora tal provação nos pareça estar além das possibilidades, não foi nada de extraordinário para o Abu Ubaida. Ele havia atingido um grau de fé muito alto na sua religião, que causavam inveja àqueles que se posicionavam elevadamente aos olhos de Deus.
O Mohammad b. Jafar conta a seguinte história, com suas próprias palavras:
"Uma delegação de árabes cristãos foi ter com o Mensageiro de Deus, e lhe contaram que estavam a braços com certas disputas acerca de questões financeiras. Pediram-lhe que escolhesse um dos seus companheiros, com os quais estivesse satisfeito, para ir com eles, e servir de árbitro para eles. A razão que apresentaram foi a de que os muçulmanos tinham boa reputação.
O abençoado Profeta lhes disse:
"'Voltai a mim pela tardezinha, e enviarei convosco um que é forte e fidedigno.'"
A história continua com as palavras de Ômar b. al Khattab, que diz:
"Então eu fui cedo para a oração do meio-dia. Eu jamais desejei receber ordem de comando tanto quanto naquele dia, pois queria ser considerado aquele que era forte e fidedigno.
"Quando o Mensageiro de Deus acabou de nos liderar na oração, começou a olhar para a direita e para a esquerda. Eu procurei me esticar a toda altura, na esperança de que ele olhasse para mim, mas ele continuou a perscrutar os nossos rostos, até que o seu olhar recaiu sobre o Abu Ubaida, a quem chamou, e disse:
"'Vai com eles, e ajusta corretamente as questões entre eles! ' Eu suspirei; o Abu Ubaida pegara a missão!"
Abu Ubaida não era apenas confiável; era uma pessoa poderosa.
Um dia, o abençoado Profeta enviou uma parte dos seus companheiros numa expedição para interceptarem uma das caravanas dos Coraixitas. Ele pôs o Abu Ubaida como comandante dos expedicionários, e não tinha provisões para lhes dar, além de um saco de tâmaras, o qual confiou ao Abu Ubaida. Este dava a cada um deles uma tâmara por dia. Eles a chupavam e depois bebiam água; e foi assim que conseguiram fazer com que as provisões durassem.
Quando os muçulmanos foram derrotados, na batalha de Uhud, alguns dos pagãos começaram a procurar o abençoado Profeta, na esperança de o matarem. Abu Ubaida foi um dos dez homens que rodearam o Mensageiro de Deus, resolvidos a defendê-lo até ao último alento. Formaram uma parede humana em torno dele, até que a batalha terminou. Um dos dentes do abençoado Profeta tinha-se quebrado, na sua cabeça havia um talho, e dois dos anéis da sua cota de malha haviam-se enfiado profundamente numa das suas faces. Então o Al Siddik Abu Bakr se adiantou, querendo tentar tirar os anéis do rosto do abençoado Profeta. Abu Ubaida o conteve, jurando que tão somente ele sabia como fazer aquilo. Ele temia que se qualquer outro fosse usar os dedos para tirar os anéis, o Mensageiro de Deus poderia ficar danificado. Ele se curvou, pegou o primeiro anel com os dentes e, com um rápido puxão, extraiu o anel. Um dos seus dentes caiu. Sem hesitar, ele extraiu o segundo anel, com seu outro dente, que também caiu.
O próprio Abu Bakr disse, acerca de Abu Ubaida:
"Ele era realmente raro, pois permanecia ainda formoso, mesmo com a falta do dente."
Abu Ubaida esteve com o abençoado Profeta em todos os grandes eventos do Islam, desde o tempo em que entrou para a Doutrina – tornando-se um dos primeiros Companheiros –, até a morte do Mensageiro de Deus.
Quando os Companheiros se reuniram nos domínios de Saqifat Bani Saidah, a fim de escolherem um califa para liderar a comunidade de muçulmanos, o Ômar b. al Khattab disse para o Abu Ubaida:
"Estira tua mão para que eu te dê meu voto de fidelidade, pois ouvi o Mensageiro de Deus dizer:
"'Toda comunidade tem o seu membro fidedigno, e vós tendes o vosso. '"
"Não irei pôr-me em destaque", disse o Abu Ubaida, "à frente do homem a quem o Mensageiro de Deus ordenou que nos dirigisse nas orações (referindo-se a Abu Bakr), e que nos dirigiu, até que ele (SAAS) morresse."
Depois daquilo, todos prestaram sua fidelidade ao Abu Bakr, sendo que o Abu Ubaida se tornou o seu melhor conselheiro nos assuntos religiosos, e o mais generoso assistente nas realizações das boas ações.
Quando a liderança da comunidade passou, de Abu Bakr para o Al Faruq Ômar b. al Khattaba, o Abu Ubaida foi completamente leal a ele, e apenas uma vez achou por bem desobedecê-lo. Mas, por que um homem como o Abu Ubaida achou por bem desobedecer ao califa dos muçulmanos?
Isso aconteceu quando Abu Ubaida estava na Síria liderando os exércitos dos muçulmanos, duma vitória a outra, até que toda a Síria se tornou parte do Estado, desde o Rio Eufrates, no leste, até a Ásia Menor, no norte.
Naquele tempo, uma pestilência, como nunca se havia visto, se alastrava por toda a Síria, ceifando suas vítimas, como a foice de um ceifador no tempo da colheita. Apressadamente, Ômar b. al Khattab enviou um mensageiro para ir ter com o Abu Ubaida, com uma carta que dizia:
"Estou grandemente necessitado dos teus serviços, num assunto urgentíssimo. Se esta carta chegar a ti à noite, eu insisto em que te ponhas a caminho até mim pela manhã; e se te chegar durante o dia, eu insisto em que te ponhas a caminho antes que a noite chegue."
Ao acabar de ler cuidadosamente a carta de Al Faruk, o Abu Ubaida disse:
"Eu sei por que o Emir dos Crentes precisa de mim. Ele quer prolongar a vida de quem não está destinado a permanecer com ele." De sorte que escreveu para o Ômar, dizendo:
"Ó Emir dos Crentes, tenho conjecturado sobre o porquê precisares de mim; mas acontece que também sou necessitado aqui, entre os soldados muçulmanos, e não tenho qualquer desejo de abandoná-los para que eu talvez me salvaguarde do que os está a ameaçar. Deixarei que Deus decida qual irá ser a minha sina, bem como a deles. Quando receberes esta minha carta, por favor, omite-me de obedecer a tua ordem, e permite-me que eu continue aqui."
Quando Ômar leu a carta, ele chorou, e ficou num tal estado de tristeza, que os que estavam presentes perguntaram:
"Ó Emir dos Crentes, será que o Abu Ubaida morreu?"
"Não", ele respondeu, "mas a morte está perto dele."
A premonição do Al Faruk era verdadeira, pois o Abu Ubaida logo foi acometido da pestilência. No seu leito de morte, ele exortou junto aos soldados:
"Vou fazer-vos um último apelo. Desde que leveis isto (que vou dizer) convosco, ireis estar bem encaminhados. Estabelecei regularmente a cultuação, jejuai no mês de Ramadan, dai dinheiro em caridade, empreendei as peregrinações 'maior' e 'menor', aconselhai uns aos outros a fazerem o bem, dai bons conselhos para os vossos líderes, e não os enganeis, e não vos entretenhais com as vaidades terrenas. Mesmo que um homem fosse durar mil anos, iria acabar como eu, aqui, como vede. Que a paz recaia sobre vós, e também a misericórdia de Deus! '
Então se voltou para o Moaz b. Jabal, pedindo-lhe para liderar as pessoas na oração. Por fim, soltou o seu último suspiro, e sua alma pura se separou do seu corpo. Moaz se levantou, e se dirigiu às pessoas, dizendo:
"Ficastes privados de um homem como igual, juro por Deus, por sua generosidade de espírito, por seu alheiamento ao despeito e ao ódio, por seu amor à Vida Futura, e por seu comissionamento com o bem-estar do povo, jamais vi.
"Rogai a Deus que tenha misericórdia dele, para que Ele tenha misericórdia de vós!"


Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=246&itemTitle=Abu%20Ubaida%20b.%20al%20Jarrah--


"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Abdullah b. Umm Maktum

Abdullah b. Umm Maktum

“Benvindo seja aquele em cujo favor o meu Senhor me repreendeu.”
Dito pelo abençoado Profeta a Ibn Umm Maktum.

Quem foi àquela pessoa em cujo favor o abençoado Profeta foi repreendido pelo Próprio Deus? Em seu favor, o Anjo Gabriel desceu, pela ordem de Deus, do mais elevado Céu, trazendo consigo uma revelação para o abençoado Profeta, revelação essa contendo uma severa repreensão. Tal pessoa foi Abdullah b. Ummu Maktum, o muazin1 do abençoado Profeta.

Abdullah b. Umm Maktum era mequense, da tribo Coraixta, e um parente do abençoado Profeta, pois era primo em primeiro grau da Mãe dos Crentes, Cadija bint Khuwailid (que Deus esteja aprazido com ela). O nome do pai dele era Cais b. Zaid, e o nome da mãe era Atika bint Abdullah, mas foi-lhe dado o matronímico de Umm Maktum (mãe do que está na escuridão) quando deu à luz seu filho Abdullah, que era cego de nascença.

Ibn Umm Maktum (literalmente: filho da mãe do cego) testemunhou o despertar do Islam em Makka, e Deus inclinou o seu coração para a fé; assim, ele foi um dos primeiros a se declarar muçulmano. Compartilhou com os muçulmanos as atribulações destes, em Makka, e suportou com firmeza todos os sacrifícios pelos quais tinham que passar.

O fato de que era cego não fazia diferença alguma para os pagãos do Coraix, que o perseguiam com o mesmo espírito venenoso com que tratavam todos aqueles que aceitavam o Islam. A despeito disso, sua fé na e dedicação quanto à sua religião iam aumentando. Tornava-se cada vez mais profundamente apegado à religião de Deus e ao Seu Livro, sendo que o conhecimento do Islam tornou-se a sua meta, na vida.

Sua devoção ao abençoado Profeta, e seu entusiasmo por aprender o Alcorão, chegavam a tal ponto, que nunca deixava escapar uma chance de pedir ao Profeta (SAAS) que o ensinasse. Ocasionalmente, ele não apenas tomava parte do tempo do abençoado Profeta, mas de outros também.

Naquele estágio da sua missão, o abençoado Profeta precisava de tempo para escrever aos chefes do Coraix; estava ansioso por convencê-los a aceitarem o Islam. Num dia, ele se encontrou com Utba b. Rabi’a, com o irmão deste, Chaiba b. Rabi’a, com Amr b. Hicham (Abu Jahl), com Umaiya b. Khalaf, e com Al Walid b. Mughira. Ele começou a debater com eles, aliciando-os para a discussão, para que pudessem aprender coisas sobre o Islam. Esperava obter deles uma resposta positiva, ou pelo menos que parassem de causar danos aos Crentes.

Enquanto ele estava envolvido naquela discussão, o Abdullah b. Umm Maktum foi ter com ele, desejando que ele recitasse um versículo do Alcorão.

“Ó Mensageiro de Deus, ensina-me o que Deus te ensinou”, ele implorou.

O nobre Profeta se afastou dele, tendo o rosto a expressar descontentamento, e voltou para o grupo de pessoas com as quais tinha estado conversando. Ele esperava conseguir a aliança deles para o Islam, coisa que iria reforçar a comunidade muçulmana, e dar-lhe prestígio aos olhos dos inimigos.

Ele terminou sua discussão, e apenas tinha tomado o caminho de casa, quando Deus fez com que se anuviasse a sua visão, e ele sentiu uma pontada na cabeça. Então Deus revelou-lhe Suas Palavras:

“Ele franziu o semblante e se afastou,
“Porque o cego com ele foi ter;

“Como podes saber? talvez tivesse vindo purificar-se.
“Ou prestar atenção, e beneficiar-se com a lembrança.
“Quanto àqueles que se têm na conta de auto-suficientes,
“Tu és todo atanção,
“Sendo que não é tua culpa se não se purificam.
“Porém, quanto àquele que vem ter contigo em sinceridade,
“Com o coração cheio de temor a Deus,
“Eis que não lhe dás atenção.
“Ora, esta é uma mensagem-lembrete,
“E aquele que desejar, lembrar-se-á dela.
“Está nas Escrituras, guardada com honra,
“Guardada em alta estima, e purificada,
“Nas mãos dos mensageiros,
“Que são nobres e de condutas retas.”

Esses são dezesseis versículos do Sagrado Alcorão, trazidos pelo Anjo Gabriel e ensinados ao abençoado Profeta. São dezesseis versículos, todos relacionados com o Ibn Umm Maktum, os quais têm sido recitados por incontáveis muçulmanos, desde aquele dia, até aos nossos tempos. Eles continuarão a ser recitados até ao final dos tempos, quando Deus irá herdar a terra, com tudo que nela está.

Do dia daquela revelação em diante, o abençoado Profeta passou a honrar o Ibn Umm Maktum, a dar-lhe o melhor assento, se o fosse visitar, e a atender-lhe as necessidades. Isso não é causa para espanto, pois o Próprio Deus havia repreendido o abençoado Profeta pelo seu tratamento dispensado ao Ibn Umm Maktum.

Quando a perseguição que os Coraixtas estavam infligindo aos muçulmanos atingiu o seu auge, o abençoado Profeta anunciou que Deus lhes havia ordenado empreenderem a hégira. Ibn Umm Maktum foi a primeira pessoa a ajudar a comunidade a dar aquele passo, pois foi para Yaçrib juntamente com Mussab b. Umayr, outro companheiro do abençoado Profeta. Quando chegaram à cidade, andaram por todo lado, recitando o Alcorão e orientando as pessoas acerca do Islam. Foram eles que conseguiram os primeiros convertidos do local, que eventualmente convidaram o Profeta (S) e os Crentes a empreenderem a hégira para a cidade deles, que conhecemos como Madina.

Quando o abençoado Profeta se estabeleceu em Madina, escolheu o Abdullah b. Umm Maktum e o Bilal b. Rabah para fazerem o chamamento à orações. Eles conclamavam a todos para a profissão de fé, cinco vezes ao dia, chamando os fiéis à oração, para as boas ações, e os encorajavam a procurar o sucesso por meio da adoração.

Revezavam-se, recitando, um, o azan (chamamento para a oração), e o outro, o icáma. (o erguer-se para a oração) Durante o mês de Ramadan, o povo de Madina acordava para a sua refeição da pré-madrugada com a voz de um deles, e parava de comer, observando o jejum que começava quando o outro proferia o chamamento. Bilal acordava as pessoas à noite para as orações, e o Ibn Umm Maktum esperava a oração da madrugada, jamais deixando do fazê-lo.

O abençoado Profeta tinha o Ibn Umm Maktum em tamanha alta estima, que o deixava encarregado dos assuntos de Madina quando necessitava fazer uma viagem. Uma dessas ocasiões foi quando os muçulmanos retomaram Makka.
Após a batalha de Badr, Deus revelou versículos do Alcorão ao abençoado Profeta, nos quais Ele falou acerca dos combatentes (mujahidun). Deus disse que aqueles que iam para a guerra (jihad) tinham um status mais elevado aos Seus olhos do que aqueles que ficassem para trás. A intenção da revelação era encorajar as pessoas a empreenderem o jihad e não ficarem em casa. O efeito desses veresículos sobre o Ibn Umm Maktum foi tal, que ele se viu privado da chance de participar do mérito da batalha. Foi ter com o abençoado Profeta, e disse:

“Ó Mensageiro de Deus, se eu fosse capaz, iria empreender o jihad!” Depois começou a dirigir súplicas a Deus, orando sinceramente para que Ele revelasse um versículo (aya) sobre o embaraço dele e daqueles como ele, dizendo:
“Ó Deus, Revela algo dizendo que eu estou excluído!”

Não demorou muito para que Deus respondesse as suas súplicas. Aconteceu que o abençoado Profeta estava sentado com o seu escriba, o Zaid b. Çabit, quando um torpor desceu sobre o Profeta (SAAS). Uma das suas pernas caiu sobre a perna do Zaid que, mais tarde, disse que parecia mais pesada que uma rocha. Então o Profeta (SAAS) voltou ao estado normal, e disse para o Zaid escrever:

“Os Crentes que ficam para trás não são do mesmo quilate daqueles que empreendem o jihad em prol de Deus...”

O Ibn Umm Maktum ficou de pé, e disse:

“Ó Mensageiro de Deus, e quanto àqueles que são incapazes de empreender o jihad?”

Ele mal havia terminado a pergunta, e o estado de transe voltou ao abençoado Profeta; e quando passou, ele pediu para o Zaid que lesse o que havia sido escrito, e ele leu:

“Os Crentes que ficarem para trás...” depois do que o Profeta disse:

“Acresceta isto: ‘e que não tiverem desculpas...’”

O desejo de Ibn Umm Maktum foi satisfeito por Deus, Que o livrou, bem como àqueles como ele, da culpa de não empreenderem o jihad. A despeito disso, sua ambição de ser prazeroso aos olhos de Deus não lhe permitia estar contente com o ficar em casa. Ele resolveu empreender o jihad, por causa do seu nobre espírito que só podia ser satisfeito com ações nobres. Daquele dia em diante, ele decidiu jamais estar ausente duma batalha, e até planejava o seu papel nela. Escolheu postar-se entre as fileiras, segurando o estandarte dos muçulmanos. Ele dizia:

“Segurá-la-ei e a manterei no lugar para vós, pois sou cego e sem capacidade para fugir.”

No 14º ano da hégira, o Ômar b. al Khattab planejava integrar os pagãos persas no país deles, e deixar esse país em aberto para os pregadores do Islam. Ele escreveu para os seus governadores, em todas as regiões:

“Enviai-me qualquer um e todos que tenham uma montaria, armadura ou arma, e apressai-vos!” Voluntários muçulmanos acorreram para Madina vindos de todos os quadrantes do Estado, sendo que um deles foi o Abdullah b. Umm Maktum.
O Al faruq Ômar deu ao Sad b. Waqqas o comando do exército, e se despediu dele.

Quando o exército chegou a Al Cadisiya, o Abdullah b. Um Maktum deu um passo à frente, usando uma vetimenta de armadura, e portando toda uma parafernália de armas. Tomou a seu encargo a tarefa de segurar o estandarte dos muçulmanos, e o proteger até à morte.

Os dois exércitos se entrechocaram ferozmente por três cruéis dias. A batalha foi a mais cruenta do que qualquer outra jamais testemunhada pela história. O terceiro dia revelou que Deus havia concedido aos muçulmanos uma estonteante vitória, e que o mais poderoso império do mundo havia sido derrubado. A mais longa linha de imperadores a governarem a terra tinha chegado ao fim e, com eles, a idolatria tinha chegado ao fim. O estandarte da crença num Único Deus foi erguido, para assim permanecer até ao final dos tempos.

O custo dessa vitória foi de centenas de mártires. Entre eles estava o Ibn Umm Maktum, que foi encontrado no campo de batalha, coberto de sangue, apertando contra o peito o estandarte do Islam.


Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=253&itemTitle=Abdullah%20b.%20Umm%20Maktum-- “


Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Companheiros da Caverna

"Tu pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas? (Capítulo Al-Kahf – 18:9)

No 18° capítulo do Alcorão, denominado “Al-Kahf", que significa "A Caverna", é contado o episódio relativo a um grupo de jovens, que se tinha abrigado numa caverna para se esconder do governante que rejeitava Allah e praticava a opressão e a injustiça, particularmente para com os crentes. Os versículos relativos ao assunto são os seguintes:

Ou pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas?Recorda de quando um grupo de jovens se refugiou na Caverna, dizendo:

Ó nosso Senhor, concede-nos a Tua misericórdia, e reserva-nos um bom êxito na nossa situação!

Então, Nós selamos-lhes os seus ouvidos, (adormecendo-os) durante um certo número de anos, na Caverna:

Depois acordámo-los, para verificar qual dos dois grupos melhor sabia calcular a quantidade de tempo que haviam permanecido ali.Narramos-te a sua história com a verdade:

Eram jovens crentes no seu Senhor, e guiamo-los:E fortalecemos os seus corações; e quando se ergueram, disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez!

Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autoridade evidente para tal.

Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Allah?Quando virardes as costas ao que eles fazem e às coisas que adoram, em vez de Allah, refugiai-vos na Caverna:

Então, o vosso Senhor vos cobrirá com a sua misericórdia e vos reservará um feliz êxito no vosso emprendimento.E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto).(Se os houvesses visto), Julgá-los-ias despertos, apesar de estarem dormindo, pois Nós os virávamos, ora para a direita, ora para esquerda, enquanto o seu cão dormia, com as patas estendidas, na entrada da Caverna.

Se os tivesses observado de perto, decerto fugirias deles, apavorado.E eis que os despertamos para que se interrogassem entre si. Disse um deles:

Quanto tempo permanecestes (aqui)? Eles responderam: Permanecemos (talvez) um dia, ou parte de um dia.

Outros disseram: (Só) nosso Senhor sabe melhor do que ninguém o quanto permanecestes...

Enviai um de vós com seu dinheiro à cidade: que descubra a melhor comida (a comer) e que a traga, para (que possam) satisfazer a vossa fome com ela; que se comporte cuidadosamente e com cortesia, e que não informe vivalma a vosso respeito, Porque, se vos descobrirem, decerto apedrejar-vos-ão ou forçar-vos-ão a retomar o seu culto e, então, jamais alcançareis a vossa prosperidade.

Assim demos então a conhecer o seu caso às pessoas, para que pudessem estar cientes de que a promessa de Allah é verdadeira, e de que não existe lugar para dúvidas relativamente à Hora do Juízo.

E quando os habitantes da cidade discutiram este caso, entre eles disseram: Construí um edifício sobre eles; o seu Senhor sabe melhor o que lhes diz respeito. Aqueles que venceram na argumentação disseram:

"Construí um local de culto, por cima da Caverna.

Alguns diziam que eram três, sendo o cão o quarto elemento; outros diziam que eram cinco, e o cão o sexto, fazendo palpites ao acaso; e outros, ainda, diziam que eram sete, sendo o cão o oitavo elemento.

Dize: "O meu Senhor conhece melhor do que ninguém o seu número e só poucos o conhecem!

Assim, não discutas, pois, a respeito disto, a menos que seja de um modo claro, e não inquiras, sobre eles, ninguém.Nem digas, do que quer que seja, "Amanhã farei isto e isto", sem acrescentar, "Se Allah quiser!" e recorda o teu Senhor, quando te esqueceres, e dize:

É possível que o meu Senhor me guie para o que está mais próximo da verdade.E eis que permaneceram na sua Caverna trezentos anos.Dize-lhes: Allah sabe melhor do que ninguém quanto tempo lá passaram, porque é Seu o mistério dos céus e da terra. Quão claramente Ele vê, quão facilmente Ele escuta (tudo)! Eles não têm outro protector que não Ele, e nem Ele partilha com ninguém a Sua governação>>.(Capítulo Al-Kahf – 18:9-26)

De acordo com a crença generalizada, os Companheiros da Caverna, elogiados tanto pelas fontes Islâmicas como pelas Cristãs, foram sujeitos à cruel tirania do Imperador Romano Decius. Face à opressão e injustiça de Decius, estes jovens avisaram, por diversas vezes, o seu povo para que não abandonasse a religião de Allah. A indiferença do seu povo perante a sua transmissão da mensagem, o aumento da opressão por parte do imperador e as ameaças de morte de que foram alvo, conduziram-nos a abandonar os seus lares.
Como comprovam os documentos históricos, nessa época muitos eram os imperadores que implementavam e executavam políticas de terror, opressão, e injustiça para com os crentes que defendiam o antigo Cristianismo na sua forma original.

Numa carta escrita pelo Governador Romano Pilinius (69-113 D.C.), que estava no noroeste da Anatólia, ao Imperador Trayanus, são referidos "os companheiros do Messias (os Cristãos) que foram punidos por se recusarem a adorar a estátua do Imperador".

Esta carta é um dos mais importantes documentos relativos à opressão sofrida pelos antigos Cristãos nessa época. Sob semelhantes circunstâncias, estes jovens, a quem tinha sido ordenado que se submetessem a um sistema não religioso ou a um imperador no lugar de Allah, não aceitaram a ordem e disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez! Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autridade evidente para tal. Haverá alguém mais iníguo do que quem forja mentiras acerca de Allah?

(Capítulo Al-Kahf – 18:14-15)
No que diz respeito à região onde os Companheiros da Caverna viveram, existem diversas teorias. A mais razoável de entre elas aponta para o Efêso e Tarso.
Quase todas as fontes Cristãs mostram o Efêso como a localização da Caverna onde estes jovens crentes se abrigaram. Alguns investigadores Muçulmanos e os intérpretes do Alcorão concordam com os Cristãos relativamente ao Efêso. Outros explicaram detalhadamente o porquê da região em questão não poder ser essa, tentando provar que o acontecimento teve lugar no Tarso. Neste estudo, lidaremos com ambas as possibilidades. Contudo, todos esses investigadores ─ incluindo os Cristãos ─ afirmam que o evento teve lugar no tempo do Imperador Romano Decius (também chamado Decianus), por volta do ano 250 D.C.. Decius, lado a lado com Nero, é conhecido por ter sido o Imperador Romano que exerceu a mais severa tortura sobre os Cristãos. Durante o seu curto reinado, fez passar uma lei que obrigava toda a gente sob a sua alçada a oferecer um sacrifício aos Romanos. Todos eram obrigados a oferecer um sacrifício a estas divindades, e exibir um certificado de aprovação comprovativo deste acto, para ser examinado pelos funcionários do estado. Aqueles que não obedecessem a esta regra seriam executados. Nas fontes Cristãs encontra-se escrito que a grande maioria dos Cristãos evitou cometer este acto idólatra fugindo de "cidade em cidade", ou refugiando-se em abrigos secretos. Os Companheiros da Caverna eram, com grande probabilidade, um grupo respeitador de entre estes primeiros Cristãos.

O nome do Imperador que reinava na altura em que os Companheiros da Caverna despertaram do seu longo sono é Tezusius, de acordo com os investigadores Muçulmanos, enquanto que é Teodósio II segundo Gibbons. Este Imperador governou entre 408 e 450 D.C., depois do Império Romano se ter convertido ao Cristianismo. Referindo-se ao versículo abaixo indicado, em alguns comentários é dito que a entrada da Caverna está virada para norte, daí que a luz do sol não pudesse penetrar no seu interior. Também assim quem passasse pela caverna não poderia vislumbrar de todo o seu interior. O versículo do Alcorão relacionado com o assunto informa-nos:

E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto). (Capítulo Al-Kahf – 18:17)

A segunda localização apresentada como o local onde os Companheiros da Caverna haviam vivido é Tarso.

Na realidade aí existe uma caverna em tudo semelhante à que é descrita no Alcorão, que se situa numa montanha conhecida como Encilus ou Bencilus, no noroeste de Tarso.

A ideia de Tarso é a teoria defendida por muitos estudiosos Islâmicos. Um dos mais importantes intérpretes do Alcorão, At-Tabari, indicou o nome da montanha onde se localizava a caverna como sendo "Bencilus", na sua obra intitulada Tarikh-al Umam, e acrescentou que esta se encontrava em Tarso. (47)

Igualmente, outro famoso intérprete do Alcorão, Mohammed Emin, afirma que o nome da montanha é "Pencilus" e que era em Tarso. O nome pronunciado "Pencilus" pode por vezes ser dito "Encilus". Segundo ele, a diferença entre as palavras deve-se à pronúncia diferente da letra "B" ou à perda de uma letra da palavra original, caso conhecido como "abrasão histórica de palavras". (48)

Fakhruddin ar-Razi, outro bem conhecido estudioso do Alcorão, explica na sua obra que "apesar de se chamar a este local Efêso, a intenção básica é dizer Tarso, pois Efêso é um dos nomes de Tarso." (49)

De igual modo, nos comentários de Qadi al-Baidawi e an-Nesafi, al-Jalalayn e at-Tibyan, nos de Elmaly e O. Nasuhi Bilmen, assim como muitos outros estudiosos, este lugar é especificado como "Tarso". Para além disso, todos estes intérpretes explicam a frase no 17° versículo, "o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda," dizendo que a entrada da caverna se encontrava virada a norte. (50)

A residência dos Companheiros da Caverna foi igualmente assunto de interesse na época do Império Otomano, e algumas pesquisas foram efectuadas sobre a questão.

Existe uma série de correspondência e troca de informações a respeito do assunto nos Arquivos Otomanos do Prime Ministry.

Por exemplo, numa carta enviada ao Tesoureiro Superior do Estado Otomano pela administração local de Tarso, existe um pedido formal com uma mensagem anexa, notificando o seu desejo de pagar um salário às pessoas que se encarregavam da limpeza e manutenção da caverna de Ashab-y Kehf (companheiros da caverna).

Em resposta a esta missiva, fora afirmado que para se poder proceder ao pagamento destes salários, revelava-se indispensável averiguar se este era realmente o local onde residiram os companheiros da caverna.

As pesquisas efectuadas para semelhante propósito foram extremamente úteis na determinação da localização da caverna.

- "Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/

Zaid al Khair

"Tens duas qualidades que são apreciadas por Deus e pelo Seu Profeta: deliberação e paciência" (dizer do abençoado Profeta).
O abençoado Profeta costumava dizer que as qualidades básicas das pessoas são tão duradouras quanto o metal: a melhor das pessoas, dos tempos da ignorância tornam-se os melhores muçulmanos.

Neste capítulo há dois retratos de um dos Companheiros. Um retrato dele é do tempo da ignorância (Jahiliya ), e o outro é de depois que ele aceitou o Islam.
Esse Companheiro era conhecido como Zaid al Khail1, no tempo da Jahiliya, e o abençoado Profeta o renomeou Zaid al Khair2, após ele aceitar o Islam. A primeira descrição dele pode ser encontrada nas antologias da antiga literatura, contada por Al Chaybani, sob a autoridade de um dos velhos da tribo dos Banu Amir.

Os Banu Amir estavam passando por um ano de seca na qual estavam a perder suas colheitas e o seu gado. Um homem pegou sua família e com ela viajou, deixando a tribo, para Al Hira, onde a deixou, dizendo que aí ficasse até que ele voltasse para a pegar. Ele jurou que não iria voltar até que não conseguisse algum dinheiro, ou então iria morrer, na lida.

_Pegou alguma provisão, e se pôs a caminho, a pé. Viajou por todo um dia e, quando a noite caiu, ele se achou defronte a uma tenda; amarrada ali por perto, encontrou um potro. Dizendo a si mesmo que havia encontrado o primeiro tesouro, ele soltou o potro, e estava pronto para o montar, quando ouviu uma voz que disse:

"Deixa-o aí, e corre, se quiseres viver!" Então ele o deixou, e continuou a viagem. Depois de haver caminhado por sete dias, chegou a um lugar onde havia uma cocheira de camelos. Perto dali, viu uma enorme tenda com a cúpula feita de couro, o que queria dizer que os seus donos deveriam ser ricos, e deviam ter um grande número de camelos.

Ele se chegou perto da tenda, e olhou para dentro dela; viu um velho sentado, com as costas voltadas para ele. Ele fez por esgueirar-se para dentro dela, e se sentou atrás do velho, que nem o notou.

Era quase o pôr do sol e, tão logo escureceu, um homem chegou num cavalo. Era o mais corpulento homem que ele já vira na vida, montando um também corpulento cavalo de guerra. Flanqueando-o, estavam dois escravos a pé, e seguindo-os havia uma centena de camelas, dirigidas por um camelo. O camelo ajoelhou-se, e as fêmeas fizeram o mesmo, rodeando-o.

O cavaleiro disse para um dos seus escravos que ordenhasse uma das camelas, apontando para uma grande e gorda, e lhe disse para dar leite ao velho. O escravo ordenhou a camela e encheu uma tigela, a qual colocou na frente do velho, antes de ir embora. O velho tomou um ou dois goles do leite, deixando o resto. O intruso se arrastou, no escuro, até à tigela, da qual bebeu até a última gota. Quando o escravo voltou, viu que o leite havia acabado, e disse ao seu amo que o velho tinha bebido tudo.

Contente, o cavaleiro apontou para uma outra camela, e disse para o escravo que a ordenhasse, e desse o leite para o velho. O escravo obedeceu, e o velho mais uma vez tomou da tigela mais um par de goles. Dessa vez, o intruso bebeu só a metade do leite, pois temeu que se ele bebesse tudo, iria levantar a suspeita do cavaleiro. Este ordenou ao outro escravo que abatesse uma ovelha, a qual ele próprio preparou e assou. Então ele deu manualmente a carne ao velho, até que ficasse satisfeito. Depois daquilo, ele e seus escravos se serviram da carne. Depois foram dormir e, não demorou muito para que estivessem roncando, dormindo a sono solto.

Naquele ponto, o intruso saiu do seu esconderijo e foi até ao camelo, o qual ele desamarrou e montou. O camelo se pôs de pé, e começou a andar, e todas as camelas o seguiram. O ladrão viajou toda a noite. Quando rompeu a manhã, ele olhou em torno e se certificou de que ninguém estava a segui-lo. Continuou, até que o sol estava bem acima do horizonte, quando cismou de olhar atrás dele. À distância, lobrigou algo que primeiramente parecia uma águia vindo em direção a ele. Quando se aproximou, ele constatou que era um cavaleiro; e, quando chegou mais perto, viu que era o dono dos camelos.

Parando e desmontando, ele amarrou o camelo, e se posicionou entre o cavaleiro e a cáfila. Depois tirou um flecha da sua aljava, e a colocou no seu arco. O cavaleiro parou onde estava, à distância, e gritou para ele:

"Desamarra o camelo!"

"Nunca", respondeu o ladrão, "porque tenho minhas esposas e meus filhos a morrerem de fome, em Al Hira, e jurei que não voltaria a eles se não levasse dinheiro, ou morreria tentando."
O cavaleiro disse para ele:

"Matar-te-ei se não desamarrares o camelo, ínfima criatura!"
"Jamais", respondeu o ladrão.


"Maldito sejas, seu tolo imprudente!" disse o homem.

Apontando para uma das rédeas do camelo, o cavaleiro disse para o ladrão que escolhesse um dos três nós. Ele escolheu o do meio, e o cavaleiro atirou uma flecha dentro dele, tão facilmente como se a tivesse posto com a mão. O ladrão se conscientizou de que não teria a menor chance contra tal habilidade, e se rendeu.

O cavaleiro foi até ele, tomou dele o arco e a espada, e lhe disse que montasse na garupa do cavalo; ele assim fez, e o cavaleiro lhe perguntou:

"Que pensas que irei fazer contigo?"

"Provavelmente, algo terrível", respondeu o ladrão.

"Por que?" perguntou o cavaleiro.

"Por causa do que fiz a ti", disse o ladrão, "e por causa do distúrbio que te causei"
O cavaleiro lhe disse:

"Como pensas que te causarei dano, depois que compartilhaste da comida e bebida com Muhalhil, meu pai, e passaste a noite com ele?", dando a conhecer que estivera ciente da estada do intruso, na noite anterior, e não havia objetado a sua presença.

Quando o ladrão ouviu o nome Muhalhil, ficou atônito, e perguntou:

"Será que tu és o Zaid al Khayl?"

O cavaleiro disse que era, e o ladrão lhe implorou que o tratasse com misericórdia. Zaid al Khayl lhe garantiu que não o iria injuriar, e o levou consigo de volta para o acampamento. Quando chegaram ao destino, o Zaid al Khayl, que era famoso por sua generosidade, disse para o prisioneiro:

Se esses camelos fossem meus, eu tos daria, mas acontece que eles pertencem a uma das minhas irmãs. Então, fica conosco como nosso convidado por uns dias. Logo irei sair numa incursão, e espero trazer alguns despojos."

Três dias depois, ele executou uma incursão sobre a tribo dos Banu Numayr, e trouxe consigo quase uma centena de camelos. Ele os deu ao seu prisioneiro, a quem mandou de volta para Al Hira com dois guardas-costas para o proteger.

Esse é o retrato de Zaid al Khail, como era na Jahiliya, mas o seu retrato, como muçulmano, é encontrado em outro lugar, nas histórias da vida do abençoado Profeta.

Quando as notícias sobre o abençoado Profeta alcançaram o Zaid al Khail, e ele ouviu alguns dos ensinamentos sobre o Islam, decidiu visitar Madina e ver o abençoado Profeta por si mesmo. Preparou sua montaria, e convidou os chefes da sua tribo para se juntarem a ele. Um grande número de líderes de Tay o acompanhou, incluindo o Zurr b. Sadus, o Málik b. Jubayr, e o Amir b. Juwayn.

Quando a viagem deles terminou, fizeram seus camelos parar no portão da mesquita, e desmontaram. Aconteceu que quando eles entraram, o abençoado Profeta estava fazendo um khutba3 para os muçulmanos. Ficaram impressionados com o que ele estava dizendo, e surpresos por verem o quão apegados a ele os muçulmanos estavam, e quão seriamente o ouviam, e como ficavam afetados pelo discurso dele.

Quando o abençoado Profeta divisou os visitantes, continuou o seu discurso, dizendo:

"Sou melhor para vós do que Al Uzza e do que tudo o que cultuais, até mesmo os camelos negros que glorificais em vez de Deus", referindo-se aos seus visitantes beduínos.

Alguns deles não reagiram à verdade, e quiseram ouvir mais. Os outros foram embora, em arrogância; de sorte que alguns deles escolheram o Paraíso, ao passo que outros, o Fogo do Inferno.

O homem chamado Zurr b. Sadus viu como o Profeta (S) lá estava, rodeado pelos crentes cujos olhos exprimiam o amor que tinham por ele. Seu coração se encheu de inveja e temor, e ele disse para aqueles que estavam com ele:

"Esse homem irá tornar-se o mestre de todos os árabes; juro que não permitirei que ele seja o meu mestre!"

Ele partiu para a Síria, onde raspou a cabeça e se tornou cristão.

Zaid e outros reagiram diferentemente. Tão logo o Profeta (S) terminou o seu khutba, Zaid juntou-se à multidão de muçulmanos. Era um dos homens mais formosos e, definitivamente, o mais alto; quando montava num cavalo, seus pés arrastavam no chão como se estivesse montando um burrinho. Lá estava ele, sobressaindo-se por sobre os outros, ao dizer, com sua poderosa voz:

"Ó Mohammad, presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e de que tu é o Mensageiro de Deus."

O abençoado Profeta se aproximou dele e perguntou:

"Quem és tu?"

"Sou o Zaid al Khail b. Muhalhil", ele respondeu.

"Irei chamar-te de Zaid al Khair, em vez de Zaid al Khail", disse o abençoado Profeta. "Louvado seja Deus Que te trouxe de tal distância, e abriu o teu coração para o Islam!"

Desde àquela hora, ele passou a ser conhecido como Zaid al Khair.

Pouco depois o abençoado Profeta levou-o para a sua casa, juntamente com o Ômar b. al Khattab e uma porção de Companheiros. Quando entraram e tomaram seus assentos, o abençoado Profeta pôs uma almofada perto do Zaid para que ele nela se reclinasse.

Zaid a recusou, apesar da repetida insistência do Profeta (S), pois achava que seria falta de respeito reclinar-se na presença do Profeta (S). Quando todos estavam confortáveis, o abençoado Profeta disse:

"Ó Zaid, toda vez que eu ouço tecerem louvores a alguém, antes que com ele me encontre, vejo que o encontrar-me com ele é desapontador. Tu és a primeira pessoa que eu encontro que condiz com todas as descrições que fornecem de ti. Tu possuis duas qualidades que são apreciadas por Deus e pelo Seu Profeta."

"E quais são elas, ó Mensageiro de Deus?"

"Deliberação e paciência."

Zaid disse:

"Louvado seja Deus que me proporcionou isso que Ele e o Seu Mensageiro apreciam. Ó Mensageiro de Deus, dá-me trezentos cavaleiros, e eu te garanto que irei atacar e derrotar os bizantinos."

O abençoado Profeta, impressionado pela energia do outro, disse:

"Quanto bem há em ti, ó Zaid! Quanto homem és!"

Naquele ponto, todos os que tinham acompanhado o Zaid na sua viagem anunciaram a sua aceitação do Islam. Quando se preparavam para voltar à sua terra-natal, o abençoado Profeta compareceu para dizer adeus ao Zaid. Ao vê-lo partir, disse:]

Que homem! Se não fosse pela febre que grassa em Madina, ele poderia conseguir grandes coisas!"

Naquela ocasião, havia uma febre que se alastrava por toda Madina e, logo depois que o Zaid al Khair deixou a cidade, começou a mostrar os sintomas dela. Ele disse para aqueles com os quais estava viajando:

"Vamos evitar passar pelas terras dos Banu Cais. Nós costumávamos suster guerras tribais com eles, coisa que mostrava a estupidez da época da Jahiliya. Não desejo encontrar-me com Deus com o pecado da luta sobre meus ombros."


Zaid al Khair continuou sua viagem rumo à sua terra-natal, em Najd, embora estivesse ficando mais fraco a cada hora por causa da febre. Ele queria alcançar suas gentes, e ser aquele que iria registrar a boa ação de as converter ao Islam. Ele estava disputando com a morte, mas foi uma disputa em que esta o sobrepujou. De modo que exalou o seu último suspiro enquanto ainda em viagem. Morreu puro, uma vez que não houve tempo, entre a sua conversão e sua morte, para que cometesse nenhum pecado.

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24Salam,

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/