segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Companheiros da Caverna

"Tu pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas? (Capítulo Al-Kahf – 18:9)

No 18° capítulo do Alcorão, denominado “Al-Kahf", que significa "A Caverna", é contado o episódio relativo a um grupo de jovens, que se tinha abrigado numa caverna para se esconder do governante que rejeitava Allah e praticava a opressão e a injustiça, particularmente para com os crentes. Os versículos relativos ao assunto são os seguintes:

Ou pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas?Recorda de quando um grupo de jovens se refugiou na Caverna, dizendo:

Ó nosso Senhor, concede-nos a Tua misericórdia, e reserva-nos um bom êxito na nossa situação!

Então, Nós selamos-lhes os seus ouvidos, (adormecendo-os) durante um certo número de anos, na Caverna:

Depois acordámo-los, para verificar qual dos dois grupos melhor sabia calcular a quantidade de tempo que haviam permanecido ali.Narramos-te a sua história com a verdade:

Eram jovens crentes no seu Senhor, e guiamo-los:E fortalecemos os seus corações; e quando se ergueram, disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez!

Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autoridade evidente para tal.

Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Allah?Quando virardes as costas ao que eles fazem e às coisas que adoram, em vez de Allah, refugiai-vos na Caverna:

Então, o vosso Senhor vos cobrirá com a sua misericórdia e vos reservará um feliz êxito no vosso emprendimento.E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto).(Se os houvesses visto), Julgá-los-ias despertos, apesar de estarem dormindo, pois Nós os virávamos, ora para a direita, ora para esquerda, enquanto o seu cão dormia, com as patas estendidas, na entrada da Caverna.

Se os tivesses observado de perto, decerto fugirias deles, apavorado.E eis que os despertamos para que se interrogassem entre si. Disse um deles:

Quanto tempo permanecestes (aqui)? Eles responderam: Permanecemos (talvez) um dia, ou parte de um dia.

Outros disseram: (Só) nosso Senhor sabe melhor do que ninguém o quanto permanecestes...

Enviai um de vós com seu dinheiro à cidade: que descubra a melhor comida (a comer) e que a traga, para (que possam) satisfazer a vossa fome com ela; que se comporte cuidadosamente e com cortesia, e que não informe vivalma a vosso respeito, Porque, se vos descobrirem, decerto apedrejar-vos-ão ou forçar-vos-ão a retomar o seu culto e, então, jamais alcançareis a vossa prosperidade.

Assim demos então a conhecer o seu caso às pessoas, para que pudessem estar cientes de que a promessa de Allah é verdadeira, e de que não existe lugar para dúvidas relativamente à Hora do Juízo.

E quando os habitantes da cidade discutiram este caso, entre eles disseram: Construí um edifício sobre eles; o seu Senhor sabe melhor o que lhes diz respeito. Aqueles que venceram na argumentação disseram:

"Construí um local de culto, por cima da Caverna.

Alguns diziam que eram três, sendo o cão o quarto elemento; outros diziam que eram cinco, e o cão o sexto, fazendo palpites ao acaso; e outros, ainda, diziam que eram sete, sendo o cão o oitavo elemento.

Dize: "O meu Senhor conhece melhor do que ninguém o seu número e só poucos o conhecem!

Assim, não discutas, pois, a respeito disto, a menos que seja de um modo claro, e não inquiras, sobre eles, ninguém.Nem digas, do que quer que seja, "Amanhã farei isto e isto", sem acrescentar, "Se Allah quiser!" e recorda o teu Senhor, quando te esqueceres, e dize:

É possível que o meu Senhor me guie para o que está mais próximo da verdade.E eis que permaneceram na sua Caverna trezentos anos.Dize-lhes: Allah sabe melhor do que ninguém quanto tempo lá passaram, porque é Seu o mistério dos céus e da terra. Quão claramente Ele vê, quão facilmente Ele escuta (tudo)! Eles não têm outro protector que não Ele, e nem Ele partilha com ninguém a Sua governação>>.(Capítulo Al-Kahf – 18:9-26)

De acordo com a crença generalizada, os Companheiros da Caverna, elogiados tanto pelas fontes Islâmicas como pelas Cristãs, foram sujeitos à cruel tirania do Imperador Romano Decius. Face à opressão e injustiça de Decius, estes jovens avisaram, por diversas vezes, o seu povo para que não abandonasse a religião de Allah. A indiferença do seu povo perante a sua transmissão da mensagem, o aumento da opressão por parte do imperador e as ameaças de morte de que foram alvo, conduziram-nos a abandonar os seus lares.
Como comprovam os documentos históricos, nessa época muitos eram os imperadores que implementavam e executavam políticas de terror, opressão, e injustiça para com os crentes que defendiam o antigo Cristianismo na sua forma original.

Numa carta escrita pelo Governador Romano Pilinius (69-113 D.C.), que estava no noroeste da Anatólia, ao Imperador Trayanus, são referidos "os companheiros do Messias (os Cristãos) que foram punidos por se recusarem a adorar a estátua do Imperador".

Esta carta é um dos mais importantes documentos relativos à opressão sofrida pelos antigos Cristãos nessa época. Sob semelhantes circunstâncias, estes jovens, a quem tinha sido ordenado que se submetessem a um sistema não religioso ou a um imperador no lugar de Allah, não aceitaram a ordem e disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez! Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autridade evidente para tal. Haverá alguém mais iníguo do que quem forja mentiras acerca de Allah?

(Capítulo Al-Kahf – 18:14-15)
No que diz respeito à região onde os Companheiros da Caverna viveram, existem diversas teorias. A mais razoável de entre elas aponta para o Efêso e Tarso.
Quase todas as fontes Cristãs mostram o Efêso como a localização da Caverna onde estes jovens crentes se abrigaram. Alguns investigadores Muçulmanos e os intérpretes do Alcorão concordam com os Cristãos relativamente ao Efêso. Outros explicaram detalhadamente o porquê da região em questão não poder ser essa, tentando provar que o acontecimento teve lugar no Tarso. Neste estudo, lidaremos com ambas as possibilidades. Contudo, todos esses investigadores ─ incluindo os Cristãos ─ afirmam que o evento teve lugar no tempo do Imperador Romano Decius (também chamado Decianus), por volta do ano 250 D.C.. Decius, lado a lado com Nero, é conhecido por ter sido o Imperador Romano que exerceu a mais severa tortura sobre os Cristãos. Durante o seu curto reinado, fez passar uma lei que obrigava toda a gente sob a sua alçada a oferecer um sacrifício aos Romanos. Todos eram obrigados a oferecer um sacrifício a estas divindades, e exibir um certificado de aprovação comprovativo deste acto, para ser examinado pelos funcionários do estado. Aqueles que não obedecessem a esta regra seriam executados. Nas fontes Cristãs encontra-se escrito que a grande maioria dos Cristãos evitou cometer este acto idólatra fugindo de "cidade em cidade", ou refugiando-se em abrigos secretos. Os Companheiros da Caverna eram, com grande probabilidade, um grupo respeitador de entre estes primeiros Cristãos.

O nome do Imperador que reinava na altura em que os Companheiros da Caverna despertaram do seu longo sono é Tezusius, de acordo com os investigadores Muçulmanos, enquanto que é Teodósio II segundo Gibbons. Este Imperador governou entre 408 e 450 D.C., depois do Império Romano se ter convertido ao Cristianismo. Referindo-se ao versículo abaixo indicado, em alguns comentários é dito que a entrada da Caverna está virada para norte, daí que a luz do sol não pudesse penetrar no seu interior. Também assim quem passasse pela caverna não poderia vislumbrar de todo o seu interior. O versículo do Alcorão relacionado com o assunto informa-nos:

E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto). (Capítulo Al-Kahf – 18:17)

A segunda localização apresentada como o local onde os Companheiros da Caverna haviam vivido é Tarso.

Na realidade aí existe uma caverna em tudo semelhante à que é descrita no Alcorão, que se situa numa montanha conhecida como Encilus ou Bencilus, no noroeste de Tarso.

A ideia de Tarso é a teoria defendida por muitos estudiosos Islâmicos. Um dos mais importantes intérpretes do Alcorão, At-Tabari, indicou o nome da montanha onde se localizava a caverna como sendo "Bencilus", na sua obra intitulada Tarikh-al Umam, e acrescentou que esta se encontrava em Tarso. (47)

Igualmente, outro famoso intérprete do Alcorão, Mohammed Emin, afirma que o nome da montanha é "Pencilus" e que era em Tarso. O nome pronunciado "Pencilus" pode por vezes ser dito "Encilus". Segundo ele, a diferença entre as palavras deve-se à pronúncia diferente da letra "B" ou à perda de uma letra da palavra original, caso conhecido como "abrasão histórica de palavras". (48)

Fakhruddin ar-Razi, outro bem conhecido estudioso do Alcorão, explica na sua obra que "apesar de se chamar a este local Efêso, a intenção básica é dizer Tarso, pois Efêso é um dos nomes de Tarso." (49)

De igual modo, nos comentários de Qadi al-Baidawi e an-Nesafi, al-Jalalayn e at-Tibyan, nos de Elmaly e O. Nasuhi Bilmen, assim como muitos outros estudiosos, este lugar é especificado como "Tarso". Para além disso, todos estes intérpretes explicam a frase no 17° versículo, "o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda," dizendo que a entrada da caverna se encontrava virada a norte. (50)

A residência dos Companheiros da Caverna foi igualmente assunto de interesse na época do Império Otomano, e algumas pesquisas foram efectuadas sobre a questão.

Existe uma série de correspondência e troca de informações a respeito do assunto nos Arquivos Otomanos do Prime Ministry.

Por exemplo, numa carta enviada ao Tesoureiro Superior do Estado Otomano pela administração local de Tarso, existe um pedido formal com uma mensagem anexa, notificando o seu desejo de pagar um salário às pessoas que se encarregavam da limpeza e manutenção da caverna de Ashab-y Kehf (companheiros da caverna).

Em resposta a esta missiva, fora afirmado que para se poder proceder ao pagamento destes salários, revelava-se indispensável averiguar se este era realmente o local onde residiram os companheiros da caverna.

As pesquisas efectuadas para semelhante propósito foram extremamente úteis na determinação da localização da caverna.

- "Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/

Um comentário:

Unknown disse...

Que a paz de Allah esteja convosco,tirou minhas dúvidas muito esclarecedor."Que a paz e misericórdia de Allah esteja com nosso profeta e sobre todos nós!Salam!"