sexta-feira, dezembro 30, 2016

O principio básico das Religiões Monoteístas é Amar a Deus sobre todas as Coisas!

«Acaso, não vos prolongamos as vidas, para que, quem quisesse refletir, pudesse refletir, e não vos chegou o admoestador?» — (Alcorão, 35:37).

Prezados Irmãos, Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

O princípio básico é o de amar a Deus sobre todas as coisas; mas para que seja completo deve continuar: E o seu próximo como a si mesmo, por amor a Deus. Como resultado da crença em Deus e da irmandade dos seres humanos, a humanidade deverá, necessariamente, viver uma vida de amor, harmonia, cooperação e paz. Todas as leis de Deus foram reveladas com o objetivo de enfatizar esta questão. Os Profetas de Deus, paz esteja com eles, em épocas diferentes, mostraram à humanidade que a religião de Deus é sempre a mesma, que os seres humanos são irmãos, sem qualquer inimizade ou conflito entre eles, que o espírito de sua mensagem é sempre a mesma; que Quem os criou foi Um e que o fundamento da sua religião é um só, sem possibilidade de contradição ou diferença entre eles.

O Alcorão diz, textualmente: "Deus prescreveu-vos a mesma religião que havia instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abra- ão, a Moisés e a Jesus, (dizendo-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso; na verdade, os idólatras se ressentiram daquilo a que os convocaste. Deus elege quem Lhe apraz e encaminha para Si o contrito". (Alcorão 42:13).

Este texto, sem dúvida alguma, é um testemunho que a religião de Deus é a mesma, em todos os tempos; no Alcorão há muitos exemplos a este respeito, tais como: "Na verdade, inspiramos-te (ó Muhammad), assim como inspiramos Noé e os Profetas que o sucederam; assim, também, inspiramos Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as tribos, Jesus, Jó, Jonas, Aarão, Salomão, e concedemos os Salmos a David". (Alcorão 4: 163) . "Dize: Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos Profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a Ele". (Alcorão 2:136).

Quem ler o Alcorão poderá ver que as Suras (Capítulos) mais largos do Alcorão enobrecem e dignificam a Jesus e a Virgem Maria. O Alcorão também menciona e esclarece alguns dos milagres de Jesus e narra outros milagres que não se encontram no próprio Evangelho, como por exemplo, pássaros feitos de barro aos quais, Jesus deu vida por meio de um sopro, com a permissão de Deus, e também menciona o fato de que Jesus falou para as pessoas desde o berço. Em outros dois longos Capítulos do Alcorão se referem a Jesus: o primeiro é "Maria” (surata 19) e o segundo é "A Família de Imran"(surata 03), que era a família de Maria. Nestes capítulos nos é dito como Maria, que era imaculada, deu à luz a Jesus e como foi também uma concepção imaculada: "E recorda-te de quando os anjos disseram: Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade! Ó Maria, consagra-te ao Senhor! Prostra-te e genuflecte, com os genuflexos! Estes são alguns relatos do incognoscível, que te revelamos (ó Muhammad). Tu não estavas presente com eles (os judeus) quando, com setas, tiravam a sorte para decidir quem se encarregaria de Maria; tampouco estavas presente quando rivalizavam entre si. E quando os anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos". (Alcorão 3: 42-46).

O Alcorão se dirige aos adeptos do Livro (Judeus, Cristãos) para mostrar claramente a alta posição que Jesus ocupa perante Deus: "Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus Mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião." (Sagrado Alcorão 4: 171).

Os Muçulmanos acreditam que Jesus foi tão somente um Profeta de Deus, conforme também referido no Evangelho: — Segundo S. Mateus 21:10-11: «Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada e perguntava: "Quem é este?" A multidão respondia: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia". — Segundo S. Lucas 24:19: «"O que aconteceu com Jesus de Nazaré"! Responderam eles. "Ele era um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o povo”». — Segundo S. Lucas 13:33: «Mas preciso prosseguir hoje, amanhã e depois de amanhã, pois certamente nenhum profeta deve morrer fora de Jerusalém!» — Segundo S. Lucas 7:16: «Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus. "Um grande profeta se levantou dentre nós", diziam eles. "Deus interveio em favor do seu povo"». — Segundo S. João 6:14: «Depois de ver o sinal milagroso que Jesus tinha realizado, o povo começou a dizer: "Sem dúvida este é o Profeta que devia vir ao mundo"». — Segundo S. Marcos 6:4: «Jesus lhes disse: "Só em sua própria terra, entre os seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra"».

Os Muçulmanos acreditam que Jesus é um servo de Deus, conforme referido no Evangelho segundo S. João 13:16, no Evangelho segundo S. Mateus 12:18, nos Atos dos Apóstolos (Versão Standard Revista) 3:13, Nova Bíblia Americana, 4:27, New King James Version, 3:26, e Versão Internacional, 4:30).

Os Muçulmanos põem nomes aos seus filhos e filhas Issa (Jesus) e Maryam (Maria), respectivamente. Estas são as crenças que os muçulmanos são ordenados a crer sobre Jesus, que abrem os seus corações a estes ensinamentos e facilitam a convergência e cooperação entre muçulmanos e cristãos. E o Alcorão, mostra, claramente, que os verdadeiros cristãos são os mais próximos dos muçulmanos devido a moral e as virtudes que compartilham com eles, dizendo: “Encontrarás que os que estão mais próximos em afeto aos que crêem são os que dizem: Somos cristãos. Isso é porque existem padres e monges entre eles e não são soberbos”.

O Profeta Muhammad (p.e.c.e.) disse: "Ó muçulmanos, conquistareis o Egito, quando o fizerdes, devereis ser gentil com os cristãos!". O quarto califa, Ali (r.a.), costumava dizer aos cristãos: "Nós não queremos evitar que acrediteis no cristianismo, mas sim, que deveis obedecê-lo" e há inúmeros exemplos como estes.

O próprio Profeta Muhammad (p.e.c.e.) fez da sua Mesquita em Medina, um local de culto para os seus hóspedes cristãos! E quando os muçulmanos fizeram da grande Mesquita Omíada, em Damasco, um templo comum para muçulmanos e cristãos, que entravam pela mesma porta, mas tinham a Mesquita dividida em dois, onde costumavam fazer as orações.

Este foi o resultado inevitável do entendimento, a proximidade e a relação que existia entre estas duas religiões reveladas, naqueles tempos. Eles coincidiam em propósitos e objetivos, e não havia oposição na sua essência e origem. É bem conhecido, a este respeito, que Omar (r.a.), o segundo Califa, quando ele entrou em Jerusalém, recusou a oferta para fazer a oração no Santo Sepulcro, para evitar que os muçulmanos, no futuro, tentassem converter a Igreja ou parte dela, em uma Mesquita.

O último Profeta de Deus, Muhammad (p.e.c.e.), ordenou aos muçulmanos para serem amáveis com os judeus e os cristãos, porque eles eram os seguidores das duas religiões reveladas anteriormente. E ele disse: "Quem causar mal a um cristão ou a um judeu será meu inimigo no Dia do Juízo e pagará por isso", e disse: "Sede amáveis com os cristãos".

Se a humanidade em geral não é capaz de se livrar de seus preconceitos e trabalhar pela tolerância religiosa, a situação será terrível e Deus nos repreenderá no Além, por cada um de nossos erros, por nosso fanatismo e discórdia, pois são estas as que aumentam a devastação, a agonia e derramamento de sangue.


Wassalam. M. Yiossuf Adamgy – 29/12/2016

domingo, dezembro 11, 2016

Como ser um bom marido muçulmano

Por: Alfonso Almeida
Em uma época em que divórcios estão aumentando e a maioria dos casamentos está se afundando, jovens muçulmanos felizes, também são difíceis de se encontrar. Mais e mais jovens muçulmanos se encontram gravemente afetados pelo fitnah de ser mais fácil cometer Zina (adultério) do que de se casar. Além disso, uma vez casados, eles enfrentam o fitnah da facilidade de cair, e aproveitar folias casuais pelo celular ou Internet, ao invés de serem capazes de manter um invencível vínculo conjugal ao longo do tempo.

Foram feitos pedidos pelos Irmãos Muçulmanos que leram o meu artigo "Como Proteger a Honra Do Seu Marido Como Uma Esposa Muçulmana", pedindo-me para escrever um artigo detalhando as coisas mais importantes que os homens muçulmanos devem fazer como deveres e obrigações imperativas para com suas esposas. Abaixo está, portanto, uma lista de coisas para homens muçulmanos se lembrarem quando lidarem com suas esposas. Um lembrete importante: essas dicas estão sendo sugeridas tendo em conta os perigos específicos e os riscos que os indivíduos casados enfrentam, como um jovem, hoje em dia. Casamentos hoje em dia precisam ser protegidos com armadura suficiente contra o ataque dos graves fitnahs.

Sempre iguale seu comportamento ao do Profeta Maomé[SAAS] com as suas esposas:

Deus disse no Alcorão: "Você tem realmente no Mensageiro de Deus, um belo exemplo (de conduta) para qualquer pessoa cuja esperança está em Deus e no último dia, e quem se lembra muito de Deus." [Alcorão - 33:21]

O Profeta Maomé[SAAS] negligenciou as falhas das suas esposas, e tolerou seus comportamentos não razoáveis. Os livros de ahadith estão repletos com exemplos de como ele ignorou o que ele não gostava sobre as ações delas, com um sorriso e um paciente silêncio. Uma vez, quando ele ficou muito irritado com todas elas, ele deixou a sua companhia e resolveram não falar com elas por um mês.

Em vez de gritar ou verbalmente reprimir sua esposa por cada erro, simplesmente ignore-a. Se ela está brigando com você ou não está sendo razoável, você sempre pode sair da sala e não responder de volta, que é a melhor estratégia. Quando você ignorá-la por algum tempo, ela vai renunciar voluntariamente o comportamento pelo qual você se zangou.

Trate-a com respeito, especialmente durante intimidade:

Gratificação sexual é a principal razão pela qual os homens se casam, e eles cometem graves erros bem no começo, que causam os maiores golpes à sua relação conjunta. Os homens muçulmanos devem temer Alá no que diz respeito a como lidar com suas esposas durante a intimidade.

Relatou Jabir Bin Abdullah [que Alá esteja satisfeito com ele], "O Profeta [SAAS] não permitiu que as relações sexuais antes de acariciar (a esposa)." [Abu Dawood]

É um triste fato que hoje em dia, quando um homem se casa, ele já viu um monte de pornografia ou cenas sexuais em filmes, cortesia das diferentes formas de mídia disponíveis a ele para satisfazer a sua curiosidade, que envenena sua mente sobre como tratar uma mulher, muito antes de ele realmente levar uma esposa para casa.

O Irmão Muçulmano! Esta moça inocente que você levou para casa não tem afinidade com essa voluptuosa sereia que você vê na TV - ela está vulnerável, inocente e assustada. Portanto, seja gentil e faça-a relaxar, e não causar qualquer dano irreparável por ser precipitado. No Islã, a mulher é uma jóia - uma jóia, que deve ser cuidada e tratada com dignidade e respeito.

Imam al-Daylami [que Alá seja misericordioso com ele] registra um relato sobre a autoridade de Anas ibn Malik [que Alá esteja satisfeito com ele] que o Mensageiro de Deus [SAAS] é relatado ter dito: "Um não deve cumprir a necessidade (sexual) de uma mulher como um animal, ao contrário, deveria existir, entre eles, preliminares de beijos e palavras. " [Musnad Al-Firdaws de Al-Daylami, 2 / 55]

O bom marido muçulmano deve, portanto, esquecer as políticas de marketing da indústria multimilionária voltada à testosterona de de Hugh Hefner, e focar no conselho do Profeta Maomé[SAAS]. Filmes e romances não são as fontes a partir dos quais você deve buscar instruções de intimidade. Além disso, você como um muçulmano deve aprender a respeitar as mulheres em geral, antes de se casar.

Lembre-se que quando uma prostituta chegou a pedir ao Mensageiro de Deus [SAAS] por ajuda monetária, ele ajudou a ela e não tratou-a com desrespeito. E você? Houve momentos em que você já viu ou conheceu uma mulher que o tentou, e você pensou: "vadia", ou "prostituta"? Alguma vez você já usou verbalmente ou mentalmente palavras abusivas, como "vadia", para uma mulher? Você acredita, devido à sua bagagem cultural, que as mulheres são inerentemente do mal; que Eva tentou Adão a comer o fruto proibido, que as mulheres devem ser enclausuradas dentro de casa, porque levam homens à perdição quando saem? Você acredita que as mulheres são inferiores aos homens? Você acredita que as mulheres são a causa básica da prevalência de decadência e pecado? Você grita com sua mãe e irmã por não servir-lhe a comida ou café, quando você poderia pedir a elas? Se assim for, você realmente precisa mudar seu pensamento e atitude em relação às mulheres antes de entrar no casamento, porque um homem, que tenha verdadeiramente entendido a essência dos ensinamentos islâmicos quanto ao tipo de tratamento às mulheres, nunca, nunca responderia afirmativamente às perguntas acima. E se ele o faz, é muito provável que ele vai desrespeitar a sua esposa, e não será capaz de mantê-la feliz.

Mantenha a limpeza e higiene pessoal: 

Uma vez a cada duas semanas, apare, raspe ou corte qualquer coisa que cresça em seu corpo. Mantenha o seu cabelo e barba lavados, penteados - cheirando e parecendo limpo.

Utilize o siwak (palito de dente), fio dental, pasta de dentes, spray bucal ou anti-séptico bucal ou para manter a higiene oral. Tome banho diariamente e use desodorantes ou outras fragrâncias fortes para cheirar bom em casa, não apenas na congregação Jum'uah ou Eid.

Lembre-se de que fazer tudo isso é o Sunnah (caminho) do Profeta Maomé[SAAS], que abominava qualquer tipo de odor corporal (boca, axila ou pés) provenientes de si próprio. Use as cores e estilos de vestuário que sua esposa preferir, se o Islã lhes permitir.

Sua esposa é uma fonte de consulta, e não um mordomo ou escravo: 

A principal qualidade que os homens muçulmanos desejam em uma mulher, depois de beleza e atratividade física, é que ela seja obediente e servil, e que ela faça suas tarefas precisar pedir, como por exemplo, passar suas roupas, cozinhar suas refeições, ou fazer a lavanderia.

No entanto, é um fato que existe uma diferença de opinião entre os estudiosos islâmicos quanto a ser obrigatório ou preferencial (mustahab) a uma mulher servir o seu marido. A maioria declara ser louvável, mas não obrigatório, embora a maioria mulheres muçulmanas fazem alegremente o seu trabalho doméstico, sem que seja pedido.

O Profeta Maomé[SAAS] fazia os seus próprios afazeres pessoais, e não sabemos de qualquer ahadith em que as suas esposas eram conhecidas por servi-lo elaboradamente. Portanto, o bom marido muçulmano realmente aprecia o trabalho que a esposa faz na casa. Se ela se esquece de uma coisa, ele negligencia e permanece calado. Ele também a consulta em questões importantes antes de tomar a decisão final, por exemplo, nomear seus filhos, mudar de emprego, fazer um investimento, ir viajar, deixar seus familiares se mudarem para a sua casa, ou mesmo em pequenas questões, como o que ela quer pedir quando saem para comer num restaurante. Ele nunca ignora o que ela diz nestas matérias.

Cuide dela durante a gravidez e amamentação:

Homens solteiros geralmente não têm idéia da enorme dor física que Alá decretou para as filhas de Adão. Eles descobrem isto após o casamento, quando sua esposa vai testemunhar cólicas mensais, ou os rigores da gravidez, parto e amamentação. Se nada mais, ele deve aumentar o seu respeito pelas mulheres em geral.

No entanto, alguns homens muçulmanos casados ficam até tarde da noite com os amigos, em clubes, restaurantes, jogos ou em filmes, enquanto que a sua mulher grávida ou recém-mãe fica em casa com o bebê. Eles entregam a responsabilidade de cuidar da esposa para as suas mães ou irmãs. Este comportamento não é adequado, e isso fará com que o ódio se desenvolva no coração da esposa.

O bom marido muçulmano oferece apoio moral e físico extra à sua esposa durante essas fases difíceis da sua vida. Não sinta o seu ego viril inflar se você tem de dar a mamadeira ao seu bebê ou acalmá-lo, enquanto a sua esposa atende a uma criança mais velha ou a suas próprias necessidades genuínas. O marido muçulmano é um pai apaixonado e ativo, e este atributo faz sua mulher amá-lo ainda mais!

Ajude-a no trabalho doméstico:

Ocasionalmente lavar a louça, aspirar os tapetes, fazer seu próprio café ou chá (especialmente se a sua mulher está dormindo ou não está bem), ou cozinhar uma refeição simples irá aumentar o seu status aos olhos da sua mulher e aumentará o amor por você em seu coração. 

Contrariamente ao que a cultura asiática dita, fazer tarefas domésticas não o torna um homem afeminado. Isto, na verdade, o torna mais viril e atraente para o seu cônjuge.

Não é preciso dizer que tarefas como fazer compras no mercado no fim de semana, levar sua esposa ao seu médico, que consertar a a torneira ou cortar a grama também deve ser feito por você.

Elogie seu pequenos gestos ou boas características abertamente, especialmente na frente da sua família:

Leva apenas três pequenas palavras para dar a sua esposa um elogio, e não tem que ser todo dia, mas terá um enorme impacto sobre o seu relacionamento conjugal. Estas três palavras poderiam ser "Isto está delicioso", ou "Você está bonita". Além disso, se você elogiá-la com moderação na frente de seus familiares, mesmo quando ela está ausente, isto seria um sadaqah da sua parte. Só não exagere, porque muito elogio tem um efeito negativo.

Lembre-se que sua esposa vai envelhecer e sua beleza morrerá:

Os homens foram programadas por Deus para desejar a beleza das mulheres. No entanto, um sábio homem muçulmano sabe que como tudo neste mundo que reluz, a beleza de sua esposa (ou de qualquer outra mulher, nessa questão), é temporária. Daí, ele se concentra mais nas suas outras importantes e duráveis por mais tempo características boas. 

Alá disse no Alcorão: 
".. e trate-as (isto é, suas esposas) gentilmente; então se você odeia-as, pode ser que você desgoste de uma coisa enquanto Alá colocou abundante coisas boas nela." [Alcorão - 4: 19]

A maioria dos homens deseja crianças, no entanto, eles rapidamente testemunham de que ter filhos faz o corpo das suas esposas perder a sua forma. Um bom marido muçulmano, portanto, recorda-se que a beleza é de importância secundária, especialmente quando o Shaytaan faz mulheres não-mahrum parecerem mais atraentes para ele. Ele se lembra que o único prazer permanente de observar mulheres perpetuamente bonitas é reservado para as pessoas justas no Paraíso, e sua existência no mundo é fugaz, e uma desilusão do Shaytaan.

Não olhe para outras mulheres:

Daqui resulta que, obviamente, se você quiser fazer seu casamento um verdadeiro sucesso e um refúgio de amor e misericórdia, você deve obedecer o conselho do Profeta Maomé[SAAS] no ahadith abaixo:
Jareer ibn 'Abdullah disse: "Eu perguntei ao Mensageiro de Alá [SAAS] sobre um olhar acidental para uma mulher. Ele ordenou-me a mudar o meu olhar para bem longe." [Al-Tirmidhi]

O Mensageiro de Alá [SAAS] disse: "Ó Ali [o primo dele], não siga um olhada com outro, pois lhe será perdoado o primeiro, mas não o segundo." [Al-Tirmidhi: 2701]

Portanto, não fique perto de homens que cravam os olhos e fazem comentários sobre o corpo das mulheres, que têm uma variedade de amigas mulheres, ou que freqüentam regularmente festas mistas. Mantenha todos os tipos de conversas com as mulheres a uma base mínima, quer no trabalho, ou na Internet, ou em seu telefone celular. Seja profissional quando falar com elas devido a uma necessidade.

Soou chato? Bem, você não pode ser um bom muçulmano, a menos que você se treine a obedecer ao Profeta [SAAS], mesmo que isso vá contra os seus desejos básicos. E ser um bom marido muçulmano só pode ser possível se você é um bom muçulmano em primeiro lugar.

Não utilize o Alcorão e ahadith para estabelecer a sua autoridade:

É muito comum que os homens muçulmanos lembrem mordazmente suas esposas nos primeiros dias após o casamento, dos versos Qur'anic e ahadith declarando sua superioridade e os direitos especiais sobre ela. Os lembretes mais comuns são: o direito do marido de ter até quatro esposas, sem o consentimento da sua esposa; o Hadith, que se a prostração fosse admissível para alguém além de Alá, a mulher muçulmana seria comandadas à prostração do seu marido; o fato de que o Islã dá ao marido o direito exclusivo de emissão divórcio verbalmente, chamá-la para a intimidade sexual, em qualquer momento inoportuno, ou limitar o seu movimento fora da casa, até mesmo para visitar seus parentes de sangue.

Então, muitas mulheres muçulmanas que conheço escutaram de seus maridos no primeiro mês de casamento que elas só poderiam visitar os seus pais por uma quantidade de dias por mês, e elas evidentemente não poderiam trabalhar ou estudar, mesmo que fossem envolvidas nos virtuosos trabalhos ou educação religiosa Da'wah, apenas uma ou duas vezes por semana.

Que o impacto esta ação - lembrar à esposa de seus direitos superiores - têm sobre a menina muçulmana inocente e bem-intencionada que chegou à sua casa? O que ela vai pensar de você, se você disser essas coisas para ela? O que o fato de dizer essas coisas para ela implica sobre você como uma pessoa? Definitivamente, que você, como um homem, é inseguro, e estão usando o seu direito islâmico em uma débil tentativa de estabelecer autoridade sobre ela. Um homem que é auto-confiante e virtuoso nunca utilizaria este método inadequado para tentar ofuscar e dominar a sua esposa. Ele não se sente inseguro em seu status como seu marido; ele não pensa que a única forma de "ter tudo para si" é fazer uma armadilha para ela em sua casa, fazendo-a servir-lhe todos os dias como um mordomo pessoal.

Portanto, um bom marido muçulmano nunca deveria lembrar a esposa do seu estatuto mais elevado, a menos que ele ou ela persistentemente desobedeça-o ou faça ações que são proibidas por Alá. A melhor maneira de fazê-la obedecer-lhe é deixar que ela tenha tudo que deseja - dentro dos limites Islâmicos claro - e centrar-se em dar-lhe, seus direitos, para além daquilo que ela merece. Ela irá então automaticamente se tornará a esposa dedicada, fiel e obediente que você quer que ela seja.

A adesão da sua esposa às obrigações religiosas e sua educação são responsabilidade sua:

Depois de anos de casamento, eventualmente chega uma hora em que a maioria dos maridos muçulmanos não têm ideia de como suas esposas passam os seus dias. Não incomoda-os saber que as suas esposas entediadas fofocam por horas ao telefone, assistem filmes e televisão em excesso, ou perdem tempo fazendo compras, freqüentando almoços femininos ou chás, ou indo do shopping ao alfaiate para obter novas roupas feitas.

Um bom marido muçulmano está ciente de que o ensino laico e religioso da sua esposa é a sua responsabilidade. Ele sabe que Alá irá interrogá-lo sobre o assunto, então ele se esforça para se certificar de que sua esposa ganhe conhecimento do Alcorão e vá a sermões, halaqah's, seminários ou workshops para adquirir conhecimento do Islã. Ele também gasta tempo na sua educação laica, se ela quiser adquirir um diploma.

É imperativo que o marido faça a esposa cumprir as obrigações do Islã, utilizando gentis lembretes e organizando a sua educação sobre o Islã. Ele deve assegurar que ela realize as cinco orações diárias no horário, jejue durante o Ramadã,paga o zakaah pelo seu ouro / prata / dinheiro, e usa roupas modestas com hijab na frente dos homens. Ela também deve ser ensinada a recitar o Alcorão corretamente, e treinada em executar os princípios essenciais islâmicos de construção de caráter na educação dos seus filhos.

Cuidado com ciúmes desnecessários:

Um ponto a salientar é que se preocupar com as atividades e passatempos da sua esposa não justificam espiá-la ou ser desnecessariamente suspeito, arrogante e intrometido sobre sua vida. Deixe que ela tenha uma vida produtiva e intelectual durante o dia. Seu trabalho é o de cumprir sua responsabilidade de sua construção de caráter religioso, mas faça isso lidando com ela da mais bela maneira.

É, evidentemente, uma das mais baixas ações, suspeitar que sua esposa exiba sua beleza ou flerte com outros homens, sem qualquer prova credível. Ciúme patológico é uma doença que destrói o amor entre um marido e mulher. Não misture o louvável "ghiyarah" [proteção contra danos e contra cair em pecado] que os homens muçulmano deveriam possuir sobre as suas famílias, com este veneno que é o ciúmes. Lembre-se que para difamar uma mulher em qualquer forma, é um grave pecado que incorre à ira de Alá.

Mantenha a privacidade dela da sua família:

A maioria dos maridos não podem pagar alojamento separado durante os primeiros anos de casamento, mesmo que este seja um direito da mulher (especialmente se ela vem de uma família abastada), necessitando viver na mesma casa que a família do marido durante alguns anos.

Um bom marido muçulmano deve gerir questões de uma maneira, com negociações diplomáticas com todos na casa, que a privacidade da sua esposa seja mantida. Isto é especialmente importante quando seus irmãos, tios, primos ou empregados homens habitam livremente dentro da casa, frequentando a mesma cozinha e sala. Muitas famílias trazem sua nora para dentro de casa após seu casamento, sem perceber que a partir de agora, as medidas adequadas devem ser observadas, a fim de acompanhar o conselho do Profeta Muhammad's [SAAS]

Foi relatado por Uqbah Bin Amir [que Alá esteja satisfeito com ele] que o Mensageiro de Alá [SAAS] disse: "Cuidado ao invadir as mulheres." Um homem do Ansar disse, "O Mensageiro de Alá! E os parentes?" Ele disse, "Os parentes são a morte." 
[Sahih Al-Bukhari, Sahih muçulmano]

Este Hadith implica como um marido muçulmano deve ter cuidado sobre os parentes do sexo masculino entrarem na vida da sua mulher, especialmente no seu espaço privado (como o seu quarto). Você como um marido, pode assegurar o seguinte:

- Peça a sua família para não entrar no quarto da sua mulher a não ser que aprove, por exemplo, quando ela estiver deitado, ou se ela está com as portas fechadas.
- Peça a seus irmãos para não ficarem pairando do lado de fora do quarto dela.
- Ninguém deve mexer em seu armário ou bolsas a menos que ela aprove.
- Ninguém deve escutar 'deliberadamente' quando ela está falando ao telefone.
- Se ela foi a algum lugar com a sua permissão, todos na casa não precisam saber onde ela foi e por quanto tempo.
- Sua roupa não deve ser pendurada em um lugar onde os seus familiares do sexo masculino possam ver seu vestuário pessoal.
- Às vezes, deve ser permitido que ela coma refeições na sua privacidade com você, onde ela estará confortável. Note que estudiosos opinam que o marido não pode obrigar a mulher a ter todas as suas refeições com os seus sogros. Se ela o faz feliz, é louvável e recomendável.

Por último, não revele os segredos e assuntos pessoais delas a familiares. Se eles fizerem muitas perguntas, educadamente torne claro que este tipo de comportamento não é correto.

Respeite a família dela:

Nunca degrade ou rebaixe desnecessariamente qualquer de seus parentes, ao aponte suas falhas ou tire sarro deles. Se alguém da família dela não está sendo razoável, por interferir em suas questões ou por intimidá-la contra você, você pode intervir para parar isso. No entanto, seja sempre educado e respeitoso com eles.

Não fique parado se os seus familiares oprimirem a sua mulher: 

A sogra faz sua grávida nora cozinhar o pão quente sobre o fogão, enquanto o marido se senta à mesa de jantar, à espera, juntamente com o resto da família. A nora doente é obrigada a trazer a roupa pesada para lavar enquanto ela estremece de dor, mas o marido fica com sua família assistindo TV. A tia vem para uma visita e constantemente critica habilidades culinárias de sua esposa na frente dele, mas ele finge que não ouve. Quantas vezes nós vemos este cenário na nossa família? O que um bom marido muçulmano deve fazer?

Ele deveria levantar-se calmamente e ajudar sua esposa, educadamente dizer alguma coisa em sua defesa, ou pedir para ela parar de fazer o trabalho e assumir ele próprio. Eu garanto que a família pode não gostar desta ação dele, e eles esperam que a esposa de recuse a sua ajuda, mas o marido e a mulher devem ficar juntos como uma equipe. Eventualmente, a mensagem vai ser passada, e os parentes entenderão que sua esposa não é empregada deles, mas um membro da família que deve ser cuidada.

Abra mão da TV à noite:

A média dos maridos muçulmanos passa mais tempo dando atenção à sua TV ou ao seu computador portátil do que a sua esposa. Sim, esposas resmungam. Sim, elas estão cheias de queixas quando você retornar do trabalho, e você prefere deitar-se no sofá para ver o seu programa de TV favorito e uma bebida quente do que o monólogo "chato" dela. No entanto, lembre-se de que isso terá um efeito negativo no seu próprio casamento. Casamento, como sua carreira, precisa do seu tempo, séria atenção e trabalho. Não floresce e prospera por conta própria.

Abrir mão inteiramente da TV tem tido um enorme impacto positivo nas famílias, e nem todas elas são muçulmanos. As pessoas têm testemunhado tornar-se mais produtivos depois que a TV saiu de seus lares, encontrando mais tempo para suas famílias, para divertir-se e para atividades ao ar livre.

Se você não pode remover a TV de sua casa, pelo menos, mova-a para fora de seu quarto! Você vai ver o impacto positivo disso em seu relacionamento conjugal, insha'Allah. Além disso, se sua casa tem vários aparelhos de televisão, reduza-os a apenas um, e mantênha-o na sala da família. Nunca faça a sua refeição enquanto vê algo na TV.

Fique afastado da extravagância e da avareza:

Não é raro que os maridos cedam às demandas desnecessárias das suas esposas - caras férias no estrangeiro, roupas, jóias, um carro novo ou uma casa maior. Alguns vão tão longe que abandonam os seus próprios parentes financeiramente, porque as exigências da sua esposa são sempre as primeiras a serem cumpridas. No outro extremo, assistimos homens muçulmanos que só ouvem os pais sobre como gastar seu dinheiro, e cumprem todas as suas demandas, dão dinheiro a todos os longínquos familiares, mas mantém a sua esposa e filhos em um pequeno quarto por anos a fio, fornecendo-lhes apenas o mínimo para sustentar a sua vida.

O bom marido muçulmano paga o dote inteiro da sua esposa ela (Mahr) na manhã seguinte à sua chegada ao seu lar. Ele dá a ela para que ela gaste com o que desejar, não para o seu pai ou qualquer outro parente do sexo masculino. Além disso, ele mantém um delicado equilíbrio nas despesa com a sua esposa, filhos, pais e outros parentes. Ele não atende às demandas desnecessária de qualquer deles, e é sempre receoso a Alá no sentido de garantir que ele cumpra a responsabilidade de fornecer adequadamente a todos os seus familiares.

Lembre-se que a costela é torta:

Finalmente, o bom marido muçulmano deve ter em mente que as mulheres do mundo sempre vêm com suas deficiências - que são, às vezes, esquisitas, emocional, irracional, mudanças de humor, língua afiada, e propensas a bisbilhotar. Eles têm dois hormônios jorrando em seus corpos, como um resultado do qual seu humor e sentimentos balançam entre extremidades como um pêndulo. Junte com o seu comportamento irracional - as injustas acusações, suspeitas, reclamações, choros, gritos e gritos - por amor a Deus. Lembre-se que Alá a fez dessa maneira - isto é, eis que ela é linda, não se pode ficar sem a sua companhia, a casa parece desolada quando ela sai, mas quando ela está com você, ela exibirá seu traços negativos também. Seja paciente e esqueça-os.

Relatado por Abu Hurairah [que Alá esteja satisfeito com ele], o Mensageiro de Deus [SAAS] escreveu: 
"A mulher foi criada a partir de uma costela torta. Se você quiser desfrutar dela, você desfrutará dela enquanto ela ainda é torta. Se você vai tentar endireitá-la, ela vai quebrar." 
[Sahih Al-Bukhari, Sahih muçulmano]

PODE UM RICO ENTRAR NO PARAÍSO? – Terceira e última parte parte.

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK.
Deus, Criador e Sustentador, utiliza a parábola do elefante e do buraco da agulha, para advertir os descrentes e os provocadores: “Para aqueles que rejeitam os Nossos Versículos e as escarnecem, não se abrirão as portas do céu, nem tão pouco eles entrarão no Paraíso, enquanto o camelo não passar pelo buraco da agulha. Tal é a nossa retribuição para os pecadores. Cur’ane 7:40

Excepto para aqueles que acreditam em Deus, seguem os Seus mensageiros e praticaram boas ações, esses serão os moradores do Paraíso. Na verdade, Deus não vai admitir ninguém no Paraíso que tenha uma mancha na sua alma. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu que os crentes salvos do inferno, estarão entre o Paraíso e o inferno, em espera, até que a transgressão que ocorreu entre eles neste mundo seja julgada. Depois de purificados, eles terão permissão para entrar no Paraíso. E referiu ainda: “um deles vai ser capaz de encontrar a sua morada no paraíso, ais do que ele fez na vida deste mundo (para o merecer)”. Bukhari. Tal é a Misericórdia e a Benevolência de Deus, porque a Deus tudo é possível. 

Voltando ao tema: Pode um rico entrar no paraíso? “Aqueles que gastam dos seus bens, anto de dia como à noite, quer secreta, quer abertamente, obterão do Senhor, a sua recompensa.” – 2 : 274. 

O crente rico, que tem por hábito distribuir caridade, terá neste mundo a “Baraka” (a abundância). Sentir-se-á espiritualmente realizado e a sua riqueza não diminuirá por causa disso. É como uma terra onde Deus providenciou a chuva necessária para que as pessoas e os animais possam beber e a terra possa produzir alimentos com abundância necessária para saciar a fome. “E há nos seus bens, uma parte para o mendigo e para o desafortunado”. Cur’ane 5:19.

Incentivar outros para praticarem a caridade, é também uma das formas para ganharmos a satisfação de Deus.

Mundhir Bin Jarir, relatou que ouviu do seu pai dizer que certa vez, nas primeiras horas da manhã, estavam na companhia do Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam), quando entraram na Mesquita algumas pessoas da tribo de Mudar, descalças, quase em situação de nudez, com as espadas penduradas em torno dos seus pescoços. Ao vê-los naquela situação de extrema pobreza, o rosto do Profeta (Salalahu aleihi Wassalam) mudou de cor. Ele pediu ao muezin Bilal (Radiyalahu an-hu) para pronunciar o azan (chamamento para a oração). Depois de dirigir a oração em congregação, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) dirigiu-se aos seus companheiros e recitou o seguinte versículo do Cur’ane, que é dirigido a toda a humanidade, independentemente da sua filiação religiosa: “Ó gente, temei o vosso Senhor que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos fez descender inúmeros homens e mulheres. Temei a Deus, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco, porque Deus é Vosso Observador”. 4:1.

Depois recitou outro versículo, este dirigido aos crentes: “Ó crentes, temei a Deus! E que cada alma considere o que tiver oferecido, para o dia de amanhã: temei a Deus, porque Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis”. 59:18. Os presentes começaram a competir entre eles na concessão da caridade. Doaram moedas de ouro, moedas de prata e roupas. Um deles deu uma porção de trigo, outros entregaram porções de tâmaras, até que o Profeta disse para trazerem mesmo que seja meia tâmara. Um entre os Ansares veio com um saco de dinheiro, cujas mãos tinham dificuldades em transportar. Foram constituídos dois montes de roupas e de alimentos. Vendo este movimento de solidariedade, o rosto do Profeta brilhou como ouro, devido a alegria que sentia. Disse depois o Mensageiro (Salalahu Aleihi Wassalam): “Aquele que define um bom procedimento no Islam, será recompensado e quem por causa dele agiu de acordo, também terá recompensas sem que (qualquer um deles) veja diminuídas as recompensas. Quem define um mau procedimento no Islam, será responsável não só pelo seu acto como também pelos procedimentos consequentes de outros, sem qualquer dedução da sua responsabilidade. Muslim 5:2219.

A pobreza extrema é uma grande injustiça para a qual todos seremos chamados para prestar contas. No dia do Julgamento Final, ser-nos-á perguntado: “Como obtiveste a riqueza e como a gastastes?”. ser rico, é ter algo material ou intelectual, superior ao outro ser humano.

Abu Huraira, Que Deus esteja satisfeito com ele, relatou que os companheiros lamentaram ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam): “Ó apóstolo de Deus! Os ricos têm os altos graus de prestígio e prazeres permanentes (nesta vida e na vida futura), porque eles praticam as orações como nós as praticamos e se esforçam no caminho de Deus, como nós. E distribuem o excedente das suas riquezas na caridade e nós não temos nenhuma riqueza para gastar nesse sentido”. Ele disse: “Vou-lhes dizer algo que vos fará ultrapassar aqueles que se encontram à vossa frente (nesta acção) e também para os que virão no futuro e ninguém será capaz de vos igualar, a não ser aquele que fizer o mesmo que vocês. Essa acção é recitar depois de todas as orações: “Subhana Allah (Glorificado seja Deus) 10 vezes; Al-Hamdulillah (Louvado seja Deus) 10 vezes e Allahu Akbar (Deus é o Maior / Deus é Grande). Bhukari 75:341. O mesmo relato em Musslim refere que os pobres foram ter com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) queixando-se de que os ricos se inteiraram do que aprenderam e para além de continuaram com as obras de caridade, também passaram a fazer o mesmo. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “É, mas daí advirá um prémio da parte de Deus, que o concederá a quem Lhe aprouver”. “…e Deus dá a provisão a quem quer, sem medida”. Cur’ane 24:38.

Para terminar: Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) relatou que O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu: “Quando um homem morre, as suas acções chegam ao fim, com excepção de três actos: a caridade contínua (Sadaka jariya), o conhecimento que transmitiu, o qual as pessoas continuarão a beneficiar e um filho piedoso que rezará para ele”. Muslim. A caridade continua, pode ser constituída por exemplo: pela perfuração de um poço, onde as pessoas poderão utilizar a água, para saciarem a sede e para efectuarem abluções; construção duma mesquita, para os crentes recordarem a Deus e construção duma escola, para fins religiosos e ou técnicos, que permitam as pessoas melhorarem as suas condições de vida, espirituais e materiais. Assim, enquanto este tipo de obras perdurar, o defunto estará continuamente a receber recompensas de Deus. E isto só é possível, para aqueles que têm capacidade financeira.

Porque a Deus tudo é possível, com a Sua Misericórdia: Sim!, um rico pode entrar no Paraíso!... Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.  “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

11/04/2013

Carne Proibida Quase todas as religiões tutelaram menus proibidos ao longo da sua história Halal – Por: María Dolores Tortosa - Fonte: Diario Sur Versão Portuguesa: M. Yiossuf Adamgy, in Revista Islâmica Portuguesa Al Furqán, nº. 192, de Março/Abril.2013

Nesta Semana de Paixão, muitos católicos recordarão que a Igreja proíbe comer carne na Quarta e na Sexta-feira Santas, dias nos quais, além disso, aconselha o jejum. É do conhecimento comum que judeus e muçulmanos crentes não comem carne de por-co e que os segundos têm proibido qualquer bebi-da alcoólica. O facto é que, desde há tempos, a religião não só procurou alimentar a alma, mas também o corpo dos fiéis.

Quase todas as religiões tutelaram menus proibidos ao longo da sua história, como lembra o doutor Ángel Rodríguez Cabezas, que estudou o carácter simbólico-religioso dos alimentos. «Todas as religiões estabeleceram restrições, às vezes com normas muito estritas com a comunidade de fiéis», expl-ca. Assim, o que é lícito ou ilícito comer converteu-se em cada religião em regras inquebrantáveis para atingir a pureza espiritual. «Hoje fizeram-se lícitas para vós todas as coisas boas da vida. E é para vós lícita a comida dos que receberam a revelação na-tes», diz uma passagem do Alcorão.

São as três religiões monoteístas nascidas na bacia mediterrânica (judia, cristã e muçulmana) as que mais influíram na alimentação dos seus fiéis. Mas não as únicas. Ángel Rodríguez Cabezas recorda como os ascetas se abstinham de comer cebolas para não «serem assaltados por uma inoportuna alucinação luxuriosa».

Alimentação e luxúria: A sexualidade e a gastro-nomia são as actividades mais relacionadas com os cinco sentidos corporais e, como demarca Rodríguez Cabezas, as religiões sempre se ocuparam das ape-tências sexuais, «pelo que não é estranho que todas as religiões tenham pretendido regular o fenómeno da alimentação». «A carne é um alimento maldito e incita ao desenfreamento sexual» (Concílio de Selêucia-Te-lifonte nos primeiros tempos do cristianismo).

O pecado da carne e a carne como alimento sem-pre foram considerados pecado pelas três religiões. «Pouca carne e de maneira mesurada», dizia o Pro-feta Muhammad (s.a.w.). É um dos aspectos que apa-rentemente une as ditas confissões, não tanto na re-alidade histórica.

CATÓLICOS - Abstinência e jejum na Quaresma

Hábitos mudados: A proibição nas religiões semi-tas da carne de porco converteu-a no brasão alimen-tar dos cristãos após a Reconquista e a expulsão de mouriscos e judeus. «Exibir um pedaço de presunto ou de toucinho velho no surrão era o melhor salvo-conduto para viajar pelas Espanhas», escreveu Cervantes. Ou, como diz o ditado popular, também referido por Rodríguez Cabezas: «Dos judeus fizeram mais cristãos o toucinho e o presunto do que a Santa Inquisição». Muitos convertidos foram para a fogueira por rejeitar comer porco.

Quatro séculos depois, as três culturas voltam a conviver em solo espanhol com a afluência de imi-grantes muçulmanos e judeus, em conjunto com a forma alimentar de cada crença. Algo mudou: Espa-nha é um Estado laico e a Constituição Espanhola defende a liberdade religiosa. Mas hoje, como ontem, as três confissões continuam a tentar reger sobre o menu dos seus fiéis, se bem que a sua capacidade de influência seja diferente. Na religião católica, a abstinência de carne e o jejum passou dos mais de 180 dias no ano para as quartas e terças-feiras da Quaresma e da Semana Santa. «No resto das sex-tas estamos agora isentos de não comer carne desde que se reze o terço ou se assista a uma missa», explica o deão da catedral de Málaga, Fran-cisco García Mota.

Relaxamento: O cumprimento da abstinência, toda-via, é muito menos do que há meio século atrás. Além do relaxamento religioso, os hábitos alimentares dos católicos espanhóis também mudaram. O próprio García Mota lembra que a carne era antes um ali-mento de ricos e o bacalhau, o seu substituto, agora até mais caro é. O porco (salvo o presunto de porco preto) converteu-se num alimento suspeito por causa do colesterol, enquanto o azeite, desprezado nos tempos de Cervantes (cozinhavam com banha de porco), está em alta. Na verdade, a Igreja recomenda que nos dias penitenciais «não só não se coma carne, mas também que se coma mais frugalmente e se dê esmola aos pobres», indica García Mota. Uma filosofia que se relaciona com as tradições 'halal' e 'kosher' de muçulmanos e judeus.

O que é 'halal' e o que é 'kosher' hoje em dia? Temos de recordar que a lista de alimentos 'impuros' para judeus e muçulmanos inclui muitos mais do que a carne de porco e até a carne permitida deve reger-se por normas de manipulação especiais. Na religião muçulmana quer os alimentos 'puros', quer o método da manufactura, recebe o nome de 'halal', que em árabe significa 'o permitido’. Assim, na religião judaica conhecem-se pelo nome de 'kosher', com o mesmo significado em hebreu.

'Halal' e 'kosher' são hoje algo mais: uma marca que garante aos crentes de ambas as confissões que o que consumem é adequado na sua religião e é também um modo de vida que se relaciona com a dieta mediterrânica. Talvez por isso, a sua preva-lência é maior e gerou no mundo uma indústria e um comércio de produtos 'halal' e 'kosher' de grande magnitude. Espanha, alheia a isso durante anos, vê também como se diversificam a indústria e os co-mércios pela procura crescente da população imi-grante, sobretudo na última década. Em que medida? Vamos por religiões.

MUÇULMANOS – Muito mais do que não comer porco

A marca 'halal': Espanha conta já com um pouco mais de um milhão e meio de muçulmanos. «A maio-ria, em diferentes graus, prefere consumir produtos 'halal'», segundo refere Isabel Romero, directora ge-ral do Instituto Halal em Espanha, com sede em Córdoba. É conhecida a exigência de que os animais aptos (todos menos o porco, as aves com garras, os carnívoros ou necrófagos e os achados mortos) devem ser sacrificados em nome de Allah e em direcção a Meca, mas há mais aspectos que pro-vocam desconfiança no consumidor muçulmano. Ro-mero dá um exemplo simples: uma goma contém gelatina de porco.

Os produtos com aditivos, álcool ou conservantes contrários à norma muçulmana são difíceis de detec-tar. Por isso surge em 1998 a ideia de constituir um organismo que, de acordo com a legislação espanho-la sobre saúde e alimentação, certifique quando um produto é 'halal'. O Instituto Halal é o primeiro e o único autorizado pelas instituições (reguladoras da agricultura), por enquanto, com uma marca de garan-tia 'halal' em Espanha, se bem que também existam autoridades religiosas das mesquitas que costumam certificar a carne 'halal' de alguns matadouros.

Nasce na Andaluzia, mas a marca já se interna-cionalizou e assinou acordos com comunidades islâ-micas de outros países, segundo explica Romero. E acrescenta que desde 2003 já têm o selo 'halal' mais de 300 produtos, desde leite, queijo, conservas ou vinagres até embalagens, porque alguns podem estar contaminados com elementos 'haram' (proibi-dos, contrários à lei islâmica). Isto foi possível através de contratos com as diferentes indústrias alimen-tares. Já há cerca de 90 em Espanha que diver-sificam as suas linhas de elaboração para produtos 'halal'. Entre elas, a conhecida conserveira Isabel, ou indústrias leiteiras, como a Central Lechera Asturiana ou a Puleva.

Isabel Romero explica que a marca conta com um regulamento e com peritos que observam o processo de elaboração. «Podemos aparecer em qualquer momento, já que há estabelecido um calendário», diz Romero. A indústria da carne 'halal' é a que maior crescimento experimentou em Espanha: supõe já 4% do total da produção.

JUDEUS – Indústria vigiada pelo rabino

O estilo 'kosher': «Que alimentos devem ser considerados puros e impuros? Não misturem o leite com a carne», diz a Bíblia. A população judaica em Espanha apenas alcança as 20.000 pessoas, radi-cadas principalmente em Barcelona, Madrid e Mála-ga. Não há um organismo próprio que certifique a qualidade dos produtos 'kosher' em Espanha. A maioria é importada de Israel e o resto é garantido por um rabino, que deve contar com a autorização dos respectivos organismos reguladores da agricultu-ra, explica Samuel Anidjar, secretário da Cultura da Comunidade Israelita de Málaga.

Não se pode fumar: É o rabino que vigia o sacrifício dos animais e que nele se cumpra as normas 'kosher' (entre elas, um sangramento rápido e completo do animal para que sofra o menos possível). Iguais ao sacrifício ‘halal’, os rabinos obrigam o matadouro a parar a linha de produção habitual e limpar toda a maquinaria. Não se pode fumar nem comer enquanto dura o processo.

Anidjar explica que até há pouco tempo era difícil encontrar produtos 'kosher', mas que cada vez são mais frequentes nos supermercados. Quanto à prefe-rência da comunidade judaica, indica que, «se há possibilidade de comprar algo 'kosher', prefere-se», ainda apesar de advertir de que «o paladar dos ali-mentos não é diferente dos outros; existe apenas a garantia de que a elaboração se fez com a nossa lei e de que não leva nenhum antioxidante com ingre-dientes proibidos».

Da mesma maneira se pronuncia Leon Bitan, pro-prietário do único restaurante 'kosher' da Andaluzia, situado em Torremolinos, onde serve paelha (sem lulas nem gambas, proibidas pela lei judaica) e biqueirões fritos. Tanto Anidjar como Leon Bitam admitem que os produtos 'kosher' são um pouco mais caros. «Um frango de dois quilos pode custar doze euros», indica Bitan.

Não há números exactos do que a marca 'kosher' está a gerar na indústria alimentar em Espanha, mas sim exemplos significativos da importância que está a adquirir. «Já há muitas marcas em Espanha com o selo 'kosher'», explica Leon Bitan, indicando o exem-plo da empresa Bravo, de Alhaurín de la Torre, que elabora azeitonas 'kosher'.

Este aumento dos produtos 'kosher' não se deve tanto à procura da população judia em Espanha, mas à de Israel. Desde há alguns anos, delegações de rabinos israelitas vêm supervisionar produções de azeite e vinho espanhóis. No caso da Andaluzia, assinaram acordos com os vinhos da González Byass e com o azeite de Ventas de Huelma (Granada), cuja cooperativa exportará para o país hebreu 250.000 litros de azeite este ano.

Um negócio que cresce: Cada vez mais, o comer-cio e a indústria da alimentação em Espanha não querem perder a ocasião de diversificar o negócio gerado pelas crenças religiosas. Hoje quase todas as grandes cadeias de alimentação oferecem produtos para muçulmanos e kosher para judeus nas pratel-eiras.

A política de algumas companhias até incluiu sec-ções próprias. É o caso da Hipercor, em Marbella, há dez anos (desde a abertura) com estantes específicas de produtos 'kosher' e 'halal'. «10% das vendas deste hipermercado são de produtos kosher», explica o chefe de sala deste estabelecimento, Antonio Moril-las.

A venda de 'halal' é menor pela concorrência das lojinhas especializadas em produtos muçulmanos, cada vez mais numerosos nas cidades, sobretudo os talhos 'halal'.

HALAL

O que é 'halal'? Em árabe, 'halal' compreende um sentido amplo e refere-se a tudo o que é permitido E, portanto, é benéfico e saudável para o ser humano, propicia uma melhora da qualidade de vida e evita riscos para a saúde. (Junta Islâmica).

O que é 'haram'? A tradução pode ser: proibido, desautorizado, mau, não-ético ou abusivo. (Junta Islâ-mica de Espanha)..

Alimentos 'haram'

Carnes: A carne do animal achado morto. O sangue. A carne de porco e javali e os seus deriva-dos. Os animais carnívoros e necrófagos. As aves com garras. Aqueles animais sobre os quais não se invocou o nome de Allah no momento do sacrifício.

Álcool: O álcool, as bebidas alcoólicas, as subs-tâncias nocivas ou venenosas e as plantas ou bebi-das intoxicantes.

Derivados: Ingredientes, aditivos, aromas proce-dentes de animais. A gelatina de porco.

Modo de vida

Outros: A usura, as cláusulas e a especulação abusivas. As apostas no jogo e a pornografia.

KOSHER

O que é 'Kosher'? Significa ‘apto’ e representa quer a união das leis dietéticas que se encontram na Bíblia e no Talmude, quer a pretensão de uma atitude sensível perante essas leis.

O que é 'taref' ou 'trefa'? Os alimentos proibidos, não permitidos segundo a Bíblia e o Talmude.

Alimentos proibidos

Carnes: O animal que se ingere deve ter o casco fendido e o estômago ruminante e não se deve ali-mentar de outros animais. São proibidos os roedores, porcos, cavalos, primatas, bestas e aves necrófagas e répteis. Também a ingestão de carne de um animal que morreu de velhice ou doença ou vítima de bestas necrófagas. Proíbe-se a ingestão de carne arrancada de um ser vivo. Proíbe-se beber sangue. O judaísmo considera o sangue o símbolo da vida.

Peixes: Proibido o marisco. Os peixes que podem ser consumidos são somente aqueles que possuem escamas e barbatanas.

Mistura: Não se deve misturar carne com leite. Esta regra infere-se do versículo: «Não cozinharás o cabrito no leite da sua mãe». As verduras, hortaliças e frutas podem comer-se tanto com carne como com leite.

M. Yiossuf Adamgy

Rumo a uma sociedade e a uma educação multiculturais

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum:

Há 1438 anos, Deus disse no Alcorão:

«Ó seres humanos! Na verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Por certo, o mais honrado dentre vós, perante Deus, é o mais temente. Na verdade, Deus é Omnipresente e Omnisciente». (49:13).

— «… A cada um de vós, Nós temos prescrito uma Lei e um caminho aberto. E se Deus qui-sesse tinha feito de vós um só Povo; mas fez-vos como sois, para vos testar por aquilo que vos concedeu; portanto, competi uns com os outros nas boas ações. Todos voltareis para junto de Deus, Que então vos esclarecerá a respeito das vossas divergências». (49:13).

A importância da interação na educação

As sociedades democráticas fortalecem-se através de princípios fundamentais, tais como a liberdade, a igualdade e a justiça. Manter a identidade de pessoas que produzem conhecimento e investigação parece bastante paradoxal numa sociedade democrática. Quando as variáveis, como a cultura, a etnia e a diversidade, são utilizadas para dar privilégios às pessoas de certos grupos e rejeitar outras, então a capacidade de oferecer igualdade de oportunidades converte-se num desafio importante para a sociedade. Significativamente, todo o ser humano procura reagir contra qualquer forma de dominação e tem um desejo intrínseco de liberdade. Por esta razão, mais do que nunca, a educação na e para a sociedade deve proporcionar o ensinamento que cada estudante necessita, para que possa desenvolver os seus próprios interesses e aprender a viver, se não em cooperação com os outros, pelo menos pacificamente. Dewey, provavelmente o filósofo e pensador mais influ-ente da educação progressiva, opõe-se firmemente a classificar os estudantes em categorias fixas ou a tratá- -los como membros de uma classe ou grupo.1 Noutras palavras, a escola deve proporcionar um bom equi-líbrio entre o plano de estudos, os professores e administradores, bem como garantir as condições físicas e morais.

O que é educação multicultural?

Uma boa maneira de começar é com uma definição construtiva do que se entende por “multiculturalismo” e “educação multicultural”. A educação multicultural é uma análise progressiva para a transformação da educação, à qual critica de uma forma holística, abordando as suas deficiências atuais, os erros e as práticas discriminatórias na educação.

2 Baseia-se na justiça social, na equidade educativa e no respeito pelo pensamento. Mais concretamente, os componentes necessários para garantir uma educação multicultural são: a integração dos conteúdos, o processo de construção do conhecimento, a redução dos preconceitos, a pedagogia da equidade e uma cultura escolar e social emanciadora.

3 Parece evidente que cada elemento se relaciona, de alguma maneira, com os outros. Cada um deles requer uma atenção considerável, sobretudo quando se pensa nos esforços pela resolução de conflitos no mundo. Neste paradigma, ser tolerante nas interacções sociais, valorizar cada opinião e não criticar, nem opor- -se aos outros, parecem ser os traços distintivos de uma sociedade multicultural.

Quando as pessoas são demasiado rígidas, o resultado é a destruição, ao passo que, quando as pessoas procuram ser construtivas proporcionam riqueza e reflexão. A ideia de “se não gostas de algo, faz algo melhor”, encaixa muito bem na ideia da educação multicultural, na qual a tarefa principal consiste em reduzir os moldes, os estereótipos, os preconceitos e a descriminação fora e dentro dos diversos grupos.

Por que é que a educação multicultural é necessária?

Vivemos num mundo em que os conflitos inter-raciais e as tensões parecem ter-se convertido num fenómeno inevitável da vida quotidiana. De um ponto de vista positivo, contudo, o último milênio tornou-nos mais capaz de adquirir conhecimentos sobre a natureza do reconhecimento global, a situação da igualdade de estados e as expectativas compartilhadas. Na sociedade atual, à medida que entramos no século XXI, o profundo fundo étnico das nações, a diversidade dentro das sociedades e uma percentagem, cada vez maior, de pessoas que falam uma segunda língua, fizeram da educação multicultural algo crucial. A educação multicultural é vista como uma oportunidade para melhorar as relações raciais e para ajudar a todos os estudantes a adquirir os conhecimentos, atitudes e habilidades necessários para serem partícipes das interações interculturais. As crianças aprendem a diferenciar quando jogam umas com as outras.4 O mesmo acontece na educação, pois o ensinamento converteu-se numa experiência multicultural. Em vez de temer ou ignorar a diversidade na aula (e na sociedade), os professores podem utilizar tal diversidade para enriquecer o ensinamento. A educação multicultural ajuda os professores a utilizar a variedade como um recurso que pode proporcionar mais significado, tolerância e oportunidades à aula multicultural.

Tanto os professores como os estudantes pertencem a diversos grupos que se distinguem por variáveis, tais como a idade, a classe social, o gênero, a raça e a etnia.

A educação multicultural é um mundo em mudança

Nas escolas públicas e colégios norte-americanos, cerca de 46% da população estudantil é formada por estudantes de origem étnica diferente. Cerca de 14% dos jovens em idade escolar vivem em lares em que o Inglês não é a língua nativa.5 Actualmente, o mais pro-vável é que a maioria dos professores tenha nas suas turmas estudantes de diversas origens étnicas e cultu-rais. Isso implica o problema de que muitos estudantes são assimilados nos processos de socialização e enfren-tam a assimilação cultural.

Para superar estas dificuldades, os educadores continuam a procurar movimentos de reforma educativa que sejam mais criativos, reflexivos e significativos. Neste sentido, a educação multicultural é capaz de ajudar os estudantes a desenvolver simpatia e compreensão para com cada grupo e ponto de vista. Dewey insiste na importância da interação na educação. Esta interação é um processo contínuo entre o indivíduo, os temas e outras pessoas. Dewey fala sobre uma pessoa que procura construir um castelo no ar; mesmo quando está empenhada nisso, não deixa de interagir com os objetos que constrói, na sua imaginação. Como seres humanos, somos criaturas mais complexas do que os animais. Cada ser humano é uma criatura especial, composta por sentimentos e características diferentes. A interação contínua, proposta por Dewey, entre o indivíduo e outras pessoas é verdadeiramente importante quando se pensa na existência de culturas dotadas da sua singularidade e peculiaridade. Tendo isto em conta, a escola é um lugar de interação social entre professores e alunos.

O ensinamento e a aprendizagem num ambiente escolar ocorrem principalmente através de interações sociais entre grupos. Ajudar os estudantes a desenvolver um sentido de identificação reflexiva e positiva com os seus grupos culturais não implica fechar-se à possibilidade de estabelecer um intercâmbio intercultural entre outros grupos. Isto quer dizer que, através do desenvolvimento e a clarificação dos limites das identidades culturais, se espera que os estudantes adquiram uma atitude mais positiva nos seus bairros e comunidades.

O aumento da educação multicultural

As mudanças democráticas ajudam a estimular o crescimento da educação multicultural. Proporcionar às pessoas a liberdade de agir, mais além das suas fronteiras étnicas e culturais, faz com que as sociedades sejam mais democráticas e livres. A aplicação dos princípios da educação multicultural (por exemplo, reduzir os preconceitos) pode ajudar os estudantes a desenvolver valores e atitudes democráticas. Além disso, melhorar os esforços de diálogo e tolerância, através deste tipo de educação, pode ajudar os estudantes a compreender, investigar e determinar como a igualdade de oportunidades pode conseguir-se quando se dá voz a todos. Os educadores de hoje enfrentam desafios inusuais e querem soluções rápidas para os problemas educativos. Em particular, os problemas relacionados com o racismo, a etnicidade e os preconceitos fazem com que a situação seja intolerável devido às grandes expectativas públicas. Considerando isso, a educação multicultural pode ser um fator promissor de incremento de intercâmbios culturais, ajudando os estudantes a obter valores e atitudes democráticas. Uma das maneiras mais eficazes de ensinar o respeito pela diversidade é a eliminação da ignorância. Se queremos entender outras culturas, quer seja de forma superficial ou pro-funda, é melhor adquirir um sentido de percepção que nos permita distinguir as coisas com mais clareza e com menos preconceitos.6 Por esta razão, o estabelecimento de programas de intercâmbio cultural demonstrou ter êxito na melhoria do entendimento, da compreensão, da tolerância e, finalmente, na aula. Ministrar lições que, direta ou indiretamente, conduzem a temas relaciona-dos com as comunidades multiculturais na aula é outra táctica importante que os professores podem adotar quando se trata de ajudar as crianças e jovens a compreender a importância do respeito da diversidade. Os professores que levam os seus bons valores e virtudes para a aula podem influir fortemente nas atitudes dos seus alunos.

Conclusão

A educação multicultural é uma nova tendência, e será integrada na maioria dos planos curriculares das escolas, nos próximos anos. Várias universidades de prestígio de todo o mundo exigem, atualmente, a todos os estudantes que frequentem aulas de estudos sociais. Deste modo, mediante o uso da educação multicultural, os professores, em particular, podem ajudar as crianças a valorizar a importância de gostar de todas as pessoas e de não julgar nenhum grupo pelas ações de algumas pessoas. Mais importante ainda, os professores devem modelar as suas palavras e comportamentos de forma tolerante e compassiva. Deveriam também incentivar as crianças a explorar os seus sentimentos sobre os pre-conceitos e o ódio. Ao fazerem isto, a sociedade disporia das melhores ferramentas para deter qualquer nova destruição e seria capaz de oferecer oportunidades potencialmente importantes para que a próxima geração possa aprender e integrar o respeito e a dignidade para com todas as pessoas.

Atualmente, muitas pessoas, mesmo aquelas que vivem numa sociedade multicultural, têm problemas relacionados com os “outros” e atacam-se umas às outras por determinados problemas ou por seguir diferentes caminhos. Culpar os outros por não terem as nossas origens e cultura não é a solução. Pelo contrário, procurar compreender e analisar as pessoas pelos seus valores pessoais e pela diversidade cultural contribuirá a mobilizar e construir uma sociedade solidária. É um fato que a religião nos ensina a tolerar os outros e a aceitar as pessoas que vivem em diferentes grupos e sociedades. A beleza e a singularidade da diversidade expressase no Sagrado Alcorão e no Novo Testamento:

Ó seres humanos! Na verdade, criamos-vos a partir de um homem e de uma mulher, convertemos-vos em tribos e famílias, para que possais conhecer-vos mutuamente (e assim estabelecer relações mútuas e cooperativas, não para que vos orgulheis das vossas diferenças de raça ou categoria social e façais inimigos). Por certo, o mais honrado dentre vós, perante Deus, é, certamente, aquele que é melhor na piedade, na retidão e na reverência a Deus. Deus é certamente Omnipresente e Omnisciente”. (Alcorão, 49:13).

“Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo e odiarás ao teu inimigo. Mas eu digo-vos: Amai a vossos inimigos, bendizei os que maldizem, fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos ultrajam ou perseguem”. (Mateus, 5:43-44). ▀

1 - Dewey, J., Democracy and Education, Southern Illinois University Press Carbondale and Edwardsville, 1916. Edi-ção em castelhano: Democracia y Educación. Ed. Morata, Madrid, 1995.

2 - Gorski, P, Multicultural education and the internet: Intersections and integrations, McGraw-Hill, Boston, MA: 2000.

3 - Banks, J., Educating Citizens in a Multicultural Society, Teáceas College Press, New York and London, 1997.

4 - Dewey, J., Experience and Education, the Kappa Delta Pi Lecture Series Simon Schuster, 1938. Edição em Castelhano: Experiencia y educación. Biblioteca Nueva, 2004.

5 - http://www.census.gov/apsd/www/statbrief/ (U.S. Bureau of the Census).

6 - http://www.ncela.gwu.edu/practice/toleran-ce/3_stere-otypes.htm

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 30/10/2014

RAMADAN, UM MÊS DE SACRIFÍCIOS E DE MUITO MAIS…

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e  s Bênçãos de Deus)Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)- JUMA MUBARAK .
 Ramadan é um mês de sacrifícios. Para além de não ingerirmos quaisquer alimentos durante o dia e de continuarmos firmes nos nossos postos de trabalho, proveitamos todos os momentos livres para aumentarmos a nossa adoração a Deus. Aproveitamos para fazer muitas preces, orações facultativas, recitação do sagrado Cur’ane e louvores a Allah Subhanahu wa Ta’ala. É natural que o nosso corpo  fique cansado, mas em contrapartida, sentiremos uma satisfação com a nossa alma alimentada.

O Ramadan é o mês do conhecimento. É uma oportunidade para aumentarmos os nossos conhecimentos religiosos e a nossa fé. Para os que não compreendem a língua árabe, é o momento ideal para lerem e perceberem os versículos do Cur’ane  os ditos do Profeta (Salalahu Aleihi wassalam).

É um mês de reflexão. Uma altura que nos facilita mudar o rumo da nossa vida.

Entre este Ramadan e o anterior, o que fiz para o bem da minha alma? Alimentei a alma, ou só me preocupei com o aspecto e a saúde do meu corpo? O que posso daqui para a frente? É também o mês da oração. Os crentes incrementam as orações facultativas em congregação (tarawi) ou na solidão da noite (Tahajjud). No mês de Ramadan uma obrigatória é recompensada 70 vezes mais. As facultativas são recompensadas como se tratassem de acções obrigatórias.

Aproveite o mês da reconciliação, para fortalecer os laços familiares. Aproveite também para fazer as pazes com aqueles que nos ofenderam. “Perdoa-os generosamente”. Cur’ane 15:85. Sabei que os crentes são irmãos; reconciliai, pois, entre vossos irmãos”. Cur’ane 49:10

Este é o mês das preces, para pedirmos a Deus para nós, para os nossos pais, filhos, maridos/mulheres, familiares, amigos e para os que atravessam dificuldades.

Peça por aqueles que deste mundo já partiram, e que não têm possibilidades de pedirem perdão. “…Ó Senhor nosso, perdoa-nos, assim como também aos nossos irmãos que nos precederam na fé”. Cur’ane 59.10. Faça caridade em memória deles. Recite Surat Yacin e faça duá (prece). Lembre-se frequentemente deles nas suas preces.

É o mês da ajuda. Auxilie os irmãos muçulmanos que estão nas trevas e que têm vergonha de solicitar ajuda. Ajude-os, mas seja discreto. “Convoca (os humanos) ao caminho do teu Senhor, com sabedoria e bela exortação”. Cur’ane 16:125.

Descubra você mesmo o que pode fazer pelos outros. “Não descures praticar qualquer ato de benevolência, nem que seja o de receberes um irmão com semblante alegre”. Dito do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Muslim.

É o mês do arrependimento e da purificação do corpo e da alma, que nos incentiva a acabar com os vícios que diminuem a nossa fé, que prejudicam a nossa saúde e corrompem os nossos bolsos.

É o mês do auto controle, para treinarmos os nossos membros do corpo para se controlarem na altura de agirem. “… que controlam a sua cólera e são indulgentes para as pessoas – e Deus ama os benfeitores”. Cur’ane 3:134.

Arrefeça a fúria, a cólera. Controle a vista e a língua. Limpe a alma, limpe os seus pensamentos, limpe os seus sentimentos, torne-os mais puros, mais humildes. “Do teu ouvido, da tua vista e do teu coração, de tudo isto serás responsável”.Cur’ane 17:36.

Este é o mês da fraternidade e da caridade. Ajude os mais necessitados com a mão direita generosa. É o mês em que todos os muçulmanos devem ter o suficiente para o iftar e para o suhur. Participe na angariação de fundos e de gêneros alimentícios para distribuição a quem mais precisa. “Aqueles que (em caridade) gastam das suas riquezas, de dia e de noite, em segredo e em público, terão a sua recompensa junto do seu Senhor; e não sofrerão de temor, nem de preocupações”. Cur’ane 2:274.

É o mês de todas as oportunidades em que não podemos desperdiçar. Será que para o ano estaremos vivos? Será que teremos uma outra oportunidade para corrigirmos ou incrementarmos a nossa fé?

Ó Allah, só Tu é que dás a vida e a morte, rogamos para que alcancemos e completemos o mês de Ramadan com saúde e com a fé reforçada, para que possamos aliviar a carga dos nossos pecados. Ameen.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41. “Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17.

“Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. “E a conclusão das  suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.                  

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

11/06/2015

O Véu, Arma Contra a Islamofobia na Suécia 22/08/2013 - Autor: Amanda Figueras - Fonte: elmundo.es http://www.elmundo.es/elmundo/2013/08/20/internacional/1377009073.html (Tradução: M. Yiossuf Adamgy / Al Furqán)

Na Suécia, apresentadoras de televisão, cantoras, políticas e dezenas de mulheres e homens anônimos, não muçulmanos, decidiram pôr um véu como forma de protesto, depois de um suposto ataque racista (em apoio a muçulmana grávida agredida no país). A iniciativa provocou furor nas redes sociais. Usando o hijab, as mulheres publicaram as sus fotos 'veladas'. As fotos podem, igualmente, ser vistas no Instagram.

O acontecimento que despoletou a iniciativa ocorreu sexta-feira passada num parque de estacionamento em Estocolmo. Uma moça de 20 anos, grávida, foi agredida no subúrbio de Farsta. Um desconhecido bateu a cabeça dela contra um carro. Segundo o porta-voz da polícia, Ulf Hoffman, na imprensa local, diz não haver nenhuma dúvida de que isso é um crime racista.

Os organizadores dizem que não é um caso único, e que tais crimes estão crescendo na Suécia. "Queremos que as pessoas usem o lenço, na segunda-feira. Em primeiro lugar, porque queremos normalizá-los. As pessoas vêem os véus e os muçulmanos como algo estranho (impróprio). Esta poderia ser uma boa oportunidade para conhecer o que as mulheres muçulmanas estão passando", explicou Bilan Osman, um dos organizadores, ao Diário Göteborg.

Segundo um amigo da mulher atacada, que falou com a Radio Sveriges, resgaram o véu da vítima e depois bateu com a cabeça dela contra um automóvel até ela desmaiar, enquanto proferiram insultos racistas.

Num artigo de opinião publicado no jornal sueco 'Aftonbladet' no domingo, os organizadores do #hijabuppropet instaram a MinistrA da Justiça, Beatrice Ask, a tomar medidas para "garantir o direito à segurança pessoal e a liberdade religiosa muçulmana sueca, sem estar sujeita a ataques verbais e físicos", informou a  Al Jazeera.

A apresentadora da Televisão Gina Dirawi mudou a sua foto de Twitter e, juntou-se, também ao movimento da política Palma de Verônica.

«O princípio da liberdade religiosa é um princípio por todos partilhados. Contudo, será isto o que verdadeiramente se verifica?»«Governos e a Sociedade Civil devem reagir perante a ISLAMOFOBIA e diante de qualquer prática que fomente o ódio e a intolerância religiosa, incluídos os ataques aos lugares de culto;só o fomento da compreensão, da tolerância e do respeito em questões de liberdade cultural e religiosa poderão assegurar o futuro da convivência democrática».
Abu Hurairah narra que o profeta de Allah s.a.w. disse:

"As quatro melhores mulheres na terra são: Mariam Bint `Imran (A mãe de Jesus AS), 'Asiya Bint Muzahim – (esposa do Faraó Ramsés II), Khadija Bint Khuwailid (Primeira Esposa do Profeta SAAS e Fatima Bint Muhammad."(Filha do Profeta Muhammad e esposa do Khalifa Alī ibn Abī Ṭālib - o 4º Khalifa Probo). [Sunan Tirmidhi].

A grandeza de Asiya está no fato de que apesar de ser esposa de um dos governantes mais poderosos, arrogantes e tiranos do Egito, ela foi capaz de enxergar e aceitar a verdade na mensagem do profeta Moisés a.s. Para ela, beleza, riqueza ou status não eram os critérios principais para excelência humana; ela percebeu que sem fé em Allah, o ser humano não tinha nada. Allah a escolheu para abrigar o profeta Moisés a.s. quando ele era um bebê. Quando sua criada lhe trouxe a cestinha de Moisés a.s. do rio, ela insistiu junto ao Faraó de que ela queria adotar aquele bebê como filho.

E a mulher de Faraó disse: “Ele é para mim e para ti, alegre frescor dos olhos. Não o mateis. Quiçá nos beneficie, ou o tomemos por filho”. E não percebiam o que iria ocorrer. (28:9)

Asiya bint Muzahim declarou sua fé em Deus após testemunhar o milagre de Moisés a.s. na Corte do Faraó; e após testemunhar a morte de uma mulher crente sob tortura. Faraó tentou desviá-la do Deus de Moisés mas ela se recusou a rejeitar o Deus de Moisés a.s. Sob a ordem do Faraó, ela foi torturada até a morte.

E Allah propõe um exemplo para os que creem: a mulher de Faraó, quando disse: “Senhor meu! Edifica para mim, junto de Ti, uma casa no Paraíso, e salva-me de Faraó e de sua obra, e salva-me do povo injusto”. (66:11)

Nesta mulher, vemos um exemplo de sacrifício supremo: casando-se com Faraó, Asiya bint Muzahim se tornou Rainha do Egito, ganhou tudo que queria desta vida terrena do ponto de vista material: as melhores roupas, comida, palácios, jóias, servos e criadas etc. Mas ela sacrificou tudo isso para ficar mais perto de Allah. E é por isso que nós a vemos incluída pelo Profeta na lista das quarto mulheres que alcançaram o nível da perfeição. Ibn Kathir comentou sobre o versículo:

E Allah propõe um exemplo para os que creem: a mulher de Faraó, quando disse: “Senhor meu! Edifica para mim, junto de Ti, uma casa no Paraíso, e salva-me de Faraó e de sua obra, e salva-me do povo injusto”. (66:11)

Qatadah disse: "Faraó era a pessoa mais Tirana e incrédula na terra, e por Allah, sua incredulidade não afetou sua esposa quando ela decidiu obedecer ao Senhor.”

`Uthman an-Nahdi relatou que Sulayman disse: "A esposa de Faraó foi torturada sob o calor do sol. Quando seus torturadores paravam para descansar e se afastavam, os anjos a encobriam com suas asas e ela podia ver sua casa no Paraíso." al-Qasim bin Abi Bazzah disse: "A esposa de Faraó perguntou quem ganhou e foi-lhe dito: ‘Moisés e Aarão” Então ela disse: “Eu acredito no Senhor de Moisés e Aarão”. Faraó então disse aos que o rodeavam: “Procurem pela maior pedra que puderem encontrar. Se ela permanecer no que disse, joguem a pedra sobre ela. Se ela retirar o que disse, então permanecerá minha esposa. Quando eles vieram até ela, ela olhou para o céu e viu sua casa no Paraíso. Então, ela se ateve ao que disse e sua alma foi levada e a pedra caiu sobre seu corpo sem vida após sua alma ser levada”.

Os sábios dizem, sobre sua alegação:

“Senhor meu! Edifica para mim, junto de Ti, uma casa no Paraíso...” que ela escolheu seu vizinho (Allah s.w.t.) antes de mencionar que ela queria viver em uma casa no Paraíso. Abu al-'Aliyah disse: “A esposa de Faraó acreditou por causa da esposa do tesoureiro do Faraó. O que aconteceu foi que havia uma mulher escovando seu cabelo um dia e a escova caiu de sua mão. Então ela disse “Que qualquer um não creia em Allah seja destruído!” A filha do Faraó disse: “Você tem um senhor além de meu pai?” Ela respondeu: “O Senhor meu e seu e de tudo é Allah”. Então, a filha do faraó bateu nela e foi contar ao pai. Faraó a questionou: “Você adora outro deus além de mim?” Ela disse: “Sim, o Senhor de ti, de mim e de tudo é Allah, e eu O adoro”. Então Faraó a torturou colocando-a em uma estaca abrindo seus braços e pernas e espalhando cobras por cima de seu corpo. Um dia ela estava em tal estado que Faraó foi até ela e disse: “Vocês desiste?” Ela respondeu: “O Senhor de ti, de mim e de tudo é Allah”. Ele disse a ela: “Eu vou matar seu filho se você não retirar o que disse.” Ela disse: “Faça o que quiser” e então ele matou o filho dela e ela podia escutar a alma dele acalmando-a dizendo: “Fique feliz, minha mãe! Você tem tal e tal recompensa junto a Allah”.

Ela permaneceu paciente até que Faraó foi até ela outro dia e ela lhe disse o que havia dito antes. Então ele matou outro de seus filhos, e ela podia escutar a alma dele acalmando-a também. A esposa do Faraó escutou isso e isso a fez tornar-se uma crente. Allah levou a alma da esposa do tesoureiro do Faraó, e a esposa do Faraó logo percebeu a recompensa, o status e a honra que esta mulher tinha no Paraíso. Então, isso aumentou sua fé e certeza, até que Allah fez o Faraó descobrir sua fé, e ela disse a seus seguidores: “O que vocês sabem sobre Asiyah bint Muzahim?" Eles responderam elogiando-a e ele lhes disse: “Ela adora outro além de mim” e eles disseram: “Mate-a”. Então ele a colocou em um aparelho que esticava seus braços e pernas. Então Asiyah clamou por seu Senhor dizendo: “Senhor meu! Edifica para mim, junto a Ti, uma casa no Paraíso!”. Faraó estava entrando quando ela dizia isso e ela sorriu porque viu sua casa no paraíso, e Faraó disse aos que estavam observando: “Vocês não se impressionam com a insanidade dela? Ela sorri enquanto nós a estamos torturando?!” Então Allah levou sua alma para o Paraíso, que Allah esteja satisfeito com ela...”

[Tafseer al-Qur'an al-'Adheem: 4/504-505]

Rabana átina fidúnia hassanat ua fil arherat hassanat a qena a zarba nar... la haula wala kúata ila bilah Allah Azim! Jumua Mubaraka inshallah.