segunda-feira, outubro 25, 2010

• O Casamento do Profeta (S) com Aicha (R) Para os Intelectuais, os Teólogos e os Equitativos‏

Em verdade, que Allah seja louvado. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e perdão. Nele buscamos refugio do mal em nossas almas e de nossos pecados. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo.


Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro; divulgou a mensagem, orientou a nação e se esforçou pela causa de Deus até o último dia de sua vida. Que a paz e bênçãos de Allah estejam com Seu servo e mensageiro, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro. Diz Allah em Seu Nobre Livro:

Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos.

Caros irmãos e irmãs: Em verdade, a palavra mais verdadeira está no Alcorão. A melhor orientação é a de Mohammad (s). A pior coisa é A Inovação, e toda inovação é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

Antes de me tornar muçulmano, pela graça de Allah SW, fui Diácono, Padre e Bispo da Igreja Católica Apóstólica Brasileira. Portanto sou um homem com formação teológica e filosófica cristã. E como tal ouvi muitas críticas ao islamismo e ao Profeta Muhammad SAAS. Seus casamentos e principalmente o casamento com Aisha RAA, tem sido um prato cheio para os infiés e para aqueles que insistem em denigrir a imagem desse homem de Deus, incontestavelmente.  Para uma maior compreensão desse episódio lançamos  mão de um artigo que fala com bastante detalhe sobre esse episódio. Gostaria que prestassem atenção e que passem a conhecer melhor a vida, as ações e a sabedoria desse grande profeta e mensageiro de Allah SW.

O Casamento do Profeta (S) com Aicha (R) Para os Intelectuais, os Teólogos e os Equitativos

Louvado seja Allah, e que Ele abençoe e dê paz ao Rassulullah, aos seus familiares, aos seus companheiros e aos seus seguidores.

O que faz o coração sangrar e aflige a alma é quando a verdade se torna mentira e a mentira verdade. Que a mais nobre e a mais pura das pessoas seja indicado com coisas feias. Algumas pessoas tentaram difamar, a melhor das criaturas, o Profeta Mohammad (Allah o abençoe e lhe dê paz) através do seu casamento com Aicha (R). Eles projetaram esse nobre casamento com a imagem de um idoso casando com uma pequena jovem por prazer apenas. Pintaram Aicha (R) como criança que o pai fez casar com o amigo para satisfazê-lo e por estima. Tornaram a diferença de idade um motivo de difamação do caráter do Profeta (S).

Faz parte da justiça não condenar uma pessoa, principalmente de liderança, por causa de um acontecimento em particular, sem se conhecer devidamente a pessoa, sua biografia, o conhecimento da verdade do acontecimento, satisfazendo-se apenas com as palavras dos rancorosos, que desejam desviar as luzes da verdade das pessoas.

Por isso, antes de falarmos do casamento, vamos pedir aos intelectuais e os eqüitativos entre as pessoas para examinarmos uma pequena parte das declarações dos orientalistas eqüitativos, não muçulmanos que estudaram a vida do Profeta (S) e deduziram importantes verdades.

Muitos eruditos e pensadores não-muçulmanos através da história classificaram o Profeta Mohammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) designando-o com o grande homem, admirando a sua personalidade, elogiando suas posições e princípios.

Eis Heráclitos, o imperador romano, fazendo muitas perguntas a respeito do Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) para Abu Sufian. Depois de ouvir as respostas e concluir a veracidade da missão de Mohammad, disse: “Se eu estivesse na sua presença, lavar-lhe-ia os pés.”

Quanto ao Negus, imperador da Abissínia, chorou até molhar a sua barba quando ouviu a respeito do que Mohammad pregava, dizendo: “Essas palavras e o que Jesus pregou provém da mesma fonte.”

O Pensador francês, Lamartine disse: “Mohammad é o Profeta, o filósofo, o orador, o legislador, o guerreiro, eliminador dos desejos. Se analisarmos todas as medidas de grandeza humana, gostaria de perguntar: Há alguém entre as pessoas maior do que o Profeta Mohammad?”

Bernard Shaw, o famoso erudito inglês, disse: “O mundo está extremamente necessitado de um homem do quilate de Mohammad. Esse profeta, se lhe fosse entregue o governo do mundo, resolveria todos os seus problemas por causa de sua crença na paz e na felicidade tão necessitados pela humanidade.”

Michael Hart disse em seu livro os mais influentes são cem e o mais influente entre eles é Mohammad. “A minha escolha a Mohammad para encabeçar a lista dos personagens mais influentes do mundo pode surpreender alguns leitores e ser questionada por outros, mas ele foi o único homem na História extremamente bem-sucedido em ambos os níveis: secular e religioso.”

O líder indiano, Mahatma Ghandi disse: “Após ler o segundo volume da vida de Mohammad encontrei-me com extrema necessidade de conhecer mais a sua grandiosa vida. Ele conquistou, sem rival, os corações de milhões de pessoas.

O Escritor Inglês, Thomas Carlyle disse: “Gosto de Mohammad pela sua natureza, livre de orgulho e artificialismo. Ele se dirige aos imperadores romanos e persas, orientando-os para as suas obrigações no que diz respeito a este mundo e do Outro.

O Erudito britânico, George Wells vê Mohammad como o maior homem que estabeleceu a nação da justiça e da tolerância.

Quanto a pesquisador inglês, Leitner, disse: “Tenho esperança que chegará o dia que os cristãos que respeitam Jesus respeitem também Mohammad. Sem dúvida, o cristão que reconhece a missão de Mohammad é o verdadeiro cristão.”

O Erudito russo, Tolostói, disse: “A lei de Mohammad irá dominar o mundo por ser coerente com a mente e a sabedoria.”

O orientalista Michion disse: “O Islam que ordena o jihad foi tolerante com os seguidores das outras religiões. Graças aos ensinamentos de Mohammad, Ômar Ibn al Khattab não prejudicou os cristãos quando conquistou Jerusalém.”

O Historiador francês, Gustave Le Bon, disse: “Se o valor dos homens deve ser medido pelos grandes atos que ele praticou, Mohammad foi uma das maiores figuras da história”

Quanto a Will Durant, autor da “História das Civilizações”, disse: “Se medirmos a grandeza dos homens pela influência causada nas pessoas, podemos dizer que Mohammad é o maior entre todos os grandes da História.”

O Alcorão Sagrado diz: “Porque és de nobilíssimo caráter” (68:4).

Estas são pequenas informações a respeito do Mensageiro de Deus (S) que fiz questão que fossem de não muçulmanos para não sermos acusados de admiradores do nosso Profeta (S). Quis colocá-las no início do nosso assunto para que todos saibam de quem estamos falando e não separarmos a realidade que alguns não entenderam a respeito da personalidade que os intelectuais e sábios do Oriente e do Ocidente conheceram e testemunharam a sua importância.

Vamos, agora, examinar esse casamento abençoado de forma verdadeira e eqüitativa.

Para que a questão seja esclarecida para quem pergunta a respeito do casamento do Profeta (S) com Aicha e conheça as intimidades que acompanharam o casamento e a prudência por trás dele, eis alguns pontos específicos:

A Vida Conjugal do Profeta (S)

Antes de seu Casamento com Aicha (R)

Primeiro: o Profeta (S) casou-se, na sua juventude, aos vinte e cinco anos de idade com a senhora Khadija (R). Ela já era viúva duas vezes e mais velha do que ele por quinze anos. Estava com quarenta anos de idade. Isso não aconteceu por motivo de pobreza ou por interesse de elevar a ascendência. Ele era um comerciante conhecido pela sua honestidade pelos habitantes de Makka. Cada um desejava que o seu dinheiro fosse utilizado por ele no comércio. Não havia entre os habitantes de Makka quem tivesse uma ascendência e posição mais importante do que a dele. Era hachimita de pai e avô. Seu avô, Abdel Mutalib era o chefe de Makka, sem rival. Sua mãe e tios maternos pertenciam a Banu Zahra (uma tribo conhecida de Makka). Todas as casas de Makka, talvez todos os árabes desejavam-no como genro.

Segundo: O Profeta (S) passou toda a sua juventude ao lado da senhora Khadija (R) e não casou com outra enquanto ela vivia, já com cinqüenta anos de idade, apesar da sociedade ao seu redor permitir ao homem casar por duas, três ou mais vezes. Não há nenhum registro, antes e depois de seu casamento ter olhado para alguma mulher ou ter-se desonrado, correndo atrás de escravas ou de mulheres formosas. Quão numerosas eram em Makka. Se tivesse acontecido isso, seus inimigos de Makka seriam os primeiros a divulgar isso, acusando-o. Esse período é considerado o de aumento dos desejos dos homens.

Terceiro: O Profeta (S) casou, depois do falecimento de Khadija, com uma mulher idosa, também viúva, mais velha que ele. Foi a senhora Saúda, filha de Zam’a (R) para consolá-la e sustentá-la após o falecimento de seu marido na Abissínia.

Os intelectuais e os eqüitativos examinaram os primeiros cinqüenta anos da vida do Profeta (S) e os encontraram iluminados, desprovidos de qualquer mancha. Verificaram que foram metódicas, exemplares, apropriadas à grandeza do profeta (S) no âmbito da vida conjugal. Apesar de haver total liberdade de se casar com as mais belas mulheres árabes, da aprovação da sua sociedade pela poligamia, ele não fez isso. Isso demonstrou a impossibilidade do despertar do desejo, repentinamente, com aquela idade, para se casar por isso. O seu casamento, depois disso, deve ter sido por uma questão de prudência, de outros significados e não para a satisfação dos desejos.

O Casamento foi Por Inspiração Divina

Sabe-se que o sonho dos profetas é uma inspiração, como foi o sonho de Abraão (A.S.) quando sonhou que estava degolando o filho. O Profeta (S) viu Aicha em sonho e o anjo o informou que seria a sua esposa. Observe a narrativa de Hicham, baseado em seu pai, baseado em Aicha, que ela narrou que o Mensageiro de Allah disse: “Eu a vi em sonho por três noites seguidas. O anjo a trouxe para mim envolvida por uma seda, dizendo-me: ‘Esta é a tua esposa.’ Descobri o rosto coberto e vi que era tu. Disse a mim mesmo: ‘Se isto provém de Deus, acontecerá.’”

Veja as palavras do Profeta (S): “Se isto provém de Deus, acontecerá.” O Profeta (S) via os opositores e os rancorosos entre outros que desconheciam as questões e estranharam o abençoado casamento somente nesta época apenas. Ele informou que, se era uma ordem de Deus, Ele a realizará, porque o Profeta (S) arredava pé da revelação de Deus. Ele obedecia ao seu Senhor, confiava n’Ele, consciente de que Deus é Prudentíssimo em todo que estabelece. – Glorificado de Exaltado seja, Apesar disso, era de sua lei.

A Confirmação do Direito da Mulher de Aceitar ou Rejeitar o Casamento

O Profeta (S) confirmou o direito da mulher de aceitar ou rejeitar o casamento. Aicha (R) relatou que uma jovem foi ter com ela e lhe disse: “O meu pai me obrigou casar com o meu primo sem o meu consentimento.” Disse-lhe Aicha: “Senta até o Profeta chegar.” Quando chegou, informou-o do ocorrido. O Profeta (S) mandou chamar o pai dela, dando o direito à jovem de aceitar ou rejeitar.” Ela disse: “Ó Mensageiro de Deus, aceito o que meu pai fez, porém, quis informar às mulheres que os pais não podem fazer isso.” (Hadice compilado por Nassá-i). O admirável é que a própria Aicha relatou o hadice para refutar as acusações do Profeta a respeito do casamento com ela.

Como Aconteceu o Abençoado Casamento?

Após o sonho que o Profeta (S) teve, durante três noites seguidas, e soube que era ordem de Deus, Exaltado seja, foi da determinação de Deus que uma mulher de nome Khaula, filha de Hakim, sugerisse ao Profeta (S) casar com Aicha, filha de Abu Bakr. Nessa sugestão há uma indicação da natureza do casamento. Ela lhe disse que se o fizesse, iria solidificar a relação entre ele e entre o mais querido amigo dele, ou seja, Abu Bakr, Assidik (R).

Na verdade, o casamento aproxima as pessoas. É um dos maiores meios de aproximação entre as famílias, porque a relação de parentesco e de casamento é uma das mais sagradas relações.

Agora, vamos apresentar a conversa de Khaula, filha de Hakim, informando sobre o pedido de casamento.

Disse: “Entrei na casa de Abu Bakr e encontrei Ummu Rauman, sua esposa, ou seja, a mãe de Aicha. Disse-lhe: ‘Deus fez ingressar o bem e a bênção na sua casa.’ Disse a mulher: ‘Que é isso?’ Disse: ‘O Profeta me enviou para pedir a mão de Aicha.’ Disse Ummu Rauman: ‘Gostaria que acontecesse. Aguarde Abu Bakr, que está chegando.’ Isto em respeito ao marido. Quando Abu Bakr chegou, disse-lhe: ‘Deus fez ingressar o bem e a bênção na sua casa. O Profeta (S) me enviou para pedir mão de Aicha para ele.’

Vejam o que o Siddik disse: “Será que serve para ele?’ Ele viu que a posição do Profeta é muito superior para que a pequena Aicha fosse esposa para ele. ‘Será que serve para ele? Ela é a filha de seu irmão.’(irmão no islam)

Khaula foi ter com o Profeta e lhe transmitiu o que Abu Bakr disse. O Profeta (S) lhe disse: ‘Volte e diga-lhe que somos irmãos pelo Islam e sua filha me serve.’ Então, voltei.”* O Profeta (S) sabia que Deus iria realizar e abençoar o casamento.

* Compilado por Ahmad, com base em Aicha.

Voltei e informei Abu Bakr das palavras do Profeta.” Então, aconteceu algo que eleva a posição de Abu Bakr. Disse: “Aguarde a minha volta.”

Ummu Rauman explicou o caso para Khaula: “Mut’im Ibn ‘Adi pediu Aicha para seu filho Jubair. Por Deus, Abu Bakr nunca prometeu algo e não cumpriu.

O Mut’im Ibn Adi comentou com Abu Bakr que desejava Aicha para o seu filho, Jubair. Abu Bakr não aceitou nem rejeitou. Seu silêncio, porém, parecia uma promessa. Ele não podia deixar de cumprir a sua promessa. Pode o Jubair Ibn Mut’im ser comparado ao Profeta (S)? Jamais. Porém, a lealdade e a promessa constituem a religião. A gente imagina que Abu Bakr ficaria muito triste se perdesse a oportunidade de casar Aicha com o Profeta (S). Pode ser que nunca pensaria que o Profeta fosse pedir a mão de Aicha. Certamente, cada pai, ao se apresentar a ele uma boa pessoa e anunciar a sua intenção, certamente ele dá as boas vindas e isto constitui numa espécie de promessa. Ele não podia aceitar o pedido do profeta até resolver a questão. Foi ter imediatamente com o Mut’im Ibn ‘Adi.

Abu Bakr entrou na casa de Mut’im que estava com a esposa, Ummu Jubair, politeísta, ainda. A idosa disse: “Ó Ibn Cuháfa, tememos que se o nosso filho se case com a tua filha vá obrigá-lo a adotar a tua religião.”

Abu Bakr não respondeu, mas olhou para o marido dela, o Mut’im e perguntou: “É verdade o que ela diz? Você teme que o seu filho se casar com a minha filha, ingresse no Islam comigo?” Mut’im respondeu: “É isso”, corroborando as palavras dela.

Abu Bakr saiu, aliviado, por ter Deus resolvido a questão, livrando-o do compromisso. Retornou à casa e disse a Khaula: “Pede para o Profeta vir.”

Parece que há um costume na vida árabe que o pretendente deve ir à casa da pretendida. Vê o preceito moral: “Não crê quem não é confiável e não tem religião quem não cumpre a promessa.” (Compilado por Ahmad, baseado em Anas Ibn Málik).

Acredito que o coração de Abu Bakr sentiu uma alegria indiscrutível, apesar disso, estava compromissado. Disse a Khaula: “Aguarde!” Deus, Exaltado seja, preparou o ambiente e fez a politeísta falar que temia que o seu filho adotasse o Islam se casasse com Aicha. Abu Bakr consultou o marido da politeísta e este confirmou as palavras da mulher. Então, estava tudo resolvido. Disse a Khaula para convocar o Profeta (S). Ele foi ter com o nobre Profeta e o convocou. Ele foi à casa de seu companheiro, Abu Bakr, e este lhe concedeu a mão de Aicha, estando, naquela época com seis ou sete anos de idade. Certamente, não houve casamento, mas houve um acordo. O seu dote foi de quinhentas moedas de prata. (Ver a Enciclopédia do Dr. Ratib Nabulsi).

Portanto, O Profeta fez o acordo do casamento com Aicha quando tinha seis anos de idade. O casamento foi consumado aos nove anos de idade. Por que o Profeta (S) aguardou esses três anos? Por que Aicha não tinha ainda alcançado a puberdade, ou seja, após a sua menstruação. Foi, então que se consumou o casamento depois que ela passou da época infantil para o período da puberdade.

Considerações a Respeito da Época e do Tempo Para os Intelectuais, os Teólogos e os Equitativos

A diferença temporal e a diversidade dos locais são as coisas de maior consideração na sentença sobre esse casamento. “Aquilo era aceito naquele tempo tanto entre os árabes como entre os europeus. As filhas do Profeta Davi casaram com essa idade. Da mesma forma, Dante amou Beatriz quando estava ainda com seis anos de idade. A Julieta, na narrativa de Shakespeare, era censurada pela mãe por estar já com treze anos e não ter se casado ainda, enquanto suas amigas haviam se casado com nove anos e antes daquilo, e já estavam com filhos nas escolas.”1

1. Enciclopédia da Mãe dos Crentes, Aicha, do Hafani, pág. 97.

Quem duvida que Aicha atingiu a puberdade aos nove anos de idade, comparando-a com as meninas com nove anos de hoje, é uma pessoa que desconhece o desenvolvimento do corpo humano no decorrer da história. Desconhece a diferença individual entre as pessoas no quanto ao atingirem a puberdade. Desconhece, também, a influência dos aspectos climáticos e ambientais na puberdade do ser humano. O homem passou por etapas históricas antigas cujo corpo quanto à constituição e a altura era o dobro de hoje. As pessoas continuam ficando mais baixas uma geração após a outra, até os dias de hoje. Vemos dois irmãos, dos mesmos pais com diferença de tempo de se atingir a puberdade que chega a um ou dois anos, além de que é normal entre os povos as meninas atingirem a puberdade antes dos meninos. Os aspectos climáticos e ambientais de frio e calor, a secura e fertilidade, a civilização e o nomadismo, os meios de comunicação e de transporte, além de aspectos de muita influência na velocidade e atraso da puberdade dos meninos e das meninas. A prova disso, na nossa época atual, onde a idade de puberdade diminuiu na maior parte da terra juntamente com o crescimento do sexo prematuro entre meninos e meninas, os muitos estímulos gerados pelas mudanças sociais, industriais, culturais e de comunicação que aconteceu ao mundo no século vinte.

O Testemunho da Ciência

O Dr. Mohammad Ali Barr disse: “A idade de puberdade diminuiu nos Estados Unidos e na Europa na proporção de três meses em cada geração. Diminuiu, também, na base de dois anos e meio desde o início do século vinte.”2

Não vamos longe. O relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde e a UNICEF a respeito da legitimidade da maternidade na idade de adolescência, diz: “Com a diminuição da idade da menstruação e o atraso crescente da idade de casamento, essa etapa ficou mais longa, e começaram as tendências tradicionais a mudar, ao mesmo tempo, a autoridade familiar começou a enfraquecer e a transformação cultural e a emigração mais corrente. Os jovens de hoje ficam mais sujeitos ao turismo e dos meios de comunicação. Tudo isso são meios que causam grandes mudanças na conduta social e sexual.”3

2. Política e os meios de controle de natalidade no passado e no presente, pág. 140, 141. Dr. Mohammad Ali Barr,

3. A Legitimidade da maternidade na idade de adolescência, pág. 5. Relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde e a UNICEF.

Imagino que, se isso continuar a acontecer, o período de menstruação na maior parte dos povos da terra retorna aos nove anos de idade ou menos ainda.

A Idade Temporal e a Idade Mental

O crescimento físico difere, em alguns tempos, do crescimento mental e psicológico. Encontramos, em algumas jovens de pouca idade, prudência, mente e a boa disposição, a assimilação, a compreensão não encontrado nas que têm mais idade. Essas são as diferenças individuais que ninguém consegue negar. A história e a biografia afirmam que Aicha quanto as suas características mentais e psicológicas eram muitas como a agudeza de inteligência, a força de retenção, a rapidez intuitiva e a coragem de dizer a verdade, etc. Ela era sábia na ciência da tradição e da jurisprudência. Decorava poesia e declamava. Conhecia medicina, também. Ela pode ser classificada como um milagre entre seus contemporâneos, sendo colocada no nível das mais importantes mulheres mental e prudentemente.

Talvez alguém diga: “Acreditamos que Aicha atingiu a idade de casamento. Porém, por que se apressou em casá-la de um homem bem mais velho que ela?”

Digo: “Onde está a pressa quando as avós, desde pouco tempo, e continua em alguns países, casavam imediatamente ao atingirem a puberdade. Isso não era vergonhoso ou podia causar algum dano à jovem. Ao contrário, os estudos médicos afirmam que a jovem, ao atingir a puberdade, está completamente preparada para casar do ponto de vista fisiológico, ao contrário do jovem. “Isso acontece porque a divisão celular generativa no homem não começa a não ser na puberdade e necessita para ser completado de três ou mais semanas, enquanto a divisão das células generativas nas mulheres começa enquanto estão no útero da mãe e só se completa após o casamento, na presença do espermatozóide que fecunda o óvulo. O último óvulo a sair, ou seja, antes da menopausa, é após cinquenta anos depois do início da divisão celular”.4

4. A maternidade e sua posição no Islam à luz do Alcorão e da Sunna. Maha al Abrach, v. 1, pág. 180.

O significado disso é que a mulher nasce com a disposição de engravidar e dar à luz. Essa preparação, porém, só acontece na realidade na puberdade.

A Diferença de Idade é uma Questão Natural Naquela Sociedade

Quanto à diferença de idade entre o Profeta (S), a sociedade árabe daquele tempo não rejeitava que o marido fosse muito mais velho do que a esposa. Ou que a esposa seja muito mais velha do que o marido, como é o caso das sociedades atuais. Isso era uma coisa natural indicado pelo fato de o Profeta ter casado com várias mulheres bem mais velhas do que ele, como Khadija, Saúda, Zainab, filha de Khuzaima. Alguns companheiros casaram com moças bem mais jovens, como Ômar Ibn al Khattab (R) quando casou com Ummu Kulçum, filha de Ali Ibn Abi Tálib (R). Ele era o Emir dos Crentes e ela era muito jovem ainda, que havia atingido a puberdade.

A Confissão dos Inimigos à Espreita

Não há dúvida que se o casamento do Profeta (S) com Aicha pudesse macular o conceito dele, de Abu Bakr, ou da senhora Aicha (R) os politeístas de Coraix e os seus inimigos judeus, entre outros - e quão numerosos eram naquele tempo em Makka e Madina - seriam os primeiros a condenar aquilo, considerando-o defeito e vergonha a serem divulgados. Teriam comentado o caso em suas reuniões para utilizá-lo para afastar as pessoas do Profeta (S) e de sua mensagem. Porém, isso não aconteceu. É uma das maiores provas de que a diferença de idade não tinha a menor influência no casamento na sociedade árabe daquele tempo.

Os Benefícios e as Utilidades Daquele Abençoado Casamento

Primeiro: O seu conhecimento (R)

A comunidade se beneficiou pela distinção da senhora Aicha (R) de potencialidades científicas e mentais não proporcionadas naturalmente a outras.

Alguns teólogos afirmaram: “Um quarto do conhecimento legislativo foi aprendido dela.” Que um quarto dos preceitos legais que aprendemos do Profeta (S) foi conhecido pelas tradições narradas por Aicha. A esposa do Profeta, a mãe dos crentes, desempenhou um papel muito importante na divulgação, porque se especializou nas mulheres. É sabido que as mulheres faziam perguntas ao Profeta (S) a respeito de questões pertinentes a elas. A mais preferida para interpretar os preceitos legais pertinentes à mulher é a esposa do Profeta (S), pois desempenha um importante papel na missão. Isso indica a valorização da mulher pelo Islam.

Os teólogos disseram, também, “Não se conhece ninguém que conhecesse mais os significados do Alcorão e os preceitos do lícito e do ilícito do que Aicha. Os teólogos não conheceram ninguém que conhecesse mais as obrigações (ou a ciência da herança), de medicina, de poesia e da linhagem do que Aicha.” Apesar de sua pouca idade, tinha uma inteligência rara, capacidade de retenção das coisas e de lealdade ao Profeta (S).

Por isso, os teólogos, os intelectuais e os equitativos tiveram a convicção de que as esposas do Profeta (S) foram escolhidas por Deus, Exaltado seja, pelo papel que iriam desempenhar na divulgação no futuro.

Eis que a senhora Aicha narrou duas mil, duzentos e dez tradições sobre o Profeta. Ela decorou todo o Alcorão durante a vida do Profeta (S).

Então, há uma excessiva prudência divina de que Deus, Glorificado e Exaltado seja, preparou para o Seu nobre Profeta essa esposa intelectual, de inteligência e mente privilegiada, muito observadora, de excelente índole.

Dizem: “Se Aicha não tivesse aquela idade quando esteve em companhia do Profeta (S), a idade em que o ser humano está com maior disposição, mais preparado de adquirir conhecimento, não teria alcançado aquilo.”

O conhecimento é algo fundamental na vida do crente. Tudo que o Profeta (S) dizia tinha de ser transmitido. A melhor mulher para transmitir as suas falas é a sua esposa. Portanto, devemos ficar tranqüilos de que Deus, Glorificado e Exaltado seja, a escolheu com o conhecimento do Profeta (S).

O Imam Azuhri disse: “Se o conhecimento de Aicha fosse comparado ao conhecimento de todas as mães dos crentes, e ao das outras mulheres, o conhecimento de Aicha superaria a todas elas.”

Na verdade, a coisa que admira as mentes, ou a coisa que chama a atenção é que a mulher tenha um alto grau de compreensão, conhecimento e jurisprudência. A mulher para as pessoas é mulher. Mas a mulher que possui uma mente aguda e profunda percepção, uma compreensão precisa, uma forte retenção, é uma mulher rara e preparada para ser a esposa do Profeta (S).

Ata Ibn Abi Rabah disse: “Aicha era a pessoa que mais conhecia a jurisprudência, mais sábia e de melhor opinião nas coisas gerais.”

Aicha era a pessoa mais sábia, que mais conhecia a jurisprudência, de melhor opinião. Abu Mussa al Ach’ari disse: “Quando tínhamos dúvida a respeito de algo perguntávamos Aicha a respeito e ela tinha conhecimento do assunto.”

Massruk disse: “Vi os cheiques, os maiores companheiros do Profeta (S) fazerem perguntas a ela a respeito das heranças.”

‘Urwa disse: “Nunca vi ninguém com mais conhecimento sobre jurisprudência, medicina e poeta do que Aicha.”

Abu Azznnad disse: “Cada coisa que ela ouvia declamava uma poesia sobre o assunto.” Aicha superou os satélites artificiais no registro dos movimentos e ditos do Profeta, na compreensão e na percepção.



Segundo: A apresentação do Profeta (S) ele mesmo para as pessoas em geral quanto ao tratamento da mulher de pouca idade. Por isso, ele tolerava dela o que não tolerava das outras, por causa de sua pouca idade. Nisso há um exemplo para quem casa com uma mulher de pouca idade que necessita de mimo e de paciência mais do que outra. Da mesma forma, o lado virgem, uma vez que todas as outras mulheres do Profeta eram viúvas ou divorciadas, era necessário que o Profeta tinha de casar com uma virgem para dar exemplo aos homens da forma de tratamento e convivência com ela.

Dentro dos exemplos disso que aconteceram que dão o mais magnífico exemplo na boa convivência com a esposa jovem, não importa as circunstâncias e as dificuldades.

Aicha (R) relatou: “Acompanhei o Profeta (S) em uma de suas viagens. Eu era magra, e não tinha corpo avantajado. Ele disse para as pessoas: ‘Podem avançar’. As pessoas se adiantaram e ele me disse: ‘Venha apostar corrida comigo.’ Apostei e o venci. Ele nada disse até eu engordar um pouco e esqueci daquilo. Saí com ele novamente em outra viagem. Ele disse para as pessoas: ‘Podem avançar’. As pessoas se adiantaram e ele me disse: ‘Venha apostar corrida comigo.’ Apostei e ele me venceu. Ele começou a rir e disse: ‘Esta é por aquela.’” (Majma’ Az Zawáid).

Terceiro: Apresentar o exemplo de outra forma: o amor do marido à esposa quando está casado com mais de uma mulher. Deus agraciou o Profeta (S) com o amor dela. Apesar disso, esse amor não o incentivou a ser injusto com as outras mulheres, mas era justo entre todas elas, até durante a sua enfermidade que lhe causou a morte. Ele mudava de uma casa para outra até que lhe permitiram ser tratado na casa de Aicha.

Quarto: Mostrar e evidenciar a posição de Abu Bakr (R) perante Deus, Altíssimo e perante o Profeta (S), com Deus orientando o Profeta a casar com a filha de Abu Bakr. Essa é uma honra inigualável.

Essas são algumas sabedorias tiradas do casamento do Profeta (S) com Aicha. Se o caso foi esse citado, não há necessidade de buscar os defeitos e a sabedoria por trás dele, porque ele foi um casamento normal, não causou nenhuma agitação nos inimigos do Profeta (S) naquela época, nem chamou a atenção daqueles que procuravam na conduta do profeta algo para acusá-lo. Eles tentavam inventar coisas a seu respeito, como acusa-lo de mago, de louco e coisa similar. Se nada disseram a respeito do casamento, isso indica que a questão era natural e não estava fora do costume da sociedade daquele tempo. Como aparece alguém hoje e utiliza isso para difamar a conduta do Profeta (S)?

Foi dada a Opção de Escolha à Senhora Aicha (R) e Ela Escolheu Ficar

A questão da consulta é muito famosa na casa do profeta e que foi confirmada pelo Alcorão e pela Sunna. Aconteceu que as mulheres do profeta (S) pediram a ele para lhe conceder mais dinheiro. Ele ficou zangado com eles, porque ele era responsável por toda a comunidade, tendo o pobre, o fraco, o necessitado, sendo como pai para todos. Ele dava preferência ao suprimento das casas deles do que à sua casa. Ele recebia muitos bens e colocava sob os interesses e as necessidades dos muçulmanos.

Então, o Alcorão foi revelado, ordenando ao Profeta a dar opção de escolha à mulheres de permanecerem com ele e suportarem as dificuldades da liderança da comunidade e se separarem depois de receberem os seus direitos por completo. Veja comigo o desenrolar dos acontecimentos:

Jáber Ibn Abdullah relatou que Abu Bakr pediu licença ao Profeta (S) para entrar. Havia pessoas sentadas à sua porta, as quais não foram autorizadas a entrada. O Profeta (S) permitiu a entrada de Abu Bakr. Então, chegou Ômar a quem foi autorizada a entrada. Ele encontrou o Profeta (S) sentado com as esposas ao seu redor, calado, pensativo. Ele pensou em dizer algo que fizesse o Profeta (S) rir. Disse: ‘Ó Mensageiro de Deus, a filha de Khárija - querendo dizer a esposa – pediu-me para aumentar-lhe o sustento. Em vez disso, dei-lhe um tapa no pescoço.” O Profeta (S) riu e disse: “Ei-las ao meu redor, como você vê, pedindo mais dinheiro.” Abu Bakr levantou-se e censurou Aicha; Omar censurou Hafsa, sua filha, Disseram-lhes: “Vocês estão pedindo ao Profeta o que ele não tem.” Elas responderam: “Por Deus, nunca pedimos ao Profeta algo que ele não tenha.” O Profeta afastou-se delas durante um mês ou vinte e nove dias. Então foi revelado o seguinte versículo: “Ó Profeta, dize a tuas esposas: Se ambicionardes a vida terrena e as suas ostentações, vinde! Prover-vos-ei e dar-vos-ei a liberdade, da melhor forma possível. Outrossim, se preferirdes a Deus, ao Seu Mensageiro e à morada eterna, certamente Deus destinará, para as benfeitoras, dentre vós, uma magnífica recompensa” (33:28-29).

Ele começou com Aicha, dizendo: “Ó Aicha, vou propor-lhe algo e não desejo que se apresse em dar a resposta antes de pedir a opinião de seus pais.” Perguntou: “Que é, ó Mensageiro de Deus.” Ele recitou o versículo. Ela lhe disse: “Será que preciso pedir a opinião de meu pai por sua causa? Eu escolho a Deus, o Seu Mensageiro e a Outra Vida. Peço que não informe às outras esposas o que me disse.” Disse-lhe: “Cada uma que me perguntar irei informá-la, porque Deus não me enviou para impor nem para constranger às pessoas, mas como mestre facilitador.” (Narrado por Musslim).

Não são poucos os benefícios que podemos tirar dessa tradição. Entre eles, temos:

• A não aceitação do Profeta (S) a qualquer desejo contrário aos interesses dos muçulmanos.

• Não aceitou ter uma vida de luxo, nem para ele nem para a sua família, esquecendo das dores dos privados.

• Zangaram-se e ficaram tristes todos os muçulmanos por causa da zanga do Profeta e desejaram diverti-lo.

• O afastamento do Profeta das esposas durante um mês e o método de educação condizente com a gravidade do erro, o fortalecimento da resistência perante os dias futuros. Possui, também, uma resposta às alegações de que o Profeta (S) casou para satisfazer seus desejos, porque quem faz isso, colocará o desejo em primeiro lugar.

• O Profeta (S) começou com Aicha, indicando o seu mérito. Se começasse com outra, podiam dizer que ela imitou a anterior.

• O Profeta lhe pediu para não se apressar e consultar os pais, mostrando a necessidade de se aguardar para tomar importantes atitudes, dando oportunidade para se pensar e consultar.

• Na declaração dela há evidência de seu equilíbrio mental, a ciência de suas particularidades e que não deveria envolver nelas nem os pais.

• Nas palavras do Profeta: “Deus não me enviou para impor”, demonstrando a ética profética que deve ser baseada na sinceridade, evidência e benevolência pelas pessoas, e não aceitar quem contraria isso.

Finalmente, vamos dar uma olhada nos sentimentos que surgiram desse abençoado casamento através do amor, da honra, do zelo da senhora virtuosa.

O amor excessivo, a honra e o ciúme são testemunhas e provas verdadeiras da excelência desse casamento abençoado.

Foi confirmado que Aicha (R), a abençoada, a pura, a consciente, a sábia amava o Profeta (S) excessivamente. Ela se vangloriava perante as outras mulheres do Profeta pela posição que ela ocupava perante ele, por não ter-se casado com outra virgem além dela. Ela tinha muito ciúme do Profeta (S), que são provas verdadeiras da excelência daquele abençoado casamento, porque a mulher não sente aquilo pelo marido a não ser quando ocupa posição sublime, devido à sua conduta, característica e grandiosidade. É suficiente que ela nunca sentiu pena em qualquer tempo de ter-se casado com ele, ou sentiu qualquer arrependimento. A pura respondia a qualquer um que estranhava aquele casamento, dizendo: “Que vocês têm, sendo o Mensageiro de Deus o meu amor! Que vocês têm, se o Mensageiro de Deus é de excelente caráter?! Como não vêem a minha alegria, felicidade, honra, glória, tranqüilidade de meu coração por ter-me casado com ele?! Por que se preocupam com o que não conhecem e dizem o que não sabem?”

Sabe-se do ciúme dela o que ela mesma narrou: “O Mensageiro de Deus (S) saiu de minha casa, à noite, e senti ciúme dele. Fiquei agitada e mudei o meu comportamento. Quando ele voltou e viu o que estava fazendo, perguntou: ‘O que você tem, Aicha? Ficou com ciúmes?’ Respondi: ‘Por que não iria sentir ciúme de uma pessoa como você?’ (Tradição compilada por Musslim). Aquilo significava: “Como não sentir ciúme uma pessoa que ama tanto como eu e possui rivais de uma pessoa com suas características proféticas e o seu valor perante Deus, o Altíssimo?”

Para os teólogos, intelectuais e eqüitativos transmito essa narrativa que testemunha a grandiosidade daquele casamento, que evidencia alguns sentimentos de amor excessivo da senhora veraz, pura, casta para com o Profeta (S).

Ibn Umair relatou que disse à mãe: “Conta-nos a coisa mais admirável que viu do Profeta (S)” Ela permaneceu um pouco em silêncio e então disse: “Uma noite ele disse: ‘Ó Aicha, deixe-me esta noite ficar adorando ao meu Senhor.’ Ela respondeu: ‘Por Deus, amo estar perto de você e gosto do que o alegra.’ Ele levantou-se, abluiu-se e começou a orar. Ele ficou chorando até molhar o rosto. Então continuou chorando até molhar a barba. Continuou a chorar até molhar o chão. Bilal chegou para fazer o azan para a oração da alvorada. Quando o viu chorando, perguntou: ‘Ó Mensageiro de Deus, porque chora se Deus perdoou todos os seus pecados passados e futuros?1 Respondeu: ‘Não devo ser um servo agradecido. Esta noite foi-me revelado um versículo. Ai daquele que a ler e não pensar nela: “Na criação dos céus e da terra e na alternância do dia e da noite há sinais para os sensatos, que mencionam Deus, estando em pé, sentados ou deitados, e meditam na criação dos céus e da terra, dizendo: Ó Senhor nosso, não criaste isto em vão. Glorificado sejas! Salva-nos do tormento infernal!” (Alcorão Sagrado, 3:190-191).

Quando examinarmos essa narrativa, verificamos o amor, o altruísmo, a consideração da esposa virtuosa, e verificamos a lealdade, o carinho, o amor, o pedir autorização à companheira, o excelente caráter para se isolar com Deus. Vemos, também, a determinação de se agradecer a Deus de forma inigualável no mundo humano.

O que foi dito sobre a metodologia e a virtude, as bênçãos e as utilidades desse casamento abençoado e o que refletiu de excessivos sentimentos de amor, lealdade e misericórdia, o pouco que vale muito perante as pessoas de sentenças equilibradas, de opinião orientadora dentre os teólogos, intelectuais e eqüitativos.

Os outros, porém, de opositores, rancorosos, de tendenciosos, de ignorantes a seu respeito o poeta disse:

O olho nega a luz do sol por debilidade,

E a boca nega o sabor da água por languidez.

O defeito não está no sol ou na água. A biografia, a moral e a ética do Profeta (S) permanecerão como luz para as criaturas. O sol continuará a espalhar a sua luz sobre o mundo. Com a anuência de Deus a sua lei e os seus ensinamentos permanecerão como vida para os espíritos e orientadores para o mundo da alegria no Paraíso, e a água permanecerá um segredo e fundamento da vida.

Que Deus abençoe e dê paz ao Profeta Mohammad, aos seus familiares e aos seus companheiros.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Colaboração Irmão: Omar Hussein Hallak.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Biografia do Profeta Muhammad (s) Parte 7‏

A Conquista Pacifica de Macca.


Ramadan Ano 8.

Quando Deus pretende que qualquer coisa seja realizada, prepara o seu terreno afastando todos os impedimentos. O profeta sabia que não era possível subjugar os árabes enquanto não subjugasse os coraixitas que tinham a honra de serem os guardiões da Kaaba. E não era possível subjugar os países árabes enquanto não subjugasse Macca o centro de toda Arabia, por isso o profeta sempre teve o desejo de conquistá-la. Mas como havia um acordo entre ele e os coraixitas assinado em Hudaibiya, com duração de 10 anos, ele sempre foi fiel aos acordos e por conseguinte, não podia transgredir. Mas por outro lado os coraixitas pensaram que , depois da campanha de Muta, a força dos muçulmanos foi destruída, e a dignidade e o temor que no passado eles imprimiram-nos outros, já desaparecera. Eles julgaram que agora podiam atacar os muçulmanos porque estes seriam incapazes de se defender, ou de contra-atacar. E neste contexto que eles violaram o tratado de Hudaibiya.

Naquele tratado de paz existia uma clausula que dizia: Qualquer das tribos podia aliar-se com quem quisesse (com crentes ou descrentes), e essas automaticamente seriam abrangidas pelo pacto. Então Banu Khuza e Banu Bakr, que eram duas tribos rivais decidiram por suas inimizades de parte e aliaram-se, uma para cada lado, e assim serem abrangidos pelo tratado. Assim Banu khuza aliou-se aos muçulmanos, e Banu Bakr aos coraixitas, pondo fim a suas hostilidades. Todavia depois de algum tempo, um dos homens de Banu Bakr, levantou-se perante um homem de Banu Khuza e começou a cantar musica ofensiva ao profeta como ato de provocação. O homem de Banu Khuza quando ouviu, bateu-lhe, e isso ressuscitou a inimizade do passado que existia entre esses dois povos. Então os Banu Bakr prepararam-se para lutar contra os Banu Khuza. Os coraixitas que pensavam que o poder dos muçulmanos estava esmigalhado, ao invés de impedir-los de lutarem, os reforçaram com armamento e homens. Dentre os coraixitas, ikrimah Bin Abi Jahal, Safwan Bin Umaya, Suhail Bin Amr participaram ativamente no ataque contra os Banu Khuza. Eles eram considerado lideres dos coraixitas. Atacaram de surpresa a tribo de banu Khuza, a noite, quando todos estavam dormindo e massacraram muitos muçulmanos e ainda entraram nas casas de outros pilhando tudo. Muitos dos homens pertencentes a Khuza, refugiaram-se no Haram.

Os Banu Bakr ao vê-los no Haram, hesitaram em prosseguir a matança porque tinham noção da santidade do Haram, mas depois o seu líder Naufal disse:”Esta é uma oportunidade única”. Assim continuaram a matança dos Banu Khuza mesmo dentro dos limites do Haram. Estes, devido a isso, enviaram uma delegação, Amr Bin Salim e mais 40 homens, para ir ter com o Profeta (s) em Madina e informaram ao profeta sobre o ocorrido. Quando chegaram, o Profeta (S) estava orando na mesquita, e ouviu as seguintes palavras de fora da mesquita em forma de poesia:

“O Deus eu vim a Muhammad para recordar

o tratado que liga a nós com a antiga família dele.

O mensageiro de Deus Ajuda-nos,

e chama aos servos de deus para este objetivo (todos virão para ajudar)”.

O Profeta (s) ao ouvir a queixa deles ficou bastante triste e prometeu-lhes a ajuda, uma obrigação na base do tratado. Depois da delegação de Khuza já ter regressado a Macca, o Profeta Mandou um enviado seu com três condições para os coraixitas aceitarem uma delas:

1- Pagarem indenização por todos aqueles que foram mortos injustamente

2- Ou desistirem de ajudar Banu Bakr

3- Ou emitirem uma proclamação dizendo que o tratado foi dissolvido.

Os coraixitas só aceitaram a ultima, mas como isso implicava-os diretamente a culpa de violação. Eles arrependeram-se ao saberem da conseqüência possível que isso traria e enviaram Abu Sufiyan a Madina para renovar o tratado de Hudaibiya.

Abu Sufiyan em Madina e a Falha da sua Missão

Abu Sufiyan chegou em Madina, e foi a casa de Um Habiba, sua filha e esposa do Profeta (s), e quis sentar sobre o tapete onde o Profeta costumava sentar-se. A filha enrolou rapidamente o tapete e tirou-o dali, para o pai não se sentar nele. O pai, sentindo-se ofendido por essa atitude, perguntou a filha:” O minha filha, tu achas o teu pai indigno desse tapete, ou será que o tapete é indigno de teu pai?” A filha respondeu: “O tapete pertence ao profeta Muhammad (s), e tu, sendo um adorador de ídolos ès imundo, não mereces sentar nele”. O pai disse: “ O filha de certo que algum infortúnio aconteceu trazendo desordem na tua mente, desde o dia em que nos deixastes”. Por ter sido recebido daquela forma, apercebeu-se logo que ai não havia esperança nenhuma. Saiu e foi ter com o Profeta (s) na mesquita, expondo-lhe o objetivo que o levara ate lá. Mas daí também não teve resposta satisfatória. Então saiu e foi ter com Abu Bakr (r) para este interceder perante o Profeta (s), mas Abu Bakr recusou-se a fazê-lo. Então foi ter com Omar (r) que rejeitou com dura repreensão, dizendo: “ Tu esperas que eu intervenha perante o Mensageiro de Deus (s) a teu favor? Por Deus, mesmo que nada me reste exceto a areia do deserto eu lutarei contra vós”. Daí Abu Sufiyan foi ter com Ali e Fatima (filha do profeta) (r), mas ai também não teve êxito porque ninguém tinha coragem de falar nisso ao Profeta(s).

Quando Abu Sufiyan viu que todas as portas estavam fechadas a sua frente foi ter com Ali (r) pedindo uma opinião. Ali escarneceu dele, e ele caiu na teia, quando lhe disse: “Tú próprio ès o chefe de Banu Kinana (homens de Macca), vai para a mesquita e proclama sob a tua autoridade que estas a renovar (prorrogar) o tratado”. O que ele fez. Depois saiu dali, montou seu cavalo e foi-se embora para Macca. Quando chegou contou o ocorrido. Os coraixitas fartaram-se de tanto rir dele, e disseram-lhe: “ Ali zombou de ti! Ai de ti, tu só serves para ser escarnecido, alguma vez vistes tratados renovados dessa forma?” Abu Sufiyan ficou envergonhado por essa sua atitude.

O Profeta (s) prepara-se para a conquista de Macca

Depois do regresso de Abu Sufiyan, o profeta ordenou aos muçulmanos para se prepararem para a guerra e informou a seus aliados para se juntarem a ele dizendo-lhes: “ Aquele que acredita em Deus e no ultimo dia, que esteja presente no mês de Ramadan em Madina”. E assim apareceu uma grande multidão.

O Profeta informou a seus ministro Abu Bakr e alguns mais o rumo da sua campanha. Abu Bakr perguntou ao Profeta (s): “ Ó Profeta, afinal não há tratado de paz entre ti e Coraix? “Sim” respondeu o Profeta (s), “Mas eles traíram e violaram o acordo”.

O Profeta, como habitualmente, manteve em segredo máximo os planos e o rumo da tropa. Ele fez isso para surpreender os descrentes de Macca, e para não haver derramamento de sangue no recinto de Macca, subjugá-los sem atingir ou violar a santidade de Macca. Mas houve um dos crentes, pioneiro no Islam que tinha participado da batalha de Badr, chamado Hatib Ibn Abi Baltáa, que sabia dos planos do Profeta (s). Então ele escreveu uma carta para os coraixitas de Macca, informando-os da intenção do profeta (s), e enviou a carta com uma escrava sua chamada Sarah. O Profeta (s) foi informado sobre isso por Allah, então enviou Ali, Zubair e Mikdad para irem ao encontro dessa escrava e trazerem a carta. O Profeta (s) indicou-lhes o local onde apanhariam essa mulher: “Raudhat Khakh”. Estes três homens, enviados pelo Profeta (s), chegaram ao local indicado e apanharam a escrava. Revistaram a sua bagagem mas sem sucesso então disseram-lhe: Tira e entrega-nos a carta! A escrava respondeu :”Eu não tenho carta nenhuma”. Eles ameaçaram-na: “Entrega-nos a carta ou então revistar-te-emos o corpo todo”. Ela vendo que não tinha outra alternativa perante a exigência deles, tirou a carta do meio dos cabelos e a entregou. Seus companheiros teriam abandonado a busca se não fosse a confiança de Ali (r) em que o Profeta (s) de Deus não pode ser mal informado. A escrava e a carta foram levadas perante o Profeta (s). Quando abriram a carta viram que era de Hatib, o Profeta (s) o chamou e perguntou-lhe: “ O que é isto, ó Hatib?” Ele confessando ter enviado a carta, respondeu: “Como eu tenho familiares em Macca, quis fazer um favor aos coraixitas informando-lhes do ataque dos muçulmanos, para que em troca, eles sintam que me devem esse favor e assim não prejudicarem a minha família, pois eles não tem quem os proteja. Não fiz isso por traição a minha religião islâmica, nem por gostar da descrença depois de já estar no Islam”. O Profeta (s) disse que ele falou a verdade e perdoou-o. Omar (r) que estava presente impacientou-se e disse: “ O Profeta, permita-me que eu corte o pescoço deste hipócrita”. O Profeta (s) respondeu: “ O Omar, ele participou da batalha de Badr. E quem sabe, talvez Deus olha-se favoravelmente para todos aqueles que participaram naquela batalha dizendo-lhes: Fazei o que desejares, porque já fostes perdoados”, uma vez que Deus reconheceu o grande mérito deles, e foi nessa altura que Deus revelou o seguinte versículo:

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

Ó fiéis, não tomeis por confidentes os Meus e os vossos inimigos, demonstrando-lhes afeto, posto que renegam tudo quanto vos chegou da verdade, e expulsam (de Makka) tanto o Mensageiro, como vós mesmos, porque credes em Deus, vosso Senhor! Quando sairdes para combater pela Minha causa, procurando a Minha complacência (não os tomeis por confidentes), confiando-lhes as vossas intimidades, porque Eu, melhor do que ninguém, sei tudo quanto ocultais, e tudo quanto manifestais. Em verdade, quem de vós assim proceder, desviar-se-á da verdadeira senda.

Se lograssem tirar o melhor de vós, mostrar-se-iam vossos inimigos, estenderiam as mãos e as línguas contra vós, desejando fazer-vos rejeitar a fé.

De nada vos valerão os vossos parentes ou os vossos filhos, no Dia da Ressurreição. Ele vos separará; sabei que Deus bem vê tudo quanto fazeis.

Tivestes um excelente exemplo em Abraão e naqueles que o seguiram, quando disseram ao seu povo: Em verdade, não somos responsáveis por vossos atos e por tudo quando adorais, em lugar de Deus, Renegamos-vos e iniciar-se-á inimizade e um ódio duradouros entre nós e vós, a menos que creiais unicamente em Deus! Todavia, as palavras de Abraão para o pai: - Implorai o perdão para ti, embora nada venha a obter de Deus em teu favor – foram uma exceção. (Dizei, ó crentes): Ó Senhor nosso, a Ti nos encomendamos e a Ti nos voltamos contritos, porque para Ti será o retorno; (cap 60)

Entrada do profeta em Macca

O Profeta (s) não se esqueceu da sua saída de Macca, anos atrás, perseguido.

Quando ele estava a entrar, com toda aquela majestade e grande multidão de combatentes a acompanhá-lo, lembrou-se disso e prestou gratidão a Deus repetidamente e até deitou lágrimas. Mesmo com Abu Sufiyan já convertido ao Islam ele não deixou tomar medida de precaução na sua entrada em Macca, sabendo que a vitória é uma dádiva de Deus, mas Deus só a concede para quem se prepara para isso na plenitude. O Profeta (s) chegou a Dhu- Tuwa,de onde se vê Macca e daí ele quis entrar vitoriosamente sem derramamento de sangue. Aí ele prestou gratidão a Deus, o poderoso, por esta vitória. Ele prostrou-se profundamente e depois dividiu a sua tropa em quatro divisões e deu-lhes ordens restritas para não lutarem e não derramarem sangue, a não ser que sejam forçados a isso.

A 1º Divisão, chefiada por Zubair Bin Awwan, responsável pelo flanco esquerdo, foi ordenada a entrar em Macca pelo norte.

A 2º Divisão, chefiada por Khalid Bin Walid, responsável pelo flanco direito, foi ordenada a entrar em Macca pelo flanco sul da cidade, do lado de Kadi.

A 3º Divisão, chefiada por Saad Bin Ubadah, composta pelos Ansar (naturais de Madina), foi ordenada a entrar em Macca pelo flanco oeste.

A 4º Divisão, chefiada por Abu Obaidah In Al-jarrah, composta pelo Mujajerin, em que estava o profeta Mohamad (s), também entrariam pela parte norte,perto do Jabal (monte) Hind.

Quando quatro divisões estavam prestes a marchar, o Profeta (s) ouviu Saád Bin Ubadan a dizer: “Não! Saad errou hoje é dia em que Deus engrandecerá Caaba,” e depois afastou Saad Bin Ubadah do posto de chefe e colocou em seu lugar seu filho, Kais. O Profeta (s) tomou esta medida porque, depois de ouvir isso, se deixasse continuar Saad Bin Ubadah no seu posto, decerto que esse comandante violaria o ordem do Profeta (s) de não derramar sangue no recinto de Macca.

Todas as divisões entraram em Macca pelos seus respectivos flancos, sem qualquer problema, exceto Khalid Bin Walid, que entrava pela parte sul da cidade, habitada por homens mais hostis dentre os coraixitas. Muitos dentre eles foram os que tinham atacados a tribo Khuzáa e violado o tratado de Hudaibiya. Mesmo depois do apelo de Abu Sufiyan, seu chefe, eles queriam impedir a entrada e prepararam-se para a batalha, liderados por Safwan, Suhail e Ikrimah Bin Abu Jahal. Quando a tropa de Khalid entrou na zona deles, os arqueiros, sem hesitação, atacaram, lançando setas contra eles a partir das rochas de Jabal Al-Khandama. Três homens dos muçulmanos foram mortos, nomeadamente Kurz Bin Achar e Salma Bin Almailá. Por essa razão, Khalid teve forçosamente que defender e atacando-os matou logo treze dos inimigos. Durante os encontros alguns fugiram para Caaba e outros para a direção do mar; em seguida Khalid continuou a sua marcha. O Profeta (s), nessa altura, já tinha chegado ao topo de Al-Hojun. Daí ele vira as espadas a brilhar e então perguntou: “O que é isto? Eu não vos tinha proibido toda a guerra?” Ele enviou logo um Ansar para ir chamar Khalid Bin Walid. Quando este chegou, o Profeta (s) perguntou-lhe o que se passara, e Khalid respondeu: “O inimigo agrediu-nos. Eu tentei evitar o máximo mas, em defesa, tivemos que responder e Deus concedeu-nos a vitória”. Então o Profeta (s) disse: “Aconteceu o que Deus queria”. O Profeta (s) já estava a preparar a sua entrada na cidade e assim a profecia da Bíblia vinha a ser cumprida:

“2 – Disse, pois o Senhor veio de Sinai e lhes subiu de seir, resplandeceu desde o monte Paran (ou Faran, antigo nome de Macca) e veio com dez milhares de Santos à sua direita, havia para eles o fogo da Lei”. Deuteronômio,33,2. O Profeta (s) não teve oposição nenhuma em sua entrada. Entrou montado no Al-Káswa (a sua camela), vestido de escarlate. Todavia, caminhava lentamente, pois os seus movimentos eram impedidos pela imensa multidão que se apinhava ao seu redor, consigo na mesma camela estava também montado Ussama Bin Zaid.

Ele entrou em Macca na manhã de uma sexta-feira, dia vinte do mês de Ramadan e mandou colocar a sua tenda em “Al-Hojun”. Estavam lá Umm Salma e Maimuna (suas esposas) que perguntaram ao Profeta se não queria descansar na sua casa antiga. “Não!” Respondeu o Profeta (s). “Eles não deixaram nenhuma casa para mim em Macca.” Ele descansou na sua tenda. O Profeta (s) recordou-se dos dias passados, quando começou a sua missão e quando era perseguido, sem qualquer apoio aparente. Deus prometeu-lhe dizendo:

“Na verdade, aquele que tornou obrigatório para ti o Alcorão (a sua recitação, transmissão e prática) far-te-á voltar para o primeiro lugar (Macca), terra natal, terra de origem. Cap. 28, versículo 85

Aqui, neste versículo, trata-se de mais um milagre do Alcorão.

Deus diz de antemão: “Esses que te obrigaram a abandonar a tua terra natal e cuja separação te aflige, tenha calma, porque aquele que tornou o Alcorão obrigatório para ti (a sua recitação, transmissão e prática) far-te-à chegar à tua terra natal. Nessa altura tu estarás livre, vitorioso e com autoridade”. Este versículo foi revelado quando o Profeta (s) estava a emigrar forçosamente para Madina.

Portanto, a promessa de Deus foi cumprida neste mundo mas ainda estavam para seguir o cumprimento de muitas outras promessas, noutro mundo, assim como Deus disse logo no início ao Profeta (s).

“Com efeito, a outra vida é muito melhor para ti do que a vida mundana (presente) e em breve o teu Senhor há-de-dar-te muitas graças e favores na outra vida, de maneira que fiques satisfeito”. Cap. 93, versículo 4-5

Aqui o Profeta (s) agradeceu prostrando-se, com os olhos cheios de lágrimas. Sabia que Deus é que era a verdade absoluta e o resto é uma pura ilusão.

A seguir o Profeta (s) levantou-se, montou a sua camela e entrou no Haram, cumpriu o Tawaf (circundou) e tocou à pedra negra com o seu cajado (bengala), reconhecendo-a como relíquia sagrada. Depois de acabar o Tawaf, chamou Osman Bin Tal-a, o guardião da Caaba, para abrir a porta da Caaba. Mas este recusou-se; então, Ali arrancou-lhe as chaves das mãos. Aí, o Profeta (s), por ordem de Deus, mandou devolvê-las ao vetusto funcionário e assim conquistou-o, com a sua bondade, tanto que não só as portas lhe foram abertas mas ele mesmo reconheceu o Islam e depois foi mantido no seu cargo.

O Profeta (s) parou junto à porta, com as pessoas aglomeradas no local e fez o seguinte discurso:

“Não há outra divindade senão Deus, Ele não tem parceiro nenhum.

Cumpriu a Sua promessa, ajudou ao Seu servo e sozinho derrotou os confederados. Todo o orgulho, todos os costumes antigos da época da ignorância, de vingança, derramamento de sangue, reclamações (reivindicações nas contas de guerra feudal) estão abaixo dos meus pés (estão abolidas), nenhuma coisa fica, exceto a custódia da Caaba e o abastecimento de água aos peregrinos.

Ó vós, gentes de Coraix! Realmente Deus aboliu de vós todo o tipo de orgulho da época da ignorância e todo o orgulho à base da raça, linguagem ou descendência, porque todos os homens são descendência, porque todos os homens são descendentes de Adão e Adão foi criado a partir da terra”

E depois recitou:

“Ó humanos, em verdade nós criamos de um macho e de uma fêmea e vos dividimos em povos e tribos para que vos reconhecêsseis uns aos outros; na verdade o mais nobre de vós perante Deus é o mais piedoso (temente), na verdade Deus sabe e está informado”. Cap. 49, versículo 13

O grande favor que o Islam fez para humanidade, foi estabelecer a igualdade entre todos os humanos, seja qual for a raça. Este grande documento foi dirigido há mil e quatrocentos anos atrás, mas nem hoje nem no futuro alguém conseguirá apresentar melhor.

Os inimigos cegos são injustos. Eles que vejam este discurso de Mohamad (s) e leiam-no várias vezes. Será que Mohamad (s) está pedindo para os homens se rebaixarem perante Ele? Para lhe pagar imposto, taxa ou ameaçá-los com alguma punição no caso de desobediência? Declarou alguma lei marcial nas terras conquistadas? O objetivo da guerra de Mohamad (s) não era glória nacional nem para a expansão territorial, mas apenas para elevação do nome de Deus, eliminar a tirania que impedia o acesso de alguns ao caminho reto de Deus e acabar com injustiça; por isso, não era lógico ele eliminar uma tirania e implantar outra. Pode-se comparar algum rei, presidente ou conquistador com Mohamad (s) ? Pelo contrário, nos momentos mais importantes e decisivos, em que Deus lhe deu poder sobre os seus inimigos,Mohamad(s) perdoava-os e assim dava um lição de bondade a toda humanidade.O discurso não acaba aí.Como estava presente também os líderes coraixitas a escutar o discurso, os piores inimigos, que quiseram eliminar Mohamad (s) e o islamismo e tudo fizeram para conseguirem o seu objetivo, o Profeta (s) olhou para eles e perguntou :

“Ò grupo de coraixitas ! O que é que vocês acham que vou fazer convosco?” Eles responderam: “O bem, porque tu és um irmão nobre e filho de um irmão nobre”.

Então, o Profeta disse ; “Não há censura nenhuma contra vós. Levantai-vos, pois, e ide ; estais livres”.

Perdão com Poder

Perdoar é uma bela virtude quando a pessoa é poderosa. De fato, o espírito de Mohamad (s) era muito elevado, acima de todos os ódios e vinganças. Entre os coraixitas estavam os que conspiravam contra ele para o matar, os que abusaram, apedrejaram, perseguiram e aos seus companheiros, expulsaram de Macca, lutaram contra ele em Badr e Uhud, cercaram Madina na batalha da trincheira, instigaram outros árabes contra ele e que, mesmo agora, se tivessem o poder, mutilavam-no como fizeram ao seu tio Hamza em Uhud: mas agora estavam todos abaixo dos seus pés, e por outro lado os crentes `espera da ordem para os aniquilar totalmente. Mas Mohamad(s) foi de fato Mohamad (s). Não há par para ele no mundo. O coração ele estava totalmente livre de todo o tipo de injustiça, maldade, tirania e orgulho. Ele não prendeu ninguém, não impôs nenhuma penalidade, não utilizou força nenhuma mas apenas disse : “Ide, estais livres”. Até as casas dos Muhajerin que tinham sido confiscadas em Macca pelos descrentes e que agora poderiam ser retomadas, o Profeta(s) disse (aos Muhajerin) para as deixarem e perdoarem-nos. De fato, na há exemplo igual,nem personalidade que possa igualar a Mohamad(s). Estas qualidades só podem ser dum mensageiro de Deus. Reparem a outra face da imagem. No Novo Testamento, Lucas, cap.19, vers.27, Jesus diz : “E quando àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim”. E no Antigo Testamento, I, Samuel 15,3 : “ Vai, pois, agora e feri a Amalac e destrói, totalmente, tudo o que tiver e não lhe perdoes, porém, matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de mama, desde os bois até as ovelhas e desde os camelos até aos jumentos”. E no Josué 6, vers.20-24, consta :” E tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente, ao fio da espada, desde o homem até a mulher, desde o menino até o velho e até ao boi e o gado miúdo e ao jumento...Porém, a cidade e tudo quanto havia nela, queimaram a fogo; tão-somente a prata e o ouro e os vasos de metal e de ferro deram para o tesouro da casa do Senhor”.

E muitos outros versículos iguais no Antigo Testamento. Agora a questão é : Qual é a religião de amor e tolerância? Judaísmo, cristianismo ou islamismo?

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Assalamo Alaikom WA WB,

Por: Omar Hussein Hallak

A Difamação de AbdAllah Bin Ubai Ibn Salul

Sabemos que umas das coisas mais condenáveis no islam é a calúnia e a difamação. Na história islâmica temos alguns exemplos disso. E para mostrar que ninguém está livre desses atos abomináveis, vamos mostrar um khutub pronunciado por sua Iminência Sheikh Shekh Amer Egito e traduzido pelo irmão Omar H. Hallak. Essa calúnia foi cometida contra a "Mãe dos Crentes" Aisha (RAA), esposa do Profeta Muhammad (SAAS).

Em verdade, que Allah seja louvado. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e perdão. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo.


Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu Servo e Mensageiro; divulgou a mensagem, orientou a nação e se esforçou pela causa de Deus até o último dia de sua vida. Que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.

Diz Allah em Seu Nobre Livro:

Ó homens! Temei a vosso Senhor, que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres. E temei a Allah em nome de Quem vos solicitais mutuamente, e respeitai os laços consangüíneos. Certamente Allah, de vós, é Observante.

Em verdade, a palavra mais verdadeira está no Alcorão. A melhor orientação é a de Mohammad (s). A pior coisa é a Bid`aa (A Inovação). E toda inovação é uma desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

Caros irmãos e irmãs no Islam! O assunto de hoje é “A Difamação de AbdAllah Bin Ubai Ibn Salul contra Aicha, esposa do Profeta Mohammad (s)”. Este evento é conhecido em árabe como Hadithatul Ifk. Trata-se de rumores falsos lançados contra Aicha, a mãe dos crentes, durante a viagem da campanha de Bani Mustalak. Ela viajara num coche coberto sobre um camelo reservado exclusivamente para ela. No ultimo dia de viagem, quando a caravana parou no local de repouso, o Profeta (s) ordenou à noite, repentinamente, aos muçulmanos que regressassem a Madina. No entanto, Aicha ® tinha saído a fim de satisfazer suas necessidades naturais e ainda não tinha regressado. Ela atrasou-se por que perdeu o colar que estava usando e este colar não lhe pertencia, então ela se preocupou em recuperá-lo e isto provocou a demora. Sem dar conta de sua ausência a caravana seguiu sem ela, os guias dos camelos não notaram a sua ausência ao recolocar o coche sobre o camelo por que ela era muito leve. Após ter recuperado o colar, ela retornou para o acampamento, mas para sua surpresa, não encontrou ninguém no local e por isso ficou muito preocupada.

Então, preferiu ficar no local e não se movimentar dali e, sentada, adormeceu. Já era noite, ela tinha convicção que os guias descobririam o seu erro e voltariam atrás, mas ninguém voltou. Quando chegou a manha, apareceu Safwan Bin Muattal, que foi especialmente incumbido pelo Profeta (s) para escoltar na retaguarda, para apanhar as coisas que eventualmente ficassem para trás.

Ao analisar o acampamento, em busca de objetos perdidos, ficou chocado ao ver a mãe dos crentes, Aicha. Safwan disse em voz alta: “LA Ilaha Illa Allah”. Ao ouvir essa voz Aicha despertou e logo cobriu seu rosto com o véu. Safwan baixou o camelo, Aicha subiu-o e sentou-se no coche sozinha. Tudo isso se passou sem que se dirigissem uma palavra. Safwan conduziu o camelo a pé, até alcançarem o exercito dos muçulmanos.

Quando chegaram, e os muçulmanos souberam do que tinha acontecido tiveram muita pena, mas ficaram descansados ao verem-nos chegar são e salvos. Todavia, os hipócritas aproveitaram essa portunidade para lançarem calunias contra Aicha. Quem lançou as calunias foi AbdAllah Bin Ubai Ibn Salul, o chefe dos hipócritas. Falaram muitas palavras feias, que criaram uma agitação curiosa na tropa dos muçulmanos. O Profeta (s) estava muito hesitante mas matinha-se calado. Logo após a chegada em Madina Aicha adoeceu, doença essa que durou um mês e por fora as pessoas passavam os dias em comentários, sem ela saber do que estava acontecendo. Antes, sentia o carinho o Profeta (s), mas esse carinho diminuira bastante, passava a porta de seu quarto e limitava-se a perguntar: “Como estais vós?” Estas atitudes criaram-lhe suspeitas e duvidas. Quando ela melhorou relativamente, saiu e encontrou-se com a mãe de Misstah que a informou do que se passava. Ao ouvir isso Aicha sentiu-se mal, o que piorou a sua doença. Quando o Profeta foi vê-la em sua visita habitual, Aicha pediu-lhe para ir passar uns dias na casa de seu pai, Abu Bakir ®. O Profeta autorizou-a e ela quando chegou imediatamente perguntou à sua mãe sobre que as pessoas falavam contra ela. A mãe consolou-a respondendo: “Minha filha tenha calma, por Deus! É raro haver uma mulher casta, casada com um homem que a ama, e ela não ter quem a inveje.” Aicha ® chorou muito e nesta noite não dormiu.

Entretanto, o Profeta iniciava uma investigação minuciosa sobre o assunto, na presença de seus companheiros, ouvindo a suas opiniões, perguntando as mulheres se tinham notado algo duvidoso na pessoa de Aicha. Contudo, todos afirmavam a inocência de Aicha. Então, o Profeta (s) subiu ao púlpito na mesquita e lamentou a atitude tomada por algumas pessoas na difamação de sua família. Depois, o Profeta (s) foi até a casa de Abu Bakir, entrou, cumprimentou os presentes, sentou-se e disse: “Aicha, ouvi a teu respeito tais rumores. Se és inocente, Deus confirmará a sua inocência, e se cometeste algum pecado, pede perdão a Deus, e volta-te a Ele arrependida porque um servo quando reconhece o pecado e se volta arrependido a Deus, Ele o perdoa.”

Ela dirigiu-se aos pais dizendo: “Respondei ao Profeta” Os pais disseram: “Por Deus! Não sabemos o que responder”. Aicha disse: “Realmente eu, por Deus, já sei que ouviste esta conversa a meu respeito e acreditastes nela. Por isso se vos disser que sou inocente, não me acreditarão, e se confessar perante vós qualquer pecado enquanto Deus sabe que sou inocente, acreditar-me-eis imediatamente. Portanto, eu não pedirei perdão por uma coisa que Deus sabe que não pratiquei. Limitar-me-ei a dizer o que o pai de Yussuf disse: Paciência! Vou implorar auxilio de Deus contra o que acabais de anunciar-me”. Aicha ® manteve-se firme e respondia a todos que Deus não é injusto.

Nesta ocasião. Deus revelou os seguintes versículos confirmando a inocência de Aicha e ao mesmo tempo definindo o castigo aplicavél. Surat Annur: Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

1.Uma surata que enviamos e prescrevemos, na qual revelamos lúcidos versículos, a fim de que mediteis.

2.Quanto à adúltera e ao adúltero, vergastai-os com cem vergastadas, cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprir a lei de Deus, se realmente credes em Deus e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos fiéis testemunhe o castigo.

3.O adúltero não poderá casar-se, senão com uma adúltera ou uma idólatra; a adúltera não poderá desposar senão um adúltero ou um idólatra. Tais uniões estão vedadas aos fiéis.

4.E àqueles que difamarem as mulheres castas, sem apresentarem quatro testemunhas, infligi-lhes oitenta vergastadas e nunca mais aceiteis os seus testemunhos, porque são depravados.

5.Exceto aqueles que, depois disso, se arrependerem e se emendarem; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

6.E aquele que difamar a sua esposa, em mais testemunhas do que eles próprios, que um deles jure quatro vezes por Deus que é um dos verazes.

7.E na quinta vez pedirá que a maldição de Deus caia sobre ele, se for perjuro.

8.E ela se libertará do castigo, jurando quatro vezes por Deus que ele é perjuro.

9.E na quinta vez pedirá a incidência da abominação de Deus sobre si mesma, se ele for um dos verazes.

10.Se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco... e Deus é Remissório, Prudentíssimo.

11.Aqueles que lançam a calúnia, constituem uma legião entre vós; não considereis isso coisa ruim para vós; pelo contrário, é até bom. Cada um deles receberá o castigo merecido por seu delito, e quem os liderar sofrerá um severo castigo.

12.Por que, quando ouviram a acusação, os fiéis, homens e mulheres, não pensaram bem de si mesmos e disseram: É uma calúnia evidente?

13.Por que não apresentaram quatro testemunhas? Se não as apresentarem, serão caluniadores ante Deus.

14.E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco, nesse mundo e no outro, haver-nos-ia açoitado um severo castigo pelo que propalastes.

15.Quando a receberdes em vossas línguas, e dissestes com vossas bocas o que desconhecíeis, considerando leve o que era gravíssimo ante Deus.

16.Deveríeis, ao ouvi-la, ter dito: Não nos compete falar disso. Glorificado sejas! Essa é uma grave calúnia!

17.Deus vos exorta a que jamais reincidais em semelhante (falta), se sois fiéis.

18.E Deus vos elucida os versículos, porque é Sapiente, Prudentíssimo.


19.Sabei que aqueles que se comprazem em que a obscenidade se difunda entre os fiéis, sofrerão um doloroso castigo, neste mundo e no outro; Deus sabe e vós ignorais.

Quando foram revelados os versículos o Profeta (s) ficou muito contente e deu a boa nova a Aicha da sua inocência confirmada por Deus. Então a sua mãe disse-lhe: “Levanta-te e agradece ao Profeta” Aicha respondeu: “Não! Por Deus, eu apenas agradecerei a Deus que anunciou a minha inocência.” Depois disso os que levantaram boatos difamatórios foram castigados, conforme manda o Alcorão como uma regra geral aplicável a todos os que estejam na mesma situação, pra proteger a honra da mulher casta.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Assalamo Alaikom WA WB,

Criação de Cães sem Necessidade

Os muçulmanos não tem por hábito a criação de cães sem que não haja uma justificativa para tal ato. Aliás o Islamismo é a Religião da lógica. Ao mesmo tempo em que temos um código de defesa da natureza e defendemos o bom trato dos animais, não os criamos indiscriminadamente, haja vista, que essa atitude pode colocar em risco a saúde humana de várias maneiras. Como todas as criaturas do mundo, o cão foi criado por Allah SW e tem com certeza um papel importante na cadeia biológica além de porder fazer grandes parcerias com os humanos. Contudo devemos ser precavidos quanto a sua utilização e companhia.


Manter cães dentro de casa sem qualquer necessidade, apenas como animais de estimação, foi proibido pelo Profeta Muhammad (s). Quando observamos o luxo com que as pessoas de boa situação(econômica) tratam os seus cães, ao mesmo tempo desprezando seus parentes, e quanta atenção eles dedicam aos seus cães ao mesmo tempo que negligenciam seus vizinhos, compreendemos a sabedoria desta proibição. Além do mais, a presença de um cão se torna anti-higiênicos os utensílios caseiros devido a serem lambidas pelo animal. O Profeta Muhammad (s), disse:

"Se um cão lambe um prato(ou panela), limpe-o diversas vezes, das quais uma pelo menos deve ser com areia(ou com terra)." (Al-Bukhari)

Alguns sábios são da opinião de que a razão para a proibição da manutenção de cães pode ser por eles latirem aos visitantes, espantarem os necessitados que vem em busca da caridade, e perseguem e tentam morder os que passam.

O Profeta Muhammad (s), disse:

"O anjo Gabriel veio a mim e disse: `Procurei-o ontem, mas o que me preveniu de entrar foi haver uma estátua à porta, uma cortina com imagens e um cão dentro da casa. Assim sendo, mande que seja quebrada a cabeça da estátua para que parece o tronco de uma arvore, que cortem a cortina e façam dela duas almofadas para reclinar, e que o cão seja posto para fora.`" (Abu Daud, An-Nissaí, e Ibn Hibban em seu Sahih)

Esta proibição se limita à criação de cães sem necessidade ou utilidade.

A Permissibilidade de Manter Cães de Caça e de Guarda

Os cães que são criados com um propósito, tais como os de caça, os pastores de gado ou guardas de colheitas e outros parecidos, estão livres da proibição. Em uma tradição relatada tanto por Al-Bukhari como por Muslim, o Profeta Muhammad (s), disse:

"Aquele que criar um cão que não seja de caça ou para guardar a colheita ou o gado, perderá uma medida de sua recompensa por dia." (Abu Daud, An-Nissaí, e Ibn Hibban em seu Sahih)

Com base nesta Tradição, alguns juristas argúem de que criar cães como animais de estimação podem ser considerado como desaconselhável e não ilícito já que o que é ilícito, é terminantemente proibido sem a preocupação de haver uma redução da recompensa ou não.

Entretanto, esta proibição de se manter cães em casa não significa que eles devem ser tratados com crueldade ou de que devam ser exterminados. Aludindo-os seguinte versículo do Alcorão:

"Não existe ser algum que ande sobre a terra, nem ave que voe, que não constituam nações semelhantes à vós." (6: 38)

O profeta Muhammad (s) contou aos companheiros uma historia sobre um homem que havia encontrado um cão no deserto, resfolegando e lambendo a areia de sede. O homem foi até um poço, encheu seus sapatos de água, e aliviou a sede do cão. Disse o Mensageiro de Deus:

"Deus aprovou isto e perdoou-lhe todos os seus pecados." (Al-Bukhari)

As Descobertas Cientificas Sobre a Criação de Cães

Alguns admiradores do ocidente nos países muçulmanos, alegam estar imbuídos de amor e compaixão por todas as criaturas vivas, e questionam a razão do Islam prevenir contra o "melhor amigo"do homem. Para informação destes, citamos aqui um longo trecho de um artigo escrito por um cientista Alemão, o Dr. Gerard Finstimer, no qual o autor esclarece sobre os perigos à saúde humana resultante da criação de cães ou do contato constante com eles. Diz ele:

"O crescente interesse demonstrado por muita gente dos tempos atuais na criação de cães como animais de estimação, compeliu-nos a chamar a atenção do publico aos perigos que daí resultam, especialmente pelo freqüente carinho com que os cãezinhos são abraçados e beijados, deixando-se que lambam as mãos dos jovens e dos idosos, e o que é pior, deixando-os lamberem pratos e utensílios que são usados por seres humanos para comer e beber. Alem de anti-higiênico e desagradável, este costume é de má educação e abominável ao bom gosto. Entretanto, não estamos preocupados aqui com estes aspectos, deixando que eles sejam abordados por professores de boas maneiras e etiqueta. Ao invés disso, este artigo pretende apresentar algumas observações cientificas. Do ponto de vista medico, que é nossa principal preocupação aqui, os riscos à saúde e vida humana resultantes de se manter e brincar com cães, não podem ser ignoradas. Muitas pessoas ja pagaram um alto preço por sua ignorância, adquirindo coisas como a solitária, verme transmitido pelo cães, e que causam doenças crônicas e à vezes fatais. Esse verme é encontrado no homem, no gado e nos suínos, mas só é encontrado completamente desenvolvido nos cães, lobos, e raramente nos gatos. Esses vermes diferem dos outros por serem pequenos e quase invisíveis, daí somente terem sido descobertos muito recentemente."

E ele continua, "Biologicamente, o processo de desenvolvimento desse verme tem certas características singulares. Nas lesões que causa, um único verme dá origem a várias cabeças ou carnegões, que se espalham e formam outros tipos e variedades de lesões e abscessos. Essas cabeças se transformam em vermes "adultos" somente nas amídalas dos cães. Nos seres humanos e em outros animais eles só aparecem como lesões e abscessos completamente diferentes do verme ele próprio. Nos animais, o tamanho do abscesso pode chegar a ser igual ao uma maçã, enquanto que o fígado do animal infectado pode crescer até cinco ou dez vezes o seu tamanho normal. Nos seres humanos, o tamanho do abscesso pode chegar ao de um punho fechado ou mesmo igual ao de uma cabeça de recém-nascido; ele fica cheio de um liquido que pode pesar de 5 a 10 quilos. Em um ser humano contaminado, ele pode causar diversos tipos de inflamação nos pulmões, músculos, baço, rins e cérebro, e aparece em formas tão diversas e inesperadas que os especialistas, até recentemente, tinham dificuldade em reconhecê-lo. De qualquer modo, onde quer que tal inflamação é localizada, ela representa grave perigo a sua saúde e vida do paciente. O que é pior, apesar do nosso conhecimento de sua vida, história, origem e evolução, ainda não somos capazes de chegar a uma cura para ele. exceto que em certos casos esses parasitas se extinguem, talvez devido à formação de anticorpos produzidos pelo corpo humano. Infelizmente, os casos em que esses parasitas se extinguem sem causar danos são muito raros. Além disso, a quimioterapia não conseguiu produzir qualquer melhoria, e o tratamento comum é o da remoção cirúrgica das partes afetadas do corpo. Por todas essas razoes, devemos despender todos os recursos possíveis para combater esta horrível doença e salva o homem dos seus perigos. "O professor Noeller, por intermédio da dissecação post-mortem de corpos humanos na Alemanha, constatou que a contaminação com vermes provenientes de caes é de pelo menos um por cento. em lugares como a Dalmácia, a Islândia, o sudeste da Australia e Holanda, onde se usam caes para puxar trenós, a taxa de incidência dessa verminose nos cães é de 12%. Na Islândia, o numero de pessoas que sofrem de inflamação causada por esse verme já alcançou a taxa de 43%. Se acrescentarmos a isso o sofrimento humano, o prejuízo em carnes devido à contaminação do gado, e o risco permanente que reapresenta à saúde humana a mera presença da solitária, não podemos permanecer impassíveis diante do problema.

"Talvez a melhor maneira de combater o problema é limitar os vermes aos cães, não deixando que se disseminem, uma vez que na realidade nós precisamos de alguns cães. Não devemos deixar de tratar dos cães quando necessário, eliminando os vermes de suas amídalas e talvez repetindo esse processo periodicamente com os cães pastores e de guarda."

"O homem poderá proteger melhor sua vida e saúde mantendo uma distância segura entre ele e os cães. Ele não deve ficar abraçando-os, brincando com eles, nem deixá-los aproximar-se das crianças. As crianças devem ser ensinadas a não brincar com cães nem de acariciá-los. Não se deve deixar o cão lamber as mãos das crianças ou mesmo permanecer no lugar onde elas brincam. Infelizmente, é comum deixar-se os cães vagar por todos os cantos, especialmente nos locais onde brincam crianças, e suas vasilhas ficam espalhadas por toda parte. Os cães devem ter suas próprias vasilhas, e não se deve deixá-los comer ou lamber vasilhas ou pratos usados pelos humanos. Não se deve deixá-los entrar nos mercados, restaurantes ou lojas de viveres. Em geral, muito cuidado deve ser exercido para que eles não tenham contato com coisas usadas pelo ser humano para comer e beber." (Traduzido da revista alemã `Kosinos`)

Nos já sabemos que o Profeta Muhammad (s) proíbe misturar-se aos cães, e de que admoestava sempre contra deixá-los lamberem pratos e mesmo de criá-los desnecessariamente. Como é possível que os ensinamentos de um árabe iletrado, Muhammad (s), pudessem estar em conformidade com os últimos resultados de pesquisas cientificas? Em verdade, não sabemos dizer nada além de repetirmos as palavras do Alcorão:

"Nem fala por capricho. Isso não é senão a inspiração que lhe foi revelado." (53: 3-4)


“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Assalamo Alaikom WA WB,

Por: Omar Hussein Hallak

domingo, outubro 10, 2010

Dez Coisas que Anulam o Islam

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso!



Não basta se dizer muçulmano é preciso praticar o islamismo em todos os seus pilares. Vamos ver nessa matéria atitudes que pode anular o islamismo de nossas vidas. Astahfirullah ( Peço perdão a Deus)

Dez Coisas Que Anulam o Islam - De University College London Islamic Society


Todo louvor é devido a Deus, o Senhor dos mundos. Que a paz e as bênçãos estejam com o Último Mensageiro de Deus, e sobre todos aqueles que o seguem até o Último Dia. Prosseguindo, irmãos e irmãs muçulmanos, é preciso que saibam que existem questões que anulam o seu Islam. Por favor, prestem atenção a elas:

1. Atribuir parceiros a Deus (shirk). Diz Deus, o Altíssimo:

"A quem atribuir parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal! Os iníquos jamais terão socorredores." (5:72)


São formas de shirk invocar os mortos, pedir-lhes ajuda, oferecer presentes ou sacrifícios.


2. Criar intermediários entre a pessoa e Deus, suplicar a eles, pedir a intercessão deles junto a Deus e depositar neles a confiança, é infidelidade (kufr)


3. Pensar que os politeístas (mushrikin) não são descrentes, ou ter dúvida sobre a descrença deles, ou achar sua forma de vida correta. Aquele que assim age é um(a) descrente (kafir).


4. Quem acredita que qualquer outra orientação seja mais perfeita, ou qualquer decisão seja melhor do que as emanadas dos profetas, é um descrente. Isto se aplica àqueles que preferem as normas do Mal (Taghout) às dos profetas. Eis alguns exemplos:


a) Acreditar que os sistemas e leis feitos pelos seres humanos são melhores do que a shari'ah do Islam; por exemplo, achar que o sistema islâmico não é adequado para o século XX; acreditar que o Islam é a causa do atraso dos muçulmanos; ou que o Islam é uma relação entre Deus e o muçulmano e que não deve interferir em outros aspectos da vida.


b) Dizer que o cumprimento das punições prescritas por Deus, como, por exemplo, cortar a mão do ladrão ou o apedrejamento de um adúltero, não é adequado para os dias atuais.


c) Acreditar que é permissível baixar uma norma para as transações islâmicas ou matérias legais, punições e outras questões, que não tenha sido revelada por Deus. Ainda que a pessoa não acredite que essas coisas estejam acima da shari'ah, na verdade ela acaba por aceitar como permissível uma coisa que Deus proibiu totalmente, como o adultério, o álcool ou a usura. De acordo com o consenso muçulmano, aquele que afirma que tais coisas são permissíveis é um (kafir).


5. Aquele que não aceita qualquer parte do que o Mensageiro de Deus (SAW) tenha declarado lícito anula seu Islam, mesmo que aja em concordância com ele. Diz Deus, o Altíssimo:


"Isso, por terem recusado o que Deus revelou; então, Ele tornará as suas obras sem efeito." (47:9)


6. Aquele que zomba de qualquer aspecto da religião do Mensageiro de Deus (SAW), ou de quaisquer de suas recompensas ou punições, torna-se um descrente. Diz Deus, o Altíssimo:

"Porém, se os interrogares, sem dúvida te dirão: Estávamos apenas falando e gracejando. Dize-lhes: Escarneceis, acaso, de Deus, de Seus versículos e de Seu Mensageiro? Não vos escuseis, porque renegastes, depois de terdes acreditado!" (9:65-66)


7. A prática da magia, aí incluído, por exemplo, provocar uma rixa entre marido e esposa, transformando o amor por ela em ódio, ou seduzir uma pessoa, através da magia negra, para fazer coisas de que ela não gosta. Aquele que se envolve com estas coisas ou que gosta delas está fora da comunidade do Islam. Diz Deus, o Altíssimo:


Ambos (Harut e Marut) a ninguém instruíram, sem que dissessem: Somos tão-somente uma prova; não vos torneis incrédulos!" (2:102)

8. Apoiar ou ajudar politeístas contra os muçulmanos. Diz Deus, o Altíssimo:

"Porém, que dentre vós os tomar por confidentes, certamente será um deles; e Deus não encaminha os iníquos." (5:51)


9. Aquele que acredita que algumas pessoas têm a permissão de se afastar da shari'ah de Mohammad (SAW) é um descrente. Diz Deus, o Altíssimo:

"E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados." (3:85)

10. Afastar-se completamente da religião de Deus, deixar de conhecer seus preceitos ou de agir de acordo com eles. Diz Deus, o Altíssimo:

"E haverá alguém mais iníquo do que quem, ao ser exortado com os versículos do seu Senhor, logo os desdenha? Sabei que Nós puniremos os pecadores." (32:22)

E diz Deus, o Altíssimo:


"Aquele que não crê afasta-se daquilo do qual foi advertido."

Não faz diferença se tais violações sejam cometidas como brincadeira, com seriedade ou isentas de medo, exceto quando praticadas sob coação (por exemplo, ameaça de perda da vida). Buscamos refúgio em Deus contra tais atos porque eles acarretam Sua ira e punições rigorosas.


“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

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terça-feira, setembro 28, 2010

HIJÁB (LENÇO QUE COBRE A CABEÇA) NO CRISTIANISMO

É incorreto pensar que somente a mulher muçulmana é quem tem a obrigação de se vestir decentemente, pois mostrar os contornos do corpo feminino, quer seja através de vestes transparentes, justas ou deixando parte do corpo ou cabelo descobertos, é também interdito noutras religiões. De foto, o Islam não é a única doutrina que advoga essas diretivas, mas é certo que se trata da única religião no mundo moderno que ainda luta por manter e defender os seus princípios morais e sociais.

As muçulmanas são as únicas mulheres que ainda optam por seguir o código de indumentária deixado pelo último mensageiro enviado à humanidade – Muhammad assim como pelos profetas anteriores a ele como Jesus e Moisés. Analisemos o caso concreto do Cristianismo, que é atualmente a religião mais predominante no Ocidente e de onde surgem indivíduos que constantemente se prontificam a criticar o Islam quando o assunto é Hijáb e não só.

Antes de prosseguir, é pertinente esclarecer aqui o verdadeiro conceito de Hijáb. Não se trata apenas da conduta e comportamento da mulher, mas abrange ainda a sua indumentária, pois segundo este código, a mulher deve constantemente cobrir todo o seu corpo incluindo os cabelos, com exceção da cara, mãos e pés, e não vestir peças justas ou transparentes de modo a que possa exibir as partes proibidas. Portanto, o termo árabe “Hijáb” reflete um conceito mais alargado e não possui uma tradução direta para Português. Este conceito tem sido indevidamente traduzido através da palavra “véu”, que na língua portuguesa significa “tecido com que as mulheres cobrem o rosto”, o que é incorreto pois o termo árabe utilizado para esta última palavra é “Niqáb”, que é especificamente a peça que cobre o rosto.

Voltando ao assunto em epígrafe, será que é um mandamento cristão a mulher cobrir os seus cabelos? Vejamos o que diz a Bíblia sobre isso: «Rebeca também levantou seus olhos, e viu a Isaac, e desceu do camelo. E disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu senhor. Então a tomou o véu e cobriu-se.» [Génesis 24:64-65] .Rebeca cobriu a sua cabeça na presença de Isaac – um homem estranho a si – como sinal de modéstia, prática essa que ainda hoje pode ser encontrada nalgumas mulheres extremamente decentes, retratando exatamente aquilo que defende a Bíblia. Era prática das mulheres à volta dos profetas, incluindo Jesus, cobrirem a cabeça e se vestirem decentemente devido à sua modéstia e por serem reservadas. Paulo também criticava duramente às mulheres que não cobriam a cabeça, senão vejamos: «Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a
cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada.

Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu (cubra os cabelos). O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.

Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.» [I Coríntios 11:4-10]. Estes versículos deixam algumas mensagens interessantes relacionadas às diretivas cristãs: • O homem cristão não deve cobrir a cabeça, pois isso é desonra para ele. Não se compreende como é que os prelados das igrejas cristãs, incluindo o Papa, cardeais, etc. usam a mitra ou solidéu sobre a cabeça. • A mulher cristã não deve deixar a cabeça descoberta, pois isso é desonra para ela, assim como o é rapar os seus cabelos. Portanto, a mulher que não cobre a cabeça que rape os seus cabelos, mas se isso for indecente para ela, então que os cubra. • O homem é a imagem e glória de Deus, não provém da mulher e nem foi criado por causa dela, enquanto que a mulher é glória do homem, provém dele e foi criada por causa deste.

O objetivo pelo qual a Bíblia estabelece de que a mulher deve cobrir a cabeça está bem claro: representa a autoridade e superioridade do homem em relação à mulher, tal como foi estipulado por S. Paulo.

O Ocidente tem atribuído indevidamente a mesma concepção à religião isslâmica; como o Hijáb é sinal de autoridade masculina no Cristianismo, então concluem que o mesmo princípio talvez seja igualmente aplicável no Isslam.

Contudo, o objectivo do Hijáb é de preservar a modéstia, honra e dignidade da mulher, tratando - se duma criatura mais sensível, preciosa e particular. Se o propósito do Hijáb fosse aquele que é atribuído ao Isslam pelo Ocidente, então o sagrado Al-Qur’án seria claro em defender isso assim como o fez a Bíblia. É também dever da mulher cristã cobrir a cabeça quando pretende orar ou efectuar trabalhos na igreja e sempre que estiver na presença de homens estranhos. Até aos anos 60, era obrigatório à mulher católica cobrir os seus cabelos na Igreja, lei essa que foi mais tarde “modernizada”, assim como muitas outras leis bíblicas. Já pensou porque razão é que Maria, a mãe de Jesus, é sempre representada com os cabelos cobertos? É de admirar porque apenas algumas freiras é que cumprem o “Hijáb”. Que leis são essas que devem ser cumpridas somente por uma camada de crentes seguidores da mesma doutrina?

O mesmo acontece com a questão do casamento, em que uns podem contrair e outros não, esquecendo-se que se trata duma necessidade individual de cada ser humano, para depois se envolverem em escândalos de pedofilia, deixando de lado tanta mulher que existe por aí!

Na realidade, são estes aspectos que fazem com que o Isslam seja reconhecido na prática e que tem conquistado vários seguidores, apesar da forte crítica que tem sido divulgada pela media ocidental, talvez por inveja de ser a religião que mais crentes ganha e a única que ainda cumpre os princípios originais estipulados por Deus aos diferentes profetas que foram enviados à face da Terra.

É verdade que certas muçulmanas não cumprem devidamente o mandamento do Hijáb. Mas quantas cristãs o fazem? Qual a proporção das que cumprem em relação às outras, em cada uma das religiões? Quantos cristãos seguem os ensinamentos bíblicos referentes à Unicidade de Deus, caridade obrigatória, proibição do sexo pré-marital, do adultério, das bebidas alcoólicas, da carne de porco, etc.?

Na realidade, existe um número muito reduzido de judeus e cristãos que ainda seguem os ensinamentos das suas Escrituras sagradas. Entretanto, a lei moral requer que a mulher cumpra o Hijáb (código de conduta) no seu coração muito antes de vesti-lo (como indumentária) exteriormente, pois aí estaria a aceitar livremente a posição que Deus lhe concedeu, seja na igreja, no seio da família ou na sociedade. O exemplo disso é o de uma das grandes mulheres que surgiu na história da humanidade: Maria, mãe de Jesus, uma personalidade humilde, submissa e obediente a Deus, a respeito da qual o profeta Muhammad  disse:

«De entre os homens existem muitos que se aperfeiçoaram, mas nas mulheres, só Ássiya, a esposa do Faraó, e Mariam fi lha de Imrán (mãe de Jesus) é que se aperfeiçoaram». [Bukhari] .Tudo o que é valioso não é de fácil acesso nem se encontra à mostra; o mesmo acontece com as coisas preciosas que ALLAH criou, senão vejamos: os diamantes e pedras preciosas são encontrados nas profundezas do subsolo, bem cobertos e escondidos; as pérolas encontramos no fundo do oceano, protegidas dentro de lindas conchas; o mesmo sucede com o ouro e outros metais preciosos, em que temos que perfurar rochas e rochas até os alcançarmos. Quem tem a coragem de deixar o seu dinheiro, umas simples notas de papel, à disposição de qualquer pessoa? Ninguém, pois conhecemos o seu verdadeiro valor e esforçamo-nos bastante para adquiri-lo.

Qualquer fruta também foi criada com a respectiva casca, uma espécie de invólucro que tem a função de conservar o sabor, o suco e a fruta no seu todo. Como podemos ver, existem vários outros exemplos que poderiam ser mencionados. Portanto, tudo o que é valioso ALLAH deixou bem protegido. O mesmo acontece com a mulher, que é muito mais preciosa do que diamantes, pérolas, ouro ou dinheiro e deve igualmente estar constantemente coberta e protegida. ALLAH estima a mulher que cumpre o Hijáb e sabe que se trata dum presente dado por Ele, pois a tratou como uma criatura bastante preciosa. Ela cumpre o Hijáb, pois sabe que através do mesmo adquire a honra, dignidade, respeito, beleza e estatuto e não se expõe perante homens estranhos que almejam apenas o contentamento carnal.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24


Fonte: REVISTA ISSLÂMICA - P. 1999 - Maputo – Moçambique - info@sautulisslam.com
http://www.sautulisslam.com/ - ANO XIX – EDIÇÃO Nº 29 - Shawwál 1431 - Setembro 2010 -Coordenador: Ahmad A. Abbá - Colaboradores: Sheikh Sulaiman H. Fonseca - Muhammad Alibai Lorgat - Lookmaan Mussa Makda

sexta-feira, setembro 24, 2010

NATAL E PAIXÃO NA PALESTINA


About JAMAL KAMAL 

Tu Jesus menino,
Que nasceste palestino,
Sob um teto de estábulo
Feito a foice e martelo.

Ainda hoje te vejo
Olhando teu Pai, humilhado.

Ainda hoje te vejo,
Chorando tua casa e teus sonhos
Demolidos.

Ainda hoje te vejo,
Clamando por justiça,
Aos teus pés, os corpos de teus irmãos,
meninos, palestinos.

Ainda hoje te vejo Jesus menino,
Desafiando monstros de aço e de fogo.

Ainda hoje te vejo menino palestino,
Resistindo ao terror a dor e a agonia.

Ainda hoje
E apesar de tudo,
Te vejo sorrindo.

Tu Jesus menino,
Que nasceste palestino,

Ainda hoje te vejo,
Na dor e no sorriso
De cada menino.

Na Palestina todo dia é dia de Natal,
Na Palestina todo dia é dia de funeral.
Feliz aniversário menino.

Quantos mais virão? "

( Poema dedicado a Faris- menino palestino, assassinado pelas forças invasoras israelenses, aos 13 anos de idade, por jogar pedras em um tanque de guerra.).

terça-feira, setembro 14, 2010

O Que Aprendemos de Ramadan?

Por: Sheikh.Khaled Taky El Din

Louvado seja Allah, Senhor do Universo e que a paz e a graça de Allah esteja com o nosso amado Profeta, com os seus familiares e com todos os seus companheiros.

Ramadan terminou sendo testemunha a favor ou contra nós. Para que o muçulmano complemente os sinais da fé que adquiriu durante esse mês abençoado, deve conservar algumas condutas que o ajudarão a auferir a satisfação de Allah. Entre essas condutas, citamos:

· Conservar o temor a Allah

"Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito aos vossos antepassados, para que temais a Allah" (2:183).

A nossa preocupação durante o mês de Ramadan era atingirmos o temor a Allah.

O significado do temor é ter receio de Allah, agir de acordo com o que foi revelado, contentar-se com pouco e preparar-se para o dia da partida.

Abu Zar (R) relatou que o Rassulullah (S) lhe disse: "Teme a Allah onde estiver, e pratica um bom ato após o mau ato que o apagará. Certamente Allah criou as pessoas com bom caráter." (Narrado por Tirmizi)

Essa tradição nos ordena temer a Allah onde estivermos.

· O Sentir-se Observado

O mês de Ramadan nos ensinou sentirmos que estamos sendo observados por Allah. Jejuávamos em segredo e manifestamente, pela nossa convicção de que Allah conhece tudo a nosso respeito, tem ciência dos nossos atos. Sentimos a Sua observação e, por isso, tememos desobedecê-Lo, e não por causa das pessoas.

"A Allah pertence tudo quanto há nos céus e na terra. Tanto o que manifestais, como o que ocultais, Allah vo-lo julgará. Ele perdoará a quem desejar e castigará a quem Lhe aprouver, porque é Onipotente." (2:284).

Aprendemos prestar contas de nós mesmos, observarmos os nossos corações durante o Ramadan para não quebrarmos o nosso jejum, porque sabemos e acreditamos que Allah conhece o que há dentro dos corações.

"Dize: Quer oculteis o que encerram os vossos corações, quer o manifesteis, Allah bem o sabe, como também conhece tudo quanto existe nos céus e na terra, porque é Onipotente." (3:29).

· A prática da religião e nos preocuparmos com a Outra Vida como a preocupação principal na nossa vida que nos facilita o nosso viver.

"Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a oração) é deveras árdua, salvo para os humildes, que sabem que encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão." (2:46).

Anas Ibn Málik (R) relatou que o Rassulullah (S) disse: "Quem se preocupa com a Outra Vida, Allah lhe concederá a riqueza no coração, unificará a sua família, e lhe submeterá o mundo. Aquele que se preocupa com o mundo, Deus o empobrecerá e desunirá a sua família, e não lhe proporcionará do mundo a não ser o que lhe foi destinado.” (Tirmizi).

· O Enaltecimento dos Rituais de Deus, glorificado e exaltado seja

Deus, glorificado e exaltado seja mostrou que o enaltecimento de Seus rituais faz parte da piedade nos corações.

"Quem enaltecer os rituais de Allah, saiba que tal (enaltecimento) partirá de quem possuir piedade no coração." (22:32).

· O Atendimento ao Chamado de Deus

O nosso atendimento foi rápido, sem vacilo ao chamamento do Senhor, obedecendo-O quanto ao jejum durante o mês de Ramadan. Pedimos a Deus que sejamos desta forma em todas as horas e situações, pois Deus nos prometeu um uma magnífica recompensa.

"Os quais, mesmo feridos, atendem ao chamamento de Allah e do Mensageiro. Para aqueles que fazem o bem e são tementes, dentre eles, haverá uma magnífica recompensa." (3:172)

O Senhor, glorificado e exaltado seja, mostrou que o atendimento às Suas ordens é a vida verdadeira, pois Ele é o nosso Criador e conhece o que é benéfico, e Ele só nos ordena o que é benéfico para as suas criaturas.

"Ó crentes, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." (8:24)

· Nós provamos o gosto dos rituais e desejamos continuar a praticá-los.

Diz-se que os sinais do crente são a sua alegria e felicidade com as suas benevolências.

“O verdadeiro crente é aquele se alegra com a bondade e se entristece com a maldade.”

“O Persistir na Prática das Orações em Seus Devidos Tempos bem Como a Prática das Orações Voluntárias” (Tirmizi)

· O Continuarmos a Praticar as Orações em Seus Devidos Tempos Bem Como as Práticas das Orações Voluntárias
.
Aprendemos durante o mês de Ramadan praticar as orações em seus devidos tempos, de nos livrarmos dos nossos afazeres para as praticarmos devidamente, não deixando os nossos afazermos nos desviarem de nos lembrarmos de Deus. Pedimos a Ele que continuemos assim, pois isso faz parte das características dos muçulmanos que creem na Outra Vida, pois Deus lhes preparou uma excelente recompensa.

"Homens a quem os negócios e as transações não desviam da recordação de Allah, nem da prática da oração, nem do pagamento do zakat. Temem o dia em que os corações e os olhos se transformem, para que Allah os recompense melhor pelo que tiveram feito, acrescentando-lhes de Sua graça; sabei que Allah agracia imensuravelmente a quem Lhe apraz." (24:37-38).

Aprendemos durante o mês de Ramadan de praticarmos muitas orações voluntárias. Deus elogiou aqueles que praticam muitas orações voluntárias e explicou que apagam os pecados.

"E observa a oração em ambas as extremidades do dia e em certas horas da noite, porque as boas ações anulam as más. Nisto há mensagem para os que recordam." (11:114).

Dentre essas orações voluntárias estão as orações noturnas que Deus descreveu os praticantes que fazem parte dos tementes e que são os servos do Clemente:

"São aqueles que passam a noite adorando o seu Senhor, quer estejam prostrados ou em pé." (25:64).

· O Continuarmos a Praticar as Orações da Noite e da Alvorada em Congregação

Aprendemos durante o mês de Ramadan a praticarmos as orações da Alvorada e da Noite em congregação. Pedimos a Deus que nos ajude a continuarmos a fazê-lo. O Rassulullah (S) mostrou os méritos dessas duas orações em congregação.

O Rassulullah (S) disse: “Quem praticar a Oração da Noite em congregação é como se tivesse orado durante a metade da noite. Quem praticar a Oração da Alvorada em congregação é como se tivesse orado a noite toda.” (Musslim)

O Profeta (S) disse: “Avisa os que caminham na escuridão da noite para as mesquitas que terão luz total no Dia da Ressurreição.” (Tirmizi)

· O Continuarmos a Recitar o Alcorão Sagrado

"Recita o que te foi revelado do Livro e observa a oração, porque a oração preserva (o homem) da obscenidade e do ilícito; mas, na verdade, a recordação de Allah é a (coisa) mais importante. Sabei que Allah está ciente de tudo quanto fazeis." (29:45)

Aprendemos durante o mês de Ramadan a sermos assíduos na recitação do Alcorão. Deus descreveu aqueles que recitam seu Livro e crêem na Outra Vida, que fazem um comércio perene com Deus.

“Por certo que aqueles que recitam o Livro de Allah, observam a oração e fazem caridade, privativa ou abertamente, com uma parte daquilo com que os agraciamos, almejam um comércio imorredouro." (35:29)

O Profeta (S) disse: “Recitem o Alcorão porque, no Dia da Ressurreição irá interceder pelos recitadores.” (Musslim).

· Acostumar-se a fazer preces e pedir perdão durante a madrugada.

Deus, glorificado e exaltado seja, mostrou os méritos das preces durante a madrugada e descreveu os madrugadores como os tementes.

"Em verdade, os tementes habitarão entre jardins e mananciais, desfrutando de tudo com que o seu Senhor os agraciar, porque foram benfeitores. Porque possuíam o hábito de pouco dormir à noite. E, ao amanhecer, imploravam o perdão de suas faltas. E há em seus bens uma parte para o mendigo e o desafortunado." (51:15:19).

Abu Huraira (R) relatou que o Rassulullah (S) disse: “O nosso Senhor, Bendito e exaltado seja, toda noite, Se manifesta no céu aparente no último terço da noite e diz: ‘A quem Me suplicar atenderei. A quem Me pedir concederei. A quem Me pedir perdão perdoarei.” (Bukhári).

· O continuar a ter vontade em ouvir as lições religiosas e aprender os preceitos religiosos

Aprendemos durante o mês de Ramadan a assistirmos as aulas religiosas e a participarmos das reuniões de recordação de Deus, aprendendo os preceitos, lendo livros islâmicos. Isso representa muitos benefícios para os muçulmanos. Tomara que permaneçamos nessa situação nos dias seguintes.

"Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e todo aquele que for agraciado com ela, sem dúvida terá logrado um imenso bem; porém, salvo os sensatos, ninguém o compreende." (2:269).

Deus deu preferência aos sábios sobre os outros.

"Tal homem poderá, acaso, ser equiparado àquele que se consagra (ao seu Senhor) durante as horas da noite, quer esteja prostrado, quer esteja em pé, que se precavê em relação à Outra Vida e espera a misericórdia do seu Senhor? Dize: Poderão, acaso, equiparar-se os sábios com os ignorantes? Só os sensatos é que são lembrados disso." (39:9).

"Ó crentes, quando vos for dito para vos apertardes, (dando) nas assembléias (lugar aos demais), fazei-o; e sabei que Allah vos dará lugar no Paraíso! E quando vos for dito que vos levanteis, fazei-o, pois Allah dignificará os crentes, dentre vós, assim como os sábios, porque está inteirado de tudo quanto fazeis." (58:11).

"Exaltado seja Allah, o Verdadeiro Rei! Não te apresses com o Alcorão antes que sua inspiração te seja concluída. Outrossim, dize: Ó Senhor meu, aumenta-me em sabedoria!" (20:114).

Anas Ibn Málik relatou que o Rassulullah (S) disse: “Procurar o conhecimento é dever de todo muçulmano (homem ou mulher)” (Ibn Mája).

Abu Huraira (R) relatou que ouviu o Rassulullah (S) dizer: “A vida terrena é amaldiçoada, e amaldiçoado o que nela há, a não ser quem se recorda de Deus, quem o acompanhar, o sábio e o estudante.” (Ibn Mája).

· O Restringir a Língua e os Outros Órgãos

Aprendemos com o Ramadan restringirmos as nossas línguas, tendo cuidado com o que prenunciamos para não quebrarmos o nosso jejum. Seria ótimo continuarmos a termos cuidado com o que dizemos.

O Profeta (S) disse: Quem crê e Deus e o Dia do Juízo Final que diga boa palavra ou se cale. Deus, exaltado seja, disse: “Não pronunciará palavra alguma, sem que junto a ele esteja presente uma sentinela pronta (para a anotar).” (50:18).” (Bukhári).

Abdullah Ibn Omar relatou que foi perguntado ao Rassulullah (S): “Quem é a melhor das pessoas?” Respondeu: “O que possui coração magnânimo e a língua veraz.” Declararam: “Conhecemos quem tem língua veraz, quem é que possui coração magnânimo?” Respondeu: “O piedoso, o puro, que não comete pecado nem iniqüidade, nem exagero, nem inveja ninguém.” (Ibn Mája).

· A nossa assiduidade na participação na prestação de serviços sociais aos muçulmanos, na prática de boas obras durante o mês de Ramadan nos convoca a continuarmos à serviço dos muçulmanos.

O Profeta (S) disse: “Cada muçulmano deve dar em caridade.” Perguntaram-lhe: “Ó Rassulullah, e quem não tiver para dar?” Respondeu: “Que trabalhe, beneficiando-se e dê em caridade.” Perguntaram: “E se não conseguir?” Respondeu: “Deve ajudar o necessitado.” Perguntaram: “E se não encontrar?” Respondeu: “Que pratique o bem e se abstenha de praticar o mal, pois isso constitui em caridade.” (Bukhári).

O Rassulullah (S) disse: “Em qualquer dia da vida, as falanges (articulações) do ser humano devem oferecer uma caridade. Para isso, o estabelecer a justiça entre duas pessoas é uma caridade; ajudar um homem a subir em sua montaria e ajudá-lo com a carga da mesma é também uma caridade; a boa palavra é uma caridade; e cada passo que der em direção à oração é uma caridade; e retirar do caminho um obstáculo é também uma caridade.” (Musslim)

O Rassulullah (S) disse: “Àquele que aliviar, de um crente, uma angústia, das angústias desta vida, Deus aliviará algumas das angústias no Dia do Juízo; e àquele que resolver a dificuldade de um necessitado, Deus resolverá as dificuldades, tanto nesta, como na Outra Vida; e à pessoa que for discreta para com as faltas de um muçulmano, Deus será discreto com as faltas dela, nesta e na Outra, e Deus estará ajudando o servo enquanto este estiver ajudando o seu irmão.” (Musslim)

· A Educação da Alma na Obediência em Continuidade e Empenho

"Entre os homens há também aquele que se sacrifica para obter a complacência de Allah, porque Allah é Compassivo para com os servos." (2:207).

"Por outra, quanto àqueles que diligenciam por Nossa causa, encaminhá-los-emos pela Nossa senda. Sabei que Allah está com os benfeitores." (29:69)

· O dever de Contiuarmos a Obedecer a Deus em Todos os Momentos

Deus é o Senhor de todos os meses, e o Senhor do mês de Ramadan é o Senhor do mês de Chauwal. A adoração do indivíduo é uma ordem exegida em todos os tempos e situações.

"Ó crentes, perseverai, sede pacientes e constantes, estai sempre vigilantes e temei a Allah, para que prospereis." (3:200).

O melhor ato é o pouco e permanente

Ó gente, assumam os serviços o que podem fazer, pois Deus não Se cansa até vocês se cansarem. Os atos mais apreciados por Deus são as perenes, mesmo que sejam poucos.” (Bukhári).

· O Continuarmos a Obedecer a Deus após o Ramadan

Entre as obediências é o jejum durante seis dias de Chauwal

O Rassulullah (S) disse: “Quem cumpre o jejum durante todo o mês de Ramadan, seguido do jejum dos seis dias de Chawal, saiba que isso é tão bom, como se tivesse jejuado durante toda a vida.” (Musslim)

Peço a Deus que nos oriente para o que Ele goste e aceita, de palavras e atos, pois Ele é Senhor disso e o Onipotente.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen


Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Pedimos e agradecemos pela vida dos irmãos Omar Hussein Hallak que não mede esforços para incrementação desse blogger e de sua Eminência Sheikh.Khaled Taky El Din, esse homem de Allah SW que nos ensina os caminhos do din, com tanta sabedoria e dedicação. Que Allah SW mutiplique seus anos de vida, a felicidade e alegria de seus familiares até o dia do Juizo Final amin.


Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,