quinta-feira, maio 08, 2014

TEMA DA SEMANA: A PACIÊNCIA – 9ª. Parte A PACIÊNCIA DOS PROFETAS

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK 

inna Llaha maã sabirin. Na verdade, Deus está com os pacientes. Cur’ane, Surat Anfal 8:46. 

Deus, o Altíssimo recomendou a paciência a todos os Profetas. Eles sofreram represálias quando transmitiam as palavras da Unicidade de Deus: LÁ ILAHA ILLA ALLAH – Não há outra divindade senão a (única) Divindade (Allah – Deus). 

Deus testou todos os profetas e continua a testar todos os seres humanos. Quanto maior for o nível da fé, do conhecimento e da responsabilidade assumida, maior será o teste a que será sujeito e mais pesado será o julgamento no Dia da Prestação de Contas. No que se refere ao ilm (conhecimento religioso), não são iguais aqueles que sabem e os que pouco ou nada sabem. Por isso, os Profetas foram severamente testados, devido à elevada responsabilidade na transmissão da Palavra de Allah, o Criador da terra e do Universo. Quanto maior for a fé, maior será o teste. No entanto, os Profetas demonstraram uma elevada paciência, que lhes permitiu enfrentar todo o tipo de dificuldades. Certa vez, quando Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) estava doente e com temperaturas altíssimas, Abdullah (Radiyalahu an-hu) foi visita-lo e lhe perguntou: “Você tem uma febre alta. Será que terá uma dupla recompensa por isso? Ele respondeu: “Sim, nenhum muçulmano é afligido de algum mal (sofrendo com paciência), sem que Allah remova seus pecados, como as folhas que caiem duma árvore”. Bhukari 70:550

Aos Profetas, Deus multiplicou-lhes as preocupações. Muitas vezes desesperados, recorriam a Deus. Mas isso não significava de que tinham perdido o controlo da perseverança. Sabiam que só através de Deus é que podiam procurar ajuda para lhes socorrerem e lhes aumentar a paciência. Apesar da superioridade dos Profetas em relação aos seus semelhantes, eram também humanos e por isso recorriam a Deus nos momentos de grande aflição. É o caso do Profeta Ya’kub (Aleihi Salam) – Jacob (que a Paz de Deus esteja com ele), quando referiu: “Só exponho perante Deus o meu pesar e a minha angústia...”. Cur’ane 12:86. E quando ouviu as más notícias acerca dos seus filhos Yussuf (José) e seu irmão Benjamim, que a Paz de Deus esteja com eles, disse: “Fasabrum Jamil: Porém, resignar-me-ei pacientemente, pois Deus me confortará em relação ao que me anunciais”. Cur’ane 12:18. 

O Profeta Ayyub (Jó), que a Paz de Deus esteja com ele, invocou a Deus, o Criador, dizendo: “Na verdade, a adversidade tem-me açoitado; porém Tu És o mais Clemente dos misericordiosos.” Cur’ane 21:83. 

Abdullah Ibn Massud (Radiyalahu an-hu) narrou: “É como se estivesse a ver agora Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), nos falando de um dos Profetas de Allah – Aleihi Salam (Que Deus lhe dê paz), que foi golpeado por sua própria gente até sangrar; e disse enquanto limpava a ferida: “Senhor, perdoa minhas gentes (o povo), porque eles não sabem o que fazem!”. (Bukhari e Muslim). O Profeta Mussa (Aleihi Salam), Moisés (Que a Paz de Deus esteja com ele), sofreu represálias do faraó, que dizia ser a única divindade. O faraó sentia inveja de Mussa e tinha receio de perder o seu reino e por isso organizou um complô para o matar. Mussa (Aleihi Salam) confiante na ajuda de Deus, recitou perante o tirano: “Refugio-me no meu Senhor e vosso Senhor, contra todos os arrogantes que não crêem no Dia da Prestação de Contas”. Cur’ane 40:27. 

O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) desde pequeno sofreu diversos traumas. O seu pai faleceu uns meses antes de ele nascer. Quando muito pequeno, assistiu à morte da sua mãe em pleno deserto. Depois morreu o seu avô paterno, o seu tutor, Abdul Mutalib. Cresceu a cargo do seu tio Abu Talib. Desde cedo começou a ajudar o seu tio nos trabalhos. Suportou todos estes acontecimentos com muita paciência. “Na verdade, com a adversidade está a facilidade; certamente com a adversidade está a facilidade”. Cur’ane 94:5,6. Quando recebeu a profecia, sofreu muito devido à perseguição por parte dos adoradores de ídolos, que não aceitavam a Unicidade Divina. Tinham receio de perder o poder religioso e econômico. Foi agredido e insultado, mas ele foi sempre paciente. Na cidade de Taif foi apedrejado e o sangue escorria ensopando os seus sapatos. Mesmo assim pediu a Allah, o Guia e o Transformador dos corações, para que um dia os agressores se convertam à Paz do Islam. Quando se apercebeu de que corria risco de vida, acabou por se retirar para a cidade de Madina, onde foi bem recebido pelos residentes. Não foi uma fuga, mas uma retirada estratégica. Necessitava de Paz e de Tranquilidade para transmitir a Palavra de Deus, que acabou por não só chegar à Maka, mas a toda a região circundante e depois a toda parte do mundo. Alguns judeus ciumentos e invejosos, não estavam satisfeitos com sucesso da mensagem transmitida pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), por ele ser um Árabe e não um dos filhos de Israel. Labeed bin al-A’sam, um mágico Judeu, encarregou-se de fazer magia contra o Profeta, que ficou gravemente doente. Mas ele suportava sempre as doenças e as provocações, pedindo a Deus para lhe aumentar a perseverança. “Realmente tendes no Mensageiro de Allah um excelente exemplo para aqueles que têm esperança em Allah e no dia do Juízo Final e invocam Allah frequentemente”. Cur’ane 33:21. 

Aisha (Radiyalahu an-há) disse: “A sua conduta, o seu carácter era o Cur’ane”. Quando regressou a Maka, triunfante e sem derramamento de sangue, não perseguiu nem mandou maltratar os seus inimigos, apesar de terem assassinado diversas pessoas que tinham renegado os seus ídolos, para se converterem ao Deus Único.

Rabaná af-rig ãleiná sab-ran wa tawafaná muslimun: “Senhor Nosso, concedemos a paciência e faze com que morramos submissos a Ti!”. Cur’ane 7:126

In Sha Allah, continua no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmuminina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

08/05/2014 – abdul.manga@gmail.com

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