segunda-feira, janeiro 13, 2014

O Profeta MUHAMMAD (p.e.c.e.) de A a Z

Por: Yusuf Estes * Versão portuguesa de: M. Yiossuf Adamgy

Quem foi ele exatamente? O que ensinou ele? Porque é que foi tão amado por uns e odiado por outros? Viveu de acordo com aquilo que pregava? Foi um homem santo? Foi um Profeta de Deus? Qual é a verdade acerca deste homem?

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

A. Ele nunca mentiu, jamais quebrou a confiança de alguém, jamais prestou um falso testemunho. Era famoso entre todas as tribos de Meca, sendo conhecido como "O Espírito da Verdade".

B. Jamais teve relações sexuais fora do casamento nem aprovava tal comportamento, embora ele constituísse algo de comum, na época em que viveu.

C. As suas relações com mulheres existiram apenas dentro de casamentos contratuais legítimos, que contaram com testemunhas adequadas, de acordo com a lei.

D. A sua relação com a mulher Aysha (que Deus esteja satisfeito com ela) teve por base apenas o casamento.

Ele não casou com ela na primeira vez que o pai dela lha ofereceu em casamento. Não queria casar com ela até que ela atingisse a puberdade e pudesse decidir por si. A relação entre eles é descrita em por menor por Aysha (que Deus esteja satisfeito com ela) de forma muito carinhosa e respeitosa, como um verdadeiro casamento, criado no céu. Aysha (que Deus esteja satisfeito com ela) é considerada uma das mais nobres escolásticas do Islão, tendo sido apenas casada com Muhammad, que a paz esteja com ele. Nunca ela desejou outro homem ou jamais proferiu uma única observação negativa acerca de Muhammad, que a paz esteja com ele.

E. Ele proibiu que se matasse até que a ordem de retaliação viesse de Deus. Mesmo nesse caso, os limites estavam bem definidos e só mesmo aqueles que se envolviam no combate ativo contra os muçulmanos e o Islão deveriam ser combatidos. E, mesmo nessa circunstância, apenas de acordo com os princípios restritos de Deus.

F. Matar vidas inocentes era proibido por ele.

G. Não foi empreendido nenhum genocídio contra os judeus. Ele ofereceu perdão e protecção mútua aos ju-deus, mesmo quando eles, muitas vezes, quebraram os pactos que haviam estabelecido com ele.

Eles não eram atacados até que ficasse manifestamente provado que eram traidores durante o tempo de guerra e que tentaram prejudicar, a qualquer custo, os muçulmanos e o Profeta (p.e.c.e.) A retaliação só era permitida em relação aos judeus que se haviam revelado traidores, e não contra todos os outros.

H. Ter escravos era algo de comum nessa altura, em todas as nações e tribos. Foi o Islão que encorajou a li-bertação dos escravos, salientando a grande recompensa de Deus para aqueles que a concediam. O Profeta Muhammad, que a paz esteja com ele, deu o exemplo, libertando os seus escravos e encorajando os seus seguidores a fazer o mesmo. Os exemplos incluem o seu próprio criado (que era tido como um verdadeiro filho por Muhammad) Zaid ibn Al Haritha e Bilal, o escravo que foi criado por Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com ele) apenas com o objectivo de os libertar.

I. Enquanto eram feitas várias tentativas de assas-sinato contra Muhammad, paz esteja com ele, o seu primo Ali (que Deus esteja satisfeito com ele) fez-se passar por ele, deitando-se na sua cama, enquanto ele e Abu Bakr fugiam para Medina. No entanto, ele não permitia que os seus companheiros matassem nenhum daqueles que estavam envolvidos nessas tentativas. A prova disto é que quando entraram em Meca em triunfo, as suas primeiras palavras para os seus seguidores foram no sentido de aqueles não punirem esta ou aquela tribo ou esta ou aquela família. Este foi um dos seus mais famosos actos de perdão e humildade.

J. O combate militar esteve proibido durante os pri-meiros treze anos em que o Profeta empreendeu a sua missão. Os árabes do deserto não precisavam que nin-guém lhes ensinasse a lutar ou a combater. Eles eram especialistas nessa área e tinham feudos entre as tribos que se mantiveram durante décadas. A retaliação e combates foram apenas sancionados quando o método adequado de guerra foi instituído por Deus no Alcorão, definindo os direitos e as limitações de acordo com os Seus Mandamentos. As ordens de Deus deixavam bem claro quem devia ser atacado, como, quando e até que ponto essa luta poderia ser levada.

K. A destruição de infra-estruturas foi absolutamente proibida por ele, excepto quando era ordenada por Deus em determinadas circunstâncias e apenas de acordo com as Suas ordens.

L. Praguejar e invocar o mal foi algo que, de facto, afligiu o Profeta (p.e.c.e.), por via dos seus inimigos, enquanto ele rezava para que eles conseguissem orien-tação. Um exemplo clássico foi a viagem que ele empre-endeu a At-Taif, cujos líderes não queriam sequer ouvi-lo ou prestar-lhe a cortesia mínima habitual, tendo, em vez disso, incitado as crianças da rua contra ele, atiran-do-lhe pedras e pedregulhos até que o seu corpo come-çou a sangrar tanto que as suas sandálias se encheram de sangue. O Anjo Gabriel propôs-lhe vingança. Com efeito, se fosse essa a sua ordem, Deus Todo-Poderoso faria com que as montanhas circundantes se abatessem sobre eles e os destruíssem a todos. No entanto, em vez de os amaldiçoar ou pedir a sua destruição, ele pediu para que esse povo pudesse encontrar orientação e adorassem apenas o seu Senhor, exclusivamente.

M. O Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) defendia que, ao nascer, todos os seres humanos se encontram no estado de ISLÃO (a submissão pacífica a Deus e de acordo com os Seus parâmetros) sendo Muçulmanos (significado: aquele que pratica o Islão, isto é: que se submete à vontade de Deus e obedece aos Seus Mandamentos). Ele salientou ainda que Deus criou cada indivíduo à Sua imagem, ou seja, de acordo com o Seu plano, sendo que o espírito de cada indivíduo é o d’Ele. Depois, à medida que vão crescendo, a sua fé começa a ser alterada consoante a influência da socie-dade dominante e os seus próprios preconceitos.

N. O Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) ensinou os seus seguidores a acreditar no Deus de Adão, Noé, Abraão, Jacob, Moisés, David, Salomão e Jesus (que a paz esteja com todos eles) e a acreditar neles como verdadeiros profetas, mensageiros e servos de Deus Todo-Poderoso. Insistiu em colocar todos os profetas ao mais alto nível, sem fazer qualquer distinção entre eles, ordenando que os seus seguidores proferissem a frase "que a paz esteja com ele" depois de mencionarem os seus nomes.

O. Ele também instruiu os Seus Companheiros não apenas a acreditar no Islão, mas a acreditar, igualmente, nas origens divinas tanto do Judaísmo como do Cristia-nismo, na Tora (Antigo Testamento), no Zabur (Salmos) e no Enjil (Evangelho ou Novo Testamento) e que todas essas escrituras foram originalmente provenientes da mesma fonte que o Alcorão, ou seja, de Deus (ár. Allah) e dos seus Profetas (que a paz esteja com eles) e através do Anjo Gabriel (que a paz esteja com ele). Ele pediu aos judeus que julgassem de acordo com o seu Li-vro e eles tentaram ocultar parte do Livro, a fim de evitar um juízo correcto, pois sabiam que ele era iletrado.

P. Ele profetizou, vaticinou e antecipou acontecimen-tos que viriam a decorrer e que, de facto, vieram a realizar-se da forma que ele previra.

Ele conseguiu até prever um acontecimento do passado que se viria a tornar realidade no futuro, e foi o que aconteceu.

No Alcorão afirma-se que o Faraó se afogou no Mar Vermelho quando perseguia Moisés (que a paz esteja com ele) e Deus disse que iria preservar o Faraó, como um sinal para o futuro. O Dr. Maurice Bucaille, no seu livro "A Bíblia, o Alcorão e a Ciência", torna claro que tal de facto aconteceu e que, com efeito, o corpo do Faraó foi descoberto no Egipto, estando agora dispo-nível para ser visto por todos. Este acontecimento teve lugar milhares de anos antes do nascimento de Muham-mad (que a paz esteja com ele), só tendo vindo a tornar-se verdadeiro nas últimas décadas, muitos séculos depois da sua morte.

Q. Escreveu-se mais sobre o Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele), do que sobre qualquer outra pessoa. Ele foi louvado a um nível muito elevado ao longo dos séculos, até pelos não-muçulmanos. Um dos primeiros exemplos que citamos é referido na Ency-clopedia Britannica, na medida em que confirma: (refe-rindo-se a Muhammad) "… uma vasta quantidade de pormenores de fontes ancestrais demonstra que era um homem honesto e recto e que conseguiu o respeito e a lealdade dos outros que, como ele, eram homens honestos e rectos." (Vol. 12)
R. Outra homenagem impressionante feita a Muham-mad, que a paz esteja com ele, é a muitíssimo bem escrita obra de Michael H. Hart: "Os 100: O Top das In-dividualidades mais Influentes da História". Ele afirma que a personalidade mais influente da história foi Mu-hammad, sendo Jesus, paz esteja com ele, a segunda.


Examine as palavras exatas do autor:

"A minha escolha de Muhammad para liderar a lista das personalidades mais influentes pode surpreender alguns leitores e ser questionada por outros, mas ele foi o único homem, que ao longo de toda a história, foi capaz de alcançar sucesso supremo tanto no campo religioso como no secular".

New York: Hart Publishing Company, Inc., 1978, page. 33.

S. Enquanto passamos revista às declarações de não- -muçulmanos famosos acerca do Profeta Muhammad, que a paz esteja com ele, tenha em atenção o seguinte:

"Filósofo, orador, apóstolo, legislador, guerreiro, conquistador de ideias, reconciliador de dogmas racio-nais, de um culto sem recurso a imagens, fundador de vinte impérios terrestres e de um império espiritual, assim foi Muhammad. De acordo com todos os padrões pelos quais a grandeza de um homem pode ser aferida, poderemos bem perguntar-nos: 'Existe algum homem melhor que ele?'"

Lamartine, HISTÓRIA DA TURQUIA, Paris, 1854, Vol. II, pp. 276-277.

T. De seguida, lemos a seguinte afirmação, feita por George Bernard Shaw, um famoso escritor não-muçulmano:

"Ele deve ser apelidado de Salvador da Humanidade. Considero que se um homem como ele assumisse a ditadura do mundo moderno, seria capaz de resolver os problemas que assolam a humanidade, de forma a trazer-lhe a tão necessária felicidade e paz."

(O Islão Genuíno, Singapura, Vol. 1, No. 8, 1936)

U. Depois descobrimos que K.S. Ramakrishna Rao, um professor de filosofia indiano (Hindu), na sua bro-chura "Muhammad, o Profeta do Islão" o chama de "modelo perfeito para a vida humana".

O professor Ramakrishna Rao explica a sua teoria, afirmando:

"A personalidade de Muhammad é a mais difícil de abarcar na plenitude da sua verdade. Sou apenas ca-paz de apreender um vislumbre do seu todo. Que su-cessão dramática de imagens pitorescas! Existe o Muhammad Profeta; o Muhammad Guerreiro; o Mu-hammad homem de negócios; o Muhammad estadista; o Muhammad orador; o Muhammad Reformista; o Muhammad que ampara os órfãos; Muhammad o Pro-tector dos escravos; Muhammad o emancipador da mulher; Muhammad o juiz; Muhammad o Santo. Ele foi um herói no desempenho de todas estas extraordinárias funções e em todas estas áreas da actividade humana."

V. O que deveremos pensar acerca do nosso Profeta Muhammad quando alguém com o estatuto mundial de Mahatma Gandhi afirma o seguinte em 'Jovem Índia', ao descrever a personalidade de Muhammad, que a paz esteja com ele:

"Eu gostaria de conhecer o melhor dos homens, aquele que domina actualmente de forma inques-tionável o coração de milhões de homens... Estou plenamente convicto de que não foi a violência que conquistou um lugar para o Islão na ordem da vida, nesse tempo. Foi a feroz simplicidade do Profeta, a sua absoluta abnegação, o escrupuloso respeito para com os seus compromissos, a sua profunda devoção aos seus amigos e companheiros, a sua coragem, a sua intrepidez, a sua confiança absoluta em Deus e na sua própria missão. Foram estes factores e não a violência que levaram tudo à sua frente, ultrapassando todos os obstáculos. Quando fechei o 2º volume (da biografia do Profeta) tive pena de não haver mais para ler sobre esta vida extraordinária."

W. O autor inglês Thomas Carlyle, na sua obra "Os Heróis e o seu Culto", relevou-se simplesmente espan-tado com o facto de:

"Um único homem, sozinho, ter sido capaz de unir tribos inimigas e levar os beduínos a tornarem-se numa nação extremamente poderosa e civilizada em menos de duas décadas."

X. E Diwan Chand Sharma escreveu na obra "Pro-fetas do Oriente":

"Muhammad era a alma da bondade e a sua influência foi sentida e jamais esquecida por aqueles que estive-ram à sua volta."

(D.C. Sharma, Os Profetas do Oriente, Calcutá, 1935, pp. 12)

Y. Ao abordar a questão da igualdade perante Deus no Islão, a famosa poetisa indiana Sarojini Naidu afirma o seguinte:

"Foi a primeira religião a pregar e a praticar a de-mocracia, pois, na Mesquita, quando é feita a chamada

para a oração e os devotos são reunidos, a democracia é incorporada cinco vezes por dia, dado que tanto o camponês como o rei se ajoelham lado a lado, anun-ciando: "Apenas Deus é Grande". Tenho sido constan-temente surpreendida pela unidade indivisível do Islão, que, instintivamente, torna cada homem num irmão."

(S. Naidu, Ideais do Islão, vide Discursos & Escritos, Madras, 1918, p. 169)

Z.1 Nas palavras do Professor Hurgronje:

"A liga de nações criada pelo Profeta do Islão funda-mentou o princípio da unidade internacional e da irmandade humana em alicerces de grande universa-lidade, a fim de dar o exemplo às outras nações." Acrescenta ainda: "A verdade é que não existe no mun-do uma nação que tenha igualado aquilo que o Islão fez, com vista à realização do ideal da Liga das Nações."

Z.2 (Passámos em revista o alfabeto de A a Z) Edward Gibbon e Simon Ockley escreveram o seguinte na "História dos Impérios Sarracenos" sobre a profissão do ISLÃO:

"EU ACREDITO NUM ÚNICO DEUS E EM MU-HAMMAD, UM PROFETA DE DEUS". Esta é a mais simples e invariável profissão do Islão. A imagem inte-lectual da Divindade jamais foi aviltada por qualquer ídolo visível, a honra do Profeta nunca transgrediu a medida das virtudes humanas; e os seus preceitos de vida confinaram a gratidão dos seus discípulos aos li-mites da razão e da religião."

(História dos Impérios Sarracenos, Londres, 1870, p. 54)

Z.3 Wolfgang Goethe, que foi talvez o maior poeta da Europa, escreveu o seguinte acerca do Profeta Mu-hammad, que a paz esteja com ele:

"Ele foi um Profeta e não um poeta; por isso, o seu Alcorão deve ser entendido enquanto uma Lei Divina e não como um livro escrito por um ser humano, com o propósito de educar ou entreter."

(Noten und Abhandlungen zum Weststlichen Dvan, WA I, 7, 32)

O leitor é um ser humano racional e com interesses. Então, já deve ter posto a si próprio a seguinte pergunta:

"Poderão, todas estas afirmações extraordinárias, revolucionárias e surpreendentes acerca deste homem, ser verdadeiras?"

E se isto for tudo verdade?

Agora faça a si próprio esta pergunta à luz daquilo que acabamos de descobrir acerca deste homem:

"O que é que tem a dizer acerca do Profeta Mu-hammad (p.e.c.e.)?" .■

* - Yusuf Estes é muito querido pelos muçulmanos jovens, bem como por aqueles cujo coração se manteve jovial e que o apelidam de "Sheik Divertido".

Tanto as crianças como os adultos se deleitam ao ouvir Yusuf Estes falar sobre a sua conversão ao Islão no momento em que tentava converter ao Cristianismo um muçulmano do Egipto.

É uma história extraordinária, que nos faz rir e chorar ao mesmo tempo. (www.YusufEstes.com)

Educado no seio de uma tradição cristã, cresceu no Texas e tornou-se muito conhecido pelas suas lojas de música e programas de televisão, tendo sido pastor musical e pregador da Bíblia.

Ele explica a forma como alguns padres e pregadores se convertem ao Islão quando compreendem a Verdade. (www. BibleIslam.com).

Foi capelão federal dos Estados Unidos e Delegado das Nações Unidas na Cimeira de Paz para os Líderes Religiosos. Actualmente, é o responsável por centenas de sítios da Internet dedicados ao Islão.

As palestras que dá nas universidades respeitam a todas as religiões e até os rabis, pastores, pregadores e padres o felicitam pela sua forma de apresentar uma perspectiva nova e esclarecida acerca da religião, cujo crescimento é o mais rápido — o Islão.

Trabalha no sentido de transmitir a mensagem correcta do Islão à nossa juventude, aos novos muçulmanos e também aos não-muçulmanos, em língua inglesa e com linguagem simples, revelando um tom agradável e, por vezes, até humor, quando se refere ao Alcorão e aos ensinamentos do Islão.

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy

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