quinta-feira, setembro 12, 2013

TEMA DA SEMANA: A LÍNGUA – Terceira e Última Parte.

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Outra forma de difamar um crente, é chamá-lo à atenção em frente de outras pessoas. É uma humilhação que alguns sentem o prazer de cometer. Se vermos alguém a praticar algo que consideramos errado, deveremos chama-lo à parte e conversar com ele. Nunca o devemos fazer à frente de todos e ainda em voz alta, para dar ênfase ao “nosso saber”. A melhor maneira é pedir ao responsável da Mesquita, ou alguém mais erudito para falar com ele. Lembremo-nos de que com a globalização, estamos juntos nas orações com irmãos de todos os quadrantes. Cada um aprendeu nos seus países, de acordo com as 4 escolas sunitas. O desconhecimento da existência dessas pequenas diferenças, podem causar estranheza e discussões desnecessárias. Já temos assistido a discussões violentas de duas pessoas, cada uma defendendo a sua posição e cada uma pensando que sabe mais do que o outro, quando na realidade, nada sabem. “Depois de assentar a poeira, verás se montavas num cavalo ou num burro.” (ditado popular muito utilizado no meio muçulmano). Os eruditos têm uma responsabilidade acrescida. Como responsáveis religiosos, dão orientações religiosas à comunidade e muitas vezes não seguem essas mesmas orientações. “Faz aquilo que eu digo e não aquilo que eu faço”. Ammar (Radiyalahu an hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quem tiver duas caras neste mundo, terá duas línguas de fogo no dia da Ressurreição” . 41-4855 Sunan Abudawud.

Os gestos também se expressam no bom e no mau sentido. Quantas vezes utilizamos gestos para ridicularizar, difamar e menosprezar os nossos semelhantes? Com os dedos das nossas mãos, fazemos gestos para caracterizar uma situação ou então para ofender as pessoas. Ai das mãos que também prestarão contas por tudo o que o nosso coração lhes ordenou! “Ó féis, evitai tanto quanto possível a suspeita, porque algumas suspeitas implicam em pecado. Não vos espreiteis nem vos calunieis mutuamente. Quem de vós seria capaz de comer a carne do seu irmão morto? Tal atitude vos causa repulsa! Temei a Deus, porque Ele é Remissório e Misericordiosíssimo”. Cur’ane 49:12

O Profeta proibiu a sua família de falar mal dos outros, como é referido numa passagem em que Aisha (Radiyalahu an-há), ao falar de Saffiya, dizendo tal e tal e um terno que significa de que ela é duma estatura baixa. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) repreendeu-a, dizendo: “Você disse uma palavra que se fosse misturado no mar, o mesmo mudaria de cor”. Sunan Abu Dawood. 41/4857. Aproveitemos a oportunidade, enquanto estiverem vivos aqueles que ofendemos, para lhes pedirmos desculpas pelo mal causado pelas nossas línguas , porque se não o fizermos, na prestação de contas as nossas boas acções serão entregues aos

ofendidos como compensação, até que se esgotem e passemos a assumir os pecados deles. Mas se o ofendido não aceitar o pedido de desculpas ou se a situação não for possível para essa remissão pelas teimosias dos ofendidos, então deve pedir perdão a Deus pelo sucedido e falar bem deles publicamente. “Ó meus servos que se excederam contra si próprios, não se desesperem da Misericórdia de Deus, certamente que Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Clemente e Misericordioso. ” Cur’ane 39:53.

Habituemos a nossa língua a falar o bem e a verdade. A verdade conduz à virtude e a virtude conduz ao paraíso. A mentira leva à maldade e a maldade leva ao inferno. Falamos mentiras, como se fosse algo normal e quando alguém nos pede contas, dizemos: “eu estava a brincar”. Na presença ou não dos nossos amigos, da nossa família, em especial dos nossos filhos, não devemos utilizar palavrões, mesmo a linguagem grosseira que possa ser considerada menos ofensivas. Lembremo-nos de que os nossos filhos têm tendência de nos copiarem, das nossas atitudes e das nossas palavras. Assim eles se absterão do mal dizer. Quando os nossos filhos nascem, preocupamo-nos em ensina-los a transformarem os pequenos sons em palavras. Porque não incluir também “Lá ilah ilallah”? Para os mais adultos, a língua deve estar sempre úmida, na recordação de Deus. O Apóstolo de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “As duas palavras a seguir, são frases os expressões muito fáceis para a língua e muito pesadas na balança (da recompensa) e muito amadas pelo Misericordioso Todo-Poderoso: Subhan Allah Wa Bi-Hamdihi; Subhana Allahi-L-Ãzim”. Bukhari 78:673.

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem" . Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!” . 10.10. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

12/09/2012

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