domingo, novembro 04, 2012

O Natural e a Natureza

Por: Sheik Aminuddin Muhammad
As palavras "Natural" e "Natureza" possuem sem dúvidas uma grande importância no campo do argumento.

Quando algo for provado ser natural, ninguém pode refutar ou desafiar a sua autenticidade.

Pode-se explicar isso com um exemplo: Imaginemos um animal carnívoro, um leão por exemplo. O seu alimento natural é a carne dos outros animais. Ele não pode viver sem isso e decerto que morrerá se não encontrar carne para se alimentar.

Sempre que ele filar uma gazela que é um animal inocente e pacífico acabará por esfacelá-la, devorando-a de seguida.

A isso, uma pessoa normal poderá chamar de crueldade, ferocidade, felonia, etc. Contudo, a referência à natureza convencê-lo-á da justeza do acto do leão, desculpabilizando-o de seguida.

Se alguém, de uma forma crítica meditar no Universo, encontrará actos idênticos ao do leão em muitas outras coisas. Podem variar na forma, mas que sem dúvidas são naturais na sua índole, pelo que há que tolerar tais incongruências.

Os Seres Humanos como o são os homens e as mulheres, são iguais. A Lei não permite que um exerça domínio sobre o outro, mas mesmo assim, o facto é que ninguém pode tomar uma vida independente do outro.

A união dos dois forma um conjunto perfeito, destinado pelo Criador para ser o único procedimento para a conservação e expansão da Raça Humana, pois cada gênero depende do outro para a sua própria existência.

Os seus deveres e obrigações para com a natureza, sendo diferentes, têm que sê-lo em muitos aspectos, devido às suas diferentes funções.

Portanto, é contra a natureza esperar uma igualdade absoluta entre seres desiguais, e portanto, isso não é uma questão de superioridade ou injustiça.

Por exemplo, é o homem que dissemina a semente (sémen), cabendo à mulher a sua retenção no seu ventre (útero), nutrindo-a e desenvolvendo-a ao longo de vários meses.

Quando a semente se desenvolve formando uma unidade completa, ela aguenta-o depois de sofrer dores de parto, que são as piores dores possíveis, que podem até causar a morte.

Haverá alguma comparação entre as dificuldades e os incômodos sofridos pela mãe?

À mulher foi incumbido o dever de suportar esta tarefa árdua e pesada. E este dever não pára por aí, pois tem ainda que nutrir o bebé a partir do seu peito, e por um período de quase dois anos. E a acrescer a isso há ainda todo o peso que representa cuidar do menino/a até que cresça e se torne adulto/a.

E depois de toda esta carga sobre a mulher, em quase todo o Mundo é comum a criança na sua filiação levar o nome do pai.

A mulher coitada, ao se casar perde a sua identidade, pois é comum a adoção do apelido do marido, nome por que passa a ser conhecida.

Portanto, a questão é: onde está a chamada igualdade entre os sexos?

Podemos aqui enumerar muitas outras características e diferenças naturais entre o homem e a mulher nas suas feições, figuras, diferenças no seu crescimento e tamanho, diferenças na mentalidade de cada um, diferenças nos seus passos, etc.

Comparando-se os cérebros do homem e da mulher nascidos no mesmo país e na mesma data, crescidos nas mesmas condições e circunstâncias, verificaremos que o do homem pesa mais 130 gramas que o da mulher.

Agora a pergunta: a quem culpar por esta aparente injustiça"? A única resposta é que essa diferença é "natural".

Isto demonstra que a criação dos dois sexos não foi acidental. Certamente que isso foi desenhado pelo Criador, que lhes proporcionou capacidades e responsabilidades diferentes, e consequentemente os fez diferentes.

A inclinação sexual nos homens e nas mulheres e também nos animais em geral, é natural e ninguém pode ser culpabilizado por ter essa inclinação.

Daí podemos facilmente perceber o elemento racional na atracão de um sexo pelo outro.

Sendo a excitação sexual algo natural, ela tem que ser satisfeita pela via do casamento. Estão errados os que pensam que a causa do sofrimento humano é o sexo, daí que tenham fundado o movimento conhecido por "Monasticismo". Eles acham que a Paz e o Amor na sociedade apenas são possíveis através da supressão do instinto sexual, e o único caminho para se alcançar a excelência espiritual é através da abstenção do sexo. Essa maneira de pensar atenta contra a natureza.

O sexo é tão natural quanto a alimentação, pelo que tem que ser satisfeito dentro dos limites legais e morais.

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