quarta-feira, junho 29, 2022

Guia para o 12º mês do calendário islâmico

 Zul Hijjah é o mês da peregrinação à Meca, da festa da imolação do Profeta Ismael. Veja quais são as sunas e datas históricas deste período.

  • Dois eventos marcam o décimo segundo mês do calendário islâmico: o Hajj e o Eid al Adha.
  • Os dez primeiros dias do mês são datas em que Deus recompensa ainda mais os atos de adoração.
  • A revelação do Alcorão foi concluída durante o mês de Zul Hijjah.

O mês de Zul Hijjah é o décimo segundo do calendário islâmico, um dos meses mais importantes do ano. Durante este período, ocorre anualmente a grande peregrinação islâmica à cidade sagrada de Meca, que em árabe é chamada de Hajj

Neste mês, também também é celebrada a festa do Eid al Adha, uma das principais festas islâmicas, comemorada em diversas partes do mundo. Muitos dos países onde os muçulmanos são a maioria da população, a data é considerada um feriado.

Por ter datas tão importantes, o mês conta com muitas sunas e práticas religiosas voltadas especialmente para essas celebrações. Além disso, alguns eventos de grande importância para a história islâmica foram registrados durante este período.

Sunnah do mês

Jejum e boas ações

Os dez primeiros dias do mês são o período no qual ocorre a grande peregrinação à Meca. Uma prática muito recomendável para aqueles que não participam do Hajj é jejuar nos nove primeiros dias do mês.

Relatos do Profeta Muhammad mostram que os atos de adoração durante este período são especialmente recompensados, mesmo que o muçulmano não esteja peregrinando. Portanto, se esforçar em boas ações, na caridade e no jejum é bastante recomendado.

“Abu Hurayrah relatou que o Mensageiro de Deus disse: “Em nenhum dia a adoração a Allah é desejada mais do que nos (primeiros) dez dias de Zul Hijjah. O jejum de cada um estes dias são iguais ao jejum de um ano inteiro, e a adoração de cada uma dessas noites é igual a adoração de Laylatul Qadr.” (Tirmidhi)

Ainda assim, se por alguma razão o fiel não puder jejuar por nove dias consecutivos, ainda é recomendado que ele faça isso pelo menos no nono dia do mês. Este é o dia mais importante do Hajj, quando os peregrinos estão no Monte Arafat clamando para que Deus tenha misericórdia no Dia do Juízo Final. Para aqueles que não estão em Meca, o jejum neste dia é a forma mais próxima de fazer este mesmo exercício. 

Comemore

No décimo dia de Zul Hijjah, ocorre o Eid al Adha, a festa que relembra o sacrifício do Profeta Ismael ofertado a Deus pelo Profeta Abraão. Este momento serve para a recordação e a prática religiosa, mas também é um período que Allah oferece para a comemoração.

É importante participar das orações em comunidade neste dia, no caso das pessoas que tiverem esta oportunidade. Tome um banho ritual, escolha suas melhores roupas e vá para o local da prece em jejum, recitando “Allahu Akbar” (Deus é Maior) repetidamente. Após a reza, celebre, participe da ceia, visite parentes e amigos e agradeça a Deus por oferecer um momento de tanto prazer. 

A comida é um presente que Deus dá a suas criaturas, portanto, é sempre bom dividir a fartura com aqueles que não têm o que comer. Neste dia, é comum abater um animal para a ceia e muitos muçulmanos costumam doar um terço desta carne aos necessitados.

Continue dizendo “Allahu Akbar” após o fim de todas as orações durante os três dias seguintes após o Eid al Adha. Neste mesmo período, o fiel deve se abster do jejum, pois a adoração do dia da festa deve se prolongar. No quarto dia, após a oração da alvorada (Fajr), ele pode retomar à sua rotina normalmente. 

Datas históricas

Alcorão
Alcorão (Foto: Wallpaperflare)

O sermão da despedida

Um dos momentos mais comoventes da história do Islam acontece no décimo ano após a Hégira, quando o Profeta Muhammad realiza o Hajj acompanhado de seus companheiros, e ali ele faz seu famoso Sermão da Despedida. Esta é a última vez que ele dirige sua palavra para todos que o acompanhavam. 

Em suas palavras, o Mensageiro de Allah sintetiza os ensinamentos de Deus que ele transmitiu. E, pela última vez, Deus entregou uma revelação do Alcorão:

“…Hoje, completei a religião para vós, completei Meu Favor sobre vós e escolhi o Islam como religião para vós…” (Alcorão 5:3)

Clique aqui para ler o sermão na íntegra.

Conquista do Egito

Uma das expansões mais notáveis da história islâmica ocorreu durante o califado de Omar ibn al Khattab, companheiro do Profeta Muhammad. Durante os anos 639 e 646 da era cristã, as tropas leais ao Califa venceram importantes batalhas contra o Império Bizantino, resultando na conquista do território egípcio.

Sucessão do Califado

O mês de Zul Hijjah remete ao Califado Rashidun, que teve duas de suas três sucessões neste período. A primeira foi após a morte de Omar ibn al Khattab, que foi sucedido por Uthman bin Affan.  

Ele foi nomeado como califa durante o mês de Zul Hijjah. Seu governo foi marcado por repressão a rebeliões e expansão territorial. 

Por sua vez, Uthman foi responsável pela produção e distribuição de várias cópias escritas do Alcorão, o que contribuiu para que o Livro Sagrado do Islam chegasse aos dias atuais sem nenhuma adulteração.

Ironicamente, Uthman foi assassinado de maneira brutal justamente no mês de Zul Hijjah, pelas mãos dos rebeldes. Outro companheiro do Profeta Muhammad, Ali ibn Abu Talib, sucedeu o governo.

Casamento de Ali e Fátima 

Um dos casamentos mais notáveis entre companheiros e familiares do Profeta foi o casamento de sua filha Fátima com Ali ibn Abu Talib, que era seu sobrinho. A moça havia sido pedida em casamento por outros homens, mas o Mensageiro de Allah cedeu a mão dela a este que foi um de seus mais nobres companheiros. 

Fonte:https://iqaraislam.com/zul-hijjah

terça-feira, junho 07, 2022

59 Passagens do Alcorão que Orientam Bons Modos


Assalamum Aleikom!

O Alcorão possui ensinamentos que beneficiam todas as pessoas, independente da religião. Veja este compilado, sobre bons modos, do livro sagrado islâmico.

O Alcorão contém excelentes recomendações para a humanidade.
Pessoas de qualquer religião podem ser beneficiadas pelos seus ensinamentos.
As lições corânicas purificam a alma e educam a mente.

As palavras de Deus, registradas no Alcorão, contém ensinamentos para diversas ocasiões. Elas instruem os muçulmanos a agirem com dignidade e respeito às outras pessoas, em ocasiões distintas, mesmo quando somos injustiçados. Veja 59 exemplos presentes no livro sagrado islâmico que orientam bons modos.
1. Não fale de maneira rude

Pela misericórdia de Allah, foste gentil para com eles; porém, tivesses tu sido insociável ou de coração insensível, eles se teriam afastado de ti. Portanto, indulta-os, implora o perdão para eles e consulta-os nos assuntos (do momento). E quando te decidires, confia em Allah, porque Allah aprecia aqueles que (n‟Ele) confiam. (Alcorão 3:159)
2. Contenha a raiva

Que fazem caridade, tanto na prosperidade, como na adversidade; que reprimem a cólera; que perdoam o próximo. Sabei que Allah aprecia os benfeitores. (Alcorão 3:134)
3. Seja bondoso

Adorai a Allah e não Lhe atribuais parceiros. Tratai com benevolência os vossos pais e parentes, os órfãos, os necessitados, o vizinho próximo, o vizinho estranho, o companheiro de lado, o viajante e os vossos servos, porque Allah não estima arrogante e pretencioso algum. (Alcorão 4:34)
4. Não seja arrogante

Disse-lhe: Desce daqui (do Paraíso), porque aqui não é permitido te ensoberbeceres. Vai-te daqui, porque és um dos abjetos! (Alcorão 7:13)
5. Perdoe o erro dos outros

Conserva-te indulgente, recomenda o bem e afasta-te dos ignorantes.(Alcorão 7:199)
6. Fale de maneira calma

Porém, falai-lhe afavelmente, a fim de que fique ciente ou tema. (Alcorão 20:44)
7. Não ridicularize os outros

Ó crentes, que nenhum povo zombe de outro; é possível que (os escarnecidos) sejam melhores do que eles (os escarnecedores). Que tampouco nenhuma mulher zombe de outra, porque é possível que esta seja melhor do que aquela. Não vos difameis, nem vos motejeis mutuamente com apelidos. Muito vil é o nome que denota maldade (para ser usado por alguém), depois de ter recebido a fé! E aqueles que não se arrependerem serão os injustos. (Alcorão 49:11)
8. Não desrespeite seus pais

O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não lhes dirijais palavras de desrespeito, nem griteis com eles; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. (Alcorão 17:23)
9. Não siga ninguém cegamente

Quando lhes é dito: Segui o que Allah revelou! Dizem: Qual! Só seguimos as pegadas dos nossos pais! Segui-las-iam ainda que seus pais fossem destituídos de compreensão e orientação? (Alcorão 2:170)
10. Dê mais tempo para o devedor pagar, caso ele esteja passando por dificuldades

Se vosso devedor se achar em situação precária, concedei-lhe um tempo; mas, se o perdoardes, será preferível para vós, se quereis saber. (Alcorão 2:280)
11. Não suborne

Não consumais os vossos bens em vaidades, nem os useis para subornar os juízes, a fim de vos apropriardes ilegalmente, com conhecimento, de algo dos bens alheios. (Alcorão 2:188)
12. Não quebre promessas

A virtude não consiste só em que orienteis vossos rostos até ao levante ou ao poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Allah, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem distribui seus bens em caridade por amor a Allah, entre parentes, órfãos, necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de cativos (escravos). Aqueles que observam a oração, pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos, são pacientes na miséria e na adversidade, ou durante os combates, esses são os verazes, e esses são os tementes (a Allah). (Alcorão 2:177)
13. Seja justo

Ó crentes, sede firmes em observardes a justiça, atuando como testemunhas, por amor a Allah, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Allah incumbe protegê-los. Portanto, não sigais os vossos caprichos, para não serdes injustos; e se falseardes o vosso testemunho ou vos recusardes a prestá-lo, sabei que Allah está bem inteirado de tudo quanto fazeis. (Alcorão 4:135)
14. Mulheres têm direito à herança

Concedei os dotes que pertencem às mulheres e, se for da vontade delas conceder-vos algo, desfrutai-o com bom proveito. (Alcorão 4:7)
15. Proteja os órfãos

Nesta vida e na Outra. Consultar-te-ão a respeito dos órfãos; dize- lhes: Fazer-lhes o bem é o melhor. E se misturardes vossos assuntos com os deles, ficai sabendo que são vossos irmãos; sabei que Allah distingue o corrupto do benfeitor. Porém, se Allah quisesse, ter-vos- ia afligido, porque é Poderoso, Prudentíssimo. (Alcorão 2:220)
16. Não consuma a riqueza um do outro de maneira injusta

Ó crentes, não consumais reciprocamente os vossos bens, por vaidade; realizai comércio de mútuo consentimento e não cometais suicídio, porque Allah é Misericordioso para convosco. (Alcorão 4:29)
17. Procure estabelecer paz e equidade entre as pessoas

E quando dois grupos de crentes combaterem entre si, reconciliai- os, então. E se um grupo provocar outro, combatei o provocador, até que se cumpram os desígnios de Allah. Se, porém, se cumprirem (os desígnios), então reconciliai-os equitativamente e sede equânimes, porque Allah aprecia os equânimes. (Alcorão 49:9)
18. Evite suposições sobre os outros

Ó crentes, evitai tanto quanto possível a suspeita, porque algumas suspeitas implicam em pecado. (Alcorão 49:12)
19. Não espione e não faça calúnias

Não vos espreiteis, nem vos calunieis mutuamente. Quem de vós seria capaz de comer a carne do seu irmão morto? Tal atitude vos causa repulsa! Temei a Allah, porque Ele é Remissório, Misericordiosíssimo. (Alcorão 49:12)
20. Pratique caridade

Crede em Allah e em Seu Mensageiro, e fazei caridade daquilo que Ele vos fez herdar. E aqueles que, dentre vós, crerem e fizerem caridade, obterão uma grande recompensa. (Alcorão 57:7)
21. Procure pelos necessitados

(Concedei-a) aos que empobrecerem, empenhados na causa de Allah, que não podem se dar a negócios na terra, e que o ignorante não os crê necessitados, porque são reservados. Tu os reconhecerás por seus aspectos, porque não mendigam impertinentemente. De toda a caridade que fizerdes Allah saberá. (Alcorão 2:273)
22. Fale com os necessitados de maneira gentil

Porém, se te absténs (ó Muhammad) de teres intimidade com eles, com o fim de alcançares a misericórdia de teu Senhor, a qual almejas, fala-lhes afetuosamente. (Alcorão 17:28)
23. Receba bem os convidados

Quando se apresentaram a ele e disseram: Paz! respondeu-lhes: Paz! (E pensou): “É gente desconhecida”. E voltou rapidamente para os seus, e trouxe (na volta) um bezerro gordo. Que lhes ofereceu… Disse (ante a hesitação deles): Não comeis? (Alcorão 51:25-27)
24. Obedeça seus pais

O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não lhes dirijais palavras de desrespeito, nem griteis com eles; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. (Alcorão 17:23)
25. Pratique aquilo que você prega

Ordenais, acaso, às pessoas a prática do bem e esqueceis, vós mesmos, de fazê-lo, apesar de lerdes o Livro? Não raciocinais? (Alcorão 2:440)
26. Não pratique corrupção

E de quando Moisés Nos implorou água para o seu povo, e lhe dissemos: Golpeia a rocha com o teu cajado! E de pronto brotaram dela doze mananciais, e cada grupo reconheceu o seu. Assim, comei e bebei da graça de Allah, e não prevariqueis na terra, causando corrupção. (Alcorão 2:60)
27. Lute apenas com quem lutar contra você

Combatei, pela causa de Allah, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Allah não estima os agressores. (Alcorão 2:190)
28. Sempre se esforce

De que o homem não obtém senão o fruto do seu proceder? (Alcorão 53:39)
29. Não há compulsão na religião

Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Allah, ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Allah é Oniouvinte, Sapientíssimo. (Alcorão 2:256)
30. Escolha os governantes pelo mérito

Então, seu profeta lhes disse: Allah vos designou o Talut por rei. Disseram: Como poderá ele impor a sua autoridade sobre nós, uma vez que temos mais direito do que ele à autoridade, e já que ele nem sequer foi agraciado com bastantes riquezas? Disse-lhes: É certo que Allah o elegeu sobre vós, concedendo-lhe superioridade (Alcorão 2:247)
31. Seja responsável por suas ações

Allah não impõe a nenhuma alma uma carga superior às suas forças. Beneficiar-se-á com o bem quem o tiver feito e sofrerá o mal quem o tiver cometido. Ó Senhor nosso, não nos condenes, se nos esquecermos ou nos equivocarmos! Ó Senhor nosso, não nos imponhas carga, como a que impuseste aos nossos antepassados! Ó Senhor nosso, não nos sobrecarregues com o que não podemos suportar! Absolve-nos! Perdoa-nos! Tem misericórdia de nós! Tu és nosso Protetor! Concede-nos a vitória sobre os incrédulos! (Alcorão 2:286)
32. Não divida as pessoas

E apegai-vos, todos, ao vínculo de Allah e não vos dividais; recordai-vos das mercês de Allah para convosco, porquanto éreis adversários mútuos e Ele conciliou os vossos corações e, mercê de Sua graça, vos tornastes verdadeiros irmãos; e quando estivestes à beira do abismo infernal, (Allah) dele vos salvou. Assim, Allah vos elucida os Seus versículos, para que vos guieis. (Alcorão 3:103)
33. Homens e mulheres serão recompensados da mesma forma

Seu Senhor os atendeu, dizendo: Jamais desmerecerei a obra de qualquer um de vós, seja homem ou mulher, porque procedeis uns dos outros. Quanto àqueles que foram expulsos dos seus lares e migraram, e sofreram pela Minha causa, combateram e foram mortos, absolvê-los-ei dos seus pecados e os introduzirei em jardins, abaixo dos quais correm os rios, como recompensa de Allah. Sabei que Allah possui a melhor das recompensas. (Alcorão 3:195)
34. Não recomende a avareza

Quanto àqueles que são avarentos e recomendam aos demais a avareza, e ocultam o que Allah lhes concedeu da Sua graça, saibam que destinamos um castigo humilhante para os incrédulos. (Alcorão 4:37)
35. Não seja invejoso

Ou invejam seus semelhantes por causa do que Allah lhes concedeu de Sua graça? Já tínhamos concedido à família de Abraão o Livro, a sabedoria, além de lhe proporcionarmos um poderoso reino. (Alcorão 4:54)
36. Não defenda os traidores

Realmente, revelamos-te o Livro, a fim de que julgues entre os humanos, segundo o que Allah te ensinou, e não sejas defensor dos traidores. (Alcorão 4:105)
37. Fique longe do pecado e da agressão

Não vos auxilieis mutuamente no pecado e na hostilidade, mas temei a Allah, porque Allah é severíssimo no castigo. (Alcorão 2:5)
38. Seja justo

Ó crentes, sede firmes na causa de Allah e prestai testemunho, a bem da justiça; que o ressentimento aos demais não vos impulsione a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isso está mais próximo da piedade, e temei a Allah, porque Ele está bem inteirado de tudo quanto fazeis. (Alcorão 5:8)
39. Evite álcool e inebriantes

Ó crentes, as bebidas inebriantes, os jogos de azar, (a cultuação aos) altares de pedra, e as adivinhações com setas, são manobras abomináveis de Satanás. Evitai-as, pois, para que prospereis. (Alcorão 5:90)
40. Evite jogatinas

Satanás só ambiciona infundir-vos a inimizade e o rancor, mediante as bebidas inebriantes e os jogos de azar, bem como afastar-vos da recordação de Allah e da oração. Não desistireis, diante disto? (Alcorão 5:91)
41. Não insulte a fé dos outros

Não injurieis o que invocam, em vez de Allah, a menos que eles, em sua ignorância, injuriem iniquamente a Allah. Assim, abrilhantamos as ações de cada povo; logo, seu retorno será a seu Senhor, que os inteirará de tudo quanto tiverem feito. (Alcorão 6:108)
42. Coma e beba, mas não em excesso

Ó filhos de Adão, revesti-vos de vosso melhor atavio quando fordes às mesquitas; comei e bebei; porém, não vos excedais, porque Ele não aprecia os que se excedem. (Alcorão 7:31)
43. Ajude aqueles que buscam por proteção

Se algum dos idólatras procurar a tua proteção, ampara-o, para que escute a palavra de Allah e, então, escolta-o até que chegue ao seu lar, porque (os idólatras) são ignorantes. (Alcorão 9:6)
44. Os que pecam por ignorância serão perdoados

Quanto àqueles que cometem uma falta por ignorância e logo se arrependem e confiaram em Allah, saibam que teu Senhor, depois disso, será Indulgente, Misericordiosíssimo. (Alcorão 16:119)
45. As pessoas conhecem Deus pela sabedoria e por boas instruções

Convoca (os humanos) à senda do teu Senhor com sabedoria e uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente, porque o teu Senhor é o mais conhecedor de quem se desvia da Sua senda, assim como é o mais conhecedor dos encaminhados. (Alcorão 16:125)
46. Não siga aquilo que você não conhece

Não sigas (ó humano) o que ignoras, porque pelo teu ouvido, pela tua vista, e pelo teu coração, por tudo isto serás responsável! (Alcorão 17:36)
47. Não seja vaidoso

É certo que prosperarão os crentes. Que são humildes em suas orações. Que desdenham a vaidade (Alcorão 23:1-3)
48. Não entre na casa de alguém sem permissão

Ó crentes, não entreis em casa alguma além da vossa, a menos que peçais permissão e saudeis os seus moradores. Isso é preferível para vós; quiçá, assim, mediteis. (Alcorão 24:27)
49. Seja pacífico

E os servos do Clemente são aqueles que andam pacificamente pela terra e, quando os ignorantes lhes falam, dizem: Paz! (Alcorão 25:63)
50. Julgue as pessoas com justiça

Allah manda restituirdes ao seu dono o que vos está confiado; quando julgardes entre as pessoas, fazei-o com equidade. Quão excelente é isso a que Allah vos exorta! Ele é Oniouvinte, Onividente. (Alcorão 4:58)
51. Não esqueça dos seus deveres nesta vida

Mas procura, com aquilo com que Allah te tem agraciado, a morada do Outro Mundo; não te esqueças da tua porção neste mundo, e sê amável, como Allah tem sido para contigo, e não semeies a corrupção na terra, porque Allah não aprecia os corruptores. (Alcorão 28:77)
52. Recomende o certo e proíba o errado

Ó filho meu, observa a oração, recomenda o bem, proíbe o ilícito e sofre pacientemente tudo quanto te suceda, porque isto é ter firmeza (de propósito na condução) dos assuntos. (Alcorão 31:17)
53. Não seja insolente

E não contorças o rosto às gentes, nem andes insolentemente pela terra, porque Allah não estima arrogante e vaidoso algum. (Alcorão 31:18)
54. Mulheres devem ser modestas

E permanecei tranquilas em vossos lares, e não façais exibições, como as da época da idolatria; observai a oração, pagai o zakat, obedecei a Allah e ao seu Mensageiro, porque Allah só deseja afastar de vós a abominação, ó membros da Casa, bem como purificar-vos integralmente. (Alcorão 33:33)
55. Não se desespere da misericórdia de Deus

Dize: Ó servos Meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Allah; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo. (Alcorão 39:53)
56. Decida sobre um assunto através de consultas

Que atendem ao seu Senhor, observam a oração, resolvem os seus assuntos em consulta e fazem caridade daquilo com que os agraciamos (42:38)
57. O mais nobre é o mais justo

Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Allah, é o mais temente. Sabei que Allah é Sapientíssimo e está bem inteirado. (Alcorão 49:13)
58. Seja justo com pessoas de todas as fés

Allah nada vos proíbe quanto àqueles que não vos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Allah aprecia os equitativos. (Alcorão 60:8)
59. Lembre-se: peça perdão a Deus, pois Ele é misericordiosíssimo

E todo o bem que fizerdes, será em favor às vossas almas, e achareis a sua recompensa em Allah, o Qual é preferível e mais recompensador. Implorai, pois, o perdão de Allah, porque Allah é Indulgente, Misericordioso. (Alcorão 73:20)


Lembrem-se que a melhor orientação vem de Allah. Peça a Ele ajuda e orientação.

Fonte:https://iqaraislam.com/bons-modos-no-alcorao

quinta-feira, fevereiro 17, 2022

Será que Jesus escreveu partes do Evangelho? QUESTÃO

As-Salamu `alaykum. Gostaria que esclarecesse o versículo 27 da Surat Al-Hadid (Surat 57) do Alcorão. Escreveu Jesus (paz esteja com ele) partes do Evangelho? Jesus era iletrado? O Evangelho ou parte dele foi ditado por Jesus a algum dos seus discípulos como o foi o Alcorão? Penso que os discípulos escreveram a Bíblia inteira após a ascensão de Jesus ao céu. Mas, o que significa no Alcorão o versículo "... a quem concedemos o Evangelho"? «Então, após eles, enviamos outros mensageiros Nossos e, após estes, enviamos Jesus, filho de Maria, a quem concedemos o Evangelho; e infundimos nos corações daqueles que o seguem compaixão e clemência. No entanto, seguem a vida monástica, que inventaram, mas que não lhes prescrevemos; só (o inventaram) procurando a satisfação de Deus; porém, não o observaram devidamente. E recompensamos os fiéis, dentre eles; porém, a maioria é depravada». – Alcorão, 57:27. 

Prezados Irmãos, Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alai-kum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. RESPOSTA: 
1- Jesus (paz esteja com ele) não era iletrado. Ele era altamente instruído. No entanto, costumava comunicar os seus ensinamentos aos seus discípulos sob a forma oral em vez de escrita. Os discípulos, por sua vez, costumavam lembrar-se do que Jesus lhes ensinava de cor. 
2- Quando Jesus foi elevado ao céu, todos os seus conselhos e ensinamentos eram conhecidos dos seus discípulos. Os discípulos não eram bons a memorizar, e nem todos eram capazes de compreender os ensinamentos de Jesus. Muito provavelmente, esta foi a principal razão por detrás das distorções que tiveram lugar após a ascensão de Jesus. Deus enviou muitos Livros Divinos aos Seus Mensageiros para conduzir a humanidade ao caminho da verdade, e guiá-los a adorá-Lo e a evitar o politeísmo e o vício. Deus revelou as Escrituras a Abraão, a Torá a Moisés, os Salmos a David, os Evangelhos a Jesus, e o Alcorão a Muhammad (que a paz estejam sobre todos eles). Alguns desses Livros Divinos foram revelados sob a forma de escrituras, tais como a Torá. Diz Deus Todo Poderoso: «Quando a cólera de Moisés diminuiu, ele tomou as tábuas em cujas inscrições havia a orientação e a misericórdia para todos aqueles que temem o seu Senhor». (Alcorão, 7:154) E alguns foram revelados sob a forma de admoestações e conselhos, tais como o Evangelho.

 É lógico que Jesus (que a paz esteja com ele) não era iletrado. Ele era altamente instruído. No entanto, costumava comunicar os seus ensinamentos aos seus discípulos sob a forma oral, em vez de escrita. Os discípulos, por sua vez, costumavam lembrar-se do que Jesus lhes ensinava de cor. Quando Jesus foi elevado ao céu, todos os seus conselhos e ensinamentos eram conhecidos dos seus discípulos. 

Infelizmente, eles não eram bons a memorizar, e nem todos eram capazes de compreender os ensinamentos de Jesus. Muito provavelmente, esta foi a principal razão por detrás das distorções que tiveram lugar após a ascensão de Jesus. Além disso, o Império Romano e os judeus eram, na altura, opositores brutais dos cristãos. Eles, impiedosamente, mataram cristãos, causando um efeito prejudicial na gravação do Evangelho, uma vez que a maioria daqueles que o memorizaram foram torturados e mortos. 

Quanto à compilação do Evangelho e à sua classificação em volumes, a versão mais antiga conhecida chegou a ser cerca de 100 anos após a ascensão de Jesus. Isto significa que havia três gerações que não sabiam nada sobre o Evangelho ser escrito. Além disso, nenhum dos discípulos ou dos seus sucessores tentou compilar os ensinamentos de Jesus na forma escrita. Isto pode servir como causa primária por detrás das distorções notáveis. Em vez de se concentrar na Unidade de Deus, e seguindo os passos dos Profetas e Mensageiros de Deus, o fundador da Igreja Paulista, S. Paulo (Saulo), começou a pregar o conceito da Trindade e, por isso, afastou-se do Evangelho original. Tais distorções conduziram dramaticamente à decadência e incompreensão dos ensinamentos de Jesus (que a paz esteja sobre ele). É evidente que Deus enviou o Evangelho a Jesus, mas os seus discípulos não tiveram um papel ativo na sua preservação, como os muçulmanos tiveram com o Alcorão, que foi revelado ao Profeta Muhammad (que a paz e bênçãos estejam com ele), que ordenou aos muçulmanos que o escrevessem. Foi completamente ditado sob a sua supervisão. 

Considerando tudo isto, agradecemos a Deus Todo Poderoso por ter orientado a Comunidade Muçulmana a preservar o glorioso Alcorão, por escrito, há mais de 1400 anos. Deus diz no Alcorão: "Nós revelamos a Mensagem e somos, na verdade, o seu Guardião". (Alcorão, 15:9). O Alcorão é talvez o único livro, religioso ou secular, que foi memorizado completamente por milhões de pessoas. O famoso orientalista Kenneth Cragg reflete que: “...esse fenómeno da recitação alcorânica significa que o texto atravessou os séculos numa sequência viva ininterrupta de devoção. Não pode, portanto, ser tratado como uma peça de antiquário, nem como um documento histórico de um passado distante. O hifze (memorização alcorânica) fez do Alcorão um bem presente durante todo o período de tempo islâmico e deu a ele uma transmissão humana a cada geração, não permitindo que ficasse relegado à posição de mera autoridade para simples referência.” 

O Alcorão inteiro também foi registrado por escrito na época da revelação a partir do que foi ditado pelo Profeta, que Deus o exalte, por alguns de seus companheiros letrados, o mais proeminente deles sendo Zaid ibn Thabit. Outros entre os seus nobres escribas foram Ubayy ibn Ka’b, Ibn Mas’ud, Mu’awiyah ibn Abi-Sufyan, Khalid ibn Walid e Zubayr ibn Awwam. Os versículos foram registrados em couro, pergaminho, escápulas (omoplatas de animais) e folhas de tamareiras. A codificação do Alcorão (ou seja, colocado em ‘forma de livro’) foi feita logo após a Batalha de Yamamah (11EH/633EC), após a morte do Profeta, durante o Califado de Abu Bakr. O terceiro Califa Osman (23AH-35AH/644-656CE) pediu a Hafsah que lhe enviasse o manuscrito do Alcorão que estava sob sua guarda, e ordenou a produção de várias cópias idênticas (masaahif, singular mushaf). Essa tarefa foi confiada aos Companheiros Zaid ibn Thabit, Abdullah ibn Az-Zubair, Sa’eed ibn As-’As, e Abdur-Rahman ibn Harith ibn Hisham. Na conclusão (em 25EH/646EC), Osman devolveu o manuscrito original à Hafsah e enviou as cópias às maiores províncias islâmicas. Um número de eruditos não-muçulmanos que estudou a questão da compilação e preservação do Alcorão também estudou a sua autenticidade. John Burton, ao fim de seu trabalho substancial sobre a compilação do Alcorão, afirma que o Alcorão como nós temos hoje é:“...o texto que nos chegou na forma na qual foi organizada e aprovada pelo Profeta... O que nós temos hoje em nossas mãos é o mushaf de Muhammad”. [John Burton, The Collection of the Quran (A Compilação do Alcorão), Cambridge: Cambridge University Press, 1977, p.239-40.] 

A credibilidade histórica do Alcorão é estabelecida também pelo facto de que uma das cópias enviada pelo Califa Osman continua a existir hoje. Ela está no Museu da Cidade de Tashkent no Uzbequistão, Ásia Central. De acordo com o Programa Memória do Mundo, da UNESCO, um braço das Nações Unidas, ‘é a versão definitiva, conhecida como o Mushaf de Osman.’ 

Um fac-símile do mushaf em Tashkent está disponível na Biblioteca da Universidade de Columbia nos EUA. Essa cópia é prova de que o texto do Alcorão que temos em circulação hoje é idêntico ao do tempo do Profeta e seus companheiros. Uma cópia do mushaf enviado à Síria (duplicado antes de um incêndio em 1310EH/1892EC destruir a mesquita Jaami’ onde estava guardado) também existe no um no Museu Topkapi em Istambul, e um manuscrito anterior em pergaminho de gazela também existe em Dar alKutub as-Sultaniyyah no Egipto. 

Manuscritos mais antigos de todos os períodos da história islâmica encontrados na Biblioteca do Congresso em Washington, no Chester Beatty Museum em Dublin (Irlanda) e no Museu de Londres foram comparados com aqueles em Tashkent, Turquia e Egipto, e os resultados confirmaram que não houve quaisquer mudanças no texto desde a sua época de escrita original. E Deus Todo-Poderoso é Quem melhor sabe.

A paz esteja convosco.

terça-feira, dezembro 21, 2021

9 ( Nove) Fatos espantosos no Alcorão que irão surpreendê-lo!

Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alai-kum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. Existem muitos sinais claros de que o Livro Religioso do Islão, o Alcorão,  a Palavra de Deus e temos muitos motivos para apoiar e validar essa afirmação: Há factos científicos e históricos encontrados no Alcorão que muitas pessoas desconheciam na época, e só foram descobertos, recentemente, pela ciência contemporânea.
O Alcorão possui um estilo de linguagem único que não pode ser replicado, conhecido como ‘Inimitabilidade do Alcorão’.

Existem profecias feitas no Alcorão e pelo Profeta Muhammad Sallalahu Alahi wa Sallam que foram cumpridas.

A seguir estão alguns factos encontrados no Alcorão:

1 A Origem da Vida

A água é essencial para todos os seres vivos. Todos nós sabemos que a água é uma necessidade básica para a vida, mas o Alcorão faz uma afirmação muito incomum:
“Não veem, acaso, os descrentes, que os céus e a terra eram uma só massa, que desagregamos, e que
criamos todos os seres vivos da água? Não creem ainda?” (Alcorão 21:30).
Neste versículo (ayah), a água é apontada como a origem de toda a vida. Todas as coisas vivas são feitas de células. Agora sabemos que as células são compostas principalmente de água [1]. Por exemplo, 80% do citoplasma (material celular básico) de umacélula animal padrão é descrito como água em livros debiologia. O facto de que os seres vivos consistem principalmente de água foi descoberto somente após a invenção do microscópio. Nos desertos da Arábia, a última coisa que alguém poderia imaginar é que toda a vida vinha da água.

2 O Ferro

O ferro não é natural para a terra. Não se formou na terra, mas desceu à terra do espaço sideral. Isso pode parecer estranho, mas é verdade. Os cientistas descobriram que bilhões de anos atrás, a Terra estava presa por meteoritos. Esses meteoritos carregavam o Ferro de estrelas distantes que explodiram [2].
O Alcorão diz o seguinte sobre a origem do Ferro:

“E fizemos descer o Ferro com a sua grande força inerente e seus muitos benefícios para a humanidade...” (Alcorão 57:25).
Allah usa as palavras "fizemos descer" em relação ao Ferro. É evidente a partir do versículo que o Ferro não é um material terreno, mas foi enviado para o benefício da humanidade. O facto de o Ferro ter vindo do espaço sideral à Terra é algo que não poderia ser conhecido pela ciência primitiva do século VII.

3. A Proteção do Céu

O céu desempenha um papel crucial na protecção da terra. O céu protege a terra dos raios letais do sol. Se o céu não existisse, a radiação do sol teria matado toda a vida na Terra. Ele também actua como um cobertor enrolado em volta da terra, para protegê-la do frio congelante do espaço.
A temperatura logo acima do céu é de aproximadamente -270o C. Se essa temperatura atingisse a Terra, o planeta congelaria instantaneamente. O céu também protege a vida na Terra, aquecendo a superfície por meio da retenção de calor (efeito estufa) e reduzindo os extremos de temperatura entre o dia e a noite [3].Estas são algumas das muitas funções de protecção do céu.

O Alcorão pede-nos para considerar o céu no seguinte versículo:

«E fizemos do céu um tecto protector. E ainda assim eles estão se afastando desses Nossos Sinais!» (Alcorão 21:32) 

O Alcorão aponta para a protecção do céu como um sinal de Deus. As propriedades protectoras do céu foram descobertas por pesquisas científicas realizadas no século XX.

4. As Montanhas

O Alcorão chama a nossa atenção para uma característica muito importante das montanhas:

«Não fizemos da terra um lugar de descanso? E as montanhas como estacas (na Terra)?» (Alcorão 78:6-7).

O Alcorão indica que as montanhas têm raízes profundas ao usar a palavra estaca para descrevê-las.

Na verdade, as montanhas têm raízes profundas, e a palavra estacas é uma descrição precisa delas.
 Um livro intitulado ‘Terra’, do geofísico Frank Press, explica que as montanhas são como estacas e estão enterradas nas profundezas da superfície da terra.

O Monte Everest, cuja altura é de aproximadamente 9 km acima do solo, tem uma raiz maior que 125 km. O facto de que as montanhas têm raízes profundas como "estacas" não era conhecido, até depois do desenvolvimento da teoria das placas tectônicas no início do século XX. [6]

5. A Expansão do Universo

Numa época em que a ciência da Astronomia ainda era primitiva, a expansão do universo foi descrita no Alcorão:

«E construímos o firmamento com o poder e perícia, e Nós o estamos expandindo». (Alcorão 51:47)

O facto de o universo estar se expandindo foi descoberto no século passado. O físico Stephen Hawking, em seu livro ‘A Brief History of Time’ escreve: “A descoberta de que o universo está se expandindo foi uma das grandes revoluções intelectuais do século 20.”[4]. O Alcorão mencionou a expansão do universo antes mesmo da invenção do telescópio! 

6. A Órbita do Sol

Em 1512, o astrónomo Nicolau Copérnico apresentou a sua teoria de que o Sol está imóvel no centro do
sistema solar e que os planetas giram em torno dele. A crença de que o Sol está estacionário foi difundida entre os astrónomos até o século XX. Agora é um facto científico bem estabelecido que o Sol não é estacionário, mas está se movendo numa órbita ao redor do centro de nossa galáxia, a Via Láctea [5].
O Alcorão menciona a órbita do Sol:

«E é Ele quem criou a noite e o dia, o Sol e a Lua, cada um flutuando na sua órbita». (Alcorão 21:33).

O Alcorão estaria errado de acordo com os astrónomos apenas algumas décadas atrás. Mas agora sabemos que a descrição do Alcorão do movimento do Sol é consistente com a Astronomia moderna.

7. O oceano

O Alcorão usa imagens para revelar os seus significados profundos, e descreve o estado dos incrédulos
como:

«Escuridão num oceano profundo que é coberto por ondas, acima das quais estão ondas, acima das
quais estão nuvens, camadas de escuridão, uma sobre a outra. Quando alguém estende a mão [lá dentro], ele mal consegue ver. Aqueles a quem Deus não dá luz, eles não têm luz.» (Alcorão, 24:40).

É comum pensar que as ondas ocorrem apenas na superfície do oceano. No entanto, os oceanógrafos descobriram que existem ondas internas que ocorrem abaixo da superfície do oceano. Essas ondas são invisíveis ao olho humano e só podem ser detectadas por equipamentos especializados [6].

O Alcorão menciona a escuridão num oceano profundo acima do qual estão as ondas, e as nuvens acima
delas. Essa descrição não é apenas notável porque descreve as ondas internas do oceano, mas também porque descreve a escuridão nas profundezas do oceano. Um ser humano não pode mergulhar mais de 70 metros sem equipamento de respiração. A luz está presente nessa profundidade, mas se descermos 1000 metros está completamente escuro [7]. 1400 anos atrás, não havia submarinos ou equipamentos especializados para descobrir ondas internas ou a escuridão nas profundezas dos oceanos.

8. A Mentira e o Movimento

Havia um líder tribal opressor e cruel chamado Abu Jahl, que viveu na época do Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele). Deus revelou um versículo do Alcorão para alertá-lo:

«Sim! Se ele não se detiver, realmente agarrá-lo-emos pelo topete, (isto é, cabelos frontais, ao Inferno) uma fronte mentirosa, pecadora». (Alcorão,6: 15-16).

Deus não chama essa pessoa de mentiroso, mas chama a sua testa (a parte frontal do cérebro) de "mentirosa" e "pecaminosa", e o avisa para parar. Este versículo é significativo por duas razões. A primeira é que a parte frontal do nosso cérebro é responsável pelo movimento voluntário [8]. Isso é conhecido como lobo frontal.

A verdade provém de teu Senhor - Surat-al Baqarah – Alcorão, 2-147 - Um livro intitulado 'Essentials of Anatomy and Physiology' que inclui os resultados de pesquisas sobre as funções desta área afirma: A
motivação e a previsão para planejar e iniciar os movimentos ocorrem na porção anterior dos lobos frontais, a área pré-frontal [9]. Diz-se que a parte do cérebro responsável pelo movimento é apreendida se a pessoa não parar.

Em segundo lugar, vários estudos têm mostrado que esta mesma região (lobo frontal) é responsável pela
função de mentira do cérebro [10]. Num estudo da Universidade da Pensilvânia, no qual foram feitas perguntas aos voluntários durante um interrogatório computadorizado, descobriu-se que, quando os voluntários estavam mentindo, havia um aumento significativo da actividade nos córtices pré-frontal e pré-motor (região do lobo frontal) [11]. A parte frontal do cérebro é responsável pelo movimento e pela mentira. O Alcorão liga o movimento e a mentira a esta área. Essas funções do lobo frontal foram descobertas com equipamentos de imagens médicas desenvolvidas no século XX.

9. Receptores de dor

Por muito tempo, pensou-se que a sensação de sentimento e dor dependia do cérebro. No entanto, foi descoberto que existem receptores de dor presentes na pele [12]. Sem esses receptores de dor, uma pessoa não seria capaz de sentir dor. Considere o seguinte versículo sobre dor:

«Certamente aqueles que rejeitam as Nossas revelações, brevemente os introduziremos no (Inferno) Fogo. Cada vez que as suas peles forem queimadas, Nós as substituiremos por novas para que continuem a sentir a dor: Deus é Todo-Poderoso, Omnisciente.» (Alcorão 4:56)

Deus diz às pessoas que rejeitam a Sua mensagem que, quando eles estiverem no Inferno e as suas peles
forem queimadas (para que não possam sentir nenhuma dor), Ele lhes dará novas peles para que continuem a sentir a dor.

O Alcorão deixa claro que a dor depende da pele. Adescoberta de receptores de dor na pele é uma des-
coberta bastante recente para a Biologia.


CONCLUSÃO

Esses são apenas alguns dos muitos factos encontrados no Alcorão. É importante notar que o Alcorão não é um Livro de ciência, mas é consistente com a ciência. Afirmar que os factos científicos do Alcorão são devidos à coincidência seria irracional. A melhor explicação é que Deus revelou esse conhecimento ao Profeta Muhammad (s.a.w.).

Assim como o Alcorão contém conhecimento sobre o mundo natural, ele também contém informações sobre as dimensões internas de nossa alma. Relaciona-se com os nossos sentimentos, desejos e necessidades. O Alcorão informa-nos que temos um propósito na vida e que seguir a orientação de Deus levar-nos-á à paz interior, nesta vida e ao Paraíso na outra. E essa rejeição de sua mensagem levará à depressão nesta vida e ao Fogo do Inferno após a morte.

«Logo lhes mostraremos os Nossos Sinais no Universo e neles próprios, até que fique claro para eles que esta é a Verdade (i.e. o Alcorão). Acaso não é suficiente que o teu Senhor seja Testemunha sobre
todas as coisas?» (Alcorão 41:53).

NOTAS:

[1] Bruce Alberts, Essential Cell Biology

[2] M. E. Walrath, History of the Earth’s Formation

[3] Joseph M. Moran, Meteorology: the Atmosphere and

the Science of Weather

[4] Naomi Oreskes, Plate Tectonics: An Insider’s History

Of The Modern Theory Of The Earth [10] Stephen Hawking,

A Brief History Of Time

[5] Lambert M. Surhone, Orbital Period: Orbit, Sun, Earth,

Conjunction, Orbital Node, Apsis, Semi-Major Axis

[6] M. Grant Gross, Oceanography: A View of Earth

[7] Danny Elder, Oceans

[8] (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2289137)

[9] Rod R. Seeley, Essentials of Anatomy & Physiology

[10](http://cercor.oxfordjournals.org/content/20/1/205.full.

pdf)

[11](http://www.americanscientist.org/issues/pub/2002/3/d

iogenes-new-lamp)

[12] Michael Darmon, Molecular Biology of the Skin: The

Keratinocyte. 

Obrigado. Wassalam.

Coordenado por: Yiossuf Adamgy - Resumido de onereason.org
(Director da Revista Islâmica AL FURQÁN).

Observação: Esse texto foi escrito em Português de Portugal.

quinta-feira, setembro 09, 2021

Algazali - Máximas de Sabedoria do Islam

Estudo Introdutório

Aida Rámeza Hanania

A célebre sentença moderna que afirma a identidade entre meio e mensagem encontra aplicação com total propriedade no caso do Oriente com as máximas de sabedoria.

Valem aqui, para as máximas de sabedoria, as mesmas considerações que temos já feito alhures para seus irmãos, os provérbios. O sistema língua/forma de pensamento, para usar o conceito de Lohmann ( [1] ), com relação ao árabe, encontra, nessas sentenças, sua mais perfeita correspondência.

Em vez de longos e articulados discursos, a língua árabe (o pensamento árabe) expressa-se de modo muito mais natural e autêntico por rápidas sentenças de caráter incisivo, que atingem o íntimo do interlocutor por condensarem séculos (ou milênios...) de uma sabedoria mais do que humana.

Os ergo e os demonstrandum do Ocidente dão lugar ao qala (disse). "Disse Junaid...", "Disse Abu al-Qasim..." "Disse Hassan al-Basri..." não expressam uma adesão cega à autoridade de um sujeito particular, mas, à milenar voz da sabedoria que, por eles, fala. É a verdade das coisas que se deixa ver na trouvaille do dito. Este fato é apontado precisamente em uma das sentenças preferidas de Algazali: "Disse 'Ali ben Abi Talib: Não reconheças a verdade na boca das pessoas; antes, reconhece a verdade. E assim, poderás reconhecer quem diz a verdade".

Por detrás de cada sábio, a sabedoria. Sabedoria que, por sua vez, remete, de modo mais ou menos mediato, à sua Fonte: O Altíssimo. E a Seu enviado. E a Seu livro.

Algazali é um polêmico pensador muçulmano; um místico em constante e angustiada busca da união com Deus, como revela sua extensa obra. Por mais interessante e original que seja seu pensamento filosófico-teológico, interessa-nos, neste estudo, somente o Algazali fiel depositário de sua tradição.

Se as sentenças são uma constante nos autores árabes, em Algazali são especialmente importantes. Assim, quando surgiu a idéia, consubstanciada neste livro, de apresentar, em paralelo, as bases "medievais" de sabedoria sentencial do Ocidente e do Oriente (cabendo-me a edição de um contraponto árabe para os autores e sentenças de Defensor de Ligugé), Algazali pareceu-me o mais adequado.

Tanto no campo formal, quanto no conceitual, Algazali é um mestre na apresentação dos autores e sentenças mais representativos da alma islâmica. Procuramos preservar essa representatividade na seleção e na classificação temática das sentenças que escolhemos a partir do exame de diversas obras do autor.

Alguns dados biográficos. Abu Hamid Muhammad ibn Muhammad al-Ghazzali, conhecido simplesmente como Algazali (1058-1111), nasceu em Ghazal, na Pérsia. Iniciou sua educação em Tus, com um sufi, amigo de seu pai. Estudou Direito em Jarjan, transferindo-se depois para Nissapur, onde foi discípulo (1079-1085) de Abu-l-Maali al-Juwaym. Nessa época, passou por profunda crise de ceticismo, que descreve em seu Munqid. Atribuiu a uma iluminação divina, a superação dessa crise. Em 1091, é nomeado reitor da madrassa nizamyyah de Bagdad, com enorme êxito como professor, estudando intensamente o aristotelismo e o kalam. Em 1095, gravemente doente, sofre forte crise moral, que durou seis meses: deixa Bagdad e refugia-se em Damasco, onde se dedica plenamente ao sufismo (cujos excessos virá a criticar depois). Em 1097, vai a Jerusalém, aprofundando-se, cada vez mais, em seu ascetismo. Retorna a Bagdad, como pregador de vida espiritual e conclui sua obra Vivificação das ciências da religião e o Munqid.

As sentenças selecionadas procedem de autores e personagens clássicos do Islão, do Alcorão e dos hadiths ( [2] ). Nos dois últimos casos, são precedidas pelas fórmulas: "Disse o Profeta...", "Disse o Altíssimo..." ou "Diz o hadith...".

Após cada sentença, indica-se, por abreviaturas, como segue, a obra de Algazali ( [3] ) da qual ela procede: AW (Ayyuha al-walad - Ó filho); MQ (Al-Munqid min al-dalal - O salvador do descaminho); IU (`Ihya 'Ulum ad-dyn - Vivificação das ciências da religião); MA (Mishkat al-anwar - Tabernáculo das Luzes); DF (Ad-durra al-fakhira - A pedra preciosa); KM (Kitab al-mahabba...); HH (Kit b al halal wa al-haram) e KZ (o livro dos bons costumes em relação ao casamento, parte de `Ihya 'Ulum ad-dyn ).

Máximas de Sabedoria - Algazali  -(seleção, tradução e notas de ARH)

1. Servir a Deus

1. Disse o Profeta: "Quando um homem tem o espírito preocupado com o que não lhe compete, este é o sinal de que o Altíssimo abandonou seu servidor. Aquele que perde uma hora de sua vida em algo distinto do serviço de Deus para o qual foi criado, merece que Deus prolongue sua pena no dia do juízo. E aquele que chegue aos quarenta anos sem que suas boas ações ultrapassem as más, já pode se preparar para o fogo" (AW).


2. A vã erudição

2. Disse o Profeta: "O pior suplício no dia da Ressurreição será o do estudioso, que não aproveitou seu saber diante de Deus" (AW).

3. Disse Abu al-Qasim ( [4] ): "Os belos discursos foram vãos e as fórmulas eruditas provaram-se estéreis; nada nos foi útil, a não ser algumas prostrações, realizadas no meio da noite" (AW).

3. As boas obras

4. Disse o Altíssimo (LIII, 40): "Apenas seus próprios atos contarão ao homem" (AW).

5. Disse o Altíssimo (XVIII, 110): "Aquele que espera encontrar-se com seu Senhor, que pratique boas obras" (AW).

6. Disse o Altíssimo (XVIII, 107): "Os que crêem e praticam o bem, terão por morada eterna o paraíso, que não quererão trocar por nenhuma outra" (AW).

7. Disse o Altíssimo (XIX, 60-61): "Deixaram de orar para se abandonarem a suas inclinações pessoais. Um triste destino lhes está reservado. Exceção será feita àqueles que se arrependerem, acreditarem e praticarem boas ações. Entrarão no paraíso e não serão privados de nenhum de seus méritos" (AW).

8. Disse Hassan al-Basri ( [5] ): "No dia do juízo, dirá o Senhor a seus servos: `Entrai no Paraíso, vós que me adorais, por minha misericórdia; participai dele conforme vossas obras'" (AW).

9. Disse 'Ali: "Quem pensa que vai chegar ao Paraíso sem se esforçar, é um homem de desejos ineficazes; quem pensa chegar apenas com suas próprias forças, sem contar com a graça divina, é um presunçoso" (AW).

10. Disse o Altíssimo (LV, 60): "Não será o próprio bem a recompensa do bem?" (KM).

4. A palavra

11. Disse o Profeta (XIV, 24): "Deus propõe um mathal para a boa palavra: ela é comparável a uma boa árvore cuja raiz é sólida e sua ramagem toca o céu" (KM).

12. Disse o Profeta (XVIII, 109): "Se o mar fosse tinta para as palavras de meu Senhor, esgotar-se-ia o mar antes das palavras de meu Senhor, mesmo que a ele juntássemos outro mar de tinta" (KM).

13. Disse Ibn Mas'ud: "Tomai a luz do Alcorão e penetrai em seu sentido oculto: nele está a ciência dos princípios e dos fins" (KM).

5. A fé

14. Diz o hadith: "O Islão foi construído sobre cinco fundamentos: Atestar que não há outra divindade senão Deus e que Muhammad é o profeta de Deus; rezar; dar esmola; jejuar no mês de Ramadan e, para aqueles que têm possibilidade, fazer a peregrinação a Meca" (AW).

15. Diz o hadith: "A fé é, ao mesmo tempo, a palavra, a sinceridade e as obras" (AW).

16. Disse Ubayy Ibn Ka'b: "A luz do coração de quem crê é como a de um tabernáculo" (MA).

17. Diz o hadith: "A alma de quem crê é um pássaro que se alteia por sobre as árvores do Paraíso" (DF).

18. Disse o Profeta (XXXIX, 22): "Aquele, cujo coração Deus abriu ao Islão, acaso não se encontra numa luz vinda de seu Senhor?" (KM).

19. Disse o Profeta (LXXXIII, 21): "Os que estão próximos de Deus, dEle são testemunhas" (KM).

20. Disse Abu al-Darda': "A plenitude da fé está em suportar com paciência aquilo que ela impõe (hukm) e em sentir-se contente com o destino que ela reservou para ti" (KM).

6. Vaidade e humildade.

21. Disse Jesus no Evangelho ( [6] ): "Desde o momento em que o morto é colocado no caixão até que o depositem no sepulcro, Deus, em sua grandiosidade, faz-lhe quarenta interpelações. A primeira delas é: `Meu servo, durante muitos anos procuraste ficar bem aos olhos dos homens e, nem sequer por uma hora, cuidaste de ficar bem a meus olhos. Todos os dias olhava Eu para teu coração e te dizia: `Estás coberto de favores meus e aplicas-te a agradar aos outros?' Mas, estavas surdo e não ouvias'" (AW).

22. Disse 'Ali ben Abi Talib ( [7] ): Não reconheças a verdade na boca das pessoas; antes, reconhece a verdade. E assim, poderás reconhecer quem diz a verdade (MQ).

23. Disse o Profeta: "Õ Deus, não permitas que eu me encha de orgulho" (IU).

24. Disse Huthaifa, companheiro do Profeta: "Irmãos, busquem outro para guia de oração ou façam-na sem guia, porque eu começo a sentir-me vaidoso com este cargo" (IU).

25. Diz o hadith: "Ao que é humilde, Deus eleva; ao orgulhoso, Deus humilha. E aquele que se lembra incessantemente de Deus, Deus o ama" (KM).

7. A oração.

26. Disse o Altíssimo (LI,18): "Ora de noite" (XVII,81) e "Na madrugada, implora o perdão" (AW).

27 Disse o Profeta: "Três vozes são gratas a Deus: o canto do galo, a recitação do Alcorão e a voz dos que suplicam perdão de madrugada" (AW).

28. Disse Sufyan al-Thawri ( [8] ): "Deus criou um vento que sopra ao amanhecer, levando à presença do Rei soberano os pedidos de perdão e adhkár ( [9] ) (AW).

29. Disse o Profeta sobre Abdallah ben-'Umar ( [10] ): "Que graça este homem teria, se orasse de noite" (AW).

30. Disse Luqman ( [11] ): "Filho, não seja o galo mais consciencioso do que tu: ele já está de manhã desperto, enquanto tu dormes" (AW).

31. Disse Qatada: "Destacam-se entre as palavras do Altíssimo: `Aqueles que crêem, repouse seu coração no dhikr ( [12] ) de Deus, pois é somente no dhikr de Deus que seus corpos encontrarão repouso" (KM).

8. A tolice

32. Disse Jesus no Evangelho ( [13] ): "Impossível para mim não foi ressuscitar mortos, mas curar os néscios" (AW).

9. Retidão e sinceridade para com Deus

33. Disse o Profeta: Deus não olha para o exterior nem para vossas ações, mas sim para o coração e a intenção (AW).

34. Disse Abu Huraira: "O Profeta disse que, no dia da Ressurreição, três serão os primeiros a serem interrogados - de início, o homem culto, a quem se indagará sobre o uso que fez de seus conhecimentos. E ele responderá: `Fiz o possível para propagá-los'. Deus e os anjos, porém, dirão: `Falas com falsidade. Teu único propósito (e o atingiste!) era o de ser considerado sábio pelos outros'. O segundo será o rico a quem se indagará sobre suas riquezas. E ele responderá: `Dia e noite distribuí-as como esmola'. Deus e os anjos, porém, dirão: `Falas sem verdade. O que querias (e o conseguiste!) era simplesmente ser considerado generoso'. O terceiro será o mártir a quem também se indagará sobre seus atos. E ele responderá: `Õ Senhor, Tu ordenaste a jihad ( [14] ), e eu Te obedeci: caí em combate!'. Deus e os anjos, porém, repicarão: `Mentes. Teu objetivo (e o alcançaste!) era apenas o de ser louvado como herói'. E o Profeta concluiu: `Estes três serão os primeiros a serem lançados às chamas do Inferno'" (IU).

35. Disse Yaqub, o sufi: "Reto é quem oculta suas virtudes como se costuma ocultar os vícios" (IU).

36. Disse Junaid: "Há alguns servos de Deus que são sábios, que agem como sábios, que são sinceros em seu agir; a sinceridade, então, os leva à virtude" (IU).

37. Disse Ruyam: "Sincero é quem não atenta para a recompensa de suas ações: nem neste mundo, nem no outro" (IU).

10. O amor

38. Disse o Profeta: "Aqueles dentre vós, que tendes boa disposição e vos amais uns aos outros, afetuosa e ternamente, sois meus companheiros chegados" (IU).

39. Disse Rabi'a: "Não permita Deus que eu O sirva como um mau empregado, pensando só no salário; estou inundada pelo amor" (IU)

40. Disse Hassan al-Basri: "Aquele que conhece seu Senhor, ama-O; aquele que conhece este mundo terreno, desdenha-O" (KM).

41. Disse Junaid: "O sinal do amor é um ardor durável e assíduo que leva a buscar a paixão que enfraquece o corpo e não enfraquece o coração" (KM).

42. Disse Junaid: "Todo amor existe para ser correspondido; se a correspondência cessa, cessa também o amor" (KM)

11. O caminho para Deus

43. Disse o Profeta (II, 142): "Ele desencaminha quem Ele quer e orienta quem Ele quer" (MQ).

44. Diz o hadith: "Verdadeiramente, o desejo dos virtuosos é ter comunhão comigo e eu anseio por vê-los" (IU).

45. Diz o hadith: "A quem dá um passo em direção a Mim, Eu lhe estendo a mão" (IU).

46. Diz o hadith: "Não fosse pelos diabos que rondam seus corações, os homens teriam visto as glórias do Reino dos Céus" (IU).

47. Diz o hadith: "Ninguém dentre vós será um crente, a menos que ame, sobre todas as coisas, a Deus e a Seu enviado" (IU).

48. Disse o Altíssimo (LXI, 4): "Deus ama aqueles que cerram fileiras, como se fossem um sólido edifício, para lutar por Sua causa" (KM).

49. Diz o hadith: "Deus faz Sua morada na casa de seu servo, na medida em que Seu servo Lhe tenha preparado uma morada em sua alma" (KM).

12. Felicidade

50. Disse o Profeta: "A felicidade que ultrapassa todas as outras é uma longa vida transcorrida em obediência a Deus" (KM).

13. A vida eterna

51. Disse o Profeta (XXIX, 64): "Na morada do outro mundo é que está verdadeiramente a vida. Se eles soubessem..." (KM).

52. Disse Abu Sulayman al-Darani: "Se os servos de Deus não se desviam de Deus pelo medo do inferno e pela esperança do Paraíso, como pode este mundo desviá-los de Deus?" (KM).

53. Disse o Altíssimo (XVII, 21): "Há, na vida futura, categorias mais e menos elevadas e distinções" (KM).

54. Disseram Thawri e Bishr al-Hafi: "Não há aversão pela morte, senão para o cético, que duvida; pois, os por Ele amados, desejam reencontrar seu Amado" (KM).

14. Amizade, solidariedade e companhias

55. Disse o Profeta: "Deus, quando quer mostrar Sua bondade a uma pessoa, dá-lhe um bom amigo" (IU).

56. Disse o Profeta: "As almas são como soldados combatentes: da proximidade dos que se conhecem, surge a amizade; da distância dos que se desconhecem, a oposição" (KM).

57. Sahl disse: "Evitai a companhia de três tipos de pessoas: os tiranos, que se esquecem de Deus; os ulemás que praticam simulação e os sufis ignorantes" (IU).

58. Disse Ibn Mas'ud: "Se um homem (servo de Deus) foi morto no Oriente e outro, no Ocidente, se alegra, este é cúmplice do assassino" (KM).

59. Disse Abu Darr: "Quem se junta a certas pessoas, torna-se um deles" (HH).

15. A tribulação

60. Disse o Profeta: "Quando Deus ama a um de seus servos, envia-lhe tribulações. Se ele as suporta pacientemente, é favorecido. E enfrentá-las alegremente é sinal de que é eleito de Deus" (IU).

61. Disse o Profeta (IV,45): "Deus conhece bem vossos inimigos. Deus vos basta como protetor. Deus vos basta como defensor" (KM).

16. Grandeza de Deus

62. Disse o Profeta: "Deus tem setenta véus de luz e de trevas; se Ele os tirasse, as glórias fulgurantes de Sua face consumiriam todo aquele que fosse atingido por Seu olhar" (MA).

17. Avareza e usura

63. Disse o Profeta: "Ai daquele que é escravo do dinheiro; ai daquele que é escravo do ouro!" (MA).

64. Disse o Profeta: "Um dirham proveniente da usura é mais grave aos olhos de Deus que trinta adultérios cometidos entre os muçulmanos" (HH).

18. O arrependimento

65. Disse o Profeta: "Arrepender-se de um pecado é como não o ter cometido" (DF).

19. A justiça

66. Diz o hadith: "Deus disse: `A injustiça de um injusto não prevalecerá. Com efeito, se ela prevalecesse, Eu é que seria injusto'" (DF).

67. Disse o Profeta (VI, 164; XVII, 16 etc.): "Nenhuma alma pecadora arcará com o fardo de outra" (KZ).

20. Deveres e proibições

68. Disse Ibn Mas'ud: "A busca do conhecimento, disse o Profeta, é um dever de estrita obrigação para todo muçulmano" (HH).

69. Disse o Profeta: "Quando uma carne é alimentada do que é ilícito, ela não merece senão o fogo" (HH).

70. Disse o Profeta: "Quando alguém não se preocupa em saber por que meios adquire seus bens, Deus também não se preocupa em saber por qual dos caminhos Ele o fará entrar na fornalha" (HH).

71. Disse o Profeta: "Quem chega ao final do dia, cansado por ter procurado o lícito, passa a noite perdoado e, pela manhã, Deus está satisfeito com ele" (HH).

72. Disse o Profeta: "Quando alguém adquire bens em situação de pecado e, depois, os distribui como esmolas e gastos pelos caminhos de Deus, Ele reúne tudo em bloco para arremessar à fornalha" (HH).

73. Diz o hadith: "Há o que claramente é lícito e o que claramente é ilícito e, entre os dois, há casos duvidosos, ignorados por muitos. Guardar-se do duvidoso é preservar a honra e a religião incólumes; acolher o duvidoso equivale a fazer pastar seu rebanho à beira de um recinto reservado, a um passo de incorrer no proibido" (HH).

74. Disse Ibn Mas'udi: "Viveis num país onde os açougueiros são, em grande maioria, zoroastrianos: cuidai vós, pois, de distinguir entre animal puro e animal morto" (HH).

75. Disse o Profeta: "Não há, aos olhos de Deus, pecado maior que os de deixar os de sua casa na ignorância" (KZ).

21. A prática religiosa

76. Disse o Profeta: "A melhor parte de vossa prática religiosa é a probidade sensível" (HH).

77. Disse o Profeta: "Àquele que se apresenta diante de Deus, tendo praticado a probidade sensível, Deus dá a inteira recompensa do Islão" (HH).

78. Sahl at-Tustari disse: "Quatro condições devem ser observadas para que se atinja a verdadeira fé: cumprir os deveres de estrita obrigação, conforme a Suna; alimentar-se do que é lícito, segundo a probidade sensível; abster-se do que é proibido aos foros externo e interno e, nisso, perseverar até a morte" (HH).

79. Disse o Profeta: "Assim como Deus não aceita a oração sem as abluções, tampouco aceita a esmola que vem da fraude" (HH).

22. A temperança

80. Disse Abu Hurayra: "O estômago, no ventre, disse o Profeta, é bebedouro: nele, as veias vêm beber. Se o estômago é são, dele retiram saúde; se corrompido, corrupção. Entre alimento e prática religiosa dá-se a mesma relação que há entre fundações e construção: se as fundações são sólidas, a construção ergue-se retamente; se as fundações são fracas e inadequadas, o edifício desmorona e cai" (HH).

81. Disse Ibrahim ben Adham: "A sensibilidade de percepção só é dada àquele que tem discernimento sobre o que ingere" (HH).

82. Disse Yahya ben Mu'ad: "A obediência (o seguimento de Deus) é um tesouro de Deus. Para abri-lo, porém, a chave é a invocação e os dentes dessa chave são os bocados de alimento lícito ( [15] )" (HH).

23. A adulação

83. Disse Abu Hurayra: "Aos olhos de Deus, disse o Profeta, os mais odiosos leitores do Alcorão são os que freqüentam os príncipes" (HH).

84. Disse Abu Darr: "Não te apresses a ir às portas dos príncipes; não conseguirias tirar algo de seus bens, senão à custa de desprender-te de tua religião" (HH).

85. Disse Sufyan: "Na gehena, há um vale inteiramente povoado por leitores do Alcorão que freqüentaram os reis" (HH).

86. Disse Al-Awza'i: "Nada é mais odioso a Deus que um teólogo-jurista em visita a um governador" (HH).

87. Disse Al-Fudayl: "Ninguém se aproxima do príncipe, sem se afastar de Deus" (HH).

24. A Prudência

88. Disse Ibn Sirin: "Não te encarregues de levar uma carta ao príncipe, sem saber o que ela contém" (HH).

25. A mulher, o casamento

89. Disse o Profeta: "Aquele se casa põe em segurança a metade de sua religião" (KZ).

90. Disse 'Umar: "Não há obstáculos para o casamento, exceto a incapacidade de sustentar a família e a libertinagem" (KZ).

91. Disse Ibn Abbas: "A devoção do devoto não é completa, enquanto ele não for casado" (KZ).

92. Disse Abu Sulayman al-Darani: "Uma mulher virtuosa não é deste mundo, pois ela te põe a caminho da bem-aventurança da vida futura" (KZ).

93. Disse o Profeta: "Que cada um de vós garanta a posse de três coisas: um coração agradecido, uma língua que invoque a Deus e uma mulher piedosa e virtuosa, que o ajude a obter a salvação eterna" (KZ).

94. Disse o Profeta: "Desposa-se uma mulher em razão de sua fortuna, de sua beleza, de sua linhagem e de sua fé. Procura, pois, aquela que tem a fé. De outro modo, que caias na miséria" (KZ).

95. Disse 'Ali: "Três defeitos no homem, são, na mulher, virtudes: a avareza, o orgulho e o medo" (KZ).

96. Disse o Profeta: "A melhor de vossas mulheres é aquela que se regozija quando seu marido a olha, que obedece suas ordens, que, estando ele ausente, guarda preciosamente sua lembrança e sua fortuna" (KZ).

97. Disse o Profeta: "Deveis desposar uma mulher fecunda e amorosa" (KZ).

98. Disse o Profeta: "Não vos caseis com parentes muito próximos, pois o filho terá constituição fraca" (KZ).

99. Disse o Profeta: "O crente mais perfeito é aquele que mostra melhor caráter aos olhos das mulheres e é o mais doce com sua família" (KZ).

100. Disse o Profeta: "Deus deu ao marido o mando sobre sua mulher. Entretanto, se ele permitir que a mulher mande, inverterá a ordem estabelecida, aplicando os princípios às avessas, cumprindo o propósito de Satanás, que diz (IV, 118): `Eu lhes ordenarei mudar a criação de Deus'" (KZ).

Assalamu Aleiko wa Ramatulahi wa Baraketuh

sexta-feira, agosto 20, 2021

A ESPADA DA BONDADE.


A arrogância cega pessoas ao ponto de pensarem que não dependem de ninguém, por terem poderes absolutos e muita riqueza. “E não vires o rosto às pessoas com vaidade, nem andes com insolência (falta de respeito) pela terra, porque Allah não estima os arrogantes.” Cur’ane 31:18. A vaidade, o orgulho e a arrogância, para além de anularem todas as nossas boas ações, ainda nos colocam em situação de pecados e de extrema fragilidade quando chegar a hora de prestarmos contas perante o Rei dos reis - Allah Al Malik-ul-Mulk, que perguntará nesse dia: “Eu sou o Senhor. Onde estão (hoje) os altivos, onde estão os orgulhosos?”. Muslim 39:6704.

A melhor caridade é aquela que é dada secretamente, sem que ninguém o saiba. “E aqueles que por amor a Allah, alimentam o pobre, o órfão e o prisioneiro, dizendo: nós vos alimentamos somente para agradar a Allah. Não exigimos recompensa nem agradecimentos da vossa parte”. Cur’ane 76:8 e 9. Dar com a mão direita, sem que a mão esquerda o saiba.

Era uma vez uma pessoa poderosa e com uma imensa riqueza. Rei e senhor na localidade. Auxiliava as pessoas necessitadas. Mas completava com o orgulho e vaidade, de ser o mais generoso e publicitava tudo o que fazia. O seu poder era imenso e ninguém se atrevia a contrariá-lo. Dizia com “boca cheia” que ele era o mais generoso e que ninguém o conseguia superar. “E abundante era a sua produção. Ele disse ao seu vizinho: “Sou mais rico do que tu e tenho mais poderio”. Cur’ane 18.34.

Teve conhecimento através dos seus séquitos, que numa aldeia remota havia uma pessoa ainda mais generosa. Esta suposta concorrência o enfureceu e fez-lhe perder a razão, porque isso diminuía a sua reputação de ser o mais generoso. Incumbiu o chefe da sua guarda pessoal, temido pela sua espada afiada, para se deslocar à referida aldeia, a fim de matar o concorrente.

Ao chegar na aldeia, foi recebido pelo homem, que ofereceu a sua casa e o alimentou. Passaram depois longas horas na conversa. Já era longa a noite e o dono da casa cedeu o seu quarto para o viajante passar a noite. Na solidão do quarto, o chefe da guarda, agarrado à sua espada, não conseguia dormir. Pensando por um lado (i) como cumprir com a missão que lhe foi imposta e (ii) ao mesmo tempo, na imensa generosidade e cordialidade do homem.

Após o nascer do sol e depois da pequena refeição que lhe foi oferecida, regressou ao palácio. O rei ansioso perguntou-lhe se tinha cumprido com a ordem. Respondeu: “o homem me “matou” com a sua espada da bondade. Não conseguiu utilizar a sua espada afiada, a espada da vingança, para matar o homem que lhe comoveu com a sua bondade, generosidade e também por ser muito amado na localidade.

Entre as duas espadas, da vingança e da fraternidade, escolha a espada da bondade para mudar a mentalidade e o coração das pessoas, ajudando a estabelecer diálogos pacíficos e fraternos. Seguindo o exemplo do teu Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), perdoa-lhes abundantemente, mesmo que sejam agressivos e insultuosos. Abra a mão e o seu coração para os necessitados. Seja um Abdur Rahman, um servo do Beneficente. “Certamente que a razão pela qual muitas pessoas entrarão no Paraíso, será pela piedade e pelo bom comportamento”.

E façam o favor de ter um bom dia de Juma. Até ao próximo, In Sha Allah!

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá