terça-feira, julho 06, 2021

Saladino "tem algo que qualquer líder pode aspirar", diz historiador

Saladino "tem algo que qualquer líder pode aspirar", diz historiador O professor de história JONATHAN PHILLIPS traça o perfil de uma figura considerada de "esperança" no Próximo Oriente com caraterísticas que "qualquer líder pode aspirar", no livro "A vida e a lenda do sultão Saladino". In: Notícias ao Minuto - 12/06/21 POR LUSA.

Prezados Irmãos: Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. Saladino, cujo nome resulta da corruptela latina de Salah Al-Din (digno da fé), curdo, nasceu em 1137 em Tikrit e morreu em 1193, sendo conhecido pela sua conquista de Jerusalém em 1187, logo a seguir à batalha de Hatim, sendo um herói para os muçulmanos e respeitado por cristãos. 

Ao longo da história o seu nome tem sido invocado por vários líderes - desde Nasser (Egito), passando por Saddam Hussein (Iraque) ou Assad (Síria) - e até nos mais recentes confrontos em Jerusalém, frente à mesquita de Al-Aqsa. "Ele tem algo que qualquer líder pode aspirar", afirma, em declarações à Lusa Jonathan Phillips, professor de História das Cruzadas no Royal Holloway (Universidade de Londres), a propósito da tradução em português do seu livro sobre Saladino, disponível em Portugal. Saladino é sagaz, é alguém "que aprende muito rapidamente", percebe o que é necessário para resolver ou lidar com uma situação de forma muito rápida, aponta. Em certa medida, é ainda hoje uma "figura de esperança" no Próximo 

Oriente. Já muito se escreveu sobre Saladino - livros de história, de viagens, documentos religiosos, sobre governo e filmes, só para citar alguns exemplos -, mas nesta obra "o que tentei fazer de forma diferente foi dar um contexto rico para a época em que ele viveu e falar sobre a sua carreira e um pouco mais sobre as pessoas em seu redor, a sua corte - o fantástico departamento de publicidade dos seus secretários, que foram tão instrumentais" para descrever os seus feitos - "e é por isso que sabemos hoje tanto sobre ele", explicou. "Se houvesse 'spin doctors' no século XII, media modernos, Saladino estaria no topo disso", salienta, apontando que na génese do livro esteve também o objetivo de perceber como a memória de Saladino sobreviveu através dos séculos. 

Saladino "foi um homem que aproximou pessoas e expulsou invasores da cidade sagrada de Jerusalém" e isso é um legado que ficou, prossegue, sublinhando que foi "um bom governante", não apenas por remover os invasores, mas também pelas suas "qualidades pessoais, que são admiráveis". "Ele é claramente muito bom com as pessoas, tem uma família muito leal que o apoia, em comparação com Henrique II de Inglaterra, no mesmo período, ou com os monarcas ibéricos, que estavam sempre a lutar uns contra os outros", destaca. Além disso, "é também muito bom a escolher pessoas", está rodeado de "talento" e, portanto, "tem um núcleo fiel junto de si e acho que isso é, em grande parte, o seu sucesso".

Saladino é também "ambicioso", conduzido pela religião e "compulsivamente generoso, que é uma das coisas que transparece sobre a sua personalidade", salienta o historiador. Questionado sobre se é preciso um novo Saladino para resolver os conflitos a Oriente, Jonathan Phillips considera natural que muitas pessoas "aspirem a ser como ele pelas admiráveis qualidades pessoais e a capacidade em unir pessoas", citando o exemplo do líder do Egito Nasser, que tentou "unir o mundo árabe sob a sua liderança". Na atualidade, quem conseguisse assumir o estatuto de Saladino seria "alguém extraordináriamente influente e muito admirado", mas trata-se de algo "impossível" pela sua grande dificuldade. Jonathan Phillips relata que numa palestra perto de Detroit, quando estava a acabar o livro sobre o sultão, uma estudante de Hama, Síria, lhe relatou que os jovens daquele país tinham "Saladino no 'screensaver'" dos seus telemóveis. "O facto dela ter dito que muitos tinham Saladino no 'screensaver' mostra que ele tem uma ressonância ampla como líder, como figura de esperança". 

O eco das ações de Saladino sobreviveu ao longo dos séculos: "o contraste entre as histórias de banho de sangue em 1099 e das milhares de vidas cristãs poupadas em 1187" foram utilizadas pelos autores muçulmanos "para demonstrar as qualidades do seu soberano, ao passo que para os cristãos se tornou motivo de admiração e [...] é em parte o motivo para o sultão ter uma reputação tão favorável em toda a cristandade", lê-se no livro. Vários séculos depois, Jerusalém continua a ser palco de um longo conflito. 

Questionado sobre se, da perspetiva de historiador, será possível alcançar a paz, Jonathan Phillips salienta que "o diálogo é necessário e crucial". Sem querer aprofundar o conflito entre Israel e a Palestina, o historiador refere que o "diálogo" foi um elemento "importante" entre Saladino e Ricardo, Coração de Leão, na Terceira Cruzada, como também o envolvimento entre pessoas. "Por isso, tem de haver diálogo, diálogo de confiança, é a única forma que pode fazer funcionar" a paz na região. Sobre se há algo a aprender com a vida de Saladino, Jonathan Phillips salienta o facto de ele conseguir "unir as pessoas". Saladino "tem essa ressonância poderosa no Oriente Próximo e está lá como uma figura de esperança, alguém que se admira e se aspira em muitos aspetos. Ele não é perfeito", mas alcançou um feito "notável". 

Por isso, espera que "as pessoas consigam perceber um pouco porque é que ele é tão importante no Oriente Próximo e porque é que o seu nome sobreviveu através dos séculos". Relativamente ao próximo livro, ainda sem nada fechado, o historiador aponta para a Terceira Cruzada, desta feita na Europa Ocidental, no sentido de compreender o impacto na sociedade. "Estou interessado em olhar para o legado das Cruzadas, compreender quão amplo é e todas as  diferentes maneiras em que é invocado no Ocidente", recordando que a "extrema direita usa um pouco isso" neste momento, e como é lembrado ao "longo dos séculos em diferentes contextos"
Obrigado. Wassalam (Paz). M. Yiossuf M. Adamgy

sexta-feira, maio 07, 2021

Allah SW e suas Provas

 *A misericórdia de Allah está incorporada nas dificuldades da vida*

▪️ *Objetivo:*

_Entender o porquê de depois da conversão ao Islam parecer que muitos são testados com grandes testes e tribulações. 

_Geralmente, a conversão ao Islam é contada como um dos melhores dias na vida de uma pessoa. A vida assume um otimismo, você se sente maior, melhor e mais forte._

*Muitos de nós só querem gritar pra todo mundo ouvir.*

_Mas agora você é muçulmano, parte de uma irmandade mundial; parte de uma família. Para muitos, pode ser a primeira vez que se sentem parte de alguma coisa. Por um momento fugaz ou por um prelúdio mais longo até uma nova vida real, tudo está perfeito. Algum tempo depois, e isso é diferente para cada um de nós, a realidade vem._

_Juntamente com os triunfos, vêm as provações e tribulações. É claro que é um grande passo, uma mudança monumental, não apenas para a pessoa que aceita o Islam, mas também para seus amigos, familiares e colegas. Às vezes, pode parecer que tudo está acontecendo muito rapidamente, outras vezes e para outros, pode parecer que você não pode aprender rápido o suficiente e as provações e tribulações parecem estar esmagando sua nova felicidade._

_Alguém pode perguntar por que Allah continua a testá-lo quando finalmente viu a realidade da vida e abraçou-Lhe e ao Islam de todo coração. Nessa situação, ajuda a entender porque um crente é atormentado por provações e tribulações, e porque, juntamente com a alegria avassaladora, podem surgir tristezas e problemas inesperados._

*Nossa existência aqui na terra nada mais é do que uma parada transitória no caminho para nossa morada eterna.*

_Allah mencionou claramente que este mundo pelo qual ansiamos não é senão um lugar de provações e testes e não apenas isso, no grande esquema da vida é por um tempo muito curto._

📜 *“E, em verdade, pomo-vos à prova, com algo do medo e da fome e da escassez de riquezas e de pessoas e de frutos. E alvissara o Paraíso aos perseverantes.”* (Alcorão 2:155)

📜 *“E esta vida terrena não é senão entretenimento e diversão. E, por certo, a Derradeira Morada é ela, a Vida. Se soubessem!”* (Alcorão 29:64)

_Existe sabedoria por trás das provações e tribulações com as quais Allah nos testa, e é reconfortante saber que elas não são atos aleatórios de um universo cruel e desorganizado. Nossa existência faz parte de um mundo bem ordenado, um mundo que Allah criou para nosso prazer._

_No entanto, é mais do que um lugar de prazeres mundanos. *É aqui que cumprimos nosso verdadeiro propósito, que é adorar a Allah, através dos bons e maus momentos.* Portanto, é importante entender que Ele não decreta para um crente nada além do bem. O que uma pessoa considera ruim, pode, de fato, conter muito bem._

▪️ O Profeta Muhammad, que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele, disse: 

📃 *“Quão maravilhosos são os assuntos do crente, pois todos são bons. Se algo bom lhe acontece, ele é grato por isso e isso lhe é bom. Se algo ruim lhe acontece, ele aguenta com paciência e isso também lhe é bom.”*

_Allah nos prova com as provações e tribulações da vida, e se as suportarmos pacientemente, obteremos uma grande recompensa. Através de mudanças nas circunstâncias e tempos difíceis, Allah testa nosso nível de fé e determina nossa capacidade de ser paciente e apaga alguns de nossos pecados._

*Allah é Todo Amoroso e Onisciente e nos conhece melhor do que nós mesmos.*

_Não alcançaremos o Paraíso sem Sua misericórdia, e ela se manifesta nos testes e provações desta vida. Allah quer nos recompensar com a vida eterna, e se a dor e o sofrimento puderem ajudar a alcançar o Paraíso, as provações e tribulações são uma bênção. Elas não são exclusivas dos recém-convertidos, nem são um indicador do prazer ou desagrado de Allah._

_Ele sabe o que cada pessoa pode suportar e o que cada uma precisa para maximizar suas chances de uma recompensa celestial._

▪️ Existem muitos exemplos que explicam as razões pelas quais somos afligidos por provações e tribulações. O Profeta Muhammad que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele disse:

📃 *“Se Allah quer fazer o bem a alguém, Ele o aflige com provações.”*

▪️ Ele também disse: 

📃 *“Um homem será provado de acordo com o nível de seu compromisso religioso, e as provações continuarão afetando o servo de Allah até que ele ande pela face da terra, sem nenhum fardo de pecado.”*

_Devemos aceitar as provações e tribulações como parte de estarmos vivos, da mesma forma os momentos de alegria e triunfos. Do começo ao fim, a condição humana é uma bênção de Allah, projetada exclusivamente para cada pessoa. Na lição seguinte, nos inspiraremos nos Profetas e nos sahabah e aprenderemos como eles reagiram diante de grandes provações e tribulações. 

Ramadã Karim- 1442 hegira. 

segunda-feira, abril 05, 2021

O significado do Islã

O Islam é derivado da raiz árabe "Salema": paz, pureza, submissão e obediência. No sentido religioso, Islam significa submissão à vontade de Deus e obediência à Sua lei.

Tudo e todos os fenômenos no mundo, que não o homem são administrados totalmente por leis feitas por Deus, isto é. Eles são obedientes a Deus e submissos a suas leis, eles estão no Estado do Islã. O homem possui as qualidades da inteligência e da escolha, assim ele é convidado a submeter-se à boa vontade de Deus e obedecer a Sua lei, isto é, tornar-se muçulmano.

A submissão à boa vontade de Deus, juntamente com a obediência à Sua benéfica Lei, ou seja, tornar-se muçulmano, é a melhor salvaguarda para a paz e harmonia do homem.

O Islam data da era de Adão e sua mensagem foi transmitida ao homem pelos profetas e mensageiros de Deus, incluindo Abrahim, Moisés, Jesus e Muhammad.

A mensagem do Islã foi restaurada e aplicada na última etapa da evolução religiosa pelo último profeta e mensageiro de Deus, Muhammad.

A palavra Allah na língua árabe significa Deus, ou mais precisamente, O Único Deus Eterno, Criador do Universo, Senhor de todos os senhores, Rei de todos os reis, Compassivo, Misericordioso. A palavra Allah para significar Deus também é usada por judeus e cristãos que falam árabe. (Que a paz esteja com todos eles).

O Significado do Islam II

A palavra Islam deriva da raiz árabe “Salam” que significa paz, pureza, submissão, obediência, etc. no sentido, religioso, a palavra Islam significa “Submissão voluntária à vontade de Deus e Obediência à sua Lei” A relação entre o sentido original e o religioso da palavra é forte e evidente. Só através da submissão voluntária à vontade de Deus e da obediência à sua lei pode desfrutar-se da verdadeira paz e da pureza duradoura.

Há os não muçulmanos que chamam a nossa religião “Maometismo” e tratam os que crêem no Islam Por “Maometano”. Os muçulmanos devem rejeitar esse conceito. Se a nossa fé fosse classificada de “Maometismo” e se fossemos designados por “maometanos” tal fato nos traria implicações gravíssimas. Esse erro implicaria que a religião teria o seu nome de um mortal, que é Muhammad, e que o Islam não é mais do que um outro “esmo”, tal como Judaísmo, Hinduismo, Marxismo, etc.

Uma outra implicação incorreta de tal denominação é que os não avisados poderiam pensar que os muçulmanos, que eles tratam por maometanos, adoram Muhammad ou crêem nele da mesma maneira como os cristãos que crêem em Jesus (como filho de Deus). Uma outra implicação errônea é o fato da palavra Maometismo ser capaz de induzir em erro os incautos e dar-lhe a entender que a religião foi fundada por Muhammad e, portanto deriva o seu nome do nome do fundador. O Islam não é pura e simplesmente um outro “ismo” nem os muçulmanos adoram Muhammad ou olham para ele da mesma maneira como os cristãos, judeus, hindus, marxistas, etc., olham para os respectivos lideres.

Os muçulmanos só adoram Deus, Muhammad era só um ser mortal encarregado por Deus de divulgar a palavra de Deus e levar uma vida exemplar. Ele aparece na história como melhor modelo de um homem que vive na piedade e perfeição. É uma prova eloqüente do que pode ser um homem e do que pode realizar no reino da excelência e da virtude. O fundador original do Islam não é outro senão o próprio Deus e Muhammad (conhecido entre nós por Maomé, do galicismo “Mahomet”) foi o seu ultimo mensageiro.

O verdadeiro nome da religião é o Islam, e os seus adeptos chamam-se muçulmanos. Contrariamente às concepções populares errôneas, o Islam ou submissão á voluntária vontade de Deus, juntamente com obediência à Sua Lei, não significa de maneira nenhuma perda da liberdade individual ou rendição perante o fatalismo. Segundo a doutrina islâmica, Deus é o mais clemente e bondoso; Ele ama e preocupa-se com o bem-estar do homem, e toda a Sua sabedoria e cuidado dirigem-se às Suas criaturas. A Sua vontade é, portanto expressão da Benevolência e da Bondade, e todas as leis que Ele outorga tem que servir o interesse da humanidade.

Quando as pessoas obedecem às leis do seu país, são consideradas como bons cidadãos e membros honestos da respectiva sociedade. Nenhum individuo responsável dirá que tais pessoas perdem a sua liberdade por obedecer à Lei de Deus. Nenhum ser racional pensaria ou acreditaria um momento só que tais cidadão que respeitam as leis do seu país sejam fatalistas e fracos. Da mesma maneira, quem se submeter à vontade de Deus. Nenhum ser racional pensaria ou acreditaria um momento só tais cidadãos que respeitam as leis do seu país sejam fatalista e fracos, Da mesma maneira, quem se submeter a vontade de Deus, que é uma vontade benéfica, é uma pessoa sã e honesta. Ela ganha a proteção dos seus direitos, mostrando sinceros respeito pelos direitos dos outros e desfrutando em grande medida de uma liberdade responsável e criadora. Portanto, a submissão à vontade de Deus não elimina nem diminui a liberdade individual. Antes pelo contrario, confere um alto grau de liberdade através de numerosas medidas, Liberta a mente das superstições e enche-a de verdade. Liberta a alma do pecado e do mal e enche-a de bondade e pureza. Liberta o ser da vaidade e cobiça, da inveja e da tensão, do medo e da insegurança. Liberta o homem da subjugação por falso deuses e desejos vis, enquanto lhe abrem os encantadores horizontes da bondade e excelência.

A submissão à boa vontade de Deus, ao lado da obediência à Sua benéfica Lei, é a melhor salvaguarda da paz e harmonia. Ele dá ao homem a possibilidade de conciliar-se com os seus semelhantes, por um lado, e de conciliar a comunidade humana com Deus, por outro lado. Ela cria a harmonia entre os elementos da natureza. Tudo no mundo obedece às Leis de Deus. O mundo físico, não humano, não tem possibilidade de escolha por si só. Ele não tem nenhum caminho voluntário a seguir por sua própria iniciativa. Mas sim obedecer à Lei do Criador. Excepcionalmente, ao homem é dadas toda a inteligência e capacidade de escolha. E visto que o homem possui as qualidades de inteligência e opção, é convidado a submeter-se voluntariamente á Vontade Boa de Deus e a obedecer às Suas Leis. Se ele escolher o caminho da submissão voluntária a Lei de Deus, Fará harmonia entre ele próprio e todos os outros elementos da Natureza, que necessariamente obedecem a Deus. Ele será coerente com a Verdade e estará em harmonia com todos os outros elementos do Universo. Mas se escolher a desobediência, desviar-se-á do bom caminho e será incoerente. Alem disso, arriscará o desagrado e castigo do Legislador.

Para resumirmos esta argumentação, será útil a reprodução dum nosso artigo que apareceu no “Observer Dispach” (O, D.) de Utica, em 4 de dezembro de 1972. O Artigo refere-se às distorções e confusões que se fazem a respeito. As justaposições parciais e as repetições são justificadas pelo fato de o assunto ser muito sensível e pela necessidade de acentuação do ponto de vista Islâmico.

Uma noticia especial ( O D, Nov. 25) é alarmante Ela nos faz sentir pena pelo publico mal informado, assim como por muitos professores e homens do púlpito. É um apelo a todos os homens conscientes e de boa vontade para cumprirem com as suas obrigações morais.

Marcus Eliason salientava, ainda recentemente que, na parte Jordânia ocupada por Israel, “os muçulmanos, entre outras coisas, adoram Abraão como Ibrahim...”.Nesta época e neste dia, neste pequeno mundo nosso, é incrível ler-se preto sobre branco que “ os muçulmanos adoram Ibrahim”. É ainda mais incrível quando esta noticia vem de fonte suposta conhecedora e é destinada a um publico que tem direito, a saber. Há séculos que muitos ocidentais têm adotado e propagado a idéia de que os muçulmanos adoram Muhammad, cuja religião foi chamada Maometismo, e cujo adeptos eram conhecidos no Ocidente como “maometano”. Logo, pareceu evidente àqueles ocidentais que os muçulmanos adoram Allah “uma espécie de divindade...” E agora, eis a nova descoberta: “só muçulmanos adoram Abraão como Ibrahim...”.

A verdade é que os muçulmanos nunca adoraram Muhammad, nem qualquer outro ser humano. Eles têm sempre acreditado que Muhammad era um ser mortal, como os outros Profetas anteriores a ele, e que o supremo tributo à humanidade era um homem poder chegar ao mais alto estatuto de profecia.

Os muçulmanos crêem que muhammad foi o ultimo e não o único Profeta, que reforçou e imortalizou a eterna mensagem de Deus à humanidade. Esta mensagem foi revelada por Deus e muitos Profetas de varias nações em época diferentes, incluindo Abraão, Ismael, Isaac, David, Moisés, Jesus e Muhammad ( a paz esteja com eles). O que é ainda mais importante é que os muçulmanos crêem neles sem nenhuma discriminação.

Por causa da sua concepção universalista e da sua orientação cosmopolita, os muçulmanos lamentam tão infeliz denominação de “Maometano” e de “Maometismo” que foi dada à sua crença. As implicações são desagradáveis, e com justa razão. Os muçulmanos não se consideram como um grupo racial ou étnico com algum, monopólio exclusivo. A sua religião não deriva de algum homem ou lugar; é transcendente, eterna e universal.

A paz esteja convosco.

sábado, março 20, 2021

Orientações para o 8º. mês do Calendário Islâmico

Xa’ban é o mês que antecede o mês de Ramadan e é considerado uma preparação para o período mais sagrado do calendário islâmico.

Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.
Neste mês (de Xa’ban), Deus (ár. Allah) envia presentes ao Seu servo.
Vamos começar por ver o significado das 5 letras que formam à palavra Xa’ban.
A palavra Xa’ban, na escrita árabe, se soletra com cinco letras:
O xin, ‘ain, ba, alif e nun. Xin representa xaraf (nobreza), ain representa ‘uluww (sublimidade), o ba’representa birr (devoção), alif representa ulfa (privacidade harmoniosa), e nun representa nur (a luz radiante).
E estes são os presentes de Allah a Seu servo neste mês. É um mês em que os tesouros são exibidos e abertos, em que as bênçãos são enviadas, em que as faltas são perdoadas, os pecados expiados, e é o mês em que se multiplicam as bênçãos sobre o Profeta Muhammad (s.a.w.), o melhor dos seres humanos.
Este é o mês das bênçãos sobre o Profeta escolhido.
Allah disse:
Inna ‘llaha wa mala’ikata-hu yusalluna ‘ala ‘nNabiyy ya ayyuha ‘lladhina amanu sallu ‘alai-hi wa sallimu taslima .
Na verdade, Allah e os Seus anjos abençoam o Profeta.
Ó crentes, abençoai-o e saudai-o reverentemente! (33: 56)
A bênção de Allah é misericórdia; a dos anjos, é mediação e pedido de perdão; e a dos crentes, é súplicas e agradecimentos.
Segundo Mujahid (que Allah esteja satisfeito com ele), “A benção de Allah é prosperidade e virtude; a dos anjos, ajuda e sustento; e a dos crentes, a submissão e respeito”.
Ibn Ata disse:
“A bênção de Allah sobre o Profeta Muhammad (s.a.w.) é ligação; a dos anjos é o atencioso cuidado, e a dos crentes é o segui-lo com amor”.
Ainda há quem disse:
“A bênção de Allah sobre o Profeta (s.a.w.) é engrandece-lo com respeito. A bênção dos anjos sobre o Profeta (s.a.w.) é a realização de seu favor atencioso.
A bênção da sua comunidade, isto é da sua Ummah sobre o Profeta (s.a.w.) é a súplica para a intercessão”.
Como o Profeta Muhammad (s.a.w.) disse: “Quando alguém pronuncia uma só bênção sobre mim, Allah o abençoa dez vezes”.
Por isso, longe de sermos negligentes durante este mês, cada crente, cada momin, consciente, deve aplicar-se a si mesmo e preparar-se para a chegada do mês de Ramadan, utilizando os dias que ainda faltam para limpar os seus pecados e arrepender-se do que tenha feito no passado. Deve-se suplicar a Allah neste mês de Xa’ban. Deve-se pedir a Allah através do dono deste mês, Muhammad (s.a.w.), até que a corrupção do nosso coração esteja corrigida e a doença esteja curada.
Isto deve ser feito sem demora e sem retardá-lo para amanhã, porque os dias só são três:
Ontem, que é uma data passada (ajal); hoje, que é o momento para a acção (`amal); e amanhã, que é uma expectativa da esperança (amal). Deste forma, o ontem é um aviso, o hoje é uma oportunidade e o amanhã é um risco.
Da mesma forma, os meses são três: Rajab, que já passou e não se sabe se voltaremos a ver; Ramadan, que esperamos chegar no futuro que, talvez, nem todos possam ver; e no meio, Xa’ban, que é hoje uma oportunidade para realizarmos as nossas devoções
e adorações.
O Profeta Muhammad (s.a.w.), uma vez, deu um conselho a uma pessoa:
“Aproveita estas cinco coisas antes de esperar as outras cinco: a juventude antes da velhice, a saúde antes da doença, a riqueza antes da pobreza, o descanso antes das ocupações e a vida antes da morte”.
O mês de Xa’ban é, portanto, um dos meses abençoados que antecedem o Ramadan, no qual os muçulmanos se preparam para o período mais sagrado do ano. Neste mês de Xa’ban, é comum que os muçulmanos intensifiquem as suas acções devocionais, especialmente na noite do dia 15, que também é conhecida como Metade do Xa’ban ou Lailatul Baraa.
Esta noite é a mais importante do mês e, muitas vezes, se torna a razão deste ser um mês tão aguardado. Nos países do mundo islâmico, este evento é celebrado com orações, zikr e até discursos, que normalmente são uma forma de reflectir sobre as bênçãos desta data e também sobre o Profeta Muhammad (s.a.w.) e a revelação do Alcorão.
A Oração na noite do dia 15 Também existem relatos de que a oração na noite da Metade de Xa’ban é um momento em que Allah perdoa todos os pecados da humanidade, excepto se ele for cometido por um idólatra ou uma pessoa brigadora.
Abu Musa al Ashari relatou que o Mensageiro de Deus (s.a.w.) disse: "Deus altíssimo olha para baixo no meio da noite de Xa’ban e perdoa todas as Suas criaturas, excepto um politeísta ou aquele que é hostil." Ibn Majah transmitiu e Ahmad transmitiu de Abdallah bin Amr bin al As. A sua versão diz: “… excepto dois: o que é hostil e o assassino”. (Mishkat alMasabih,1306, 1307).
Com base nesses ahadith, muitas pessoas fazem súplicas pedindo por perdão, praticam lembrança de Allah (zikr) e leem a 36ª surah do Alcorão, Yá Sin. Todos os actos devem ser feitos com profunda
adoração, na certeza de que Allah escutará aqueles que recorrerem a Ele e os que O exaltam. Este ano, a noite do dia 15 de Xa’ban recai na noite do dia 28 de Março (do calendário gregoriano).
Obrigado. Wassalam (Paz). M. Yiossuf M. Adamgy
Director da Revista Islâmica Portuguesa AL FURQÁN

terça-feira, fevereiro 16, 2021

O que acontece depois da morte, segundo os ensinamentos do Islão?

Prezados Irmãos, Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. 

Há um pequeno capítulo no final do Alcorão Sagrado intitulado “Al Asr”, que traz um significado muito forte e que pode resolver muitos dos problemas relacionados aos assuntos da vida e da morte do ser humano. Vejamos a respectiva tradução. “Pelo tempo! Na verdade, o ser humano está em grande perdição, excepto os que creem, praticam actos virtuosos, aconselham, mutuamente, a verdade, e aconselham, mutuamente, a paciência.” [Alcorão, 103:1-3]. 

Desta citação Alcorânica, os sábios muçulmanos concluíram o seguinte: Todos nós nascemos com um propósito a ser cumprido antes da morte - adorar unicamente o Deus verdadeiro, de acordo com os Seus termos e condições. Todos nós nascemos com um propósito a ser cumprido antes da morte – adoração do único Deus verdadeiro, sozinho e em seus termos e condições. “E não criei os jinns (génios) e os seres humanos senão para Me adorarem.” [Alcorão, 51:56]. Todos nós morreremos e estaremos no túmulo. “Cada alma experimentará a morte…”. [Alcorão, 29:57]. Todos nós (crentes e não crentes) seremos recriados (ressuscitados) no Dia do Julgamento. O Alcorão diz: “…Na verdade, proviemos de Allah e, na verdade, a Ele retornaremos.” [Alcorão, 2:156] “Acaso esses não pensam que serão ressuscitados, para um Grande Dia? O Dia em que os seres humanos se levantarão, para estarem diante do Senhor dos Mundos?” [Alcorão, 83:4-5-6].

Cada pessoa receberá o seu “Livro do Registro” (lista de todos os seus actos). “Em absoluto, não pensam! Por certo, o livro dos ímpios está no Sijjīn (registro inscrito).” [Alcorão, 83:7] E Deus diz: “Então, aqueles, cujos pesos em boas obras estiverem pesados, esses serão os bem-aventurados. E aqueles, cujos pesos forem leves, esses se perderão a si mesmos e no Inferno permanecerão, eternamente.” [Alcorão, 23: 102-103]. 

Cada pessoa será responsável pelo que ele ou ela fez, pois Deus diz: “Então, quem houver feito um peso de átomo de bem o verá. E quem houver feito um peso de átomo de mal o verá.” [Alcorão 99:7-8]. Ninguém levará os pecados ou as punições por outra pessoa. “Allah não impõe (um fardo) a alma alguma senão o que é de sua capacidade. A ela, o que logrou de bom e, contra ela, o que cometeu de mau…” [Alcorão, 2:286]. Ninguém poderá interceder com Deus, exceto se Ele quiser. “Quem poderá interceder junto a Ele, sem a Sua anuência? ” [Alcorão, 2:255]. O destino final, o Paraíso ou o Inferno, logo será conhecido. “Na verdade, vereis o Inferno!” [Alcorão, 102:6].

Ninguém entrará no Paraíso, excepto pela Misericórdia de Deus. O Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلم disse: «Ninguém entrará no Jannah (Paraíso) excepto pela Misericórdia de Deus. Quando perguntado por seus companheiros: “inclusive o senhor, ó Profeta de Allah?” E ele respondeu: “inclusive eu”». Ninguém entrará no fogo, excepto aqueles que o ganharam. “Então, admoesto-vos de um Fogo que flameja. Nele, não se queimará senão o mais infeliz.” [Alcorão, 92:14-15].

A morte é como uma viagem para uma terra de onde não há retorno. Então, antes de morrer, certifique-se de levar consigo três coisas: - Identificação adequada – I.D. - Alimento suficiente para durar a eternidade. - Agasalho e vestimentas suficientes. - O I.D. adequado para antes da morte: (O livro de registro da vida de uma pessoa) Isso abrange duas categorias muito importantes: Fé (crença); Acções (práticas). Ambas devem estar correctas, para assegurar uma transição fácil para a próxima vida e um bom lugar no Paraíso. Comecemos pelo compromisso de fé com o Único Deus Verdadeiro e a dedicação dos Actos de adoração à Ele Sozinho, sem parceiros. Isso significa que: “não é apenas o Único e verdadeiro Deus, é o único Criador, Sustentador e o Deus de tudo o que existe”.

Isso é entendido como “Unicidade” ou Tawhid do Islão. Pode ser melhor entendida quando a dividimos nas seguintes três categorias: Unicidade da Senhoria [Tawhid Al-Uluhiyyah] Unicidade na Adoração [Tawhid Al-Uluhiyyah] Unicidade dos Nomes e Atributos [Tawhid Al-Asma’ was-Sifat]. Crenças correctas Três coisas são perguntadas no momento da Morte: Pergunta: Quem é o seu Senhor? Única Resposta Aceitável: Allah (Deus). Pergunta: Qual é a sua religião? Única Resposta Aceitável: Islão (Submissão voluntária à Vontade de Deus). Pergunta: Quem é o seu Profeta? Única Resposta Aceitável: Muhammad صلى الله عليه وسلم .Imediatamente encontrar-se-ão aqueles que argumentam que isso não é justo. Afinal, Muhammad صلى الله عليه وسلم , foi enviado por Allah com a Mensagem do Islão apenas 1.400 anos atrás. Então, o que dizer de todos aqueles que viveram antes dele? E quanto aos que vieram depois e nunca ouviram falar de Deus, do Islão e de Muhammad صلى الله عليه وسلم? E a resposta é bastante simples. O Islão é a única verdadeira religião trazida por todos os Profetas de Deus Todo-Poderoso [Allah]. 

Todos pregavam uma mensagem de rendição total ao Único e Verdadeiro Deus do Universo. Se a pessoa viveu a vida de “Rendição, submissão e obediência ao Todo-Poderoso, com sinceridade e paz”, então, de facto, viveu como verdadeiro muçulmano sem saber os termos islâmicos. Isso significa que todos os seguidores de todos os Profetas do Deus Todo-Poderoso, desde Adão até Moisés, Jesus e Muhammad - que a paz esteja com todos eles -, acharão que foram fornecidas as respostas correctas para essas perguntas, quando solicitadas. - Alimentação: O Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلم ,ensinou a seus seguidores: “NÃO É UM CRENTE AQUELE QUE VAI DORMIR A NOITE COM O ESTÔMAGO CHEIO, ENQUANTO O DO VIZINHO PERMANECE VAZIO”

O Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلم também disse: “A caridade é uma necessidade para todos os muçulmanos”. E então foi-lhe perguntado: “E se uma pessoa não tem nada?” O Profeta respondeu: “Ele deve trabalhar com as suas próprias mãos para o seu benefício e depois dar algo de tais ganhos em  Não é correcto atribuir os acontecimentos à natureza por si só, sem fazer referência a Deus, aludindo a que tais acontecimentos são simplesmente naturais, e ocorrem fora do Decreto Divino. caridade”. Os Companheiros do Profeta perguntaram: “E se ele não conseguir trabalhar?” O Profeta صلى الله عليه وسلمdisse: “Ele deve ajudar os pobres e carentes”. Os Companheiros ainda perguntaram: “E se ele não puder fazer isso também?” O Profeta صلى الله عليه وسلمdisse: “Ele deve pedir aos outros que façam o bem”. Os Companheiros disseram: “E se ele não fizer isso?” O Profeta صلى الله عليه وسلمdisse: “Ele deve se abster da prática do mal. Isso também é um acto de caridade”. O Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلمdisse: “O CORPO TEM 360 ARTICULAÇÕES E CADA UMA DELAS EXIGE UM ACTO DE CARIDADE TODOS OS DIAS”. E disse: “ATÉ ENCONTRAR-SE COM SEU IRMÃO COM UM ROSTO ALEGRE É UM ACTO DE CARIDADE”. 

Atos de caridade e bondade são praticados únicamente pelo bem do Todo-Poderoso. Essas boas acções acompanharão a pessoa ao longo de sua vida e no túmulo, até o Dia do Julgamento. Nesse Dia, todos verão as suas acções com clareza. Há dois anjos que registram todas as acções e actos do indivíduo, desde o nascimento até a morte. O anjo à direita registra todas as boas acções, enquanto o anjo à esquerda registra todas as más. 

Assim que a pessoa pretende fazer uma coisa boa, uma boa acção é registrada para ele ou ela. Depois de fazer a boa acção, dez boas acções completas são registradas para essa pessoa. Se uma pessoa encoraja os outros a fazer uma boa acção, então uma recompensa correspondente é registrada para quem está incentivando a boa acção. 

Outro anjo à esquerda, registra todas as más acções da pessoa da seguinte forma: Se a pessoa pretende fazer uma acção ruim, mas se abstém porque ele ou ela sabem que é errado, então uma boa acção completa é registrada para ele. Se a pessoa pretende fazer um mal ou uma acção ruim, mas não tem os meios para cometê-lo, então nada é registrado, de qualquer maneira. Se a pessoa comete uma acção ruim, o anjo da esquerda começa a registrar uma ação ruim em seu ‘Livro dos Registros’, mas o anjo à direita o pára e pede que ele espere para ver se a pessoa irá se arrepender. Depois de um tempo, o anjo à esquerda novamente começa a registrar a acção ruim, mas novamente o anjo à direita o pára com o mesmo argumento. Isso continua por um tempo e se a pessoa se recusar a buscar o perdão do Todo-Poderoso, então uma acção ruim completa é registrada na sua conta. 

A qualquer momento que uma pessoa cometer uma acção ruim, ele ou ela devem imediatamente buscar o perdão do Todo-Poderoso e acompanhar a má acção com uma boa. Além disso, quando uma pessoa realiza as orações obrigatórias no tempo determinado de acordo com os ensinamentos do Islão, todos os pecados cometidos entre após a última oração praticada e a mais recente são perdoados. Quando uma pessoa comparece à oração da sextafeira de acordo com os ensinamentos do Islão, ele / ela é perdoada por todos os pecados praticados durante a semana anterior. Quando uma pessoa faz a peregrinação obrigatória a Meca durante o mês de Zu-al-Hijjah do calendário islâmico, todos os pecados desde o nascimento são perdoados e o registro é limpo para um novo começo. Todas as boas acções anteriores permanecem registradas. No caso daquele que abraça Islão, todos os seus pecados são perdoados e limpos e todas as boas acções anteriores são mantidas no seu lugar. 

A pessoa é considerada tão pura e inocente como um bebê recém-nascido, mas com a excepção de que todos os actos anteriormente cometidos, sejam ruins ou bons, sejam purificados, para se tornarem assim montanhas de boas ações para o recém-chegado ao Islão. - Vestuário: (Moral e Comportamento) O Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلمdisse - num relato Qudsi - que Allah disse: “Aquele que hostiliza um dos Meus servos, está em guerra comigo. Jamais o Meu servo se aproximará (tanto) de Mim com algo que Eu goste, como quando se aproxima com o que lhe prescrevi como obrigatório. E se Meu servo continuar se aproximando de Mim através de práticas facultativas (orações, jejum, caridades), chegará o momento que o amarei. E, ao amá-lo, serei seus ouvidos com os quais ele ouve, a vista com a qual ele enxerga, suas mãos com as quais opera, e suas pernas com as quais anda e, se ele Me pedir algo, darlhe-ei; e se em Mim buscar refúgio, conceder-lho-ei. 

Obrigado. Wassalam (Paz). M. Yiossuf Adamgy Director da Revista Islâmica Portuguesa AL FURQÁN

A Gestão de Desastres no Islão!

Prezados Irmãos,

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

A gestão de desastres no Islão pode, pelo menos, ser explorada a partir de histórias escritas no Alcorão e no Hadith (ditos do Profeta Muhammad (s.a.w. = paz e bênçãos de Deus estejam com ele):  

PRIMEIRO, o desastre do Dilúvio durante o tempo do Profeta Noé (a.s. = paz esteja com ele), que durou 40 dias e 40 noites e matou todos os seres vivos, excepto aqueles a bordo da Arca de Noé, conforme citado no Alcorão: «(Noé) disse: Ó Senhor meu! Certamente o meu povo rejeitou-me. Então, julga equitativamente entre mim e eles (i.e., castigando-o) e salva a mim e aqueles crentes que estão comigo! E o salvamos, juntamente com os que, com ele, estavam a Arca, completamente cheia.

Depois, afogamos os demais». (Ash-Shu'ara [Os Poetas], 26:117-120). «Enviamos Noé ao seu povo, ao qual disse: Sou para vós um elucidativo admoestador. Não deveis adorar senão a Deus, porque temo por vós o castigo de um dia doloroso». (Hud, 11:25–27).

SEGUNDO, a catastrófica chuva de pedras na época do Profeta Lot (Lut a.s.), nomeadamente na cidade de Sodoma (agora conhecida como fronteira de Israel com a Jordânia). Este desastre ocorreu como um castigo de Deus porque o povo do Profeta Lot tinha orientação sexual do mesmo sexo: «E quando se cumpriu o Nosso desígnio, reviramos a cidade nefasta e desencadeamos sobre ela uma ininterrupta chuva de pedras de argila endurecida». (Hud,11: 82).

TERCEIRO, a fome que durou 7 anos consecutivos, que é narrada no Alcorão, na Sura Yussuf (José), 12: 47-49: «Respondeu-lhe: Semeareis durante sete anos, segundo o costume e, do que colherdes, deixai ficar tudo em suas espigas, excepto o pouco que haveis de consumir. Então virão, depois disso, sete (anos) estéreis, que consumirão o que tiverdes colhido para isso, menos o pouco que tiverdes poupado (à parte). Depois disso virá um ano, no qual as pessoas serão favorecidas com chuvas, em que espremerão (os frutos)».

O Profeta Yussuf a.s. (José) não apenas mostrou o que aconteceria, mas ainda, sem isso lhe ser solicitado, sugeriu as medidas a serem tomadas para o trato com a calamidade, se ela chegasse.

Haveria sete anos de abundantes colheitas. Com um cultivo diligente e racional conseguir-se-iam espigas colossais. Destas, tomar-se-ia o estritamente necessário para o sustento, e armazenar-se-ia o esto na própria espiga, constituindo isto a melhor medida para preservá-lo das pestes que costumavam atacar as medas, quando passavam pela eira.

QUARTO, desastres de saúde na forma de surtos de doenças infecciosas (Tha’un) que ocorreram na terra de Shams, nos anos 638-639 DC (17-18 Hégira). Este desastre matou mais de 30% da população de Shams, incluindo o governador e os companheiros do Profeta (s.a.w.), Muadz bin Jabal e Suhail bin Amr, cuja devoção estava fora de dúvida.

Dos quatro desastres acima mencionados, apenas os desastres de Tha'un são relevantes para Covid-19, porque ambos são desastres de saúde. A pandemia “Tha’un” e Covid-19 têm muitas coisas em comum. O Profeta Muhammad (s.a.w.) disse: “Se você ouvir sobre a praga que assola um país, não entre nele; e se você estiver nessa área, não saia para fugir dela”. (Narrado por Bukhari & Muslim). Este hadith é muito relevante para a mitigação de Covid-19, como o confinamento, a auto-quarentena, o auto-isolamento, o ficar em casa, manter distância, lavar as mãos e assim por diante.

O Alcorão e os Ahadith têm o conceito de desastres que são ricos em significado, como Mussibah (eventos que se abateram sobre os seres humanos); Bala' (testes ou provações bons ou ruins); Fitnah (miséria devido a eventos sociais); 'Az ̇ab (tormento); Fassad (ruim e disputa); Halak (morte, perecimento e aniquilação); Tadmir (destruição); Tamziq (destruição para a humanidade); 'Iqab (represália ou punição) e Nazilah (trazendo punição).

Por um lado, o desastre pode causar sérias perturbações à vida humana, (muṣsibah), e também resulta em perda, dano, destruição (tadmir e tamziq) ou paralisia das funções sociais da sociedade (halak e fassad), bem como conflito e caos (fitnah). Desastres não acontecem apenas com aqueles que são culpados ou pecadores, mas também com aqueles que são bons e justos e têm fé. Se um ser humano pecador é atingido por um desastre, então isso pode ser visto como iqab, nazilah, ou mesmo az ̇ab, devido às suas acções.

Considera-se que, para pessoas boas e verdadeiras afetadas pelo desastre, significa bala' ou testes para melhorar a qualidade de sua fé. Quanto àqueles que morreram como resultado de um desastre, mas eram boas e inocentes, morreram como mártires (gloriosos aos olhos de Deus).

A gestão de desastres no Islão é muito determinada pela perspectiva de interpretar os desastres. No Alcorão, na Sura Al-Baqarah, 2: 155,afirma-se que um desastre é uma forma de amor de Allah SWT (Deus) e um meio de introspecção.

Portanto, os desastres devem ser tratados como um teste, que abre oportunidades para as pessoas melhorarem a qualidade de sua fé e devoção. Assim, os desastres no Islão devem ser superados com o espírito de uma vida melhor, não fatalista e pessimista.

A gestão de desastres deve ser realizada em três etapas, a saber: medidas preventivas, medidas deemergência e recuperação.

Em primeiro lugar, medidas preventivas, nomeadamente analisar as causas dos desastres e compreender o papel dos seres humanos como representantes de Deus na terra. Essa etapa foi inspirada na história do Profeta Yussuf (a.s.), na Sura Yussuf do Alcorão, versículos 47–49, acima mencionados. Deus ordenou que o povo do Profeta Yussuf fizesse plantações por sete anos consecutivos e a colheita fosse armazenada, excepto um pouco para ser consumido, porque iria haver uma fome que duraria 7 anos.

Em segundo lugar, a resposta de emergência a desastres, que é uma série de actividades realizadas imediatamente no momento de um desastre para lidar com os efeitos adversos, que incluem actividades de resgate e evacuação de vítimas, bens, atendimento de necessidades básicas, protecção de grupos vulneráveis, gestão de refugiados e recuperação de emergência. Esta etapa é inspirada na Sura do Alcorão al-Maidah, 5: 32, que afirma que quem cuida da vida de um ser humano é como se salvasse a vida de todos os seres humanos.

Em terceiro lugar, a recuperação é a reabilitação dos serviços públicos e a reconstrução da infraestrutura pós-desastre.

Esta etapa foi extraída da Sura do Alcorão Ar Ra'd, 13:11, que afirma: «Na verdade, Deus não muda o destino de um povo, a menos que este mude a sua própria condição (de pecadores, injustos e ingratos). Equando Deus quer castigar a um povo, ninguém pode impedí-Lo e não tem, em vez d’Ele, protector algum». 

Obrigado. Wassalam (Paz).

M. Yiossuf Adamgy

Director da Revista Islâmica Portuguesa AL FURQÁN

sábado, janeiro 16, 2021

Tudo sempre foi virtual!

Outro dia fiquei impressionado com a realidade virtual de um Leão rompendo uma jaula de vidro, acredito eu, ser em Hong Kong. Tudo isso resultado de uma ilusão lógica utilizando-se de Internet 5G. A coisa foi tão real, que as pessoas que passavam pelo local se assustaram pensando que poderiam se tornarem vítimas de um Leão Feroz. Foi ai, que me veio à mente.
Bem, se o homem com uma Internte 5G pode fazer tudo isso, imagina Deus que utiliza uma Internet 100G! Logo concluí, que esse mundo nunca foi real. Sempre foi virtual. E o homem vem provando isso há milhões de anos.Com o evento da Internet, a coisa ficou clara. É por isso que eu nunca vi ninguém levar nada depois que morre. O possuir, ser milionários, coleções de carros... tudo isso não passa de uma ilusão virtual, utilizada por um Web Designers que utiliza uma Internet 100G, daí a impressão tão real do ter e sentir. A esse Web Designers, nós os crédulos damos o nome de Deus, Louvado seja o Seu nome.

Os grande sábios da humanidade sempre foram desprovidos de desejos carnais. E buscaram incessantemente o Paraíso, um local real, de onde saiu o homem original.
Tudo isso aqui, é claro, um jogo de palavras. Mas, imaginem, o que o homem está fazendo com uma Internet 5G e o que poderá fazer quando atingir 10G?

QI (“Quociente de Inteligência”) 10 é o limite da coinciência humana até hoje liberada pelo Criador. Se com QI 10 o homem já teve esse progresso imagina o Quociente Maior(Deus) 100%? Ele pode com certeza brincar de dar e tirar do Ser Humano o que Ele desejar e tirar a hora que Ele quiser.
Veja como esse tempo já era previsto na Escritura Sagrada>

"Porém tu, ó querido Daniel, tranca em segredo, mediante um selo, as palavras do Livro, até o tempo próprio do fim. Muitos farão de tudo e correrão de uma parte a outra em busca do maior saber; e o conhecimento se multiplicará muitas e muitas vezes!”Dn 12:4

A paz esteja convosco.

sábado, dezembro 26, 2020

Jesus no Islão: A visão dos Muçulmanos sobre o Messias In iqara islam!

Prezados Irmãos, Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. 

Para os muçulmanos, Jesus ( a.s.) [paz esteja com ele] é um profeta enviado por Deus (ár. Allah), filho da Virgem Maria (paz esteja com ela). Ele fez diversos milagres e pregou a Palavra do Evangelho. Para os muçulmanos, Jesus é um profeta que veio ao mundo para entregar a mensagem de Deus, por meio da revelação do Evangelho. Ele é o Messias, aquele que não foi tocado pelo demônio e que Deus enviou para que ele pudesse fazer diversos milagres em Seu Nome. O Islão nega a crucificação de Jesus, mas afirma que ele foi elevado de corpo e alma aos céus e voltará no fim dos tempos para combater o anti-cristo. 

Os ensinamentos de Jesus permanecem vivos na tradição islâmica e foram objectos de pesquisa entre grandes estudiosos da história da religião. Na tradição Islâmica, Jesus é um profeta que foi concebido sem nenhum pecado através de um nascimento milagroso. Embora o Alcorão aponte algumas diferenças em sua história em relação ao que está escrito na Bíblia, ele também é considerado o Messias e os seus relatos de vida mostram que ele vivia uma vida asceta, em que renunciava os luxos mundanos em amor e submissão a Allah. Jesus é o “Verbo de Deus”, aquele a quem o Criador deu a capacidade de operar milagres. Muitos foram testemunhas dessas maravilhas e viram que ele curou os doentes, ressuscitou os mortos e fez os cegos voltarem a enxergar. Para o Islão, todos os verdadeiros profetas são muçulmanos, pois esta palavra é usada para se referir àqueles que se submetem a Deus. No caso de Jesus, ele foi encarregado de entregar a mensagem de Deus aos filhos de Israel e, por ainda não ter concluído sua vida, voltará no final dos tempos para combater o falso messias. 

O Alcorão menciona Jesus como um profeta do Islão e o cita em 15 suras e em 93 versículos. A sua história não é narrada de forma linear, no entanto, através dos relatos contidos no Livro Sagrado islâmico, é possível conectar-se com a sua história e perceber a grande importância que ele tem para os muçulmanos. Ao longo do Livro, ele é chamado pelos títulos de Messias (Al Masih), Profeta (Nabi), Mensageiro (Rassul), Filho de Maria (Ibn Mariam), o Abençoado (Mubarak), Servo de Deus (Abd Allah), aquele que é digno de louvor neste mundo e no vindouro (Wadjih) e o que está próximo de Deus (Min al Muiarrabin). A pronúncia árabe do seu nome é “Issa”. Ele veio ao mundo para entregar a palavra de Deus, por meio da revelação do Evangelho. O Alcorão ainda reforça outras histórias sobre o Messias que foram deixadas de fora da Bíblia e também diverge da versão cristã que afirma que ele é filho de Deus ou que carrega o espírito do Criador. 

Nascimento de Jesus O Alcorão mostra que o nascimento de Jesus foi milagroso. Sua mãe, a Virgem Maria, não era casada com nenhum homem e permaneceu casta durante toda a sua vida. Jesus foi concebido através do verbo de Deus, que foi soprado no ventre de Maria. O Livro Sagrado do Islão revela que o espírito santo é, na verdade, o Anjo Gabriel, que foi enviado por Deus em forma de homem para realizar o milagre da concepção. No momento do parto, Maria se amparou numa tamareira e ficou envergonhada ao sentir as dores do parto, rogando a Allah para que tivesse morrido antes de passar por aquilo. No entanto, o Criador a consolou fazendo com que um riacho passasse pelos seus pés, e que tâmaras frescas caíssem em sua frente. Quando ela retornou para o seu povo com o bebé no seu colo, eles ficaram perplexos com o facto de que ela tinha tido um filho e a questionaram a respeito disso. Neste momento, ela respondeu que deveriam perguntar ao bebé. Eles estranharam, pois uma criança de colo não poderia dizer nada, no entanto, Deus permitiu que Jesus falasse. “Ele lhes disse: Sou o servo de Allah, o Qual me concedeu o Livro e me designou como profeta.” (Alcorão 19:30) 

No Islão, é dito que sempre que uma criança nasce, Satanás coloca a sua mão sobre o recém-nascido. A única excepção a esta regra foi com Jesus. Missão de Jesus A mensagem do Evangelho veio numa época em que os judeus estavam seguindo interpretações da Torá de rabinos que estavam afastando o povo de Israel das Leis Sagradas. Muitos estavam caindo na incredulidade e abandonando a Mensagem apresentada pelo Profeta Moisés (paz esteja com ele). Jesus não veio revogar a Lei, mas cumpri-la. O Evangelho era uma maneira de reforçar a promessa que Deus fez com os filhos de Israel e trazia um julgamento para aqueles que se afastavam da palavra do Criador, e também para os que ainda adoravam ídolos. Jesus não só pregou a palavra de Deus, mas também ensinou através do seu exemplo. Esses relatos mostram um homem de extrema humildade, que ensinou o amor ao Criador através da renúncia a tudo aquilo que é mundano. 

O Messias também remete ao fim dos tempos, quando a Terra tiver sido dominada pela corrupção e pela maldade causada pelo anticristo, que irá estabelecer o seu reinado na terra. Jesus irá liderar a causa de Deus e guiará todas as pessoas que servirem a Allah à vitória, estabelecendo em seguida um reinado de justiça e prosperidade. Relatos de vida no Alcorão Os factos narrados no Alcorão sobre Jesus destacam especialmente os seus milagres e sua pregação. Alguns desses factos também são conhecidos pela tradição cristã, como a cura dos cegos e dos leprosos. Além disso, o Livro Sagrado do Islão menciona que ele ressuscitou ao menos três pessoas: Lázaro, o filho de uma viúva em Naim e a filha de Jairo. Outros factos não constam nas actuais religiões cristãs. Além de Jesus ter falado quando ainda era um bebé, os muçulmanos também sabem que, quando era criança, ele dava vida a pássaros feitos de barro. O Alcorão também menciona brevemente os discípulos de Jesus, quando fala de um milagre em que ele pediu para Deus que fizesse descer uma mesa com um banquete dos céus. Este último milagre chama bastante atenção dos estudiosos, pois alguns comparam este evento à Última Ceia descrita na Bíblia, enquanto outros se referem a ele como o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. Relatos paralelos Muitos sábios islâmicos e muitas pessoas que são consideradas fontes confiáveis de transmissão de relatos da vida do Profeta Muhammad (s.a.w.) também se dedicaram a examinar e repassar as histórias que envolvem a vida do Profeta Jesus (a.s.).

Essas narrações ajudam a complementar a personalidade destacada pelo Alcorão, fornecendo alguns detalhes além daquilo que é descrito pelo Livro Sagrado. Al Tabari, um grande erudito islâmico, conta que quando Jesus era criança, ele foi enviado para uma escola religiosa. No entanto, Jesus tinha um conhecimento extremamente avançado e já sabia tudo que o professor ensinava. Ele também costumava dizer aos seus colegas o que os seus pais estavam a preparar para o banquete em suas casas, o que motivou os pais das crianças a acharem que o Profeta era, na verdade, um bruxo, e fizeram as suas crianças se afastarem dele. Jesus também teria ressuscitado o filho de um rei que governava próximo de Jerusalém, embora não haja informações sobre a identidade de nenhum deles. 

Entre os estudiosos islâmicos, é comum encontrar relatos sobre outros milagres relatados na Bíblia, como a transformação da água em vinho, caminhar sobre os mares e o surgimento de pães do chão. Ibn Arabi, outro grande erudito islâmico, disse que Jesus é “um com Deus”, não como ser ou em espírito, mas como aquele que cumpre inteiramente a Palavra divina, seguindo todas determinações do Criador. Deus age através do Messias, fala com ele e o protege de cometer pecados, assim como faz com outros profetas. Contestação bíblica O Alcorão lembra-nos que Jesus (a.s.) nunca afirmou ser Deus, portanto, ele não pode ser considerado uma divindade digna de ser adorada, pois o louvor pertence somente ao Criador. No Alcorão, o Messias revela explicitamente que nem ele, nem a sua mãe, devem ser adorados. “E recorda-te de que quando Allah disse: Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu que disseste aos homens: Tomai a mim e a minha mãe por duas divindades, em vez de Allah? Respondeu: Glorificado sejas! É inconcebível que eu tenha dito o que por direito não me corresponde. Se o tivesse dito, tê-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que eu ignoro o que encerra a Tua. Somente Tu és Conhecedor do desconhecido.” (Alcorão 5:116).

Nem Jesus, nem qualquer outro homem, pode ser chamado como filho de Deus. Afinal, Allah não é um homem e, portanto, não há nenhum laço biológico entre o Criador e as Suas criaturas. Deus não possui parceiros ou associados, Ele é o Único, o Indivisível e jamais foi gerado. Diante daquilo que o Alcorão apresenta, seria inconcebível afirmar que Deus precisa de ajuda de alguma pessoa para manter ou governar toda a criação. “Quem possuiria o mínimo poder para impedir que Allah, assim querendo, aniquilasse o Messias, filho de Maria, sua mãe e todos os que estão na Terra? Só a Allah pertence o Reino dos céus e da terra e tudo quanto há entre ambos. Ele cria o que Lhe apraz porque é Omnipotente.” (Alcorão 5:17).

Crucificação e retorno O Alcorão nega que Jesus tenha sido crucificado ou morto de qualquer outra maneira. Na tentativa de matá-lo, os captores teriam pegado outro homem por engano. Os sábios islâmicos discutem sobre quem era este homem, sendo que alguns afirmam que foi o seu discípulo traidor, Judas Iscariotes – como forma de puni-lo, Deus teria feito com que ele assumisse a forma do Messias para que fosse pregado na cruz. Outros afirmam que era, na verdade, algum de seus seguidores que teria se entregado, em seu lugar, por amor ao seu mestre. Jesus foi elevado de corpo e alma aos céus, onde permanecerá até o fim dos tempos, quando a Terra estiver sendo governada pelo falso Messias e estiver tomada pela corrupção, mentira e maldade. 

Jesus voltará como líder dos crentes, atestará a veracidade do Islão e corrigirá as crenças incorrectas, inclusive a respeito da crucificação. Ele destruirá o falso Messias, governará a Terra com paz e justiça, concluirá o restante de sua vida e, finalmente, irá falecer. 

Ensinamentos de Jesus no Islão Segundo Salim bin Abi al Jad, Jesus, o filho de Maria, disse: “Trabalhem para Deus, e não para seus estômagos. Olhem para os pássaros: Eles levantam-se pela manhã e adentram a noite sem ter plantado, nem colhido, e ainda assim Deus provê para eles. Agora, se vocês disseram para mim, ‘Os nossos estômagos são maiores do que os dos pássaros’, olhem então para o boi, os animais selvagens e os burros; eles não aram, nem colhem a terra, e ainda assim Deus também provê para eles. Cuidado com os luxos deste mundo e temei-os, pois os luxos deste mundo são sujeira aos olhos de Deus.” (Ibn al Mubarak).

Está escrito no Evangelho: “Filho de Adão, como tu tens piedade, Deus terá piedade de ti. Como tu esperas ter a misericórdia de Deus, se não tens misericórdia dos seus servos?” (Abu al Layth al Samarqandi). 

Uma vez, alguém perguntou a Jesus: “Como consegue andar sobre a água?” Jesus respondeu: “Com a convicção”. Então, alguém disse, “Mas nós também temos convicção!” Jesus, então, perguntou a eles: “A pedra, o barro e ouro são iguais aos vossos  olhos?” Eles responderam “é óbvio que não!”, ao que Jesus respondeu, “para mim, eles são”. (Ahmad).

Uma vez, Jesus e seus discípulos estavam do lado de fora do Templo de Salomão e os discípulos disseram: “Ó Messias de Deus, olhe para a Casa de Deus! O que pode ser mais belo?” Jesus respondeu: “Amém. Amém. Eu digo a vocês que Deus não deixará pedra sobre pedra desta Casa de pé. Na verdade, Deus irá destruí-la por causa das más acções do seu povo. Deus não constrói nada de valor com ouro ou prata, nem mesmo com estas pedras. Corações justos são mais queridos para Deus do que estas pedras, pois Deus cultiva a terra com corações justos e, na sua ausência, a terra é destruída.” (Ahmad) Foi relatado que Jesus disse: “Eruditos são de três tipos: os que conhecem Deus e Seus mandamentos, os que conhecem Deus, mas não os Seus mandamentos, e aqueles que conhecem os os Seus mandamentos, mas não conhecem Deus.” (Al Hakim Al Tirmidhi).

Jesus, o filho de Maria, costumava dizer: “Ó meu Deus, certamente eu inicio esta manhã incapaz de impedir o que eu temo e de apressar o que eu espero. Está tudo em outras mãos. Eu acordei preso aos meus actos. Não há ninguém mais pobre do que eu. Não faças de mim a causa dos meus inimigos serem amaldiçoados, nem me tornes a razão pela qual um prejuízo atinja um amigo. Não coloques a tribulação no meu caminho espiritual, nem coloques com autoridade sobre mim alguém sem nenhuma misericórdia.” (Ibn Abi al Dunya).

Conclusão Jesus, paz esteja com ele, é um profeta islâmico e um dos mensageiros de Allah, que são aqueles que vieram trazer a palavra do Livro Sagrado de Deus. A sua missão foi entregar o Evangelho ao seu povo, que servia como orientação para que os filhos de Israel abandonassem interpretações falsas sobre a religião e voltassem para aquilo que Deus havia destinado a eles por meio de outros profetas. Ele nasceu por meio de uma concepção milagrosa através da sua mãe, a Virgem Maria. 

Operou diversos milagres em vida, como curar os cegos e os doentes, e ressuscitou os mortos. Jesus foi perseguido e tentaram crucificá-lo, mas Deus fez com que ele subisse aos céus antes que fosse capturado, onde permanecerá até a chegada do fim dos tempos, quando voltará para combater o falso messias. 

O Islão mostra que Jesus não é filho de Deus, nem possui um espírito em comum com o Criador. O Messias foi um mensageiro obediente que seguiu todas as determinações de Allah, que o manteve protegido de cometer qualquer pecado. Os seus ensinamentos na tradição islâmica são preciosos e vários eruditos se dedicaram a examinar e compartilhar relatos sobre a sua vida, seus dizeres e acções.

Fonte:Versão Portuguesa de: M. Yiossuf Adamgy (Esse texto está escrito em Portugues de Portugal, a fim de manter sua originalidade).

segunda-feira, dezembro 21, 2020

Deve-se tomar a vacina Covid-19?

Prezados Irmãos, Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. 

O que a Shariah diz sobre a vacina Covid-19? Uma pergunta que os meus colegas e eu ouvimos repetidamente. Tenho a certeza de que você, também, está se perguntando. A pandemia Covid-19 causou estragos em todo o mundo com 1,5 milhão de mortes, incluindo 63.000 cidadãos britânicos. 

Uma grande perda de vidas. Covid-19 é uma infecção grave, um flagelo. Não há dúvida sobre a sua gravidade e perigo de vida. Considerando essa epidemiologia e o que testemunhamos nos últimos dez meses, qualquer tratamento deve ser saudado como uma conquista valiosa. O Nobre Alcorão enfatiza a protecção da vida, “... não se joguem nas mandíbulas da ruína com conhecimento de causa, e sempre façam o melhor para se salvar. Na verdade, Allah ama os benfeitores” - (Al-Baqarah, 2:195). 

O Mensageiro (que a paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) explicou isso dizendo: “proteja a si mesmo e aos outros do perigo, se alguém causar dano a outra pessoa, ele enfrentará punição” (relatado por Abu Saeed Al Khudri, em Dar-al Qutni). É por isso que a protecção da vida é considerada o objectivo número um da Shariah. Para a protecção da vida, até permitiu o uso do proibido (Haram). A vida humana é tão sagrada, que Allah diz “quem salva uma única vida, é como se tivesse salvado toda a humanidade” (Alcorão, Al-Maida: 32). O Islão dá grande valor à vida e até à santidade, para ser vivida, amada e estimada. A vacina Covid-19 uma vacina foi aprovada pela Autoridade Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA). 

Esta é uma agência independente, responsável por garantir que os medicamentos sejam aceitáveis e seguros. É considerada a agência mais credível e confiável de seu tipo no mundo. A vacinação é um procedimento de protecção bem estabelecido contra doenças infecciosas; a maioria de nós teve tuberculose, vacinas MMR quando éramos crianças, muitos idosos tomam vacinas contra a gripe todos os anos no inverno para protegê-los; Todas as passoas têm que tomar a vacina contra a meningite para ir para o Hajj (Peregrinação a Meca). 

A vacinação desempenhou um papel fundamental na erradicação de algumas doenças mortais como a poliomielite e a varíola. Acreditamos que Deus é o Criador, o Senhor Amável e Carinhoso. Ele é o Shafi, o Curador; um crente sempre ora, “quando eu estiver doente, Ele me curará” (Al-Shuara: 80)

O Mensageiro de Allah (que a paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: "Allah criou um remédio para todas as doenças." A vacina Pfizer / BioNTech Covid-19 foi testada em 44.000 pessoas com muito poucos efeitos colaterais. A British Islamic Medical Association (BIMA) é um órgão respeitável, profissional e representativo de médicos e profissionais de saúde muçulmanos (tem 4.000 membros), e eles também a recomendam.

A BIMA endossou a vacina como segura e encorajou os muçulmanos a serem inoculados. Eles apresentaram um artigo, que mostra os cuidados que foram tomados na formulação e teste de sua segurança. Depois de falar com vários acadêmicos aqui e no exterior, o British Fatwa Council está pedindo aos muçulmanos que tomem a vacina Covid-19. Recusar o tratamento e expor-se a uma doença fatal é equivalente ao suicídio. O Profeta (que a paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse: “quem cometer suicídio será punido com o mesmo objecto no fogo do inferno” (Bukhari). 

Recusar-se a ser vacinado é colocar a si mesmo e aos outros em perigo. Portanto, pedimos aos muçulmanos britânicos que sejam vacinados com a vacina Pfizer / BioNTech Covid-19. Que Allah proteja a todos nós do flagelo da pandemia Covid-19. Amin, Ya Rabbil Alamin.  

Wassalam (Paz). M. Yiossuf Adamgy Director da Revista Islâmica Portuguesa AL FURQÁN

domingo, novembro 22, 2020

Provas dos Textos Bíblicos que confirmam Muhammad como o Profeta

Provas do Alcorão

1. Deus, o Altíssimo, diz: Muhammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o selo dos Profetas; e Deus é Onisciente. [Alcorão 33:40]

2. Jesus se alegrou com o advento do Profeta Muhammad no Evangelho. Deus, o Altíssimo diz: E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, filhos de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro que virá depois de mim, chamado Ahmad [Este era um dos nomes do Profeta Muhammad]. Mas quando lhes apresentou as evidências, disseram : Isto é pura magia! [Alcorão 61:6]

Provas da Sunnah(Sunnah: toda narração de palavra, ação, características ou aprovações tácitas do Profeta):

O Profeta disse: Meu exemplo e o dos Profetas anteriores, para mim, são como um homem que construiu uma casa, com grande perfeição, exceto pelo espaço de um tijolo; as pessoas a rodeariam e a olhariam com respeito por sua perfeição e diriam: Se não fosse por este espaço! O Profeta disse: Eu sou esse tijolo, eu sou o último dos Profetas. (Bujari, 3342)

Escrituras sagradas prévias:

Ataa’ b. Yasaar disse: Conheci Abdullah b. Amr b. al-Aas e perguntei-lhe: Conta-me sobre a descrição do Mensageiro de Deus na Tora. Ele disse: Ele é descrito na Tora como é descrito no Alcorão: Enviamos a ti como testemunha (para toda a humanidade) para alegrar, para advertir, para proteger e resguardar os humildes. Tu és Meu servo e mensageiro, te chamo Mutawakki (O leal). Não tens maus modos, não és rude nem levantas a voz. Não pagas o mal com o mal; em troca, perdoas e desculpas. Não tomarei tua alma até que guies as Nações, até que digam: Não há outro verdadeiro deus merecedor de adoração exceto Deus até que eles vejam claramente a verdade. Ata disse: Conheci Kab, o Rabino, e perguntei-lhe sobre sua narração, e ele não contradisse Abdullah b. Amr b. Al-Aas, exceto por uma pequena diferença de palavras. (Baihaqi, 13079)

Abdul-Ahad Dawud38 38 Rev. David Benjamín Keldani, B.D. sacerdote católico romano da seita de Uniate-Chaldean. Nasceu em 1867 em Urmia, Pérsia disse: Tratei de fundamentar meus argumentos em citações da Bíblia, que escassamente permite discussões lingüísticas. Não o farei em Latim, Grego ou Aramaico, porque não teria sentido: só farei a seguinte anotação, com as palavras da Versão Corrigida publicada pela Sociedade Bíblica britânica. Podemos ler as seguintes palavras no Livro do Deuteronômio 18:18: Eu farei que se levante do meio de seus irmãos um profeta, o mesmo que fiz contigo. Eu porei minhas palavras em sua boca e ele lhes dirá tudo o que eu mande. Se estas palavras não se aplicam ao Profeta Muhammad, ainda permanecem não cumpridas. O próprio profeta Jesus nunca afirmou ser o Profeta a que se aludia. Até seus discípulos pensavam o mesmo: esperaram a segunda aparição de Jesus para o cumprimento da Profecia. Até agora é evidente que a primeira aparição de Jesus não foi o advento do Profeta, e sua segunda chegada pode dificilmente cumprir essas palavras. Jesus, como se crê na Igreja, aparecerá como um juiz e não como um legislador; mas o prometido virá com uma lei de fogo em sua mão direita. Comprovando a personalidade do Profeta prometido, a outra profecia de Moisés é, no entanto, de muita ajuda porque fala de iluminada marcha desde Parán, a montanha de Meca. As palavras no Livro de Deuteronômio, capítulo 13:2, diz o seguinte: O Senhor saiu do Sinai; para eles, levantou-se sobre o horizonte de Seir; resplandeceu desde o monte Parán; para eles chegou a Meriba de Cadés acompanhado de seus santos. Com estas palavras o Senhor foi comparado com o sol. Ele vem do Sinai, ilumina-os desde Seir, mas resplandece cheio de glória desde Parán, onde aparece com dez mil santos com uma lei de fogo em sua mão direita.

Nenhum dos israelitas, incluindo-se Jesus, tem alguma relação com Parán. Hagar, com seu filho Ismael, perambularam pelo deserto de Beersheba; mais tarde morou no deserto de Parán. (Gen. XXI.21). Casou-se com uma mulher egípcia, e através do nascimento de seu primeiro filho, deu descendência aos árabes que desde então são os moradores do deserto de Parán. Se o Profeta Muhammad tem ascendência de Ismael a Cedar, aparece como o Profeta do deserto de Parán, entra em Meca com dez mil santos e dá ao povo uma lei de fogo, não está cumprida na totalidade a profecia mencionada anteriormente?

As palavras da profecia em Habakkuk são dignas de atenção. Sua (o santo de Parán) glória cobriu os céus e a terra se encheu de louvores. A palavra louvor tem um significado importante, porque o nome Muhammad significa o louvado. Além dos árabes, aos habitantes do deserto de Parán também lhes foi prometido uma Revelação: permitam que os desertos e as cidades levantem sua voz; os povos que Cedar habitou: permitam que os habitantes das pedras cantem, permitam lhes gritar de cima das montanhas. Permitam-lhes brindar glória ao Senhor, e clamem seus louvores nas ilhas. O Senhor resplandecerá como um homem poderoso, removerá os ciúmes como um homem de guerra, chorará, gritará, rugirá, ele triunfará sobre seus inimigos (Isaías).

Há outras duas profecias em conexão com esta, onde se menciona Cedar. Uma se apresenta desta maneira no capítulo IX de Isaías: Levanta-te e brilha , que chegou tua luz e a Glória de Jeová amanheceu sobre ti. Enquanto as trevas cobriam a terra e os povos estavam na noite, sobre ti se levantou Jeová, e sobre ti apareceu sua Glória. Os povos se dirigem à tua luz e os reis, ao resplendor da tua aurora. Levanta os olhos ao teu redor e contempla: todos se reúnem e te vêem; teus filhos chegam de longe e tuas filhas são trazidas ao colo. Tu então, ao vê-lo, ficarás radiante, palpitará teu coração muito emocionado; hão-de trazer-te tesouros do outro lado do mar e chegarão a ti as riquezas das nações. Inundar-te-á uma multidão de camelos: chegarão os de Madián e Efá. Os de Sabá virão todos trazendo ouro e incenso, e proclamando os louvores de Jeová. Todos os rebanhos de Cedar se reunirão junto a ti, e os carneiros de Nebayot serão teus para serem oferecidos em meu altar, pois quero dar esplendor ao templo de minha Glória (1- 7). A outra profecia está também em Isaías, Profecia sobre Edom: Alguém me grita desde Seír: «Sentinela, que hora é da noite? «Sentinela, que hora é da noite? O sentinela responde: «Chega a manhã, mas também a noite; se vocês querem perguntar, perguntem, mas voltem outra vez.» Profecia sobre a Arábia: Entre as matas da estepe passam a noite as caravanas dos dedanitas. Saiam ao encontro do sedento, habitantes do país de Tema, levando-lhe água; acolham o fugitivo e dêem-lhe pão. Pois eles vêm fugindo das espadas, das espadas afiadas, do arco pronto para disparar, da violência da guerra. Sim, assim me disse o Senhor: «Dentro de um ano, o mesmo que dura o contrato de um soldado, toda a riqueza de Quedar terá terminado e não sobrará quase nada dos arqueiros valentes de Quedar, - isto é palavra de Jeová, o Deus de Israel.; se podem entender estas profecias em Isaías à luz de uma mencionada no Deuteronômio, que fala da iluminada marcha de Deus desde Parán. Se Ismael habitou o deserto de Parán, onde deu vida a Cedar, quem é o antecessor dos árabes; e se os filhos de Cedar receberam revelações do Senhor, se os carneiros de Cedar foram oferecidos com agrado sobre o Divino altar para glorificar A casa de minha gloria onde a escuridão cobriu a terra por alguns séculos, para que logo essa terra recebesse luz Divina; e se por glória de Cedar a quantidade de arqueiros e os poderosos filhos de Cedar, diminuíssem um ano depois de fugir das espadas e da inclinação dos arcos O Bendito de Parán (Habakkuk III 3) não é outro mais que o profeta Muhammad. O profeta Muhammad é a Bendita prole de Ismael através de Cedar, que se instalou no deserto de Parán.

Muhammad é o único Profeta do qual os árabes receberam revelações nos tempos em que a escuridão havia coberto a terra.

Através dele Deus resplandeceu desde Parán, e Meca é o único lugar de onde A Casa de Deus é glorificada e os carneiros de Cedar foram oferecidos com agrado sobre o altar. O Profeta Muhammad foi perseguido por sua gente e teve que deixar Meca. Ele estava sedento e fugiu das espadas e dos arcos; e depois de um ano de sua fuga, os descendentes de Cedar o encontraram em Badr, o lugar da primeira batalha dos Mecanos e o Profeta, os filhos de Cedar, e sua quantidade de arqueiros diminuíram e toda a glória de Cedar se consumou. Se o Profeta não é aceite como o cumprimento de todas essas profecias, estas não foram cumpridas. A casa de minha glória a que se refere Isaías 1X , é a casa de Deus em Meca e não a Igreja de Cristo como clamam os Cristãos. Os carneiros de Cedar, como se menciona no verso 7, nunca chegaram à Igreja de Cristo, e é um fato que os povoados de Cedar e seus habitantes são os únicos no mundo que permaneceram impenetráveis à Igreja de Cristo.

Outra vez, a menção dos dez mil santos em Deuteronômio 30:3 tem muito significado. Ele (Deus) resplandeceu desde Parán, e chegou com dez mil santos. Lendo a história completa do deserto de Parán não se encontra outro evento além daquele em que Meca foi conquistada pelo Profeta. Ele chegou com dez mil seguidores de Medina e entrou em A casa de minha glória. Entregou a lei de fogo ao mundo, que reduziu a cinzas todas as demais leis. O Confortador O Espírito da Verdade - de que falou o Profeta Jesus não foi outro mais que o Profeta Muhammad. Não pode ser tomado como o Espírito Santo como diz a Igreja. É necessário para vocês, que eu desapareça, diz Jesus, já que se eu não me for o Confortador não virá. As palavras mostram claramente que o Confortador virá depois da partida de Jesus, e não estava com ele quando pronunciou estas palavras.

Podemos supor que Jesus estava desprovido do Espírito Santo se sua chegada dependia da partida de Jesus: além disso a forma como Jesus o descreve faz com que ele pareça um homem e não um espírito. Ele não falará por si mesmo, falará por inspiração. Temos que supor que o Espírito Santo e Deus são duas entidades diferentes, que o Espírito Santo fala por si e também o que escuta de Deus? As palavras de Jesus se referem claramente a um Mensageiro de Deus. Chama-o O Espírito da Verdade, e então o Alcorão fala do Profeta Muhammad: Por certo que ele se apresentou com a Verdade, e corroborou a Mensagem dos Profetas que o precederam. Alcorão 37:37 39 39 Muhammad na Biblia, Abdul-Ahad Dawud.

No Novo Testamento:

Há várias passagens no Novo Testamento que claramente anunciam a vinda de Muhammad pela contradição de sua natureza e suas ações.

João , o Batista: Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: Quem és tu? João declarou e não ocultou a verdade: Eu não sou o Messias. Perguntaram-lhe: Então, quem és ? Elias? Respondeu: Não sou. Disseram-lhe : És o Profeta? Respondeu: Não. Então lhe disseram? Quem és, então? Pois temos que levar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo? João respondeu: Eu sou, como disse o profeta Isaías, a voz que grita no deserto: Tomem o caminho do Senhor.Os enviados eram do grupo dos fariseus, e lhe fizeram outra pergunta: Por que batizas então, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta? (João 1:20-25)

Esse Profeta não era Jesus, mas sim Muhammad, porque João Batista continuou pregando, batizando e anunciando a vinda desse Profeta durante a vida de Jesus. Jesus: O Profeta Jesus predisse a vinda de outro Profeta cujo nome seria ’Periqlytos’, ou ’Paráclito’, ou ’Paracalon’. Diz: e eu rogarei ao Pai e lhes darei outro Protetor (Paráclito) que permanecerá sempre com vocês. (João XIV, 16).

A palavra Paráclito significa ’ilustre, renomado e louvado’ e isto é exatamente o que significa o nome ’Ahmad’. No Sagrado Alcorão são mencionadas as Profecias feitas por Jesus sobre o advento de um profeta chamado ’Ahmad’. Deus, o Altíssimo, diz: E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, filhos de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro que virá depois de mim, chamado Ahmad [Este era um dos nomes do Profeta Muhammad].[Alcorão 61:6]

Provas intelectuais que confirmam o Profeta

1. O Profeta era iletrado. Não sabia ler nem escrever. Viveu entre pessoas iletradas como ele. Portanto não se pode afirmar que Muhammad foi o autor do Alcorão. Deus, o Altíssimo, diz:

E tu não sabias ler nenhum tipo de escritura antes que te fora revelado [o Alcorão] nem tampouco transcrevê-la com tua direita; porque se assim fosse, poderiam ter semeado dúvidas [sobre ti] os que inventam mentiras. [29:48]

2. Os árabes foram desafiados a escrever algo similar ao Alcorão, e não o puderam fazer! A formosura de sua estrutura e o profundo significado do Alcorão assombravam aos árabes. O Alcorão é o eterno milagre de Muhammad. O Mensageiro de Deus disse: Os milagres dos Profetas (antes de mim) estavam restritos a suas épocas. O milagre que me foi dado é o Alcorão que é eterno, e por ele espero ter muitos seguidores. (Bujari 4598) Ainda que sua gente tenha sido eloqüente e conhecida por sua imponente poesia, Deus os desafiou a produzir algo similar ao Alcorão, mas não o conseguiram. Deus diz:

Se duvidardes do que revelamos ao Nosso servo [Muhammad] trazei um capítulo similar, e recorrei a ele, a quem pedis socorro em lugar de Deus, se é que dizeis a verdade. [2:23] Deus desafia os homens a produzir algo similar ao Alcorão. Deus diz: Diga-lhes: Se os homens e os gênios se unissem para fazer um Alcorão similar, não lograriam, ainda que se ajudassem mutuamente. [17:88]

3. O Profeta continuou rezando e convocando as pessoas ao Islam, embora tenha passado por muitas dificuldades e tenha sido contestado por sua gente, que planejou inclusive assassiná-lo. Ainda assim o Profeta continuou pregando e foi paciente. Se fosse um impostor teria parado de pregar e teria temido por sua vida.

W. Montgomery Watt disse: Sua disposição para sofrer perseguições por suas crenças, a alta moral dos homens que creram nele e o respeitaram como líder, e a grandeza do seu último resultado tudo sustenta sua integridade fundamental. Supor que Muhammad foi um impostor traz mais problemas do que os resolve. Além disso, nenhuma das figuras da história é tão pobremente apreciada no Ocidente como Muhammad... Portanto, não só devemos dar crédito a Muhammad por sua honestidade essencial e propósitos íntegros. Se é que o vamos a entender, se queremos corrigir os erros que herdamos do passado, não devemos esquecer que uma prova conclusiva é um requerimento mais estrito que uma demonstração de plausibilidade e, em um caso como este, só se consegue com dificuldade.

4. Todas as pessoas gostam dos ornamentos e belezas, e poderiam ser influenciados por eles . Deus, o Altíssimo, diz: Foi arraigada no coração dos homens a inclinação pelos prazeres: as mulheres, os filhos, o acúmulo de riquezas em ouro e prata, os cavalos de raça, os rebanhos e os campos agrícolas. Esse é o gozo da vida mundana, mas Deus lhes tem reservado algo mais belo. [3:14] O homem, por natureza, se entusiasma por adquirir ornamentos e belezas deste mundo. As pessoas diferem no método que usam para adquirir essas coisas. Alguns usam como recurso para obtê-las, meios legais, enquanto que outros utilizam meios ilegais.

Quraish tratou de persuadir o Profeta para que deixasse de invocar as pessoas ao Islam. Ofereceram-lhe transformá-lo no Senhor de Quraish, casá-lo com a moça mais bela e fazer dele o homem mais rico. Ele respondeu a estas ofertas tentadoras, dizendo: Por Deus, se colocassem o sol na minha mão direita e a lua na minha mão esquerda, para que me afastasse deste assunto, não o faria, até que Deus o fizesse triunfar (ao Islã) ou morresse convidando as pessoas. (Ibn Hisham)

Se o Profeta fosse um impostor, teria aceite esta oferta sem pensar.Thomas Carlyle, disse: Chamam-no Profeta, me disseste? Arre! Colocou-se cara a cara com eles, aqui, sem consagrar nenhum mistério, cobrindo-se com seu manto, remendando seus próprios sapatos, lutando, aconselhando ordem em seu meio. Devem ter visto a classe de homem que ele era, deixem que o chamem como goste. Nenhum imperador, com suas tiaras, foi obedecido como este homem com um manto. Durante vinte e três anos de processo duro e real, vejo nele a autenticidade de um herói.40 40 ’Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History’

5. Sabe-se que o domínio e a riqueza de um reino estão sujeitos à vontade do rei. Tratando-se de Muhammad ele sabia que esta vida era uma etapa transitória. Ibrahim b. Alqamah narrou que Abdullah disse: O Profeta se recostou sobre um tapete de palha, que deixou suas costas marcadas, então disse: Mensageiro de Deus! Daria minha mãe e meu pai como resgate, por ti! Permite-nos pôr uma cama sobre o tapete em que deitas, para que tuas costas não fiquem marcadas. O Profeta disse: Meu exemplo nesta vida é como um ginete que descansa à sombra de uma árvore e logo continua sua viagem. (Ibn Mayah, 4109) An-Nu’man b. Bashir disse: Vi teu Profeta (durante um tempo) quando não podia nem sequer encontrar tâmaras boas para encher seu estômago. (Muslim, 2977) Abu Hurairah disse: O Mensageiro de Deus nunca teve a oportunidade de alimentar- se durante três dias seguidos até à sua morte. (Bujari, 5059)

Ainda que a Península Árabe estivesse sob seu domínio, e ele era a fonte de bondade para sua gente, o Profeta, algumas vezes, não encontrava comida para satisfazer suas próprias necessidades. Sua esposa, Aishah, narrou que ele uma vez comprou um pouco de comida de um Judeu (e combinou de pagar-lhe logo) e entregou-lhe sua armadura como garantia. (Bujari, 2088)

Isto não significa que ele não pudesse obter o que queria, já que lhe ofereciam dinheiro e riqueza em sua Mesquita, e ele não saía do lugar, até distribuir tudo entre os pobres e os necessitados. Entre seus Companheiros havia ricos e endinheirados apressavam-se a servi-lo e lhe ofereciam as coisas mais valiosas. A razão pela qual o Profeta renunciou às riquezas do mundo, foi porque sabia a realidade da vida. Ele disse: A comparação desta vida com a do além, é como uma pessoa que submerge seu dedo no oceano; quanto pode tirar dele? (Muslim, 2858)

O Reverendo Bosworth Smith disse: Se alguma vez um homem governou por um direito divino, esse foi Muhammad, já que ele teve todos seus poderes sem o apoio do seu povo. Não se preocupou pelas vestes do poder. A simplicidade de sua vida privada coincidia com sua vida social.41 41 Muhammad and Muhammadanism.

6. Ao Profeta de Deus sucederam certos incidentes que necessitaram ser esclarecidos, e ele não teve a oportunidade de fazer algo porque não recebeu nenhuma revelação esclarecedora. Durante este período (entre o incidente e a revelação) encontrava-se exausto. Um destes incidentes é o Ifk’ 42 em que sua esposa Aishah foi acusada de ser infiel. O Profeta não recebeu nenhuma revelação sobre este incidente por um mês; enquanto isso seus inimigos falaram mal dele, até que recebeu a revelação e ficou evidente a inocência de Aishah. Se o Profeta fosse um impostor teria resolvido este incidente no instante em que surgiu. Mas Deus diz: Não fale de acordo com suas paixões. [53:3] 42 i.e. O incidente em que os hipócritas acusaram Aishah falsamente, que Deus tenha compaixão dela, de haver sido infiel.

7. O Profeta não pedia às pessoas que o bajulassem. Pelo contrário, o Profeta se desgostava quando uma pessoa o adulava de qualquer forma. Anas disse: Não havia um indivíduo mais amado por seus Companheiros que o Mensageiro de Deus. Ele disse: Se o viam, não se levantavam por ele, já que sabiam que isso o desgostava. (Tirmizi, 2754)

Washington Irving disse: Seus triunfos militares não despertaram nele, nem orgulho nem vaidade, do mesmo modo que teria sido afetado por propósitos egoístas. No tempo de maior poder ele manteve a mesma simplicidade nos costumes e aparência que em seus dias de adversidade. Muito longe de viver de forma majestosa, incomodava se, ao entrar em um cômodo, era tratado com alguma forma de respeito.

8. Alguns dos versículos do Alcorão foram revelados para admoestar o Profeta sobre a causa de certos incidentes, tal como: As palavras de Deus, o Altíssimo: Oh, Profeta! Por que proíbes o que Deus fez lícito, pretendendo com isso agradar às tuas esposas? E [sabe que apesar disso] Deus é Condescendente, Misericordioso [66:1] O Profeta se absteve de comer mel, por causa do comportamento de algumas de suas esposas. Deus, então o advertiu já que ele se proibiu a si mesmo o que Deus considera lícito.

a. Deus, o Altíssimo, diz: Deus te desculpou [Oh, Muhammad!] por haver-lhes eximido sem antes comprovar quem era verdadeiro e quem era mentiroso. [9:43] Deus admoestou o Profeta porque aceitou rapidamente as falsas desculpas dos hipócritas que se ausentaram na Batalha de Tabuk. Perdoou-os e aceitou seus pretextos, sem verificá-los. Deus, o Altíssimo, diz: Não é permitido ao Profeta [nem aos crentes] tomar como prisioneiros de guerra aos incrédulos antes de tê-los combatido e dizimado na Terra. Pretendeis assim [cobrando seu resgate] obter um benefício mundano, mas saiba que Deus quer para vós a recompensa da outra vida. Certamente Deus é Poderoso, Sábio. [8:67]

b. Deus, o Altíssimo, diz: Não é assunto teu se [Oh Muhammad, somente de Deus] Ele os absolve ou os castiga, porque foram iníquos. [3:128]

c. Deus, o Altíssimo, diz: [Oh, Muhammad!] Franziste o cenho e viraste as costas ao cego quando se apresentou a ti. E talvez pretendesse instruír-se para assim purificar sua conduta e moral, ou beneficiar se, refletindo sobre tuas palavras. [80:1-4] Abdullah b. Umm Maktum, que era cego, veio ao Profeta quando estava pregando a alguns dos líderes Quraish, e o Profeta franziu o cenho e continuou seu sermão e Deus o admoestou por isso. Se o Profeta fosse um impostor, este versículo não se encontraria no Alcorão.

Muhammad Marmaduke Pickthall disse: Um dia, quando o Profeta estava conversando com um dos grandes homens de Quraish, tratando de persuadi-lo da verdade do Islã, um homem cego lhe fez uma pergunta sobre a fé. O Profeta se irritou pela interrupção, franziu o cenho e se afastou do cego. Neste versículo se diz que a importância de um homem não deve ser julgada por sua aparência ou condição.43 43 O Glorioso Alcorão, tradução de Pickthall pág. 685

9. Um dos sinais de sua profecia se encontra no capítulo 111 do Alcorão. Nele, Deus, o Altíssimo, condena Abu Lahab (tio do Profeta) ao tormento do inferno. Este capítulo foi revelado durante as primeiras etapas de seu chamado ao Islam. Se o Profeta fosse um impostor não imporia uma regra como esta, já que seu tio poderia ter aceitado o Islã mais tarde! Dr. Gary Miller diz: Por exemplo, o Profeta tinha um tio com o nome Abu Lahab. Este homem odiava tanto o Islã que costumava seguir o Profeta só para desacreditá-lo. Se Abu Lahab via o Profeta falando com um estranho, esperava que se fosse para ir encontrá-lo e perguntar-lhe: Que te disse? Disse-te negro? Bem, é branco. Disse dia? Bem, é noite. Ele dizia exatamente o contrário do que Muhammad comunicava. Entretanto, aproximadamente dez anos antes que Abu Lahab morresse foi revelado um pequeno capítulo do Alcorão. Este expressava, distintivamente, que ele iria ao Fogo do Inferno. Em outras palavras, afirmava que nunca se converteria em Muçulmano e por essa razão seria condenado para sempre. Por dez anos tudo o que Abu Lahab fez foi dizer, Diz-se que uma revelação mostrou a Muhammad que eu nunca mudarei, que nunca me converterei em Muçulmano e entrarei no Fogo do Inferno.

Bem, agora quero converter-me em Muçulmano. Agrada-lhes isto? Que pensam de sua divina revelação agora? Mas nunca o fez. E apesar de tudo, este é o tipo de comportamento que se poderia esperar dele já que a única coisa que fez foi contradizer o Islã. Em essência, Muhammad disse Odeias-me e queres terminar comigo? Aqui, diga estas palavras e terás terminado comigo. Vamos diga-as! Mas Abu Lahab nunca as disse. Dez anos! E em todo esse tempo nunca aceitou o Islã nem apoiou sua causa. Como Muhammad podia saber com segurança que Abu Lahab cumpriria a revelação do Alcorão se ele não fosse o verdadeiro Mensageiro de Deus? Como é possível que estivesse tão seguro para deixar que alguém o desacredite por dez anos? A única resposta é que ele era o Mensageiro de Deus, já que por ter-se exposto a um desafio tão arriscado, deve-se entender que teve que ser a causa de uma revelação divina.44 44 O Sagrado Alcorão.

10. O Profeta é chamado: ’Ahmad’ em um versículo do Alcorão, em lugar de Muhammad. Deus, o Altíssimo, diz:

E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, Filhos de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro que virá depois de mim chamado Ahmad. Mas quando lhes apresentou as evidências, disseram: Isto é pura magia! [61:6] Se ele fosse um impostor, o nome ’Ahmad’ não seria mencionado no Alcorão.

11. A religião do Islã ainda existe e segue expandindo-se por todo o mundo. Milhares de pessoas abraçam o Islã e o preferem às outras religiões. Isto acontece ainda que os seguidores do Islam não estejam respaldados financeiramente como se espera; e apesar dos esforços de seus inimigos para interromper a expansão do Islã. Deus, o Altíssimo, diz: Certamente Nós revelamos o Alcorão e somos Nós os seus anjos guardadores. [15:9]

Thomas Carlyle disse: Um impostor fundou uma religião? Como, um homem impostor não pode construir uma casa de tijolos! Se realmente não conhece e segue as características do pilão, a terra cozida e tudo no que trabalha, não seria uma casa o que se constrói, mas uma pilha de sobras! Não estaria de pé por doze séculos, para alojar mil oitocentos milhões de pessoas; seria derrubada de imediato. Um homem deve se conformar com as leis da natureza, viver em comunhão com a natureza e a verdade das coisas, ou a Natureza irá reclamar. Não, para nada! Os erros são enganosos; um Cagliostro, muitos Cagliostros, proeminentes líderes mundiais, progridem pela falta de clero e ritos, por um dia. É como uma nota de banco falsificada; passam por suas mãos sem valor: outros, não eles, o têm que fazer com rapidez. A natureza explode em chamas de fogo; Revoluções francesas e semelhantes, proclamando com terrível veracidade que as notas falsificadas, são falsificadas. Mas por um grande homem, especialmente por ele, me arriscarei a afirmar que é incrível que seja outro, que não seja autêntico. Parece que esse é o seu primeiro alicerce, e tudo o que nele jaz45. 45 Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History’

O Profeta conservou o Alcorão, depois que Deus conservou seu conteúdo, na memória de geração após geração. Com efeito, memorizá-lo e recitá-lo, aprendê-lo e ensiná-lo, são as coisas que os muçulmanos desfrutam fazer, já que o Profeta disse: O melhor de vocês é quem aprende o Alcorão e logo o ensina. (Bujari, 4639)

Muitos trataram de acrescentar ou omitir versículos do Alcorão; mas nunca tiveram êxito, já que estes erros foram descobertos de imediato. A Sunnah do Mensageiro de Deus que é a segunda fonte da legislação islâmica, foi preservada por homens honrados e piedosos. Passaram suas vidas reunindo estas tradições, revendo-as para separar o falso do verdadeiro; até clarificaram quais haviam sido planejadas.

Quem leia os livros escritos na ciência do Hadiss constatará que as narrações que são autênticas, na realidade o são. Michael Hart diz: Muhammad fundou e promulgou uma das maiores religiões do mundo46, e se converteu em um efetivo líder político. Hoje, treze séculos mais tarde, sua influência ainda é poderosa e dominante. 46 Os muçulmanos crêem que o Islam é uma revelação Divina de Deus, e que Muhammad não a fundou.

12. A verdade e sinceridade de seus princípios são boas e adequadas para todos os tempos e lugares. Os resultados da aplicação do Islam são claros e bem conhecidos, e mostra que com efeito é uma revelação de Deus. Além disso, por que não é possível para Muhammad ser um Profeta se é crença que muitos Profetas e Mensageiros foram enviados antes dele? Se a resposta desta pergunta é que nada o impede então nos perguntamos: Por que rejeitam este Profeta, e confirmam os anteriores a ele?

13. Os homens não podem forjar leis similares às do Islam que tratam cada aspecto da vida, como transações, casamentos, conduta social, política e atos de adoração. Então, como é que um homem iletrado pôde criar algo como isto? Não é isto uma clara prova de que é Profeta ?

14. O profeta não começou a chamar a gente ao Islã até que cumpriu quarenta anos. Sua juventude havia passado e a idade em que deveria descansar e passar seu tempo livre, foi a idade em que se encarregou, como Profeta, de difundir o Islã. Thomas Carlyle, disse: É o contrário da teoria do impostor, o fato em que viveu toda sua vida de forma irrepreensível, completamente, em silêncio e de maneira comum, até que terminou sua vida. Até os quarenta anos, nunca falou de alguma missão do céu. Todas suas irregularidades, reais e supostas, datam de antes de seus cinqüenta anos, quando sua esposa Jadiyah morreu. Toda sua ambição, aparentemente, havia sido, até esse momento, viver uma vida honesta; sua fama, a simples opinião dos vizinhos que o conheceram, havia sido suficiente até o momento. Só quando estava se tornando velho, o lascivo ponto de sua vida explodiu, - a paz - o principal que lhe deu este mundo, que começou com esta carreira de ambição, e, ocultando todo seu caráter e existência, estabeleceu-se como um infeliz e vazio charlatão para adquirir o que desde esse momento não poderia desfrutar! Não tenho fé nisso.47 47 ’Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History’


Fonte: Abdurrahman al-Sheha - Tradução: Lic. Muhammad Isa García Revisão: Ana María Gonzalez Litardo (Versão Brazil) Khadija Machado (Versão Portugal) Escritório de difusão do Islã de Rabwah www.islamhouse.com Primeira Edição, 1428/2007. Copyright © 2007 Abdurrahman al-Sheha. Todos os direitos reservados.