domingo, julho 22, 2012

Sistema Político no Islamismo

Em nome de Deus o Clemente e Misericordioso! Todos os louvores são para Allah SW, Senhor dos Mundos, que jamais gerou ou teve parceiros, paz e bênçãos sobre o nosso querido Profeta Mohammad SAAS, seus familiares, companheiros e seguidores até o Juízo Final.

Atualmente temos visto comentários de comentarista políticos ou de pessoas pouco informadas, ou ainda dos inimigos do islam, fazendo relação do Sistema Político do Islam, criado e implantado pelo Profeta Mohammad SAAS em Madinah - Arábia Saudita, com essas fracassadas ditaduras implantadas e mantidas em países islâmicos, para glória e honra dos seus governantes. Aconselhamos a essas pessoas a se informarem melhor dessa situação uma vez que está tudo registrado na história universal. O Sistema Político do Islam, criado e implantado pelo nosso Profeta SAAS, nada tem haver com isso. Pelo contrário, trata-se de um sistema que ainda hoje resolveria a situação de qualquer pais que o adotasse uma vez que era um sitema regido pelo exemplo e atitudes de um homem escolhido por Alla SW e que sempre foi mediador inclusive daqueles que não abraçaram o islam como religião.

No Estado Islâmico a Religião e política São uma e mesma coisa, o Islam, Estão interligadas. Já sabemos que o Islam é um completo sistema de vida, e a política, tanto ou quanto, faz parte da nossa vida coletiva. Assim como o Islam nos ensina como cumprirmos a oração (Salat), como observarmos o jejum (saum), pagarmos ao tributo (zakat) e empreendermos a peregrinação (haj), ele também nos ensina como dirigirmos um Estado, formarmos um governo, escolhermos conselheiros e membros d parlamento, fazermos tratados e conduzirmos os negócios e o comércio.

Uma discussão detalhada sobre o sistema político islâmico seria muito desejável, mas temos de nos contentar com os seus princípios básicos e com as suas características principais.
O Sistema Político do Islam é baseado nos seguintes princípios essenciais:
A Soberania de Deus
A soberania significa a fonte do poder. No Islam, Deus é a fonte de todos os poderes e domínios: “A escolha pertence a Deus” (3:154).“O juízo pertence inteiramente a Deus” (12: 40). “Possui o reino dos céus e da terra” (25:2) “Bendito seja Aquele em Cujas Mãos está a soberania” (67:1). É Deus quem sabe o que é bom ou o que é mau para os Seus servos. Sua palavra é final. Todos os seres humanos, em conjunto, não Lhe podem mudar a Lei. O Alcorão diz:

“Quanto ao ladrão e à ladra, decepai-lhes a mão, como castigo de tudo quanto tenham cometido” (5:38). De acordo com o Islam, essa ordem não pode ser mudada por parte de qualquer parlamento ou de qualquer governo que se intitule ser islâmico. Há muitas outras leis no Alcorão concernentes à nossa vida, e essas leis podem ser postas em prática por qualquer Estado Islâmico para o bem maior do ser humano.

Legatariedade (KHILÁFA) da humildade

O homem é o legatário ou o agente ou o representante de Deus na terra “ (Recorda-te ó Profeta) de quando teu Senhor disse aos seus anjos: Vou instituir um legatário na terra!” (2:30). Deus é o Soberano, e o homem é o Seu representante, e deve agir de acordo com os mandamentos de Deus. Porém possui livre arbítrio de obedecer ou desobedecer a Deus, e por essa liberdade ele será questionado no Dia do Julgamento. Em termos políticos, khiláfa significa que os seres humanos devem cumprir a vontade de Deus na terra como Seus representantes ou agentes. Como agente de Deus, o ser humano deve cumprir a vontade de Deus em Seu nome como uma confiança nele depositada. A legatariedade é um cargo de confiança. Espera-se sempre que o agente aja como o chefe deseja que o faça.

A legislação pela CHURA (Consulta)

O Islam nos ensina a dirigirmos um governo, a legislarmos e tomarmos decisões utilizando-nos do processo de chura (consulta). Isso significa tomarmos decisões através da consulta e da participação. “...Indulta-os, implora o perdão para eles e consulta-os nos assuntos (do momento)” (3:159). “Que atendem ao seu Senhor, observam a oração, resolvem os seus assuntos em consulta” (42:38).
Esta é uma parte importante do sistema político islâmico. Não há oportunidade para a ditadura ou para o despotismo no Islam. O Alcorão e a Sunnah são as bases da legislação no Islam.

A responsabilidade do Governo
O sistema político no Islam torna o governante e o governado responsáveis primeiro perante Deus e em seguida perante o povo. O governante o governo são eleitos pelo povo para exercerem poderes no nome deste. Devemos lembrar aqui que ambos, governante e governado, são os legatários de Deus na terra, e o governante deve zelar pelo bem-estar da população, de acordo com o Alcorão e a Sunnah. O governante é o servidor do povo, no Islam. Ambos, governante e governado, serão questionados por Deus pelas suas ações no Dia do Juízo Final. A responsabilidade do governante é maior do que a do governado.

O cidadão comum, num Estado Islâmico, possui o direito de formular qualquer pergunta, sobre qualquer assunto, ao governante e ao governo.

Independência do Judiciário
Num sistema político islâmico o Poder Judiciário é independente do Executivo. O chefe de Estado ou qualquer ministro do governo pode ser levado à corte, se necessário. Não terão tratamento diferente dos outros cidadãos:

“Quando julgardes vossos semelhantes, fazei-o com eqüidade” (4:58); “Ó crentes, sede firmes em observar a justiça, atuando como testemunhas, por amor a Deus, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre” (4:135); “Ó crentes, sede perseverantes na causa de Deus e prestai testemunho a bem da justiça” (5:8). O governante e o governo não têm o direito de interferirem no sistema da justiça.

Igualdade perante a lei

O sistema político islâmico assegura igualdade a todos os cidadãos perante a lei. Não reconhece qualquer discriminação baseada na língua, na cor, no território, no sexo ou na descendência. O Islam reconhece a preferência de um sobre o outro, apenas na base da taqua (piedade ou temor a Deus). Islam: “Ó humanos, em verdade, Nós vos criados de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente” (49: 13).

Conclusão
O dever do Estado Islâmico é estabelecer a prática da oração (salat) o pagamento do tributo (zakat), ordenar a prática do lícito e proibir a prática do ilícito: “São aqueles que, quando os estabelecemos na terra, observam a oração, pagam o zakat, recomendam o bem e proíbem o ilícito” (22:41). O Estado é responsável pelo bem estar de todo os cidadãos - muçulmanos e não muçulmanos. Deve suprir as necessidades básicas de todos os cidadãos. Todos os cidadãos do Estado islâmico devem desfrutar da liberdade de crença, pensamento, consciência e expressão. cada cidadão deve ser livre para desenvolver as suas potencialidades. melhorar as suas capacidades, ganhar o sustento e ter bens. O cidadão deve desfrutar do direito de apoiar ou de se opor a qualquer política d governo à qual ele pensa ser certa ou errada.

O Estado Islâmico tem o dever de cumprir as leis do Alcorão e da Sunnah. O Alcorão denuncia com veemência aqueles que não decidem seus assuntos, baseados nas revelações de Deus:

Se os julgares, faze-o eqüitativamente, porque Deus aprecia os justiceiros... Não temais, pois, os homens, e temeis a Mim, e não negocieis as Minhas leis a vil preço. Aqueles que não julgarem conforme o que Deus tem revelado serão incrédulos... Aqueles que não julgarem conforme o que Deus tem revelado serão iníquos... Em verdade, revelamos-te o Livro corroborante e preservador dos anteriores. Julga-os pois, conforme o que Deus revelou e não sigas os seus caprichos, desviando-te da verdade que te chegou. A cada um de vós temos ditado uma lei e uma norma; e se Deus quisesse, teria feito de vós uma nação; porém, fez-vos como sois, para testar-vos quanto àquilo que vos concedeu. Emulai-vos, pois na benevolência, porque todos vós retornareis a Deus, o Qual vos inteirará das vossas divergências. Incitamos-te a que julgues entre eles, conforme o que Deus revelou; e não sigas os seus caprichos e guarda-te de que te desviem de algo concernente ao que Deus te revelou. Se te refutarem, fica sabendo que Deus os castigará por seus pecados, porque muitos homens são depravados. Anseiam, acaso, o juízo do tempo da insipiência? Quem é melhor juiz que Deus, para os persuadidos?” (5:42-50)

O Estado Islâmico deve assegurar uma justa distribuição de riqueza. O Islam não crê na distribuição em pé de igualdade, uma vez que isso é contrária à lei da criação.

Finalmente, dizemos que o Estado Islâmico é baseado no modelo de Estado implantado pelo Profeta Muhammad, em Madina. E não podemos nem comparar com essas pseudas repúblicas se dizem islâmicas mas, que distanciaram tanto dos ideais de Allah SW e de seu amado Profeta SAAS. Contudo me orgulha muito ser muçulmano e ter conhecido parte de um país islâmico, a Arábia Saudita, onde pude desfrutar da segurança e do respeito que jamais desfrutei no meu país, ou em qualquer outro lugar que visitei. 
Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuhu! Ramadah Mubaraka

quinta-feira, julho 19, 2012

RAMADAN TERCEIRA PARTE – O TARAWI

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

"Na verdade Eu sou Allah. Não há Deus além de Mim. Serve-Me pois e estabelece a oração para Minha recordação". Cur'ane 20:14 - Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) costumava exortar os seus companheiros (Radiyalahu an-huma) para efetuarem orações facultativas à noite, durante o mês de Ramadan, sem contudo ordenar-lhes para rezarem como ação obrigatória e disse: “Aquele que observa a oração noturna nas noites de Ramadan, com fé e com a esperança e aprocura da recompensa (de Deus), todos os seus pecados serãoperdoados”. Era esta a prática até o Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) morrer, e assim continuou durante o Califado de Abu Bakr e parte inicial do Califado de Umar. Muslim 4:1663.

No tempo do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), durante 3 noites, foi efectuada em congregação a oração do Tarawi. Na quarta noite, a mesquita estava cheia, mas o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), não apareceu para dirigir o Tarawi. Na manhã seguinte informou-os de que não apareceu para não tornar compulsória a referida oração. A partir daí as pessoas observaram a oração individualmente ou em pequenos grupos, quando as condições assim o permitiam. Ainda não foi no tempo do Califa Abu Bakr (Radiyalahu an-hu), que foi instituída a oração de Tarawi em congregação. Tinha havido alguma instabilidade no país, pelo que seria difícil reunir todos para a realização do Tarawi. No Califado de Umar (Radiyalahu an-hu), com a paz e a ordem no país, foi decidido criar condições para que o Tarawi fosse feito em congregação.

Porque o Califa Umar (Radiyalahu an-hu), não era um legislador de Deus e o tempo da revelação já tinha terminado, o Tarawi não se tornou um ato obrigatório, como se tornaria se fosse feito continuadamente no tempo do Profeta (Salalahu AleihiWassalam).

O Tarawi é outra ação meritória a ser efetuada durante o mês de Ramadan. É uma oração especial noturna, em congregação, efetuada imediatamente após a oração de Ishá, antes do witr. Na maioria dos países, incluindo na Cidade Santa de Maka, consiste em 20 rakates, orientados por Hafez Cur’ane (que têm o Livro Sagrado decorado). Ao longo do mês de Ramadan, de dois em dois rakates (ciclos de oração), recitam o Cur’ane. Noutros países, o tarawi diário é feito com 8 rakates.
O Tarawi é “Sunnah Mu’akkaddah” (Sunah insistido), pelo que todo o crente o deve fazer. É alal – kifayah, isto é da responsabilidade de todos os residentes da localidade.

Devem ser criadas condições para que em todas as Mesquitas da localidade, se efetue a oração em congregação.

Abu Darda (Radiyalahu an-hu) referiu que ouviu o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) dizer: “Se ocorrer encontrarem-se (inclusive) três pessoas numa localidade, num deserto ou numa selva, e não rezarem em congregação, Satanás seguramente os dominará. Por isso recorrei às orações em congregação, porque o lobo devora a ovelha solitária”.

Abu Daoud. Caso o Tarawi não se efectue, cada um dos residentes será responsabilizado pelo fato. Se forem criadas as condições, os crentes que efetuarem a referida oração nas suas casas, estarão livres da responsabilidade. No entanto, verão as suas recompensas diminuídas.

Se por qualquer motivo chegarmos atrasados na Mesquita e se encontrar a decorrer o Tarawi e ainda não termos efectuado a oração de Ishá, antes de nos juntarmos à congregação, devemos primeiro e individualmente, efetuar a oração de Ishá. Depois juntamo-nos ao Jamah e no final, também individualmente, devemos completar os rakates de tarawi em falta.

Em anexo, segue, um duá / tassbi, produzido pela “Revista Al Furqan”, para ser recitado nos intervalos do Tarawi (de 4 em 4 rakates). Pode ser listado como “ cábula”, até o conseguirmos decorar. Façam o favor de o reencaminhar, para que todos possam beneficiar desta iniciativa.
   
Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. ( “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41
                                                  
"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17.
 “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. Cur’ane 10.10.

Cumprimentos -
Abdul Rehman Mangá - 19/07/2012

quarta-feira, julho 18, 2012

EQUÍVOCOS SOBRE O ISLAM

OS MUÇULMANOS SÃO VIOLENTOS, TERRORISTAS E/OU EXTREMISTAS?

Este é o maior equívoco sobre o Islam, resultado constante da forma como a mídia o apresenta. Quando um franco atirador ataca uma mesquita em nome do judaísmo, ou quando o IRA (Exército Irlandês) joga uma bomba em áreas urbanas, ou militantes sérvios ortodoxos violentam e matam muçulmanos inocentes, estes atos não são utilizados para esteriotipar toda uma fé. Jamais tais atos são atribuídos à religião daqueles personagens. No entanto, quantas vezes não ouvimos as palavras "Islâmico", "Fundamentalismo Islâmico", etc., ligadas à violência?

A política nos chamados "países muçulmanos" muitas vezes não tem nada a ver com os fundamentos islâmicos. Muitos ditadores e políticos usam o nome do Islam para satisfazer seus próprios interesses. Devemos separar a verdadeira religião do Islam daquilo que a mídia apresenta e, para isso, devemos sempre consultar a fonte islâmica. Islam, literalmente, significa "submissão a Deus" e a palavra Islam deriva do radical que significa "paz".

Aos olhos do mundo moderno o Islam pode parecer exótico ou mesmo extremado. Isto talvez se deva ao fato de que a religião, de um modo geral, não faz parte do dia-a-dia do Ocidente, enquanto que, para o muçulmano, o Islam é "um modo de vida" e ele não faz qualquer diferença entre o secular e o sagrado. Da mesma forma que o cristianismo, o Islam permite aos muçulmanos a luta pela autodefesa, pela defesa da religião ou para a retomada das terras de onde foram expulsos. Mas, o Islam estabelece regras rígidas de combate que incluem proibições de danos a civis e destruição de produtos agrícolas, árvores e do gado.

Em lugar nenhum o Islam recomenda ou ordena a matança de inocentes. Diz o Alcorão:

Combatei pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores. (Cap. 2:190)
Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela, e encomenda-te a Deus, porque Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo. (Cap. 8:61)


A guerra, portanto, é o último recurso e, mesmo assim, está sujeita a condições rigorosas baixadas pela lei sagrada. O termo "jihad", literalmente significa "esforço", "luta", "empenho". Jihad é a luta interior da alma de cada pessoa contra os desejos egoístas para se alcançar a paz interna.

O ISLAM OPRIME AS MULHERES?

A imagem da muçulmana típica, cobrindo a cabeça, forçada a ficar em casa e proibida de dirigir, é a mais comum no imaginário das pessoas. Embora alguns países muçulmanos possam ter leis que oprimam as mulheres, isto não deve ser encarado com sendo uma conduta islâmica. Na questão da equidade de sexos, muitos desses países introduzem seus próprios pontos de vista culturais, sem levar em conta a Sharia (a lei islâmica)

Nessa questão, o Islam concede a homens e mulheres diferentes papéis e a equidade entre os dois está normatizada no Alcorão e no exemplo do Profeta (que a paz esteja com ele). O Islam olha para a mulher, não importa se solteira ou casada, como um indivíduo, com direitos próprios, com o direito de ter e dispor de seus bens. O presente de casamento dado pelo noivo à noiva, por exemplo, é dela, para seu uso pessoal. Ela mantém seu nome de família ao invés do nome da família do noivo. O requisito da modéstia no vestir é imperativo tanto para homens como para mulheres. Mohammad disse: "O mais perfeito na fé entre os fiéis é aquele que é o melhor e o mais gentil com sua esposa."

A violência contra as mulheres não é permitida e nem elas podem ser forçadas a fazer o que quer que seja contra a sua vontade. O casamento muçulmano é um acordo legal e simples, no qual cada parte é livre para incluir suas próprias condições. O divórcio não é comum, embora se reconheça como a última saída naquelas situações em que o casal não se entende mais. De acordo com o Islam, a mulher não pode ser forçada a casar contra a sua vontade: seus pais simplesmente sugerem aquele que eles achem mais adequado.


OS MUÇULMANOS ADORAM UM DEUS DIFERENTE?

Allah, nada mais é do que a palavra em árabe para Deus. Allah, para os muçulmanos, é o maior. É uma palavra árabe de significado rico, que denota o uno e único Deus e a Quem não se admite parceiros. É a mesma palavra que os judeus usam para Deus (em hebráico), que Jesus Cristo usou em aramáico quando orava a Deus. Deus tem um nome idêntico no judaismo, no cristianismo e no Islam; Allah é o mesmo Deus adorado por muçulmanos, cristãos e judeus. Os muçulmanos acreditam que a soberania de Allah é para ser reconhecida na adoração e no compromisso de obediência aos Seus ensinamentos e mandamentos, trazidos por Seus mensageiros e profetas através de todos os tempos. Contudo, deve-se notar que Deus no Islam é Um e Único. Ele, o Exaltado, não se cansa, não tem filhos ou sócios, não tem qualquer atributo humano, como muitos outros credos professam.


O ISLAM FOI DIFUNDIDO PELA ESPADA E É INTOLERANTE COM OUTROS CREDOS?

Muitos livros de colégio mostram a imagem de um cavaleiro árabe, portando uma espada numa das mãos e o Alcorão na outra, conquistando e convertendo pela força. Esta não é uma imagem correta da história. O Islam sempre respeitou a liberdade de crença. O Alcorão diz: Deus nada vos proíbe, quanto àqueles que não vos combaterem pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Deus aprecia os equitativos. (Cap. 60:8)

A liberdade de crença está regulamentada no Alcorão:
Não há imposição (coerção) quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro (Islam). (Cap. 2:256)
O missionário cristão, T.W.Arnold, em seu estudo sobre a questão da difusão do Islam, tinha esta opinião: "… não sabemos de qualquer tentativa de forçar a aceitação do Islam pela população não islâmica, ou de qualquer perseguição sistemática com a intenção de reprimir a religião cristã. Tivessem os califas escolhidos adotado esta prática, eles poderiam ter varrido o cristianismo tão facilmente como o fizeram Fernano e Isabel, reis de Espanha, com o Islam, ou Luís XIV com o protestantismo…"

É uma função da lei islâmica protejer a condição privilegiada das minorias e é por isso que os locais de adoração dos não muçulmanos floresceram por todo o mundo islâmico. A História nos dá inúmeros exemplos da tolerância muçulmana em relação a outros credos: quando o califa Omar entrou em Jerusalem, no ano de 634, o Islam garantiu liberdade de adoração a todas as comunidades religiosas da cidade. Proclamando aos habitantes que suas vidas e propriedades estavam seguras, e que os locais de adoração jamais seriam tocados pelos muçulmanos, Omar pediu ao patriarca cristão Sofrônio que o acompanhasse na visita a todos os lugares santos. A lei islâmica também permite às minorias não islâmicas constituírem seus tribunais, a fim de que suas pr&oaucte;prias leis sejam implementadas. A vida e a propriedade de todos os cidadãos, sejam muçulmanos ou não, num estado islâmico são consideradas sagradas.

O racismo também não faz parte do Islam. O Alcorão fala somente da igualdade humana e de como todas as pessoas são iguais aos olhos de Deus:
Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. (Cap. 49:13)

TODOS OS MUÇULMANOS SÃO ÁRABES?

A população muçulmana mundial está em torno de 1,5 bilhão, portanto 1 em cada 5 pessoas no mundo é muçulmana. Há portanto, uma variedade enorme de raças, nacionalidades e cultura em todo o glogo, desde as Filipinas até a Nigéria, todos unidos em torno da fé islâmica. Somente 18% vivem no mundo árabe e a maior comunidade muçulmana se encontra na Indonésia.

Muitos muçulmanos vivem ao leste do Paquistão. 30% vivem no subcontinente indiano, 20% no Saara africano, 17% no sudeste asiático, 18% no mundo árabe e 10% na Rússia e China. Turquia, Irã e Afganistão perfazem 10% dos não árabes no Oriente Médio. Embora haja minorias muçulmanas em quase todo o planeta, inclusive América Latina e Austrália, eles são mais numerosos na Rússia e nos seus novos estados independentes, na India e na África Central. Existem cerca de 10 milhões de muçulmanos nos Estados Unidos. Podemos dizer que as população islâmica nas Américas e Austrália chega aos 5% da população.

A NAÇÃO DO ISLAM É UM GRUPO MUÇULMANO?

O Islam e a chamada "Nação do Islam" são duas religiões diferentes. A Nação do Islam é mais uma organização política, uma vez que seus membros não se limitam a uma única fé. Os muçulmanos acham que este grupo é um dos muitos que usam o nome do Islam para seu próprio benefício. A única coisa em comum entre eles é o jargão, a linguagem usada por ambos. A Nação do Islam é uma denominação imprópria; esta religião deveria ser chamada de Farrakanismo, uma vez que o seu propagador é Louis Farrakan.

Islam e farrakanismo diferem em muitas coisas fundamentais. Por exemplo, os seguidores de Farrakan acreditam no racismo e que o "homem negro" foi o homem original e, portanto, superior, enquanto que no Islam não há racismo e todos são considerados iguais aos olhos de Deus, a única diferença é com relação à fé. Há muitos outros exemplos teológicos que mostram que os ensinamentos da "Nação" têm muito pouco a ver com o verdadeiro Islam. Há muitos grupos na América que reivindicam ser os representantes do Islam e chamam seus adeptos de muçulmanos.

Qualquer estudante sério do Islam tem por obrigação investigar e encontrar o verdadeiro Islam. As duas únicas fontes autênticas que prendem todo o muçulmano são: 1. O Alcorão e 2. Os hadiths. Qualquer ensinamento sob o rótulo de "Islam", que contradiga, ou que sejam uma variação dos verdadeiros ensinamentos da crença e da prática do Islam, devem ser rejeitados e essa religião deve ser considerada um culto pseudo-islâmico. Na América existem muitos cultos pseudo-islâmicos e o farrakanismo é um deles.

TODOS OS MUÇULMANOS TÊM QUATRO ESPOSAS?

A religião do Islam foi revelada para todas as sociedade e todos os tempos e portanto, ela abrange as exigências das enormes diferenças sociais. As circunstâncias podem levar a um outro casamento, mas o direito está garantido. De acordo com o Alcorão, somente no caso em que o marido seja escrupulosamente justo. Nenhuma mulher será forçada a esta espécie de casamento se não o quiser, e ela sempre terá o direito de incluir como cláusula em seu contrato de casamento esta não aceitação.

A poligamia não é nem obrigatória nem estimulada, apenas permitida. As imagens de "sheiks com harens" não são consistentes com o Islam, porque um homem só pode ter 4 esposas se ele puder preencher as rígidas condições de tratar cada uma deles com justiça e igualdade.A permissão da prática da poligamia não está associada com a simples satisfação da paixão. Pelo contrário, está associada à compaixão com as viúvas e órfãos. Foi o Alcorão que impôs limites e condições para a prática da poligamia entre os árabes pré-islâmicos, onde ter mais de 10 mulheres significava prosperidade.

Foi o Islam que regulou a prática, limitando-a, tornando-a mais humana, instituindo direitos e condições iguais para todas as esposas. No cômputo geral, o Alcorão apenas normatiza a questão da poligamia. Não há incentivo à sua prática, a não ser que haja necessidade para tal. Também é evidente que a regra geral no Islam é a monogamia e não a poligamia. O percentual de muçulmanos que praticam a poligamia em todo o mundo é muito pequeno. No entanto, a permissão para praticar a poligamia está de acordo com a visão realista que o Islam tem da natureza humana, e de suas várias necessidades, que variam de acordo com cada lugar.

Contudo, a questão vai muito mais além do que a flexibilidade inata do Islam; é também a abordagem direta e franca com que o Islam lida com os problemas práticos. O Islam não tem uma concordância superficial ou hipócrita, por que ele investiga criteriosamente os problemas dos indivíduos e das sociedades e concede as soluções legítimas e claras que são muito mais benéficas do que se tais problemas fossem simplesmente ignorados. Não há dúvida de que a segunda esposa, legalmente casada e tratada gentilmente, é melhor do que uma amante sem qualquer direito legal ou permanente.

OS MUÇULMANOS SÃO BÁRBAROS, ATRASADOS?

Uma das razões que justificam a rápida difusão do Islam foi a simplicidade de sua doutrina. O Islam chama para a crença em um único Deus digno de adoração. Também exaustivamente instrui o homem a usar seus poderes de inteligência e observação. Em muito pouco tempo, grandes civilizações e universidades floresceram, porque, de acordo com Mohammad (que a paz esteja com ele), "a busca do conhecimento é uma obrigação para todos os muçulmanos, homens ou mulheres."

A síntese das idéias ocidentais e orientais, do novo pensamento com o antigo, trouxe grandes avanços na medicina, matemática, física, astronomia, geografia, arquitetura, artes, literatura,, história. Muitos sistemas como a álgebra, os números arábicos, e também o conceito do zero (vital para o avanço da matemática) foram transmitidos para a Europa medieval pelo Islam. Instrumentos sofisticados que tornaram possível a expansão marítima foram desenvolvidos pelo Islam, tais como o astrolábio, o quadrante e os mapas de navegação.

MOHAMMAD FOI O FUNDADOR DO ISLAM E OS MUÇULMANOS O ADORAM?

Mohammad (que a paz esteja com ele) nasceu em Meca, no ano de 570. órfão de pai e mãe muito cedo, foi criado por seu tio, que pertencia a respeitada tribo Coraix. A medida que ia crescendo, ele se tornava conhecido por sua honestidade, generosidade e sinceridade. Por causa de sua habilidade, ele era procurado para arbitrar as disputas. Mohammad tinha uma natureza profundamente religiosa e tinha horror à decadência de sua sociedade.

Adquiriu o hábito de meditar de tempos em tempos na Caverna de Hira, próximo à Meca. Com a idade de 40 anos, quando se encontrava em recolhimento meditativo, ele recebeu sua primeira revelação de Deus, por intermédio do Anjo Gabriel. Esta revelação, que continuou por 23 anos, é conhecida como Alcorão. Assim que ele começou a recitar as palavras ouvidas de Gabriel e a pregar a verdade que Deus lhe havia revelado, ele e seu pequeno grupo de seguidores sofreram tamanha perseguição, que no ano de 622 Deus lhe ordenou sair da cidade.
Este acontecimento, a Hijra, ou "migração", no qual ele deixa a cidade de Meca e se muda para Medina, marca o início do calendário muçulmano. Após muitos anos, o Profeta e seus seguidores retornaram a Meca, onde eles perdoaram seus inimigos e estabeleceram o Islam definitivamente. Antes de o Porfeta morrer, com a idade de 63 anos, a maior parte da Arábia era muçulmana e após um século de sua morte, o Islam ia desde a Espanha, no ocidente, até a China, no oriente. Ele morreu pobre.

Ainda que Mohammad (que a paz esteja sobre ele) tenha sido o escolhido para transmitir a mensagem, ele não é considerado o "fundador" do Islam, porque os muçulmanos acham que o Islam tem a mesma orientação divina enviada a todos os povos anteriormente. Os muçulmanos acreditam que todos os profetas desde Adão, Noé, Moisés, Jesus, etc. foram enviados com a orientação divina para as suas respectivas nações. Cada profeta foi enviado para o seu próprio povo, mas Mohammad (que a paz esteja com ele) foi enviado para toda a humanidade. Mohammad é o último mensageiro enviado para transmitir a mensagem do Islam. Os muçulmanos o reverenciam e o honram por tudo o que ele fez e por sua dedicação, mas não o adoram. 

Ó Profeta, em verdade, enviamos-te como testemunha, alvissareiro e admoestador! E, como convocador (dos humanos) a Deus, com Sua anuência, e como uma lâmpada luminosa.(Cap. 33:45-6).

Uma tradição fala que quando o Profeta SAAS veio a falecer a comunidade sentindo-se desamparada iniciou um movimento de tentar endeusá-lo a exemplo do que fizeram os cristãos com Jesus(AS), o então companheiro do Profeta SAAS e Abu Bakr adentrou no local e os advertiu dessa maneira: " Adoradores de Mohammad! Mohammad está morto! Adoradores de Allah! Allah vive e jamais morrerá! Esse grande companheiro do Profeta SAAS e grande defensor da fé Islâmica tornou-se o primeiro Kalifa da história do Islam. 

OS MUÇULMANOS NÃO ACREDITAM EM JESUS OU EM QUALQUER OUTRO PROFETA?

Os muçulmanos respeitam e reverenciam Jesus, que a paz esteja sobre ele, e aguardam sua segunda chegada. Acham que ele foi um dos mariores mensageiros de Deus para a humanidade. Um muçulmano nunca se refere a ele como Jesus somente, mas acrescentam a frase "que a paz esteja sobre ele". O Alcorão, no capítulo intitulado Maria, confirma a peculiariedade de seu nascimento e considera Maria como a mais pura de todas as mulheres da criação. O Alcorão descreve a Anunciação como se segue:
Recorda-te de quando os anjos disseram: Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade! ó Maria, consagra-te ao Senhor! Prostra-te e genuflecte, com os genulexos! Estes são alguns relatos do incognoscível, que te revelamos (ó Mensageiro). Tu não estavas presente com eles (os judeus) quando, com setas, tiravam a sorte para decidir quem se encarregaria de Maria; tampouco estavas presente quando rivalizavam entre si. E quando os anjos disseram: ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos. Perguntou: ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, diz: Seja! E é. (Cap. 3:42-47)

Jesus (que a paz esteja sobre ele) nasceu miraculosamente, pela mesma força que criou Adão (que a paz esteja com ele) , sem que ele tivesse um pai humano:
O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! E foi. (Cap. 3:59)

Durante sua missão profética, Jesus realizou milagres. O Alcorão nos fala que ele disse:
Apresento-vos um sinal do vosso Senhor: plasmarei de barro a figura de um pássaro, à qual darei vida e a figura será um pássaro, com o beneplácito de Deus, curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos com a anuência de Deus. (Cap. 3:49)

Nem Mohammad nem Jesus vieram para modificar a doutrina básica que Deus, o Único, fez chegar aos primeiros profetas, mas sim confirmá-la e renová-la. O Alcorão relata que Jesus disse:
(Eu vim) para confirmar-vos a Tora, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim com um sinal do vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me. (Cap. 3:50)
O Profeta Mohammad (que a paz esteja com ele) disse: "Aquele que acredita que não há outro Deus senão Allah, que não Lhe atribui parceiros, que Jesus é o servo e mensageiro de Deus, que Maria recebeu o sopro Divino e o espírito que emanou Dele, e que o Paraíso e o Inferno são verdadeiros, será recebido no céu por Deus". (Hadith relatado por Bukhari).
Fonte:www.sbmrj.org.br

Dúvidas e Erros no Mês do Ramadan

Bismillah!

O Mês de Ramadan está se aproximando. É tempo de preparação para todos os muçulmanos e muçulmanas.

1) Focar-se mais na comida a ponto de se preocupar mais em comer do que em jejuar. Isto também ocorre junto com o ato de se gastar grandes quantidades de dinheiro emIftars mesmo que a pessoa não necessite comer determinada quantia de alimento.

2) Fazer o Suhr muito tempo antes do Fajr. Algumas pessoas comem o Suhr poucas horas depois do Tarawih ou do Isha, isso é errado. Deve comer-se perto do horário da oração do Fajr.

3) As pessoas não fazem a niyyah (intenção) para jejuar no Ramadhan. Isto é algo que está dentro do coração e não precisa ser verbal. Além disso, ela só precisa ser feito uma vez, no início do Ramadhan, e não todos os dias.

4) Se você descobrir tarde demais que Ramadhan já começou, você deve parar de comer e jejuar neste dia, e em seguida, repor esse dia depois do fim do Ramadhan.

5) Muitas pessoas acham que o Tarawih não é rezado na primeira noite do Ramadhan. Eles acreditam que você deva rezá-la após o primeiro dia em que você realmente jejuou. Esquecem-se que o calendário islâmico é regido pela lua e o Maghrib marca o começo de um novo dia.

6) Muitas pessoas acreditam que comer ou beber por acidente quebra seu jejum. Isso é falso, se você fizer isso por acidente, então você deve continar em jejum e não necessita repor este dia em outra altura do ano.

7) Algumas pessoas são da opinião de que ao ver alguém comendo ou bebendo, não se deve lembrar a mesma que ele/ela está em jejum. De acordo com o Shaykh Bin Baz, isto é incorreto e é um comando de Allah que nos ordenemos o bem e proibamos o mal. Assim, podemos dizer a pessoa, pois, assim, estaremos proibindo o mal.

8) Muitas irmãs acreditam que não possam usar Hennah (Titura de Cabelo) durante o jejum. Isso é incorreto, elas estão autorizadas a usá-lo durante Ramadhan.

9) Algumas pessoas acreditam que quando você está cozinhando você não pode provar a comida para checar a quantidade de tempero está adequado. Isto é falso, e é permitido no Islã, desde que a pessoa que está cozinhando não coma a comida. Ao contrário, eles podem prová-la para ver se ela precisa de sal ou mais especiarias.

10) Muitas pessoas pensam que você não pode usar o Miswak ou uma escova de dentes durante o Ramadhan. Isto é incorreto, pois, o Profeta costumava usá-lo. Além disto, você pode usar o creme dental; o raciocínio feito pelos estudiosos é que o Miswak libera apenas um aroma na boca, assim, a pasta de dentes também é permitida (se você não comê-la).

11) Algumas pessoas fazem o Adhan do Fajr mais cedo. Eles fazem isso para que as pessoas possam parar de comer antes de Fajr e não invalidarem o jejum. Isto está errado e é algo que não devemos fazer.

12) Algumas pessoas fazem o Adhan do Maghrib mais tarde. Eles fazem isso para as pessoas possam começar a comer mais tarde, no caso de que o horário do Maghrib ainda não tenha entrado. Isso também é errado e não devemos fazer.

13) Muitas pessoas acreditam que você não pode manter relações sexuais com seu cônjuge durante todo o mês do Ramadhan. Isto é incorreto, você não pode fazer isso somente durante os momentos em que você está jejuando. Entre o Maghrib e o Fajr é permitido.

14) Muitas mulheres acreditam que se o período menstrual dela acabar e elas não fizeram o Ghusl, não podem jejuar naquele dia [considerando que seu período se encerrou à noite, e eles foram para a cama sem Ghusl, e ao acordar elas não tiveram a chance de fazê-lo]. Isto é incorreto, se uma mulher não fez Ghusl ela ainda pode jejuar.

15) Muitos homens acreditam que se ele teve relações sexuais com sua esposa e não fez Ghusl (similar ao anterior), então ele pode não jejuar na manhã seguinte. Isto também é incorreto, pois ele pode jejuar, mesmo se ele não tiver feito o Ghusl.

16) Algumas pessoas rezam orações do Dhur e Asr juntas durante o Ramadhan (principalmente em países árabes). Isto é incorreto e deve ser evitado.

17) Algumas pessoas acreditam que você não pode comer até que o Muadhin tenha feito oAdhan do Maghrib. Isto é incorreto, a partir do momento em que ele começar, uma pessoa pode quebrar seu o jejum.

18) Muitas pessoas não tiram proveito do ato de fazer D'ua antes da quebra do jejum. Esta é uma das três vezes em que Deus aceita o D’ua de uma pessoa sem barreiras.

19) Muitas pessoas cometem o erro de passar o final do Ramadhan se preparando para o'Eid, negligenciando assim o seu jejum. Isto é incorreto e tais pessoas se esquecem do real motivo em se jejuar neste mês.

20) Muitos pais não deixam seus filhos jejuarem durante o Ramadhan (crianças). Isto é algo que prejudica a criança. Ao permitir que ela jejue, a mesma irá crescer consciente da excelência deste ato.

21) Muitas pessoas pensam Ramadhan é apenas deixar de comer e falham ao controlar seus temperamentos e ao observar o que dizem. Na realidade, devemos controlar nossos temperamentos e bocas ainda mais durante o Ramadã.
22) As pessoas muitas vezes fazem mal uso de seu tempo durante o Ramadhan. Dorme durante o dia e não fazem mais nada além disto. Devemos aproveitar este mês abençoado por fazer Ibadat (adorações) extra.

23) Algumas pessoas não viajam durante Ramadhan. Eles acreditam que devem quebrar o jejum quando se viaja. Na verdade, isto é opcional, se você quiser quebrar seu jejum durante a viagem você pode [com tanto que reponha-o mais tarde], e se você não quiser pode continuar jejuando.

24) Muitas pessoas que estão aptas não fazem I'tikaf na mesquita (Retiro Espiritual). Devemos aproveitar a nossa boa saúde e gastar o máximo tempo possível no Masjid, especialmente nos últimos dez dias do Ramadhan.
25) Algumas pessoas acreditam que não pode cortar os cabelos ou unhas durante oRamadhan. Isto também é incorreto.

26) Algumas pessoas dizem que você não pode engolir a saliva durante o Ramadhan. Isto também é incorreto.

27) Algumas pessoas crêem que você não pode usar óleos perfumados ou perfumes durante o Ramadhan. Isto é incorreto.

28) Algumas pessoas acreditam que o sangramento quebra o jejum. Isto não é verdade.
29) Algumas pessoas acreditam que se você vomitar por acidente isto quebra o seu jejum. Isto não é verdade, a menos que você vomite intencionalmente.
30) Algumas pessoas pensam que você não pode colocar água em seu nariz e na boca durante o Wudhu no Ramadhan. Isto é incorreto.

Assalamu Aleikom war Ramatulahi wa Baraketuhu

Contribuição do Irmão Mohammad Ziad. Ramadan Mubaraka Inshallah.

terça-feira, julho 17, 2012

A Verdadeira Condição das Mulheres no Islam

O véu islâmico ou hijab se refere a vestimentas soltas, lisas e opacas que cobrem o corpo da muçulmana. Embora seja basicamente idêntico à vestimenta retratada nas representações cristãs tradicionais de Maria (que Deus a exalte e a seu filho), e a todas as freiras que procuram imitá-la desde então, o hijab é classificado como um sinal de extremismo e da condição supostamente inferior das muçulmanas. Aqueles que vêem as muçulmanas como pouco mais do que objetos sexuais ficam desanimados com o fenômeno de mulheres ocidentais educadas e profissionais ou, em qualquer caso, ‘livres’, se voltando para o Islã. A alegação de que as convertidas são fanáticas cegas por seus véus ou vítimas oprimidas a serem liberadas não é mais aceita. Entretanto, relatórios sensacionalistas e, em geral, politicamente motivados, de muçulmanas oprimidas em algumas sociedades retrógradas contemporâneas ainda reforçam o estereótipo.

O que se segue é um breve olhar na condição das mulheres no Islã comparando o papel do véu no Islam e no Cristianismo.

“A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.” (Alcorão 16:97)

No que faria parte de um ‘Novo Testamento’, Paulo tornou obrigatória a prática comum do véu para todas as mulheres:

‘Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse raspada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquiasse também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou raspar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 1 Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos.’ (1 Coríntios 11: 4-10)

Tertuliano (o primeiro homem a formular a Trindade), em seu ensaio, Sobre o Véu das Virgens, obrigou o seu uso mesmo em casa: ‘Jovens mulheres, se usam seus véus nas ruas, então devem usá-los na igreja; os usam quando estão entre estranhos, então devem usá-los entre seus irmãos.’

Então o Islã não inventou o véu, simplesmente o endossou. Entretanto, enquanto Paulo apresentou o véu como um sinal da autoridade do homem, o Islam esclarece que é simplesmente um sinal de fé, modéstia e castidade que serve para proteger a devota de assédio.

“Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que (quando saírem) se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas; ...” (Alcorão 33:59)

O orientalista do século 19, Sir Richard Burton, observou como:
‘As mulheres que se deliciam com restrições que visam sua honra, o aceitaram (o véu) espontaneamente e não desejam uma liberdade ou uma licença que consideram inconsistente com suas noções de decoro e delicadeza femininos. Elas pensariam muito mal de um marido que as permitissem se exporem, como cortesãs, ao olhar do público.

Na verdade, o véu islâmico é apenas uma faceta de sua condição nobre, que é em parte devida à tremenda responsabilidade que carregam. Colocando de forma simples, a mulher é a primeira professora na construção de uma sociedade virtuosa. É por isso que a obrigação individual mais importante de uma pessoa é demonstrar gratidão, gentileza e companheirismo com sua mãe. Uma vez perguntaram ao Profeta Muhammad, que Deus o exalte:

“Ó Mensageiro de Deus! Quem dentre a humanidade tem direito ao meu melhor companheirismo? ‘O Profeta respondeu: ‘Sua mãe.’ O homem perguntou: ‘E depois quem?’ O Profeta respondeu: ‘Sua mãe.’ O homem perguntou: ‘E depois quem?’ O Profeta repetiu: ‘Sua mãe.’ De novo, o homem perguntou: ‘E depois quem?’ O Profeta finalmente disse: ‘Então seu pai.’” (Sahih Al-Bukhari, Sahih Muslim)

Embora a mãe receba precedência sobre o pai em gentileza e bom tratamento, o Islã, como o Cristianismo, ensina que Deus designou o homem para ser o chefe natural da família.
“...porque elas tem direitos (sobre seus maridos) equivalentes (aos direitos de seus maridos) sobre elas, embora os homens tenham um grau sobre elas…” (Alcorão 2:228)

No Islã, a autoridade do homem é proporcional às suas responsabilidades socioeconômicas,
responsabilidade que refletem as diferenças psicológicas e fisiológicas com as quais Deus criou os sexos. …e o homem não é como a mulher...” (Alcorão 3:36).

O casamento é o meio através do qual ambos os sexos podem cumprir seus papéis diferentes mas mutuamente complementares e beneficiais.

1 O Islam ensina que Deus não é um homem, mas o Criador do homem (e da mulher); e Ele criou a ambos para um propósito nobre: “Não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem.” (Alcorão 51:56)

2 Por isso o homem muçulmano recebe uma porção maior do que a mulher na herança. Ele está legalmente obrigado a prover e manter todas as mulheres da família com sua fortuna pessoal enquanto a fortuna da mulher é somente para ela gastar, investir ou poupar, do jeito que quiser.

3 O Dr. Alexis Carrel, francês e que recebeu o Prêmio Nobel, reforça esse ponto quando escreve: “As diferenças existentes entre o homem e a mulher não vêm da forma particular dos órgãos sexuais, da presença do útero, da gestação ou da forma de educação. Elas são de uma impregnação mais fundamental de todo o organismo... A ignorância desses fatos fundamentais tem levado promotores do feminismo a acreditar que ambos os sexos devem ter os mesmos poderes e as mesmas responsabilidades. Na realidade, a mulher difere profundamente do homem. Todas as células do corpo dela carregam a identificação de seu sexo. O mesmo é verdadeiro para seus órgãos e, acima de tudo, seu sistema nervoso. Leis fisiológicas...não podem ser substituídas pelos desejos humanos. Somos obrigados a aceitá-las como são. As mulheres devem desenvolver suas aptidões de acordo com sua própria natureza, sem tentar imitar os homens.’ (Carrel, Man and the Unknown (O Homem e o Desconhecido, em tradução livre), 1949:91).

* “Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.” (Alcorão 30:21)

‘O apelo do Islã, onde quer que ele tenha triunfado, tem sido sua simplicidade. Requer submissão a algumas normas básicas e diretas que são facilmente mantidas e em contrapartida oferece a mais maravilhosa e rara comodidade e paz de espírito... sua disciplina, segurança e certezas têm um apelo para as meninas perdidas envolvidas nos mares da permissividade, cujas próprias famílias foram enfraquecidas pela desagregação familiar, ausência dos pais e a instabilidade dos maridos, se existirem maridos para começar, ao invés de namorados e “pais temporários”. E na maioria das sociedades as mulheres é que mantêm as religiões nos lares e entre as crianças.’ (Peter Hitchens, Will Britain Convert to Islam? (A Grã-Bretanha Se Converterá ao Islã?, em tradução livre) no jornal “Mail”, domingo, 11/02/2003) - “...porque elas (suas esposas) são vossas vestimentas e vós o sois delas.” (Alcorão 2:187).

O sexo em si não é tabu no Islã. Ao contrário, relações sexuais lícitas são consideradas atos de caridade! A renomada erudita e ex-freira, Karen Armstrong, escreve:

Muhammad certamente não pensava que as mulheres eram sexualmente repulsivas. Quando sua esposa estava menstruada ele costumava fazer questão de reclinar em seu colo e pegar seu tapete de orações da mão dela dizendo, para o benefício de seus discípulos: “Sua menstruação não está na sua mão.” Ele bebia da mesma xícara, dizendo: “Sua menstruação não está em seus lábios...” As duras punições sexuais enfrentadas pelos criminosos sexuais em alguns países islâmicos é porque a sexualidade é valorizada e o ideal foi corrompido, e não, como no passado no ocidente, porque a sexualidade é repugnante.’ (The Gospel Acording to Woman (O Evangelho de Acordo com a Mulher, em tradução livre, 1986:2).

A justificativa tradicional da Igreja para a autoridade do homem é herdada do Judaísmo: o mal inerente da mulher! De acordo com a Bíblia, Satanás seduziu Eva a desobedecer Deus comendo da árvore proibida e Eva, por sua vez, seduziu Adão a comer com ela. Quando Deus repreendeu Adão por sua desobediência, Adão culpou Eva, e assim Deus a condenou:

“Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.” (Gênesis 3:16).

Foi essa imagem de Eva como uma sedutora enganadora que deixou um legado negativo para as mulheres através do Judaísmo e da Cristandade. O próprio Paulo, que foi um judeu veementemente anticristão, escreveu na Bíblia: ‘A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos.’ (I Tim. 2:11-5).

A concepção islâmica da mulher é radicalmente diferente. O Alcorão esclarece que Satanás foi o único enganador na história do Jardim, enquanto Adão e Eva receberam culpa igual por sua desobediência. Não existe a menor insinuação de que Eva foi a primeira a comer do fruto proibido ou de que ela tentou Adão a fazê-lo. Adão e Eva pecaram, pediram a Deus Seu Perdão, e Ele imediatamente o concedeu:

"Disseram: ‘Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados!’” (Alcorão 7:23)

Linguisticamente os termos corânicos para ‘útero’ e ‘misericórdia’ são sinônimos. Isso ocorre porque, ao invés de punição de Deus, o parto no Islã é visto como uma de Suas incontáveis bênçãos. Além disso, a noção de que Deus condena o inocente é muito blasfema! E, enquanto o Cristianismo sustenta que todo recém-nascido é um pecador – fruto da punição de sua mãe, o Islã ensina que todas as crianças nascem inocentes e sem pecados com base na fitra: uma disposição natural virtuosa e monoteísta. Conseqüentemente, se diz que quem abraça o Islã reverte à sua religião natural. Somente a educação imoral da criança a converte em um pecador rebelde.

“Quem cometer uma iniqüidade, será pago na mesma moeda; por outra, aqueles que praticarem o bem, sendo crentes, homens ou mulheres, entrarão no Paraíso, onde serão agraciados imensuravelmente.” (Alcorão 40:40).

As palavras de Paulo, anteriormente, também mostram como o pecado de Eva foi usado para justificar a limitação das aspirações educacionais das mulheres. No Islã, entretanto, as mulheres são iguais aos homens na busca de conhecimento. O Profeta disse:

“A busca do conhecimento é compulsório para todo muçulmano (homem ou mulher).” (Ibn Maja)
Além disso, a posição mais honrada que alguém pode alcançar na sociedade muçulmana é a de erudito (o Islã não tem classe sacerdotal). A esposa do Profeta, Aisha, de quem Companheiros importantes adquiriram conhecimento, é um exemplo de mulher instruída que continua a ter grande influência na sociedade islâmica. Como foram as várias professoras do celebrado sábio, guerreiro e mestre de ciências islâmicas, Ibn Taymiyya (falecido em 1328).
“...Poderão, acaso, equiparar-se os sábios com os insipientes? Só os sensatos recordarão.” (Alcorão 39:9)

4 Os fundadores da Igreja, homens que formularam a crença cristã e canonizaram a Bíblia, apoiaram essa opinião: ‘Não sabem que cada uma de vocês é uma Eva?’ A frase de Deus sobre esse seu sexo reside nessa época: a culpa também. Vocês são os portões do Demônio: são a abertura da árvore proibida: são os primeiros desertores da lei divina: são as que persuadiram aquele que o demônio não era corajoso o suficiente para atacar. Destruíram facilmente a imagem de Deus, o homem. (Tertuliano)
“A mulher é a filha da falsidade, uma sentinela do Inferno, o inimigo da paz; através dela Adão perdeu o paraíso.” São João Damasceno).

‘Deus criou Adão Senhor de todas as criaturas vivas, mas Eva destruiu tudo. As mulheres devem permanecer em casa, cuidar da casa e ter filhos. E se elas se cansarem ou até mesmo morrerem (devido ao parto) não importa. Deixe-as morrer no parto, porque é para isso que estão lá.’ (Martim Lutero).

Muitas das práticas culturais pré-islâmicas ressurgentes que têm tragicamente sido associadas ao Islã, como casamentos forçados, mutilação genital feminina, dotes pagos pela noiva (ao invés de pagos pelo noivo), crimes de honra e a criminalização das vítimas de estupro, somente ressurgiram após a ruptura, causada pelo colonialismo, entre os muçulmanos comuns e suas fontes de conhecimento. Os eruditos do Islã, homens e mulheres, são sempre as primeiras vítimas de qualquer expurgo imperialista. Todavia, à luz do Alcorão e da Sunnah, o véu da desinformação cobrindo a verdadeira condição das mulheres no Islã é facilmente removido. Além disso, o Islã continua a se expandir mais rapidamente do que qualquer outro estilo de vida entre as mulheres, contando com 75% de todas as revertidas européias e americanas - o que é irônico, dado o amplo preconceito ocidental de que o ‘Islã oprime as mulheres!

Ocidentais em desespero com suas próprias sociedades - crimes em alta, desagregação familiar, drogas e alcoolismo passou a admirar a disciplina e segurança do Islã. Muitos convertidos são ex-cristãos, desiludidos pela incerteza da igreja e infelizes com o conceito da Trindade e da divinização de Jesus.’ (Lucy Berrington, “Why British women are turning to Islam”.

(“Por que as mulheres britânicas estão se voltando para o Islã”, Times, 11/09/1993); Essas mulheres reconheceram a mesma verdade que levou o cristão Negus da Abissínia a abraçar o Islã depois de um discurso no qual os Companheiros o informaram: ‘O Mensageiro de Deus nos proibiu de caluniar as mulheres.’ (Ibn Hisham).

“Em verdade, aqueles que difamarem as mulheres castas, inocentes e crentes, serão malditos, neste mundo e no outro, e sofrerão um severo castigo.” (Alcorão 24:23).

Hoje em dia, muitas freiras e devotas das igrejas ortodoxa, católica, oriental e africana continuam a usar o véu cristão. A muçulmana também usa o seu hijab, declarando sua fé em humildade e servidão perante Deus. Apenas aqueles que têm uma sanção divina – seus familiares imediatos e outras mulheres crentes – podem ver sua beleza. De fato, ela está dizendo: ‘Julguem-me por minha fé, não pelo meu corpo – eu não dou outra escolha.’ Quando implementado fielmente, como foi pelos primeiros adeptos, o Islã oferece às mulheres a liberdade, dignidade, justiça e proteção que por muito tempo permaneceram fora de seu alcance. A humanidade herdou do Profeta uma grande tradição islâmica quando ele disse:

‘O melhor dentre vós (homens) são aqueles que tratam melhor vossas mulheres.’

Enquanto as mulheres cristãs herdaram uma tradição de misoginia do rabinismo judaico e do pensamento grego. Foi a reação da mulher ocidental a essa condição pobre proporcionada a ela e à sua exploração que levou ao surgimento do movimento feminista.

“Os crentes e as crentes são protetores uns dos outros; recomendam o bem, proíbem o ilícito, praticam a oração, pagam o zakat, e obedecem a Deus e ao Seu Mensageiro. Deus Se compadecerá deles, porque Deus é Poderoso, Prudentíssimo.” (Alcorão 9:71).

O Islam concedeu às mulheres direitos contratuais, conjugais, à herança, a iniciar o divórcio, ter e controlar de forma independente fortuna e propriedades, estabelecer e administrar negócios, receber pagamento igual, reter seu nome de solteira, etc., 1433 anos atrás, enquanto o ocidente democrático concedeu direitos semelhantes somente nos últimos 50 anos do século 20! De fato, exceto pelo aborto, muito pelo qual as feministas continuam a lutar já tinha sido sancionado pelo Islam. Sem mencionar que a emancipação ao estilo ocidental – essencialmente as mulheres copiarem os homens – não somente impôs exigências impossíveis sobre o sexo mais fraco, mas também deixou as qualidades femininas sem qualquer valor intrínseco. Quanto às muçulmanas com véu que celebram suas qualidades femininas, são um reflexo de castidade, humildade e dignidade, um espelho de sua devoção e crença em Deus – fatores que liberam, não subjugam – e pelos quais elas esperam uma grande recompensa.

“Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos crentes e às crentes, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa.” (Alcorão 33:35).

quinta-feira, julho 12, 2012

O Que devemos saber Sobre o Jejum

Bismi Lahi Arahmani Rahim,

Queridos irmãos e caríssimos leitores, nós já tratamos desse assunto em nosso blogger, mas, pela importância do assunto acho sensato colocá-lo em evidência. 

Allahumma barik laná fi Rajab wa Sha’ban Wa ballighna Ramadan - Ó ALLAH ! , faça os meses de Rajab e de Sha’ban abençoados para nós. E faça-nos alcançar o Ramadan (i.e. prolongue a nossa vida até ao Ramadan, de modo que possamos obter as bênçãos e os méritos do mês.

“Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Allah. Jejuareis determinados dias; porém, quem de vós não cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará, depois, o mesmo número de dias. Mas quem, só à custa de muito sacrifício, consegue cumpri-lo (o jejum), vier a quebrá-lo, redimir-se-á, alimentando um necessitado; porém, quem se empenhar em fazer além do que for obrigatório, será melhor. Mas, se jejuardes, será preferível para vós, se quereis sabê-lo.” (Al-Bácara:183-4)

Introdução


Definição de Siyam (Jejum)
Em termos gerais, as-Siyam(Jejum) significa ‘abster-se de algo.’ A definição Islâmica de Siyam é a abstenção de comer, beber, e de relações sexuais [com parceiro legal] da alvorada até ao por do sol com a exclusiva intenção de agradar a Allah e seguindo a tradição do Profeta Muhammad (salla Allahu aleyhi wa sallam).

Quais São as Virtudes de Jejum: Abu Huraira relatou que o Apóstolo de Allah (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “Allah afirmou: ‘Todas as obras feitas por filho de Adão são para ele próprio com a exceção de jejum, porque a mesma é feita para Mim exclusivamente.’

O Jejum é uma Proteção. Se um indivíduo estiver a jejuar, ele não deve usar má linguagem, levantar a sua voz, ou comportar-se estupidamente. Se alguém brigar ou lutar com ele, ele deve dizer simplesmente “estou a jejuar.” Repetir isto duas vezes. Juro em nome de Quem detém a alma do Muhammad(sws), o halito do indivíduo que está a jejuar é melhor para Allah no Dia do Juízo Final do que o cheiro do mesk(o melhor perfume). O indivíduo que está a jejuar contentar-se-ia em duas ocasiões: ele fica feliz quando quebra o seu jejum e quando se encontrar com o seu Senhor ficará ainda mais feliz por haver jejuado. Relatado por Ahmad, Muslim, e Nasa’i.

‘Abdullah ibn Amr relatou que o Apóstolo de Allah (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “O Jejum e o Al-Qur’an são intercessores. O jejum dirá: ‘O Senhor, eu impedi-lhe de tomar a sua refeição e realizar os seus desejos durante o dia. Aceita a minha intercessão a seu favor.’ O Al-Qur’an dirá: impedi-lhe de dormir às noites. Aceita a minha intercessão a seu favor. E as intercessões serão então aceites.” Relatado por Ahmad

Abu Sa’id al-Khudri relatou que o Apóstolo de Allah (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “Nenhum servo de Allah jejua durante um dia no caminho de Allah sem que Allah afaste o seu rosto do inferno a uma distância de setenta anos.” Todos os livros de sunan narraram (al-Bukhari, Muslim, Ibn Majah, at-Tirmidhi, an-Nasa’i) este hádiss com a exceção do Abu Daud.

Sahl ibn Sa’d relatou que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “Há uma porta no Paraíso que se chama Rayan. No Dia de Juízo Final esta porta dirá: ‘Onde estão aqueles que jejuavam para que entrem? Depois da última pessoa entrar, a mesma fechar-se-á.” Relatado por al-Bukhari e Muslim

Os Tipos de Jejum: Há dois tipos de Jejum: Obrigatório e Voluntário

De acordo com Al-Qur’an e a Sunnah, o Jejum do mês de Ramadãn é obrigatório.

A evidência encontra-se nos seguintes versículos de Al-Qur’an:

“ Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Allah.” (Al-Bácara: 183)

“O mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e evidência de orientação e Discernimento. Por conseguinte, quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém, quem se achar enfermo ou em viagem jejuará, depois, o mesmo número de dias. Allah vos deseja a comodidade e não a dificuldade, mas cumpri o número (de dias), e glorificai a Allah por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais.” (Al-Bácara: 185)

Toda a comunidade Muçulmana concorda sobre o fato de que o jejum de Ramadãn é obrigatório. Ele é um dos pilares de Islam, e se alguém disputa acerca disto, ele não pode ser considerado Muçulmano.

As Virtudes de Ramadan e as Obras Feitas Durante Este Mês

Abu Huraira (raa) relatou que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) dizia nas vésperas de Ramadan: “ Chegou-vos o mês sagrado. Allah tornou obrigatório o jejum para vós durante este mês. Durante este mês, as portas de Paraíso estão abertas e as do inferno fechadas, e os demônios estão acorrentados (encarcerados). [Durante este mês] há uma noite que é melhor do que mil meses. Aquele que não beneficiar do seu bem estará de fato desprovido [de algo maior]. Narrado por Ahmad

Abu Huraira (raa) narrou que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “Quem jejuar o mês de Ramadan, com a fé e procurando apenas o prazer e a recompensa de Allah terá todos os seus pecados passados perdoados.” Ahmad

As Conseqüências de Quebrar o Jejum de Ramadan

Abu Huraira relatou que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse “Quem quebrar o seu jejum durante o mês de Ramadan sem portanto ter uma razão válida de entre aquelas estabelecidas por Allah, mesmo que jejuasse perpetuamente, não iria compensar o dia em que quebrou o seu jejum.” Abu Daud, Ibn majah, At-Tirmidhi

A Chegada de Ramadan

Este acontecimento tem lugar mediante a observação de uma nova lua, ainda que a mesma tivesse sido vista por uma pessoa justa apenas.

Ibn Umar disse: “as pessoas estavam a procura de uma nova lua e quando eu disse ao Profeta(swa) que a tinha observada, ele começou a jejuar e ordenou as pessoas a assim proceder.”

Abu Huraira relatou que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) instruiu o seguinte: “Observam o jejum quando verem-na ( nova crescente da lua) e concluam o jejum [no fim do mês] quando observarem-na. Se estiver escondida de vos, aguardem até quando passar os trinta dias do mês de Sha’aban.” Relatado por al-Bukhari e Muslim

Locais Diferentes

De acordo com a opinião da maior parte dos conhecedores, não importa se a nova lua for vista num local diferente. Por outras palavras, depois de se observar a nova lua num dado local, torna-se obrigatório a Muçulmanos [residentes onde esta nova lua foi vista] para que comecem a jejuar, na medida em que o Profeta (sws)afirmou: “ Jejuam quando observarem-na e quebram-na quando observarem-na.”

Componentes Fundamentais do Jejum

Eis os pilares fundamentais de jejum que devem ser observados para que o mesmo seja válido e aceite.

Abster-se dos atos que quebram o jejum: isto porque Allah afirmou: “Comei e bebei até à alvorada, quando podereis distinguir o fio branco do fio negro. Retornai, então ao, jejum, até ao anoitecer, e não vos acerqueis delas enquanto estiverdes retraídos nas mesquitas.”

O Profeta (sws) esclareceu ao companheiro que o significado ‘fio branco do fio negro “ trata-se da escuridão da noite e da clareza do dia.”

Intenção: Allah o exaltado asseverou o seguinte: “Não foram ordenados senão que adorassem a Allah somente, tornando a religião sinceramente para Ele.” O Profeta(sws) também afirmou: “as obras são avaliadas de acordo com as intenções por detrás delas e cada qual será recompensado segundo o que tencionou fazer.”

Desta feita, a intenção de jejuar deve ser feita na noite precedente de cada dia de jejum ou no mínimo antes da oração de fajr. A intenção não deve ser falada (em voz alta) mas reside no coração. Basta um individuo lembrar [quando estiver a tomar a refeição de suhoor antes da entrada da hora de fajr] que vai jejuar em obediência à ordem de Allah o exaltado e para conquistar o Seu prazer, seguindo a tradição do Profeta Muhammad(sws), dai a intenção terá sido formulada.

Quem deve jejuar:

Jejum é obrigatório a todo Muçulmano são, adulto e saudável que não esteja em viajem durante este mês. Quanto a mulher, ela não pode estar a menstruar ou a atravessar o período de derrame de sangue pós-parto.

O jejum de uma criança (adolescente): Embora as crianças não sejam obrigadas a jejuar, é aconselhável aos seus encarregados incentivá-las a jejuar para que comecem a familiarizar-se do jejum em tenra idade.

Ar-Rabi’a Bint Mu’awiyyah relatou o seguinte: “O Apóstolo de Allah (sws) enviou um homem, na manhã do dia de Ashurah [durante o qual se recomenda observar o jejum] às casas dos Ansar, dizendo: ‘Quem jejuou de manhã deve continuá-lo. Quem não jejuou esta manhã deve passar a tarde a jejuar. Depois deste anúncio, jejuamos, e fizemos com que as nossas crianças também jejuassem. Íamos a mesquita e fazíamos brinquedos de algodão para que elas brincassem com os mesmos. Se uma das crianças começasse a chorar por causa da fome, dar-la-iamos os brinquedos para brincar até que chegasse a hora de comer.” Relatado por al-Bukhari e Muslim

Aqueles que estão permitidos a quebrar o jejum, mas que devem pagar a “expiação” por não jejuar: Pessoas idosas, pessoas com doenças crônicas; mulheres grávidas e as que estão a amamentar, caso recearem conseqüências adversas para elas ou os seus bebês, elas estão permitidas de quebrar o jejum e pagar a “expiação” que consiste em alimentar um podre Muçulmano por cada dia que não jejuam. Mas elas não serão obrigadas a refazer os dias que não jejuaram.

Abu Daud relatou que Ibn Abbas teceu o seguinte comentário relativamente ao versículo: “Mas quem, só à custa de muito sacrifício, consegue cumpri-lo (o jejum), vier a quebrá-lo, redimir-se-á, alimentando um necessitado...”: Isto é uma concessão para os pessoas idosas na medida em que elas podem jejuar. Neste caso, elas estão permitidas de quebrar o jejum e alimentar um necessitado por dia. As mulheres grávidas ou as que estão a amamentar, também podem fazê-lo se recearem conseqüências adversas paras os seus filhos.”

Refazer os Dias de Jejum em Falta

Aqueles que devem refazer só dias de jejum em falta:

(1) Doentes e viajantes: É permitido a todos que estão doentes (mas não os que têm doenças crônicas) e aos viajantes que quebrem o seu jejum durante o mês de Ramadan, mas deverão refazer os dias de jejum em falta. Allah afirma: “quem de vós não cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará, depois, o mesmo número de dias”

É importante sublinhar que o tipo de viajem em que é permissível quebrar o jejum é semelhante à viajem durante a qual é permissível a um indivíduo de encurtar as suas orações. Ademais, o viajante só quebra o seu jejum quando iniciar ou no meio da sua viajem, como o fazia o Profeta(sws). Da mesma forma, um doente pode quebrar o seu jejum, quando avaliar que se continuar a jejuar, a doença só irá agravar-se ou a sua cura será prolongada. Um indivíduo saudável mas com muita fome e sede pode quebrar o seu jejum quando achar que o mesmo poderá acarretar a sua morte. Ele deverá jejuar os dias em falta.

(2) Mulheres em menstruação e as que passam pela condição de derrame de sangue pós-parto: Os conhecedores concordaram unanimemente que é obrigatório à mulheres em menstruação e as que estão na condição de derrame de sangue pós-parto para que quebrem o seu jejum e que refaçam os dias em falta mais tardar. Al-Bukhari e Muslim relataram que Aisha disse: “Sempre que tivéssemos os nossos ciclos menstruais na era do Profeta (sws), éramos ordenadas a refazer os dias de jejum em falta mas não éramos ordenadas de refazer as orações em falta.”

Como Jejuar

1- Tomar a refeição de suhoor, lanche antes da entrada da hora de oração de fajr: O Profeta(sws) disse acerca desta refeição: “Tomei a refeição de sohur antes da entrada da hora de oração de fajr porque nela reside muitas bênçãos (graças).” Relatado por Al-Bukhari e Muslim

a) Como deve-se fazer o sunnah da refeição de sohoor antes de fajr: Basta comer ou mesmo beber um copo de água para seguir-se o sunnah de sohoor. Abu Sa’id al-Khudri relatou que o Apóstolo de Allah(salla Allahu alayhi wa sallam) disse: “A refeição de sohoor antes de fajr é abençoada, dai não devem negligenciá-la mesmo que tomassem apenas um copo de água. Na verdade, Allah e os anjos fazem preces para aqueles que tomam a refeição antes de fajr.” Relatado por Ahmad

b) O tempo de refeição de sohoor antes de fajr: Esta refeição é tomada entre o meio da noite e a alvorada. É melhor retardá-la (isto é quanto mais próxima da alvorada melhor). Zaib Ibn Thabit (raa) relatou que “Tomamos a refeição de sohoor antes de fajr com o Apóstolo de Allah (salla Allahu alayhi wa sallam) e posto isto fomos orar. Ele foi questionado: Quanto tempo fizeram entre essas duas ações:?’ Ele respondeu: [o tempo que levaria para recitar] cinqüenta versículos [10-15 minutos dependendo da forma de leitura]. Al-Bukhari e Muslim

c) Dúvidas acerca do entrada do tempo da oração de fajr: Se um indivíduo tem dúvidas sobre a entrada da hora de fajr, ele pode continuar a comer e beber até quando tiver a certeza de que o tempo de fajr chegou. Ele pode basear sua obra em suspeita ou dúvida. Allah o exaltado esclareceu esta questão : comei e bebei até que distinguem o fio negro do fio branco da alvorada.

Um homem disse ao ibn Abbas “Eu como até quando suspeitar que o tempo de comer acabou e assim paro.” Ibn Abbas (raa) comentou: “continua a comer até quando tiver a certeza do do tempo [de entrada de tempo de fajr].”

2) Precipitar-se em quebrar o jejum: O Profeta (sws) alegou o seguinte: as pessoas continuaram a fazer o bem se precipitarem de quebrar o jejum.” Al-Bukhari e Muslim.Anas relatou que o Profeta (sws) quebrava o seu jejum com as támaras frescas antes da oração. Se as mesmas não tivessem disponível, comia tâmaras secas. Se as mesmas não tivessem disponíveis, bebia água.” Relatado por Abu Daud,At-Tirmizi. Sulaiman Ibn Amr relatou que o Profeta(salla Allahu aleyhi wa sallam) afirmou: “Se um de vós jejuar, ele deverá quebrar o seu jejum com tâmaras; se as tâmaras não estiverem disponíveis, então que o faça com água porque a mesma é purificante.” Hádiss narrado por Ahmad e at-Tirmizi.

3) Súplicas feitas ao quebrar o jejum e enquanto estiver a jejuar: Abdullah Ibn Amr (raa) relatou que o Profeta(sws) disse: “Um indivíduo em jejum, ao quebrar o seu jejum, fará uma súplica que não será rejeitada.” Sempre que Abdullah quebrava o seu jejum dizia: “Ó Allah, suplico-Te pela Tua Misericórdia que engendra toda as coisas, para que me perdoa.” Está confirmado que o Profeta dizia ao quebrar o seu jejum: a sede desapareceu, as glândulas estão molhadas e se for vontade de Allah, a recompensa está confirmada.

4) Abster-se de fazer as obras que não beneficiam o indivíduo em jejum: O jejum é um ação de odorarão/ veneração que aproxima um individuo junto de Allah. Allah ordenou-o com o intuito de purificar a alma e habituá-la a fazer obras virtuosas. O indivíduo em jejum deve tomar toda precaução para que não caia em obras que farão com que ele perca os benefícios do seu jejum. Assim sendo, o seu jejum fortalecerá a sua tomada de consciência sobre e temor a Allah como Allah afirma: “Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Allah”. O Profeta( sws) disse: O jejum não consiste somente em abster-se de comer e beber, mas também do discurso fútil e de uso de má linguagem. Se um de vós for insultado ou incomodado, ele deverá responder: “Estou jejuando, estou jejuando.” Relatado por Ibn Khuzaimah, Ibn Hibban e al-Hakim.

5) Utilizar a escova de dente: É aconselhável ao indivíduo em jejum que utilize uma escova ou (siwak) para limpar os dentes. Ele tanto pode usá-lo no inicio como no fim do dia.

6) Ser generoso e estudar o Al-Qur’an: Ibn Abbas (raa) narrou que o Profeta (sws)era a pessoa mais generosa de todas e durante o mês de Ramadan, ele era ainda muito mais generoso quando se encontrava com o anjo Gabriel. Ele reunia-se com o anjo todas as noites para recitar o Al-Qur’an. Sempre que Gabriel encontrava-se com ele, ele era mais generoso do que a ventania mais rápida.” Al-Bukhari. Porque é que se aconselha ao estudo do Al-Qur’an e ao incremento de atos de generosidade sobretudo nos dias de Ramadan.

7) Empenhar-se para realizar um maior número de obras possível nos últimos dez dias de Ramadan: Al-Bukhari e Muslim reportaram a partir de Aisha que durante os dez últimos dias de Ramadan, o apóstolo de Allah (sws) acordava as suas esposas nas noites e depois se ocupavam em atos de oração.” Na versão do Muslim, “Ele empenhava-se de tal maneira em fazer muito mais obras de adoração do que em qualquer outra altura.” At-Tirmizi e Muslim

Atos Permissíveis Durante o Jejum

Deitar água sobre o corpo do próprio indivíduo e introduzir o corpo todo na água: Abu Bakr Ibn Abdur-Rahman (raa) relatou a partir de uma série de companheiros que todos eles haviam visto o Apóstolo de Allah (sws) deitar água sobre a sua cabeça enquanto em jejum devido a sede ou muito calor. Narrado por Ahmad, Malik e Abu Daud. Encontra-se narrado no al-Bukhari e Muslim que Aisha relatou que o Profeta(sallu Allahu aleyhi wa sallam) acordaria de manhã em estado de jejum e iria depois efetuar ghusul (banho completo).

Aplicar/ usar Kohl ou gotas ou ainda qualquer outra coisa para as vistas: Todos esses atos são permissíveis.

Beijar alguém para quem tem a habilidade de controlar-se: Encontra-se confirmada que Aisha disse: “O Profeta(sws) beijava e abraçava enquanto observava o jejum, por que ele tinha o melhor controle de todos vós. Umar disse: “estava excitado um dia e beijei a minha [esposa] enquanto jejuava. Fui ao Profeta (sallay Allahu aleyhi wa sallam) e disse: “Hoje cometi uma coisa terrível- beijei enquanto em jejum. “ O Profeta (sws) perguntou: “O que pensa sobre limpar com a água enquanto se está em jejum?” Respondi. Nada de mal há nisto. O Profeta (sws) disse: “Então, onde é que há problemas?

Receber a injeção: A injeção recebida com o intuito de alimentar o corpo é proibido mas quando é para fins médicos é permissível, embora os conhecedores aconselham para recebê-la depois de quebrar o jejum. Em caso de necessidade, a pessoa pode quebrar o jejum.

O Tratamento tradicional que consiste em retirar o sangue do corpo: O Profeta(salla Allahu aleyhi wa sallam) fez este tratamento enquanto em jejum. Contudo, é detestável fazê-lo na medida em que o mesmo pode enfraquecer o corpo. O mesmo acontece com a doação de sangue. É melhor fazê-lo depois de quebrar o jejum, uma vez que a pessoa pode comer logo que a extração ou transfusão de sangue foi realizada.

Limpar a boca e o nariz: Regra geral, esses atos são permissíveis, mas o seu exagero é desaconselhável. O Profeta(salla Allahu alyhi wa sallam) disse o seguinte no hádiss narrado por Laqit Ibn Sabra: “Exagerem o ato de lavagem dos vossos narizes exceto quando estiverem a jejuar.” Relatado por Nassai, Abu daud, at-Tirmizi, e Ibn Majah.

É permissível provar a comida:

Provar a comida quando a pessoa está cozinhando é permissível desde que a pessoa não engula.

O indivíduo em jejum pode comer, beber e ter relações sexuais até a entrada de tempo de oração de fajr: Se alguém tiver comida na sua mão ou na boca logo que o fajr começar ou ao ouvir o azan –convocação à oração- ele não deve comer mais nada. Da mesma forma, se estiver a ter relações sexuais, ele deve parar logo que ouvir o azan.

Ações que Invalidam/ Nulificam o Jejum

As ações que nulificam o jejum dividem-se em dois grupos: (a) aquelas que nulificam o jejum e requerem que o dia em que o jejum ficou nulificado seja repetido, e (b) aquelas que nulificar o jejum, e que para além de requere a sua repetição, exige também uma expiação.

A categoria (a) faze-se da forma como segue:

Comer ou beber intencionalmente: Se alguém come ou bebe por esquecimento, erro, ou por coerção, não deve repetir este dia mais tarde tão pouco fazer a expiação. Abu Huraira relatou que o Profeta disse: “Quem por esquecimento comer e beber ele está a jejuar, uma vez que foi Allah Quem alimentou-lhe ou deu-lhe algo de beber.” Ele disse mais: “Quem quebrar o seu jejum durante o mês de Ramadan por esquecimento não tem que refazê-lo mais tarde tão pouco pagar a expiação.” Hádiss relatado por Abu Hanifa.

Ibn Abbas relatou que o Profeta(sws) disse: Allah não pedirá contas a esta nação por tudo quanto for feito por engano/erro, esquecimento ou sob coerção.” Relatado no Ibn Majah, at-Tabarani, e al-Hakim.

Vomitar deliberadamente: Se alguém vomitar involuntariamente, ele não tem que repetir o jejum mais tarde tão pouco pagar a expiação. Abu Huraira narrou que o Profeta (salla Allahu alyhi wa sallam) afirmou: “Quem sentir-se dominado e forçado a vomitar, não tem que repetir o dia.” Pelo contrário, quem vomitar deliberadamente deve repetir o dia. Relatado por Ahmad, Abu Daud, at-Tirmizi, Ibn Majah etc.

A menstruação e o derrame de sangue pos-parto: Mesmo se o sangue aparecer próximo de por de sol, o jejum deste dia torna-se inválido e o mesmo deve ser repetido. Este é o consenso dos conhecedores a respeito desta questão.

Ejaculação de esperma: A ejaculação nulifica o jejum mesmo que tivesse originado do beijo, abraço ou masturbação (a mesma é proibida), e o mesmo deve ser repetido. Se a ejaculação aconteceu por olhar ou pensar muito sobre algo, neste caso, o jejum fica inválido e o indivíduo deve arrepender-se e refazer o jejum um outro dia.

Se alguém tiver a intenção de quebrar o seu jejum enquanto jejuando, ele terá quebrado o seu jejum mesmo que não tenha comido ou bebido nada: Isto porque a intenção é um dos pilares de jejum, e conseqüentemente, se alguém muda a sua intenção, ele terá nulificado o seu jejum. Todavia, se a pessoa tiver a determinação de quebrar o jejum e ao chegar na cozinha ou na geladeira não encontra a comida, neste caso o jejum está quebrado, e ele deve arrepender-se e refazer o jejum num outro dia.. Quando a pessoa tenciona quebrar o jejum e ao chegar na cozinha ou geladeira, ele muda de Ideia e reconhece o fato de estar sob olhar atento de Allah e não quebrou o jejum, então o seu jejum está válido.

Como Repetir os Dias de Jejum em Falta

Allah o exaltado afirma: “quem de vós não cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará, depois, o mesmo número de dias...”

Jejuar o mesmo número de dias em falta não tem que acontecer logo a seguir do Ramadan uma vez que o tempo para refazê-lo é extremamente amplo e um indivíduo pode repeti-lo em qualquer altura. Ibn Umar relatou que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “se quiser podes repeti-los em dias não consecutivos e se quiser em dias consecutivos.” Relatado por ad-daraqutni

Quem morrer e ainda tem alguns dias por refazer: Todos os conhecedores são unânimes em afirmar que quem morrer e tiver deixado alguns dias de jejum por repetir ou algumas orações obrigatórias, os seus encarregados ou herdeiros poderão refazê-los para ele. Mas os mesmos não são obrigados a fazê-lo.

Ahmed, al-Bukhari e Muslim recordaram de Aisha que o Profeta(salla Allahu wa alayhi wa sallam) disse: “Se alguém morrer e tiver alguns dias de jejum para jejuar, neste caso o seu encarregado deverá jejuar no seu lugar.”

A Noite de Qadr (Noite de Decreto - Noite Abençoada)

As suas virtudes: A noite de qadr é a noite mais virtuosa do ano, dada a asserção de Allah o exaltado: Revelamo-lo(o Alcorão Sagrado) na noite de poder [isto é qadr]. ...

É preferível procurar esta noite: É preferível procurar esta noite durante os dez últimas noites de Ramadão, como o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) envidava esforços no sentido de procurar esta noite durante essas dez últimas noites.

Que noite é esta? Os conhecedores tem opiniões variadas sobre o assunto. Uns dizem que esta noite deve ser procurada nos dias impares; outros afirmam que a mesma aparece na 23ª noite, outros na 25ª noite, outros ainda na 27ª noite. Mas a verdade é que Allah escondeu esta noite para que os crentes envidem os esforços no sentido de obter mais recompensa nos últimos dias dias de Ramadan e para que esses esforços não fossem dirigidos apenas para uma dada noite. Allah é sabe melhor.

Orar e fazer súplicas durante esta noite: al-Bukhari e Muslim narraram a parte do Abu Huraira que o Profeta (sws) disse: “Quem orar durante a noite de qadr com fé e esperança da sua recompensa terá todos os seus pecados passados perdoados.”Quanto a súplica a ser feita nesta noite, Aisha disse: ‘Perguntei ao apóstolo de Allah(salla Allahu alayhi wa sallam) : ‘Ó Apóstolo de Allah! Se deparar-me com a noite de qadr, o que deverei dizer nesta noite?’ Ele respondeu: Dizes: “O Allah! És o remissor e gosta de perdoar, portanto perdoa-me. Allahuma inaka ‘Afuoun tuhibo al ‘Afua fa i’fu ‘Ana.” Relatado por Ahmad, Ibn Majah e At-Tirmizi.

I’Tikaf ou Retiro na Mesquita

O seu significado: I’tikaf significa :agarrar-se a algo, mal ou bom e impedir ou abster-se de todas as outras coisas.

A sua legitimidade: O Profeta (sws) tinha o hábito de efetuar i’tikaf nos dez últimos dias de todos os Ramadan. No ano que morreu, ele efetuou o retiro durante vinte dias. Relatado por al-Bukhari, Abu Daud, e Ibn Majah.

A duração de i’tikaf: A duração de retiro depende de quem o faz. Se o retiro acontecer durante os dez últimos dias de ramadan, este será a sua duração, mas a pessoa pode prescindir deste tempo e sair antes do Ramadan como fez O Profeta(sws) vez como conta Aisha que sempre que o Profeta(sws) intencionou fazer o retiro dos dez últimos dias de Ramadan, oraria de manhã e depois iniciaria o seu retiro. Um dia queria fazê-lo e então ordenou para que uma tenda fosse levada na mesquita a seu favor. Aisha disse, quando eu vi isto, também ordenou para uma tenda fosse levantada para mim na mesquita e depois algumas das mulheres do Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) também seguiram. Quando o Profeta orou na manhã viu todas essas tendas e depois perguntou : o que é isto? Elas responderam: Estamos a procura de obedecer a Allah e a seu Apóstolo. Posto isto, ele ordenou para a sua tenda e as de suas esposas fossem todas retiradas da mesquita e ele adiou o seu retiro até ao dez primeiros dias do mes de Shawal.

As regras de Itikaf: I’tikaf deve ser cumprido quando a pessoa permanece na mesquita com a intenção de aproximar-se de Allah. É melhor observá-la no mês de Ramadan. Se a pessoa não ficar em mesquita ou não tiver a intenção de agradar a Allah, isto não pode ser considerado de I’tikaf. O fato de que a existência de intenção é obrigatória reside na afirmação de Allah o exaltado: “Não foram ordenados senão que adorassem a Allah sozinho, tornando a religião sinceramente para Ele.” O Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) também disse: “Todas as obras são recompensadas de acordo com a intenção por detrás das mesmas.”

O inicio e fim de I’tikaf: Já foi dito atrás que sempre que a pessoa deseja efetuar o retiro (I’tikaf) com a intenção de aproximar-se de Allah, ele deve entrar e permanecer na mesquita durante o tempo que ele desejar. Se o indivíduo tiver a intenção de fazê-lo durante os últimos dez dias de Ramadan, ele deve iniciá-lo antes do por do sol, uma vez que a noite começa depois de por do sol e termina com a alvorada. Al-Bukhari e Muslim recordaram de Abu Sauid que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) havia afirmado: “Quem quiser fazer o I’tikaf comigo deve fazê-lo durante os dez últimas (noites).”

O que é preferível à pessoa que tiver a fazer I’tikaf fazer? É aconselhável à quem tiver a observar o I’tikaf fazer um maior número possível de atos de adoração voluntárias e ocupar-se tanto quanto poder nas orações, recitação de Al-Qur’an, na glorificação e enaltecimento de Allah, exaltando a Sua unicidade Sua grandeza, rogando pela remissão dos teus pecados, enviando saudações ao Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam), e fazendo todas as outras obras que o aproxima de Allah.

É detestável engajar-se em assuntos que não lhe diz respeito. O Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “Afastar-se do que não diz respeito a uma pessoa faz parte da sua boa observância de Islam.”

O que é permitido fazer no I’tikaf:

(1) Deixar o seu lugar na mesquita e ir acompanhar a sua esposa uma vez que o Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) fez isso coma sua esposa Safiyah. Mas isto só deve acontecer quando a pessoa achar que pode ser perigosa ela voltar sozinha. (2) Pentear ou cortar o cabelo, cortar as unhas, limpar o corpo, vestir-se bem ou meter perfume no corpo (homens). (3) é possível a pessoa sair para realizar uma dada necessidade, como por exemplo ir buscar a sua refeição, participar na congregação de Sexta-Feira, ou na cerimônias fúnebres, visitar um doente ou o seu familiar sobre assuntos de extrema necessidade (mas deve ficar de pé).

Ações que nulificam o I’tikaf:

(1) abandonar a mesquita deliberadamente sem nenhuma necessidade. (2) abandonar Islam. (3) perder a sanidade mental devido ao enlouquecimento ou bebedeira; inicio de menstruação ou derrame de sangue pos-parto. (4) ter relação sexual. Allah o exaltado sabe melhor e a paz e bênçãos de Allah esteja com o seu Profeta.

O Jejum Voluntário

O Profeta(salla Allahu aleyhi wa sallam) exortou-nos para que jejuássemos nos dias a seguir enumerados:

Os seis dias do mês de Shawwal (o que vem logo a seguir do mês de Ramadan): O Profeta (sws) disse no hádiss relatado por Abu Ayyub al-Ansari o seguinte: “Quem jejuar durante o mês de Ramadan e em seguida seis dias do mês de Shawall terá a recompensa de como se tivesse jejuado o ano todo.” Relatado por todos os livros de hádiss com a exceção do al-Bukhari e an-Nassa’i.

Os dez primeiros dias de Dhul-Hijjah (durante o qual se efectua a Hajj [Peregrinação]), particularmente no dia de Arafat, para aqueles que não estão a efetuar a peregrinação: Abu Qatadah reportou que o Apóstolo de Allah (salla Allahu aleyhi wa sallam) disse: “Jejuar no dia de Arafat é uma expiação para dois anos, o ano que o precede e o seguinte. Jejuar no dia de Ashurah (data em que Allah o exaltado salvou o Profeta Moíses e os filhos de Israel do Faráo e suas tropas) é uma expiação para o ano precedente.” Relatado por todos os livros de hádiss com a exceção de al-Bukhari e at-Tirmidhi

Jejuar durante o mês de Muhar-ram (é neste mês que Allah o exaltado salvou o Moises e os filhos de Israel), em particular no dia de Ashu’rah e os dias imediatamente precedente e posterior a este: Ibn Abbas relatou o seguinte: “O Profeta (sws) deslocou-se a Madinah e encontrou os Judeus a jejuarem no dia de Ashur’ah. Dirigindo-se a eles, perguntou: ‘Porque é que estão a jejuar?’ ‘Eles responderam: ‘Um Grande Dia.!’ Allah salvou o Moises e as tribos de Israel dos seus inimigos neste dia e portanto, Moises jejuava neste dia.’ O Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) replicou: ‘Nós temos mais direito ao Moises do que vós.’ Dai ele jejuou naquele dia e ordenou as pessoas para que jejuassem também neste dia.” Relatado por al-Bukhari e Muslim

Jejuar maior parte do mês de Sha’ban (o mês que precede o de Ramadan): O Profeta(sws) jejuava maior parte do mês de Sha’ban. Aisha disse: “Nunca vi o Apóstolo de Allah (sws) a jejuar todo o mês exceto no mês de Ramadan, e nunca vi-lhe a jejuar muito como o fazia no mês de Sha’aban. Relatado por al-Bukhari e Muslim.

Jejuar nas Segundas e Quintas Feiras: Abu Huraria reportou que o Profeta(sws)jejuava muito nas segundas e quintas feiras. Quando foi perguntado porque fazia isto, respondeu: “As obras são apresentadas [a Allah] nas Segundas e Quintas-Feiras. Allah perdoa cada Muçulmano ou fiél, salvo para aqueles que se boicotam um aos outros.” Relatado por Ahmad.

Jejuar três dias de cada mês (do calendário Islâmico): Abu Dharr al-Ghafari narrou que o Profeta(sws) ordenou-nos para jejuar três dias de cada mês isto é, nos dias da lua cheia ( o 13º, 14º, e 15º dias do calendário lunar) Jejuar um dia sim um dia não: Abu Salama Ibn Abdrahman reportou do Abdullah Ibn Amr que o Profeta disse-lhe: “Fui informado que te levantas a noite toda em oração e jejuas durante o dia!’ Abdullah respondeu: ‘Sim, Ó Apóstolo de Allah. O Profeta disse: “ Jejua e interrompa o jejum, ora e durma, porque o teu corpo, a tua esposa e os teus hóspedes tem direitos sobre si. Basta jejuares durantes os três dias de cada mês.” Abdullah disse: ‘Queria ser mais estrito para comigo, disse-lhe: “tenho força para fazer muito mais, ó Apóstolo de Allah!’ O Profeta (salla Allahu aleyhi wa sallam) replicou: ‘Neste caso jejua três dias por semana.’ Abdullah respondeu: ‘Tenho força para ainda mais!’ O Profeta disse: “Jejua o jejum do David e não faças mais do que isto! Abdullah inquiriu: ‘O que é o jejum de David?’ O Profeta respondeu-lhe: ‘Ele jejuava um dia e não jejuava no outro.” Ahmad e outros relataram o hádiss.

É permissível ao indivíduo que estiver a observar o jejum voluntário de quebrá-lo


Umm Hani relatou que o Profeta(salla Allahu aleyhi wa sallam) entrou na sua casa no dia da conquista de Makkah. Ele foi oferecido algo para beber e tomou-o. E depois ofereceu parte da bebida à Umm Hani e ela disse: ‘estou a jejuar.’ O Profeta(sws) disse: ‘ Quem estiver a observar o jejum voluntário é responsável dele próprio. Se tu quiseres podes jejuar, se quiseres podes quebrar o teu jejum.’ Relatado por Ahmad.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak