sábado, abril 23, 2016

Jesus voltará antes do fim do mundo

E (Jesus) será um sinal (do advento) da Hora. Não duvideis, pois, dela, e seguime, porque esta é a senda reta (Azzukhruf 61).

Citamos que Deus salvou Jesus das mãos de seus inimigos e o elevou aos céus. Além de esclarecer que Jesus foi salvo e purificado, não amaldiçoado, purificado das mãos dos israelitas, Deus estabelece que Jesus voltará e mostrará a verdade da qual as pessoas divergem...

O profeta Muhammad (saas) disse: “Juro por Aquele em cuja mão está a minha alma, que Jesus, filho de Maria, descerá entre vós, como um juiz justo, quebrará a cruz, matará os porcos e abolirá a “jiziah” (imposto que é pago pela comunidade que aceitava a proteção de um governante muçulmano, sem aderir ao Islam), a riqueza se espalhará a ponto de não ser aceita por ninguém, e uma “sajdah” (prostração) será melhor do que o mundo e tudo o que nele existe”.

Abu Hurairah, um grande companheiro de profeta Muhammad (saas), ao ouvir isso, disse: “Se quiserem, leiam a palavra de Deus, em que diz: Nenhum dos adeptos do Livro deixará de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte (Annissá 159) (relatado por Al Bukhari e Musslim).

Ou seja, Jesus voltará para esclarecer a verdade, julgar as divergentes crenças que se criaram em torno dele após ter sido arrebatado da terra. Esta é uma crença saudável, que dignifica a Jesus e o respeita. Muito melhor do inventar amaldiçoá-lo para anular a Lei em nome do amor de Jesus por você!

O profeta Muhammad (saas) ainda diz: “Jesus, filho de Maria, descerá entre vós, casará e terá filhos, viverá quarenta e cinco anos e, ao morrer, será enterrado comigo no meu túmulo, entre Abu Bakr e Omar (que se encontram enterrados, atualmente, ao lado do profeta Muhammad (saas), em Madinah)”.

A paz de Deus esteja contigo Jesus, enviado de Deus. A paz de Deus esteja contigo Muhammad, enviado de Deus. A paz de Deus esteja convosco..

A Tora e o Evangelho anunciaram o envio do profeta Muhammad (saas) Os que seguem o Mensageiro, o Profeta Iletrado – que eles encontram escrito junto deles, na Tora e no Evangelho – o qual lhes ordena o que é conveniente e os coíbe do reprovável... Então, os que crêem nele e o amparam e o socorrem e seguem a luz, que foi descida com ele, esses são os bem-aventurados (Al A´araf 157).

Você, querido leitor, já observou que identificamos Muhammad (saas) como o
esclarecedor da crença verdadeira em Jesus. Então, creio que, a partir de agora, chegou a hora de estabelecermos através da Bíblia que Muhammad é mensageiro (já que você é cristão, por isso, os versículos do Alcorão ainda não são fonte segura para ti). Preste muita atenção: Eu estabeleci anteriormente que nem Paulo nem ninguém têm o direito de alterar a religião de Deus, porque Paulo não foi anunciado por Jesus como apóstolo. Agora eu digo: Muhammad (saas) foi anunciado por Jesus como apóstolo!!! Se quiser saber como, adentre comigo nesta reflexão junto à Bíblia...


Moisés anuncia um profeta como ele

Moisés desce do Monte Sinai após Deus ter falado com ele. Nesta ocasião, diz
aos filhos de Israel:”Eles têm razão! Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como você; porei minhas palavras na sua boca, e ele lhes dirá tudo o que eu lhe ordenar. Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas. Mas o profeta que ousar falar em meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto”.

“Mas talvez vocês perguntem a si mesmos: “Como saberemos se uma mensagem não vem do Senhor?” Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do Senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele. (Deut. 18:17-22).

O texto é muito claro. Fala sobre um grande profeta a ser enviado após Moisés
(as) e cita as qualidades deste profeta, através das quais podemos saber quem é este profeta.

Os cristãos alegam que este profeta já veio, e que este profeta é Jesus (as).
Pedro, ao falar sobre Jesus, lembrou desta predição: Pois disse Moisés: “O Senhor Deus lhes levantará dentre seus irmãos um profeta como eu; ouçam-no em tudo o que ele lhes disser. Quem não ouvir esse profeta, será eliminado do meio do seu povo”. “De fato, todos os profetas, de Samuel em diante, um por um, falaram e predisseram estes dias...” (Atos 3:22-26). Portanto, Pedro crê que esta profecia está realizada na pessoa de Jesus.

Porém, o texto indica o envio do profeta Muhammad (saas), pois não há prova
para a definição desta profecia em Jesus. Do contrario, quem se ater ao texto e refletir bem nas suas palavras encontrará várias provas de que o profeta mencionado é Muhammad (saas). O texto cita as qualidades deste enviado
prenunciado:

1.é um profeta. “Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como você”. E os cristãos alegam que Jesus é parte da divindade, e mais, muitos dizem que ele é o próprio Deus. Portanto, como se diz sobre ele: “Levantarei um profeta”, e não diz: “Me levantarei”. Ou “Levantarei Deus”;

2. não é dos filhos de Israel. Este profeta é dos irmãos dos israelitas, ou seja, seus primos... “do meio dos seus irmãos”. É costume da Tora (do Velho Testamento ou Pentateuco) denominar o termo “irmão” para “primo”. Exemplo disso é o dizer de Moisés aos israelitas: Vocês estão passando pelo território de seus irmãos, os descendentes de Esaú, que vivem em Seir. (Deut. 2:4). E os descendentes de Esaú (filho de Isaac, irmão gêmeo de Jacó (Israel) (veja:gênesis 25:25-26)) são os primos dos israelitas. O mesmo ocorre quando Moisés fala de Edom, que é da descendência de Esaú:
“De Cades, Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom, dizendo: “Assim diz o teu irmão Israel: Tu sabes de todas as dificuldades que vieram sobre nós.” (Números 14:20). E em outro texto: “Não rejeitem o edomita, pois ele é seu irmão” (Deut. 23:7).  Portanto, o chamou irmão, querendo dizer primos (que ele é dos filhos dos tios de Israel).

E os filhos de Ismael, filho de Abraão são primos dos israelitas, assim como os
filhos de Esaú filho de Jacó também são primos dos israelitas e todos são denominados irmãos dos israelitas na linguagem dos textos sagrados.

Portanto, é possível que este profeta seja dos árabes, realizando assim a benção prometida na descendência de Ismael, e pode ser dos descendentes de Esaú filho de Jacó. Mas nenhum dos descendentes de Esaú alegou ser o profeta prometido.

3. é igual a Moisés... “um profeta como você”. E na Bíblia consta que em Israel jamais surgiu um profeta como Móisés: “Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor conheceu face a face” (Deut. 34:10). Esta qualidade e particularidade – ser igual a Moisés – se realizou na pessoa do profeta Muhammad (saas) e não se enquadra na pessoa de Jesus (as). Há muitos aspectos da semelhança de Moisés e Muhammad (saas), aspectos não encontrados em  Jesus.

Podemos analisar quem é como Moisés, Muhammad ou Jesus, através do estudo dos aspectos da vida de cada um desses nobres mensageiros de Deus... o nascimento, vida familiar, estabelecer uma lei, enfrentar o inimigo, governo e liderança. Veja o quadro abaixo:

Moisés
Muhammad
Jesus
Nascença Normal
Normal
Anormal (milagre)
Casou - Teve Filhos
Casou-Teve Filhos
Não Casou
Morte - Normal
Normal
Anormal
Profeta Estadista
Profeta Estadista
Profeta e Mensageiro
Migrou Forçado para Midian
Forçado para Madinah
Não Emigrou
Perseguido,combateu
Perseguido combateu
Perseguido não combateu
Vitória Física
Vitória Física
Vitória Moral
Escrita em vida(revelação)
Escrita em vida(revelação)
60 anos após resgate
Aceito pelo seu povo
Aceito pelo seu povo
Rejeitado pelo seu povo

4. não lê e não escreve. A revelação que ele recebe é uma revelação orada, distinta das escrituras dos profetas anteriores... “porei minhas palavras na sua boca”. E Jesus era letrado, sabia ler e escrever (veja Lucas 4:16-18);

5. Ele irá transmitir toda a religião de Deus... “e ele lhes dirá tudo o que eu lhes ordenar”. Ele terá condições de cumprir a sua missão por completo, uma qualidade que se enquadra inteiramente a Muhammad (saas), pois dos últimos versículos revelados do Alcorão Sagrado: Hoje, Eu inteirei vossa religião para vós, e completei Minhagraça para convosco e agradei-Me do Islam como religião para vós (Al Maidah 3).

E o próprio Jesus citou na profecia do Paraclito (veja pg.): “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo que eu lhes disse” (João 14:16)

Não pode ser Jesus este profeta que irá dizer tudo o que Deus lhe ordenar, porque Jesus tinha muito a transmitir para os seus discípulos, porém não teve condições para dizer tudo o que queria dizer. No entanto, Jesus anunciou a vinda do próximo profeta que irá nos ensinar toda a verdade, porque é o profeta que terá a sua mensagem concluída e nada poderá impedir a transmissão desta mensagem. Em João 16:12-13, Jesus diz:Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora.

Mas quando o Espírito da Verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir”.

6. Quem não seguir o que este profeta falar, Deus o punirá ... “Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas”.
Pedro interpretou isso dizendo: “Quem não ouvir esse profeta, será eliminado do meio do seu povo” (Atos 3:23).

Portanto, ele é um profeta cuja obediência é obrigatória a todos, e quem não ouvi-lo e obedecê-lo estará sujeito ao castigo de Deus. E isto é o que ocorreu com todos os inimigos do profeta Muhammad (saas), entre os pagãos árabes e
outras nações, quando negaram a sua mensagem.

E Jesus disse na parábola dos Lavradores: “Aquele que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó” (Mateus 21:44). Ele é a pedra que destrói os seus inimigos desobedientes e é aquele sobre quem Daniel profetizou dizendo: “... Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos os reinos daqueles reis e os exterminará, mas esse reino durará para sempre. Esse é o significado da visão da pedra que se soltou de uma montanha, sem auxílio de mãos, pedra que esmigalhou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro.” (Daniel 2:21-45).
No entanto, Jesus não teve esta força e este poder, não teve a posse de destruir os reinos daqueles que o desobedeceram. Não ameaçou até mesmo aqueles que, supostamente, o mataram. Como então, irá ameaçar aqueles que não ouvirem as suas palavras. Na narração da história do crucifixo, Lucas diz: “Jesus disse: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34). Se a profecia de Moisés narrada em Deut. 17:18-23 corresponde a Jesus, como podemos unir entre ... “perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” e entre... “Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas”.

7. este profeta não será morto, Deus não permitirá que os tolos o prendam e o matem, pois: “o profeta que ousar falar em meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto”. E os cristãos alegam que Jesus foi morto, portanto não pode ser ele este profeta;
.
8. Ele falará sobre profecias futuras e a realidade confirmará as suas palavras... “Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do Senhor”. A realização do que Muhammad (saas) falava é um aspecto milagroso marcante em sua vida. Ele fez inúmeras profecias que se realizaram exatamente como ele informou constituindo o milagre sobrenatural que confirma que é um verdadeiro profeta.
Apenas como exemplo, no ano de 617 o império persa quase destruiu totalmente o império romano, chegando ao vale do Nilo e conquistando grandes partes do império romano. Em poucos anos, o império persa conseguiu dominar a Síria e parte do Egito, dominou também a Antióquia ao norte, fato que anunciava o fim do império romano. César decidiu fugir de Constantinopla, não fosse a insistência dos sacerdotes romanos que o convenceram a resistir e fazer um acordo humilhante com os persas.

Meio a estes acontecimentos, e contrariando todas as expectativas, o profeta
Muhammad (saas) anuncia que os romanos vencerão os persas em poucos anos, ou seja: em no máximo nove anos. Lhe foram revelados os seguintes versículos: *E eles, após sua derrota, vencerão, dentro de alguns anos. De Allah é a ordem, antes e depois. E, nesse dia, os crentes se regozijarão * (Arrum 2-5).

É relatado que Deus exaltado e altíssimo seja, revelou este versículo como uma boa nova para os muçulmanos, porque os idólatras preferiam a vitória dos persas, pois eram, como eles, adoradores de ídolos. E os muçulmanos preferiam a vitória dos romanos e torciam por eles, pois eram cristãos, e os cristãos são mais próximos e mais simpatizantes dos muçulmanos que os idólatras. Os romanos venceram os persas, isto ocorreu nove anos depois de o profeta (saas) anuciar a vitória dos romanos. O termo traduzido como “alguns” no texto do Alcorão Sagrado é “bidh´h”, que na língua árabe, compreende um número de três até nove. E o fato ocorreu em nove anos. A vitória dos romanos contrariou todas as medidas e projeções humanas, porque o império romano passava por uma etapa de muita fraqueza e fragmentação, após ter sido derrotado e totalmente arrasado pelos próprios persas, que estavam no auge de sua força e poder.

Mesmo com todas estas circunstancias, mesmo com a absoluta fraqueza dos romanos e absoluto poder dos persas, a situação se modificou radicalmente em poucos anos, realizando-se assim, a profecia do Alcorão e do mensageiro de Deus (saas), que informaram sobre a vitória romana dentro de alguns anos após a arrasadora derrota que sofreram.

Quem informou a Muhammad (saas) sobre esta grande profecia? Este é o profeta anunciado por Moisés.
O historiador Eduard Jibn escreveu em seu livro: “A história da queda do
Império Romano”: “Naquela época, quando o Alcorão anunciou esta profecia, jamais existira uma profecia mais improvável de acontecer, porque os doze primeiros anos do governo persa anunciavam o fim do Império Rromano”. Assim se esclarece para todo justo que as qualidades do profeta que foi anunciado por Moisés não se realizaram em Jesus, mas se realizaram em seu irmão, Muhammad (saas).

Confirma e fortifica esta alegação o fato de estas qualidades não se unirem todas em absolutamente nenhum outro profeta além de Muhammad (saas).

Os judeus não crêem na vinda deste Messias anteriormente, e ainda estão a espera do seu envio. Quando foi enviado João Batista, pensaram que ele era o profeta prometido e lhe perguntaram: “É o Profeta?”. Ele respondeu: “Não”. (João 1:21). Ou seja, não sou o Profeta que os judeus esperam.

E os discípulos de Jesus desejaram que esta profecia se realizasse com Jesus.
Certo dia, quando viu um de seus milagres o povo começou a dizer: “Sem dúvida este é o Profeta que devia vir ao mundo”. Sabendo Jesus que queriam proclamá-lo rei à força, retirou-se novamente sozinho para o monte. (Veja:João 6:14-15). Quiseram proclamá-lo rei para se realizar a profecia existente do profeta esperado que reinará e dará a vitória para o seu povo. Jesus sabia que não era o profeta prometido, por isso retirou-se do meio deles.

E como já antecedemos: Moisés informou que este profeta é como ele e lemos
que: “Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor
conheceu face a face” (Deut. 34:10).

Assim, todas as evidências comprovam: Muhammad (saas) é o profeta anunciado por Moisés.

A profecia de Moisés sobre a bênção prometida na terra de Parã Pouco antes de sua morte, Moisés deu uma informação abençoada para os israelitas... Esta é a benção com a qual Moisés, homem de Deus, abençoou os israelitas antes da sua morte. Ele disse: “O Senhor veio do Sinai e alvoreceu sobre eles desde o Seir, resplandeceu desde o monte Parã. Veio com miríades de santos desde o sul, desde as encostas de suas montanhas. Certamente és tu que amas o povo; todos os santos estão em tuas mãos. A teus pés todos eles se prostram e de ti recebem instrução” (Deut. 33:1- 3).

E o profeta Hebacuque confirmou esta profecia quando citou um fato que o amedrontou, pois indica a transferência da profecia para longe de seu povo (os
israelitas): “Senhor, ouvi falar da tua fama; tremo diante dos teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras, faze-as conhecidas em nosso tempo; em tua ira, lembra-te da misericórdia. Deus veio de Tema, o Santo veio do monte Parã. Sua glória cobriu os céus e seu louvor encheu a terra. Seu esplendor era como a luz do sol; raios lampejavam de sua mão, onde se escondia o seu poder. Pragas iam adiante dele; doenças terríveis seguiam os seus passos. Ele parou, e a terra tremeu; olhou, e fez estremecer as nações...” (Hebacuque 3:2-6).

O texto fala sobre três locais nos quais a benção se manifestará. O primeiro: Monte Sinai, onde Deus falou a Moisés.
O segundo: Monte Seir, um monte que se situa na terra de Judá (veja Josué 15:10) -  O terceiro: Monte Parã.

Os textos que citam “Parã” na Bíblia indicam que este monte situa-se ao sul da
Palestina. Porém, o Velho Testamento também cita que Ismael viveu no deserto de Parã (veja Gênesis 21:21). E é conhecido historicamente que Ismael viveu em Makkah, na Península Arábica.

O texto é uma profecia sobre a revelação da profecia a: - Jesus em Seir, na Palestina e, em seguida a: - Muhammad, no monte Parã, onde virá com milhares de santos apoiados com a Lei vinda de Deus.

Esta profecia se realiza em Muhammad, por vários motivos:

1- O monte Parã é o monte de Makkah, onde viveu Ismael. Prova disso é o texto da própria Bíblia Sagrada no Velho Testamento sobre Ismael: “Deus estava com o menino. Ele cresceu, viveu no deserto e tornou-se flecheiro. Vivia no deserto de Parã, e sua mãe conseguiu-lhe uma mulher da terra do Egito” (Gênesis 21:20-21). Os filhos de Ismael também cresceram nesta região. O Velho Testamento cita: “Foram esses os doze filhos de Ismael... Seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Havilá a Sur, próximo à fronteira com o Egito, na direção de quem vai para Assur.” (Gênesis 25: 16-18). Havilá, segundo o dicionário da Bíblia Sagrada, é uma região ao norte da terra do Iêmen, enquanto Sur situa-se ao sul da Palestina. Portanto, Ismael e seus descendentes habitaram esta região que se estende desde o norte até o sul da Península Arábica, e abrangem a terra de Parã, onde viveu Ismael. Se constituíram muitas provas históricas de que Parã é a Península Arábica, onde Ismael e seu pai construíram a Casa Sagrada, e onde brotou o poço de zamzam debaixo de seus pés. Confirmaram o fato de Parã ser Makkah: o historiador indiano Maulana Abdul Haq Fariati em seu livro “Muhammad nas escrituras sagradas mundiais”; o historiador Gebroum; o reverendo Josephius. Estes e muitos outros citaram que Parã é Makkah. E no “Strong´s Hebrew Biblie Dictionary” consta que Parã está localizado no deserto da Arábia: “Paran, a desert of Arábia”.

2- A existência de uma região que se chama Parã no sul do Sinai não impede que exista outro Parã, que é a que foi habitada por Ismael. Uma região que se localiza na terra de Edom (atualmente na Jordânia) foi denominada por “Seir”. E esta denominação se repetiu em vários pontos da Bíblia, e esta repetição não impediu que um monte na Palestina, a oeste de Jerusalém na terra da tribo de Judá tomasse esse nome. (veja Josué 15:10).

Perguntamos aos que insistem em dizer que Parã é (o monte) Parã do Sinai:
Quem é o santo que resplandeceu daquele monte que não tem nenhuma relação com qualquer acontecimento histórico importante. Quem resplandeceu dele?

3- alguns dizem que o texto fala sobre um acontecimento passado. Esta opinião não é aceita, pois indicar os fatos futuros com o verbo passado é comum na Bíblia Sagrada... “... é utilizado o tempo futuro para indicar o presente e o passado sem distinção, e é utilizado o tempo passado para indicar o futuro... o que resultou em muitas dúvidas” (Espinoza).

4- Alguns escritores dizem que isto é só uma indicação da propagação da glória de Deus. Mais uma interpretação errônea e tendenciosa, que objetiva descaracterizar a clareza do anúnico da profecia de Muhammad. Por que citaria Parã em específico entre tantos outros montes se o objetivo é só anunciar a propagação da glória de Deus?! Ora, o poder de Deus não se limita ao território de Parã ou do monte Seir!!

5- Confirma que o texto está relacionado a uma profecia a citação de milhares de santos, que são denominados por algumas traduções: “os anjos puros”, ou seja “os seguidores puros”, pois é citado este termo para indicar os seguidores, como foi citado em Apocalipse 12:7: “Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram”. Quando, então, Parã testemunhou estas multidões de “santos” senão com o envio do profeta Muhammad (saas)?

6- E apóia a tese dos muçulmanos o texto do livro de Hebacuque: “Deus veio de Tema, o Santo veio do monte Parã. Sua glória cobriu os céus e seu louvor encheu a terra. Seu esplendor era como a luz do sol; raios lampejavam de sua mão, onde se escondia o seu poder. Pragas iam adiante dele; doenças terríveis seguiam os seus passos. Ele parou, e a terra tremeu; olhou, e fez estremecer as nações...” (Hebacuque 3:3-6).

Este texto afirma claramente que neste lugar haverá uma profecia gloriosa,
esplendida e poderosa que brilhará como a luz do sol e encherá a terra com louvor. Pois, que reflitamos sobre o louvor do profeta Muhammad (saas) com o chamamento para as orações que enchem a terra todos os dias dizendo: “testemunho que Muhammad é Islam, a religião de Jesus 32 mensageiro de Allah”. Leia o dizer de Deus no Alcorão Sagrado sobre o profeta Muhammad (saas): Ó Profeta! Por certo, enviamos-te por testemunha e alvissareiro e admoestador. E convocador de Allah, com Sua permissão, e luzeiro luminoso (esplendor como a luz do sol) (Al ahzab 45-46).

Tema, de acordo com estudiosos da Bíblia Sagrada, é uma palavra hebraica que significa: “o sul”, por isso, o texto católico cita: “Deus veio do sul, o Santo veio do monte Parã”. Considerando que a profecia e revelação anunciadas vêem do sul e considerando que a palavra era direcionada para os habitantes da Palestina, constatamos que o sul é a Península Arábica, portanto o Santo será enviado no monte Parã, situado na Península Arábica.

Por todos estes motivos, nos é esclarecido que o Santo que resplandeceu desde o monte Parã é o profeta do Islam, todas as qualidades citadas são cumpridas em sua  pessoa e não se cumprem em nenhum outro profeta (a paz de Deus esteja com todos eles).   Um profeta que não sabe ler Para saber quem é este servo sem nenhuma sombra de dúvidas, leia mais estes versículos, nos quais Isaías alerta os filhos de Israel que deturpam o Livro e não seguem as suas leis, os alerta sobre o envio do profeta do livro lacrado e do profeta que não sabe ler...

O Senhor trouxe sobre vocês um sono profundo: fechou os olhos de vocês, que são os profetas; cobriu a cabeça de vocês, que são os videntes. Para vocês toda esta visão não passa de palavras seladas num livro. E se vocês derem o livro a alguém que saiba ler e lhe disserem: “Leia, por favor”, ele responderá: “Não posso; está lacrado”. Ou, se vocês derem o livro a alguém que não saiba ler e lhe disserem: “Leia, por favor”, ele responderá: “Não sei ler”. O Senhor diz: Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por homens. Por isso uma vez mais deixarei atônito esse povo com maravilha e mais maravilha; a sabedoria dos sábios perecerá, a inteligência dos inteligentes se desvanecerá”. Ai daqueles que descem às profundezas para esconder seus planos do Senhor, que agem nas trevas e pensam: “Quem é que nos vê? Quem ficará sabendo?” Vocês viram as coisas pelo avesso! Como se fosse possível imaginar que o oleiro é igual ao barro. Acaso o objeto formado pode dizer àquele que o formou: “Ele não me fez”? E o vaso poderá dizer do oleiro: “Ele nada sabe”? Acaso o Líbano não será logo transformado em campo fértil, e não se pensará que o campo fértil é uma floresta? Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e, não mais em
trevas e escuridão, os olhos dos cegos tornarão a ver.

A profecia é clara: ... se vocês derem o livro a alguém que não saiba ler e lhe
disserem: “Leia, por favor”, ele responderá: “Não sei ler”. Esta uma declaração sobre o momento do início da revelação ao profeta Muhammad (saas).

Na primeira revelação feita ao profeta Muhammad (saas), apareceu-lhe o anjo
Gabriel e disse-lhe: “Leia”. Muhammad (saas) respondeu: “Eu não sei ler”. Então, ele sentiu como se Então o anjo o apertou e o libertou novamente, e repetiu a ordem pela terceira vez, e Muhammad (saas) igualmente respondeu: “Eu não sei ler”. O anjo o apertou e o libertou e disse: GLê, em nome de Teu Senhor que criou, que criou o homem de uma aderência. Lê, e o anjo o estivesse a estrangular, apertando-o e depois o libertou, ordenando-lhe mais uma vez: “Leia”. Muhammad (saas) disse-lhe: “Eu não sei ler”.  teu Senhor é O mais Generoso (al álaq 1-3). (relatado por Al Bukhari da narração de Áishah).

O que Isaías citou sobre o povo judeu foi confirmado por Jesus, quando ele disse a eles: Assim, por causa da sua tradição, vocês anulam a palavra de Deus. Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vocês, dizendo: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens” (Mateus 15:6-9).  Portanto, esta profecia do profeta Isaías não se realizou até a época de Jesus (as): Por isso uma vez mais deixarei atônito esse povo com maravilha e mais maravilha; a sabedoria dos sábios perecerá, a inteligência dos inteligentes se desvanecerá”. Ai daqueles que descem às profundezas para esconder seus planos do Senhor, que agem nas trevas e pensam: “Quem é que nos vê? Quem ficará sabendo?”... Acaso o Líbano não será logo transformado em campo fértil, e não se pensará que o campo fértil é uma floresta? Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e, não mais em trevas e escuridão, os olhos dos cegos tornarão a ver. (Isaías 29:14-18).
Isaías anuncia o envio do profeta que não sabe ler nem escrever. E antes, anuncia o profeta letrado (que sabe ler) que não lê o livro porque este está lacrado. O profeta letrado, o profeta que lê é Jesus (as) (veja Lucas 4:16-18), porém ele não lerá o livro lacrado que o profeta iletrado (que não sabe escrever) irá ler... Para vocês toda esta visão não passa de palavras seladas num livro. E se vocês derem o livro a alguém que saiba ler e lhe disserem: “Leia, por favor”, ele responderá: “Não posso; está lacrado”.

Ou, se vocês derem o livro a alguém que não saiba ler e lhe disserem: “Leia, por favor”, ele responderá: “Não sei ler”. Quem é o profeta? João 1:19-21 “O testemunho de João foi assim. As autoridades dos judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntarem a João: “Quem é voce?”. João confessou e não negou. Ele confessou: “Eu não sou o Messias”. Eles perguntaram: “Então, quem é você? Elias?”. João disse: “Não sou”. Eles perguntaram: “Você é o profeta?”. Ele respondeu: “Não”. Então perguntaram: “Quem é você?” Temos neste versículo perguntas feitas a João Batista pelos sacerdotes judeus, isto porque eles esperavam a vinda de novos profetas. E nas interrogações contidas neste versículo verificamos que os judeus estavam a procura de três profetas que o próprio João Batista confirmou que seriam enviados depois dele. Temos então “o Messias”, “Elias” e “o Profeta. E todos eles eram conhecidos e esperados, inclusive o último profeta lembrado no versículo como “o profeta”, pois se não fosse conhecido não diriam “o profeta”, e sim “um profeta”.

Não se pode alegar que Jesus também era denominado “o profeta”. O versículo mais adiante comprova que são três pessoas distintas, e que “o Messias” não é também  “o profeta”... “E eles continuaram perguntando: “Então, por que é que você batiza, se não é o Messias, nem Elias e nem o profeta?” (João 1:25).

Jesus anuncia uma nova profecia João 16:7-8 Entretanto, eu lhes digo a verdade: é melhor para vocês que eu vá embora, porque se eu não for, o advogado não virá para vocês. Mas se eu for eu o enviarei.

Quando o advogado vier, ele vai desmascarar o mundo, mostrando quem é o pecador, quem é o justo e quem é o condenado”. João 16:12-14 Ainda tenho muitas coisas para dizer, mas agora vocês não seriam capazes de suportar. Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade, porque o espírito não falará em seu próprio nome, mas dirá o que escutou e anunciará para vocês as coisas que vão acontecer. O espírito da verdade manifestará a minha glória, porque ele vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês”.

Na versão grega da Bíblia (em João 14:26), o termo traduzido como “Consolador” é “Periclito”, que significa “o mais nobre, famoso e louvável, segundo o dicionário grego da autoria de Alexandre. “O mais nobre e louvável” é exatamente a tradução de Muhammad em árabe.

 “Qu´on peut entendre de tous lês côtes; qu´il esta facile à entendre três célèbre, etc.” Periqleitos, três célèbre, illustre, glorieux = Periqleys, três célèbre, illustre, glorieux, de = Kleos, glorie, renommée, célèbrite, é composição de “Peri” e “kleotis”, este último que foi derivado de “glorificar, louvar”.

Na verdade, o nome de Muhammad foi traduzido ora como Consolador, ora como Advogado, ora como Espírito da verdade. Desta maneira, dizem simplesmente, que este que virá depois de Jesus é o Espírito Santo, e o assunto se encerra!!

Porém, esta interpretação está excluída pelos próprios versículos da Bíblia porque... - os versículos informam que este Consolador e Espírito da Verdade não virá enquanto Jesus não for embora, e está claro na Bíblia que Espírito Santo visitava os homens antes e durante o tempo de vida de Jesus. João Batista foi tomado pelo Espírito Santo antes de nascer, e o próprio Jesus recebeu o Espírito Santo. Portanto, não se pode dizer que o Espírito Santo se manifestará depois da ida de Jesus e que o Espírito Santo é este que
virá quando Jesus for embora, porque Ele já existia e sempre existiu antes, durante e depois da vida de Jesus e sua existência, manifestação e revelação não estão relacionados à permanência de Jesus entre os homens. O Espírito Santo sempre esteve com eles e não haveria a necessidade de que Jesus partisse desse mundo para que ele viesse.
- Jesus fala de um Conselheiro, que nunca esteve presente neste mundo, e que viria logo após a sua partida deste mundo. As características desse Conselheiro, como pode ser entendido na profecia, são as seguintes:

1. ele não virá enquanto Jesus não partir;
2.Ele permanecerá para sempre com os crentes;
3. ele manifestará a glória de Jesus;
4. ele falará aquilo que ouvir de Deus;
5. ele anunciará para vocês as coisas que vão acontecer;
6. ele vai desmascarar o mundo, mostrando quem é o pecador, quem é o justo e quem é o condenado”.

O profeta Muhammad (saas) foi o único mensageiro que existiu depois de Jesus. A missão de Jesus foi limitada às ovelhas perdidas de Israel, porém, a mensagem de Muhammad (saas) foi universal. Somente a mensagem de Muhammad (saas) foi destinada por Deus para ser universal e perpétua, isto está de acordo com a afirmação de que o Conselheiro permanecerá para sempre com os fiéis. Nenhum profeta respeitou tanto Jesus como o Profeta Muhammad (saas) o fez. Os judeus taxaram-no de impostor e acusaram a sua mãe Maria de imoralidade, tentaram crucificá-lo. O profeta Muhammad (saas) manifestou a glória de Jesus, o defendeu e o considerou como sendo “a Palavra de Deus”. O profeta Muhammad (saas) falou aquilo que ouviu de Deus. O Alcorão foi revelado a ele por intermédio do Espírito Santo (o anjo Gabriel). Quando o anjo Gabriel acabava de revelar um trecho do Alcorao ao profeta, ele imediatamente transmitia a revelação textualmente a seus companheiros e escribas sem acrescentar, modificar ou esquecer nada do que lhe fora revelado... Ele não fala de sua própria imaginação. Ele fala aquilo que lhe é revelado (Alcorão 53:3-4).

O profeta Muhammad (saas) anunciou o que acontecerá nesta vida antes do fim do mundo, e o que acontecerá no fim do mundo. Anunciou a Vida Eterna e tudo o que acontecerá nela.

O profeta Muhammad (saas) esclareceu a verdade e desmascarou a falsidade,
mostrou que é o pecador e quem é o justo. Os textos falam sobre alguém que será visto e reconhecido e terá glória e reinará sobre o mundo. Os textos não fazem menção a um Espírito Santo, mas sim a um homem santo cujo nome é Muhammad, que foi enviado por Deus para esclarecer a verdade e defender o justo, assim como Jesus foi enviado.

Os textos da Bíblia Sagrada que citei acima são evidências da autenticidade da profecia de um homem da nação árabe chamado Muhammad (saas), em quem muitos cristãos estudados se negam a crer, pensando que a crença nele é uma recusa a Jesus. Não conseguem ou não querem entender que a crença em Muhammad (saas) é uma obediência a Jesus. Os textos acima são simples e de fácil entendimento para a conclusão de que Jesus e outros profetas realmente anunciaram que Muhammad será enviado como mensageiro de Deus. Estes e muitos outros textos da Bíblia confirmam: “Muhammad é mensageiro de Deus”, e fazem milhares de cristãos dizerem: “testemunho que não outra divindade além de Allah e testemunho que Muhammad é Seu servo e mensageiro. Disse o profeta Muhammad (saas): “Aquele que crer que não há outra divindade além de Deus, Único, sem parceiros, que Muhammad é Seu Mensageiro, que Jesus é Seu servo e mensageiro, Seu Verbo proferido a Maria e um espírito originado d´Ele, que o Paraíso e o Inferno são reais, será introduzido no Paraíso conforme suas ações” (Al Bukhari).

Fonte: Islam a Religião de Jesus ( Ahmad Mazloum).

domingo, março 20, 2016

O que é o Domingo de Ramos que a Igreja Católica comemora hoje?

Bem, na verdade ele marca o início da Semana Santa, semana que os cristãos recordam a condenação, morte e a ressurreição de Jesus Cristo (AS).

Embora não exista por parte de nós muçulmanos nenhuma ligação com esse acontecimento, nós vivemos em um país de maioria cristã, por isso é bom ter um pouco de conhecimento do fato e portar-se com respeito e educação aos acontecimentos, a como muitos cristão se portam diante das nossas festas Id Fitr, Id Adha, Ramadan...

Outra lição que podemos tirar desse episódio é como o ser humano é influenciado e manipulado por forças muitas vezes antagônicas ao que ele realmente pensa. Veja o que diz o evangelho segundo São Mateus quanto esse dia: 
"21.8 a 11: E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho. 9 E as multidões, tanto as que iam adiante como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! 10 E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este? 11 E a multidão dizia: Este é JESUS, o Profeta de Nazaré da Galiléia".

Essa mesma turba que o aclamou Rei, Filho de Davi, Profeta da Galileia, alguns dias depois o trocou por um ladrão, agitador, condenado por provocar revolta, roubo e assassinato, chamado de Barrabás.

Em Mateus 27:15 a 17 ,diz: Por ocasião da festa era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela multidão. 16 Eles tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás. 17 Pilatos perguntou à multidão que ali se havia reunido: “Qual deles vocês querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?”.

A multidão não teve dúvidas: Solte Barrabás e olhando para Jesus AS disseram: Crucifique-o!

Hoje eu entendo melhor essa decisão. Ninguém quer sair de sua zona de conforto! E o povo foi pela decisão mais cômoda, que muitas vezes não é a mais correta.

Barrabás roubava para conseguir dinheiro, mas não faria nenhuma pergunta sobre como você faz pra ganhar o seu. Ele não se importaria se você honra a Deus com seu estilo de vida ou não. Para ele, você poderia até ter outros deuses, ser judeu, mas também seguir outras religiões, afinal; para ele, todos os caminhos levam a Deus e no final tudo se dá um jeito. Se você perguntasse a Barrabás o que fazer para alcançar a salvação, ele jamais questionaria e com certeza afirmaria, Deus é um Só!, Esse negócio de pecado é invenção humana. Ele também não incomodaria ninguém dizendo que é preciso amar, perdoar e orar por aquela pessoa que você não suporta e que deseja o seu mal. Barrabás não pediria para você abandonar os prazeres da vida mundana, afinal, para ele,o sacrifício é algo impensável, pois o importante é buscar a satisfação pessoal, mesmo que seja através dos meios ilícitos.

Alguém não familiarizado com o Islã pode se surpreender ao saber que os muçulmanos também amam Jesus. Um muçulmano não falará o nome de Jesus sem respeitosamente acrescentar as palavras “que a paz esteja sobre ele”. No Islã, Jesus é um homem amado e estimado e um Profeta e Mensageiro que chamou seu povo à adoração do Verdadeiro Deus Único.

Muçulmanos e cristãos compartilham algumas das crenças sobre Jesus. Ambos acreditam que Jesus nasceu da Virgem Maria e ambos acreditam que Jesus foi o Messias enviado para o povo de Israel. Ambos também acreditam que Jesus voltará a terra nos últimos dias. Entretanto, um detalhe importante separa seus mundos. Os muçulmanos acreditam que certamente Jesus não é Deus, não é o filho de Deus e não é parte de uma Trindade de Deus.

No Alcorão, Deus falou diretamente aos cristãos quando disse:

“Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros. Não digais: ‘Trindade!’ Abstende-vos disso, que será melhor para vós; Sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião.” (Alcorão 4:171).

Os muçulmanos acreditam que Jesus era o servo de Deus, e um Mensageiro enviado para os israelitas de seu tempo. Ele realizou milagres pela vontade e permissão de Deus. As palavras do Profeta Muhammad resumem de forma clara a importância de Jesus no Islã:

“Quem testemunhar que não existe divindade exceto Deus, sem parceiros ou associados, e que Muhammad é Seu servo e Mensageiro, e que Jesus é Seu servo e Mensageiro, uma palavra que Deus concedeu à Maria e um espírito criado por Ele, que o Paraíso é real, e que o Inferno é real, Deus admitirá através de um dos oito portais do Paraíso.” (Saheeh Bukhari e Saheeh Muslim).

A paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com todos hoje e sempre!

quinta-feira, março 10, 2016

Uma pergunta muito comum para nós muçulmanos é: Qual é a diferença da religião de vocês (Islamismo) com a nossa?

Pois bem, nossa Religião foi revelada por Deus, Louvado seja Ele, preservada em um Livro (Alcorão Sagrado), preservada no coração das pessoas que decoram o Alcorão e na língua árabe.

Nossa Religião foi preservada por Deus, Louvado seja Ele. O Alcorão nunca foi e jamais será adulterado. A Sunnah do Profeta Muhammad SAAS  foi preservada, sabemos exatamente de todos os passos e ações do Rassulollah SAAS durante toda sua existência. Sabemos o que é verdadeiro e o que é falso, ou seja, fabricado ou inventado pelos inimigos do Islam. Não existe em nossa Religião intermediário. Quem quer que tente introduzir algo em nossa crença logo é desmascarado.

Essa é a grande diferença, tudo em nossa Religião vem de Deus, Louvado Seja Ele! Os homens não conseguiram modificar nada em nossa doutrina. Embora tenham tentado, mas o que tem sua origem no Senhor dos Senhores jamais será abalado.  É por isso que devemos sim nos orgulhar de ser muçulmanos. Outro detalhe, a palavra de Deus Louvado seja é imutável e nós temos uma única verdade, um único Livro. No Alcorão é Deus Louvado seja falando com suas criaturas. Não se vê no Alcorão sagrado, informações segundo João, segundo Lucas, segundo Mates e segundo Marcos. Livro de Jó, Livro de Isaias  e tantos outros. Esse fato está embasado no Livro de Deuteronômio, atribuído a Moisés (AS) capítulo 18:18;” Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe disser”.  A Sunnah do Profeta SAAS também está preservada, a Religião completa («Hoje, completei a vossa religião para vós; e aprovei como religião, para vós, Al Islam (submissão a Allah)». (Alcorão, 5:3). «E quem quer que deseje outra religião que não seja o Islam (submissão a Deus), nunca lhe será aceita». (Alcorão, 3:85). E o melhor, quem tentar inovar a Religião seja em qual aspecto for será descoberto. Isso não acontece em outras religiões que tiveram a mesma origem que o Islamismo. Com todo respeito aos mentores e seguidores, por exemplo, do cristianismo, porque tantas denominações religiosas, porque tantas doutrinas. Veja o que diz Allah SW no Alcorão: “Tomaram por senhores seus rabinos e seus monges em vez de Deus, assim como fizeram com o Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar senão a um só Deus”.(Surata 09:31).

Por conseguinte, o Islam não reivindica ser uma nova religião introduzida pelo Profeta Muhammad SAAS na Arábia no século sétimo, mas antes uma reimpressão na sua forma final da verdadeira religião do Todo-Poderoso Allah, conforme originalmente revelada a Adão e subseqüentes Profetas. Chegados aqui, podemos comentar de forma breve outras duas religiões que afirmam ser o verdadeiro caminho. Em parte alguma da Bíblia é possível encontrar referência do fato de que Judaísmo é o nome da religião revelada por Deus ao Profeta Moisés e aos seus descendentes, ou que Cristianismo é o nome daquela que é professada pelos seguidores de Cristo. Por outras palavras, os nomes Judaísmo ou Cristianismo não possuem origem ou aprovação divina. Apenas muito tempo após a sua partida, é que o nome Cristianismo foi dado à religião dos seguidores de Jesus.

Assim sendo, em quê difere de fato a religião de Jesus daquela que adotou o seu nome? A religião de Jesus reflete-se nos seus ensinamentos, os quais este incitou os seus seguidores a aceitarem enquanto princípios orientadores do seu relacionamento com Deus. Para o Islam, Jesus é um Profeta enviado por Allah, sendo que o seu nome em Árabe é Issá. Tal como os Profetas que o precederam, Jesus convocou os povos a que submetessem a sua vontade à Vontade de Deus (que é aquilo que o Islam defende). Por exemplo, no Novo Testamento é dito que Jesus ensinou os seus seguidores a orar a Deus da seguinte forma:
"Pai-nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino, seja a Vossa vontade, assim na Terra como Céu." (Lucas 1 1:2 / Mateus 6:910)

Tal conceito foi várias vezes enfatizado por Jesus em declarações registradas nos Evangelhos. Ele disse, por exemplo, que o Paraíso seria apenas daqueles que se submetessem.

"Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrar á no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus." (Mateus 7:21)
Jesus realçou também o fato dele próprio submeter-se à vontade de Deus.
"Por mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade d'Aquele que me enviou." (João 5:30)
São várias as referências contidas nos Evangelhos onde Jesus afirma não ser ele o Único e Verdadeiro Deus. Por exemplo, ao falar do Último Dia, Jesus diz o seguinte:
"A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os Anjos do Céu, nem o Filho, mas somente o Pai." (Marcos, 13:32)
Assim sendo, Jesus, tal como os Profetas que o precederam e o único que se lhe seguiu, ensinou a religião do Islam: submissão à vontade do Deus Único e Verdadeiro.  Deus e a 

Criação

Visto a submissão total a Deus da vontade pessoal representar a essência da veneração, a mensagem fundamental da religião divina, o Islam, consiste em adorar a Deus somente, exigindo também que se evite prestar culto a uma pessoa, lugar ou coisa. Uma vez que tudo aquilo que existe, com exceção de Deus, o Criador de todas as coisas, é Criação Sua, pode dizer-se que o Islam apela ao Homem que se afaste do culto ao que foi criado, convidando-o a adorar ao Criador somente. Apenas Ele é digno de ser adorado, pois apenas por vontade Sua as preces são ouvidas.

Assim sendo, se um homem reza a uma árvore e as suas preces são ouvidas, não é a árvore que as realiza, mas sim Deus. Podemos dizer que isso é óbvio; contudo, para aqueles que adoram a árvore, não é. Do mesmo modo, aqueles que rezam a Jesus, Buda, Krishna, São Cristóvão, São Judas ou até mesmo Muhammad SAAS são atendidos, não o são por eles, mas sim por Deus. Jesus não pediu aos seus seguidores que o adorassem, mas sim que adorassem a Deus, tal como é referido pelo Alcorão:
«E quando Allah disse: Ó Jesus, filho de Maria! Disseste tu aos homens: Tomai-me a mim e a minha mãe por duas divindades, além de Deus? Ele disse: Glorificado sejas! Como poderia eu ter dito o que para mim não é verdade?» (Alcorão 5:116).

Do mesmo modo, não era a si mesmo que Jesus adorava quando prestava culto, mas sim a Deus, sendo citado nos Evangelhos por ter dito o seguinte: Está escrito:
«Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás». (Lucas 4:8)

É possível encontrar este princípio fundamental no capítulo de abertura do Alcorão, conhecido pelo nome de Surat al-Fatihah, versículo 4:
«A Ti, somente, adoramos, e a Ti, somente, pedimos ajuda». (Alcorão 1:4)

Numa outra parte do Alcorão, o último Livro revelado, Deus também disse:
«E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que Eu vos atenderei ». (Alcorão 40:60)

É fortemente enfatizado o fato da mensagem base do Islam (nomeadamente, adorar a Deus somente) proclamar também que Deus e a Criação são duas entidades distintas. Deus não é igual à Sua Criação e nem é parte dela. Do mesmo modo, também a Criação não é igual a Ele ou parte d'Ele.

Isto pode parecer óbvio; contudo, aqueles que adoram a Criação, e não a Deus, ignoram ou negligenciam de forma grosseira este conceito. É a crença de que a essência de Deus encontra-se em toda a Sua Criação, ou que é possível encontrar a Sua divina presença em determinadas partes dessa Criação, que proporciona justificativa a este culto ao que foi criado, dizendo tratar-se do culto a Deus. Todavia, a mensagem do Islam, conforme transmitida pelos Profetas de Deus, é a de que devemos adorar a Deus somente e evitar prestar culto, direta ou indiretamente, à Sua Criação.

No Alcorão, Deus refere o seguinte:

«E, na verdade, enviamos para cada povo um Mensageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos dos falsos deuses (Taghut)». (Alcorão 16:36).

Quando questionados acerca do motivo pelo qual se prostram perante criações humanas, os adoradores de ídolos respondem, invariavelmente, que o que estão realmente a adorar não é a imagem em pedra, mas sim Deus aí representado. Afirmam eles que, o ídolo em pedra, representa apenas um ponto fulcral da essência divina, não sendo, pois, o próprio Deus! Aquele que aceitou o fato de que a essência de Deus encontra-se presente em toda a Sua Criação, é obrigado a aceitar este argumento defensor da idolatria. Contudo, quem quer que compreenda a mensagem fundamental do Islam e as suas implicações, não aceitará jamais a idolatria, por mais racionalizada que esta esteja.

Aqueles que, ao longo dos tempos, afirmaram ser Deus ou deuses, basearam esta sua reivindicação na crença errônea de que Deus encontra-se presente no Homem. Tendo por base este raciocínio, defenderam que neles a presença de Deus era mais forte do que nos restantes seres humanos, pretendendo, pois, que as pessoas se submetessem a eles e lhes prestassem culto. Do mesmo modo, também aqueles que, após a morte de outros, insistiram na sua divinização, encontraram terreno fértil entre os que aceitam tal crença.

Chegados a este ponto, deve já ser claro que, aqueles que compreendem a mensagem base do Islam e as suas implicações, não aceitarão jamais o culto prestado a um outro ser humano, seja em que circunstâncias for. Em essência, a religião de Deus é um apelo claro ao culto prestado ao Criador e a rejeição da adoração à Criação, seja em que forma for. É este o significado do lema do Islam: Laa Ilaha illa Allah. (Não existe outra divindade para além de Allah). A declaração sincera desta frase e a aceitação da profecia torna, automaticamente, a pessoa Muçulmana, sendo a fé verdadeira no que é dito garantia do Paraíso. De fato, o último Profeta do Islam SAAS, disse o seguinte: Aquele que disse:
«Não existe outra divindade para além de Allah», e morreu acreditando nisso, entrará no Paraíso.

Acreditar nesta declaração de fé exige que a pessoa submeta a sua vontade à de Deus, conforme ensinado pelos Profetas. Exige também que o crente abandone o culto prestado a falsos deuses. 

Mensagem das Falsas Religiões

São tantas as seitas, os cultos, as religiões, as filosofias e os movimentos existentes à face da Terra, proclamando cada um deles ser o único e verdadeiro caminho em direção a Deus. Como podemos nós decidir qual o que está correto ou, se de fato, o estão todos? Um dos métodos que permite responder a tal questão, consiste em clarificar as diferenças superficiais existentes nos ensinamentos dos vários chamamentos para a verdade última, e que, direta ou indiretamente, identifica o objeto central de culto ao nome pelo qual são conhecidos. Todas as falsas religiões partilham de um mesmo conceito base, isto no que respeita a Deus: ou afirmam que todos os Homens são deuses, ou que determinados homens foram Deus, ou que a natureza é Deus, ou então, que Deus não passa de um produto da imaginação humana.

Assim sendo, podemos afirmar que, a mensagem base das falsas religiões é a de que Deus pode ser adorado na forma da Sua Criação. Ao concederem à Criação ou a alguns dos seus aspectos o nome de Deus, as falsas religiões convidam o ser humano a adorá-la. Por exemplo, o Profeta Jesus incitou os seus seguidores a que adorassem a Deus; contudo, os que hoje afirmam ser os seguidores de Jesus, instigam as pessoas a adorarem-no, afirmando que ele é Deus.

Buda foi um reformador, a quem se deveu a introdução de vários princípios humanistas na religião praticada na Índia. Contudo, ele não afirmou ser Deus e nem sugeriu aos seus seguidores que fizessem dele um objeto de culto. Tal fato não impediu, todavia, que a grande maioria dos atuais Budistas existentes fora da Índia o tomassem como Deus, e construíssem ídolos de acordo com a sua percepção, perante os quais se prostram.

Ao utilizamos o princípio da identificação do objeto de culto, podemos facilmente detectar as falsas religiões, assim como a natureza fabricada da sua origem. Conforme Deus diz no 

Alcorão:

«Não adorais a Ele, mas a nomes que inventastes, vós e os vossos pais, para o que Deus não vos investiu de autoridade alguma. O juízo somente pertence a Deus, que vos ordenou para que não adorásseis senão a Ele. Tal é a verdadeira religião; porém, a maioria dos seres humanos o ignora». (Alcorão, 12:40).

Podemos argumentar que, se todas as religiões ensinam coisas boas, porque motivo devemos nós preocuparmos-nos com a que seguimos? A resposta consiste no fato de todas as falsas religiões ensinarem o maior dos pecados, que é o da adoração prestada à Criação. Este é o maior dos pecados que o ser humano pode cometer, visto contradizer o próprio objetivo pelo qual foi criado. A Criação do ser humano verificou-se para que este adorasse a Deus somente, conforme Allah claramente explica no Alcorão:
«E não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem». (Alcorão 51:56)

Consequentemente, o culto prestado à Criação, e que é a base da idolatria, constitui o único pecado verdadeiramente imperdoável. Aquele que morre em tal estado de idolatria, determinou já o seu destino na próxima vida. Isto não é uma opinião, mas sim algo revelado por Deus na Sua última revelação ao Homem:
«Na verdade, Deus não perdoa que se Lhe associe companheiro; Mas Ele perdoa tudo, salvo isso, a quem Ele quer». (Alcorão 4:48,116) 

Universalidade das Religiões de Deus

Visto as conseqüências de se seguir uma falsa religião serem tão graves, a verdadeira religião de Deus foi universalmente compreensível e alcançável no passado, e assim deverá permanecer eternamente, de modo a ser compreendida e alcançada por todos aqueles que existem à face da Terra. Dito por outras palavras, a verdadeira religião de Deus não pode encontrar-se confinada a um único povo, local ou período histórico. Do mesmo modo, é também ilógico que uma religião imponha condições que nada têm a ver com o relacionamento existente entre Deus e o ser humano, como é o caso do batismo, a crença no homem como salvador, ou a necessidade de haver intermediários. No princípio base do Islam e na sua definição (a sujeição da vontade pessoal a Deus) encontram-se as raízes da universalidade do Islam. Sempre que o ser humano compreende que Deus é Uno e diferente da Sua Criação, a Ele submetendo-se, torna-se Muçulmano de corpo e alma, podendo a sua entrada no Paraíso vir a acontecer.

Consequentemente, qualquer pessoa, mesmo que se encontre no mais remoto dos locais à face da Terra, pode tornar-se Muçulmano, um dos seguidores da religião de Deus, o Islam, bastando para isso rejeitar o culto prestado à Criação e aceitar unicamente a Deus. No entanto, há que ter em conta que, para que a sujeição da vontade pessoal a Deus se verifique realmente, é necessário escolher constantemente entre o Bem e o Mal. De fato, Deus concedeu ao ser humano não apenas a capacidade de diferenciar o Bem do Mal, mas também o poder de escolher entre ambos. Esta concessão divina acarreta uma enorme e importante responsabilidade, nomeadamente o fato do ser humano ser responsável pelos seus atos perante Deus. Assim sendo, o ser humano deve esforçar-se ao máximo, de modo a praticar o Bem e evitar o Mal. Estes conceitos encontram-se assim expressos na última revelação:
«Na verdade, aqueles que crêem (no Alcorão), e aqueles que são Judeus, Cristãos e Sabeus enfim todos aqueles que crêem em Deus, e no Último Dia, e praticam o bem, terão a sua recompensa do seu Senhor; nenhum temor existirá neles, nem se afligirão.» (Alcorão, 2:62)

Se, por alguma razão, o ser humano rejeitar a última mensagem, depois desta lhe ter sido claramente explicada, encontra-se em grande perigo. O último dos Profetas disse o seguinte:
Aquele que, de entre os Cristãos ou Judeus, ouvir falar em mim, mas recuse afirmar acreditar naquilo que eu transmito, ao perecer nesta situação, encontrar-se-á entre os habitantes do Inferno. (Sahih Muslim [Tradução Inglesa], volume I, pág. 91, nº. 284) 

Reconhecer a Deus

A questão que aqui se coloca é a seguinte: podemos esperar que todos os povos acreditem no Deus Único e Verdadeiro, tendo em conta os vários meios, culturas e sociedades existentes? Para que as pessoas sejam responsabilizadas pelo culto a prestar ao Deus Único e Verdadeiro, é necessário que todas O conheçam e tenham acesso a esse conhecimento. A última revelação ensina que todos os seres humanos têm impresso nas suas almas o reconhecimento do verdadeiro e único Deus, como parte da própria natureza pela qual foram criados.

No sétimo capítulo do Alcorão (al-Aaraf, versículos 172-173), Deus explica que, quando criou a Adão, criou toda a sua descendência, à qual exigiu um juramento, dizendo:
«Não sou o vosso Senhor? Disseram: Sim, nós testemuhamo-lo». (Alcorão, 7:172)
Seguidamente, Deus explicou porque motivo havia exigido a toda a Humanidade que testemunhasse ser Ele o seu Criador e o Único e Verdadeiro Deus digno de ser adorado.

 Neste sentido, Deus disse o seguinte:
«Isso, para não dizerdes, no Dia da Ressurreição: Na verdade, nós não estávamos cientes disso» (Alcorão, 7:172)

Isto significa que nos é impossível afirmar que, naquele dia, não tínhamos idéia de que Allah é o nosso Senhor e que ninguém nos disse que O deveríamos adorar a Ele somente. Allah explicita-o ainda de forma mais concreta:
«Ou, para não dizerdes: Na verdade, foram os nossos pais que idolatravam e nós somos só a sua descendência, após eles; destruir-nos-ás, acaso, pelo que fizeram aqueles defensores da falsidade?» (Alcorão, 7:173)

Assim sendo, toda a criança nasce portadora de uma crença natural em Deus e com uma inclinação inata a adorá-Lo a Ele somente. Em Árabe, esta crença e inclinação inatas têm o nome de "Fitrah".

O Profeta Muhammad SAAS refere que Deus disse o seguinte:

Criei os meus servos dentro da verdadeira religião; contudo, o demônio faz com que eles se afastem. Do mesmo modo, o Profeta disse também: Toda a criança nasce em estado de Fitrah. Seguidamente, os pais fazem dela um Judeu, um Cristão ou um Zoroastriano. Se a criança for deixada só, ela adorará a Deus à sua própria maneira: contudo, todas as crianças são afetadas pelo meio que as circunda.

Assim sendo, do mesmo modo que a criança se submete às leis físicas, impostas à natureza por Allah, também a sua alma se submeterá naturalmente ao fato de que Deus é o seu Senhor e Criador. Todavia, se os pais tentam obrigá-la a seguir um caminho diferente, verifica-se que, nos primeiros estágios da sua vida, a criança não é suficientemente forte para resistir ou opor-se à vontade dos progenitores. Em tais casos, a religião seguida pela criança é aquela em que nasceu e segundo a qual é educada e, até uma determinada etapa da sua vida, Deus não a castigará pela religião professada

Os Sinais de Deus

Ao longo da vida de uma pessoa, desde que esta nasce até que falece, são-lhe revelados os sinais do único e verdadeiro Deus (árabe. Allah). Deus diz o seguinte no Alcorão:
«Nós mostrar-lhes-emos os Nossos sinais em todas as regiões (da terra) e neles mesmos, até que lhes seja esclarecido que ele (o Alcorão) é a verdade». (Alcorão, 41:53)
O que a seguir se apresenta, constitui um exemplo de como Deus se revelou a um homem através de um sinal, mostrando-lhe o quão errado ele estava, ao adorar a um ídolo. Na região a sudoeste da selva Amazônia, Brasil, América do Sul, uma tribo ergueu uma cabana para hospedar o seu ídolo, Skwatch, a quem consideravam ser o Deus supremo de toda a criação.

No dia seguinte à construção, um jovem entrou na cabana para homenagear o Deus. Enquanto estava prostrado perante aquilo que lhe haviam ensinado tratar-se do Criador e Sustentáculo do Mundo, um cão velho, pulguento e asqueroso, entrou na cabana, tendo o jovem erguido a cabeça mesmo a tempo de o ver urinar sobre o ídolo.

Escandalizado, o jovem correu-o para fora do templo; contudo, finda a fúria, percebeu que o ídolo não podia ser o Senhor do Universo. Deus tem que estar em outro lugar, concluiu ele. Por mais estranho que possa parecer, o fato do cão ter urinado sobre o ídolo foi, para o jovem, um sinal de Deus. O sinal continha a mensagem divina de que, aquilo que ele adorava, era falso.
Consequentemente, a este jovem foi dada a possibilidade de escolher: ou procurava o Verdadeiro Deus, ou continuava emaranhado no erro.
Allah menciona a busca de Deus empreendida pelo Profeta Abraão, como exemplo da boa orientação cedida àqueles que seguem os Seus sinais:
«E assim fizemos ver a Abraão o reino dos céus e da terra, para que ele se contasse entre os convictos. Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse: Eis aqui o meu Senhor. Porém, quando esta desapareceu, disse: Não adoro os que desaparecem. Quando viu despontar a lua, disse: Eis aqui o meu Senhor. Porém, quando esta desapareceu, disse: Se o meu Senhor não me guiar, contar-me-ei entre os extraviados. E quando viu despontar o sol, disse: Eis aqui o meu Senhor; este é o maior. Porém, quando este se pôs, disse: Ó povo meu! Na verdade, não faço parte da vossa idolatria. Na verdade, eu dirijo a minha face para Quem criou os céus e a terra; sou monoteísta (hanif) e não me conto entre os idólatras». (Alcorão, 6:75-79)

Tal como antes referimos, foram vários os Profetas enviados as todas as nações e tribos, de modo a apoiarem a crença natural do ser humano em Deus e a sua inclinação inata para O adorar, e reforçarem a Verdade Divina contida nos sinais por Ele diariamente revelados. Embora muitos dos ensinamentos destes Profetas tenham sido distorcidos ao longo do tempo, partes destas mensagens de inspiração Divina mantiveram-se incorruptíveis e serviram para orientar a Humanidade na escolha entre o Bem e o Mal. A influência que estas mensagens desempenharam ao longo de várias épocas pode ser observada nos Dez Mandamentos da Torah Judaica, mais tarde adotados pelos ensinamentos Cristão, assim como na existência de leis contra o assassinato, o roubo e o adultério, presentes em várias sociedades do Mundo antigo e moderno.

Como resultado dos sinais de Deus enviados à Humanidade, juntamente com as revelações confiadas aos vários Profetas, a todo o ser humano foi cedida a oportunidade para reconhecer o Único e Verdadeiro Deus.
Consequentemente, a todas as almas é exigido que respondam pela sua fé em Deus e a aceitação da sua verdadeira religião, ou seja, o Islam, que significa a total submissão à vontade de Deus. 

 Conclusão

A apresentação precedente demonstrou como o nome da religião Islâmica encerra em si o seu princípio central, ou seja, a submissão a Deus. Revela também que, o nome Islam, e segundo as suas Escrituras Sagradas, não foi escolhido pelo Homem, mas sim por Deus. Do mesmo modo, demonstrou-se que apenas o Islam ensina a unicidade de Deus e dos Seus atributos, impondo o culto prestado a Deus somente, sem a existência de intermediários. Por último, e devido aos sinais revelados por Deus e à inclinação divinamente infundida no ser humano para O adorar, o Islam pode ser alcançado por toda a Humanidade, seja em que época for.

Resumidamente, o significado do nome Islam (submissão a Deus), o seu reconhecimento fundamental da unicidade de Deus, assim como o fato de ser acessível a todos, independentemente da época em que vivem, apóiam convincentemente a reivindicação Islâmica de que, desde os princípios dos tempos, e não obstante o idioma falado, esta era, e continuará a ser, a verdadeira religião de Deus.

Concluindo, rogamos a Allah, o Enaltecido, que nos mantenha no caminho certo para o qual nos orientou, e que nos conceda as Suas Benções e Misericórdia, visto ser Ele o mais Misericordioso. Que Allah, Senhor dos Mundos, seja louvado, e que a Paz e as Bençãos estejam com o Profeta Muhammad SAAS e com todos os Profetas de Deus e os seus seguidores.

Tanto o nome Jesus como o nome Cristo derivam do Hebraico, do Grego e do Latim. Jesus é a forma Portuguesa e Latina da palavra Grega Iesous, que em Hebraico diz-se Yeshua ou Yehoshua (Joshua). A palavra Grega Christos é a tradução do Hebraico Messiah, que significa O Anunciado

Que a paz esteja com ele: frase que é dita, em sinal de respeito, após mencionar-se o nome de qualquer um dos Profetas.



sexta-feira, dezembro 18, 2015

Cristãos e Muçulmanos têm mais semelhanças do que diferenças

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

Cristãos e Muçulmanos têm mais semelhanças do que diferenças, senão vejamos:

Jesus ensinou que há Um só Deus e apenas Deus Único deve ser adorado conforme se diz em Deuteronômio 6: 4: «Escuta, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o Único Senhor»; Em Marcos 12:29: «Jesus disse: Ouve, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o Único Senhor»; Marcos 12.32: «O escriba disse-lhe (a Jesus): ”Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é Único e que não existe outro além d’Ele”». 

Os muçulmanos também acreditam dessa forma, conforme se lê no Alcorão 4:171: «Ó adeptos do Livro, não exagereis na vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra e Deus é mais do que suficiente Guardião».

Jesus seguia a lei e acreditava em todos os profetas, (ver Mateus 5:17 "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.". Os muçulmanos fazem também o mesmo conforme se lê no Alcorão 3:84".Dize: Cremos em Deus, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos. e 2: 285." O Mensageiro crê no que foi revelado por seu Senhor e todos os fiéis crêem em Deus, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros. Nós não fazemos distinção entre os Seus mensageiros. Disseram: Escutamos e obedecemos. Só anelamos a Tua indulgência, ó Senhor nosso! A Ti será o retorno!"

A mãe de Jesus, Maria, vestia modestamente, cobrindo totalmente o seu corpo e usando um véu (hijab) conforme se diz em 1 Timóteo 2: 9"Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos" , Gênesis 24: 64-65 " Rebeca também levantou seus olhos, e viu a Isaque, e desceu do camelo.E disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu senhor. Então tomou ela o véu e cobriu-se" .E I Coríntios 11: 6 "Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu."  As mulheres muçulmanas vestem, modestamente, da mesma forma.

Jesus e outros profetas da Bíblia jejuavam 40 dias (ver Êxodo 34: 28 ("E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos", Daniel 10: 2-6 ("Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas.Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas.E no dia vinte e quatro do primeiro mês eu estava à borda do grande rio Hidequel;E levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz;E o seu corpo era como berilo, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como a voz de uma multidão". 1 Reis 19: 8(" Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. e Mateus 4: 1 ("2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome". 

Os Muçulmanos fazem também o mesmo durante o mês do Ramadão. Os muçulmanos são obrigados a jejuar 30 dias completos (ver Alcorão 2: 183 ".Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus.), e alguns ainda fazem mais jejuando, logo a seguir, um adicional de 6 dias para aumentar as suas recompensas. . Jesus ensinou a dizer "Paz seja nesta casa" ao entrar em casa (ver Lucas 10: 5 "E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa.), e também para saudar o povo na casa com "a paz esteja convosco". Os muçulmanos fazem exatamente o que Jesus fez e ensinou. Quando entramos em nossas casas e nas casas de outros, dizemos "Bismillah" e também cumprimentamos com "Assalaamu alaikum" (que a paz esteja convosco

A circuncisão é primeiro dos 5 fitrah no Islão, por isso, os homens muçulmanos são ordenados para serem circuncidados. De acordo com a Bíblia, em Lucas 2: 21 "E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.", Jesus estava com oito dias de idade quando foi circuncidado. Na Torah, Allah / Deus declarou ao Profeta Abraão que é uma "aliança eterna" (ver Gênesis 17:13 "Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará a minha aliança na vossa carne por aliança perpétua.). No versículo do Alcorão, 16: 123 (".E revelamos-te isto, para que adotes o credo de Abraão, o monoteísta, que jamais se contou entre os idólatras."), os muçulmanos são ordenados a seguir a religião de Abraão. 

O Profeta Muhammad (s.a.w.) disse: "O Profeta Abraão circuncidou a si mesmo quando ele tinha oitenta anos. 

Jesus falava aramaico e chamava Deus de "Elah", que é pronunciado como "Allah". Aramaico é uma antiga linguagem bíblica. É uma das línguas semíticas, que também incluem hebraico, árabe, etíope e antiga língua assíria e babilônica de Akkadian.

O aramaico "Elah" é igual ao arábico "Allah". O aramaico "Elah" é derivado do arábico "Allah", e significa "Deus". "Allah" em árabe também significa "Deus", o Supremo Deus Todo-Poderoso. Pode-se ver, facilmente, a semelhança na sua pronúncia de modo a que se conclui que o Deus de Jesus é também o Deus dos Muçulmanos, de toda a humanidade, e de tudo o que existe! 

Obrigado. Wassalam. M. Yiossuf Adamgy - 17/12/2015.

segunda-feira, novembro 30, 2015

Pequenos Sinais do Quiyamah (Dia do Juízo Final)

Aspectos da Moralidade Social

1º- Haverá muita hipocrisia, e a mentira será uma prática comum;
2º- Os homens obedecerão as suas mulheres e desobedecerão as suas mães, ou seja, darão preferência às suas mulheres do que as suas mães; 
3º- Serão mais generosos e terão mais consideração pelos amigos do que pelos pais; ou seja, não os ajudarão, não os sustentarão, enviá-los-ão para os lares de velhos, etc;
4º- A música, a dança e os instrumentos musicais, tornar-se-ão extremamente vulgares (amor por elas);
5º- A Modéstia e a Vergonha desaparecerão;
6º- Não se desejarão mais ter filhos. O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); diz a esse respeito:

''Ao se aproximar o fim dos tempos, o homem achará melhor criar um cachorro do que criar um filho seu, não respeitará os mais velhos e não terá compaixão pelos mais novos. Os filhos frutos do adultério serão muitos, a ponto, de homem manter relações sexuais com a mulher nas sarjetas. Vestirão as peles de ovelhas, mas terão corações de lobo. Serão os mais parecidos possíveis com os hipócritas.'' (Al-Tabarani e Al-Hakim).

Já se nota isto um pouco por todo o lado, especialmente na sociedade Ocidental.

7º- A nova geração amaldiçoará a anterior;

8º- Numa família haverá pessoas que seguem diferentes religiões;

9º- Os fundos públicos serão considerados propriedades privadas;

10º- A opressão tornar-se-á dominante, as pessoas serão respeitadas pela sua força e temor da sua brutalidade e não pela sua justiça;

11º- As pessoas desejarão a morte por causa da prática de maldades (suicídios) e a falsidade tornar-se-á exuberante;

12º- Haverá muitas matanças entre as pessoas sem justificação (as guerras, assassinatos, etc);

13º- Os filhos desobedecerão e maltratarão os Pais, tratando-os como serventes e até as moças que em relação aos rapazes, normalmente são mais compassivas com as mães, tratá-las-ás como escravas. (Al Bukhari). 
------
Aspecto Da Moral Individual

1º- A religiosidade e o conhecimento islâmico vai baixar apesar do progresso científico;

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); diz a esse respeito:

‘’Entre os sinais da aproximação da hora do Juízo Final, estão a existência de muitos leitores e poucos entendedores e de tantos Príncipes e tão poucos Probos.’’ (At-Tabarani).

No passado o saber era a demonstração da força da religião e a ignorância traduzia a sua fraqueza, porém, o inverso é o que acontecerá no final dos tempos assim como diz o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele):

‘’Haverá no final dos tempos adoradores ignorantes e leitores corruptos.’’ (Al-Hakim)

2º- A ignorância dominará as pessoas;

3º- As mulheres usarão vestuário provocantes, isto é, sexualmente atrativo, provocador e farão as suas cabeças serem semelhantes às corcovas dos camelos (nos penteados);

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Allah estejam sobre ele); disse a esse respeito:

‘’As mulheres estarão vestidas, mas ao mesmo tempo nuas.’’

Isto é; com vestuário leve e transparente, muito apertado ou seminuas.

Ninguém imaginou no passado que inclusive as mulheres haveriam de se despir e de se utilizarem de todos os meios para excitarem os desejos dos homens estranhos.

Presentemente nota-se a onda de nudismo por todo o lado, apesar da abundância das roupas e fartura de tecido, e vestuários cuja função é precisamente tapar aquilo que se acha despido. Essas vestes apertadas ou leves e transparentes revelam uma grande parte do corpo da mulher. Verifica-se mais isso nas praias e nas piscinas mistas frequentadas pelas mulheres sem as suas roupas e vestuários, com o corpo nu, exceto a sua região pubiana e parte dos seios. Estas são as tais mulheres que estão vestidas e simultaneamente nuas.

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Allah estejam sobre ele); disse:

‘’Dois tipos de gente d'entre a minha nação, que eu não vi, estarão no fogo: pessoas que trazem consigo chicotes como os rabos de bovinos com os quais eles chicoteiam o povo e mulheres vestidas, nuas, requebrantes e que fazem requebrar, cujas cabeças parecem corcovas balançantes de camelos.’’ (Muslim)

4º- As mulheres imitarão os homens e vice-versa (Al-Hiliya). Isto pode ser no comportamento, na aparência, nas vestes, etc;

5º- Haverá um aumento considerável na homossexualidade entre homens e mulheres;

6º- O adultério e a fornicação serão vulgarizados a ponto de serem exibidos e praticados em praças e locais públicos.

(Exibições de filmes pornográficos e de instrumentos de pecado, fomentados por todos os meios de comunicação).

Nunca se cometeu tanto pecado nesta terra como em nossa época, com uma grande tendência de piorar.

terça-feira, novembro 17, 2015

Atentado em Paris — Guerras e jihadismo, Razões mundanas, Desculpas divinas !...

Prezados Irmãos, 

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alai-kum", a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço entes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. 

A paz mundial é a única solução para ter um mundo melhoremos expressar a nossa rejeição total e trabalhar 
juntos, juntos para a Paz, Democracia e Coexistência. São momentos de cidadãos da União contra a barbárie e selvageria desses grupos terroristas que usam a violência e o terror para atingir os seus objectivos.

Para além da análise, as reivindicações e a dor causadas a toda a sociedade, devemos expressar, conjuntamente, a nossa rejeição a tais actos desumanos que espalham o terror, a corrupção e a desconfiança entre os cidadãos.

Dizemos-lhes que queremos a paz e somos contra este tipo de acções violentas que ameaçam a vida humana, de forma indiscriminada.

Dizemos-lhes que não profanem uma religião praticada por 1.600 milhões de pessoas. E mesmo que eles façam e pervertam esta bela oração "Allah Hu Akbar" cada vez que querem, nas suas bocas não terá nenhum valor e nem representará a grandeza divina do Criador ou o valor positivo que representa o Islão para a humanidade. Eles são terroristas, sem justificação nem qualquer apoio.

Condenamos, veementemente, os ataques em Paris e, com a mesma veemência, condenamos todos os massacres e atrocidades cometidas em todos os cantos deste mundo, apelando à consciência humana para tratar todas as pessoas da mesma maneira, porque ouvimos pouco sobre o que está a acontecer na Birmânia e na Palestina ou nalguns países africanos, com a participação de grandes países, através de armamento, participação directa ou intervenções militares e participação indirecta através do silêncio e negligência. 

O ser humano merece viver em paz, independentemente de raça, credo ou cor. 

Não ao que aconteceu em Paris. 

Não ao que se passa na Palestina. 

Não ao que ocorre na Síria.

Não ao que acontece no Iraque.

Não ao que ocorre no Afeganistão

Não ao que se passa na Birmânia. 

Não e não aos massacres, não às atrocidades, não ao egoísmo e não à hipocrisia. 

Ninguém deve ser outro, mas sim o respeito mútuo. erecemos viver num mundo melhor.

A guerra não é a solução, mas a base de todos os problemas.

A guerra não é a solução, mas a base de todos os problemas. “O medo da guerra é ainda pior do que a própria guerra”. “No meio das armas, as leis são silenciosas”. 

É frequente ouvirmos as “razões mundanas” que justificam a guerra e as “desculpas divinas” que justificam o terrorismo. «A fé é uma restrição contra a violência, não permitas que crente algum pratique actos violentos». 

Profeta Muhammad (p.e.c.e.). (Abu Dawud). Mais uma vez dizemos que o Islão não justifica, não permite, não exalta, não promove a violência e o terrorismo, mas sim que os condena. O século XXI é, graças às redes sociais, o século da interacção aberta entre milhões de pessoas e o ruído é tal que ninguém verdadeiramente lê, escuta, rectifica ou reflecte. O Mundo inteiro “sabe”, sabemos, o que se passa, e por isso é fácil falar, explicar ou justificar o caos em que vivem muitos dos países de maioria Muçulmana. É ainda mais fácil, comodamente sentado no gabinete, decidir e planear intervenções militares para lutar contra o extremismo islâmico, a milhares de quilômetros de distância, em lugares exóticos denominados Síria, Iraque, Egipto, Líbia, Paquistão, Afeganistão, Iémen…; países esses identificados como tratando-se de uma sociedade (muulmana) homogénea, retrograda e incapaz de transformar-se, interagir e responder aos actos “ali” desenvolvidos pelos países ocidentais. 

E, caso respondam, deveriam fazê-lo mostrando gratidão. Recordemos como, graças ao Ocidente e à sua 
intervenção em 2003, o povo Iraquiano se libertou do ditador Saddam Hussein. Os milhões de mortos, os 3,5 milhões de refugiados, a divisão sectária do país entre Xiitas e Sunitas, a perseguição às minorias religiosas e o colapso econômico, político, cultural e institucional pareciam ser o preço justo que a sociedade 

Iraquiana pagava pela sua liberdade. Nada mais longe da realidade, como acabamos de ver em Paris. Após ver sufocada e extinta, por poderes econômico financeiros, a esperança de uma Primavera Árabe, o Iraque canalizou o imenso sofrimento e injustiça desta guerra com mais sorte, mais destruição, mais violência, ou seja, com o Estado (anti) Islâmico (ISIS). Uma obviedade que, por fim, Tony Blair reconheceu recentemente em entrevista à CNN (e divulgada em Portugal): “sem a guerra do Iraque, o ISIS não existiria”. Uma confissão que nos confirma o que já sabíamos: as armas de destruição em massa, argumento para justificar a guerra, não existiam…

Afeganistão, Paquistão, Síria, Líbia, Egipto, Tunísia, Nigéria,…repetem-se os erros. O drama continua e estende-se. Antes era ali, agora é aqui, contudo, a vítima é sempre a mesma: a pluralidade e a diversidade de uma sociedade civil aniquilada por sonantes discursos geopolíticos e interpretações religiosas hipócritas 
que partilham o mesmo objectivo: o poder, o dinheiro. 

Quão fácil se tornou desprestigiar o Islão e os Muçulmanos utilizando o adjectivo: “Islâmico”, quando o que se deveria ter feito era proceder a uma análise do alcance e das ambições do substantivo: “Estado” e analisar como se financia e a quem vende o petróleo, como difunde a sua ideologia nas redes sociais, como se organiza internamente e como tem acesso ao armamento. 

E, contudo, o grande drama nesta triste história não é apenas a dissolução progressiva da pluralidade mas, especialmente, a desumanização crescente que afecta algumas das sociedades contemporâneas, desprovidas de toda uma visão compassiva e solidária para com a dor alheia. Não somos pessoas, mas categorias: Muçulmano/Ocidental, Descrente/Jihadista, Sírio/Francês, Euopeu/Imigrante, Sunita/Xiita, habilmente manipuladas por meio de discursos de vitimização: “atacaram-nos/invadiram-nos” e de supremacia “somos melhores”. 

O objectivo último desta desumanização é a criação de uma identificação grupal e o despertar de um sentimento de vingança contra ataques reais ou imaginários, que facilite a nossa transformação em drones telecomandados face à guerra e à luta ou, pelo menos, em espectadores impassíveis perante assassinatos e injustiças impingidos a terceiros. 

“A morte de qualquer ser humano diminui-me, porque sou parte integrante da Humanidade; portanto, não perguntes nunca por quem dobram os sinos: dobram por ti”. – John Donne. 

Após analisar as reacções aos recentes atentados sofridos por Bagdade, Beirute, Paris, Iraque, Nigéria, Iémen ou o avião russo derrubado na Península do Sinai, algo nos faz desconfiar que temos interpretado John Donne em sentido restrito: os sinos apenas dobram por nós, pelos mortos que são “nossos”, porque não somos parte integrante da Humanidade pela paz, mas pela guerra. 

O pânico que a população civil sofre em muitos países Muçulmanos chega à Europa como um boomerang, tingindo de sangue o nosso quotidiano. A guerra já aqui está: “trata-se de um acto de guerra”, afirmou François Hollande após os atentados de Paris. 

Após 14 anos de intervenções e guerras em diversos países árabes, sabemos que os tanques, os drones ou os bombardeamentos aéreos não impulsionam a paz nem a estabilidade e nem estabelecem a democracia, mas que destroem países e sociedades, criam monstros como o ISIS e originam milhões de refugiados, transformando o Mediterrâneo numa imensa vala comum e as nossas casas em alvo directo dos terroristas.

Continuar a outorgar a primazia da resolução dos conflitos pela solução militar, seguir a doutrina Bush após o 11 de Setembro, apenas pode ser explicado pela poderosa influência da indústria do armamento: 3% do PIB mundial destina-se a despesas militares, enquanto quase metade da população mundial, 2.800 milhões de pessoas, vivem com menos de dois dólares por dia. 

A guerra não é a solução, mas a base de quase todos os problemas. Ouvimos demasiadas vezes as “razões mundanas” que justificam a guerra: paz, democracia, estabilidade, direitos humanos; e as “desculpas divinas” que justificam o terrorismo: “é uma ordem Alcorânica”, os inimigos são infiéis”, “os terroristas suicidas irão para o Paraíso”. A guerra defende-se, desajeitadamente, com valores seculares a Ocidente e um vazio radicalista religioso a Oriente. 

Tudo é mentira. Razões mundanas e desculpas divinas, máscaras cínicas que, ao longo da História, ensombraram o Mundo e semearam a Terra de violência e corrupção, ocultando os seus espúrios interesses materialistas. Nas guerras do século XXI apenas os métodos mudaram. As novas tecnologias e o uso de drones esbatem a realidade e convertem a guerra num videojogo, na crônica de uma morte anunciada e emitida pelo YouTube. A guerra é um jogo e o jogo é, cada vez mais, a guerra. 

“Esta vida terrena não é senão jogo e diversão; na verdade, a Derradeira Morada (a morada no outro mundo, essa sim, é a verdadeira vida. Se o soubessem!…” (Alcorão, 29:64). 

Maravilhoso seria este mundo se, como disse um Cheikh deveras sábio, a única guerra fosse contra o ego. Penso nisso quando, de repente, percebo uma ligeira brisa e olho para o Céu. Ali percebo o voo de um falcão branco que me sussurra um belo hadith: 
«O que tenho a ver com este mundo? Sou como um peregrino que se refugia sob a sombra de uma árvore e logo retoma o seu caminho». – Profeta Muhammad (paz esteja com ele) - Ahmad 1/391, At Tirmidhi (2377). 

Proclamação do Alcorão há 1400 anos . No Alcorão, o Livro revelado a Humanidade como um guia, que tem 1400 anos, Deus ordena aos muçulmanos para adquirir uma excelência no comportamento ético e moral, baseado em valores como a paz, a tolerância, a misericórdia ou a compaixão. Por isso, é de destacar algumas referências Alcorânicas autênticas, que revelam os valores promovidos pelo Islão contra os actos terroristas que têm sido levados a cabo por estes selvagens, que também são inimigos dos muçulmanos:

1- "E Caim disse: «Juro que te matarei» (05:27). Abel respondeu: «Ainda que levantasses a mão para assassinares-me, jamais levantaria a minha para matar-te, porque temo a Deus, Senhor do Universo». E Deus disse: "Nós decretamos para os Filhos de Israel que quem matar um ser humano, sem que este tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se ele tivesse assassinado toda a humanidade; e quem salvar uma vida, será considerado como se tivesse salvado toda a humanidade” (5:32). "Sabei que Deus não guia àqueles que deliberadamente fazem o mal". (9:109).

2- "Aqueles que praticam o bem obterão o bem e ainda algo mais; nem a poeira, nem a ignomínia embaciarão o brilho dos seus rostos. Eles serão os diletos do Paraíso, onde morarão eternamente". (10:26).

3- "…E sê amável, como Deus tem sido para contigo, e não semeies a corrupção na terra. Na verdade Deus não ama os corruptores". (28:77).

4- "Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Muhammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!" (41:34).

5- "E a recompensa de má acção é má acção igual a ela; mas, quanto àquele que indultar (possíveis ofensas dos inimigos) e se emendar, saiba que a sua recompensa pertencerá a Deus. Na verdade, Ele não ama os agressores." (42:40).

Proclamação do Profeta Muhammad (p.e.c.e.) no início do Islão A seguinte proclamação também tem mil e quatrocentos anos. É praticamente desconhecida no Ocidente e foi ditada pelo Profeta Muhammad (as bênçãos e a paz estejam sempre com ele) e nela encontram-se impressas as normas que deveriam regular a convivência pacífica entre Muçulmanos e não-Muçumanos; uma mentira clara para os que procuram identificar o terrorismo e o fanatismo ao Islão. Este é o comportamento do verdadeiro Muçulmano: 

Que protegerei todos os refugiados que cheguem aos meus portos, sejam de onde for, longe ou perto, tanto em tempo de paz, como de guerra”. 

“Que, para além de uma vida tranquila, asseguro-lhes a sua própria defesa, a dos seus templos e mosteiros, das suas capelas e abadias, residência colectiva ou particular dos seus monges e a segurança das estradas aquando das suas deslocações, não obstante o local onde queiram viver e em todo o lugar onde vivam”. 

“Que defenderei a sua religião e a sua propriedade, seja em que sítio for e a forma como se encontram, do mesmo modo que o faria comigo mesmo, pela minha religião, pelos que me são próximos e pelos seus pertences, e que mesmo assim lhes darei cobertura contra qualquer dano, desentendimento, imposição ilícita ou responsabilidade ilegítima, protegendo-os de qualquer potência estrangeira que os pretenda atacar com toda a minha força, com a minha própria pessoa e com a dos meus, sejam soldados ou civis, sem ter em conta o poder do inimigo”. 

“Que desde que os considere sob a minha protecção e abrigo, preconceito algum os atingirá, seja em que forma for, sem primeiro atingir dignatários, responsáveis pela defesa nacional”. 

“Que, a partir de agora, não se forçará sacerdote Cristão algum a renunciar às suas vestes, nem indivíduo algum a abandonar a sua fé; do mesmo modo, não se dificultará o trabalho dos monges no exercício da sua profissão, e nem serão obrigados a abandonar os seus mosteiros e a suspender as suas viagens missionárias”. 

“Que não será demolida, nem mesmo uma fracção mínima dos seus templos; pois, quem tal fazer, quebrará a promessa solene dada em nome de Deus, desobedecerá o Profeta e atraiçoará abertamente a felicidade da sua consciência”. 

“Que no que respeita aos impostos, decorrentes de negócios pertencentes aos Cristãos ou a outras crenças, e caso algum deles adquira bens móveis ou imóveis, com o compromisso deles beneficiar da sua exploração ou arredamento, não pagarão impostos maiores do que os já suportados pelos Muçulmanos”. 

“Que os Cristãos sejam considerados, no que respeita a debates de consciência, iguais aos nossos, sem que estejam obrigados a sair com os exércitos nacionais ao encontro do inimigo e nem lutar em situação de guerra”. 

“Que Cristão algum seja obrigado a converter-se à religião do Islão; e nem a sua fé seja discutida, a não ser pelo uso de termos afáveis, devendo ser tratados por todos os Muçulmanos com misericórdia e carinho, que os deverão proteger contra qualquer dano ou prejuízo, onde quer que estejam e seja qual for a situação em que se encontram”. 

“Que os Muçulmanos não contribuam para o fracasso dos Cristãos, seja que fracasso for, e que nem lhes seja negada a colaboração necessária e nem tão-pouco sejam molestados aquando do momento da sua oração”. 

“Que por intermédio desta promessa divina lhes sejam concedidas as mesmas regalias de que usufruem os muçulmanos, assumindo-se, por consequência, a obrigação de os proteger contra qualquer inconveniente e prover ao seu benefício, para que sejam verdadeiros cidadãos, solidários nos seus direitos e deveres comuns”. 

“Que, no que respeita ao matrimônio, uma adepta do Livro não será obrigada a desposar um Muçulmano e nem será contrariada caso resista à corte, visto ser indispensável o seu prévio consentimento; e, caso o enlace se realize, o marido deverá dar liberdade à esposa para que esta pratique a sua fé, sem em caso algum obrigá-la a abjurar à sua religião e nem opor-se, caso sejam estes os seus desejos, pois, todo o acto contrário a estes postulados, colocá-lo-iam entre os falaciosos, violadores da promessa de Deus e da palavra do Seu Profeta”. 

“Que caso os Povos do Livro necessitem construir ou reformar os seus templos, capelas ou lugares santos, ou qualquer outra acção de interesse para o culto por eles praticado, seja prestada, a pedido dos mesmos, a ajuda técnica ou econômica correspondente, sendo este acto considerado como um simples acto de beneficência, de acordo com a promessa dada pelo Profeta e ajustado às regras que Deus impôs a todos os Muçulmanos”. 

“Que em caso de guerra não sejam obrigados a servir de emissários, guias ou observadores quanto ao campo inimigo, e nem a nenhuma actividade de carácter bélico; e, caso alguém lhes o exige, individualmente ou em massa, fazer o contrário, pois tal exigência será considerada um desacato à palavra profética e desobediência ao seu testemunho”. 

“Quem quer que viole as condições predefinidas será considerado um renegado de Deus e da promessa solene feita pelo Profeta Muhammad aos sacerdotes e monges Cristãos, com o testemunho da nação”. 

“Este é um mandato inelidível contraído pelo Profeta em seu próprio nome e em nome de todos os Muçulmanos, e a cuja observação estão obrigados de modo estrito até ao Dia da Ressurreição e Fim do Mundo”. 

Este é um símbolo de tolerância teológica , filosófica VERDADEIRA. Esta é a nossa doutrina. Não a dos fanáticos terroristas, patrocinados eventualmente pelo Ocidente, que dizem representar-nos. O que implica que os meios de comunicação em massa tendenciosos os elevem à categoria de verdadeiros Muçulmanos, apenas para confundir. 

Que o Deus Uno e Único, Infinito e Eterno, nosso Criador, Omnipotente, Beneficente e Misericordioso nos 
proteja a todos. Amém.

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 15/11/2015.