quinta-feira, maio 15, 2008

DESCOMPLICANDO O ISLAM



INDICE

DESCOMPLICANDO O ISLAMISMO

I) CONCEITOS

II) CONCÍLIO DE NICÉIA

III) IGREJA CATÓLICA NÃO TEM 21 SÉCULOS E SIM 18

IV) ONDE TERMINA A IGREJA PRIMITIVA DOS ATOS DOS APÓSTOLOS E COMEÇA O CATOLICISMO ROMANO

V) A REVELAÇÃO ISLÂMICA

VI) ALCORÃO SAGRADO À ÚLTIMA MENSAGEM DE ALLAH PARA A HUMANIDADE

VII) O QUE É O ISLAMISMO

VIII) O ISLAMISMO TEM COMO OBJETIVO

IX) OS PILARES DA FÉ

X) OS PILARES DO ISLAMISMO

XI) O IHSAN

XII) SEMELHANÇAS ENTRE AS RELIGIÕES MONOTEÍSTAS

XIII) NO ISLÃ A VIDA RELIGIOSA NÃO SE RESTRINGE AO TEMPLO

XIV) ALGUMAS INCOERÊNCIAS NOS QUATRO EVANGELHOS

XV) JESUS (IÇA) E A VIRGEM MARIA NO SAGRADO ALCORÃO

XVI) ALGUNS BENEFÍCIOS PARA QUEM ABRAÇAR O ISLAMISMO

XVII) A VERDADEIRA PAZ INTERIOR

XVIII) AO ABRAÇAR O ISLAMISMO TODOS PECADOS ANTERIORES SERÃO PERDOADOS

XIX) DÚVIDAS MAIS FREQÜENTES SOBRE O ISLAMISMO

XX) CELIBATO

XXI) O QUE PENSAM OS MUÇULMANOS SOBRE A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS

XXII) A RELIGIÃO DO ISLÃ É APLICADA NA VIDA DIÁRIA

XXIII) NATUREZA INTERIOR

XXIV) NATUREZA EXTERIOR

XXV) JIHAD É O MESMO QUE GUERRA SANTA?

XXVI) ALCORÃO SAGRADO

XXVII) ALCORÃO SAGRADO A PALAVRA DE DEUS

XXVIII) VISÃO ISLÂMICA DA MORTE

XXIX) COISAS QUE INDICAM UM BOM FINAL

XXX) AS CAUSAS DE UM FINAL RUIM

XXXI) A TRAVESSIA DA ALMA NOS CÉUS

XXXII) OUÇAM ALLAH NOS CHAMANDO NESSE MOMENTO PARA A SALVAÇÃO

XXXIII) REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad

Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício de Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo.

EM NOME DE DEUS CLEMENTE E MISERICORDIOSO - INICIO DO OPÚSCULO

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!( Louvado Seja Deus).

“Allah é a forma Árabe de grafar a palavra Deus. O Deus de Abraão, Moises, Jacó, Jesus e Muhammad” (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah estejam com Eles). Essa palavra em árabe não possui gênero, número ou grau, destina-se exclusivamente para denominar Ele, o Senhor do Universo, o Único que jamais gerou ou foi gerado ““.

O surgimento do Islamismo, ao contrário de outras religiões monoteístas tem data e local demarcados: iniciou no século VII, na península arábica, hoje, Reino da Arábia Saudita, localizada no Oriente Médio. Essa região, contudo, já havia sido cenário há séculos atrás, da revolução monoteísta, a fé em um Deus Único, introduzida pelos Judeus e Cristãos. Historicamente o monoteísmo teve inicio com Abraão (Que Allah esteja Satisfeito com Ele) também chamado o Pai dos Profetas. Esse fato inclusive, talvez tenha facilitado a compreensão da nova crença, não, porém sua pronta aceitação, uma vez que houve um árduo trabalho do Profeta Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) fazer ser aceita a Religião do Islã.

A expansão do Islã deve-se principalmente as condições históricas e concretas em que Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) e seus seguidores atuaram.

A Arábia vivia então à margem das duas superpotências do Oriente Médio da época: a Pérsia (hoje a República Islâmica do Irã) e o Império Bizantino (Império Romano do Oriente, cuja capital era Constantinopla, hoje Istambul Turquia). Em 395 d.C através de um decreto lei promulgado pelo imperador Flavius Valerius Constantinus filho de Constantino i http://pt.wikipedia.org/wiki/Constantino_I">Constantino I, o Cristianismo passou a vigorar como a religião oficial do Império Romando (Oriente e Ocidente).

Esse ato foi o desfecho de um plano muito bem elaborado pelo o imperador Constantino com o objetivo de inverter uma situação até então vigente no Império Romano, de perseguidor dos cristão acolheu o Cristianismo com a Religião Oficial. Com isso ele tencionava unificar o seu império através da religião, a qual já contava com um número expressivo de seguidores.

Não podemos falar nessa tranformação religiosa, que teve como ponto marcante o Concílio de Nicéia no ano de 325 d.C . Vejamos como ocorreu esse Concílio: “325 d.C –É realizado o Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia ( Nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor ), na Turquia asiática. A Turquia é um país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus (285 - 337 d.C), filho de Constantino I. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália (atual França) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano. Desde Lúcio Domício Aureliano (270 - 275 d.C), os Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano a seus "direitos divinos", em 274. Porém, Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo. Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários (10% da população do império), os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império : Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Em 325, já como soberano único convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes. E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele) era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a mesma entidade existente) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; à distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.
Com a subida da Igreja ao poder, discussões doutrinárias passaram a serem tratadas como questões de Estado. E na controvérsia ariana, colocava -se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina. O Concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns seguidores, em especial Eusébio, de Nicomédia; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos: Alexandre, de Alexandria; Eustáquio, de Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt (Bichvinta, reino de Egrisi). O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias: Marcus, da Calabria (Itália); Cecilian, de Cartago (África); Hosius, de Córdova (Espanha); Nicasius, de Dijon (França) e Domnus, de Stridon (Província do Danúbio). Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse.
As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindo provavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo. O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianista estaria sujeito à pena de morte. Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egito foram expulsos devido à sua oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Arius Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo (O "Credo da Dedicação”) em 341, para substituir o de Nicéia. E em 357, um Concílio em Smirna adotou um credo autenticamente ariano. Portanto, as orientações de Constantino nessa etapa foram decisivas para que o Concílio promulgasse o credo de Nicéia, ou a Divindade de Cristo, em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqüente instituição da Santíssima Trindade e a mais discutida, ainda, a instituição do Espírito Santo, o que redundou em interpolações e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bíblia às decisões do conturbado Concílio e outros, como o de Constantinopla, em 38l, cujo objetivo foi confirmar as decisões daquele. A concepção da Trindade, tão obscura, tão incompreensível, oferecia grande vantagem às pretensões da Igreja. Permitia-lhe fazer de Jesus Cristo um Deus. Conferia a Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele), que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a própria Igreja Católica e assegurava o seu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratégia revela o segredo da adoção trinitária pelo concílio de Nicéia. Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele), colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo: “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno!
Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele). Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano. Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu (depois de ser batizado por um bispo arianista), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio. Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianista abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 d.C, o imperador Teodósio (um trinitarista) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas bispos trinitários foram convidados a participar. Cento e cinqüenta bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Com a exclusiva participação dos citados bispos, a Trindade foi imposta a todos como "mais uma verdade teológica da igreja". E os bispos, que não apoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados. Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade "pegasse". A política do governo e da Igreja foram às razões que levaram a Trindade a existir e se tornar à doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue. As Igrejas Cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro Imperador Cristão, mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte.
OBS: Em 313 d.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de uma nova Religião para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difusão do Cristianismo, apoderou-se dessa Religião e modificou-a, conforme seus interesses. Alguns anos depois, em 325 D.C, no Concílio de Nicéia, é fundada, oficialmente, a Igreja Católica. Portanto, a versão de que a Igreja Católica Apostólica Romana teria mais de 2.000 anos, servindo assim de mais um reforço para que autoridades católicas espalhassem aos 4 ventos que essa igreja teria sido fundada por Cristo, cai definitivamente por terra. Para maiores detalhes, sugiro a leitura do artigo abaixo, assinado por Pedro do Coutto (http:www.tribunadaimprensa.com.br):
Igreja Católica não tem 21 séculos e sim 18 “Em artigo assinado no” Jornal do Brasil “de 6 de agosto, dom Antonio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar do Rio de Janeiro - posto que no passado foi exercido por dom Helder Câmara -, afirmou que a Igreja Católica existe há 21 séculos e o silêncio dos papas, através da história, diante de acusações diversas, pode ser comparado ao de Jesus Cristo. Ao de Jesus Cristo frente ao sinédrio judeu de Caifás ao falso tribunal de Pôncio Pilatos, representante do imperador Tibério na Judéia invadida e ocupada pelo Exército de Roma”.
Foi um duplo equívoco. Em primeiro lugar, a Igreja Católica não ingressou no seu vigésimo primeiro século. Foi fundada 305 anos após a crucificação, por outro imperador romano, Constantino, quando da Ata de Milão. Está no décimo oitavo século. Os romanos perseguiram Cristo, terminaram adotando-o como filho de Deus.
O catolicismo, portanto, é posterior em três séculos ao cristianismo. Inclusive, foi o Vaticano que elegeu Pedro seu primeiro papa, quase trezentos anos depois de sua execução por Nero, no ano 64. Uma confusão histórica que precisa ser desfeita é exatamente esta: o paralelismo entre Jesus Cristo e a Igreja de Roma. Não existiu.
Em segundo lugar, ao contrário do que sustentou dom Antonio Augusto, nem sempre os papas ficaram calados diante de críticas. Pelo contrário. João Paulo II, por exemplo, há poucos anos, pediu perdão a Galileu, pediu perdão às vítimas da Inquisição, que se estendeu por 4 séculos, pediu perdão aos judeus, por omissões relativas ao nazismo.

Poderia ter pedido perdão, também, pelo - este sim - silêncio quanto à escravidão, tanto a branca marcada pelos flagelos na arena do Coliseu, quanto à negra, colombiana, portanto, muito mais recente. Esta começou há pouco mais de 500 anos. Continua.
O atual bispo auxiliar do Rio de Janeiro, sucessor também de dom José Castro Pinto, que esteve presente na luta pela liberdade, Cinelândia, 68, na passeata dos cem mil, poderia ter citado o papa João XXIII, cuja Encíclica Mater et Magistra é um marco na religião e uma abertura essencial para o próprio pensamento humano.
Até 1959, quando foi ela editada por Giovane Roncalli, cardeal de Veneza que sucedeu Pio XII, a Igreja Católica voltava-se para a vida espiritual, mística, dentro da proposta mais inspirada na vida eterna. Com João XXIII o conceito mudou. Está na Mater et Magistra que o ser humano tem que se realizar tanto na terra quanto no céu.
O futuro, na bela visão filosófica do grande papa, não pode se sobrepor ao presente. Ambos devem coexistir. O divino e o humano têm que conviver na cátedra de São Pedro. Absolutamente lógico este raciocínio. Baseado na figura de Jesus Cristo, para os católicos e protestantes tão divino quanto humano. Já que a cruz do martírio e do mártir é o símbolo maior das duas religiões, os seres humanos e Deus inevitavelmente têm que se encontrar nela. Isso de um lado.
De outro, o silêncio dos papas, a começar pelo mistério que até hoje envolve Pio XII, o também jurista e diplomata Pacelli, o papa de Hitler, na visão do historiador John Cornwell, não pode ser por um segundo comparado ao que marca a passagem de Cristo pela história. Jesus encontrava-se sob intenso sofrimento. Os papas, ao contrário, ocupam uma posição totalmente oposta à da subida do calvário em meio a chibatadas sem fim. Jesus Cristo poderia, como filho de Deus, permanecer silente cumprindo o destino traçado pelo Pai. Evidentemente, não é este o caso dos papas.
Mas o silêncio católico às vezes é rompido. Dom Antonio Augusto esquece a decisão do Vaticano, de 1948, nossa época, de retirar a acusação de prostituta a Maria Madalena. Por coincidência, logo após terem sido encontrados numa gruta de Quiriman os manuscritos do Mar Morto focalizando pontos fundamentais do cristianismo essênio, a corrente do judaísmo que mais se opunha ao peso de Roma.
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro critica o que classifica de proselitismo evangélico. Como? Tanto os protestantes quanto os católicos baseiam-se nos evangelhos da Bíblia. Interpretações podem ser diferentes, como as que se referem a Tiago, irmão de Jesus sob a ótica dos religiosos que seguem a dissidência aberta por Martinho Lutero. Mas no fundo, evangélicos são todos que querem e acreditam nas boas novas. Por quê? Simplesmente a história sagrada do cristianismo (não a do catolicismo) pertence à fonte comum que ilumina o Novo Testamento.
Na Bíblia como um todo, Velho e Novo Testamento, esperanças flutuam no tempo, respectivamente há 3 mil e há 2 mil anos. Tanto o Velho quanto o Novo antecedem o édito de Milão, a Igreja Católica.

Sem dúvida, entretanto, existe um mistério em torno de Jesus. Infelizmente, ele nada deixou escrito. Mateus, Marcos, Lucas e João falaram por Ele. Este a meu ver o maior abismo da história universal. Não só o maior abismo, mas o insuperável enigma.

Por que um homem que tanto lutou, sofreu e venceu a morte não deixou escrita sua passagem? Todo o tempo se passa antes e depois Dele. Seu silêncio, na verdade, é o maior enigma da existência. O maior desafio colocado nos séculos para a própria existência humana.”“.

Há que se ressaltar que, "Igreja" na época de Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele), não era a "Igreja" que entendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta à outra veremos que a palavra «Igreja», no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles é mencionada exceto por aproximação e apenas três vezes em dois versículos no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklêsia, significa simplesmente «assembléia de convocados», neste caso a comunidade dos seguidores da doutrina de Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele) , ou a sua reunião num local, geralmente em casas particulares onde se liam as cartas e as mensagens dos apóstolos. Sabemo-lo pelo testemunho de outros textos do Novo Testamento, já que os Evangelhos a esse respeito são omissos. Veja-se, por exemplo, a epístola aos Romanos (16, 5) onde Paulo cita o agrupamento (ekklêsia) que se reunia na residência dum casal de tecelões, Áquila e Priscila, ou a epístola a Filemon (1, 2) onde o mesmo Paulo saúda a ekklêsia que se reunia em casa do dito Filemon ; num dos casos, como lemos na epístola de Tiago (2, 2), essa congregação cristã é designada por «sinagoga». Nada disto tem a ver, portanto, com a imponente Igreja Católica Apostólica Romana enquanto instituição formal estruturada e oficializada, sobretudo a partir do Concílio de Nicéia, presidido pelo Imperador Constantino há 325 anos após a morte de Cristo.

ONDE TERMINA A IGREJA PRIMITIVA DOS ATOS DOS APÓSTOLOS E COMEÇA O CATOLICISMO ROMANO?

Quando Roma tornou-se o famoso império mundial, assimilou no seu sistema os deuses e as religiões dos vários países pagãos que dominava. Com certeza, a Babilônia era a fonte do paganismo desses países, o que nos leva a constatar que a religião primitiva da Roma pagã não era outra senão o culto babilônico. No decorrer dos anos, os Líderes da época começaram a atribuir a si mesmos, o poder de "senhores do povo" de Deus, no lugar da Mensagem deixada por Cristo. Na época da Igreja Primitiva, os verdadeiros Cristãos eram jogados aos leões. Bastava se recusar a seguir os falsos ensinamentos e o castigo vinham a galope. O paganismo babilônico imperava a custa de vidas humanas. No ano 323 d.C o Imperador Constantino professou conversão ao Cristianismo. As ordens imperiais foram espalhadas por todo o império: As perseguições deveriam cessar! Nesta época, a Igreja começou a receber grandes honrarias e poderes mundanos. Ao invés de ser separada do mundo, ela passou a ser parte ativa do sistema político que governava. Daí em diante, as misturas do paganismo com o Cristianismo foram crescendo, principalmente em Roma, dando origem ao Catolicismo Romano. O Concílio de Nicéia, na Ásia Menor, presidido por Constantino era composto pelos Bispos que eram nomeados pelo Imperador e por outros que eram nomeados por Líderes Religiosos das diversas comunidades. Concílio consagrou oficialmente a designação "Católica" aplicada à Igreja organizada por Constantino: "Creio na igreja una, santa, católica e apostólica". Poderíamos até mesmo dizer que Constantino foi seu primeiro Papa. Como se vê claramente, a Igreja Católica não foi fundada por Pedro e está longe de ser a Igreja primitiva dos Apóstolos... Em resumo: Por influência dos imperadores Constantino e Teodósio, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e entrou no desvio. Institucionalizou-se; surgiu o profissionalismo religioso; práticas exteriores do paganismo foram assimiladas; criaram-se ritos e rezas, ofícios e oficiantes. Toda uma estrutura teológica foi montada para atender às pretensões absolutistas da casta sacerdotal dominante, que se impunha aos fiéis com a draconiana afirmação: "Fora da Igreja não há salvação". Além disso, Constantino queria um Império unido e forte, sem dissensões. Para manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a ditadura religiosa, as autoridades eclesiásticas romanas deviam manter a ignorância sobre as filosofias e Escrituras. A mesma Bíblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas, mas, também, um Deus forte, para se opor ao próprio Jeová dos Hebreus, ao Buda, aos poderosos deuses do Olimpo. Era necessário trazer a Divindade Arcaica Oriental, misturada às fábulas com as antigas histórias de Moisés, Elias, Isaías, etc, onde colocaram Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele) , não mais como Messias ou Cristo, mas, maliciosamente, colocaram Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele) parafraseado de divindade no lugar de Jezeu Cristna, a segunda pessoa da trindade arcaica do Hinduísmo. Nesse quadro de ambições e privilégios, não havia lugar para uma doutrina que exalta a responsabilidade individual e ensina que o nosso futuro está condicionado ao empenho da renovação interior e não à simples adesão e submissão incondicional aos Dogmas de uma Igreja, os quais, para uma perfeita assimilação, era necessário admitir a quintessência da teologia: "Credo quia absurdum", ou seja, "Acredito mesmo que seja absurdo”, criado por Tertuliano (155-220), apologista Cristão. Disso tudo deveria nascer uma religião forte como servia ao império romano. Vieram ainda a ser criado o simbolismo da Sagrada Família e de todos os Santos, mas as verdades do real cânone do Novo Testamento e parte das Sagradas Escrituras deviam ser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Sócrates e outras Filosofias contrárias aos interesses da Igreja que nascia. Esta lógica foi adotada pelas forças clericais mancomunadas com a política romana, que precisava desta religião, forte o bastante, para impor-se aos povos conquistados e reprimidos por Roma, para assegurar-se nas regiões invadidas, onde dominava as terras, mas não o espírito dos povos ocupados. Em troca, o Cristianismo ganhava a Universalidade, pois queria se tornar "A Religião Imperial Católica Apostólica Romana", a Toda Poderosa, que vinha a ser sustentada pela força, ao mesmo tempo em que simulava a graça divina, recomendando o arrependimento e perdão, mas que na prática, derrotava seus inimigos a golpes de espada. Então não era da tolerância pregada pelo Cristianismo que Constantino precisava, mas de uma religião autoritária, rígida, sem evasivas, de longo alcance, com raízes profundas no passado e uma promessa inflexível no futuro, estabelecida mediante poderes, leis e costumes terrenos. Para isso, Constantino devia adaptar a Religião do Carpinteiro, dando-lhes origens divinas e assim impressionaria mais o povo o qual sabendo que Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Ele) era reconhecido como o próprio Deus na nova religião que nascia, haveria facilidade de impor a sua estrutura hierárquica, seu regime monárquico imperial, e assim os seus poderes ganhariam amplos limites, quase inatingíveis. Quando Constantino morreu, em 337, foi batizado e enterrado na consideração de que ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na iconografia eclesiástica veio a ser representado recebendo a coroa das mãos de Deus.
Para compreender a expansão do Islã é preciso contextualizar os fatos narrados acima. Após o Concílio de Nicéia a Igreja Cristã ficou dividida em Unitarista e Trinitarista, Acredito que essa situação veio ao encontro da propagação do Islã que tinha uma proposta de um Deus Único, ou seja, o retorno à fé de Abraão (Que Allah esteja Satisfeito com Ele); também conhecido como o “Monoteísta”. Para que Deus pudesse dar continuidade ao seu plano de restauração de sua Verdadeira Religião foi necessário que Ele enviasse sua terceira e última mensagem, a qual redundou na revelação do Alcorão Sagrado transmitido ao Profeta Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele), um iletrado comerciante de Meca (Arábia Súdita), já nos seus 40 anos de idade.

A partir de agora daremos um foco maior em nosso assunto principal que é o conhecimento da Religião Islâmica, na visão do menor dos servos de Allah (Louvado Seja). Não temos a menor pretensão de criar um tratado teológico, tampouco de criar uma polêmica com Judeus e Cristãos, nossa intenção é pura e simplesmente fazer com que o conceito do Islã seja desmistificado uma vez que o conceito atual, principalmente no Ocidente é de que todo muçulmano é um terrorista em potencial, e, isso não é verdade uma vez que o Islã é a Religião da Paz, última mensagem de Allah (Louvado Seja) para toda a humanidade.

O Profeta Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele), Maomé em português, nasceu em 570 D.C e morreu em 632 d.C. Ele nasceu na época em que os muçulmanos posteriores denominaram de jahiliyyah (período de ignorância e cegueira antes da revelação). Nesse ponto árabe significava apenas os habitantes da península arábica, falantes, da língua árabe, do ramo meridional da família semita. Nesse contexto nasceu o último dos Profetas de Deus, na cidade Meca Arábia Saudita, que juntamente com Medina constituem nas duas cidades sagradas do Islã seguidas de Jerusalém na Palestina.

Meca se constituía em uma grande metrópole cuja economia girava em torno basicamente do comércio e do aluguel da KAABA (Mesquita Sagrada) para alocação de vários ídolos, ou seja, tratava-se de uma comunidade politeísta. Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele), no entanto jamais rendeu qualquer tributo aos ídolos. Ele costumava fazer retiro espiritual em uma caverna onde ao 40 anos começou a receber as revelações divinas através do Anjo Gabriel (Jibril, em árabe).

Até essa idade embora sua história aponte alguns fenômenos sobrenaturais em torno de sua pessoa tinha uma vida normal. Aos 25 anos casou-se com Khadija uma rica viúva, que era bem mais velha do que ele. Por ser a primeira pessoa a aceitar a Religião Islâmica e também por sua nobre posição de esposa do Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) Khadija também é conhecida pelo titulo de Mãe dos Crentes.

A primeira revelação do Anjo Gabriel ao Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) foram os 5 primeiros versículos da Surata 96 Al – Alaq (A Sura da Aderência) :

Lê, em nome do Seu Senhor, que criou.
Que criou o ser humano de uma aderência (Esperma).
Lê, e teu Senhor é O mais Generoso,
Que ensinou a escrever com o cálamo,
Ensinou ao ser humano o que ele não sabia.

ALCORÃO SAGRADO A ÚLTIMA MENSAGEM DE ALLAH PARA A HUMANIDADE

Essas são as mais antigas linhas do Alcorão Sagrado. O Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) teria se assustado com a visão, mas, encorajado pela sua nobre esposa Khadija, perseverou e levou adianta a sua missão de Profeta e Mensageiro de Allah (Louvado Seja). As revelações se sucederam tendo como foco a Unicidade de Allah (Louvado Seja), diante de quem cada ser humano é chamado a se submeter e venerar: a palavra Islã significa exatamente submissão.

A versão definitiva do Alcorão que conhecemos, ou seja, a distribuição das Surata aconteceu aproximadamente 30 anos após a morte do Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele). Época em que já ocorria a vertiginosa expansão da Religião de Allah (Louvado Seja). Hoje todos os muçulmanos independentemente da escola islâmica que seguem aceitam essencialmente a mesma versão do Alcorão Sagrado apesar das divergências em sua interpretação.

No inicio o Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) conseguiu converter à nova fé sua esposa Khadija e alguns companheiros que não chegavam a dez pessoas. Contudo a força da mensagem irritou a elite comercial de Meca uma vez que a crença do Deus Único ora propagada vinha de encontro ao turismo religioso que os politeístas faziam habitualmente naquela metrópole. O fruto dessa irritação gerou grades perseguições ao Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) e seus companheiros. No ano de 622 ele teve que migrar para Medina, uma cidade situada a 300 quilômetros ao norte de Meca.

Essa fuga conhecida como higira (hégira ou migração), marca o início do calendário muçulmano. Em Medina Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) ainda teve que enfrentar fortes oposições, as quais resultaram em verdadeiras guerras. As batalhas que merecem um maior destaque foram ad Badra e Ohud. Após suas grandes vitórias pela graça de Allah (Louvado Seja), o Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) transformou-se de um pregador despregado no grande líder religioso, militar e político. Regressou a Meca aproximadamente 10 anos depois, limpou a KAABA (Mesquita Sagrada de Meca) dos inúmeros ídolos e então filho enjeitado dos coraixitas, orgulhosa tribo mequense, da qual Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) adentrou triunfante aos portões da sua cidade natal, Meca a cidade sagrada do Islã.

Quando Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) faleceu todas as tribos da península arábica eram mulçumanas, isso era algo em torno de 120 mil seguidores.

Aos sucessores do Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele), deu-se o nome Khalifas ou Califas, que quer dizer literalmente sucessor. Eis os mais importantes:

1º Abu Bakar 632 - 634

2º Umar ibn Al –Khattab 634 - 644

3º Uthaman ibn Affan 644 – 656

4º Ali ibn Abu Talib 656 – 661.

Outros Califados importantes: Império Omíadas Árabe (661-750) – Império Abássida (750-1258) e o Império Otomano (1281-1924).

Com a sua meteórica expansão o Islã passou a enfrentar problemas foi preciso que seus sábios tomassem providências para que não acontecesse com a nova religião, o que havia acontecido com o Cristianismo, ou seja, a perda total de sua identidade inicial. Dessa providência nasceram às escolas islâmicas que prevalecem até os nossos dias em todo o universo muçulmano. As principais escolas são:

Abu Hanifa An-nu'man Ibn Thabit (699-767) foi um teólogo e jurista muçulmano, cujos ensinamentos deram origem a uma das 4 escolas canónicas de jurisprudência islâmica sunita, a escola hanafita, seguida hoje em dia no Egito, Turquia, Ásia Menor, Paquistão e India.

Malik Ibn Anna ( 711-795) fundou a escola malikita, mais conservadora, atualmente predominante nos territórios africanos ocidentais do Islã.

Muhammad Ibn Idris Al-Sahfi’i (767-820), cuja escola shafiita é a mais disseminada: Egito inferior, África Oriental, Arábia Meridional, Indonésia.

Ahmad Ibn Hanbal (780-855) desenvolveu uma interpretação mais rigorosa voltando ás origens: o Hanbalismo. No século XIV, o teólogo Ibn Taimiyya tomou por base o Hanbalismo para estabelecer seu pensamento fundamentalista que inspirou os wahhabitas ultratradicionalista na Península Arábica no século XVIII, mantém sua posição na Arábia Saudita, e é em nossos dias pelos seguidores do egípcio Sayyd Qutb, um dos principais ideólogos fundamentalistas contemporâneos.

Obs: Todas essas 4 escolas são Sunitas.

Com a expansão da xaria, a formação de juristas se profissionalizava em academias especializadas, desde o século XI chamadas de Madrassas (Escola em Árabe), os protótipos de nossas universidades. As 4 madhhabs acabaram por monopolizar a Lei Islâmica no universo Sunita – não sem uma dura luta cultural.
Além das 4 Escolas Sunitas devemos considera ainda dois grandes ramos do Islãismo, o Sufismo e o Xiismo,

Sufismo – Os sufis se tornaram populares entre os muçulmanos não árabes, principalmente entre os persas e turcos recém-convertidos. Seus seguidores costumavam se encontrar (em parte, moravam) em prédios especiais, os khanqas. Entre os berberes da África do Norte, os túmulos de tais santos se tornaram locais de veneração e peregrinação, é claro, censurado pelos muçulmanos tradicionais.

Os sufis entregaram suas doutrinas esotéricas e exercícios secretos aos discípulos. Desenvolviam-se dessa maneira dinastias ou linhagens: no decorrer do tempo, os seguidores do caminho (tariq) de determinado mestre se organizavam em irmandades separadas, os tariqas, marcadas pelo relacionamento espiritual entre guia e aluno.

Algumas das ordens sufis mais conhecidas são os naqshibandis, os bektashis, a qadiriyya, a tijaniyya e a sanusiyya. Existe uma tensão permanente entre essas irmandades sufis em relação ao Islã tradicional devido suas práticas consideradas supersticiosas, e o Islã ortodoxo que é menos emocional e mais lógico se limitando suas práticas baseadas no Alcorão e nas Sunnah do Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele). Nos últimos séculos, tais ordens sufis têm representado um papel absolutamente central em expansão do islã, particularmente na Ásia Central, Indonésia e África. Sua atuação, sem dúvida, tem contribuído pela recente retomada de crescimento do Islã.

O xiismo continua como movimento que contestou a legitimidade do Califado, após a morte do Profeta Muhammad (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele). Um grupo de muçulmanos daquela época entendiam que o sucessor do Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele), deveria ser Ali Ibn Abu Talib, que era primo e genro Dele. Casado sua filha querida de nome Fátimah. Outros entendiam que o substituto deveria ser uma pessoa que reunisse todas as qualidades para tão nobre função e o nome de Abu Bakar foi lembrado e aprovado tornando-se assim o primeiro califa. Mais tarde Ali tomou posse como o quarto califa, mas, contudo não houve como reverter esse entendimento, fato, que se constitui no primeiro cisma do Islã. Isso já era previsto pelo Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele).

Não obstante essas divisões existe o consenso quanto ao Alcorão Sagrado e os exemplos deixados pelo Profeta (Que a Paz, a Bênção e a Misericórdia de Allah esteja sobre Ele) denominados hadit. As divisões também, não chegam a destruir a unidade islâmica uma vez que quando dizemos existir 1 bilhão e quatrocentos milhões de mulçumanos na terra não excluímos nenhuma das facções.

O QUE É O ISLAMISMO

O significado da palavra Islã é submissão à vontade divina. Já no âmbito teológico, é testemunhar com seu coração e afirmar com suas palavras e atos, de que não existe outra divindade além de Allah (Louvado Seja) e que Muhammad é seu Mensageiro. Essa definição engloba a fé em 6(seis) pilares, bem como, a prática dos 5(cinco) pilares do Islã. Devemos praticá-los como se víssemos a Allah (Louvado Seja), pois, se nós não o vemos Ele vê a todos nós.

O Islã é também o selo de todas as religiões monoteístas revelada ao último dos Profetas, Muhamad filho de Abdullah, que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah (Louvado Seja) esteja com Ele. É a última revelação e com Ela Allah (Louvado Seja) pretende fazer com que toda humanidade se rendam à sua misericórdia. Todos os outros Profetas e Mensageiros vieram direcionados há um determinado povo. Muhamad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) veio para toda a humanidade. Não teremos outro Profeta ou Mensageiro até o Juízo Final.

Allah (Louvado Seja), prevendo as dificuldades do mundo moderno, fez com que a Religião Islâmica fosse uma religião de prática facilitada, sem dificuldades ou adversidades. Aquilo que uma pessoa não pode praticar, não é de forma alguma obrigada a fazê-lo.

Embora sendo a última religião monoteísta revelada, não se trata de uma religião nova. É a religião de todos os Profetas e Mensageiros, começando por Adão, passando por Abraão, Noé, Moisés, Jesus e Muhammad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles). Se você tem alguma dúvida disso busque na própria Bíblia Sagrada, como era o modo de Jesus e todos os homens de Allah (Louvado Seja) praticarem suas orações. O objetivo do Islã é a veracidade da mensagem de Allah (Louvado Seja). Direcionar seus seguidores para tudo o que é benéfico precavendo-os de tudo que é maléfico. Permitir o Licito e proibir o Ilícito, sem meios termo e meias palavras. Não se brinca com as coisas de Allah (Louvado Seja), tampouco se aplica modificações em sua mensagem, ainda, que com o objetivo de torná-la mais compreensiva e aplicável. É a religião com a qual Allah (Louvado Seja) guiou suas criaturas ao bom comportamento, purificou suas crenças, a vida na terra e após ela.

O Islã é a religião que uniu os corações dispersos libertando-os das trevas, direcionando-os a verdade e ao caminho reto. É uma religião embasada em Leis justas reveladas por Allah (Louvado Seja), que remete aos seus seguidores a uma adoração veraz ao seu Criador.

O ISLAMISMO TEM COMO OBJETIVO

Fazer com que as pessoas conheçam ao seu Senhor e Criador, seus mais belos nomes e atributos, os quais não se aplicam a não ser a Ele. Seus atos, os quais ninguém os compartilha neles e as obrigações de seus Servos para com Ele;

* -chamar as pessoas a adorarem a Allah (Louvado Seja), sem parceiros ou intermediários, com aquilo que Ele revelou em seus Livros e nas tradições do Profeta Muhammad Muhammad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele);

* -lembras o destino das pessoas depois da morte, bem como aquilo que vão encontrar no túmulo, no dia em que forem ressuscitados, a prestação de contas no Juízo Final, condenação ou absolvição, Paraíso ou Inferno, de acordo com suas obras;

É possível resumir os principais fundamentos do Islã em seis pontos, os quais chamamos de Pilares da Fé e cinco outros que chamamos de Pilares do Islã. Ou seja, os cinco princípios que sustentam a religião de Allah (Louvado Seja).

OS PILARES DA FÉ

1) A crença em Allah (Louvado Seja):

*-a crença na Soberania Divina. Crer que Allah (Louvado Seja) é Criador, sustentador, bem como o Único que decide seu destino;

* -crer na divindade e unicidade de Allah (Louvado Seja), e que Ele é o único digno de louvor e adoração;

* -crer nos nomes e atributos de Allah (Louvado Seja), tais nomes devem ser corroborados pelo Alcorão ou pelas tradições (sunnah) do Profeta Muhammad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele);

2) A crença nos Anjos:

*-os Anjos foram criados por Allah (Louvado Seja) para O obedecerem e adorarem. Allá (Louvado Seja) os encarregou com diferentes tarefas. Por exemplo, Gabriel é o responsável por levar as mensagens de Allah (Louvado Seja) aos Profetas. Mikael (Miguel) é o responsável pelas chuvas e o crescimento das plantas. Izrafil que será o responsável por tocar a Trombeta no dia da Ressurreição. Existe o Anjo da Morte, encarregado de recolher as Almas dos mortos.

3) A crença nos Livros:

Allah (Louvado Seja) revelou Livros através do Anjo Gabriel (O Espírito Santo) aos seus Mensageiros. Alguns desses Livros tornaram-se conhecidos e são utilizados pelas criaturas como uma Guia Divina:

* -A Tora – revelada ao Profeta Moisés (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) é o Livro Sagrado do povo de Israel;

* -O Evangelho – revelado ao Profeta Jesus (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele); encontrado na Bíblia Livro Sagrado dos Cristãos;

* -Os Salmos revelados ao Profeta David (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele); também encontrado na Bíblia Livro Sagrado dos Cristãos;
*-Os Pergaminhos de Abrão (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele); esses tomaram rumos ignorados;

* -O Alcorão – revelado ao Profeta Muhammad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele); com a revelação do Alcorão, Allah(Louvado Seja) encerrou suas mensagens aos homens. Nele contém todas as fórmulas e ensinamentos para que as criaturas de Allah (Louvado Seja) possam alcançar o Paraíso e se protegerem do mal, nesta e na outra vida.

4) A crença nos Mensageiros:

* -Allah (Louvado Seja), o Sapientíssimo, enviou mensageiros para sua Criação. O primeiro deles foi Adão (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) e o último Muhammad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele). Todos o Profetas e Mensageiros eram humanos, inclusive Jesus (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele). Foram enviados de Allah (Louvado Seja) ambos com missões pré-definidas e continham um diferencial das criaturas comuns. Contudo, tudo o que realizaram foi pelo poder de Allah (Louvado Seja).

5) A crença no dia do Juízo Final:

* -o dia do Juízo Final será o último dos dias no qual Allah (Louvado Seja), ressuscitará as criaturas dos seus túmulos, para que sejam julgadas e posteriormente permanecerem no Inferno ou no Paraíso;

6) A crença na Predestinação

*-A predestinação é crer que Allah (Louvado Seja) de acordo com sua Sabedoria prévia e absoluta antes de tudo acontecer. Logo nada existiu, ou aconteceu sem a sua vontade e determinação.

OS PILARES DO ISLAMISMO

O Islã está firmado em 5(cinco) Pilares de sustentação. Ninguém pode se afirmar mulçumano, até que creia neles e os pratique.

1) O Testemunho:

* -Ou seja, testemunhar de que não existe outra divindade além de Allah (Louvado Seja) e que Muhammad(que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) é seu Mensageiro. Tal testemunho é a chave de toda a Religião Islâmica.

Obs: Em árabe a palavra “ilah” (divindade) significa “maabud” ou seja: O adorado, daí a palavra Allah (Deus em árabe). Bom frisar, de que essa palavra não possui gênero, numero ou grau, significando única e exclusivamente (“Deus Todo Poderoso”, o Deus de Abraão, Jacó, Moisés, Jesus e Muhammad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles). Dar, portanto, esse testemunho, significa que nada deve ser adorado exceto Ele.

* -As Orações (Salat) – Elas são cinco realizadas em horários específicos ao longo do dia e da noite. Allah (Louvado Seja) as prescreveu para que seja a ligação entre Ele e suas criaturas. Uma maneira de recordá-lo em todos os momentos da nossa existência adorando-o e suplicando sua misericórdia e também mantém os Crentes distantes das más ações e de tudo o que é ilícito.

* O Zakat – é uma doação obrigatória, que todo muçulmano deve fazer, num percentual de 2,5% dos seus ganhos anuais, para os pobres e necessitados. O grande objetivo dessa ação é diminuir a desigualdade social entre os muçulmanos e também para se buscar uma maior purificação espiritual, já que oferece ao crente a oportunidade de repartir parte daquilo que foi concedido por Allah (Louvado Seja).

Obs: O Zakat só poderá ser doado aos muçulmanos. Sadaka, sim é de livre doação. Equivale-se a esmola, doação espontânea em português.

O Jejum – obrigatório durante o mês de Ramada, nono mês do Calendário Lunar. Deve ser praticado por todos os muçulmanos que possuírem condições para tal. Nesse período os crentes se abstêm de qualquer tipo de alimento, água, fumo, relações sexuais desde o nascer até o por do sol, durante todo esse mês. Allah (Louvado Seja) por sua vez os abençoará e os recompensará com sua graça fazendo com que se tornem mais fortes, tolerantes e generosos e ainda purificando-os de seus pecados.


* A Peregrinação – Se faz apenas uma vez na vida na KAABA, (Templo Sagrado dos Muçulmanos localizado em Meca Arábia Saudita). Seu único objetivo é adorar a Allah (Louvado Seja). Esse ritual acontece em lugares e épocas específicas como é sabido na Lei Islâmica. Durante os rituais repetimos as ações que foram realizadas por Abraão e Ismael (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles) e Haja (Agar)(Que Allah esteja satisfeito com ela) a mãe de Ismael. Deus ordenou a Peregrinação apenas aos podem performá-la. De todos os ritos praticados pelos peregrinos, os maiores são: a permanência em Arafat e a circundação da KAABA (Tauaf).

O IHSAN

O significado da palavra “Ihsan” seria “Adorar a Allah com fé através do Islã, como se víssemos a Ele, pois se não podemos Vê-lo Ele nos vê constantemente. O muçulmano deve ter isso no coração e seguir as tradições do seu Profeta Muhammad (que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), sem nunca contradizê-las ou contestá-las. O Ihsan é o resumo de todos os significados do Islã, bem como de tudo que foi dito acima”.

Claro está, que o Islã cobre todos os âmbitos da vida do indivíduo, quer seja só, ou na sociedade, de forma a garantir a felicidade nesta e na próxima vida, posto que:

* permitiu o casamento e proibiu a fornicação e o homossexualismo;
* nos ordena manter boas relações como os parentes e vizinhos, ser bom e generoso para com os pobres e necessitados, bem como, cuidá-los;
* nos incentiva aos bons costumes e ao bom comportamento e nos alerta contra os maus;
* permitiu que ganhemos a vida e enriqueçamos através do comércio lícito, proibiu os juros e todos os comércios ilícitos e tudo o que contenha a enganação e a mentira.
O Islã reconhece a diferença entre as pessoas nos diferentes âmbitos sociais e religiosas e protege os direitos de todos, uma vez que pune com severidade crimes como:

* beber bebidas alcoólicas;
* a fornicação;
* todos os crimes relacionados com os direitos dos cidadãos, sua honra e seus bens, como assassinato, roubo. Punições iguais e para todos.

Também prevê o relacionamento entre o governo e o governado ordenando a obediência aos governadores, desde que, estes não ordenem ações que vão de encontro com aquilo que Allah (Louvado Seja) prescreveu.

Podemos afirmar sem dúvida nenhuma, que o Islã constrói as bases e as relações corretas entre:

*Allah (Louvado Seja) e seus Servos;
* entre o indivíduo e a sociedade em todos os âmbitos;
* não existe bem o benefícios sem que o Islã não os corrobore, e nem males ou malefícios sem que os proíbam.

SEMELHANÇAS ENTRE AS RELIGIÕES MONOTEÍSTAS

Não é de se estranhar que exista semelhança entre Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Uma vez que as três grandes revelações Torah (Moisés), Evangelho (Jesus) e Alcorão (Muhammad) (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles), são oriundas da mesma fonte Allah (Louvado Seja). O que temos que levar em conta é o contexto de cada mensagem. A duas primeiras revelações foram direcionadas ao povo Judeu, já a terceira e última é destinada a toda a humanidade. Allah (Louvado Seja), deu à humanidade a última chance para que o homem de redima de seus pecados e retorne à senda reta. Não haverá mais nenhuma manifestação de Allah (Louvado Seja), até o dia do Juízo Final.

Embora, as três religiões tenham nascido da mesma fonte a maior semelhança fica entre Cristãos e Muçulmanos, uma vez que para o Povo Judeu, ou pelo menos para a linhagem ortodoxa, as manifestações proféticas terminam em Moisés (Que Allah esteja Satisfeito com Ele). O Cristão aceita Moisés, mas Jesus é seu maior expoente, no entanto não aceitam Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles) como profeta ou mensageiro de Allah (Louvado Seja). No entanto o Islã aceita Moisés e Jesus (Que Allah esteja Satisfeito com Eles), como profetas e mensageiros. E não apenas Eles, mas, todos os profetas e mensageiros enviados por Allah (Louvado Seja) e não faz nenhuma distinção entre eles. Veja o que diz no Alcorão Sagrado:

Surata Al Bacara versículo 285 – “O Mensageiro crê no que foi descido, para Ele, de seu Senhor, e, assim também, os Crentes. Todos crêem em Allah e em seus Anjos e em seus Livros (Torah, Bíblia e Alcorão) e em seus Mensageiros. E dizem:” Não fazemos distinção entre nenhum de seus Mensageiros “. E dizem:” Ouvimos e obedecemos. Rogamos Teu perdão, Senhor nosso! E a Ti será o destino ““.

Muitas pessoas por falta de cultura religiosa ou propositadamente afirmam que os muçulmanos não aceitam Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele). Isso é um grande equívoco. O muçulmano não vê Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele) como Deus, e sim como um enviado de Deus com o objetivo de revelar aos homens o “Evangelho”. Até porque o episódio que gerou esse equivoco, aliás, propositadamente, aconteceu no Concílio de Nicéia, no ano de 325 d.C, veja esclarecimentos nas páginas de 1 a 8. Jesus é sim aceito com Profeta, Mensageiro e até como o próprio Messias. Veja o que em alguns versículos do Alcorão Sagrado:

Surata Al – Imirân-versículo 45 – “Lembra-lhes de quando os Anjos disseram:” O Maria!Por certo Allah te alvissara um Verbo, vindo Dele: seu nome é o Messias, Jesus Filho de Maria, sendo honorável na vida terrena e na Derradeira Vida, e dos achegados a Allah ““.

Surata Almai dah versículo 75 – “O Messias, filho de Maria, não é mais que um apóstolo(de Deus), como os apóstolos anteriores. Sua mãe era beata. Ambos comiam alimentos.

Surata Almai dah versículo 17 – “Descrêem os que dizem que Deus é o Messias, filho de Maria. Dize: quem pode impedir Deus, se Ele quisesse, de tirar a vida do Messias, filho de Maria, a vida de sua mãe e a vida de todos que vivem na terra?”.

Surata Al – Imirân-versículo 59 – “O caso de Jesus, para Deus, é igual ao de Adão: criou-o de barro e disse-lhe: sê! E Ele foi!”.

Com isso podemos concluir que a crença islâmica com a crença cristã é bem mais próxima do que muita gente pensa e ou afirma. Já a distancia entre judeus e cristãos é bem maior.

Allah (Louvado Seja) afirma no Alcorão Surata Al-Mãi’dah versículo 69: “Por certo os que crêem e os que praticam o Judaísmo e os Sabeus e os Cristãos, aqueles dentre eles que crêem em Allah e no Derradeiro Dia (Juízo Final), e fazem o bem, por eles nada haverá que temer, e eles não se entristecerão”.

OBS: Quando o Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah Esteja com Ele) foi visitado por uma delegação de Cristãos vindos de Najran permitiu aos membros da mesma, que celebrassem seu Culto dentro da Mesquita do Profeta em Medina.

NO ISLÃ A VIDA RELIGIOSA NÃO SE RESTRINGE AO TEMPLO

Quando eu era sacerdote cristão muitas vezes fui chamado atenção por não estar me comportando com deveria. Sabe qual era a minha resposta? Eu sou religioso dentro da Igreja, aqui fora eu sou um homem como qualquer outro. Hoje, após oito anos de estudos e convivência com o universo islâmico sinto que isso mudou.

Agora tenho certeza, o religioso precisa guardar coerência, entre os ensinamentos dos seus Livros Sagrados e o comportamento dos seus Profetas e Mensageiros. As revelações Divinas são verdadeiros códigos de vida. Eu os classifico em uma escala de zero a cem. O fiel que cumpre dez por cento desse código recebe de Allah (Louvado Seja) o número proporcional de suas realizações. Alguém deve estar perguntando, é possível realizar cem por cento? Eu posso afirmar que apenas os grandes iluminados de Allah (Louvado Seja) conseguiram esse feito.

Independentemente do percentual alcançado através de nosso esforço pessoal, não conseguiríamos graça alguma se não fosse pela misericórdia de Allah (Louvado Seja). Ele é oniouvinte, onisciente, e sabe tudo o que acontece em nossas vidas, não existe segredo para Allah (Louvado Seja). Faça o melhor que puder, a vida religiosa é como a vida de atleta, os bons resultados aparecem com um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração.

Não chagaremos lugar algum sem muito esforço e sacrifício. Podemos afirmar sem sombras de dúvidas que o Islã é a religião de Allah (Louvado Seja). Embora seja a mais nova das três revelações (Tora,Evangelho,Alcorão), Allah (Louvado Seja) escolhe Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), para resgatar através do Alcorão a Religião de Abraão e tudo o que se havia perdido de suas Escrituras anteriores, e também para resgatar a parte comportamental de suas criaturas.

Por exemplo, o modo de orar. Allah (Louvado Seja), Recomendou a Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), que os muçulmanos fizessem cinco orações diárias e inclusive os gestos que deveriam ser empreendidos durante esse ato. Tiramos da Bíblia Sagrada dos Cristãos, a maneira com que Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) orava, vejam os exemplos abaixo:
Evangelho Segundo São Mateus capitulo 26:39: Adiantando-se um pouco, (Jesus) prostrou-se sobre o seu rosto, orando.
Evangelho Segundo São Marcos capítulo 14:35: Prostrou-se (Jesus) em terra, e orava ““.
Primeira Epistola de Paulo aos Coríntios capítulo 14:25: Prostrando-se com a face na terra, adorarás a Deus ““.
Livro de Apocalipse capítulo 7:11: E, ante o trono se prostraram sobre os seus rostos e adoraram a Deus .

OBS: Porque os Cristãos não imitam seu Profeta maior? Sabe por que? Isso só vai acontecer quando todos eles voltarem a Religião de Allah (Louvado Seja). Todos os Profetas e Mensageiros eram muçulmanos, ou seja, submissos à vontade de Allah (Louvado Seja).

Outra coisa que foge a compreensão até mesmo dos ateus, por que a palavra “Evangelho” aparece sempre no singular em todas as escrituras e, no entanto, a Bíblia apresenta 4 Evangelhos? Inclusive com divergências entre eles? Vejamos alguns exemplos práticos retirados do Alcorão e da Bíblia:

Alcorão - Surata Al-Mai’dah –versículo 46 "E na pegada daqueles fizemos seguir a Jesus, filho de Maira, para confirmar a Tora, que havia antes dele. E concedemos-lhe o Evangelho; Nele há orientação e luz e confirmação da Tora, que havia antes dele, e orientação para os piedosos”.

Evangelho Segundo São Marcos capítulo 1:14: “Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o Evangelho de Deus”.

Evangelho Segundo São Lucas capítulo 8:1 Andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o Evangelho.

Evangelho Segundo São Marcos capítulo 10:29: Por amor a mim e por amor do evangelho.

Epístola aos Romanos 1:1: Separado para o evangelho de Deus.

Epístola aos Romanos 15:16: No sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus.

Epístola aos Coríntios 11:7: Visto que gratuitamente vos anunciei o evangelho de Deus.

Epístola 1 Pedro 4:17: Qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?

Assim, depois destes exemplos, não resta qualquer dúvida de que tanto Jesus, como seus discípulos, pregaram - e sabiam que pregavam - um só evangelho: o evangelho de Deus. É isto que diz o Alcorão!
Contrariando o que foi decidido no Concílio de Nicéia, o próprio Jesus afirma em seu Evangelho sua verdadeira identidade.(guia, enviado, Filho do homem) Vejamos alguns trechos bíblicos bastante elucidativos:

Evangelho Segundo São Mateus capítulo 10:40: E quem me recebe (diz Jesus), recebe aquele que me enviou. (Ou seja, Ele não é Deus, e sim, enviado de Deus).
Jesus veio para confirmar a Torá, conforme está escrito no Alcorão - Surata Al-Mai’dah –versículo 68. Isto, também, confirma a Bíblia, na palavra do próprio Jesus:

Evangelho Segundo São Mateus capítulo 5:17: ”Não penseis que vim revogar a lei (Torá) ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir”.(Quando Jesus fala que não veio revogar a Lei, Ele está afirmando que o Velho Testamento da Bíblia deverá ser obedecido, por exemplo, não comer carne de porco e outros animais impróprios).

Evangelho Segundo São Mateus capítulo 2:6: -Porque de ti (Belém) sairá o guia (Jesus é guia e não Deus)

Epístola aos Hebreus-capítulo 13:7: Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregam a palavra de Deus.

Outros textos bíblicos poderão ser consultados para um maior embasamento:

Marcos 1: 1 / 1: 14 / 1:15 18:35 / 10:29 / 13:10 / 14:9 / 16:15
Mateus 4:23 / 9:35 / 11:5 / 24:14 / 26:13
Lucas 7:22 / 8:1 / 9:6 / 16:16
Atos 11:20 / 14:7 / 20:24 / 14:21 15:7 / 1610
Romanos 1:1 / 2:16 / 10:16 1:9 1:15 / 1:16 / 15:16 / 15:19 / 16:25 1 Coríntios 9:12 / 1:17 4:15 9:14 11 Coríntios 2:2 12:12 10:14 11:7 Ainda em: Gálatas, Filipenses, 1 Tessalonicenses, Timóteo, 1 Pedro e Apocalipse

O fato da Tora, Evangelho e Alcorão terem sido revelados por Allah (Louvado Seja), não é permitido a ninguém fazer qualquer tipo de alteração ou invenção nas páginas desses livros, ainda que fosse para um melhor entendimento de suas mensagens. O Alcorão continua intacto em seu conteúdo, a interferência humana foi apenas no sentido de organizar suas Surata. O Alcorão é composto de 114 Suratas; Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta em Meca, e 22 em Medina, 6.342 versículos, 77.930 palavras e de 323.670 letras, (conforme relato de Ben Abbás). Inclusive o conteúdo do Alcorão em outro idioma que não seja o árabe (Língua da Revelação), não é considerado “Sagrado” e sim como o “Significado dos Versos do Alcorão”. Contudo não existe outra fórmula para que o Alcorão, que é universalista chegue a toda humanidade.

O mesmo, não podemos afirmar das outras escrituras. A TRADUÇÃO das Escrituras Sagradas, muitas vezes, é responsável por alterações, modificações e às vezes até do sentido. Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele) em sua sabedoria profética, concedida por Allah (Louvado Seja), já previa isso tanto é que no Evangelho Segundo São João capítulo 8:32, Ele chama a atenção da humanidade dizendo: ”Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará”.

Voltando à unidade do Evangelho dizemos que o Novo Testamento - parte integrante da Bíblia dos cristãos - nos faz entender, que houve outros evangelhos além dos 4 existentes hoje:

Paulo de Tarso, o judeu convertido tinha um evangelho, ao qual se refere: "meu evangelho", em mais de uma epístola.
Epístola de Paulo aos Romanos - capítulo 2:16: No dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens de conformidade com meu evangelho.
No texto acima chamamos a atenção dos leitores mais uma vez, sobre a compreensão de Paulo quanto à diferença entre Deus e Jesus.
Outro verso em que Paulo afirma utilizar seu próprio evangelho:
Epístola de Paulo aos Romanos - capítulo 16:25: Para vos confirmar segundo o meu evangelho.
Pela terceira vez, Paulo menciona o seu evangelho na segunda epístola aos Tessalonicenses, o apóstolo Paulo fala de um evangelho dele com o apóstolo Barnabé:
Segunda Epístola de Paulo aos Tessalonicenses – capítulo 2:14: Vos chamou mediante o nosso evangelho.

Obs: O evangelho segundo Barnabé é considerado - apócrifo – pela Igreja Católica Apostólica Romana. 

Aliás, todas as versões evangélicas, exceto as constantes na Bíblia (Mateus, Marcos, Lucas e João) foram proibidas após o Concílio de Nicéia 325 d.C.

Mediante a leitura atenta do Novo Testamento podemos entender que nos primeiros anos do cristianismo, houve quem apresentasse outro evangelho, adverso daquele de Cristo. Essa confirmação tiramos da citação abaixo:
Epístola de Paulo aos Gálatas capítulo – 1:6, 7- Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para “outro evangelho”. O qual não é outro senão que há alguns que vos perturbaram e querem perverter o evangelho de Cristo.
Reiteramos, que da leitura atenta destes versículos do Novo Testamento, aceito pelos cristãos como Livro Sagrado, nos remete as seguintes conclusões e dúvidas:

Havia na época dos apóstolos de Jesus “UM evangelho” que se chamava: O Evangelho de Cristo;

* Outro Evangelho denominado Evangelho de Deus

* Que na mesma época houvera “Outro Evangelho”;

* Os "Perturbadores" de então se empenharam em perverter (falsificar) o Evangelho de Cristo;

* Teria Paulo recebido outra revelação (ou inspiração?) “Um evangelho”ou será que se tratava do Evangelho de Barnabé (Tio de São Marcos autor da primeira versão do Evangelho de Jesus) ;

* Onde estaria - agora - o “Evangelho de Paulo?”.

No Livro do Apocalipse, o último livro da Bíblia, cuja autoria é conferida a São João Evangelista, no capítulo 14:6, lê-se: Tendo um evangelho eterno para pregar.

Pois bem, um Evangelho eterno, faz entender que, além de singular, é ETERNO, IMUTÁVEL, ÍNFALÍVEL, DIVINO, como o entendem - e acreditam - os muçulmanos, pois se trata da Palavra de Deus, tal como o Alcorão Sagrado, que desde a sua revelação a Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Eles) por Deus, e até hoje, e sempre deverá manter-se intocável em seu conteúdo.

As citações Bíblicas a seguir nos contextualizam, que os Evangelhos utilizados hoje pelos cristãos foram escritos a partir de outras fontes, mantidas pelas tradições, ou através de escritos de outras pessoas. Vale lembrar que esses Evangelhos foram escritos há mais de 60 anos da morte de Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele). Veja o que escreve São Lucas capítulo 1:2, 3 e 4:
Tendo, pois, muitos, empreendido pôr em ordem à narração dos fatos que entre nós se cumpriram. Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra. Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; Para que conheças a certeza das coisas de que já estás confirmado.”

No Evangelho, segundo São João 21:24, lê-se:
“Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas cousas, e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro”.

Podemos destacar desse versículo do Evangelho de São João três situações bastante elucidativas:

* O Evangelho é apresentado como escrito por João (O Evangelista).

* Afirma-se que é "seu testemunho", portanto a 3ª- pessoa do singular (de quem está se falando) e não na 1ª pessoa.

* O verbo “saber” (sabemos) está na 3ª- pessoa do plural.(O que indica pluralidade no artigo “Nós”).

Fica a dúvida: teria sido o discípulo João o autor real deste evangelho? O teria escrito sozinho? Sabendo-se que os 4 evangelhos foram escrito em grego, e Jesus Cristo falava aramaico?

Lembramos de dois versículos do Velho Testamento, do Livro de Jeremias 8:8: “Como, pois dizeis: Nós somos sábios e a lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas”.
Jeremias 23:36: “Mas nunca mais vos lembrareis do peso do Senhor; porque cada um lhe servirá de peso a sua própria palavra; pois torceis as palavras dos Deus Vivo, do Senhor dos Exércitos, o nosso Deus”.

Vejam ainda o que diz no Livro de Apocalipse capitulo 22:18, 19: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele às pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro”.

ALGUMAS INCOERÊNCIAS NOS QUATRO EVANGELHOS

Os estudos acima comprovam que Jesus Cristo (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele), e também seus Apóstolos e discípulos pregaram UM EVANGELHO que o Novo Testamento designa "Evangelho de Deus", e às vezes: "Evangelho de Jesus Cristo", e outras vezes é designado: "Evangelho eterno" (no Apocalipse 14:6).
Conclui-se com isso que este evangelho no singular tem um texto uniforme e coerente, pois as Palavras de Deus são IMUTÁVEIS e INALTERÁVEIS, e nisto, o Sagrado Alcorão concorda plenamente.
Questionamos, teriam estas características (da unidade do texto) os 4 evangelhos reconhecidos como sagrados na Bíblia Sagrada utilizada por Católicos, Protestantes e demais seitas cristãs?

Transcreveremos a segui alguns textos dos 4 Evangelhos para que o leitor faça seu próprio julgamento.

1) Quem carregou, efetivamente, a cruz de Jesus?
Evangelho Segundo São João capítulo 19:17: ”Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário”.
a) Assim, São João afirma, CATEGORICAMENTE, que Jesus carregou à própria cruz;

b) Todavia, no Evangelho Segundo São Mateus 27:32, lemos: “Ao saírem, encontraram um Cirineu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz”;

c) No que concorda o Evangelho Segundo São Marcos 15:21: “E obrigaram a Simão Cirineu que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz”.
OBS: Quem, realmente, carregou a cruz de Jesus, Ele ou Simão?

2) Qual foi, efetivamente, a hora da crucificação de Jesus?

a) No Evangelho Segundo São Marcos 15:25 diz: “Era a hora terceira quando o crucificaram”;

b) Mas no Evangelho Segundo São João 19:14, outra informação: “E era a preparação da páscoa, e quase a hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei”;

c) Temos no Evangelho Segundo São Mateus 27:46, uma terceira afirmação: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”.

OBS: Qual foi, precisamente, a hora? 3a- 6a- ou 9a- PERGUNTA-SE: Como Jesus é Deus, e chama a outro, Deus meu, Deus meu?

3) Vejamos o milagre da cura de cegueira nos Evangelhos Segundo São Mateus e de São Marcos operado por Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) no caminho de Jericó:

a) No Evangelho Segundo São Marcos 10:46, 47,52: ”Bartimeu o cego filho de Timeu estava assentado junto ao caminho mendigando. Ao ouvir que era Jesus de Nazaré começou a clamar e a dizer: Jesus filho de Davi tenha misericórdia de mim. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho”;

b) No Evangelho Segundo São Mateus 20:30, 33,34 dizem a Jesus: “E eis que dois cegos assentados junto ao caminho ouvindo que Jesus passava clamaram dizendo: Senhor filho de Davi tenha misericórdia de nós”. Então Jesus movido de íntima compaixão tocou-lhes nos olhos e logo viram, e eles o seguiram ““.

OBS: O mesmo fato ocorrido no caminho de Jericó, um Evangelista fala de um cego e o outro fala de dois. O Evangelho de Deus é Inalterável e Imutável?

4) Narram os Evangelistas que Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) entrou em Jerusalém, no domingo de ramos, montando um animal. É incrível, mais, são quatro versões diferentes:

a) No Evangelho Segundo São Mateus 21:2 a 7:”Ide à aldeia que ai está diante de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e um jumentinho com ela. Desprendei-a e trazei-mos. . . Trouxeram a jumenta e o jumentinho e sobre eles colocaram suas vestes, e fizeram-no assentar em cima”;

b) No Evangelho Segundo São Marcos 11:2 temos a seguinte versão: ”E disse-lhes: ide à aldeia que está defronte de vós e, logo que ali entrardes, encontrareis preso um jumentinho no sobre o qual ainda não montou homem algum: soltai-o, e trazei-mo”;

c) Veja a versão no Evangelho Segundo São Lucas 19:30: ”Dizendo: Ide à aldeia que está de fronte, e aí, ao entrar achareis preso um jumentinho em que nenhum homem ainda montou; soltai-o e trazei-o”;

d) Já no Evangelho Segundo São João 12:14, a versão é a seguinte: ”E achou Jesus um jumentinho, e assentou-se sobre ele, como está escrito”.

OBS: Segundo São Marcos e São Lucas a versão é sinóptica, ou seja, semelhantes, diferindo das versões de São Mateus e São João. (É Imutável a palavra de Deus, alguém colocou a mão onde não devia).

5) Os evangelistas narram um feito milagroso de Jesus, ocorrido província dos gadarenos. Vamos aos fatos:

a)Segundo o Evangelho de São Mateus 8:28: ”Saíram-lhe ao encontro dois endemoninhados vindo dos sepulcros”;

b) Segundo o Evangelho Segundo São Marcos 5:2: “E saindo Ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo”;

c) Segundo o Evangelho de São Lucas 8:27: “E quando desceu para a terra saiu-lhe ao encontro, vindo da cidade, um homem que desde muito tempo estava possesso de demônios
OBS: Eram dois os possessos ou apenas um? 

6) A austeridade no trabalho da divulgação do Evangelho foi sempre recomendada por Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele). Vejamos como narram os Evangelistas esse episodio.

a) Segundo o Evangelho de São Mateus 10:10: “Nem alforje para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem de bordão, porque digno o operário do seu atendimento”;

b) Segundo o Evangelho de São Marcos 6:8, 9: “Ordenou-lhes que nada tomasse para o caminho , se não somente o bordão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto”. Mas que calçassem alparcas, e que vestissem duas túnicas.

c) Segundo o Evangelho de São Lucas 9:3: ”E disse-lhes: Nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas”.

OBS: Jesus recomendou - ou não - o bordão?

7) De todas as discrepâncias a que consideramos mais graves são as narrativas a seguir, pois tratam da genealogia de Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele):

a) Segundo o Evangelho de São Mateus 1:6:Jessé gerou ao Rei Davi; e o Rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias (O eteu)”;Meleá, e Meleá de Mena, e Mená de Matatá, e Matatá de Nata e Natã de Davi”.

OBS: A qual dos dois filhos de Davi remonta a genealogia de Jesus Cristo: a Natã? Ou a Salomão?

b) Segundo Evangelho de São Mateus 1:16: Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo ““;

c) Segundo Evangelho de São Lucas 3:23: ”E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli”.

OBS: Quem gerou José: Jacó ou Heli?

PERGUNTA-SE: Jesus considera-se da genealogia de José? Ou apenas da de Maria?

8) Veja no Evangelho Segundo São João dois pronunciamentos contraditórios:

a) Se eu testifico a respeito de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. (João 5:31)

b) Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto que eu testifico de mim mesmo, e meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde VOU. (João 8:14)

OBS: Seria - esta contradição – uma tradução mal feita? Ou é de outra natureza?

Allahu Ualam (Deus Sabe Mais) – Astarfirullah!(Deus Perdoa nossos pecados)


(IÇA) E A VIRGEM MARIA NO SAGRADO ALCORÃO

Uma das formas dos inimigos do Islã tentar desmoralizar nossa religião é dizer que nós muçulmanos negamos Jesus (Iça) (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) e a Virgem Maria (Mariam) (Que Allah Esteja Satisfeito com Ela). Esse comentário não tem o menor fundamento e demonstra uma tremenda maldade de fala e um total desconhecimento de quem escuta e não procura a verdade. Lembrem-se mais uma vez do que disse Jesus (Iça) (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele), no Evangelho Segundo São João capítulo 8:32: “Conhecereis a Verdade e a Verdade Vos Libertará”.

Jesus é citado vinte e cinco vezes, seja como filho de Maria, Messias e também como Jesus, filho de Maria. Nenhuma mulher, entre todas, é citada nominalmente , no Alcorão Sagrado, exceto Maria, mãe de Jesus! Nem a mãe de Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) , nem as esposas ou as filhas dele, são nomeadas no Alcorão, e, entretanto, a mãe de Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) é citada mais de trinta (30) vezes!

Nesse Livro Sagrado o nome de Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) é mencionado com enorme reverência: por onze vezes é referido como o "Messias". É também chamado "Filho de Maria", "um sinal para todos os seres" (Surata Al-Anbiya-versiculo 91) indica-se que a Sua família foi eleita "acima dos mundos” (Surata Al’Imrãn –versículo 33) e que Ele próprio foi enviado "para que façamos dele um sinal para os homens" (Surata Mariam-versículo 21).

Os muçulmanos prestam uma grande devoção à Virgem Maria, inclusive chamando-a de “Imaculada”. O Anjo Gabriel, mensageiro de Allah, pela voz do Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) , reveste a Imaculada Mãe de Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) com as peculiaridades de santidade. Aliás, foi Ela a única mulher, nomeada no Alcorão, trinta e quatro vezes.

A Virgem Maria é considerada a mulher mais perfeita, o exemplo perfeito do papel de mulher. O Islamismo aceita que Ela engravidou virgem e que Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) foi concebido por intercessão DIVINA. Allah (Louvado Seja) quis criar – com Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) uma forma de vida inédita.

Após esses esclarecimentos você ainda acredita que os muçulmanos negam Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) sua Mãe, a Virgem Maria? Faça seu próprio julgamento.

ALGUNS BENEFÍCIOS PARA QUEM ABRAÇAR O ISLAMISMO

Um velho provérbio diz: “Não é o discípulo que escolhe o Mestre, o Mestre é que escolhe seus discípulos”. Por isso, nunca diga não ao chamado de Allah (Louvado Seja). Jamais coloque um ponto de interrogação onde Allah (Louvado Seja) já colocou um ponto final. Aprenda a ouvir a voz de Allah (Louvado Seja). Seu chamado é algo diferente de tudo o que você já sentiu. Você sente o corpo levitar, você chora sem estar triste e a emoção toma conta de você, cada vez que pronuncia o nome de Allah (Louvado Seja).

O Islã é um código de vida, que eu diria que obedece a uma escala de um a cem por cento. A partir do momento que você começa a trilhar e a explorar esses códigos Divinos, uma transformação real vai acontecendo na sua vida. Isso porque você está sob as asas do Altíssimo, Mesericordiosíssimo o Senhor dos senhores, o ÚNICO, que jamais teve parceiros e nunca se rendeu à inutilidade do sono. Ao abraçar a Religião de Allah (Louvado Seja), a paz reinará em sua existência, haja vista, você ter descoberto quem dirige o mundo em que vivemos e os demais mundos. Você não terá mais medos, tampouco insegurança. Você acabou de descobrir o Piloto dessa grande nave. E que ninguém poderá intervir nessa pilotagem. Apenas sentir e voar nessa grande e eterna viagem.

No Alcorão e nas Sunah do Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah Esteja com Ele), nos apontam alguns desses benefícios:

1) A Porta para o Paraíso é Eterno: “E alvissara, Muhammad, aos que crêem e fazem as boas obras que terão Jardins, abaixo dos quais correm os rios”. Cada vez que forem sustentados por algo de seus frutos dirão: “Eis o fruto por que fomos sustentados antes”. Enquanto o que lhes for concedido será, apenas, semelhante. E, neles, terão esposas puras e, neles, serão eternos. (Surata Al Bacará versículo 25);

Allah (Louvado Seja), também disse: “Emulai-vos por um perdão de vosso Senhor e por um Paraíso, cuja amplidão é como a do céu e da terra, preparado para os que crêem em Allah e em seus Mensageiros. Esse é o favor de Allah: concede-o a quem quer. E Allah é Possuidor de Magnífico favor”. (Surata Al Hadid versículo 21).

O Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah Esteja com Ele), nos disse que o mais baixo em posição entre os habitantes do Paraíso terá dez vezes o equivalente a esse mundo (67), e ele ou ela terá o que ele o ela desejar e dez vezes isso (68). O Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah Esteja com Ele), também disse:{Um espaço no Paraíso equivalente ao tamanho de um pé seria melhor do que o mundo e tudo que ele contém}.(69) Ele também disse: {O homem mais miserável no mundo entre aqueles destinados ao Paraíso será imerso uma vez no Paraíso. Então ele será perguntado, “Filho de Adão, alguma vez você passo por miséria? Alguma vez enfrentou qualquer dificuldade?” Então ele dirá, “Não, por Deus, Ó senhor! Eu nunca passei por qualquer miséria, e nunca enfrentei qualquer dificuldade.”}

No Paraíso você terá uma vida feliz sem doenças, dor, tristeza, morte, nenhum tipo de carência: E o melhor, Allah (Louvado Seja) estará satisfeito com você e viverá lá para sempre. A idade no Paraíso jamais excederá a 33 anos.

Allah (Louvado Seja disse a respeito disso no Alcorão): “E aos que crêem e fazem as boas obras, fa-los-emos entrar em Jardins, abaixo dos quais correm rios, nesse, serão eternos, para todo o sempre. Nesse, terão mulheres puras. E fa-los-emos entrar em sombra sombrosa.·”. (Surata An-Nissã- versículo 57).

2) A Salvação do Inferno

A esse respeito disse Allah (Louvado Seja), no Sagrado Alcorão: “Por certo, os que renegam a Fé e morrem, enquanto renegadores da Fé, de nenhum deles se aceitará o conteúdo da terra em ouro, ainda que queira com isso resgatar-se. Esses terão doloroso castigo e não terão socorredores”.(Surata Al’ Imrãn- versículo 91).

Por isso generosos servos de Allah (Louvado Seja), somente nesta vida será possível conquistar o Paraíso. Para nossa ilustração leia esse pequeno conto, cujo autor é desconhecido. “Um homem muito rico e poderoso morreu. Chegando em um dos portões do Paraíso foi recebido por um Anjo. O Anjo dirigindo-se a ele disse: A paz seja contigo fui encarregado por Allah (Louvado Seja) para lhe mostrar sua nova morada. O Anjo tomou o recém-chegado pela mão direita, e iniciaram a caminhada. Andaram por uma linda avenida e de repente pararam de frente a uma linda mansão. O homem exclamou! Mas que linda residência! O Anjo lhe disse; lembra de Raimunda sua antiga cozinheira que trabalhou para sua família por mais de quarenta anos? Claro que sim! Ela foi responsável pela criação de todos os meus filhos. Pois é , disse o Anjo ela mora nesta casa. Continuaram a caminhada e mais uma vez pararam próximo a uma outra casa ainda mais linda! Meu Deus, mas que nível de residências! Deus seja Louvado! Então o Anjo lhe perguntou, você lembra de João Carlos seu motorista que morreu há dez anos? Claro! Ele era um grande sujeito, um pouco relapso é claro, mas, isso é comum entre os empregados que tive. Disse-lhe o Anjo ele mora nesta bela casa”.
Após andarem por um vasto percurso pararam em frente a um barraco muito pobre, no qual faltava todo o acabamento e inclusive algumas telhas. O homem perguntou ao Anjo, quem moraria em casa nesta situação? Pois é, respondeu o Anjo essa é sua casa senhor Barão. Mas como? Indagou irritado. Se até meus empregados moram em lindas mansões, porque eu moraria nesse casebre? O Anjo então retrucou, aqui apenas construímos as casas, quem envia os materiais são vocês “.·”.

Allah (Louvado Seja) diz no Alcorão sobre o que ocorrerá no dia do Juízo Final: “E se visses quando postos diante do Fogo! Então, dirão: Quem dera nos levasse à vida terna, e não desmentiríamos os sinais de nosso Senhor, e seriamos dos crentes”.

E posso afirmar sem a menor sombra de dúvidas, ninguém terá uma segunda chance, essa oportunidade é única, portanto, aproveite-a enquanto é tempo. Veja o que diz o Profeta Isaias (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele), na Bíblia Cristã capítulo 55:6 “: Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-a enquanto está perto”. Também o Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah Esteja com Ele) nos diz: { O homem mais feliz no mundo daqueles destinados ao fogo (Inferno) no Dia do Juízo Final será mergulhado no Fogo apenas uma vez. Então ele será perguntado, “Filho de Adão, alguma vez vistes algo de bom? Alguma vez experimentastes alguma bênção”? Então ele dirá, “ Não, por Deus, Ó Senhor!”)(72)

A VERDADEIRA PAZ INTERIOR

É impossível associar a Paz Interior com bens materiais, intelectualidade e qualquer outro artifício. A verdadeira Paz Interior está intrinsecamente ligada à submissão aos comandos de Allah (Louvado Seja). Ele (Louvado Seja), é um Único Criador e Sustentador desse mundo. No Alcorão encontramos uma receita perfeita para se encontrar a tão sonhada Paz Interior:

“Os que crêem e cujos corações se tranqüilizam com a lembrança de Allah.” – Ora, é com a lembrança de Allah que os corações se tranqüilizam. (Surata Ar-Ra’d – versículo 28).

Por outro lado, aquela que se afasta do Alcorão terá uma vida de dificuldades nesse mundo, disse Allah (Louvado Seja):

“E quem der de ombros a Minha Mensagem, por certo, ele terá uma vida atormentada e ressuscita-lo-emos cego, no dia da Ressurreição.” (Surata Tã-Hã-versículo 124).

Isso pode ser explicado porque pessoas de sucesso e abastadas financeiramente vivem infelizes chagando até ao suicídio. Um exemplo clássico é do cantor e compositor Cat Steves (hoje Yusuf Islam). Ele, enquanto artista, ganhava somas mirabolantes com a venda de discos e shows. Chegando a faturar U$ 150.000,000 dólares em apenas uma noite. E isso não contribuía em nada para sua satisfação pessoal. Após sua reversão ao Islã ele encontrou felicidade verdadeira e paz, sensação essa que jamais havia conhecido através do sucesso material. Você generoso leitor poderá ser a próxima pessoa a experimentar esse pedaço do Paraíso em pleno Planeta Terra!

Existe uma palavra no parágrafo anterior, que com certeza merece uma explicação. Trata-se da palavra “Reversão”. Essa palavra é utilizada por sábios islâmicos no lugar da palavra “Conversão”. Eles acreditam, e eu comungo dessa idéia, que todos nós nascemos “Muçulmanos”, isto é submisso à vontade de Allah (Louvado Seja). Depois, como os corpos cósmicos nos afastamos das nossas origens. Uma vez retornando a essa “Situação Primitiva”, ou seja, abraçando novamente o Islã, que é a Religião de Allah (Louvado Seja), o correto seria realmente utilizar o termo “Reversão”, e não “Conversão”.

OBS: O endereço atual de Cat Steves(Yusuf Islam) é “ 2 Digswell Street, London N7 8JX-United Kingdom”. Escreva para ele e pergunte-lhe sobre os seus sentimentos após reverter-se ao Islã.

AO ABRAÇAR O ISLAMISMO TODOS PECADOS ANTERIORES SERÃO PERDOADOS

Ao reverter-se ao Islã, Allah (Louvado Seja), perdoa todos os pecados anteriores e maus atos. É como se a pessoa houvesse nascido de novo. Isso confirma o que Jesus (Que Allah Esteja Satisfeito com Ele) disse em seu Evangelho segundo São João, capitulo 3:3-7: “Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." Vejamos ainda o que diz um dito do Profeta(Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele): “ Um homem chamado Amr foi ao Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) e disse, “ Dê-me sua mão direita de modo que eu possa fazer a minha promessa de lealdade.”O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) estendeu a sua mão direita. Amr retirou sua mão. O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse {O que aconteceu com você Amr?} Ele respondeu,” Eu pretendo impor uma condição “. O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) perguntou {Qual é a condição que você quer impor?} Amr disse:” Que Allah perdoe os meus pecados “. O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse: {Você não sabia que se converter ao Islã apaga todos os pecados anteriores?}75”.

E vejam como funciona a questão do pecado após sua reversão ao Islã, nesse dito do Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele):

“Seu senhor, Que é abençoado e exaltado, é misericordioso. Se Alguém intencionar fazer uma boa ação mas não faz, um bom ato é registrado para ele. E se alguém o faz (a recompensa de) dez a setecentas ou mais vezes (a recompensa de uma boa ação), será registrada para ele. E se alguém intencionar fazer uma má ação mas não a faz, uma boa ação será registrada para ele. E se ele fizer, {uma má ação será registrada conte ele ou Allah a eliminará}”.

DÚVIDAS MAIS FREQÜENTES SOBRE O ISLAMISMO

O ISLÃ É UMA RELIGIÃO DE VIOLÊNCIA?

É normal a circulação de noticias, principalmente na mídia ocidental destacando algum tipo de violência ligada ao Islã. Isso juntado a falta de cultura religiosa islâmica nessa sociedade leva a conclusões errôneas de que o Islã é uma religião violenta. O Islã não é mais violento do que outras religiões, tampouco predispõe seus seguidores ao fanatismo e a violência. Existem no Alcorão vários versículos que remetem o homem à paz , a esperança e a caridade. Em parte, é conseqüência da tendência jornalística, que tem como objetivo principal à venda dos seus jornais. Embora a maior parte das ações dos muçulmanos estejam voltadas às coisas boas e lícitas, sabemos que boas noticias não vendem jornais.
Vejam exemplos nas Escrituras Sagradas dos Judeus e Cristãos e também do Alcorão, e veremos que é uma grande falta de senso e até de caridade aplicar literalmente o que está escrito nos Livros. É preciso antes de tudo de entender em que contexto ocorreu esses episódios e quais eram seus objetivos naquele momento.
Narração da Bíblia Sagrada no Livro de Josué – capítulo 10:26: “Depois disto Josué os feriu, e os matou, e os pendurou em cinco madeiros, onde ficaram pendurados até à tarde”.
Livro de Josué CAPITULO 11:11: “E passaram ao fio da espada a todos os que nela havia, destruindo-os totalmente; nada restou do que tinha fôlego; e a Hazor ele queimou a fogo”.
Narração do Alcorão tratando do mesmo assunto, ou seja, atuações em guerras. Surata Al Bacará versículo 250: “E quando saíram ao encontro de Golias e seu exército disseram: “Senhor nosso! Verte sobre nós a paciência e tornam firmes nossos passos e socorre-nos, contra o povo renegador da Fé ““.
Surata Al Bacará versículo 244:E combatei no caminho de Allah e sabei que Allah é Oniouvinte e Onisciente”.
Surata Al Bacará versículo 256: “Não há compulsão na Religião (Islamismo)! Com efeito distingue-se a retidão da depravação.”
Surata Al Mumtahanah versículo 8: “Allah não vos proíbe de demonstrar gentileza e lidar de forma justa com aqueles que não vos combateram por causa da religião e não vos expulsaram de vossas casas. Allah ama os justos.”
Veja o que o Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), proibia aos crentes quando em combates, de matarem mulheres, crianças e idosos : “Não traiam, não sejam excessivos, não matem um recém-nascido (97) e também disse:” Quem quer que mate uma pessoa que fez um tratado com os muçulmanos, não deve sentir a fragrância do Paraíso, embora sua fragrância seja sentida por um período de 40 anos “(98)”.

O Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), também proibiu a punição com fogo (99).

E uma vez listou o “assassinato” como o segundo maior dos pecados (100) e advertiu que no dia do Juízo Final, {Os primeiros casos a serem ouvidos entre as pessoas no Dia do Juízo serão os de derramamento de sangue}.(101,102)

Tampouco o racismo é permitido no Islã e a piedade é incentivada.

Surata Al Hujurat versículo 13: “Ó humanos, nos os criamos de um macho e uma fêmea e os separamos em nações e tribos para que conhecesse uns aos outros. Verdadeiramente, o mais nobre entre vocês para Allah é o mais piedoso. Verdadeiramente Allah é Onisciente”.

Disse o Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele): “Ó povo! Se Allah é Único e seu pai Adão é um. Um árabe não é melhor que um não árabe e um não árabe não é melhor do que um árabe. Uma pessoa vermelha (108)não é melhor que uma negra e uma pessoa negra não é melhor que uma vermelha, exceto na piedade”(109).

Concluindo, não podemos medir uma religião pelos atos de alguns dos seus seguidores. Se o Islã nos ensina o amor e a piedade e alguns irmãos agem ao contrário a culpa não é da Religião e sim do irmão faltoso. Allahu Akbar (Allah é Maior).

AS MULHERES SÃO MALTRATADAS NOS ISLÃ?

Haja vista, alguns acontecimentos isolados em algumas comunidades que adotaram o Islã como religião, mas que continuam aplicando costumes tribais, entre eles a aplicação de castigo físico nas mulheres, a Religião Islâmica criou fama de praticar maus tratos às mulheres. Também a mídia tendenciosamente associa essas atitudes à nossa Religião. Na verdade algumas conquistas sociais que as mulheres não islâmicas vem buscando ao longo do tempo, já foram conquistadas pelas mulheres muçulmanas há 1435 anos atrás, com o evento do Islã.

O Islã vê as mulheres, solteira, casadas, divorciadas ou viúva, como um indivíduo independente, com direito de ter e dispor de sua propriedade e ganhos sem qualquer custódia legal sobre ela (seja do pai, marido ou qualquer outra pessoa). Ela tem direito de comprar e vender, dar presentes e caridade, e pode gastar seu dinheiro como quiser. Um dote de casamento é dado pelo noivo para a noiva para seu uso pessoal, e ela mantém em nome de família ao invés de tomar o nome de família do marido.

O Islã, inclusive encoraja o marido a tratar sua esposa bem, como o Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse:{O melhor entre vós são aqueles que são os melhores para suas esposas.} (113)

As mães no Islã recebem as mais altas honras. É recomendado tratá-las da melhor maneira possível. Um homem veio ao Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) e disse: “Ó Mensageiro de Allah (Louvado Seja) quem entre as pessoas é merecedora do meu melhor companheirismo?”. O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse:{Sua mãe}. O homem disse, “E depois quem é?” O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse:{Depois sua mãe.} O homem perguntou novamente, “E depois quem é?” O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse: {Depois sua mãe.} O homem perguntou mais uma vez, “{E depois quem?} O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse: {Então, seu pai}”.

COMO É A FAMÍLIA NO ISLÃ?

A família que é a “célula mãe” tem sofrido uma verdadeira degradação na sociedade moderna. Com isso os valores familiares estão se desintegrando. Isso não acontece com a mesma intensidade no Islã. Isso porque o Islã impõe os direitos do marido, esposa, filhos e parentes para um delicado equilíbrio. Ele nutre o comportamento despojado, a generosidade e amor na estrutura de um sistema familiar bem organizado. A paz a segurança oferecida por uma unidade familiar estável são altamente valorizadas e vistas como essenciais para o crescimento espiritual de seus membros. Uma ordem social harmoniosa é criada pela existência de famílias estendidas e pela alta estima às crianças.

COMO SÃO TRATADOS OS IDOSOS NO ISLÃ?

Para o muçulmano é uma honra muito grande poder cuidar de seus velhos. Existe a recomendação e a certeza de que esse gesto é bem visto aos olhos de Allah (Louvado Seja). Raramente você vai encontrar (Asilos, Abrigos para Idosos), entre outros. O esforço de cuidar dos pais no momento mais difícil de suas vidas é considerado além de uma honra, uma bênção e uma oportunidade para um grande crescimento espiritual.

No Islã, não é suficiente que apenas se ore pelos pais, mas devemos agir com compaixão sem limite, lembrando de quando éramos crianças indefesas e eles nos preferiram a si próprios. As mães são particularmente honradas. Quando os pais muçulmanos atingem a velhice, eles são tratados com misericórdia, gentileza e sem egoísmos.

No Islã, servir aos pais é um dever secundário apenas à oração e é direito deles esperar por isso. É considerado desprezível expressar qualquer irritação quando, sem qualquer culpa deles, a velhice se torna difícil.

Disse Allah (Louvado Seja), no Alcorão: Surata Al-Isrã versículos 23 e 24: “E teu Senhor decretou que não adoreis senão a Ele; e decretou benevolência para com os pais. Se um deles ou ambos atingem a velhice, junto de ti, não lhes digas:” Ufa “, nem os maltrates, e dize-lhes dito nobre.” (23);

“E baixa a ambos a asa da humildade, por misericórdia. E dize:” Senhor Meu! Tem misericórdia deles, como quando eles cuidaram de mim, enquanto pequenino ““.(24)

CELIBATO

Conceitualmente “Celibato” significa a proibição do “Matrimônio” para os clérigos de algumas seitas cristãs e outras agremiações que adotam a vida monástica tanto para os homens, como para as mulheres. Como nosso foco são as religiões monoteístas vamos deixar de lado as outras seitas e focar no que o Islã pensa dessa invenção, a qual é fruto de vários pecados como: pedofilia, homossexualismo, fornicação entre outros.
Nem todas as seitas cristãs exigem o Celibato dos seus clérigos. Quando falamos dos cristãos englobamos católicos apostólicos romanos, ortodoxos (helênico, de Antioquia, Maronitas, Cópitas, os Protestantes e os fiéis das Igrejas Católicas Nacionais), todas elas desligadas politicamente do Vaticano. Podemos afirmar que essas seitas possuem um numero grande de fieis.

No Alcorão Sagrado está escrito, que a vida monástica foi instituída por seguidores de Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele), para si mesmos instituíram-no, com objetivos nobres: agradar mais a Deus! Todavia, essa vida monástica não foi observada, como deveria ser, pelos que a instituíram. Isto é: foi, por alguns (ou por muitos), em diferentes épocas, DESVIRTUADA. E o pior, constitui em uma desobediência as ordens de Allah (Louvado Seja). Vejam o que diz o Alcorão e a Bíblia cristã sobre o assunto:
Em seguida fizemos seguir em suas pegadas,Nossos Mensageiros. E fizemos seguir Jesus, filho de Maria, e concedemo-lhe o Evangelho. E fizemos, nos corações dos que o seguiram, compaixão e misericórdia. - E o monacato , inventaram-no. Nós (Allah) não lhos prescrevemos, mas o fizeram em bisca do agrado de Allah: e não o respeitaram como deveria ser respeitado. – Então concedemos aos que creram, dentre eles (Cristãos) seu prêmio. E muitos deles forma perversos”. Alcorão - Surata Al – Hadid – versículo 27.

Nesse trecho alcorânico observamos, que Allah (Louvado Seja) não poupa elogios aos verdadeiros seguidores de Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele). Não obstante, perguntamos, seria o Celibato da essência da Religião pregada por Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele)?.

Vamos para alguns textos retirados da Bíblia dos cristãos:

Mas os que não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que se abrasar”. I Corintios 7:9.

“Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas”? I Corintios 9:5.

“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o Episcopado (tornar-se Bispo), excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda modéstia; {Porque se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus?}”. I Timóteo 3:1,2,3,4 e 5.

“Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem os seus filhos e suas próprias casas”. I Timóteo 3:12

Obs: Esse texto da Bíblia cristã fala dos “Deveres dos Bispos e dos Diáconos”.

Para esclarecimento as ordens maiores do sacerdócio católico são as seguintes: Diaconato, Presbiterato (Padres) e Episcopado (Bispos). Títulos como Monsenhor, Cardeal, dentre outros, são títulos honorifico. "Venerado entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros. Deus os julgará.” Hebreus 13:4.

Recomendamos uma redobrada atenção dos leitores no texto bíblico a seguir:

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; Proibindo casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graça”. I Timóteo 4:1,2 e 3.

Conclui-se portanto, que o Livro Sagrado dos Cristãos, não contém nada de favorável ao Celibato, pelo contrário, recomenda o Matrimônio. Inclusive Pedro era casado, “E Jesus entrando em casa de Pedro viu a sogra deste acamada e com febre; E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou, e levantou-se e serviu-os”. Evangelho Segundo São Mateus 8:14,15. Perante os Católicos Romanos ele é o maior entre os apóstolos, inclusive os intitula como sendo o primeiro Papa. Quanto a isso existem controvérsias, que não é objeto dos nossos estudos.

O QUE PENSAM OS MUÇULMANOS SOBRE A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS

Esse, com certeza é o ponto mais polêmico entre as doutrinas cristã e islâmica. Contudo por acreditarmos que o Alcorão é palavra de Allah (Louvado Seja), não podemos nos furtar a esse assunto. Vejam o que diz o Alcorão Sagrado:

E por seu dito:” Por certo matamos o Messias, Jesus, Filho de Maria, Mensageiro de Allah.”Ora, eles não o mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado. E, por certo, os que discreparam a seu respeito estão em dúvida acerca disso. Eles não têm ciência alguma disso senão conjeturas, que seguem. E não o mataram, seguramente”. “Mas, Allah ascendeu-o até ele. E Allah é Todo - Poderoso e Sábio.” – Surata An-Nissã – versículos 157 e 158.

O Islã prega que não foi Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele), o crucificado e sim um “Sósia”. Isso para um cristão pode parecer uma blasfêmia, mas, a luz do conhecimento e do contexto do ocorrido, pode levantar algumas situações, que no mínimo seria algo para reflexão.

Buscaremos dentro das escrituras cristãs e alcorânicas alguns exemplos para a reflexão e estudos:

I) Os soldados romanos (ou ao seu serviço), que foram encarregados de prender Jesus, não o conheciam. Isto o prova o Evangelho, segundo São Marcos:
Evangelho Segundo São Marcos 14:44: “Ora, o que o traía, tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é: prendei-o, e levai-o-o com segurança”.

Obs: Os soldados não conheciam -a pessoa de Jesus,

II) Isto o reforça, cabalmente, o Evangelho de São João:
Evangelho Segundo São João 18:4,5,6,7,8 e 9: “Sabendo pois Jesus todas as coisas que sobre Ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: a quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles. Quando, pois lhe disse: sou eu, recuaram, e caíram por terra. Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno. Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu: se , pois, me buscais a mim, deixar ir estes; Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi,

III) A leitura desses textos dos Evangelhos nos leva as seguintes conclusões:

a) Reafirma que os guardas não conheciam a pessoa de Jesus, a quem vieram prender?

b) Que a busca ocorreu à noite, com muita escuridão, pois os soldados 97 traziam lanternas e tochas.

c) Que os guardas, num dado momento do diálogo tenso e nervoso recuaram e caíram por terra. Pergunta-se: não poderia Jesus, nesse momento, com os guardas caídos, e a noite escura, ter se evadido? Já não havia ele, em outras ocasiões, desaparecido sem ser notado por seus perseguidores?

IV) No Evangelho Segundo São Mateus 26:56: “Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas”. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram ““.

Evangelho Segundo São Marcos 14:50: “Então o deixando, todos fugiram”.

V) Todos os discípulos (que não eram de Jerusalém) deixaram-no à própria sorte, na mão dos soldados, que não o conheciam;

VI) As afirmações bíblicas corroboram o que diz o Alcorão: “Pareceu-lhes tê-lo feito”.

VII) Frente a tantas evidências é possível que tenham aprisionado a outro pensando que se tratasse de Jesus, já que não havia mais quem o pudesse reconhecer e identificar, uma vez que todos os discípulos fugiram.

VIII) Bom lembrar, que os discípulos de Jesus, bem como Ele, não eram da cidade nem da região - de Jerusalém, e sim: de Nazaré e da Galiléia, portanto não eram conhecidos naquela região.

IX) Os quatro Evangelhos narram acerca do que aconteceu após a crucificação de Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele), e relata o Alcorão: “E por seu dito:” Por certo matamos o Messias, Jesus, Filho de Maria, Mensageiro de Allah.”Ora, eles não o mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado. E, por certo, os que discreparam a seu respeito estão em dúvida acerca disso. Eles não têm ciência alguma disso senão conjeturas, que seguem. E não o mataram, seguramente”. “Mas, Allah ascendeu-o até ele. E Allah é Todo - Poderoso e Sábio.” – Surata An-Nissã – versículos 157 e 158.

X) Essa narrativa do Alcorão guarda consonância com o que dizem os Evangelhos quanto à ressurreição de Jesus:

a) Evangelho Segundo São Marcos 16:12: “E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo.”“ Portanto, não na sua forma real! O que não deixa dúvidas quanto à incerteza de seus discípulos de que não era Jesus quem lhes aparecera!

b) Vejam o que nos diz o Evangelho São João 20:14,15 “E, tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não sabiam que era Jesus”. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei ““. Como era possível que Maria Magdalena, sua melhor amiga, não o reconhecesse? Como poderia ela o confundir com o Jardineiro que ela se quer conhecia? Era mesmo Jesus quem Madalena vira?

XI) Todavia, a dúvida não se restringe à Madalena. Seus discípulos igualmente não o reconhecem!

a) Evangelho Segundo São João 21:4: “E, sendo já de manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não o reconheceram que era Jesus”. Não é muito estranho que os próprios discípulos não o reconhecessem? Você estranharia frente a frente uma pessoa com a qual convivera durante três anos, dia e noite? Seria então, de fato, Jesus que lhe aparecera?

b) Pior ainda do não o reconhecerem é duvidarem de sua ressurreição, já que lhes falara tanto a esse respeito! Evangelho Segundo São Marcos 16:10,11: “ E partindo ela, anunciou-o àqueles que tinha estado com Ele, os quais estavam tristes, e chorando”. E, ouvindo eles que vivia, e que tinha sido visto por ela, não o creram.

c) É impressionante! Os discípulos - e companheiros - de Jesus, não só não o reconheceram ressuscitado, como não acreditaram! E São Marcos, no seu Evangelho, diz que Jesus censurou a incredulidade de seus próprios discípulos: Evangelho Segundo São Marcos 16:12,13 e 14: “E depois manifestou-se de outra forma a dois deles, que iam de caminho para o campo. E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram. Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à mês, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração”.
“Aqueles que divergiram sobre ele (Jesus) estão na dúvida, porque não têm conhecimento (cabal) do caso (assassínio, crucificação e ressurreição) senão seguindo apenas conjecturas.. Alcorão 4:157”.

A RELIGIÃO DO ISLÃ É APLICADA NA VIDA DIÁRIA

O sábio islâmico Hamudah Abdulati afirma: “É com razão que os muçulmanos não consideram o Islã apenas com um ideal abstrato destinado somente à adoração imaterial.” Essa definição é muito oportuna uma vez que trás a confirmação de que o Islã é um “Código de Vida”. Os benefícios da aplicação desse código é proporcional a sua correta utilização.

Tudo o que foi revelado e ensinado ao Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), deve ser imitado pelos muçulmanos. Cada gesto, movimento, expressões, trajes, alimentação e demais obrigações devem ser executadas com todo amor e dedicação integral. Se isso não acontecer você será como um mendigo, que vive das migalhas do seu senhorio. Allah (Louvado Seja), pode nos dar tudo. Mas, para essa completa comunhão existe as regras a serem cumpridas.
Essa aplicabilidade não é algo simples. O fato de o homem lidar com duas naturezas interna e externa, impõe-lhe desafios intrínsecos a essa característica. Para um melhor entendimento, sem cair no abstratismos ou disputas filosóficas faremos apenas uma definição sucinta quanto essas duas naturezas:

a) Natureza Interna - Trata-se da natureza que inclui a “Ruh” (Alma, ser ou coração) e o “Acal” (Mente ou capacidade de raciocinar ou inteligência). Para explicar melhor essas duas naturezas teremos de tratar de dois aspectos que a envolve:

I) Aspecto espiritual ou moral;e II) Aspecto intelectual.

As demais atividades humanas terão que ser classificadas com aspectos exteriores. Essa concepção não é uma definição do Islã, mas, admitida universalmente, inclusive com apoio nas palavras de Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele), no Evangelho Segundo São Mateus 4:4 Nem só de pão viverá o homem, mas, de toda a palavra que sai da boca de Deus”.

NATUREZA INTERIOR

VIDA ESPIRITUAL - Ao abraçar o Islã o muçulmano passará a gozar de uma vida organizada moral e espiritual. Isso, por que o Islã lhe fornece o alimento espiritual necessário à piedade, à segurança e a paz. As prescrições para o sucesso dessa natureza interior, é , a aplicação dos seguintes pilares:

a) A Fé (Iman);

b) A Oração (Salat);

c) O tributo (Zakat);

d) O Jejum (Saum),

e) A Peregrinação a Mecca (Hajj);

f) O amor a Allah e ao Seu Mensageiro, amor à verdade e à humanidade por amor a Allah;

g) A Esperança e a confiança em Allah, em qualquer momento;

h) O sacrifício por amor a Allah, com a verdadeira abnegação.

VIDA INTELECTUAL

O homem é a única criatura de Allah (Louvado Seja), dotado de livre arbítrio e capacidade de raciocínio. O Islã concede extraordinária atenção a estes aspectos, erguendo a estrutura intelectual do homem sobre solidíssimos alicerces, que podem ser classificados da seguinte maneira:

a) O conhecimento da verdade com base em provas e argumentos científicos (incontestáveis), adquiridos através da “experiência” “experimentação”, ou ambas. A este respeito pode-se dizer que o Alcorão é, sem dúvida a primeira das revelações a prescrever e incentivar a busca zelosa do conhecimento. A prescrição divina é recomendada ao homem e a mulher buscarem o conhecimento no sentido mais amplo da palavra. Essa prescrição também se encontra nas palavras de Jesus (Que Allah esteja satisfeito com Ele), no Evangelho Segundo São João 8:32: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.

b) O segundo aspecto desta noção é a Fé em Deus, inesgotável fonte de conhecimento e investigação espiritual nos campos infinitos do pensamento. No Islã a fé em Allah (Louvado Seja) é o pilar de toda a estrutura religiosa. O Islã não reconhece a fé que for adquirida através da imitação cega, e , aceita submissamente ou sem contestação. Quando a atividade espiritual e intelectual se organiza conforme os preceitos do Islã acima mencionados, a natureza interior do homem torna-se consciente e sã. E se o homem gozar segurança e consistência interiores, a sua vida exterior terá a mesma natureza.

NATUREZA EXTERIOR

A natureza exterior do homem é tão complexa e ampla como sua natureza interior. A consciência da primeira depende em grande medida da consciência da segunda e vice-versa, uma vez que com a junção delas cria-se a natureza completa do homem, que é constituída de ambos os aspectos. Nossa vigilância deve ser constante uma vez que qualquer desequilíbrio dentro do sistema da natureza humana nos remete ao insucesso total perante Allah (Louvado Seja) e perante a sociedade. Para tanto o homem deve observar os seguintes aspectos:

a) Vida Pessoal – O Islã preocupa-se com a vida pessoal do homem de maneira a assegurar-lhe a pureza e a limpeza; prescreve-lhe uma dieta salutar e ensina-lhe a maneira correta de vestir-se, comportar-se, arranjar-se, divertir-se, etc.;

A esse respeito diz o Sagrado Alcorão: “Ó vós que credes! Não vos aproximeis da oração enquanto ébrios, até que saibais o que dizeis, nem mesmo enquanto junub, exceto quando em viagem até que vos banheis completamente. E, se estais enfermos ou em viagem, ou se um de vós chega de onde se fazem as necessidades, ou se haveis tocado as mulheres e não encontrais água, dirigi-vos a uma superfície pura, tocai-a comas mãos e roçai as faces e os braços, à guisa de ablução. Por certo Allah é Indulgente, Perdoador.” Surata An-Nissa versículo 43.

E lembrai-vos da graça de Allah para convosco e de Sua aliança que firmou conosco, quando dissestes:” Ouvimos e obedecemos.”E temei a Allah. Por certo Allah, do íntimo dos peitos, é Onisciente”. Surata Al-Mai’dah versículo 7.

b) Dieta - O Islã instrui ao homem corretamente de como se alimentar, além do que existem determinadas comidas que são proibidas aos crentes. A proibição destas comidas e bebidas não é de maneira nenhuma uma ação arbitrária emitido por Allah (Louvado Seja). É antes de tudo, uma intervenção Divina no melhor interesse do homem e por amor a Ele. Ao descrever essas coisas como impuras e más, o Alcorão vigia atentamente a moralidade do homem sua sensatez, saúde, riqueza, a sua piedade comportamento corrente, que são todos eles valores inestimáveis pelo Islã. Veja o que diz o Sagrado Alcorão:

Os que seguem o Mensageiro, O Profeta iletrado – que eles encontram escrito junto deles, na Tora e no Evangelho – o qual lhes ordena o que é conveniente e os coíbe do reprovável, e torna lícitas, para eles, as cousas benignas e torna ilícitas, para eles, as cousas malignas e os livra de seus fardos e dos jugos a eles impostos. Então, socorrem e seguem a luz, que foi descida, e está com ele, esses são os bem-aventurados.” Surata Al-a’raf versículo 157.

Não há culpa sobre aqueles que crêem e fazem as boas obras por aquilo de que se alimentaram anteriormente, desde que se guardem do proibido e creiam nisso e façam boas obras; depois, continuem a guardar-se e a crer; em seguida, se guardem e bem façam. E Allah ama os benfeitores.” Surata Al-Mai’dah versículo 93

Ó vós que credes! Em verdade, Allah por-vos-á à prova com a proibição de alguma caça que vossas mãos e vossas lanças puderem alcançar, a fim de que Allah saiba quem de vós O teme, embora seja Ele Invisível. Então quem, depois disso, comete agressão terá doloroso castigo.” Surata Al-Mai’dah versículo 94.

c) Vestuário e Adorno – O Islã concede particular importância na maneira em que o homem se veste e se enfeita. Essa recomendação pauta-se nos princípios da decência, modéstia e virilidade, desaconselhando ao mesmo tempo qualquer maneira de vestir extravagante, a qual em nada contribui para o desenvolvimento de nenhuma das naturezas humanas. Por isso se restringe ao homem o uso de certos tecidos (seda) e do ouro (jóias, relógios, canetas, abotoadoras,etc), face que a utilização desses ornamentos pode empurrá-lo para a arrogância e também, por esse objetos estarem intrinsecamente ligado ao universo feminino.

Quanto à mulher é permitido alguns adornos proibidos aos homens, por serem estes inerentes à sua natureza feminina. Condena no entanto os excessos. Só lhe permite o que convém a natureza dela. Com essa visão o Islã está protegendo a mulher das piadinhas dos homens indelicados e infiéis, bem como, garantindo o seu bem estar geral. O Islã recomenda tanto ao homem quanto a mulher, que façam também do vestuário e do adorno algo que venha agregar valor à sua vida espiritual e ao seu desenvolvimento moral e intelectual. Diz o Sagrado Alcorão:

“Dize aos crentes, Muhammad, que baixem suas vistas e custodiem seu sexo. Isso lhes é mais digno. Por certo Allah é conhecedor do que fazem.” Surata An-Nur versículo 30.
“E dize às crentes que baixem suas vistas e custodiem seu sexo e não mostrem seus ornamentos exceto o que deles aparece e que estendam seus cendais sobre seus decotes. E não mostrem seus ornamentos senão a seus maridos ou a seus pais ou aos pais de seus maridos ou a seus filhos ou aos filhos de seus maridos ou a seus irmãos ou aos filhos de suas irmãs ou a suas mulheres ou aos escravos que elas possuem ou aos domésticos, dentre os homens privados de desejo carnal, ou às crianças que não descobriram, ainda, as partes pudendas das mulheres. E que elas não batam, com os pés, no chão, para que se conheça o que escondem de seus ornamentos. E voltai-vos, todos, arrependidos, para Allah, ò crentes, na esperança de serdes bem-aventurados”. Surata An-Nur versículo 30.

d) Vida Familiar – A família é um grupo social humano cujos membros estão unidos por laços de consangüinidade e / ou relação conjugais. O Islã prescreve no Sagrado Alcorão as regras para manter, de forma inabalável, os alicerces dessa instituição. O matrimônio e a família têm importância capital dentro do sistema islâmico . Existem muitas passagens no Alcorão em que o Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), que afirmam que o muçulmano ao casar, ou seja, ao constituir legitimamente uma família teria cumprido a metade de sua religião.

e) Conceito do Matrimônio – Independente dos conceitos atribuídos ao matrimônio o Islã considera-o como um laço sólido (mítaqun galíd), um compromisso responsável na verdadeira concepção da palavra, uma vez que esse compromisso é assumido por ambos os cônjuges perante Allah (Louvado Seja) e a comunidade islâmica. O Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), condena os homens e mulheres que gostam de trocar com freqüência de cônjuges, que saboreiam a companhia dum parceiro por alguns momentos, depois procuram outro e mais outro, e assim por diante. No entanto essa insistência sobre o caráter permanente do matrimônio não quer dizer que o enlace conjugal seja absolutamente indissolúvel. Diferentemente do conceito cristão, que considera o matrimônio um sacramento, o Islã no o vê dessa forma. Tampouco o vê como um mero contrato civil. De fato o matrimônio islâmico é um fenômeno único com feições muito especiais que tanto tem de sacramento como de contrato civil. A atitude do Islã é a moderação eqüitativa e realista. Bom seria se todos os casamentos durassem toda uma vida, no Islã quando isso não acontece, por uma razão válida pode acabar de maneira honrada e civilizada. Allah (Louvado Seja) diz no Alcorão:

“E, dentre Seus sinais, está que Ele criou, para vós, mulheres, de vós mesmos, para vos tranqüilizardes junto delas, e fez, entre vós, afeição e misericórdia. Por certo, há nisso sinais para um povo que reflete.” Surata Ar-Rum versículo 21.

“E casai os solteiros, dentre vós, e os íntegros, dentre vossos servos e servas. Se são pobres, Allah enriquecê-los-á de Seu favor. E Allah é Munificente, Onisciente.” Surata An-Nur versículo 32.

E que os que não encontrarem meios para o casamento se abstenha do adultério, até que Allah os enriqueça de Seu favor. E aqueles de vossos escravos que buscam a alforria, mediante pagamento de uma soma, então ajudai-vos, se reconheceis neles algum bem. E concedei-lhes das riquezas de Allah, que Ele vos concedeu. E não deveis compelir vossas escravas à prostituição – se elas desejam a castidade – para buscardes os efêmeros bens da vida terrena. E quem as compele, por certo, Allah, após sua compulsão, é Perdoador, Misericordioso”. Surata An-Nur versículo 33.

f) Relacionamento do Marido e Mulher – Se os cônjuges buscarem e aplicarem os critérios elaborados pelo Islã para a realização do casamento, só poderão esperar uma vida matrimonial feliz. Muitos são os versículos do Alcorão e as tradições (Sunah), que descrevem essas regras. O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), vai bem além e chega a declarar que o melhor muçulmano é aquele que se porta de melhor maneira para com a sua família, e que a felicidade suprema na vida e a maior bênção é uma esposa boa e virtuosa. Cada cônjuge tem um espaço próprio. O homem no entanto, é considerado como Chefe da Família, ao que os sociólogos chamam “direção instrumental”, ou autoridade externa no lar, em resultado da divisão do trabalho, dos papéis diferenciados que os cônjuges desempenham. No entanto, isso não implica em nenhuma descriminação de categoria ou superioridade de um sexo frente ao outro. Allah (Louvado Seja) diz no Alcorão:
O divórcio é permitido por duas vezes. Então, ou reter a mulher, convenientemente, ou libertá-la, com benevolência. E não é licito retomardes nada do que lhes haveis concedido, exceto quando ambos temem não observar os limites de Allah. Então, se vós temeis que ambos não observem os limites de Allah, não haverá culpa sobre ambos, por aquilo com que ela resgatar. Esses são os limites de Allah: então, não os transgridais.
E quem transgride os limites de Allah, esses são os injustos”. Surata Al-Baqarah versículo 229

“Se ele se divorcia dela pela terceira vez, ela lhe não será lícita novamente, até esposar outro marido. E, se este se divorcia dela, não haverá culpa, sobre ambos, ao retornarem um ao outro, se pensam observar os limites de Allah. E esses são os limites de Allah, que Ele torna evidentes, para um povo que sabe.” Surata Al-Baqarah versículo 230.

E quando vos divorciardes das mulheres e elas atingirem seu prazo de espera, retende-as convenientemente, ou libertai-as, convenientemente. Mas não as retenhais, prejudicando-as, para infligir-lhes agressões. E quem o faz, com efeito, é injusto consigo mesmo. E não tomeis os versículos de Allah por objeto de zombaria. E lembrai-vos da graça de Allah para convosco e daquilo que Ele fez descer sobre vós: o Livro e a Sabedoria, com que Ele vos exorta. E temei a Allah e sabei que Allah, de todas as cousas, é Onisciente.” Surata Al-Baqarah versículo 231.

“E, quando vos divorciardes das mulheres, e elas atingirem seu prazo de espera, não as impeçais de esposarem seus maridos anteriores, quando concordarem, entre eles, convenientemente. Com isso, é exortado aquele de vós que crê em Allah e no Derradeiro Dia (Juízo Final). Isso vos é mais digno e mais puro. E Allah sabe, e vós não sabeis.” Surata Al-Baqarah versículo 232.

Sobre o divórcio, há um dito do Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) relatado por Abu Daoud: “Entre asa coisas lícitas, o divórcio é a mais detestada por Allah”. Esse dito remete ao Marido e a Mulher a uma tolerância mútua em defesa do casamento.

g) A Tolerância Mútua entre Marido e Mulher – O marido deve ser paciente com sua esposa caso perceba algo a que desaprove e não goste. Ele deverá reconhecer que está lidando com um ser humano com imperfeições naturais, e , deve sopesar as boas qualidades dela com suas falhas. O Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele) disse:

Que nenhum homem crente desgoste de uma mulher crente. Se algo nela o desagrada, alguma outra coisa há de agradá-lo.” E Allah (Louvado Seja)

Diz no Alcorão: “E harmonizai-vos com elas, pois, se as menosprezardes podereis estar depreciando um ser que Allah tem dotado de muitas virtudes.” Surata An-Nissã versículo 19.

Por outro lado, o Islã recomenda à mulher a agradar seu marido com todas as suas habilidades e encantos, e, a adverte de não deixar transcorrer uma noite sequer deixando seu marido ficar irado com ela. Certa tradição relatada por Ibn Maja e por Hibban em seu Salih: “Há três tipos de pessoas cujas orações não se elevam sequer acima das suas cabeças; o homem que lidera as orações congregacionais sabendo que as pessoas o odeiam: uma mulher que passe a noite com um marido que esteja zangado com ela e dois irmão brigados.”

É muito comum ouvirmos dos não muçulmanos que existe repressão contra a mulher no Islã. A verdade, é , que a moralidade e os modos da mulher muçulmana são incontestavelmente diferentes das não muçulmanas e das mulheres da época pré-islâmica. A verdadeira muçulmana é casta, dignificada, que se respeita, é modesta, diferentemente da mulher que ignora as orientações Divinas. Essas são as qualidades que se destacam nas mulheres não muçulmanas: vaidade exagerada, exibida e ansiosa para expor as partes atraentes do seu corpo, andam e conversam de modo sedutor, usam roupas reveladoras e excitantes, e assim por diante. Diz Allah (Louvado Seja) no Alcorão:

E permaneceis em vossas casas, e não façais exibição de vossos encantos corporais como a exibição dos idos tempos da ignorância. E cumpri a oração e concedei o az-zakah e obedecei a Allah e ao seu Mensageiro. Apenas Allah deseja fazer ir-se para longe de vós, a abominação, ó Família da casa, purificar-vos plenamente”. Surata Al-Ahzab versículo 33.

Como podem observar o exibicionismo e a sedução não são de hoje. Passado o período da ignorância, observamos hoje, que o exibicionismo dos atrativos femininos chegaram ao limite da vulgaridade, isso faz as mulheres pré-islâmicas consideradas pelo Profeta (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele), como exibicionistas, verdadeiros modelos de castidade e dignidade. Diz Allah (Louvado Seja) no Alcorão:

“E os que dizem:” Senhor Nosso! Dadiva-nos, da parte de nossas mulheres e de nossa descendência, com alegre frescor nos olhos e faze-nos guia para os piedosos “. Surata Al-Furqan versículo 74”.

h) Relação entre Pais e Filhos : O Islã aborda essa questão descriminando os deveres das partes. Em primeiro lugar, o mandamento divino proíbe ao filho de provocar qualquer dano contra os pais. Diz Allah (Louvado Seja) no Alcorão: “A nenhuma alma é imposta senão o que é de sua capacidade. Que nenhuma mãe seja prejudicada por causa de seu filho e nem o pai por causa de seu filho. E impende ao herdeiro fazer o mesmo.” Surata Al-Baqarah versículo 233. Portanto é mister que essa relação seja pautada de acordo com os ensinamentos islâmicos uma vez que não há criança que possa absolver o pai no Dia do Juízo Final, nem pai que possa interceder a favor do filho. Bom lembrar, que no Islã o pai deve manter um papel decisivo na formação do seu filho. E jamais poderá lhe negar a paternidade. Em contrapartida, nos paises islâmicos quase não encontramos Asilos ou Abrigo para Idosos. O muçulmano temente a Allah (Louvado Seja) tem orgulho de cuidar de seus pais, além dar ao filho grandes recompensas nesta e na outra vida.

I) Casamento com mais de uma Mulher – O Islã não inventou a poligamia, apenas o disciplinou e lhe deu uma regra, que além de disciplinar resolveria um problema da superpopulação feminina. Embora, exista a permissão de se casar com até quatro mulheres, isso não é necessariamente uma regra. Apenas um pequeno percentual de muçulmanos utilizam-se dessa prerrogativa. E também, não se trata de um comportamento aleatório. É necessário que aja uma razão plausível para o casamento com mais de uma mulher.

Sendo o Islã a última e derradeira Palavra de Allah (Louvado Seja), encerrando uma série de Suas mensagens à humanidade, trouxe-nos uma lei geral adequada para todos os tempos e lugares e para toda a humanidade. O Islã reconhece as necessidades e interesses de todos os povos, indivíduos e grupos. E entre os seres humanos existem pessoas com vários perfis. Aqueles que nutrem um enorme desejo de ter filhos e possui uma esposa estéril e ou com alguma doença degenerativa ou crônica. Não seria mais ponderado da parte dela conceder permissão ao marido para se casar uma segunda vez, gerar os filhos que ele deseja e ainda por cima permanecer casada com ele conservando todos os seus direitos?

Também existem períodos em que a população masculina é dizimada em virtude de guerras. E como ficariam as mulheres uma vez que o Islã não permite a fornicação aos seus fieis? A única solução será o casamento de homens com mais de uma esposa. E com certeza Allah (Louvado Seja), não criou o numero quatro aleatoriamente, lembrem-se que Ele é Onisciente e Sapientíssimo. Para nós, não seria nenhuma surpresa, se algum estatístico pegasse o número de mulheres da terra e dividir pelo numero de homens aptos a possuírem mais de uma mulher o resultado fosse o numero 4(quatro). Allahu Walam (Allah sabe mais)!

Diz Allah (Louvado Seja), no Alcorão: “Buscam, então, o julgamento dos tempos da ignorância?E quem melhor que Allah, em julgamento, para um povo que se convence da Verdade?” Surata Al-Mal’dah versículo 50.

Pois, é esta a “poligamia” islâmica que os povos não muçulmanos consideram tão repulsiva e para com a qual reagem com intensa hostilidade. Enquanto isso seus próprios homens ficam livres para ter inúmeras amantes, sem restrições e sem qualquer responsabilidade legal ou moral, quer em relação à mulher, quer as crianças que ela possa trazer ao mundo como fruto dessa pluralidade sem religião e imoral de relacionamentos extramaritais. Comparemos as duas alternativas: a pluralidade de esposa ou a pluralidade de casos ilícitos? Deixamos que as pessoas se reflitam e façam seu julgamento de qual é o caminho mais correto, e , qual dos dois grupos está corretamente orientado.

JIHAD É O MESMO QUE GUERRA SANTA ?

Importantes aspectos da Religião de Allah (Louvado Seja) têm sido esquecidos e destorcidos pelos povos não muçulmanos, e , até por alguns fies. Não podemos fechar os olhos e fingir que certos acontecimentos não existem. A guerra é um deles. Os registros históricos estão repletos delas desde que o mundo existe. Mesmo no tempo presente, dificilmente passamos um dia seu ouvir falar de contendas entre a humanidade, que sempre acabam em algum tipo de guerra. Sendo o Alcorão a última mensagem Divina para a humanidade, é mister, que se trate de todos os assuntos e possibilidades que impactam a os habitantes do planeta. É por isso que a história islâmica encerra naturalmente, episódios de guerra legal e justificada, de autodefesa e restauração da justiça, da liberdade e da paz. A esse respeito diz Allah no Alcorão:

Então, derrotaram-nos com a permissão de Allah. E Davi matou a Golias, e Allah concedeu-lhe a soberania e a sabedoria e ensinou-lhe algo do que Ele quis. E, se Allah não detivesse os homens, uns por outros, a terra corromper-se-ia. Mas Allah é Obsequioso para com os mundos.” Surata Al-Baqara versículo 251.

Esses são os que , sem razão, foram expulsos de seus lares, apenas porque disseram:” Nosso Senhor é Allah “. E se Allah não detivesse os homens uns aos outros, estariam demolidos eremitérios, igreja, sinagogas, mesquitas, em que o nome de Allah é amiúde mencionado. E, em verdade, Allah socorre a quem O socorre. Por certo, Allah é Forte, Todo Poderoso.” Surata Al-Hajj versículo 40.

Jihad, às vezes referida como Jahad, Jehad, Jihaad, Jiaad, Djihad, ou Cihad, Língua árabe http://pt.wikipedia.org/wiki/( د‎اهج gihād) é um conceito essencial da religião

Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se buscar e conquistar a fé perfeita. Ao contrário do que muitos pensam, jihad não significa ( Guerra Santa" Guerra Santa para Europeus" Como às lutas das Cruzadas na Idade Média)
Aquele que segue a Jihad é conhecido como Mujahid" Mujahid.

A explicação quanto as duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos do Profeta Muhammad (Que a paz, as bênçãos e a misericórdia de Allah esteja com Ele): Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos fazem para levar a mensagem do Islã aos que não têm ciência da mesma (ou seja, daqueles que não se submetem a Allah(Louvado Seja) e à paz).

Há opiniões divergentes quanto às formas de ação que são consideradas Jihad. A Jihad só pode ser travada para defender o Islã. No entanto, alguns grupos acham que isto tem aplicação não apenas à defesa física dos muçulmanos, mas também à reclamação de terra que em tempos pertenceu a muçulmanos ou a protecção do Islão contra aquilo que eles vêem como influências que "corrompem" a vida muçulmana. A idéia da Jihad como uma guerra violenta é uma idéia criada por Ocidentais. De acordo com as formas comuns do Islão, se uma pessoa morre em Jihad, ela é enviada diretamente para o paraíso, sem quaisquer punições pelos seus pecados.

De acordo com o sociólogo sírio-alemão especialista no Islã, ele próprio um muçulmano Sunita" Bassam_Tibi"o fenômeno do Fundamentalismo islâmico" é uma forma de oportunismo político de alguns grupos, que se aproveitam da noção de Jihad, desvirtuando o Islão para torná-lo um factor de ação política em proveito próprio.

O ALCORÃO SAGRADO - A Última Mensagem de Deus Para a Humanidade

"Se tivéssemos feito descer este Alcorão sobre uma montanha, tê-las-ias visto humilhar-se e fender-se, pôr temor a Deus. Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem." ( Alcorão Sagrado, 59ª Surata , versículo 21).

O Alcorão é a maior dádiva de Deus à humanidade e a sua sabedoria é de uma espécie única, exposto, em termos breves, o propósito do Livro consiste em ser o receptor das revelações divinas, o qual restaura a eterna verdade de Deus, como guia da humanidade no caminho certo.O Alcorão é a palavra de Deus revelada ao Profeta Muhammad , através do Arcanjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), a qual ultrapassa a imaginação humana para se produzir uma obra desta grandeza.

Os contemporâneos de Muhammad , foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival.Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammad , não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão ou seja a palavra de Deus.O segundo fato acerca deste Livro é a autenticidade do seu conteúdo e a ordem em que estão distribuídas várias matérias, a autenticidade do Alcorão não deixa dúvidas pela sua pureza, originalidade e integridade do seu texto.Investigadores e estudiosos qualificados, muçulmanos e não muçulmanos, concluíram, já que o Alcorão de hoje é o mesmo Livro que Muhammad , recebeu, ensinou, por ele viveu, e o legou à humanidade há mais de 14 séculos.Algumas observações podem ilustrar a autenticidade do Alcorão:1º- O Alcorão foi revelado em fragmentos, a palavra Alcorão significa Livro por excelência.Diz Deus no Alcorão:''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2).

A composição do Alcorão e as revelações graduais das suas passagens foram os planos e desejos de Deus, desejos pelos quais Muhammad , e os seus companheiros lutaram.Diz Deus no alcorão:''Os incrédulos dizem: Por que não lhe foi revelado o Alcorão de uma só vez? Saibam que assim procedemos para firmar com ele o teu coração, e o te ditamos em versículos, paulatinamente.'' (25ª Surata, versículo 32)E disse ainda:''Não movas a língua com respeito ao Alcorão para te apressares para sua revelação. Porque a Nós incumbe a sua compilação e a sua recitação;'' (75ª Surata, versículo 16-17);

2º- Os árabes distinguiram-se pelo seu apurado gosto literário, pelo que conseguiram gozar e apreciar as boas peças de literatura, que o Alcorão lhes facultou. Sentiram-se movidos pelo seu tocante tom e atraídos pela sua extraordinária beleza, encontrando nele a maior satisfação e a mais profunda alegria, ao ponto de memorizar a maior parte do Livro.O seu estilo rítmico continua a ser admirado e acarinhado por todos os muçulmanos e por muitos não-muçulmanos.

3º- Hoje, muitos muçulmanos, homens e mulheres, fazem a recitação diária de uma parte do Alcorão, em orações e vigílias noturnas. A recitação do Alcorão é para os muçulmanos uma forma elevada de adoração e uma prática diária.

4º- Os árabes admiraram sempre bons poemas, distinguindo-se como autores de boa literatura, foram distinguidos pela sua sensibilizada memória em que a literatura ocupou sempre o lugar de relevo. Alcorão foi reconhecido por todo povo árabe de gosto literário, como inimitável, por isso, eles apressaram-se a memorizá-lo, mas da mais notável e respeitosa maneira.

5º- Durante a vida do profeta Muhammad , houve escribas notáveis e registradores nomeados para as revelações, quando o Mensageiro de Deus Muhammad , recebia uma revelação um versículo ou uma mensagem de Deus através do Anjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), dava imediatamente instruções aos seus escribas para os registrar sob a sua supervisão.O que era registrado era verificado e autenticado pelo profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), todas as palavras eram revistas e cada passagem era posta na devida ordem.6º- Passado algum tempo, as revelações completaram-se e os muçulmanos estavam de posse de registros completos do Alcorão, foram recitados, memorizados, estudados e usados para todos os propósitos diários. Quando uma discrepância surgia, o assunto era levado ao próprio profeta Muhammad , para se decidir se estava de harmonia com o texto, significado e entoação.

Depois da morte de Muhammad , o Alcorão estava confiado à memória de muitos discípulos e em numerosas tábuas de registro. Mas isso ainda não satisfazia Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com Ele), o primeiro Califa que receou que a morte de alguns memorizadores em batalhas, pudesse trazer sérias confusões acerca do Alcorão. Por isso, ele consultou autoridades especializadas e depois encarregou Zaid Ibn Thabit (que Deus esteja satisfeito com Ele).O escriba chefe das revelações de Muhammad , de fazer uma compilação padrão do Livro Sagrado, tal como foi autorizado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sendo assim ele o fez, sob a supervisão dos companheiros do Profeta, que tinham ouvido e memorizado o Alcorão do próprio Profeta Muhammad .

A versão completa e final foi verificada e aproveitada por todos os muçulmanos que tinham ouvido o Alcorão do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e o guardavam na memória e no coração.Isto aconteceu menos de dois anos após da morte do Profeta Muhammad , as revelações estavam ainda frescas e vivas na memória dos escribas, memorizadores e outros discípulos mais chegados.8º- Durante o califado de Uthman, cerca de quinze anos depois da morte de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ficou completa a compilação de várias revelações recebidas pelo Profeta Muhammad , num Livro, o Alcorão.Seguidamente, fez-se a primeira difusão de várias cópias do Alcorão, em diversos territórios, muitos dos habitantes nunca tinham visto ou ouvido o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), por razões geográficas e fatores regionais, conheciam alguns textos do Alcorão com elevadas distorções de acentuação.Diferenças de recitação e entoação começaram a surgir e a causar discussões entre os muçulmanos, Uthman (que Deus esteja satisfeito com Ele), o segundo Califa atuou rapidamente para resolver esta situação, depois de mútuas consultas com todas as autoridades especializadas, foi constituída uma comissão de quatro escribas da época da revelação, que atuaram junto ao Profeta Muhammad , na compilação do Livro Sagrado.Todos os textos em uso foram recolhidos e substituídos por uma cópia padrão que passou a ser usada de acordo com a acentuação e dialeto árabe Coraixita, o mesmo e verdadeiro dialeto com acentuação do próprio Profeta Muhammad .

Esse dialeto foi adotado porque era o melhor de todos os dialetos e o único no qual o Alcorão foi revelado, E a partir desta época, a mesma versão-padrão tem sido usado por milhões de muçulmanos em todas as partes do mundo, sem a mais pequena alteração em palavras ou ordem ou de quaisquer sinais de pontuação.Por estas observações, os investigadores sérios concluem que o Alcorão se mantém hoje, tal qual, como quando a sua revelação e assim se conservará para sempre, nunca lhe foi acrescentado nada; nunca houve nele qualquer omissão ou corrupção, a sua história é tão clara como o dia; a sua autenticidade é indiscutivel, e não resta dúvida alguma de sua completa preservação.

O Alcorão está cheio de sabedoria sem exemplo; com respeito à sua origem, características e dimensões, a sabedoria do Alcorão deriva da sabedoria de seu autor que não poderia ter sido outro senão Deus Louvado Seja, o Todo Poderoso.Também deriva da compulsória força do Livro de Deus que é inimitável, o qual é um desafio a todos os homens de letras e de conhecimentos, as soluções práticas que oferece para os problemas humanos e os nobres objetivos que contém para o ser humano, marcam a sabedoria do Alcorão como sendo de natureza e características especiais.DinamismoUma das maiores características da sabedoria do Alcorão é que não é estatíca ou do tipo que não consinta qualquer inovação, é uma espécie de sabedoria que provoca a mente e acelera o coração, nesta sabedoria misturam-se o dinamismo e a movimentada força atestada pela evidência histórica, tal como no próprio Alcorão.Quando o Profeta Muhammad , lançou primeiramente o chamamento de Deus, a sua única força foi o Alcorão e a sua única sabedoria foi a sabedoria do Alcorão, o dinamismo penetrante do Alcorão é tremendamente irresistível.

Há numerosos exemplos que mostram que as mais dinâmicas personalidades e os mais concludentes argumentos não poderiam atingir o realismo da sabedoria dinâmica do Alcorão, Deus fala do Alcorão como uma ''Ruh'', ou espírito de vida, e como uma luz com as quais os servos de Deus são guiados para o caminho da justiça.Deus diz no Alcorão:''E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do que conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta. A senda de Deus, a quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra.

"Acaso, não retornarão a Deus todas as coisas?'' (42ª Surata, versículos 52-53)As palavras ''Ruh'' e ''Sad'', que significam que o Alcorão origina a vida, estimula a alma, irradia a luz que ilumina os corações dos tementes a Deus, este é o gênero de dinamismo espiritual do qual nos fala o Alcorão.
PraticabilidadeOutra característica significativa do Alcorão é a sua praticabilidade, não condescende com o pensamento ambicioso, nem faz com que os ensinamentos demandem o impossível ou flutuem num mar de rosas de ideais que não se podem atingir.O Alcorão aceita o ser humano pelo que ele é e exorta-o a tornar-se o que ele pode ser, isto não torna o ser humano como uma criatura sem esperança, condenada desde a nascença até a morte e afogado em pecados desde o berço até o túmulo, mas considera-o como um ser honrado e dignificado.A praticabilidade dos ensinamentos do Alcorão está estabelecida pelos exemplos do Profeta Muhammad ,e os muçulmanos através dos anos, essa característica do Alcorão faz com que os seus ensinamentos estejam ligados ao bem estar do homem e são baseados nas possibilidades ao seu alcance.ModeraçãoA terceira característica do Alcorão é a moderação ou harmonia entre o Divino e o humano, o esp'ritual e o material, o individual e o coletivo, o Alcorão dá a devida atenção a todos os fatosda vida e a todas as necessidades do homem, de forma a ajudá-lo a realizar os nobres objetivos do seu ser.Diz Deus no Alcorão:''E, deste modo ó muçulmanos, constituímo-vos em uma nação de centro, para que sejais testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro o será para vós. Nós não estabelecemos a quibla que tu ó Muhammad seguias, senão para distinguir aqueles que seguem o mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança seja penosa, salvo para os que Deus orienta.

"E Deus jamais anularia vossa obra, porque é Compassivo e Misericordiosíssimo para com a humanidade.'' (2ª Surata, versículo 143) E disse ainda:''Sois a melhor nação que surgiu na humanidade porque recomendais o bem , proibis o ilícito e credes em Deus.'' (3ª Surata, versículo 110) A sabedoria do Alcorão funciona em três dimensões principais: interiormente, exteriormente e superiormente.Interiormente, penetra nos mais recônditos cantos do coração e dirige-se às mais longínquas profundezas do pensamento, está ligado à salutar cultura interior do indivíduo. Está penetração interior é diferente e afasta-se profundamente de qualquer outro sistema legal ou ético, porque o Alcorão fala em nome de Deus e refere-se a todos os assuntos.A função exterior do Alcorão alberga todos os passos da vida e cobre os princípios de todo o campo das relações humanas, desde os casos mais pessoais às complexas relações internacionais.O Alcorão atinge áreas desconhecidas para qualquer sistema jurídico ou código de ética, isso faz com que a presença de Deus recaia em todos os negócios, e as reconheça como primeira origem de direção e a última meta de todas as transações, é um guia espiritual do homem, o seu sistema legislativo, o seu código de ética e acima de tudo o caminho da sua vida.

Na sua superior função de guardião, o Alcorão se assenta no Supremo Poder de Deus, tudo o que foi, ou é, ou que será, deve ser canalizado através deste foco da presença de Deus no Universo, o homem é meramente um depositário do vasto domínio de Deus e o único fim da sua criação é adorar a Deus.Isto não é pretexto para separação ou para uma passiva retirada da vida, é um convite aberto ao ser humano para ser a verdadeira encarnação na terra das excelentes qualidades de Deus.Quando o Alcorão na sua superior atenção foca Deus, abrem-se diante do homem novos horizontes de meditação, eleva-se a padrões sem exemplo de alta moralidade, e familiariza-se com caminho eterno da paz e da bondade, realizando Deus só como a última de atingir pelo homem, é a revolução contra as tendências populares no pensamento humano e as doutrinas religiosas, uma revolução cujos objetivos é livrar o pensamento da dúvida, libertar a alma do pecado e emancipar a consciência da subjugação.Em todas as suas dimensões a sabedoria do Islam é concludente, não condena ninguém, nem tortura a carne, nem faz com que ela abandone a alma, não pretende humanizar Deus e nem divinizar o ser humano, está tudo cuidadosamente colocado aonde pertence no esquema total da criação.Há uma relação proporcional entre ações e recompensas, entre meios e fins, a sabedoria do Alcorão não é neutra e clama verdade no pensamento, piedade nas ações, unidade de propósitos e boa vontade nas intenções, este é sem dúvida o Livro, com seu rumo correto.

Diz Deus no Alcorão:''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)E disse ainda:''Alif, Lam, Ra. Um Livro que te temos revelado para que retires os humanos das trevas e os transportes para a Luz, com a anuência de seu Senhor, e os encaminhes até à senda reta do Poderoso, Laudabilíssimo.'' (14ª Surata, versículo1)''Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz.'' (4ª Surata, versículo 174)''Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, senão de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.'' (4ª Surata, versículo 82)' 'Este é o Livro (o Alcorão) veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele nem pela frente, nem por traz, porque é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo.'' (Alcorão Sagrado 41ª Surata, versículos 41 e 42)

Alcorão Sagrado: A Palavra de Deus

Alcorão é a palavra de Deus, revelada a Seu Mensageiro o Profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), desde a Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à humanidade.

Ele encerra, em sua totalidade, diversificadas nuanças, tais como: a felicidade, a reforma entre os homens, a concórdia no presente e no futuro; ele foi revelado, versículo por versículo, Surata por Surata, de acordo com as situações e os acontecimentos, no decorrer dos vinte e três últimos anos da vida do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Uma parte foi revelada antes da Hégira, em Makkah, e outra depois, em Madina.

Os versículos e as suratas revelados em Makkah abrangem as normas da crença em Deus, em Seus Anjos, em Seus Livros, em Seus mensageiros e no Dia do Juízo Final. Os versículos e as suratas revelados em Madina dizem respeito aos rituais e à jurisprudência.

Nele há narrativas sobre os nossos antecessores e sobre os nossos sucessores, e é um árbitro entre nós. Há narrativas de povos anteriores, de séculos passados; há histórias dos profetas, dos Mensageiros, dos povos, dos grupos, das pessoas, dos acontecimentos e do desenrolar da história da civilização; nele há explicações e exemplos para aqueles que por ele queiram pautar suas vidas, e exortação para quem tem coração e está disposto a aceitá-la, e a prestar testemunho.

Ele revela a Lei imutável de Deus, quer seja na perdição dos extraviados, quer seja na salvação dos encaminhados. Ele ensina que o mundo dos homens, no decorrer dos séculos, só é benéfico com a religião de Deus; que a humanidade, o que quer que faça, não alcançará a almejada felicidade se não se iluminar, guiando-se com a Mensagem Divina.

Nele há revelações do futuro sobre o dia da Ressurreição, sobre a vida futura, no dia em que os homens se congregarão junto ao Senhor do Universo.
"Aquele que fizer um bem, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á; e aquele que fizer um mal, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á." (99ª Surata, versículos 7 e 8)

Nele há o julgamento dos problemas e das questões onde é premente uma explicação e uma diretriz do caminho a seguir, no que diz respeito às questões da crença e do pensamento, do caráter e do comportamento, das relações econômicas, dos ramos doutrinários, dos julgamentos pessoais ou não:
"Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz." (4ª Surata, versículo 174)

"Recorda-lhes o dia em que faremos surgir uma testemunha de cada povo para testemunhar contra os seus, e te apresentaremos por testemunha contra os teus. Temos-te revelado, pois, o Livro que é uma explanação de tudo, é guia, misericórdia e auspício para os muçulmanos." (16ª Surata, versículo 89)

Não há lei religiosa ou um problema, no que diz respeito ao mundo e à vida dos homens, que não tenha nele uma solução; ele é um auxílio ao inesgotável, guia, explicação e orientação para todos, quer seja em partes ou no todo:

"Já vos chegou de Deus uma Luz e um Livro Lúcido." (5ª Surata, versículo 15)

Sim, este fabuloso Alcorão é a luz orientadora para a humanidade. Ele arrancou-a das trevas e transportou-a para luz, para a verdade e para a verdadeira senda. Foi o ponto de transformação na sua longa história, tirando-a da vida atroz de corrupção e levando-a para a vida de liberdade, de religião e de orientação, e instituiu, no mundo todo, o direito e a compreensão, elevando a humanidade do mais baixo degrau os píncaros da perfeição, de maneira sobranceira.

As evidências e os significados que o Alcorão abrange, já citados, só podem ser entendidos através de explicações do texto Alcorânico e de seus versículos. Tal explicação é uma pesquisa sobre a vontade de Deus, sobre o conhecimento dessa vontade através de Suas palavras no Alcorão, de acordo com a capacidade humana. A ciência da exegese nasceu débil e cresceu paulatinamente até alcançar a maturidade, e seguir formidavelmente neste diapasão que conhecemos hoje.

Na época da revelação do Alcorão, enquanto o Profeta Muhammad , vivia, não havia necessidade para a explicação dos versículos, nem a regulamentação dessa ciência, porque o texto, na sua totalidade, era claro, compreensível para o Profeta Muhammad , e seus Companheiros.

Apesar disso, o Profeta Muhammad , explicava alguns versículos e algumas pronúncias que podiam causar ambigüidades; também os Companheiros do Profeta Muhammad , e alguns adeptos assim o fizeram. Isto porque poderia haver má interpretação, quaisquer que fossem as razões que teriam de se desenrolar na alvorada de um povo progressista, em formação, que iria se expandir através de conquistas, enriquecendo sua existência com acontecimentos históricos, discussões doutrinárias e pesquisas em jurisprudência e política.

Alcorão era e continua sendo o centro da cultura Islâmica, dos movimentos filosóficos e de todas as suas atividades intelectuais; seus versículos estimulam a nele pensarmos. Disse o Altíssimo:
"Eis o Livro que te revelamos, para que os sensatos recordem seus versículos e neles meditem." (38ª Surata, versículo 29)

Disse mais:
"Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem que não de Deus, haveria nele muitas discrepâncias." (4ª Surata, versículo 82)
E disse ainda:

"Não meditam, acaso, no Alcorão, ou é que seus corações são insensíveis?" (47ª Surata, versículo 24.)
Sua explicação nada mais é do que o resultado de meditação e de deliberação. O ponto de vista dos doutos na matéria, bem como seus métodos, são diversificados. Alguns, levados pela simpatia doutrinária, apegaram-se à explicação dos versículos, nesse sentido. Outros, levados pela simpatia lingüística, eloqüente, estilística e literária, enredaram-se também, nesse particular; o mesmo aconteceu com os simpatizantes da jurisprudência. Outros, ainda, apegaram-se à explicação das narrativas.

Nesse particular, houve aqueles que se prolongaram na explicação, até a prolixidade estafante, e outros restringiram-na à sucintez chocante, e outros, ainda, quedaram-se no meio-termo. Deles, houve quem tendesse para a explicação pessoal, e outros ainda no estilo esdrúxulo; outros em estilo claro.

De tudo isso resultou uma grande riqueza científica e um movimento intelectual considerável, que elevam glorificam um povo que serve ao Livro de seu Senhor, quer seja em decorá-lo, preservá-lo explicá-lo, quer seja em examiná-lo, elevá-lo e consagrá-lo ao longo de catorze séculos, que serão seguidos por muitos outros, até que tudo que há no universo compareça perante o Criador:

"Nós revelamos a Mensagem e somos Seu Preservador" (15ª Surata, versículo 9)

"Este é o Livro (o Alcorão) veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele nem pela frente, nem por trás, porque é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo." (41ª Surata, versículo 41-42)

Todas as importantes religiões do mundo são baseadas nos seus Livros Sagrados, os quais são freqüentemente atribuídos a revelações divinas. Seria patético se, por algum infortúnio, uma delas viesse a perder o texto original da revelação; a substituição jamais poderia estar em inteira conformidade com o que fora perdido.

Os brâmanes, os budistas, os judeus, os masdeístas e os cristãos podem comparar o método empregado para a preservação dos ensinamentos básicos de suas respectivas religiões com o método dos muçulmanos.

Quem lhes escreveu os livros? Quem lhos transmitiu de geração a geração? Será a transmissão provinda de textos originais ou apenas tradução? Não haveriam as guerras fratricidas causado dano às cópias dos textos? Não haverá contradições internas ou lacunas cujas referencias são encontradas em outro lugar? Estas são algumas das questões que poderão ser aventadas, e isso requer respostas satisfatórias.

No tempo em que emergiam o que nós chamamos de as Grandes Religiões, os homens não apenas confiaram em suas memórias, mas também inventaram a arte de escrever, para preservarem sues pensamentos, assinalando, de modo mais premente do que fariam as memórias individuais dos serres humanos que, afinal de contas, têm um limitado ciclo de vida.

Mesmo assim, nenhum destes dois meios é infalível quando tomados separadamente. É uma questão de experiência cotidiana o ato de que, quando se escreve algo e então se o revisa, encontram-se mais ou menos erros inadvertidos, omissão de letras ou mesmo de palavras, repetição de relatos, uso de palavras contrárias àquelas pretendidas, erros gramaticais etc., sem falar nas mudanças de opinião do escritor, que também corrige seu estilo, seus pensamentos, seus argumentos e, às vezes, reescreve todo o documento.

O mesmo acontece quanto à faculdade da memória. Aqueles que têm obrigação ou habilidade em aprender de cor algum texto, para recitá-lo mais tarde, especialmente quando isso envolve longuíssimas passagens, sabem que às vezes suas memórias falham durante a recitação: pulam passagens, misturam umas com as outras, ou não se lembram de toda a seqüência; às vezes o texto correto permanece na subconsciência e é relembrado no último momento, ou no rebuscamento da memória por indicação de outrem, ou ao ser consultado o texto em documento escrito.

Profeta do Islam, Muhammad , de memória privilegiada, empregava ambos os métodos simultaneamente, um ajudando o outro, reforçando a integridade do texto e diminuindo ao mínimo as possibilidades de erro. Os ensinamentos islâmicos são baseados no que o Profeta Muhammad , disse ou fez. Ele próprio ditou certos textos a seus escribas, o que chamamos de Alcorão; outros textos foram compilados por seus companheiros, na maioria das vezes por iniciativa própria; e a esses escritos chamamos de Tradição.

A palavra Alcorão literalmente significa "leitura por excelência" ou "recitação". Enquanto o ditava a seus Companheiros, o Profeta Muhammad , lhes assegurava que era a Revelação Divina que ele havia recebido. Ele não ditou tudo de uma só vez: as revelações chegavam-lhe em fragmentos, de tempos em tempos.

Tão logo ele recebia uma, costumava comunicá-la a seus companheiros e pedir-lhes não somente que a prendessem de cor <>, mas também que a escrevessem e que multiplicassem as cópias. Em tais ocasiões, ele indicava o lugar preciso da nova revelação no texto; não era dele a compilação cronológica. Não é de admirar a precaução e o cuidado tomados para a precisão, levando-se em consideração o padrão da cultura dos árabes daquele tempo.

É razoável acreditarmos que as primeiríssimas revelações recebidas pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não foram imediatamente submetidas à escrita, pela simples razão de que não havia, ainda, companheiro algum ou aderentes. Estas primeiras partes não eram nem longas, nem numerosas. Não havia risco de que o Profeta Muhammad , pudesse esquecê-las, umas vez que ele as recitava freqüentemente em suas orações e em conversar proselíticas.

Alguns fatos da história dão-nos a idéia do que aconteceu. Umar Ibn al Khattab é considerado a quadragésima pessoa a abraçar o Islam. Isso se refere ao ano quinto da Missão (oito antes da Hégira). Mesmo em uma data primordial existiam cópias escritas de certas suratas do Alcorão e, como Ibn Hicham relata, foi devido ao profundo efeito produzido pela leitura acurada de alguns versículos da vigésima Surata que Umar abraçou o Islam.

Não sabemos precisamente o tempo em que a prática de escrever o Alcorão começou; contudo, há informações precisas de que durante os remanescentes dezoito anos da vida do Profeta Muhammad , o números dos muçulmanos, como também das cópias do texto Sagrado, continuou aumentando dia a dia.

Como o Profeta Muhammad , recebia as revelações em fragmentos, era natural que o texto revelado se referisse aos problemas do dia. Se acontecesse um de seus companheiros morrer, a revelação consistiria em promulgar a lei da herança; não seria de lei penal, tratando de roubo, por exemplo, a ser revelada no momento. As revelações continuaram durante a inteira vida missionária de Muhammad , treze anos em Makkah e dez em Madina. Uma revelação consistia às vezes de uma inteira Surata, curta ou longa, e às vezes de apenas uns poucos versículos.

A natureza das revelações impunha ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), repeti-las constantemente em suas recitações, e revisar continuamente a forma que as coleções dos fragmentos teria que tomar. Todos os doutos afirmam, com autoridade, que o Profeta Muhammad , recitava todos os anos, no mês de Ramadan, perante o anjo Gabriel, aparte do Alcorão até então revelada, e que no último ano de sua vida Gabriel pediu-lhe que o recitasse inteiro duas vezes. O Profeta Muhammad , concluiu, desde então, que iria, em breve, despedir-se da vida.

O Profeta costumava revisar, nos meses do jejum, os versículos e as suratas, e colocá-las em sua seqüência adequada. Isto era necessário por causa da continuidade das novas revelações. É também sabido que o Profeta Muhammad , tinha o hábito de celebrar uma prática adicional de oração durante os meses do jejum, todas as noites, às vezes mesmo em congregação, na qual ele recitava o Alcorão do princípio ao fim, tarefa esta que era completada ao cabo de um mês. Esta prática, chamada de Tarawih, continua a ser observada com grande devoção até estes nossos dias.

Quando o Profeta Muhammad , deu seu último suspiro, uma rebelião estava tomando vulto em certas partes do país. Tentando debelá-la, várias pessoas que conheciam o Alcorão de cor tombaram. O Califa Abu Bakr sentiu a urgência da codificação do Alcorão, e a tarefa foi cumprida um mês depois da morte do Profeta.

Durante seus últimos anos de vida, o Profeta costumava usar Zaid Ibn Sábit como principal amanuense, para tomar em ditado as revelações recentemente recebidas. Abu Bakr encarregou a mesma pessoa da tarefa de preparação de uma cópia condizente de todo o texto, em forma de livro.

Havia então em Madina vários Huffaz (aqueles que sabiam todo o Alcorão de cor), e Zaid era um deles. Sob a direção do Califa, Zaid transcreveu o texto escrito em pergaminhos ou pedaços de couro, nas omoplatas das reses, nos ossos, nas pedras polidas e mesmo em pedaços de porcelana.

A cópia condizente, assim preparada, foi chamada de Musshaf (encadernação). Esta foi conservada sob a própria custódia do Califa Abu Bakr e, depois dele, por seu sucessor, Umar Ibn al Khattab. Nesse meio tempo o estudo do Alcorão foi encorajado em toda parte do Império Muçulmano.

O Califa Umar sentiu a necessidade de enviar cópias do texto autêntico aos centros provincianos a fim de evitar as divergências; mas foi deixado a seu sucessor, Uthman, continuar com a tarefa. Um de seus comandantes, Huzaifa Aliaman, havendo voltado de uma viagem pelas vastas terras conquistadas pelos muçulmanos, relatou que havia encontrado divergentes cópias do Alcorão e que havia, às vezes, desentendimento entre os diferentes mestres do Livro, concernente a isso.

Othman fez imediatamente com que a cópia preparada para Abu Bakr fosse confiada a uma comissão presidida pelo acima mencionado Zaid Ibn Sábit, para a reprodução de sete cópias; ele autorizou-lhes a revisão da pronúncia, se necessário. Quando a tarefa foi concluída, o Califa efetuou uma recitação pública da nova edição perante os doutos presentes na capital, perante os companheiros do Profeta, e então enviou estas cópias aos diferentes centros do vasto mundo islâmico, ordenando que dali por diante todas as cópias fossem baseadas na edição autêntica. Ele ordenou a destruição das cópias que, de algum modo, se desviassem do texto assim oficialmente estabelecido.

É concebível que as grandes conquistas militares dos primeiros muçulmanos induzissem alguns espíritos hipócritas a proclamarem sua impulsiva conversão ao Islam por motivos materiais, e para tentar danificá-lo de maneira clandestina. Eles fabricaram versões do Alcorão com interpolações. As "lágrimas de crocodilo", que foram derramadas pela destruição das cópias não autenticadas do Alcorão, por ordem do Califa Uthman, somente poderiam ter sido de tais hipócritas.

É sabido que o Profeta às vezes ab-rogava certos versículos que haviam sido comunicados previamente ao povo, e isso era feito para fortificar as novas Revelações Divinas. Houve Companheiros que aprenderam a primeira versão, sem contudo estarem cientes das últimas modificações, tanto por causa da morte do Profeta como por suas residências fora de Madina. Estes devem Ter deixado cópias a seus descendentes, as quais, embora autênticas, estavam ultrapassadas.

Ainda, alguns muçulmanos tinham o hábito de pedir ao Profeta que explicasse certos termos empregados no texto sagrado e anotar tais explicações nas margens de suas cópias do Alcorão, a fim de não esquecerem delas. As cópias feitas mais tarde, com base nesses textos anotados, causariam às vezes confusões na questão do texto e do glossário. A despeito da ordem do Califa Uthman, para que se destruíssem os textos inexatos, existia, nos séculos III e IV da Hégira, assunto bastante para a compilação de volumosas obras, constituindo as "variações do Alcorão".

Estas chegaram até nós, mas um apurado estudo mostra-nos que tais variantes eram arábica, que não possuía vogal, nem se podia distinguir entre as letras semelhantes, nem davam idéia das mesmas, sendo meros pontos, como é feito agora. Além disso existiam diferentes dialetos em diferentes regiões, e o Profeta havia permitido aos muçulmanos de tais regiões recitarem de acordo com suas algaravias, e mesmo substituir as palavras que estavam além de sua argúcia, por sinônimos que conhecessem melhor. Esta foi uma medida imergente de graça e clemência.

No tempo do Califa Uthman, contudo, a instrução pública havia-se desenvolvido suficientemente, e fez-se necessário que aquelas concessões não fossem mais toleradas, pois o Texto Sagrado seria afetado e as variantes da leitura se radicariam.

As cópias do Alcorão enviadas por Uthman aos chefes das províncias gradualmente desapareceram nos séculos subseqüentes; apenas uma delas, que presentemente se encontra em Tashkent, chegou até nós. O governo czarista da Rússia havia publicado em uma reprodução fac-símile; constata-se haver uma completa identidade entre essa cópia e o texto em uso noutras ocasiões. A mesma é cópia fiel do manuscrito existente do Alcorão, tanto completo como fragmentado, datando do primeiro século da Hégira.

Alcorão é dirigido a toda humanidade, sem distinção de raça, cor, religião ou tempo. Ainda mais, ele procura guiar a humanidade em todas as sendas da vida: espirituais, materiais, individuais e coletivas. Ele contém diretrizes para a conduta do chefe do Estado, bem como do homem comum; do rico, bem como do pobre; diretrizes para a paz, bem como para a guerra; tanto para a cultura espiritual como para o comércio e bem-estar material.

O Alcorão busca principalmente desenvolver a personalidade do indivíduo: Cada ser será pessoalmente responsável perante seu Criador. Para tal propósito, o Alcorão não somente fornece ordens, porém tenta ainda convencer. Ele apela para a razão do homem e relata histórias, parábolas e metáforas.

Descreve os atributos de Deus, que é Um, Criador de tudo, Onisciente, Onipotente, Ressuscitador dos mortos e Observador de nosso comportamento terreno; é Justo, Clemente. O Alcorão indica ainda o modo de aprazermos a Deus, apontando quais as melhores orações, quais os deveres do homem com respeito a Ele, a seus semelhantes e a seu próprio ser; ele dá destaque ao fato de que não nos pertencemos, outrossim, pertencemos a Deus. O Alcorão fala das melhores normas relacionadas com a vida social, comercial, matrimonial, com a herança, com o direito penal, com o direito internacional, e assim por diante.

Todavia, o Alcorão não é um livro, no senso comum; é a coleção das palavras de Deus, reveladas de tempos em tempos, durante vinte e três anos, a Seu Mensageiro, escolhido entre os seres humanos. O Soberano dá Suas instruções a Seu vassalo; portanto, há certas nuanças compreendidas e implícitas; há repetições, e mesmo mudanças nas formas de expressão. Deste modo, Deus fala às vezes na primeira pessoa e às vezes na terceira.

Ele diz "Eu", bem como "Nós" e "Ele", porém, jamais "Eles". É uma coleção de revelações enviadas de ocasiões em ocasiões; e devemos, por isso, lê-lo mais e mais, a fim de melhor aquilatarmos os seus significados. Ele possui diretrizes para todos, em todos os lugares e para todos os tempos.

Estilo e a dicção do Alcorão são magníficos e apropriados para a sua qualidade Divina. Sua recitação comove o espírito até daqueles que apenas o ouvem sem entendê-lo. Com o passar do tempo, o Alcorão tem, em virtude de sua reivindicação de origem divina, desafiado a todos a criarem, conjuntamente, mesmo uns poucos versículos iguais aos que ele contém. Tal desafio porém tem permanecido sem resposta até os nossos dias.

Há algumas diferenças intrínsecas entre o Alcorão e os livros precedentes. Tais diferenças podem ser sucintamente estipuladas, como segue:

1º)- Os textos originais da maior parte dos primitivos Livros Divinos foram em sua quase totalidade perdidos, sendo que somente as suas traduções existem hoje. O Alcorão, por outro lado, existe hoje exatamente como foi revelado ao Profeta; nem uma palavra, mais ainda, nem uma letra sequer foi trocada. Encontra-se à disposição, em seu texto original, fazendo com que a Palavra de Deus seja preservada agora, bem como por todo o porvir.

2º)- Nos primitivos Livros Divinos os homens mesclaram suas palavras com as palavras de Deus; porém, no Alcorão encontra-se tão-somente as palavras de Deus em suas prístinas purezas. Isto é admitido, mesmo pelos oponentes ao Islam.

3º)- Não se pode dizer, com base na autêntica evidência histórica, em relação a nenhum outro Livro Sagrado possuído por diferentes povos, que ele realmente pertence ao mesmo profeta a quem é atribuído. No caso de alguns deles, mesmo isto não é sabido. Em que época e a que profeta eles foram revelados? Quanto ao Alcorão, as evidências que existem de que foi revelado a Muhammad , são tão vultosas, tão convincentes, tão sólidas e completivas, que mesmo o mais ferrenho crítico do Islam não pode lançar dúvidas sobre isso. Tais evidências são tão vastas e detalhadas, que sobre muitos versículos do Alcorão, mesmo a ocasião e o local de suas revelações, podem ser conhecidos com exatidão.

4º)- Os primitivos Livros Divinos foram revelados em línguas que estão mortas desde há muito tempo. Na era presente, nação ou comunidade alguma fala tais línguas e há apenas umas poucas pessoas que se jactam de compreendê-las. Destarte, mesmo que tais Livros existissem hoje em suas formas originais e inadulteradas, seria virtualmente impossível, em nossa era, compreender e interpretar corretamente suas injunções, bem como pô-las em prática em sua forma requerida. A língua do Alcorão, por outro lado, é uma língua viva; milhões de pessoas falam-na e outro tanto a compreende. Ela está sendo ensinada e aprendida em quase todas as universidades do mundo; todas as pessoas podem aprendê-la, e aquele que não tem tempo para isso pode, em qualquer parte, deparar com quem conheça a língua, que lhe explique o significado do Alcorão.

5º)- Cada um dos Livros Sagrados existentes, encontrados entre as diferentes nações do mundo, foi dirigido a um povo em particular. Cada um deles contém um número de ditames que parece Ter sido dirigido a um período da história em particular e que supria tão-somente as necessidades daquela era. Tais necessidades não são válidas hoje, nem tampouco podem ser aplainadas e propiciamente vertidas para a prática. Depreende-se disto que tais livros eram dirigidos àqueles povos em particular e nenhum deles para o mundo. Ademais, eles não foram revelados para serem seguidos permanentemente, mesmo pelo povo para o qual foram revelados; restringiam-se a influenciar somente sobre um certo período. Em contraste a isso, o Alcorão é dirigido a toda humanidade; não se pode suspeitar que injunção alguma tenha sido dirigida a um povo em especial. Do mesmo modo, todos os ditames e injunções no Alcorão são os mesmos que podem ser aplicados em todos os lugares e em todas as épocas. Este fato vem provar que o Alcorão é dirigido ao mundo inteiro, constituindo-se em eterno código para a vida humana.

6º)- Não há como negar o fato de que os precedentes Livros Divinos cultuavam o bem e a virtude, ensinavam também os princípios da moralidade e da veracidade, e apresentavam uma maneira de viver consentânea com a vontade de Deus. Contudo, nenhum deles era suficientemente compreensivo para englobar tudo quanto fosse necessário para uma vida humana virtuosa, sem nada supérfluo, sem nada carente. Alguns deles excediam em um aspecto, alguns em outros. É o Alcorão, e tão-somente o Alcorão, que cultua não apenas tudo o que havia de magnífico nos livros precedentes, porém, ainda, aperfeiçoa os desígnios de Deus e os apresenta em sua totalidade, delineando uma norma de vida que compreende tudo o que é necessário para o homem nesta terra.

Os pensamentos se renovam e as culturas se proliferam; a vida evolui e a colheita intelectual da humanidade aumenta a cada dia, e quanto mais a humanidade evolui, mais unida e mais mesclada fica. Os veículos de comunicação em muito ajudam nisso, como se quisessem corroborar as palavras do Alcorão:

"Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos para reconhecerdes uns aos outros." (49ª Surata, versículo 13)

A MORTE NA VISÃO ISLÂMICA

Os Louvores são para Allah, Aquele que dá a vida e a morte, Aquele que criou a vida e a morte para testar quem de nós melhor se comporta, Aquele que nos criou da terra e que a ela retornaremos, Aquele que insufla as almas nos corpos e logo as retira. E que a paz e as bênçãos de Allah estejam com seu amado Mensageiro, que nos informou acerca da morte e suas penúrias, sobre o dia da ressurreição e seus horrores, sobre o inferno e seus tormentos, sobre o paraíso e suas delícias, aquele que advertiu aos negligentes guiando-os para a senda reta. E que a paz e as bênçãos de Allah estejam com seus familiares, seus companheiros e seus seguidores, aqueles que anelam o Rosto do seu Senhor e que vivem nesse mundo mas seus corações buscam a vida eterna, e que nós estejamos entre eles, pois esses serão os triunfantes! Allahuma AMIN!

O que é a morte?

A morte é a mais longa viagem, é a viagem prometida, é a viagem para a outra vida. A morte é algo que ninguém pode negar, seja ele kafir ou muslim, a morte é uma certeza absoluta. A vida é um teste e a morte é o fim desse teste, e quando ela chegar terá acabado nosso tempo de completar esse teste.

Essa é uma verdade que ninguém pode fugir, por mais que nós tenhamos construído, por mais que tenhamos arrecadado, por mais que tenhamos cuidado de sua saúde... toda a alma tem um prazo pré-fixado e quando chega a hora não lhe será atrasada uma hora nem adiantada. Essa é a verdade que é esquecida pela maioria das pessoas... Allah Swt diz: “Toda a alma provará o sabor da morte, e no Dia da ressurreição sereis recompensados integralmente pelos vossos atos”(3:185)

Olhe para os ricos, olhem para os pobres, olhem para os que têm saúde e para os doentes, olhem para os pequenos e para os grandes, acaso a morte fez diferença quanto a eles? Existem pessoas que quando você os lembra sobre a morte e sobre a verdade da morte dizem: “deixe-nos aproveitar a vida não nos lembre da morte” até se depararem com ela quando menos esperavam.

"Sê nesta vida como se fosses um estranho, e age como se estivesse de passagem”. Porque devemos agir como se fossemos estranhos? Porque não é essa a vida que nos interessa, o que nos importa é a outra vida, a eterna, é como se fossemos viajantes que estão de passagem por uma cidade, mas tem outro destino, o qual buscam chegar da melhor maneira possível. Nós estamos nessa vida para fazermos nossas “malas” para a grande viajem, e as únicas coisas que preencherão essas malas são nossas boas ações. Ou as encontraremos cheias para nos prover durante essa viajem e então não encontraremos dificuldade alguma, ou então elas estarão vazias, e então sofreremos as conseqüências disso. Allah SWT diz:

Expõe-lhes o exemplo da vida terrena, que se assemelha à água, que enviamos do céu, a qual se mescla com as plantas da terra, as quais se convertem em feno, que os ventos disseminam. Sabei que Allah prevalece sobre todas as coisas.” (18:45)

“Que é vida terrena, senão um prazer ilusório?” (57:20)

Bom, primeiramente vejamos que existem 2 tipos de morte: a morte menor e a morte maior.

A morte menor é o sono. Durante o sono a alma da pessoa é levada e se Allah SWT desejar pode retê-la ou então retorná-la ao corpo até o dia em que Ele determinou. Allah SWT diz:

"Allah recolhe as almas, no momento da morte e, dos que não morreram, ainda, (recolhe) durante o sono. Ele retém aquelas cujas mortes tem decretadas e deixa em liberdade outras, até um término prefixado. Em verdade, nisto há sinais para os sensatos." (39ª Surata, versículo 42)

Então conforme esse versículo Allah nos informa que ambas as almas são retiradas durante o sono. Então dormir é semelhante a morrer e acordar é semelhante a ressuscitar.

E a morte maior é a morte efetiva, o que significa que a vida da pessoa chegou ao seu fim.

A morte é inevitável a todo ser vivo, não há como escapar dela. Allah SWT disse:
“Toda a alma provará o sabor da morte e, no Dia da Ressurreição, sereis recompensados integralmente pelos vossos atos; quem for afastado do fogo infernal e introduzido no Paraíso, triunfará. Que é a vida terrena, senão um prazer ilusório?”

E disse ao nosso amado Profeta SAAS:

“É bem verdade que tu morrerás e eles morrerão.”(39:30)

Jamais concedemos a imortalidade a ser humano algum, anterior a ti. Porventura, se tu morresses, seriam eles imortais? Toda a alma provará o gosto da morte, e vos provaremos com o mal e com o bem, e a Nós retornareis.” (21:34-35)

Se alguém fosse salvo da morte, seria a melhor das criaturas de Allah que foi o Profeta Muhamad SAAS, e mesmo assim Allah lhe disse: “É bem verdade que tu morrerás e eles morrerão.”

Allah SWT disse:

Tudo quanto existe na terra perecerá. E só subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo” (55:26-27)

Existe uma hora em que a morte chegará, ninguém viverá mais nem menos do que o tempo em que Allah predeterminou. Allah predeterminou o tempo da vida dos Seus servos e este está escrito no Lauh al Mahfudh (Tábua Preservada). Este tempo é registrado pelos anjos quando as pessoas se encontram ainda no ventre de sua mãe. Então se uma pessoa morre assassinada, afogada, num acidente, etc, terá morrido no tempo em que Allah havia decretado. Allah SWT disse:

“Não é dado a nenhum ser morrer, sem à vontade de Allah; é um destino prefixado” (3:145)

Num hadith Sahih Muslim Abdullah Ibn Mas’ud disse: “Umm Habibah, esposa do Profeta SAAS disse: “Oh Allah! Permita que eu possa desfrutar do meu esposo, o Mensageiro de Allah, de meu pai Abu Sufian e de meu irmão Mu’auyah (ou seja, não os deixe morrer antes que eu morra). O Profeta SAAS disse: “ você pediu a Allah algo que já foi determinado, dias que já foram contados e um dom que já foi repartido. Allah não apressa nem atrasa. Se houvesses pedido a Allah que te proteja do tormento do inferno e do castigo do túmulo teria sido melhor.

Uma das chaves do oculto, que é aquilo que Allah guardou para si.

"O Mensageiro de Allah disse: “As chaves do oculto são 5, e ninguém as conhece exceto Allah”. Então recitou: “Em verdade, ALLAH possui o conhecimento da Hora, faz descer a chuva e conhece o que encerram os ventres maternos Nenhum ser sabe o que ganhará amanhã tampouco nenhum ser saberá em que terra morrerá, porque (só) Allah é Sapiente, Inteiradíssimo!” (31:34) (Bukhari)

Segundo um outro hadith, o Mensageiro de Allah SAAS disse: “Quando Allah quer levar a alma de uma pessoa em um certo lugar faz com que esta tenha uma necessidade de ir até ele.” (Tirmidhi)

O Momento da Morte: 

A chegada dos anjos da morte. Quando o tempo estabelecido para a morte chega e a vida da pessoa se aproxima do seu fim, Allah envia os anjos da morte para retirar a alma da pessoa, que é o que dá vida ao corpo.

Ele é o Soberano absoluto dos Seus servos, e vos envia anjos da guarda para que, se a morte chegar a algum de vós, os Nossos mensageiros os recolham, sem negligenciarem o seu dever.” (6:61)

Com relação a esses anjos o Profeta SAAS disse: “Quando o servo crente está por abandonar esse mundo e passar para o outro, os anjos descem do céu e se apresentam ante ele com rostos brancos radiantes como o sol. Trazem com eles uma mortalha e bálsamos aromáticos do Paraíso. E se sentam ao alcance de sua vista. Então o anjo da morte aparece e se senta a altura de sua cabeça e diz:” Oh alma boa, saia ao encontro da misericórdia e complacência de Teu Senhor “. Então ela sai como uma gota de água que cai da boca de um jarro e eles a levam...”.

Em troca, quando servo incrédulo está por abandonar esse mundo e passar para o outro, os anjos descem do céu e se apresentam perante ele com rostos negros. Trazem com eles uma aniagem do inferno e se sentam ao alcance de sua vista. Então o anjo da morte aparece e se senta na altura de sua cabeça e diz: “Oh alma perversa! Saia ao encontro da ira e a fúria de Allah”. Então a alma se encolherá de medo dentro do corpo e será arrancada pelo anjo “(al Hakim- sahih)”.

Não nos é possível ver o que acontece com a pessoa na hora da morte, ou seja, os anjos arrancando a alma da pessoa, mas podemos ver os efeitos das agonias da morte sobre elas. Allah nos informou sobre o estado da pessoa na agonia da morte:

“Por que, então (não intervis), quando (a alma de um moribundo) alcança a garganta? E ficais, nesse instante, a olhá-lo. E Nós, ainda que não Nos vejais, estamos mais perto dele do que vós” 56:83-85 

Com relação ao crente Allah diz:

Em verdade, quanto àqueles que dizem: Nosso Senhor é Allah, e se firmam, os anjos descerão sobre eles, os quais lhes dirão: Não temais, nem vos atribuleis; outrossim, regozijai-vos com o Paraíso que vos está prometido! Temos sido os vossos protetores na vida terrena e (o seremos) na outra vida, onde tereis tudo quanto anelam as vossas almas e onde tereis tudo quanto pretendeis. Tal é a hospedagem do Indulgente, Mesericordiosíssimo (41:30-32)”

E tu, ó alma em paz, Retorna ao teu Senhor, satisfeita (com Ele) e Ele satisfeito (contigo)! Entre no número dos Meus servos! E entra no Meu jardim!” (89:27-30)

Quem não gostaria disso? Que os anjos nos digam isso na hora da nossa morte? Mas então, onde estão as nossas lágrimas por temor a Allah? Onde está nosso choro? Onde estão as orações voluntárias pela noite? Onde estão nossos jejuns voluntários durante o dia? Onde está o nossos arrependimento e a nossa firmeza? Onde está a nossa obediência a Allah?

Sem dúvida a hora da morte é uma situação muito difícil até mesmo ao crente, pois ele teme pelo que virá e por aqueles que está deixando para trás, mas quanto ao crente Allah envia anjos para confortá-los e dar a melhor das noticias que é o Paraíso que Allah prometeu ao crente.

Quando o crente está morrendo deseja de todo o coração encontrar-se com Allah, já o incrédulo e o muçulmano pecador odeia esse encontro. O Profeta SAAS disse: “Quem ama encontrar-se com Allah, Allah ama encontrá-lo, e quem odeia encontrar-se com Allah, Allah odeia encontrá-lo.” Então uma de suas esposas disse: “Mas todos odiamos a morte”. Ele respondeu: “Não é a isso que me refiro, e sim que quando o crente está para morrer são lhe dadas as boas-novas de que Allah está satisfeito com ele, e que gozará da Misericórdia de Allah, então não existe nada que lhe seja mais amado do que lhe espera. Então ama encontrar-se com Allah, e Allah ama encontrar-se com ele. 

Mas quando um incrédulo está morrendo lhe são dadas as noticias acerca do castigo e tormento de Allah, por isso não existe nada mais odiado por ele do que lhe espera. Então ele odeia encontrar-se com Allah e Allah odeia encontrar-se com ele”. (Bukhari)

Por isso o Profeta SAAS disse: “quando está sendo carregado o defunto para seu tumulo, se ele for dos justos, diz:

Levem-me depressa!’, mas se foi um pecador diz: ‘Ai de mim!Onde estão me levando?’ Todas as criaturas escutam sua voz gritando, exceto o ser humano, e se pudesse ouvir cairia inconsciente.” (Bukhari), Nós seremos qual deles irmãos? A escolha está nas nossas mãos!

Com relação ao incrédulo e o pecador, os anjos descem com notícias totalmente opostas a dos crentes:

“Ah, se pudesses ver os iníquos na agonia da morte quando os anjos, com mãos estendidas, lhes disserem: Entregai-nos vossas almas! Hoje, ser-vos-á infligido do castigo afrontoso, por haverdes dito inverdades acerca de Allah e por vos haverdes ensoberbecido perante os Seus versículos.” 6:93

Ah, se pudésseis ver a ocasião em que os anjos receberão os incrédulos, esbofeteando-os, açoitando-os e dizendo-lhes: Provai o suplício do fogo infernal! Isso, por tudo quanto cometeram vossas mãos, porque Allah nunca é injusto para com os Seus servos.” 8:50-51

A agonia da morte 

Nos últimos momentos da vida a pessoa sente a agonia da morte, que foi denominada como embriaguez devido a intensa dor da morte. É um estado no qual a pessoa perde a razão. Allah SWT diz no Quran:

E a embriaguez da morte trará a verdade: Eis do que tentáveis escapar!” 50:19

Até o Profeta Muhammad SAAS, a melhor das criaturas de Allah, sofreu dessa embriaguez da morte, durante a sua enfermidade ele tinha um recipiente de água com a qual molhava sua mão e passava em seu rosto, e dizia: “La ilaha ila Allah, em verdade a morte contem agonias” (Bukhari).

Aisha descreveu a situação do Mensageiro de Allah dizendo: 

Nunca vi dor tão severa como a que sofreu o Mensageiro de Allah SAAS” Imaginem irmãos! O mensageiro de Allah sofreu as agonias da morte, o que será então de nós se persistimos na desobediência a Allah?

Sem dúvida que o incrédulo sofre muito mais que o crente a agonia da morte.

Amr Ibn Al ‘As (um grande companheiro do Profeta SAAS) quando estava no seu leito de morte, seu filho lhe disse: 

“Oh pai, você me dizia: ‘Quem dera encontrasse uma pessoa sábia e inteligente que quando esteja morrendo me descreva o que vê.’ Oh Pai tu és essa pessoa, descreva-me o que vê. Ele disse: ‘Oh filho ! Juro por Allah que é como se eu estivesse dentro de uma caixa, respirando através de um buraco do tamanho do olho de uma agulha e como se uma rama de espinhos me atravessasse dos pés a cabeça.’”

Vamos refletir irmãos. Morreremos? Sim morreremos. Se não for hoje, será em breve. E a morte está mais próxima do que imaginamos. E cada segundo que passa nos aproxima da morte, nos aproxima de nosso túmulo.. A morte está chegando a todos. Ao bom e ao ruim, ao crente e ao pecador, ao rico e ao pobre, aos jovens e aos velhos, todas as pessoas morrerão. Vamos refletir: o que nós estamos preparando para esse momento?

No momento da morte as pessoas se arrependem e querem voltar para a vida. O incrédulo deseja voltar para aceitar o islã e o muçulmano quer voltar para se arrepender e fazer melhores ações.

“...até que quando a morte chegar a algum deles, este dirá:” Oh Senhor meu faz-me voltar (a terra) ...”(23:99)”.

Por que nós iremos querer voltar? Veremos nossos pais e as pessoas queridas por nós chorando, nossos irmãos, nossos amigos, olharemos para todos em nossa volta mas... “...até que a morte surpreenda a algum deles, este dirá: “Oh Senhor meu fazei-me voltar (à terra), na esperança de eu praticar o bem, no que tange ao que negligenciei.”(23:99)”.

Oh Allah permita-me voltar a este mundo um minuto, Oh Allah uma hora, para eu rezar, para eu jejuar, para eu Lhe adorar, para eu me arrepender, para eu deixar os pecados e a desobediência, Oh Allah uma hora apenas, para eu renunciar a todos os pecados e lhe obedecer ... “Em absoluto não o farei. Por certo será uma palavra em vão que estará dizendo. E diante deles, haverá uma barreira até um dia em que eles ressuscitarão.”

Por isso irmãos jamais deixem para amanhã as boas ações e a obediência, jamais pensem: “amanhã eu começo a rezar, ah quando eu envelhecer insha Allah usarei o hijab, quando acontecer tal e tal e farei tal coisa” Quem nos garante que estaremos vivos até lá? Quem nos garante que amanhã nós não nos arrependeremos daquilo que não fizemos? Por isso devemos sempre nos apressar em fazer boas ações porque depois quem rezará por nós? Quem fará caridade por nós? Quem recitará o Quran por nós? Quem fará Dua por nós? Quem obedecerá Allah por nós? Ninguém! Allah está nos dando a chance de ainda estarmos vivos, ainda temos tempo de encher a nossa malinha, amanhã Allahu Alam, não sei se teremos.

A presença do Shaytan na hora da morte

O Profeta SAAS disse: “Shaytan se esforça mais do que nunca para tentar o filho de Adão no momento da morte, e diz aos seus ajudantes: ‘Tratem de enganá-lo com isso, pois se ele escapar (ou seja morrer) não podereis enganá-lo nunca mais”

Durante a agonia da morte Shaytan aparece perante a pessoa na forma de seu pai ou mãe, ou então na aparência de uma pessoa querida na qual ele tem confiança e que já morreu e lhe diz:Eu vi a verdade antes de ti, morra sendo judeu, pois é a melhor das religiões, e outro dirá morra sendo cristão que é a melhor das religiões, salve-se!”

O irmão do sheikh Al Qurtubi na hora da morte, enquanto as pessoas lhe diziam : “Diga la ilaha ila Allah” ele respondia: “Não, não”. Quando ele recuperou a consciência disseram a ele o que havia ocorrido e ele disse: “dois demônios vieram até mim um a minha direita e outro a minha esquerda. Um deles me dizia: “Morre sendo judeu, pois é a melhor das religiões” e o outro dizia: “Morre sendo cristão, pois é a melhor das religiões” e eu estava lhes dizendo: “Não, não”.

A isso se refere o versículo:

Ó Senhor nosso, não desvies os nossos corações, depois de nos teres iluminados, e agracia-nos com a Tua Misericórdia, porque Tu és o Munificiente por excelência.” (3:8).

O Profeta SAAS disse: “A última ação indica como foram as obras de um homem” (Hadith Sahih).

Coisas que indicam um bom final : 

O primeiro sinal bom é que a pessoa, ainda antes da morte se manteve longe da Ira de Allah e se arrependeu dos pecados, e focalizou sua vida em fazer boas ações, e então morreu nesse estado. A indicação para isso é um hadith sahih narrado por Anas Ibn Malik que disse: “O mensageiro de Allah SAAS disse: “Quando Allah quer um bem para Seu servo Ele o usa.” Eles disseram: “Como Ele o usa?” Então o Profeta SAAS disse: “Ele o guia a fazer boas ações antes de morrer”.

O Profeta SAAS disse: “...aquele que morre de morte natural, dentro do caminho de Allah é um martir” (Muslim).

Existem sinais que indicam que a pessoa teve um bom fim, entre esses sinais temos: 

1) Proferir a shahada antes de morrer. O Profeta SAAS disse: “A pessoa cujas últimas palavras sejam la ilaha ila Allah entrará no Paraiso” (Sahih Abu Daud); 

2) Morrer com suor na testa. Al-Buraydah ibn al-Husayb disse: “Ouvi o Mensageiro de Allah SAAS dizer: “O crente morre com suor na testa” (Saheeh al-Tirmidhi) .

3) Morrer na noite ou no dia da sexta feira. O Mensageiro de Allah SAAS disse: “Todo muçulmano que morre no dia ou na noite de sexta-feira Allah o protegerá da fitna do túmulo” (al-Tirmidhi)

4) Morrer lutando pela causa de Allah, porque Allah SWT diz no Quran Al Karim: “E não creiais que aqueles que sucumbiram pela causa de Allah estejam mortos; ao contrário, vivem, agraciados ao lado de seu Senhor. Estão jubilosos por tudo quanto Allah lhes concedeu de Sua graça, e se regozijam por aqueles que ainda não sucumbiram, porque estes não serão presas do temor, nem se atribularão. Regozijam-se com a mercê e a graça de Allah, e Allah jamais frustra a recompensa dos fieis.” (3:169)

“Abu Huraira narrou que o Mensageiro de Allah SAAS disse: “O Shahid não sente a dor da morte, sente apenas uma dor semelhante à que vocês experimentam com uma picada ou um beliscão” (Tirmidhi).

5) Morrer em conseqüência de uma peste. O Profeta SAAS disse: “A pestilência é martírio para todo muçulmano”(Bukhari e Muslim). 

6) Morrer de uma doença no estômago. O Profeta SAAS disse: “...e quem morre de uma doença no estômago é um mártir.” 

7) Morrer por ter sido esmagado por uma parede cadente ou se afogando, porque o Profeta SAAS disse:

“Existem 5 espécies de mártires:

1) O que morre de uma praga; 

2) O que morre devido doenças estomacais;

3) O que morre afogado;

4) O que morre esmagado sob uma muralha; 

5) E o que morre enquanto luta pela causa de Allah”(Bukhari e Muslim).

8) Se uma mulher morrer em resultado de um parto ou quando ela estiver grávida. O Profeta SAAS disse: “Uma mulher que morre com uma crianca (no utero) é martir” (Abu Daud).

Ubaadah Ibn al-Saamit disse: “Uma mulher que morrer devido uma criança no útero atinge o martírio, e a criança dela a arrastará pelo cordão umbilical para o Paraíso.” (Saheeh Ahmad).

9) Morte causada por queimadura ou tuberculose. O Profeta (SAAS) disse: “Morrer pela causa de Allaah é martírio; a pestilência é martírio; se afogar é martírio; morrendo de uma doença de estômago é martírio; e a mulher que morre em parto, a criança dela a arrastará pelo cordao umbilical dela para Paraíso.” (Abu'l-Awaam, o guarda de Bayt al-Maqdis somou: e queimado e tuberculose). Saheeh al-Targheeb wa'l-Tarheeb, 1396.

10) Morrer defendendo sua religião, a sua riqueza ou em autodefesa. Abu Aawar Said Ibn Nufail (raa) relatou que ouviu o Profeta SAAS dizer: “Quem morre defendendo sua propriedade é um mártir; quem morre em sua própria defesa é um mártir; quem morre defendendo sua religião é um mártir; quem é morto enquanto protege sua família é um mártir” (Abu Daud e Tirmidhi).

11) Quem morre guardando as fronteiras da nação islâmica pela causa de Allah.
O Mensageiro de Allaah (SAAS) disse: “Guardar as fronteiras da nação islâmica durante um dia e uma noite é melhor que jejuar e rezar à noite durante um mês inteiro, e se ele morre (enquanto executa este dever), ele irá receber a recompensa para esta grande ação e a provisão dele (continuamente), e ele será poupado o interrogatório no tumulo” (Muslim)

12) Um dos sinais de um fim bom é morrer fazendo uma ação íntegra, porque o Profeta (SAAS) disse:

“Quem diz la ilaha ila Allah, buscando o Semblante de Allaah , e isso é a última das ações dele, entrará em Paraíso. Quem dá caridade e isso é a última das ações dele entrará em Paraíso.” (Sahih Ahmad)

Algumas histórias de crentes na hora da morte:

Othman Ibn Affan (RAA) antes de morrer libertou 20 escravos e vestiu uma roupa que jamais havia vestido igual, se preparando para sua morte , morreu lendo o Quran , que Allah esteja comprazido dele, seu sangue derramou sobre o Quran. Ele viu em sonho uma noite antes de sua morte , viu o Profeta (SAAS), Abu Baker e Omar e ele queria comer junto com eles, e eles disseram a ele (em sonho): “Oh Othman não coma conosco agora, jejue e logo quebrarás teu jejum junto a nós” Então Othman jejuou e pegou o Quran e começou a ler até que foi assassinado e morreu martirizado.

Ammar Ibn Yasir enquanto morria mártir sorria e dizia: “hoje encontrarei nosso amado Profeta Muhamad SAAS.”

Filha de Hassan Ibnu Zaid estava em jejum antes de morrer, as pessoas que estavam à sua volta lhe diziam: “Beba água, beba algo” Induzindo-a a quebrar o jejum. Disse ela sorrindo: “Que estranho é isso, que estranho é isso, 30 anos e eu implorando a Allah para encontrá-Lo em jejum, quebrarei meu jejum agora? quebrarei meu jejum agora?” Então pegou o Quran e começou a ler até que chegou no versículo:

Dize: A quem pertence tudo quando existe nos céus e na terra? Responde. A Allah! Ele impôs a Si mesmo a Misericórdia” (Anaam 12) E então Allah levou a sua alma!

Imad al Maqdisi rezou a oração do Maghreb na mesquita e estava em jejum, foi para casa e quebrou o jejum com algo muito leve. Ele rezou o maghreb depois de estar o dia em jejum, e quem faz um dia de jejum voluntário, Allah afasta ele do inferno 70 anos. Nisso lhe sobreveio a embriaguez da morte, e antes de morrer sorrindo ele disse: “Oh Vivente, Subsistente, não há divindade além de Ti, em tua Misericórdia me socorro, Não há divindade além de Ti.” Após isso Allah levou sua alma.

Depois de alguns dias morte dele, após seu enterro, alguém lhe viu em sonho, e a visão em sonho de um crente é verdadeiro. Vem de Allah SWT. Este homem que sonhou com ele disse: “Eu o vi montando um cavalo. Eu lhe disse: “Oh Sheikh para onde estás indo, para onde vais? E ele virou a face. Eu lhe disse: Para onde estas indo Oh sheikh, para onde vais? Ele respondeu: Estou indo visitar Al Jabar SWT.

Um homem contou que estava na mesquita e então sobreveio o Adhan e então rezou a sunna (na oração de fajr) e viu um homem que estava sentado em um degrau sorrindo e olhando para eles esperando o chamamento para a oração. Então veio a chamada da oração e levantaram para a oração, mas ele não se levantou continuou sentado. Quando terminou a oração, acharam aquilo muito estranho, até pq ele não havia rezado a oração em congregação. O homem havia rezado a sunna e sentou no degrau e começou a ler o Quran e depois ficou olhando para eles e sorrindo. Ou seja, ele havia rezado a sunna do fajr, essas 2 rakaas é melhor do que o mundo e o que ele contem. E entre o Adhan e o Iqama o Du’a é aceito prontamente. E esse homem passou esse tempo lendo o Quran, e depois na hora da oração em congregação não se levantou para rezar e continuou olhando para eles e sorrindo. Ele conta: Fomos até ele e lhe dissemos: “Vc não rezou conosco!” E o homem continuou a olhar para eles e a sorrir. Eles acharam aquilo muito estranho. Então sacudiram o homem e ele caiu. Allah havia levado sua alma entre o Adhan e o Iqama.

Muhamad Ibn Ibrahim antes de sua morte dizia sorrindo para as pessoas que estavam em sua volta: “Tirem essa minha roupa!” as pessoas lhe perguntaram: “O que houve oh sheikh?” Ele disse: “Estou vendo a minha vestimenta do paraíso sendo preparada” Isso pq os anjos trazem vestimentas do paraíso para os crentes na hora de sua morte.

Queridos irmãos, se nós queremos sair desse mundo fazendo uma boa ação, então devemos trabalhar para isso, trabalhar nosso interior da mesma forma que trabalhamos o nosso exterior. Curar nosso coração, porque essa é uma parte do corpo que se estiver doente todo o corpo também estará e se estiver saudável todo o corpo estará. Certa vez Allah SWT disse ao Profeta Daud (Davi- As): “Oh Daud constrói para Mim uma casa na Terra”. Daud (AS) disse: “Oh Allah, como poderei eu construir uma cada para Ti se Teu Trono excede o tamanho dos Céus e da Terra?” Allah SWT lhe respondeu: “Oh Daud purifica teu coração pois esta é a Minha casa.”. Subhan Allah irmãos, devemos purificar nosso coração de tudo aquilo que Allah não gosta, de tudo aquilo que Allah proibiu, pois nosso coração foi criado para ser a casa de Allah SWT.

As causas de um final ruim:

Alguns daqueles que aparentam serem muçulmanos e atuam de acordo com o que diz o islam podem ter um mau fim. As vezes isso fica evidente na agonia da morte. Que Allah nos proteja disso! Existem razões para isso, e disso os crentes devem se cuidar. Entre essas razões temos:

1) A crença incorreta (‘Aqueedah): Se há algo incorreto na crença apesar de estar convencido que isso é o correto, pode ter efeito de destruir todas as outras crenças no momento da morte. Se ele morre antes de se dar conta dessa crença incorreta e voltar ao caminho reto então terá um mal final e terá partido desse mundo como um incrédulo. Allah SWT diz:

“Nesse dia aparecer-lhes-á, da parte de Allah, o que jamais esperavam”. 39:47
“Dize-lhes: Quereis que vos inteire de quem são os mais desmerecedores, por suas obras? São aqueles cujos esforços se desvaneceram na vida terrena, não obstante crerem haver praticado o bem.” 18:103-104

Se a pessoa tem a crença incorreta mesmo tendo boas-ações , estas de nada lhe servirão. A única coisa que faria válida essas ações é a crença correta e esta se encontra no livro de Allah e na Sunna de Seu Mensageiro.

2) A persistência no pecado: Aquele que peca continuamente se acostuma com ele e tudo àquilo que o homem se acostuma durante a vida se apresentará a sua frente no momento da agonia. Se ele se inclina mais aos atos de adoração então é o que mais ele lembrará na hora da morte, mas se ele se inclina mais ao pecado, isso será o que mais ele lembrará, ficando como uma barreira entre o agonizante e seu Senhor, convertendo-se na causa de sua condenação nos seus últimos momentos. O Profeta SAAS disse: “O pecado é o arauto da incredulidade”.

Quem se esforça em não cometer pecados e quando incorre neles se arrepende prontamente está livre desse perigo. Mas quem comete tantos pecados que excedem as suas boas ações e não se arrepende está exposto a esse perigo.

Um sábio contou que uma vez um homem que amava xadrez estava na agonia da morte, e alguém lhe disse: ‘Diga la ilaha ila Allah’ Então ele respondeu: ‘Xeque mate’ e imediatamente morreu. Audho billah.

Foi narrado também acerca de um homem que costumava sentar com pessoas que consumiam bebidas alcoólicas. Quando ele estava agonizando, disseram a ele: “Diga la ilaha ila Allah” Mas ele respondeu: “Bebam e me sirvam um pouco” e depois morreu, que Allah nos proteja de ter um final similar.

Uma pessoa na hora de sua morte foi lhe dito: “Diga la ilaha ila Allah” e ele dizia: “Eu não consigo” e lhe diziam: “Diga la ilaha ila Allah” e ele dizia: “Eu não consigo” e logo após morreu.

Algumas pessoas na hora da morte quando lhe dizem: “Diga la ilaha ila Allah” vocês sabem o que ele diz? Vai até o fulano e pegue dele meu dinheiro que ele está me devendo. Vá até fulano e pega o pagamento do aluguel , vá até fulano e pegue meus bens , Subhan Allah até nessa hora estão apegados nessa vida, não pensa a não ser no seu comércio e dinheiro.

Por exemplo: Se durante a sua vida você acostumar-se a ouvir o Quran, isso é o que se apresentará perante ti na agonia da morte. Já se você se acostumar com a musica será ela que se apresentará na sua frente na agonia da morte.

Um sheikh uma vez contou que se dirigiu até uma mulher que estava na agonia da morte e disse a ela: “Diga la ilaha ila Allah” e a mulher nem sequer mexia os lábios. Disse novamente: “Diga la ilaha ila Allah!” E a mulher começou a mexer os lábios, e o sheikh pensou: “Alhamdulilah ela dirá la ilaha ila Allah” Você sabe o que a mulher fez ? Começou a cantar, e morreu dessa forma! Audho billah!

3)Abandonar a retidão (a Istiqamah), ou seja, abandonar a continuidade de adoração e prática de boas obras. Então perder-se numa vida pecaminosa depois de ter sido uma pessoa virtuosa e praticante de boas ações é uma das causas de um fim ruim. O shaytan diz ao ser humano: “Deixa de crer!” e quando a pessoa vira incrédula, o Shaytan diz: “Não tenho nada a ver contigo, eu temo a Allah, Senhor do Universo!” Allah SWT diz:
“São como Satanás, quando diz ao humano: Renega! Porém, quando este renega a Allah, diz-lhe: Sabe que não sou responsável pelo que te acontecer, porque temo a Allah, Senhor do Universo! Porém, o destino deles é serem condenados ao fogo, onde permanecerão eternamente. Tal será o castigo dos iníquos!” 59:17.

4) A debilidade da fé: A existência de alguma debilidade na fé da pessoa diminui seu amor por Allah, e o amor por este mundo fica cada vez mais forte em seu coração, e no final acaba por preencher todo o coração, sem deixar lugar ao amor por Allah, exceto em alguns cantinhos que já nem fazer efeito no seu ego para refreia-lo de cometer pecados. Quando a agonia da morte chega seu amor por Allah fica ainda mais débil. E na hora de deixar esse mundo que tanto amava se nega a abandoná-lo, nisso o ódio acaba tomando lugar do amor por Allah, e aquele amor débil se torna ódio. Então se ele partir dessa forma, terá tipo um péssimo fim, e terá sido condenado eternamente.

Foi narrado que Sulaiman Ibn Abd al Malik entrou em Madina no mês da peregrinação e disse: “Há alguém que tenha conhecido algum dos sahaba?” As pessoas disseram: “Sim, Abu Hazim” Então mandou lhe chamarem, e quando ele chegou lhe disse: “Oh Abu Hazim porque odiamos a morte?” Ele disse: “Todo vosso esforço tem sido em prol desse mundo e tens descuidado da outra vida, e odeias abandonar aquilo que você lutou para se dirigir a aquilo que não se preparou (ou seja, o dia do juízo)”. Sulaiman disse: “Disseste a verdade!” Depois disse: “Me pergunto o que será que Allah tem nos preparado?” Abu Hazim lhe disse: “Julgue suas ações segundo o livro de Allah!” Sulaiman disse: “E onde encontro?” Ele respondeu: “No seguinte versículo”:
“Por certo os virtuosos estarão na delícia; E por certo, os ímpios, estarão no inferno” (82:13 e 14).

Sulaiman disse: “E onde está a misericórdia de Allah?” Ele respondeu: “A misericórdia de Allah está perto daqueles que fazem boas ações”. Sulaiman disse: “Me pergunto como será meu encontro com Allah” Ele disse: “Quem faz boas ações se sentirá como aquele que retorna a sua família depois de haver estado ausente de seu lar, em troca o malfeitor se sentirá como um escravo fugitivo quando é devolvido ao seu amo.” Então Sulaiman começou a chorar soluçando e disse: “Aconselha-me Oh Abu Hazim!” Ele disse: “Tema que Allah te veja enquanto estiveres fazendo aquilo que Ele proibiu e de que você não se encontre onde Ele lhe ordenou estar.”

Então quem crer acerca de Allah, Seus atributos e ações algo que contradiga o que contem o Quran e a Sunna, seja por imitar aos outros ou por opinião própria, estará exposto a este perigo. Portanto a única coisa que pode salvar desse perigo é a crença correta. Por isso mais uma vez a importância de buscar sempre o conhecimento dentro do Islam.

A travessia da alma nos céus:

Segundo a sunna sahiha do Profeta SAAS é nos dito que os anjos se encontram presentes durante a agonia da pessoa, se tratar de uma pessoa virtuosa eles dizem: “Venha até nós oh alma boa que estava nesse corpo bom, venha digna de admiração e receba as boas novas do descanso e provisão e saiba que teu Senhor está comprazido de Ti.” Eles continuam repetindo isso até a alma sair e então a levam para os céus. Os anjos pedem para que sejam abertas as portas, e então são perguntados: “Quem é esse?” Eles dizem: “Fulano de tal” Então é dito: “Bem-Vinda sejas Oh boa alma que estava em um bom corpo. Entra digna de admiração e receba as boas novas do descanso e provisão e saiba que teu Senhor está comprazido de Ti.” Eles continuam repetindo essas palavras até que chega ao sétimo céu, e então Allah diz: Registrem o livro do meu servo em Illiin (Registro onde registram-se as obras dos piedosos). E os anjos registram. E então Allah diz: “Devolvam-no para a Terra, da qual o criei e a ela devolverei e dela será extraído novamente”

Mas se trata de um kafir ou um pecador os anjos dizem: “Venha Oh alma perversa que estava em um corpo maligno digna de culpa e receba a noticia de um fluido fervente e pus, e outros tormentos similares, todos juntos” Eles continuam repetindo essas palavras até que a alma sai, e sobem aos céus com a alma e pedem para que sejam abertas as portas, então lhes perguntam: “Quem é esse?” Eles respondem : “é fulano de tal” Então é lhe dito: “Não és bem vinda Oh alma perversa, regressa, digna de culpa!” E então as portas não lhe são abertas. Esse é o significado do versículo do Quran que diz: “Aqueles que desmentirem Nossos versículos e se ensoberbecerem, jamais lhe serão abertas às portas do céu, nem entrarão no paraíso, até que um camelo passe pelo buraco de uma agulha. Assim castigamos os pecadores.” (7:40)

Então Allah diz: “Registrem seu livro em Sijjin (livro que registra as más ações) na terra inferior” O sijjin se encontra na sétima terra, que é a inferior e nele estão escritas as ações dos demônios e incrédulos. Logo Allah diz: “Retornem Meu servo a terra, pois Eu lhe havia prometido que assim como dela o criei a ela retornará e dela será extraído novamente.” Então os anjos jogam a alma do céu até a terra

Por fim irmãos, nós devemos refletir na morte, o profeta SAAS nos exortou lembrar constantemente da morte. E era costume dos virtuosos lembrar da morte, isso porque a recordação da morte previne a pessoa do pecado e de ser iludido pelos encantos desse mundo, abranda o coração com a recordação de Allah e ajuda a suportar as aflições. 

Um sábio disse que quem lembra constantemente da morte será honrado com 3 coisas: Será rápido em se arrepender, estará satisfeito com seus sustentos e não lhe faltará vontade nem energia para adorar a Allah. Ali Ibn Abu Talib disse: “Este mundo está se afastando de nós e o mundo da outra vida está cada vez mais próximo. Cada um dos dois tem sua própria gente, assim pois, sejas das pessoas do outro mundo, e não sejas das pessoas deste mundo. O presente é tempo de esforço e não de prestar contas, mas o de amanhã será tempo de prestar contas e não de esforço.” (Bukhari)

Abu Dardah, um grande companheiro do Profeta SAAS disse:
três coisas me fazem sorrir e três coisas me fazem chorar. As coisas que me fazem sorrir são: 
1)O homem que tem grandes esperanças nesta vida enquanto que a morte está o buscando;
2)O homem que ignora a morte mas esta não o ignora;
3)e o que ri a gargalhadas, mas não sabe se Allah está Satisfeito com ele ou Enfurecido.

As coisas que me fazem chorar são: 

1)Não desfrutar mais da companhia de Muhamad SAAS e seus companheiros;

2)Os espantosos momentos que acompanham a morte e encontrar-me de pé perante Allah no dia em que todos os segredos serão conhecidos e não saber se me dirigirei ao Paraíso ou ao Inferno!”

Abu Darda também disse: “Vocês vivem para logo morrer, constroem para logo destruírem, concentram vossos esforços naquilo que é efêmero e sois negligentes com aquilo que será eterno”.

Vamos nos imaginar no momento da morte na cama e o anjo da morte aparece, as pessoas à nossa volta nos chamando. Nossa alma começa a sair pelos nossos pés, algumas pessoas relataram que a sensação é como a de 300 sopros de uma espada, outros disseram que é como se o céu e a terra lhe esmagassem, outros disseram que era como pregos que começam a arrancar a sua alma dos pés até a cabeça. Imaginem! Nossa alma começou a sair pelos nossos pés e nós sabemos disso, e olhamos para as pessoas à nossa volta chorando, e nossa alma saindo. Os anjos na nossa frente nos esperando ou com uma vestimenta do paraíso ou com uma vestimenta do inferno (audho billah mina shaitani Rajim).
O anjo da morte sentada ao lado da nossa cabeça chamando a nossa alma ou nos dando as boas novas da Misericórdia de Allah ou da Ira de Allah. Imaginem os anjos nos elogiando ao subir a cada céu ou então fechando as portas dos céus e nos expulsando. Imaginem as pessoas nos lavando e nos amortalhando, as pessoas amadas se despedindo de nós, e rezando para que Allah tenha Misericórdia de nós, imaginem as pessoas nos carregando até nosso túmulo e nós ou felizes querendo que eles se apresse ou desesperadas gritando com medo do que virá, imaginem quando nos colocarem num buraco no chão e jogarem a terra sobre nossos rostos. Quem poderá nos ajudar nesses momentos? A nossa família, os nossos vizinhos, nossos bens, nossas riquezas, nada disso irá nos servir. E Por Allah irmãos ninguém poderá nos ajudar nesse momento, exceto a misericórdia de Allah e as nossas boas ações. Devemos refletir nisso sempre irmãos porque isso pode ocorrer daqui a uma hora, um dia, um ano, Allahu alam! Irmãos estou dizendo isso para que a gente lembre de Allah, para que a gente se arrependa dos nossos pecados, para que a gente cumpra com as nossas obrigações para com Allah. Ali narrou que o Mensageiro de Allah disse: “O Anjo Gabriel veio até mim e me disse: Oh Muhamad! Viva quanto quiseres pois morrerás. Ama a quem quiseres pois terás que abandoná-lo. Faca o que quiseres pois serás chamado a prestar contas...”

Imploro a Allah swt que nos firme e nos conceda a palavra firme nessa vida e na outra. Que Allah tenha misericórdia de nós na agonia da morte. Que Allah nos conceda um bom final, que Allah permita que nossas ultimas palavras nessa vida sejam la ilaha ila Allah, e que esta seja nossa bandeira nessa vida e na outra. Que Allah esteja satisfeito conosco no momento de abandonarmos esse mundo, que Allah nos envie seus anjos nos trazendo a melhor noticia, a noticia do Paraíso e da Sua Complacência. E que Allah faça dessa aula uma luz para nossos corações para que a partir de agora mais do que nunca nossa meta seja seguir a orientação e obedecer a Allah quando Ele nos convocar para a Salvação! Allahuma Amin!

Ouçam Allah nos chamando nesse momento para a Salvação:

Dize: Ó servos meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Allah; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Mesericordiosíssimo. E voltai, contritos, porque, então, não sereis socorridos. E observai o melhor do que, de vosso Senhor, vos foi revelado, antes que vos açoite o castigo, subitamente, sem o perceberdes. Antes que qualquer alma diga: Ai de mim por ter-me descuidado (das minhas obrigações) para com Allah, posto que fui um dos escarnecedores! Ou diga: Se Allah me tivesse encaminhado, contar-me-ia entre os tementes! Ou diga, quando vir o castigo: Se pudesse Ter outra chance, seria, então, um dos benfeitores! (Allah lhe replicará): Qual! Já te haviam chegado os meus versículos. Porém, tu os desmentiste e te ensoberbeceste, e foste um dos incrédulos!

Irmãos essa matéria será testemunha nos do Dia do Juízo ou a nosso favor ou contra nós. Será ao nosso favor se nós nos firmarmos na orientação depois dela e será contra nós se voltarmos às costas e fecharmos os olhos para a verdade! Imploro a Allah que seja ao nosso favor, Ya Allah lhe suplico por todos os nomes que a Ti pertencem que seja ao nosso favor! Amin!

Ya Allah Yarab que nossa proposta seja: Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

E que a paz e as bênçãos de Allah estejam com nosso amado Profeta Muhamad SAAS, e Louvado seja Allah, Senhor do Universo!

70 narrado em Saheeh Al-Bukhari,#2825, e Mosnad Ahmad, # 8609;
72 narrado em Saheeh Al-Bukhari,#2807 e Mosnad Ahmad, # 12699;
75 narrado em Saheeh Muslim,#121, e Mosnad Ahmad, # 17357;
76 narrado em Saheeh Muslim,#2515, e Mosnad Ahmad, # 131;
97 narrado em Saheeh Muslim,#1731, e Saheeh Al-Tirmizi, # 1408;
98 narrado em Saheeh Al-Bukhari,#3166, e Ibn Majah, # 2686;
99 narrado por Abu Dawood, #2675;
100 narrado em Saheeh Al-Bukhari,#6871, e Saheeh e Muslim, #88;
101 Significa matança e ferimentos;
102 Narrado por Saheeh Muslim, #1768,e Saheeh Al-Bukhari,#6533;
108 Esse texto é conclusivo, de que nos Islã todos são iguais, com os meus direitos e deveres;
109 Narrado por Mosnad Ahmad, #22978;
113 Narrado em Ibn Majah, #1978 e Al-Tirmizi, #3895;

Bibliografia:
* UMA HISTÓRIA DA LEITURA, de Alberto Manguel, COMPANHIA DAS LETRAS – SP, 1997 (páginas 228 a 237) da "LEITURA DO FUTURO" - Editora Schwarcz Ltda. * Documentos da Igreja Cristã, de H. Bettenson * História da Igreja Católica, Philip Hughes, Dominus * História Universal, H.G. Wells * Instituto São Thomas de Aquino - Fundação para Ciência e Tecnologia - Dominicanos de Lisboa - Portugal. * http://www.angelfire.com/on2/mikemcclellan/baf.html * http://www.anzwers.org/free/jesuschrist/index.html
* http://pt.Wikipedia.Org/wiki/Abu_hanifa
* O mundo muçulmano - Peter Demant – Editora Contexto.
* Gift from Converying Islãic Message Society – Egypt – http://www.islamic.message.net/
* Bíblia Sagrada- Tradução Revisada de João Ferreira de Almeida
*Alcorão Sagrado
*Hairun Yahia
*Introdução ao Sagrado Alcorão – Mohamad Ahmad Abou Fares
*O Islã em Foco – Hammudah Abdalati
*Para Compreender o Islamismo – Abul A’la Maududi
*Introdução a Religião do Islã – Ali Al Tantawi
*http://pt.wikipedia.org/wiki/Jihad
*http://www.formbuddy.com/cgi-bin/form.pl

quinta-feira, agosto 09, 2007

Frases que constroem - Autores não identificados

As três grandes religiões monoteístas, apresentam pensadores de alto nivel e com uma grande sintonia com o Altissimo. Apresentamos abaixo vinte e duas frases escritas por esses homens de Deus, a fim de que também possam setir a doçura e o poder dessas frases maravilhosas

01) Deus não escolhe pessoas capacitdas, Ele capacita os escolhidos;


02) Um com Deus é maioria;

03) Se quiser ficar desanimado olhe para si, se quiser ficar decepcionado olhe para os homens, mas se quiser ser salvo olhe para Deus;

04) Vale muito mais uma porta fechada por Deus do que mil abertas pelo Shaitan(Diabo);

05) Você quer ajudar? Então se envolva com quem precisa de ajuda. Quer fazer a diferença? Seja diferente.Que ser usado por Deus: Seja disponível;

06) Nunca ponha um ponto de interrogação onde Deus já colocou um ponto final;

07) Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus;

08) Deus não fala com pessoas apressadas e sem tempo;

09) Com Deus, jamais uma desgraça será a última notícia;

10) Mussa (Moisés) Aleihi Salam, gastou: 40 anos pensando que era alguém; 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um ninguém;

11) Só terei tudo de Deus, quando Ele tiver tudo de mim

12) Sou apenas um detalhe, mas com Deus faço a diferença;

13) A fé ri das impossibilidades;

14) A fé não nasce com uma quantidade de fatos que uma pessoa houve a respeito de Deus. Há pessoas que se convertem com um folheto apenas, enquanto outras irão para o inferno conhecendo todos os Livros Sagrados;

15) Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus;

17) A mágoa olha para trás, a preocupação olha em volta, a fé olha para cima;

18) O tempo é de longe mais valioso que o dinheiro, porque o tempo é insubstituível;

19) Não temas a pressão, lembre-se que é ela que transforma o carvão em diamante

20) Os Livros oferecem intelectualidade o reconhecimento da "Unicidade de Deus" a Sabedoria;

21) O mais importante não é encontrar a pessoa certa e sim ser a pessoa certa;

22) Não confunda vontade de Deus com a permissão de Deus. Nem tudo que acontece é de Sua vontade, mas nada acontece sem a Sua permissão.

Eu sigo o credo de meus antepassados: Abrão , Isaac e Jacó, por que não admitimos parceiros junto a Allah(Deus). Tal é a graça de Allah(Deus) par conosco, assim para com os humanos; porém, a maioria dos humanos não Lhe agradece"(Surata Youssef (José)Versículo 38). Allahu Akbar(Deus é Maior).

Autores Desconhecidos.

segunda-feira, agosto 06, 2007

O que é Muçulmano?

Essa palavra traz grandes confusões para o mundo ocidental. Sempre que digo que sou muçulmano, é normal alguém dizer: " Você nasceu lá?". Pois bem, as pessoas associam a palavra muçulmano à uma nação. Na verdade muçulmanos são todos aqueles que seguem o Islamismo. Religião revelada ao Profeta Muhammad(SAAS) na planice arábica, hoje Arábia Saudita,quando Ele completou 40 anos, logo por volta do ano 611 (AD)(A sigla AD significa Ano domini -Ano do Senhor, que é o mesmo que d.c-depois de Cristo, usa-se as duas formas). A palavra muçulmano significa: "Submisso a vontade de Deus, por vontade própria", posto esse conceito concluímos, que todos os Profetas e Mensageiros de Deus desde Adam(Adão) até Muhammad(SAAS), são muçulmanos. Só, para contextualizar, o Profeta Muhammad, também chamado no mundo ocidental de Maomé, nasceu no ano de 571 depois de de Cristo. Ele foi o último dos Profetas. Não haverá mais profetas após Ele. A proxima ação de Allah(Glorificado seja Ele), será o Juizo Final. Onde seremos julgados e encaminhados ao Paraiso ou ao Inferno, de acordo com sua decisão.

Introdução - Surata Alfátha( Surata da Abertura)

1. Em nome de Deus, Clemente, Misericordioso.
2. Louvado seja Deus, Senhor do Universo.
3. Clemente, Misericordioso.
4. Soberano do dia do Juizo (Final).
5. Só a Ti adoramos e só a Ti imploramos ajuda!
6. Guia-nos à senda reta,
7. A senda dos que agraciastes, não a dos abominados nem dos extraviados
Amem!
Ó Al Kuran Sagrado é dividido assim como a Biblia Sagrada, em capitulos e versículos. Dá-se o nome de Surata aos livro do Al Kuran que são no total 114 (livros). O primeiro livro a Surata Al Fátiha ou Surata da abertura podemos registrar o primeiro pilar da nossa religião, o Monoteísmo.
Vamos a partir de agora, conceituar o que é o Islamismo. " O Islamismo é a Religião que Allah(Glorificado seja Ele) revelou ao seu mensageiro Mohamad(SAAS) e ordenou que ele convocasse toda a humanidade a retomarem os caminhos de Allah(Glorificado seja Ele), isso porque a humanidade se afastou da doutrina difundida pelos Profetas e Mensageiros de Allah, desde Adam(Adão) até Issa (Jesus ) (Que a paz estejam com Eles). Portanto o Islamismo não é uma religião dos árabes e sim revelada para toda humanidade, tampouco Allah é uma entidade maior dessa religião. Alla é Deus todo poderoso, O Deus de Abrahim(Abraão), de Mussa (Moisés) de Issa(Jesus) e Mohamad (SAAS).

Conceitos Gerais

Este Blogger tem por finalidade principal colocar o Islamismo ao alcance de todos. Religião Universal revelada nas páginas do Al Kuran Sagrado, há 1428 anos, na planice arábica, através do Anjo Gabriel, ao Profeta Mohamad(SAAS), sob as ordens de Allah(Deus) Glorificado seja Ele!

Essa revelação faz parte do fechamento da tres grandes revelações que Allah (Glorificado seja Ele), fez por intermédio de Mussa (Moises), Issa (Jesus) e Mohamad (SAAS). Torah(Livro Sagrado dos Judeus), Evangelho (Parte do Livro Sagrado dos Cristãos) e o Al Kuran ( Livro Sagrado dos Muçulmanos) revelado à toda humanidade, com a finalidade de resgatar as criaturas de Allah(Glorificado seja Ele) das garras do Shaytan(Satanas) retornando-as ao Paraíso.

"Aniquilamos gerações anteriores a vós por sua iniquidade, porque, apesar de lhes averem apresentado os seus mensageiros a evidências, jamais creram. Assim castigamos os pecadores"(Surata Yuniss -Versículo 13)