sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Quando os cristãos eram os fundamentalistas e os islâmicos, a cultura mais avançada do mundo

Dentro das suas contribuições para a engenharia cabe destacar inventos como o moinho de vento, a serra, o relógio mecânico, as represas de água . 04/02/2015 - Autor: eltrinador - Fonte: elespectador.com – Tradução de: Yiossuf Adamgy.

Prezados Irmãos, 

Assalamu Alaikum (A paz esteja convosco): 

“Inventaram uma grande quantidade de métodos quí-micos como a refinação do açúcar e a destilação dos licores. Dentro das suas contribuições para a engenharia cabe destacar inventos como o moinho de vento, a serra, o relógio mecânico, e as represas de água.” 

Os historiadores falam do Médio oriente como a cunha da civilização actual. Ali, desde a pré-história, estabeleceram-se grupos humanos que nos deixaram invenções tão importantes como a escritura ou a roda. Estas civilizações tiveram culturas muito fortes de maneira que, à diferença da Europa de tribos primitivas, quando o império romano chegou ao Médio Oriente, encontraria grande parte das ideias que construíram a sua visão do mundo. Por exemplo, os cultos persas a Mitra, a Dionisio na Grécia e a Jeová em Israel, foram fundamentais para a formação da que depois foi a religião oficial do império: o cristianismo. 

As invasões bárbaras ao império romano em 476 submeteram aos seus habitantes a uma crise que encontrou a sua saída na religião. Os bárbaros, depois das invasões, assimilaram os costumes romanos e converteram--se ao cristianismo católico (Clodoveu, rei dos Francos até ao ano 499 e Recaredo dos visigodos em 587) e assim, o clero adquiriu uma força enorme onde a política se converteu num caos, submergindo a Europa num fundamentalismo religioso que duraria quase mil anos. Por essa época, no entanto, na Península Arábica nasceria o Islão, uma cultura que preservaria a maior parte do conhecimento da humanidade e libertaria a cultura ocidental da obscuridade do fanatismo religioso. 

O Islão na história começa com as primeiras pre-gações do Profeta Muhammad ﷺ em 622, em Meca, hoje Arábia Saudita. Já no ano 700 os crentes islâmicos tinham estendido o seu poder militar a todo o médio oriente e Norte de África. Quase sem o propor, apro-veitaram a instabilidade política do débil reino visigodo em Espanha, ocupando-o até ao ano 711. 

A morte do Profeta Muhammad ﷺ criaria instabilidade nos primeiros anos. Com o tempo, o império dividiu-se em várias regiões autónomas com duas cabeças princi-pais: a ocidental com centro em Córdoba, hoje Espanha, administrada pela dinastia Omíada e a Oriental com cen-tro em Bagdade, hoje Iraque, administrada pela dinastia Abássida. O Islão consolidou Bagdade, com mais de 1.000.000 de habitantes, como a cidade mais importante do mundo no século IX. Deixou no esquecimento o que uma vez foi Roma ou Constantinopla. Al-Mansur, o se-gundo califa Abássida e fundador de Bagdade fez dela um centro cultural sem igual onde se escreveu “as mil e uma noites” e viveu um grupo de cientistas eminentes, um deles Al Hazen quem é conhecido por criar o actual método científico. Foi um perito em lentes e descobriu o mecanismo de formação de imagens no olho. Ali tam-bém viveu o matemático Al-Khuarismi que formalizou a álgebra e a aritmética actual aplicando-a à astrono-mia, economia, engenharia, topografia e disputas le-gais. 

“A tinta dos cientistas vale tanto como o sangue dos mártires” reza o Alcorão. É por isto que o califa Harun al-Rashid e os seus sucessores, se preocuparam em encontrar a maior quantidade de conhecimento cientí-fico. Assim, estabeleceu-se, em Bagdad, até 830 a Casa da Sabedoria ou Bayt al-Hikmah onde a maioria dos textos gregos, persas, indianos e chineses que hoje conhecemos, foram traduzidos para o árabe. O papel, invento chinês reservado para as castas, foi adotado e melhorado pelo Islão levando-o a uma maior quantidade de pessoas. A Europa, por outro lado, continuava a uti-lizar pergaminhos e as poucas cópias que tinham dos textos da antiguidade, possivelmente, foram destruídas ao ser consideradas como heresia pelos cristãos fun-damentalistas. 

O que era a moderna Casa de Sabedoria de Bagdade, vítima dos bombardeios norte-americanos na ocupação de Iraque em 2003. 

Assim, as artes bizantinas e persa, a filosofia gre-ga, a medicina judaica e as matemáticas indianas, foram conhecidas por uma grande quantidade de intelectuais muçulmanos, que viam com respeito as religiões diferentes do Islão. O respeito era tal que, à diferença de outros impérios, os califas não obriga-vam a conversão à sua religião e no império convi-viam muitas pessoas com diferentes pontos de vista. 

Assim, no império islâmico, uma cultura cheia de ideias floresceu apoiada por uma rede enorme de mercadores e de peregrinos que trocavam ideias e produtos (para todo o muçulmano, é tradição ir pelo menos uma vez na vida a Meca). Desta maneira, enquanto o resto do mundo vivia no feudalismo, o comércio fez com que a economia islâmica adquiris-se altos níveis de complexidade, com conceitos que o mundo não conheceria senão muito depois: che-ques, notas, contabilidade, fideicomissos, contas de aforro e correntes, taxas de frete, impostos. Segun-do os economistas, o mundo islâmico seria a pri-meira cultura com um capitalismo primitivo. 

O império desenvolveria uma grande complexidade nas suas técnicas agrárias. Inventaram a rotação de cultivos e reverdesceram o deserto utilizando águas subterrâneas. Cultivaram algumas plantas asiáticas como o algodão, arroz e a cana-de-açúcar levando- -as para a Europa, assim como outras europeias como a vide, a oliveira e alguns citrinos que levaram para a China. Inventaram alguns métodos químicos como a refinação do açúcar e a destilação dos lico-res. Dentro das suas contribuições para a engenha-ria cabe destacar inventos como o moinho de vento, a serra, o relógio mecânico e as represas de água, impulsionadas pela construção de majestosos palá-cios, mesquitas e edifícios do estado. 

A parte oriental do império, no entanto, deteve su-bitamente o seu progresso ao enfrentar as invasões do povo Turco Seljúcida até ao ano 1030, que ainda que se tenham convertido ao Islão, modificou tre-mendamente as ideias do povo. O tiro de graça à cul-tura do Médio Oriente, deu-se em 1258, quando Bag-dade foi devastada, até ao último muro, pelos mon-góis. No entanto, a semente da cultura islâmica origi-nal sobreviverá, um pouco mais, no extremo ociden-tal do império: Al-Andaluz. A sua capital, Córdoba, herdou a majestosidade de Bagdade chegando, por muitos anos a ser a cidade maior e mais adiantada da Europa com quase 500.000 habitantes, 700 mes-quitas, 60.000 palácios e 70 bibliotecas, a maior das quais chegou a ter 600.000 livros. 

Será em Espanha onde a pluralidade de ideias con-tinuou. Ali conviviam, em harmonia, cristãos, judeus e islâmicos. Instaurou-se uma das grandes figuras da filosofia islâmica que influenciaria, determinantemente, o movimento do renascimento que floresceu na Europa no século XVI. Trata-se de Averróis, um estudioso das ideias de Aristóteles, nascido em Córdoba em 1126, que teve a ousadia de propor que a verdade religiosa devia ocupar-se de assuntos diferentes da verdade científica. Um dos seus discípulos, o médico judeu Maimónides, nascido também em Córdoba em 1138, é considerado o maior pensador Judeu desde Moisés influenciando, enormemente, o Talmude e refinando algumas técnicas médicas da época. 

Em Bagdade desenvolveu-se quase toda a álgebra actual mas aperfeiçoou-se em Córdoba para logo se trasmitir a toda a Europa. Em Córdoba desenvolver-se-ia a geometria esférica. Eles conheciam, a partir de textos gregos, que a Terra é redonda e sabiam fazer uma estimativa muito boa do seu diâmetro. Então, resolvendo o problema de calcular a direcção para a qual se encon-trava Meca da cidade de Córdoba, sabendo as coor-denadas geográficas de ambas as cidades (os muçul-manos devem orar diariamente com o seu olhar na di-recção de Meca), implementaram-se algoritmos mate-máticos e técnicas de geometria usadas amplamente pelos navegadores e geógrafos posteriores. Sem estas técnicas, teria sido impossível para Colombo deslocar-se no Oceano Atlântico. 

No entanto, o esplendor de Al-Andaluz foi fortemente perturbado pela campanha de reconquista empreendida pelos reinos cristãos do Norte. A Espanha islâmica resultou irresistível para os cristãos, assim como o foi Roma para os Bárbaros. É então quando muitos mercenários cristãos encabeçaram escaramuças peque-nas para se apropriarem das suas riquezas. Um dos mercenários mais célebres, Rodrigo Díaz, melhor co-nhecido como El Cid exemplifica o afã daqueles que sonhavam sair a pé das suas cidades e regressar reple-tos de riquezas. A maior parte deles, fazia-o. 

Em 1254, o Rei Afonso X do reino cristão de Castela, quando a campanha de escaramuças tinha debilitado a economia de Al-Andaluz, compreendeu que estava a enfrentar um rival com muitos conhecimentos. É então que empreende um labor definitivo para o futuro da Europa: traduzir a maior quantidade de textos árabes e judaicos para uma língua comum para os habitantes do seu reino: o castelhano. Desta maneira, os conheci-mentos de ciência e filosofia da cultura islâmica resulta-ram acessíveis para uma população muito maior, mais além dos intelectuais muçulmanos e não só espanhóis, mas também para o resto da Europa. 

O ocaso do império culminaria com a conquista cristã do seu último enclave: Granada. Uma vez recuperada a península ibérica, os reis católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão em 1492 decretaram a imediata expulsão de Judeus e Mouros (islâmicos que viviam em Espanha). Os mouros iriam não sem antes deixar o último vestígio da majestosidade islâmica: o palácio-fortaleza de “la Alhambra”, quem sabe o monumento mais conhecido de Espanha e uma maravilha para a sua época. Construído sob os preceitos islâmicos de não incluir figuras humanas ou animais, este edifício recria uma complexidade geométrica que reflecte conhecimen-tos matemáticos avançados. O edifício, no meio de um planalto árido, é decorado com canais de água fluindo vistosamente. 

A expulsão dos Judeus por um édito e de islâmicos por meios militares às mãos dos reis significou uma perda de riqueza humana para a península ibérica mas resultou uma nutriente e de facto uma causa crucial para a posterior revolução intelectual da Europa no século XVI que conhecemos como renascimento. Exilados em diferentes países da Europa, levaram o seu conheci-mento, principalmente para Itália e abriram os olhos das sociedades Europeias aos conhecimentos próprios e da antiguidade. 

Hoje em dia, tristemente, a situação tomou um rumo si-milar ao que tomou depois da queda de Roma mas com papéis trocados. A civilização Ocidental é a herdeira do conhecimento científico e tecnológico enquanto o mundo islâmico, vítima de guerras que arrasaram as suas cida-des como o fizeram os bárbaros com o império Romano, do mesmo modo que o que ficou deste, sucumbe ante o fanatismo religioso. Devemos muito do que somos à cul-tura islâmica, se eles não tivessem preservado o conhe-cimento antigo, seguramente os nossos progressos cien-tíficos teriam demorado centenas de anos. A principal virtude do império islâmico, do mesmo modo que o ro-mano e muitos outros na história foi também a sua condenação: a sua riqueza.■ 

Obrigado. Wassalam. 

M. Yiossuf Adamgy - 05/02/2015.

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

AS VIRTUDES DE DIZER OU ESCREVER “SALALAHU ALEIHI WASSALAM” – 2ª. E ÚLTIMA PARTE.

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK 

Nos dois últimos versículos do Surat Taubah, Allah Subhanna Wataala refere a piedade e a misericórdia do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) para com o seu Umah (seguidores): 

“HOUVE UM MENSAGEIRO DO VOSSO POVO QUE VEIO PARA VÓS, QUE TOMOU SOBRE SEUS OMBROS AS VOSSAS FALHAS, CHEIO DE APREENSÕES POR VOSSA CAUSA, CHEIO DE PIEDADE PARA OS CRENTES E MISERICORDIOSO. AGORA, SE ELES SE AFASTAM, DIZ-LHES: “ALLAH É SUFICIENTE PARA MIM. NÃO HÁ DEUS A NÃO SER ELE. EM ELE DEPOSITEI A MINHA CONFIANÇA E ELE É O SENHOR DO TRONO SUBLIME” Cur’ane 9.128 e 129. ِ يم حِ ِن الر ٰ ـ  ْحمَ ِ الر ِم اللـه ْ ِس ب ٌ يم ٌ وف  رحِ ُ ء َ َين ر ِ ن ِ م ْ ؤ ُ ِالْم ُكم ب ْ لَي َ يص ع ٌ ِر َ ح ْ م  ت ِ ن َ ا ع َ ِ م ه ْ لَي َ ع ٌ ِزيز َ ع ْ ُكم ُسِ أَنف ْ من ٌول  ُ س َ ر ْ ُكم َ اء َ َ ْد ج لَق ﴿١٢٨﴾ ا ْ لو َ َو ِن تـ إ َ ف َ و ُ ِلا ه إ َ ٰه لَـ ِ َ لا إ ُ اللـه َ ِبي ْ َس ح ْ ُل ◌ َق ِ فـ ۖ ه ْ لَي َ ُت ع كْل َ ◌ َو ِ يم تـ ۖ َظِ ِش الْع ْ ر َ ب الْع  َ ر َ و ُ ه َ و ﴿١٢٩﴾ Os sahabas (Radiyalahu an-huma) – companheiros do Profeta, pelo amor e amizade pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) ansiavam ficar ao lado dele, a todo o tempo. Mas tal não era possível, porque cada um tinha as suas próprias actividades e responsabilidades, nomeadamente familiares. 

Por isso sentiam-se sempre tristes com a separação, mesmo que momentânea. Também tinham consciência de que um dia todos iam morrer e que a separação era inevitável. Foi o exemplo de Thawban (Radiyalahu an-hu) que ajudava o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) em diversas tarefas. 

Certa vez, quando se encontrava na companhia do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), ficou com os olhos lacrimejando. Ao ser perguntado os motivos da tristeza, ele referiu o amor que sentia pelo Profeta e que tinha medo de não o encontrar no Akhirat (vida futura) e não suportava estar longe dele. 

Referiu também que o Profeta estará num lugar privilegiado, bem distante dele, devido ao elevado grau que tinha perante Deus. Por outro lado, ele não tinha a certeza de que iria para o Paraíso. Tudo isto lhe causava uma imensa tristeza. Por causa desta preocupação, Deus revelou o seguinte versículo: Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso, "E aqueles que obedecem a Allah e ao Seu Mensageiro, estarão na companhia dos que foram agraciados por Allah; dos Profetas (que ensinam), dos sinceros (amantes da fé), dos mártires (que comprovam) e dos justos (que fazem o bem); que excelentes companheiros serão!". Cur’ane 4:69. 

Ja'far Ibn Abdullah conta: “Sonhei com Abu Zurah (um dos eminentes estudiosos de Hadith – Tradições do Profeta Muhammad Salalalhu Aleihi Wassalam) que se encontrava no céu, liderando a oração dos Anjos. Perguntei-lhe como foi possível adquirir aquele estatuto? Respondeu: “Com esta minha mão escrevi um milhão de Ahadith e sempre que escrevia o nome do Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) acrescentava (Salalahu Aleihi Wassalam), e o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse aquele que lhe enviasse uma vez Durud, Deus enviaria dez bênçãos sobre ele”. Graças a esta acção, Deus lhe concedeu este privilégio”. Para o Profeta Muhammad, utilizamos a expressão “Salalahu Aleihi Wassalam” – Que as Bênçãos e a Paz de Deus estejam com ele. 

Sempre que mencionamos ou ouvimos o nome de qualquer outro Profeta, dizemos “Aleihi Salam” – que a Paz de Deus esteja com ele. A mesma expressão é utilizada para “saudar” os anjos, em especial, Jibril (Gabriel), Mikail (Miguel), Malik, Israfil (Rafael), Ridwan e Israil. 

Para os Companheiros do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), pedimos a Deus, dizendo “Radiyalahu an-hu” - que Deus esteja satisfeito com ele (para um homem), Radiyalahu an-há (para uma senhora) e Radiyalahu an-huma (no plural). Apesar desta expressão / pedido, sob a forma de súplica, ser utilizada, na generalidade para os Companheiros do Profeta, pode também ser utilizada para todos os muçulmanos piedosos. No entanto, é habitual utilizarmos a prece “Que Deus tenha Misericórdia deles – Rahmatullahi Aleihi”, para todos os restantes piedosos que se distinguiram e se empenharam, passados e presentes, nomeadamente no estudo, na divulgação e no cumprimento da religião. 

Todos eles são superiores às restantes criaturas, porque apesar de terem a capacidade do livre arbítrio, seguiram e seguem o caminho recto da virtude. Serão também considerados superiores aos anjos, porque estes não têm o poder para desobedecer a Deus. Esses piedosos, serão agraciados por Allah Subhana Wataãla, conforme os versículos 7 e 8 do Surat 98 Al-Bayinah: “Os que têm fé em Deus e praticam o bem, são as melhores criaturas. Cuja recompensa está com o seu Senhor: jardins do Éden, abaixo dos quais correm os rios, onde habitarão eternamente. Deus estará satisfeito com eles e eles estarão satisfeitos com Ele. 

Isto será para quem teme o seu Senhor”. "Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. “E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. Cur’ane 10.10. 

Jumua Mubaraka!

sábado, janeiro 31, 2015

AS MELHORES OBRAS PARA ÓRFÃOS E AS VIÚVAS

Centro Islâmico de Brasília-DF

Khutuba : Sheikh Muhammad Zidan

Assunto : AS MELHORES OBRAS PARA ORFÃO E AS VIÚVAS

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohammad (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos e irmãs muçulmanos, nosso assunto trata sobre as melhores obras para com órfãos e as viúvas. Espelhamos em nosso Amado Profeta Muhammad (SAAW), pois durante sua vida ele foi órfão e se dedicando para socorrer tanto os órfão quanto as viúvas, por serem pessoas sem amparo e fracas e solitárias. 

"Certa vez um homem que estava na perdição da bebida e do pecado, em sua jornada encontrou um órfão no qual o ajudou alimentando-o e amparando-o, e quando chegou a sua morte os anjos estava levando para o inferno e veio esse órfão dizendo que ele o socorrera no momento de necessidade, pois ele havia sido bom para o órfão, e o anjo o tirou do inferno". 

Anas Bin Malik, servia ao Profeta Muhammad(SAAW) relatou que as melhores casas onde se encontram e tratam bem os órfãos e os melhores servos de Allah(Louvado Seja) são os que ajudam e socorrem os órfãos e as viúvas e os necessitados.

Allah(Louvado Seja) esclareceu para o Profeta Davi (que a paz esteja com ele) : « para servir o órfão como se fosse seu pai, e amparar a viúva como se fosse seu marido. » se realizar boas obras encontrar boas obras e se realizar más obras, também as encontrarão ; assim quando morrermos as ações boas praticadas serão as que encontraremos, da mesma forma as más. E perguntou o Profeta Davi (AS) : « O que acontece com quem praticam boas obras para com os órfãos e as viúvas ? responde Allah(SWT) ; « No Dia do Juízo Final, ficaram abaixo da sombra e Allah (SWT) intercederá por ele. » 

Certa vez veio uma família com suas filhas em boas condições de vida, mas seu marido veio a falecer e a mulher ficou sozinha com suas filhas, e sua condição de vida ficou mais difícil, passando dificuldades e fome, para evitar das pessoas falarem delas, resolveu mudar de cidade, e nesta mudança passou por uma noite de frio e se abrigou em uma mesquita onde deixou suas filhas e saiu buscar ajuda e comida, e viu duas rodas de pessoas numa delas se encontrava um muçulmano e em outra se encontrava um descrente, veio falar com muçulmano sobre sua situação e sua dificuldade que ela era viúva e tinha duas filhas que ela era nova na cidade e necessitava de ajuda, o muçulmano questionou como ela iria provar se ela era uma viúva e uma mulher digna? Então relatou a mesma situação para descrente no qual abriu a sua casa alimentou-as e deu-lhes as melhores vestes amparando-as. Nesta noite o muçulmano teve um sonho no qual viu um palácio grande, e perguntou ao Profeta Muhammad(SAAW) quem morava nesse palácio? respondeu quem morava um homem que havia socorrido uma viúva e suas filhas eram órfão. Ele indagou porque ele não tinha um palácio pois era um muçulmano praticante. Questionou da mesma forma que ele havia questionado a viúva que prova você tem que você é um bom muçulmano ? No dia seguinte o muçulmano foi atrás do descrente, oferecendo ajuda de mil darham para ajudar a viúva que ele o viu em um palácio, e o descrente também teve o mesmo sonho e que essa viúva havia o convertido para o Islam, que era uma mulher virtuosa, e o palácio era dele e de sua família, tudo com a misericórdia de Allah(SWT) para quem ampara as viúvas e os órfãos. Disse o Profeta Muhammad(SAAW) : « Quem socorre o órfão e a viúva é como saísse no caminho de Allah(Louvado Seja). » 

Cinco tipos de pessoas serão castigadas no dia do Juízo Final e enviado ao inferno.: 1) os que aproveitam da situação dos mais fracos , explorando-os e não pagando seus direitos ; 2) uma líder responsável por sua comunidade e não sabe distinguir entre o mais forte e o mais fraco ; 3) o responsável pela sua família, que não orienta seus filhos a andar no caminho de Allah(SWT) ; 4) Uma pessoa que não socorre uma pessoa fraca em situações de dificuldade ; 5) uma pessoa que contrata um serviço e não paga por ele. 

Há uma história de uma mulher pobre que morava num casebre ao lado do palácio de um rei, Demonstra o que a injustiça traz para o injusto: Um dia, o rei estava passeando ao redor do seu palácio viu o casebre e perguntando a quem pertencia, foi informado que pertencia a uma mulher que ali vivia. Então o rei mandou demolir o casebre imediatamente. Quando a mulher retornou, encontrou seu casebre demolido e perguntou quem havia feito aquilo. Informaram-na que havia sido o rei. Então ela levantou suas mãos aos céus e disse:- Meus Deus! Se eu não estava presente durante a destruição, onde esta Tu meu Senhor?! E sentou no chão e quando o rei estava saindo com sua comitiva viu a mulher e perguntou-lhe: O que estas esperando? Ela respondeu: A destruição do seu palácio. Então ele riu. E quando chegou a noite, seu palácio foi destruído, junto com ele. Disse o Profeta Muhammad(SAAW): “A pessoa que se esforça em nome das viúvas e pobres, é como aqueles que se esforçam no caminho de Allah (SWT) e como aqueles que jejuam durante o dia e reza à noite.”

Ó Allah conceda gloria ao Islam e aos muçulmanos, proteja a unidade de sua religião, destrua os inimigos do Islam. Ó Allah conceda a vitória a sua religião e de seu Livro e a Sunna do Profeta Muhammad (SAAW) Ó Allah conceda piedade a nossas almas. Ó Allah cure aqueles que estão doentes. Ó Allah abençoe as almas daqueles que já morreram. Ó Allah nos pedimos que nos perdoe e tenha misericórdia de nós. Ó Allah ampare nossos órfão e as viúvas. “Nosso Senhor! Conceda-nos, na vida terrena, benefício, e, na Derradeira Vida benefício; e guarda-nos do castigo do Fogo.” Que a Paz e as bênçãos estejam com nosso amado Profeta Muhammad sua família, companheiros . E Todo o Louvor a Allah, O Senhor dos mundos!

SWT) = SUBAHANA WA TAALA = (LOUVADO SEJA ALLAH)

(SAAW) = SALA ALLAHU ALEIREM WA SALAM ( QUE A PAZ DE ALLAH ESTEJA COM ELE)

(R.A) = RADY ALLAHU AANHO( QUE ALLAH ESTEJA SATISFEITO COM ELE)

ALLAH = DEUS

(AS)= ALEIREM SALAM= QUE A PAZ ESTEJA COM ELE

SUNNAH = DITOS DO PROFETA MUHAMMAD(SAAW)

Estamos conscientes de que a tradução do sentido tanto da khutuba (Sermão) quanto do Alcorão Sagrado, seja qual for a precisão, é quase sempre inadequada para realçar o magnífico sentido do texto, a tradução pode conter falhas ou lapsos como todo ato humano. Que Allah (SWT) nós perdoe.

JUMUA MUBARAKA INSHALAH!

sexta-feira, janeiro 30, 2015

Quem foi Muhammad ﷺ (Que a paz e bênção de Deus estejam com ele)

Prezados Irmãos, 

Assalamu Alaikum (A paz esteja convosco):

Ele foi insultado e provocado, mas ordenou aos seus seguidores para NUNCA insultar ou provocar aos outros.

Ele foi perseguido por inimigos, por pessoas que queriam assassiná-lo, mas nunca vingou-se de algum inimigo; somente fazia boa prece para os inimigos.

Numa sociedade que enterravam bebés do sexo feminino vivas, por achar que era vergonhoso ter uma filha, ele, Muhammad ﷺ elevou a posição da mulher tão alto, que para os filhos, o Paraíso está sob os pés da mãe.

Uma mulher tinha o hábito de atirar lixo para ele quando passasse da casa dela, mas quando ela ficou doente, Muhammad ﷺ foi visitá-la. Ele consolava os doentes e os visitava regularmente, fossem ou não muçulmanos.

Ele foi o homem que respeitou e nos ensinou a respeitar as mulheres.

Ele ensinou-nos que nós temos direitos sobre as nossas mulheres, mas elas também têm direitos sobre nós.

Ele, Muhammad ﷺ, ensinou-nos a amar e honrar Jesus e a mãe Maria (que a paz esteja com eles).

Ele ensinou-nos a estar puro e limpo a todo o momento.

Muhammad ﷺ era muito humilde, não permitia que os seus companheiros se levantassem quando ele pas-sasse por eles, conforme se fazia para os Reis.

Ensinou-nos a ajudar aos outros, a manter relações com aqueles que cortam relações connosco e a perdoar àquele que nos faz mal.

Ensinou-nos a apoiar os oprimidos, nunca permitiu opressão ou maus tratos, nem a animais. Deu as boas novas que uma senhora entrará no Paraíso por ter cuidado de um gato.

Ensinou-nos a encarar a vida com um sorriso, com a famosa frase: "Até um sorriso é um acto de caridade."

Muhammad ﷺ , ensinou-nos a devolver as pertenças a quem de direito.

Ensinou-nos que a melhor caridade é providenciar água aos mais necessitados. Muhammad ﷺ aliviava as necessidades das viúvas, dos pobres e dos neces-sitados.

Durante toda a sua vida, nunca disse um "Não" em resposta a qualquer pedido. Dava de comer aos outros e ele próprio passava fome.

Quando um homem começou a fazer necessidades menores na sua Mesquita, Muhammad ﷺ disse aos ofendidos para deixar o homem terminar. Após o homem ter terminado, ele foi gentilmente explicar ao homem acerca de locais sagrados e os cuidados a ter nesses locais.

Ele ensinou-nos a adorar UM ÚNICO DEUS.

Ele ensinou-nos a ser bondosos para com as pessoas.

Ele ensinou-nos a amar uns aos outros.

Muhammad ﷺ, desde pequeno foi considerado alguém confiável pelo povo, muito antes de receber a Profecia.

Ele ensinou-nos que para amolecer o coração, deve-mos dar de comer aos pobres e tomar conta dos órfãos. Ensinou-nos a amar ao órfão e que cuidar de um órfão dá um lugar no Paraíso.

Ele foi o homem que nunca escreveu uma auto-biografia mas hoje existe sobre ele mais biografias que qualquer outro na história da humanidade.

Seus filhos morreram enquanto estava vivo, sem ninguém para manter o seu nome, mas hoje o seu nome é dos mais escolhidos no Mundo, sendo que em 2014 foi também o nome mais escolhido pelos Britânicos na Inglaterra.

No seu último Sermão, Muhammad ﷺ disse:

Todo o ser humano vem de Adão e Eva, um árabe não é superior que o não árabe e nem o não árabe não tem qualquer superioridade sobre o árabe; também o branco não tem qualquer superioridade sobre o negro e nem o negro sobre o branco a não ser pela piedade e boas acções.

Muhammad ﷺ ensinou-nos a orar cinco vezes por dia, lado a lado, com os ombros encostados, onde o negro, o branco, o rico, o pobre, o rei, o empregado, todos for-mam-se de igual maneira e oram de igual forma para UM ÚNICO CRIADOR.

Poderei levar meses a descrever às qualidades de Muhammad ﷺ, pois, na verdade, ele deixou tradições e qualidades para um mundo melhor, tal como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jacob, Salomão, Jesus e outros (que a paz de Deus esteja com todos eles). 

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 30/01/2015.

AS VIRTUDES DE DIZER OU ESCREVER SALALAHU ALEIHI WASSALAM:

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK 
Na verdade, Allah e os Seus anjos derramam bênçãos sobre o Profeta. Ó vós que credes! Pedi bênçãos para ele e saudai-o com respeitosa saudação”. Cur’ane 33:56. Deus demonstra elevada consideração e afeto pelo trabalho desenvolvido pelos Seus Profetas. São as Suas melhores criaturas, que vieram ao mundo para trazerem a mesma mensagem de Unicidade Divina (Lá ilaha illalah – Não há outra divindade senão Deus). “Glorificado seja o teu Senhor da Majestade, acima disso que Lhe atribuem. E a paz esteja com eles que foram enviados como mensageiros”. Cur’ane 37:180,181. 

Após a criação de Adam (Aleihi Salam), Adão, que a Paz de Deus esteja com ele, primeiro homem e primeiro Profeta, Deus ordenou aos anjos para se prostrarem perante ele, em sinal de respeito. O Profeta Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão, que a Paz de Deus esteja com ele, também foi abençoado por Deus. 

Para demonstrar à Sua criação, a importância do último dos Profetas, Deus refere no Cur’ane que Ele e os Seus anjos derramam bênçãos para Muhammad. Em seguida, “ordena” aos crentes, para também pedirem bênçãos para ele. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “A pessoa que ouvir falar de mim, deve enviar Durud (bênçãos) e aquele que enviar um Durd para mim, uma vez, Allah conceder-lhe-á dez Duruds (misericórdias) e perdoar-lhe-á dez pecados e elevará dez graus para ele”. Ahmad e Nassai. 

Os nossos sábios recomendam-nos para pedirmos bênçãos para o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), nomeadamente durante o salat - orações (no tashahhud), durante o kutba (pelo imamo que está a dirigir o sermão), antes duma prece a Deus (quando pedimos perdão ou proteção), depois do azan, ao entrar e sair das mesquitas, quando entramos nas casas (depois de saudarmos com Assalamo Aleikum), quando ouvirmos ou mencionarmos o nome dele e ao escrever alguma passagem onde o seu nome é mencionado. 

Às sextas-feiras, devemos incrementar o pedido de bênçãos. Quando formos fazer Umra ou Haje, em Maka, devemos passar a maior parte do tempo fazendo Tawaf (circundar a Caaba). Quando se proporcionar a visita à cidade de Madina, onde se encontra sepultado o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), as nossas línguas deverão estar ocupadas a pedir bênçãos para ele.

Há várias formas de pedir bênçãos para o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Uma das mais simples é recitar “Allahuma Sallí ãlá Muhammadin wa ãlá áli Muhammadin”. É referido no Bukhari, 55:588, que as pessoas perguntaram ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), qual a melhor maneira de pedir bênçãos para ele. Em resposta referiu o Durud-Ebrahim, que nós recitamos nas nossas orações, na posição de sentado (tashahhud). “Ó Allah derrame bênçãos sobre Muhammad e sobre a sua progénie (família), como derramastes bênçãos sobre Ibrahim (Abraão) e sua progénie. Ó Allah abençoa Muhammad e sua família como abençoaste Ibrahim e sua família, sem dúvida Tu ês Possuidor do Louvor e da Glória”.

As bênçãos para o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), podem ser pedidas junto à campa dele, porque ele as ouvirá. Segundo diversos hadices, os Profetas e Mensageiros (Aleihi Salam), encontram-se vivos nas suas campas e efetuam o salah. As bênçãos também podem ser pedidas em qualquer lugar do mundo, pois os anjos se encarregarão de as transmitir. 

Hazrat Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Aquele que envia bênçãos perto da minha campa, eu próprio o ouço e aquele que, de longe, me envia um durud, me é transmitido”. Baihaqui e Mishkat. Pedir bênçãos para o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), para além de cumprirmos com as ordens de Allah, demonstramos o amor e consideração que sentimos por ele. “Aquele que sente amor por alguém, lembra-se constantemente dele”. 

No dia em que Deus levantar a humanidade para prestação de contas, os crentes ansiarão por estar mais perto do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Yahya relatoume, que ouviu de Malik, este de Abu Zinad, este de Al-Araj e deste de Abu Huraira (Radyialahu an-hu), de que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “A todos os Profetas foram-lhe dadas suplicas (preces) e eu quero preservar o meu duá como intercessão, no outro mundo, pela minha comunidade”. Maliks Muwatta. Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “No Dia do Julgamento Final, a pessoa que estará mais próxima de mim, será aquela que enviou mais Durud para mim.” Tirmizi. No dia da Ressurreição, a sede e a preocupação serão imensas. “No Dia em que soar a trombeta e a segunda a seguir aquela, nesse Dia, os corações batem doridos enquanto os olhos se abaixam amargurados”. Cur’ane 79: 6 a 9. 

No local da ressurreição, estará Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) para nos dar de beber a água de Khauçar, que nos acalmará a sede e os tormentos desse dia. Segundo Abu Hurairah (Radiyalahu an-hu), o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “O meu haud (reservatório) será muito largo, maior do que a distância que separa Ealah de Aden. Será mais branco do que o gelo e mais doce do que o mel com leite; os seus utensílios serão em maior número do que as estrelas. Eu afastarei as pessoas estranhas, da mesma maneira que são afastados os camelos estranhos ao haud (reservatório). As pessoas perguntaram: “Reconhecer-nos-ás nesse dia, ó Profeta de Deus?” Ele respondeu: “Sim, vós tereis um sinal que mais nenhum ummah (povo) possuirá. Vireis ter comigo num estado tal que as vossas faces, mãos e pés brilharão devido aos feitos do wudu (ablução).” – Muslim e Mishkaat.

"Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41. Cumprimentos Abdul Rehman Mangá 29/01/2015

sexta-feira, janeiro 23, 2015

A GRANDEZA DO PROFETA MUHAMMAD - SAAS

Centro Islâmico de Brasília-DF

Khutuba : Sheikh Muhammad Zidan

Assunto : A GRANDEZA DO PROFETA MUHAMMAD(que a paz as benção de Allah esteja com ele)

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohammad (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos e irmãs muçulmanos, nosso assunto trata sobre a grandeza do Profeta Muhammad(que a paz as benção de Allah esteja come ele). Quando aceitaram o Islam Akrama Ibin Abi Jahal e Safwan bin Umayya, o Profeta Muhammad(SAAW) recebeu-os com grande felicidade mesmo aceitando o Islam depois de muito tempo, porém antes eles eram grandes inimigos do Islam e tinham um ódio contra o Profeta. O pai de Safwan que era Umayya bin Khalaf torturou seu escravo Bilal colocando uma pedra grande sobre seu corpo, e perseguia os muçulmanos em todas as partes para combater o Islam. E na Batalha de Badr quando Bilal combatia a favor do Islam viu os incrédulos e a frente deles estava Umayya, no qual Bilal falou que eles não teriam o gosto da vitória e que Umayya não passaria deste dia e assim foi. 

E quando conquistaram e abriram Meca da mãos dos incrédulos quem estava na frente dos muçulmanos era seu filho Safuwan. E Akrama que tinha o título de « O faraó desta Ummah » tamanho o ódio e inimizade contra os muçulmanos, que combatiam os muçulmanos a qualquer custo, tanto que era conhecido como Abu Jahal (pai da ignorância) tamanha sua crueldade para a mensagem do islam e com os muçulmanos. Também seu filho Akrama foi um dos que abriram e libertaram Meca dos incrédulos. Tanto Akrama e Sufwan eram muito extremistas e não desejam paz, só procuravam combater o Islam dentro e fora de Meca, e em outras cidades na península arábica , e o Islam só desejavam que as pessoas aceitassem o Islam de coração, e serem perdoados de seus pecados e amarem o Islam, este era o desejo do nosso amado Profeta Muhammad(SAAW) que as pessoas aceitassem o Islam e que aparecesse a verdade a todos. 

A misericórdia do Profeta Muhammad(SAAW) em servir a Allah(Louvado Seja) e mostrar a Unicidade de Allah(Louvado Seja) para todos. Não obrigava as pessoas a aceitarem o Islam, esse sentimento deveria ser puro e verdadeiro vindo de seus corações. Tanto que o nosso amado Profeta(SAAW) não desejava poder e nem riquezas, e queria que todos fossem testemunha que seu dever era divulgar a mensagem de Allah(SWT). Certa vez veio ao Profeta Muhammad(SAAW) Umaryr ibn Wahab e disse : « O Profeta de Allah Sufwan Bin Umayya que era um dos líderes dos incrédulos fugiu em direção ao mar, temendo por sua vida, pediu que o Mensageiro de Allah lhe desse proteção e salvo-conduto, e que enviasse um sinal de sua palavra, assim o profeta Muhammad(SAAW) enviou sua túnica(seu turbante) e deu a Umary para mostrar que havia dado segurança e proteção e salvo-conduto a Sufwan Bin Umayya que ele poderia voltar em segurança, mostrando como o Profeta Muhammad(SAAW) era o mais excelente, justo e tolerante dos homens. 

Assim Sufwam voltou a Meca e presenciou a Batalha Hawazin em Hunayn no qual o profeta pediu emprestado armas e guarnições de Sufwan, por ele ser negociador de armas, sem obriga-lo a fazer, e que esse pedido seria amigável, e Sufwan encaminhou-se junto a guerra para cuidar de suas armas e a favor do Profeta Muhammad(SAAW), com a vitória dos muçulmanos e viu como Profeta Muhammad(SAAW) distribuia os despojos de guerra e Sufwan observava, e o Profeta perguntou se ele desejava os camelos do despojo, respondendo que sim, sabendo que ele era politeista não tinha direito aos despojo, porém o Profeta Muhammad(SAAW) com sua generosidade deu a Sufwan cem camelos, dizendo Sufwan que essa atitude não é de uma pessoa normal só de um Profeta poderia ter tal ação, depois de todo o mal que havia feito contra os muçulmanos, neste momento Sufwan proferiu seu testemunho de Fé, se tornado um muçulmano sincero e dedicado caminho de Allah(SWT). E a outra história com Akrama, sua mulher Umm Hakim havia aceitado o Islam, quando Meca foi libertada da incredulidade, e ela veio ao Profeta (SAAW) pedir que desse segurança salvo-conduto para seu marido Akrama que havia fugido e assim o Profeta Muhammad(SAAW) deu a Akrama segurança e salvo-conduto, mostrando mais uma vez a grandeza a generosidade e justiça que o Profeta (SAAW) tinha.

E ao voltar para Meca o Profeta (que a paz e benção de Allah esteja com ele) orientou seu companheiros para não isultar seu pai Abu Jahal, pois as pessoas mortar causa tristesa nas pessoas vivas, e as ofensas não alcanção os mortos. E o Profeta Muhammad(SAAW) convidou a Akrama a aceitar o Islam e estabelecer a oração e pagar o Zakat e realizar todas as outras obrigações de um muçulmano ; e Akrama respondeu : que o Profeta só tem chamado para o que é verdadeiro, assim Akrama fez o testemunho de Fé, aceitando o Islam. Ainda pedindo ao Profeta Muhammad(SAAW) que suplicasse pedindo perdão a Allah(SWT) por toda a hostilidade contra o Profeta e contra os muçulmanos que ele havia causado, e o Profeta respondeu com a oração. « O Senhor, perdoa-lo por toda hostilidade que dirigiu contra mim e de toas as expedições contra o Islam, perdoa-lo por tudo que ele disse ou fez contra mim na minha presença ou ausência. Assim é o nosso amado Profeta sempre desejando o bem e orientando seus companheiros para agirem da melhor forma e que essas ações sejam duradouras durante toda a vida. Desta forma os companheiros do Profeta Muhammad(SAAW) andavam e dedicavam de corpo e alma no caminho de Allah(Louvado Seja) ; e neste caminho conseguiram vitórias sobres os imperadores de outras nações. Os companheiros do Profeta, se baseavam sobre duas ações, primeiro a mensagem que Allah(SWT) enviou através de seu Anjo letra por letra que não foi perdida o Alcorão Sagrado ; e a Sunnah do Profeta Muhammad(SAAW), que os companheiro se espelhavam e agiam como nosso amado Profeta orientou e ensinou. Não existe modificação da mensagem enviada, continua fiel a que foi transmitida ao Profeta Muhammad(SAAW). E quando morreu nosso Profeta (que a paz e a benção de Allah esteja com ele) a mensagem havia chegado só na Península Arabica, e os companheiros continuando a divulgação da mensagem chegando ao mundo todo, mesmo com todas as dificuldades e barreiras, tirando o ser humano da ignorância e da falsidade para luz do Islam, que é a crença de um Deus Único Allah(Louvado Seja). 

O ensinamento do Profeta aos companheiros foi outro milagre como foi o Alcorão Sagrado, pois o Profeta Muhammad(SAAW) se dedicou ao máximo para mostrar aos companheiros o melhor caminho do Islam e temendo a Allah(SWT) e não apegar as coisas mundanas e adorar somente Allah(Louvado Seja). Quando uma pessoa dedica seu tempo na recordação de Allah(SWT) e de seu mensageiro, eles estão como estivessem carregando perfume de misk, essas ações nos aproxima de Allah(SWT) e ganhamos a Sua benção e a proteção, e nossos corações ficam mais firme e voltado para boas obras. Independentemente da idade dos companheiros e seguidores do Profeta Muhammad(SAAW) na história dos profetas não existiu tamanha devoção e dedicação igual aos do companheiros do nosso amado Profeta Muhammad(SAAW). No período do Profeta Jesus filho de Maria (que a paz de Allah esteja com ele) pregava a unicidade de Allah(Louvado Seja) e sua mensagem, também teve várias dificuldade e perseguição para divulgar a mensagem, vendo essa situação um dos seguidores Pedro defendia e lutava contra os incredúlos, para mostrar que a mensgem é verdadeira, mesmo assim ele foi preso, por tal ação. E em outra caso quando Abu Sufyan capturou Zein Bin Dafina, perguntou a ele : « Onde esta seu Profeta para lhe defender ou ficar em seu lugar ? » respondendo Zein : « que jamais aceitaria que um espinho machucasse o Profeta de Allah » e Sufyan disse : « que jamais havia visto amor tão grande dos companheiros com o Profeta Muhammad(SAAW) » mesmo assim Abu Sufyan matou-o. Pedimos a Allah(SWT) que nos encontre entre os companheiros do Profeta Muhammad( que a paz e benção de Allah esteja com ele).

Ó Allah conceda gloria ao Islam e aos muçulmanos, proteja a unidade de sua religião, destrua os inimigos do Islam. Ó Allah conceda a vitória a sua religião e de seu Livro e a Sunna do Profeta Muhammad (SAAW) Ó Allah conceda piedade a nossas almas. Ó Allah cure aqueles que estão doentes. Ó Allah abençoe as almas daqueles que já morreram. Ó Allah nos pedimos que nos perdoe e tenha misericórdia de nós. “Nosso Senhor! Conceda-nos, na vida terrena, benefício, e, na Derradeira Vida benefício; e guarda-nos do castigo do Fogo.” Que a Paz e as bênçãos estejam com nosso amado Profeta Muhammad sua família, companheiros . E Todo o Louvor a Allah, O Senhor dos mundos!

SWT) = SUBAHANA WA TAALA = (LOUVADO SEJA ALLAH)

(SAAW) = SALA ALLAHU ALEIREM WA SALAM ( QUE A PAZ DE ALLAH ESTEJA COM ELE)

(R.A) = RADY ALLAHU AANHO( QUE ALLAH ESTEJA SATISFEITO COM ELE)

ALLAH = DEUS

UMMAH= NAÇÃO MUÇULMANA

(AS)= ALEIREM SALAM= QUE A PAZ ESTEJA COM ELE

SUNNAH = DITOS DO PROFETA MUHAMMAD(SAAW)

Estamos conscientes de que a tradução do sentido tanto da khutuba (Sermão) quanto do Alcorão Sagrado, seja qual for a precisão, é quase sempre inadequada para realçar o magnífico sentido do texto, a tradução pode conter falhas ou lapsos como todo ato humano. Que Allah (SWT) nós perdoe.

Sabemos que não existe imagem do Profeta Muhammad ﷺ Mas há alguma Descrição das suas Feições?

Prezados Irmãos, 

Assalamu Alaikum (A paz esteja convosco):

Respondendo à pergunta que me foi colocada, direi o seguinte:

Deus, Todo-Poderoso, adornou ao Profeta Muhammad (s.a.w.) com as Suas Luzes Divinas e os Seus Modos. A seguir, acrescentou mais, dizendo-lhe: “És certamente de uma natureza sublime” (Alcorão, 68:4).

Os biógrafos do Profeta Muhammad (p.e.c.e.) descrevem que ele não era nem alto nem baixo, mas sim de estatura média. Os ombros eram robustos. Tinha a pele clara, nem escura, nem branca. Tinha uma fronte larga, com sobrancelhas espessas, afastadas, mas com uma chama prateada que brilhava no meio delas. Os olhos eram grandes. Os dentes eram brancos como pérolas. Os cabelos não eram encaracolados, nem lisos, mas entre ambas as coisas. Tinha um pescoço comprido. Tinha um peito robusto, mas delgado. Tinha o peito claro e tinha um linha de pelos entre o peito e o umbigo. Não tinha mais pelos sobre o peito além dessa linha. Tinha ombros largos e peludos. Sobre os ombros, tinha dois selos de profecia.

Todos os seus companheiros costumavam contemplá- -los. O ombro direito tinha um sinal preto e, à volta, alguns pelos grossos como os pelos de um cavalo. Os antebraços eram compridos, os punhos largos. As palmas das mãos eram mais suaves que a seda. Quando colocava a mão sobre a cabeça de uma criança ou de um homem, emanava dele um cheiro agradável a almís-car. Quando se movia, uma nuvem acompanhava-o, pro-tegendo-o do calor do sol. A sua transpiração era seme-lhantes a pérolas brancas e o seu odor semelhante a almíscar e âmbar. Os Companheiros disseram que ja-mais tinham visto algo parecido.

O Profeta Muhammad ﷺ costumava baixar a cabeça em vez de a levantar. Quem o via de longe ficava espan-tado na sua presença. Quem o conheceu intimamente, amou-o. Era o mais belo, tanto no seu aspecto exterior como interior.

Amar ibn al-As (r.a.) disse: “Ninguém era mais querido para mim do que o Sagrado Profeta ﷺ nem aos meus olhos havia alguém mais glorioso do que ele. Tão brilhante era a sua glória que jamais pude contemplar o seu rosto durante muito tempo. Desta forma, se alguém me pedisse que o descrevesse, não seria capaz de o fazer, pois, nunca pude fixá-lo tempo suficiente para isso”. 

O Profeta ﷺ era a pessoa mais corajosa, mais justa e mais generosa. Costumava caminhar entre os seus inimigos, sozinho e desprotegido. Não temia nada deste mundo. Era o homem mais modesto, o mais sincero e o mais piedoso. Nunca falou apenas para passar o tempo, preferia o silêncio à palavra. Nunca mostrou orgulho, embora fosse o orador mais eloquente.

Deus deu ao Profeta Muhammad ﷺ mestria em política e mestria em conduta privada. Embora não soubesse nem ler, nem escrever, Deus elevou-o da terra da ignorância e ensinou-lhe as melhores maneiras e o melhor da ética.

Era o mais gentil dos homens, o mais tolerante e o mais misericordioso, como Deus, ele mesmo, o chamou: “… e é o mais amável e misericordioso” (Alcorão, 9:128). Sorria para todos e a todos dizia brin-cadeiras, mas decentes. Sozinho, chorava e a Deus pedia perdão pela sua Comunidade. Estava continua-mente num estado de contemplação e de meditação. Muitas vezes, costumava sentar-se e rememorar Deus recitando o dhikr. Costumava caminhar, acompanhando as viúvas e os órfãos. Mostrava-se humilde na presença dos descrentes, desejando que estes se convertessem em crentes. Um dia, alguém pediu-lhe que rezasse a Deus para que amaldiçoasse os incrédulos, ao que ele respondeu: “Não fui enviado como maldição, mas sim como misericórdia. Orarei para que sejam guiados porque eles não sabem”.

Convocou todos perante Deus. Nunca humilhou o pobre. Nunca temeu nenhum rei. Sempre elegeu o caminho menos complexo, segundo a vontade de Deus. Sorria-se sem emitir nenhum som, nunca o fazia em voz alta. Dizia sempre: “Ajuda o teu povo”. Costumava mun-gir as suas cabras, ajudar a sua família, remendar as suas roupas. Caminhava descalço para visitar os po-bres, apesar destes serem incrédulos ou hipócritas. Visitava as sepulturas dos crentes e saudava-os. Apren-deu a esgrimir, treinou com o arco e as flechas, andava a cavalo, no dorso dos camelos e dos burros. Comia com os pobres. Aceitava sempre os presentes com gratidão, mesmo que fosse apenas uma colher de sobremesa, e recompensava quem lhos dava. Nunca se alimentou da caridade, mas entregava imediatamente esses alimentos aos pobres. Nunca guardou um dinar ou um dirham em casa, a não ser que fosse para dá-los aos pobres. Nunca regressava a casa antes de ter gastado em caridade tudo o que Deus lhe dera.

Era muito bom para com os familiares e amigos. Incentivava os amigos para que caminhassem à sua frente e caminhava ele atrás. Dizia: “Que nas minhas costas caminhem os anjos”. 

O seu companheirismo era o companheirismo da paciência e da modéstia. Aquele que discutia com ele via nele paciência. Não respondia àqueles que o insul-tavam. Nunca se voltou contra alguém irado e nunca usou uma linguagem rude. Nunca se zangava por si mesmo, mas pelo seu Senhor. Costumava comer com os seus servos. Nunca bateu em ninguém com a mão. Nunca castigou por um erro, sempre perdoou. O seu servo Anas (r.a.) disse: “Em toda a minha vida, jamais ele me questionou ‘por que fizeste isto, ou por que não fizeste aquilo?”

O Profeta Muhammad ﷺ era um exemplo vivo do seguinte versículo Alcorânico:

«Não se equiparam obrar o bem e obrar o mal. Se fores maltratado, responde com uma boa atitude [sabendo desculpar], e então verás que aquele com quem tinhas uma inimizade se converterá no teu amigo fervoroso». (41:34).

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 22/01/2015.

A fé e o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam)

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)

Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e  Misericordioso) - JUMA MUBARAK-                         


A fé em Deus e nos Seus Profetas, é algo difícil de explicar, mas encontra-se enraizado nos nossos corações. Não conhecemos Deus, tal como Ele é. Não chegamos a conhecer os Profetas que Deus enviou na altura dos nossos remotos antepassados. Mas acreditamos em Deus e até assumimos a nossa vivência quotidiana, seguindo os ensinamentos que os Profetas nos deixaram.

Como explicar por exemplo, que apesar de nunca termos visto o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), acabamos por aceitar e seguir a tradição que ele nos deixou?

Esta é a verdadeira fé. Utilizando a nossa capacidade intelectual, chegamos à conclusão de que Algum Ser Superior a nós, criou e comanda este e outros mundos, tarefa impossível de ser concretizada por um ser humano. A fé não é ver,

mas sim acreditar. Sem fé, será impossível o ser humano aproximar-se a Deus e aos Seus Profetas.

Uma das passagens que mais me impressionou, foi a seguinte: O Profeta Muhammad (Salalhu Aleihi Wassalam), uma vez estava com os seus companheiros e disse: “Quando verei eu os meus irmãos?”. E os companheiros perguntaram-lhe surpreendidos, se eles não eram os seus irmãos. E ele respondeu “Vós sois os meus companheiros; mas os meus irmãos serão aqueles que acreditarão em mim sem nunca me terem visto”. –Hadice narrado por Ahmed.

Foi uma verdadeira manifestação de fé. Sem ainda existirmos, o Profeta acreditou e teve fé, de que seriamos os seguidores da mensagem que Deus lhe mandou transmitir.

O íman (fé) do ser humano está em constante modificação; às vezes sobe, e muitas vezes desce. A fé dos anjos encontra-se sempre estacionária. A fé dos Profetas aumentava dia a dia.

Apesar de alguns de nós termos uma fé muito forte, a nossa inteligência e capacidade para entendermos tudo, tem limites. Por isso Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), ensinou-nos de que quando pensarmos em Deus, não devemos reflectir no Seu Ser, mas sim na Sua criação. Ao reflectirmos na Sua criação e em tudo que Deus colocou à nossa disposição, tentaremos melhorar as nossas condições espirituais e até materiais. Na época anterior a Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), as pessoas adoravam diversos ídolos, praticando rituais contrários à religião ensinada pelos nossos anteriores Profetas.  

Refere o Cur’ane “Aquele que rejeita os deuses falsos e crê em Deus, lançou mão a um firme sustentáculo que nunca quebrará.” (Cap.2:256). “Deus é suficiente para mim, não há Deus a não ser Ele. Nele coloquei a minha confiança e Ele é o Senhor do Trono Sublime. (cap.9:129).

Foi uma advertência que durou cerca de 3 anos, até ficar consolidada entre os residentes de Maka e arredores. A partir daí, o Profeta começou a dar ênfase aos restantes pilares da religião (oração, jejum, zakate/ajuda aos necessitados e haje/peregrinação). Sem fé, nunca cumpriríamos qualquer obrigação religiosa.

Se realizarmos alguma tarefa sem termos a fé e a esperança de que obteremos sucessos, o mais certo é fracassarmos nas nossas actividades. Se tivermos fé em Deus e procedermos de acordo com os Seus mandamentos e ensinamentos do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), teremos sempre a esperança de obter a recompensa e a satisfação do nosso Senhor e Criador.

Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41. "Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17.

“Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. Cur’ane 10.10.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

22/01/2015

segunda-feira, janeiro 12, 2015

A Al Furqán manifesta a sua repulsa pelo atentado contra a sede do Semanário francês “Charlie Hebdo”

A Al Furqán, órgão para a divulgação do Islamismo em Portugal, proclama la paz, a justiça e o respeito pela vida dos seres humanos, princípios básicos do nosso Estado de Direito e do Islão.
Por: M. Yiossuf Mohamed Adamgy - Director de Al Furqán

Prezados Irmãos, 

Assalamu Alaikum (A paz esteja convosco): 

A Al Furqán lamenta profundamente o ato terrorista cometido ontem ao periódico francês “Charlie Hebdo”, causando a morte de doze pessoas e vários feridos graves. 

Manifestamos a nossa mais firme repulsa por este vergonhoso acto de violência, o qual desperta sen-timentos de impotência e tristeza entre a comunidade islâmica e a cidadania em geral. 

À luz deste horrível e injustificável acontecimento, nestes momentos é uma obrigação moral de toda a comunidade islâmica no mundo, assim também do Al Furqán, de expressar o seu mais veemente repúdio ao atentado e tornar público o seu mais profundo pesar pelas mortes, reproduzindo as devidas condolências aos familiares e próximos das vítimas. 

Os meios de comunicação social estão de luto. 

A educação, o debate, a reflexão e os distintos pontos de vista são os meios que devem ser usados para a liberdade de expressão, cabendo, nesse aspecto, aos membros da comunicação um papel fundamental para a construção de sociedades sãs e livres. 

Os que cometem actos de terror como este, vulneram os princípios básicos da Mensagem do Islão e merecem que sobre eles se aplique todo o peso da lei e justiça. 

Este atentado cometido na sede do semanário em questão, aparentemente em nome de Deus e em defesa da honra do Profeta Muhammad (paz esteja com ele), não vem senão a denigrir a sua essência e provocar o horror de todos os muçulmanos. 

Por isso, a Al Furqán tem vindo a manifestar, quer através da sua revista, quer através das suas refle-xões islâmicas semanais, a sua mais contundente repulsa ao autoproclamado Estado Islâmico (que de islâmico não tem nada) e seus seguidores, por fazer uso de armas e violência para perpetrar o terror e por atentar contra la integridade dos po-vos e a unidade dos muçulmanos. 

Nenhuma pessoa, nem nenhum grupo, qualquer que seja a sua condição, tem o direito de manchar e desfigurar a imagem e a dignidade do Islão e os Muçulmanos, pelo que um acto de terror desta natu-reza só pode ser cometido por indivíduos inimigos desta religião e alheios aos seus princípios e valores universais. 

O Islão proíbe, terminantemente, o uso da força, o abuso e a agressão de seres humanos inocentes e não justifica sob nenhum conceito o crime e o assassinato. 

Não é propósito principal desta reflexão/comunicado, mas serve para recordar também que a Al Furqán sempre tem defendido e continua a defender a liberdade de consciência e a liberdade de expressão, por ser parte central do credo e discurso islâmico, como o é também o respeito ao próximo e as suas crenças. Importante é, em contra-partida, que a liberdade de expressão encontre os seus limites no respeito e reconhecimento da diversi-dade cultural, religiosa e ideológica. 

O terrível problema magno da situação política mundial é devido em grande parte àquela falta da nossa civilização. Sem «cultura ética», não há salvação para os seres humanos. 

Por último, queremos mencionar estas palavras do Sagrado Alcorão, que declara textualmente: 

«Quem matar uma pessoa, sem que esta tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se tivesse assas-sinado toda a humanidade. E quem salvar una vida é como se tivesse salvado toda a huma-nidade». (5:32). 

« …Não te esqueças da tua porção neste mundo, e sê amável, como Deus tem sido para contigo, e não semeies a corrupção na terra, porque Deus não aprecia os corruptores». (28:77). 

Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Muhammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!» (41-:34). 

Que Deus ilumine toda a humanidade. 

Wassalam (Paz)!■ 

quinta-feira, janeiro 01, 2015

Mawlid an-Nabí O Nascimento do Último Profeta de Allah — o Selo dos Profetas

Prezados Irmãos, Assalamu Alaikum:

A PROFECIA É CUMPRIDA

Na Segunda-feira, 12 de Rabi-al-Awwal — 570 (Era Cristã) anos depois de Jesus (a.s.) ascender aos céus para esperar o seu regresso antes do fim do mundo – Hazrat Amina deu à luz o seu filho abençoado na casa de Abu Talib. 

Ash-Shaffa, a mãe de Abdul Rahman bin Auf, assistiu o seu nascimento e quando Hazrat Amina estava a dar à luz o seu bebé abençoado, este nasce prostrado sobre as suas pequenas mãos e pés; depois espirrou e disse: "Al Hamdullilah" – Louvado seja Allah – enquanto uma voz vinda dos céus respondeu: "Que Allah tenha piedade de vós". Quando Ash-Shaffa olhou para o céu escuro, o horizonte tornou-se tão iluminado que até os distantes castelos da Grécia se tornaram perfeitamente visíveis para ela. Por acaso, "Al Hamdulillah" era a mes-ma prece que o Profeta Adão (a.s.) proferiu, quando espirrou após ter chegado a terra. 

O belo bebé nasceu sem o menor traço de poeira sobre ele, e um suave aroma envolvia o seu pequeno e perfeito corpo. Hazrat Amina recordou-se das instruções que tinha recebido na sua visão e sobre elas su-plicou a Allah pelo seu pequeno menino e, em seguida, deu-o a Ash-Shaffa, a mãe de Abdul Rahman, para que o segurasse. Foram imediatamente enviadas notícias a Abdul Muttalib sobre Hazrat Amina ter dado à luz um rapaz. Logo que soube das boas notícias ele apressou- -se para ver o seu neto. Quando chegou a casa o seu coração estava cheio de alegria e grande amor. Emba-lou nos seus braços o doce bebé que estava embru-lhado num pano branco e em seguida levou-o à Caaba onde ofereceu uma prece de agradecimento pelo nasci-mento seguro do seu neto. Antes de devolver o seu neto a Hazrat Amina foi a casa para o mostrar à sua própria família. De pé, junto à porta, esperando pelo regresso de seu pai, estava o seu filho Abbas de três anos de idade. Amorosamente, Abdul Muttalib disse ao seu filho: "Ab-bas, este é o teu irmão, dá-lhe um beijo"; então Abbas, que na verdade era seu tio, dobrou-se e beijou o seu novo irmão bebé. Depois de toda a gente ter admirado o bebé, Abdul Muttalib regressou a casa de Hazrat Amina e de acordo com a visão dela e uma visão que Abdul Muttalib tinha tido, ao doce bebé foi dado o nome de Mu-hammad. Quando as pessoas perguntavam porque lhe tinham dado o nome de Muhammad, eles respondiam: "Para ser louvado nos céus e na terra". Até essa altura o nome Muhammad era desconhecido e nenhuma outra criança tinha jamais tido aquele nome especial. 

ACONTECIMENTOS ESPECIAIS  - DURANTE A NOITE SAGRADA

Ash-Shaffa não foi a única pessoa a testemunhar acontecimentos milagrosos nesta noite muito especial de nascimento do Profeta Muhammad (s.a.w.). No reino dos Chosroes, as fortificações abanaram, os varandins ruíram, enquanto as águas do Lago Tiberíades baixa-ram e a famosa chama da Pérsia, que não se apagava desde que tinha sido acesa mil anos antes, de repente e sem explicação possível, extinguiu-se. Nos céus, meteoros foram comandados para estarem de guarda como que para evitarem que os demónios ouvissem as notícias que os anjos traziam acerca dos acontecimen-tos desta muito abençoada noite.

O BEM INFORMADO JUDEU 

Entre os cidadãos de Meca havia vários Judeus, um dos quais era bom conhecedor das escrituras. Ele sabia, através dos seus estudos e dos sinais do tempo, que o nascimento de um novo Profeta estava iminente e, ansiosamente, esperava a sua chegada. Na noite em que o Profeta Muhammad (Sallallahu alaihi wassallam) nasceu, um estranho sentimento apoderou-se dele que o impeliu a apressar-se para a porta de sua casa e a perguntar a alguns homens da tribo Coraixita, que pas-savam por ali, se eles tinham conhecimento de alguns nascimentos naquela noite. Os homens da tribo respon-deram que não tinham conhecimento de nenhum, por isso ele pediu-lhes que fossem e indagassem e em seguida que lhe mandassem dizer. 

Ele sentia dentro de si a certeza que esta era a noite na qual o novo Profeta tinha nascido, e se os seus sen-timentos estivessem correctos, ele sabia que ele real-mente seria capaz de reconhecê-lo através de uma mar-ca especial e proeminente na sua pele e que se situava entre os seus ombros. Algum tempo mais tarde, os ho-mens da tribo regressaram junto do Judeu expectante e contaram-lhe que, na realidade, Hazrat Amina, viúva de Abdullah, filho de Abdul Muttalib, tinha tido um filho. O Judeu pediu-lhes que o levassem para ver o recém-nas-cido e sua mãe, por isso rapidamente se puseram a ca-minho da casa de Abu Talib. Quando ali chegaram, Haz-rat Amina apresentou-lhes o seu querido filho e quando o pano que o cobria foi delicadamente puxado para trás, o Judeu viu a inquestionável marca e desmaiou. Quando recuperou a consciência, ele anunciou que a Profecia tinha sido retirada aos Filhos de Israel e disse: "Ó povo de Coraixe, por Deus, ele conquistar-vos-á de tal modo que as notícias correrão de este a oeste". A marca a que o Judeu se referia era redonda e dizia: "Não há nenhu-ma outra divindade a não ser Allah e Muhammad é o Seu Profeta", e era a partir desta marca identificadora que se exalava o doce aroma de almíscar.

A DECISÃO DE HAZRAT AMINA  - E ABDUL MUTTALIB

Abdullah era um homem jovem quando morreu e, portanto, tinha muito pouco para deixar a sua mulher e ao seu filho ainda não nascido. Tudo o que lhes pode deixar foi um criado abissínio chamado Barakah, que significa bênção, alguns camelos e algumas cabras. Barakah era também conhecido por Umm Ayman. Du-rante os primeiros dias de vida do nosso amado Pro-feta, Barakah ajudou a sua mãe a tomar conta dele e Shuwaybah, que assistiu ao seu nascimento, tornou-se a sua primeira ama-de-leite. Naqueles dias era comum a prática das famílias nobres e com posses entregar os seus bebés recém-nascidos ao cuidado de boas famí-lias que vivam longe de Meca, onde a criança estivesse menos sujeita a contrair as muitas doenças que dema-siadas vezes acompanhavam os peregrinos. Entre as muitas vantagens de mandar um recém-nascido para ser criado no deserto, era porque lá o árabe era falado na sua mais pura forma, e o facto de falar árabe puro era uma qualidade muito procurada.

Os jovens também aprendiam a arte essencial da sobrevivência através do amor e carinho mútuos de uns para os outros, o que por sua vez conduzia a excelen-tes modos e a uma natureza cavalheiresca. Tendo isto em mente, a sua mãe Hazrat Amina e seu avô Abdul Muttalib decidiram mandar Muhammad para ser criado no deserto.

HALIMA

Logo após o seu nascimento, várias famílias Beduínas fizeram a sua jornada bianual a Meca à procura de uma criança para criar. Não era necessário nenhum imposto por parte dos pais adoptivos como se poderia supor, mas antes, a intenção era fortificar os laços entre os nobres e as famílias ricas e talvez receber algum favor dos seus pais ou parentes. Entre as possíveis mães adoptivas estava uma senhora chamada Halima, filha de Abdullah Al Sadiyyah, da tribo de Banu Hawazin. A família de Halima sempre tinha sido pobre e esse ano tinha sido particularmente difícil para eles, devido à seca que devastou a área. Halima tinha um bebé seu. Um dia, ela, juntamente com o seu marido Abi Kabshah e o bebé viajou na companhia de outras famílias da sua tribo até Meca. Halima transportava o seu filho montada no burro deles, enquanto o seu marido caminhava ao seu lado e as ovelhas corriam ao lado deles. Quando viajavam, o leite das ovelhas tinha sido sempre uma fonte constante de alimentação, mas a dificuldade da jornada levou a melhor e o leite das ovelhas secou. O próprio leite de Halima era insuficiente para satisfazer o seu bebé que, muitas vezes, chorava de fome até adormecer. Ainda antes de alcançarem Meca, houve outro contratempo, o burro de Há-lima começou a mostrar sinais de coxear e, portanto, eles continuaram lentamente no seu próprio ritmo, enquanto os outros continuaram o seu caminho. Devido ao atraso, Halima e a sua família foram os últimos candidatos a pais adoptivos a chegarem a Meca. Quando chegaram, cada uma das outras candidatas a mães adoptivas tinha já visitado as casas dos pais que desejavam mandar os seus recém-nascidos para a segurança do deserto, e tinham já escolhido um bebé. Porém, o plano de Allah era que todos declinassem a oferta de levarem o bebé de Hazrat Amina por causa de ele ser órfão, e assim quando Halima chegou ele era o único disponível. Quando Halima entrou na casa de Hazrat Amina ela encontrou o pequeno bebé a dormir embrulhado num xaile de lã branca, debaixo do qual tinha sido colocada um pedaço de seda verde. Ins- tantaneamente, apenas com um olhar, da mesma ma-neira que o coração da mulher do Faraó se enchera de amor para com o bebé Moisés, Allah encheu o coração de Halima com um amor extremo. Halima ficou exta-siada com a beleza do bebé e, à medida que se dobrava para pegar nele, sentiu o cheiro da delicada fragrância do almíscar. Com medo de o perturbar, ela colocou a sua cabeça sobre o peito dela e, enquanto o fazia, ele sorriu, em seguida abriu os olhos e deles irradiava uma luz maravilhosa. Gentil e amorosamente ela beijou-o en-tre os olhos e ofereceu-lhe o seu seio direito e imediata-mente sentiu uma golfada de leite; ele aceitou o seu seio e avidamente mamou. Passado algum tempo ela ofere-ceu-lhe o seu seio esquerdo, mas mesmo nesta tenra idade a justiça era-lhe inerente à sua natureza, e ele recusou deixando o seio para o seu recém-irmão de leite. Mais tarde nesse dia, Halima regressou para junto do seu marido e contou-lhe que não tinha dúvida na sua mente que ela queria adoptar o bebé de Hazrat Amina – não importava para ela que o bebé fosse órfão, ou que futuros favores não pudessem ser possíveis. O bebé tinha cativado completamente o seu coração.

A LIGAÇÃO

É através do leite alimentício que uma mãe adoptiva transmite a força e que o bebé ganha uma família alar-gada, na qual o casamento entre filhos dos mesmos pais não é permitido. E foi assim que a criança adoptiva de Halima se referiria a ela, alguns anos mais tarde, como sua mãe, e aos seus filhos como seus irmãos e irmãs.

Logo desde o início que a ligação entre Halima e o seu filho adoptivo provou ser uma grande bênção não só para a sua família mas também para toda a tribo e, posteriormente, para todo o seu povo.

A NOITE DE PAZ

Enquanto Halima alimentava o bebé de Hazrat Amina, o seu marido, Abi Kabshah, foi vigiar as suas ovelhas e ficou muito surpreendido ao encontrar as suas tetas cheias de leite. Quando as mugiu havia tanto leite que foi mais que suficiente para alimentar toda a família, pois que nessa noite eles beberam a sua parte e dormiram calmamente. Quando acordaram, Abi Kabshah excla-mou: "Halima, eu vejo que escolheste um espírito aben-çoado; reparaste como passamos uma noite abençoada e estamos a desfrutar dos seus benefícios?"■ 

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 25/12/2014.

ZAKAT, SADAKA E O TRABALHO – 11ª. Parte - Final

AssalamoAleikumWarahmatulahWabarakatuhu(Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) 
BismilahirRahmaniRahim(Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK

O ZAKATE E OS ÓRFÃOS 

“Tens reparado naquele que desmente a religião (nega as recompensas e os castigos do Dia do Juízo Final)? Esse é quem repele o órfão. E não incentiva os outros a alimentarem o pobre (e ele também não o faz) …”.Cur’ane 107:1, 2 e 3.

Nos tempos mais antigos, as guerras e as doenças deixavam muitas crianças órfãs, com poucas possibilidades de sobrevivência. Outros órfãos herdavam fortunas dos seus pais, sem que tivessem condições de as assegurar convenientemente. O Profeta (SalalahuAleihiWassalam) também foi um órfão e na tenra idade foi entregue aos cuidados do seu avô e depois de um dos seus tios. Durante a sua vida, defendeu os direitos dos outros órfãos, incentivando as pessoas para os tratar bem, pois tinham direitos de serem educados, alimentados e de conservarem a herança dos seus pais. Uma das frases mais famosas do Profeta (SalalahuAleihiWassalam) foi quando referiu: “Eu e o guardião do órfão, estaremos juntos no Paraíso”.Ahman e AtTirmizi.

Em algumas situações alguns se aproveitam dos bens dos órfãos, não lhes dando os seus direitos enquanto menores (alimentação, vestuário e educação) e quando atingem a maioridade, defraudando-os na devolução dos bens que herdarem dos seus parentes, trocando os bons pertences por outros de valores irrisórios. “Concedei aos órfãos os seus patrimónios. Não devorais os seus bens misturando-os com os vossos, porque isto é um grande pecado”.Cur’ane 4:2. Nos tempos da Jahillia, alguns mal intencionados ao tomarem conta de meninas órfãs casavam-se com elas, com a intenção de ficarem as suas fortunas, tratando-as injustamente. Com o advento do Islam, os tutores tiveram dúvidas se casando com as órfãs, se seriam capazes de as tratar com justiça, de modo a não incorrerem à ira de Deus. O Cur’ane responde às suas preocupações, aconselhando-os a casarem com mulheres das suas escolhas, que não sejam órfãs a seu cargo. Cur’ane 4:127. Quem proteger e tomar conta de órfãos pobres da mesma maneira como trata os seus filhos, terá uma grande recompensa por parte de Allah, o melhor dos protectores. O Profeta (SalalahuAleihiWassalam) referiu: “A melhor casa é aquela em que o órfão é tratado com bondade”. IbnMajá. 

A herança do órfão está sujeita à contribuição do Zakat, como estaria se os seus pais estivessem vivos. O Profeta (SalalahuAleihiWassalam) referiu: “Façam comércio com os fundos dos órfãos para que os mesmos não sejam esgotados pelo Zakate”.At–Tabarani. O islão recomenda que o dinheiro deve criar riqueza e não ser simplesmente guardado. O tutor deverá criar as melhores condições para proteger a fortuna do órfão, de modo que ele a receba na íntegra, quando atingir a idade adequada para gerir o que é dele. 

“Não disponhais do património do órfão, senão da melhor forma possível, até que atinjam a maioridade”.Cur’ane 6:152. Assim, o tutor dos órfãos acaba por ter duas responsabilidades, uma é tomar conta do órfão como se fosse o seu próprio filho e outra é responsabilizar-se pela sua fortuna, criando condições para que o pagamento do Zakat não diminua os poucos, ou muitos bens. 

O ZAKAT E O FINAL DOS TEMPOS

Abu Huraira (Radiyalahuan-hu) relatou que Muhammad (SalalahuAleihiWassalam) disse: “A Hora (Dia do Juízo) não será estabelecida até que a riqueza aumente tanto que alguém ficará preocupado por não encontrar ninguém disponível para aceitar o Zakat e a pessoa a quem for solicitada para a receber, dirá: “Eu não estou precisando disso”.Bhukari 24:493. 

Referiu o Profeta (SalalahuAleihiWassalam) que chegará uma hora em que a pessoa não terá ninguém para receber a sua Sakada e lhe será respondido: “Se tivesses trazido ontem, eu aceitaria, mas hoje já não estou precisando”. Bhukari 24:505.

APRESSAR A ENTREGA DO ZAKAT 

São pertinentes e atuais, as exortações do Mensageiro de Deus (SalalahuAleihiWassalam) para apressarmos a entrega da caridade (para a satisfação de Deus) porque a morte, a doença e a pobreza podem atingir-nos e não teremos capacidade financeira para isso, porque já teríamos gasto o dinheiro dos necessitados. 

Terminam as mensagens referentes ao tema: “Zakat, Sadaka e o Trabalho”.“Wa ma alainaillalbalágulmubin""E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “WaÁhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”.E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10. “Rabanághfirliwaliwalidaiáwalilmu-mininayau ma yakumulhisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41. 

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

01/01/2015

sexta-feira, dezembro 26, 2014

Barbárie Tribal em Peshawar em nome do Islão - Por: M. Yiossuf Adamgy

A 16 de dezembro de 2014, um grupo de terroristas entrou para a Escola Pública do Exército em Peshawar, no Paquistão e, impiedosamente, matou a tiro cerca de 150 alunos e professores.

Prezados Irmãos, 

Assalamu Alaikum: 

A 16 de Dezembro de 2014 um incidente bárbaro ocorreu em Peshawar. Sete terroristas do Tehrik-e-Taliban lançaram um ataque contra a escola pública do Exército. Os militantes estavam vestidos com o uniforme do Frontier Corps e entraram na escola pela parte traseira. Invadiram o local e mantiveram-no num cerco de nove horas. 

Durante esse tempo, andaram de sala em sala, matando cerca de 141 pessoas, 132 delas estudantes, e ferindo centenas. 

Este é sem dúvida um acto desumano. 

Matar crianças inocentes é um crime tão hediondo que não há nenhuma palavra no dicionário humano para expressar a sua barbárie. 

Qual foi a razão por trás deste ataque? 

O porta-voz do TTP disse: "Nós tomámos esta me-dida extrema como vingança. Vamos atacar cada instituição ligada ao exército a menos que interrom-pam as operações e assassinatos extrajudiciais dos nossos detidos". 

No entanto, isso não é justificação para tais ataques. É como justificar um erro cometendo outro erro. Matar alguém com o fundamento de vingança é o pior crime humano. Tanto a razão como a religião repudiam completamente este acto. Um dos sobreviventes do ataque narrou um aspecto muito estranho do incidente. Ele disse: "Os militantes primeiro pediram-nos para ler a “kalima” e, em seguida, começaram a disparar indiscriminadamente." 

Ao fazerem isso, os autores tornaram-se testemunhas contra o seu próprio acto. Há um versículo muito rele-vante no Alcorão a este respeito, que diz: 

«Quem matar, intencionalmente, um crente, o seu castigo será o inferno, onde permanecerá eterna-mente. Deus o abominará, amaldiçoá-lo-á e lhe pre-parará um severo castigo». (4:93) 

De acordo com este versículo, qualquer um que mata intencionalmente um crente certamente irá para o inferno. 

O relatório acima diz-nos que os militantes mataram as crianças sabendo que eles eram crentes. Assim, eles confirmaram que estavam a cometer um ato que é, sem dúvida, punível. O incidente prova que essas pessoas não têm nada a ver com o Islão. 

Este incidente sangrento deu a hipótese para que os muçulmanos, especialmente da área, reconsiderassem toda a questão. Apenas mais um caso deste tipo foi relatado no passado. Também foi realizado por terroristas islâmicos na cidade de Beslan, na Ossétia do Norte, em 2004. 

Os muçulmanos devem reflectir porque é que esses acontecimentos ocorrem no mundo muçulmano, enquan-to nunca ocorreram no mundo não-muçulmano. 

É um facto que tanto o Paquistão como os Talibã no Afeganistão foram formados em nome do Islão. Mas, o resultado foi contraproducente já que ambos se tornaram centros de atividades não islâmicas. A razão é que tanto o Paquistão como os Talibã foram produtos de reacções negativas, e não produtos do Islão no verdadeiro sentido da palavra. O ditado: “Colherás o que semeares”, vale para ambos. Uma reação nunca pode conduzir a um resultado positivo. Qualquer coisa que vem à existência como resultado da cultura do ódio só pode levar a mais ódio e violência. Isto é o que está a acontecer no Paquistão e no Afeganistão. A condenação deste incidente não é suficiente. Ele exige reavaliação. O acontecimento en-via apenas uma mensagem para o Paquistão e Afeganistão: tanto a ideologia do Paquistão e da ideo-logia Talibã provaram estar erradas. Devem aceitar esse fato e corrigir a sua maneira de pensar. As pessoas dessa área devem realizar uma reforma na sua cultura e promover a cultura do amor. Devem adoptar o caminho da paz e abandonar o caminho da violência. A mensagem certa para o Paquistão e os Talibã é: esque-çam o passado e reconstruam o futuro. 

As pessoas que realizaram este ataque deram-nos o critério para julgar o seu acto, de acordo com um ver-sículo do Alcorão, matar um ser humano inocente é como matar toda a humanidade (05:32). À luz desse versículo, pode-se dizer que o incidente acima foi equi-valente a matar a humanidade inteira 150 vezes. Sem dúvida, não pode haver um crime mais hediondo do que este. 

Agora, qual é a mensagem dada pelo Alcorão para parentes de luto? Há, também, um versículo muito relevante no Alcorão a este respeito. Ele diz: «E pre-veni-vos contra a intriga, a qual não atingirá apenas os iníquos dentre vós; sabei que Deus é Severíssimo no castigo» (08:25). Este é um versículo alarmante para os parentes dos inocentes que foram mortos. É um facto que este tipo de incidentes no Paquistão já se arrasta há mais de 50 anos. No entanto, o povo do Paquistão tem permanecido quase indiferente…Os assassinatos em Peshawar mostram que permanecer indi-ferente a tais questões não é uma opção. As pessoas têm que se esforçar para impedir estes atos, caso contrário, tornar-se-á também vítima. De acordo com um Hadith, Deus ordenou que os anjos derrubassem uma cidade, porque o seu povo estava envolvido em atos de maldade. Os anjos disseram: "Ó Deus! Há uma pessoa que vive na cidade que O adora dia e noite, e não está directamente envolvida em qualquer mal." Deus respondeu: "Derrubem a cidade junto com essa pessoa, pois ele não tentou parar o seu povo de fazer maldades". 

Um aspeto dos assassinatos em Peshawar foi que foram realizados por um grupo militante da área. O outro aspecto é que a militância na área tinha sido constante, desde há muito. Mas, o seu povo era indiferente, pois considerava-se seguro. O Alcorão dá-lhes o aviso de que a indiferença em tais assuntos não pode mantê-los seguros. A indiferença é a participação indirecta, que aos olhos de Deus é tão má quanto o envolvimento directo. 

Por conseguinte, os parentes dos mortos têm duas escolhas. Uma delas é tornar-se vítima de pensamentos negativos. Isso, no entanto, significa tomar a opção do assassinato psicológico, depois de testemunhar a morte física. Os parentes devem orar neste momento. No que se refere às crianças, há uma oração na Bíblia: "Deixem que as crianças venham a mim e não as impeçais, porque delas é o reino dos céus". A outra opção é descobrir a sua falha a este respeito. Os parentes de luto e amigos devem abrir mão da sua indiferença, e devem fazer todos os esforços para acabar com esta situação. Devem dizer ao povo da sua área para abandonar a versão violenta do Islão e adotar a versão pacífica do Islão. Se os amigos e parentes das almas que partiram fizerem isso, então ficará registrado na história que essas pessoas foram capazes de converter o que poderia ter sido negativo em algo positivo para tornar o mundo mais seguro para todos, inclusive para os nossos filhos.

Obrigado. Wassalam. 

M. Yiossuf Adamgy - 25/12/2014.