sábado, setembro 28, 2019

O Alcorão é um dos livros mais influentes da História.

Para quase dois bilhões de muçulmanos, espalhados em pelo menos 40 países do mundo ou um terço da humanidade, ele é a Palavra textual de Deus. É um belo poema, uma oração e um código de leis que se sobressai por sua pureza de estilo, sabedoria e verdade, constituindo por essas características uma força indutora de comportamento religioso, social e político da humanidade.

Muhammad (SAWS), que nasceu em Meca, na Arábia, em 570 d.C. e faleceu aos 62 anos em Medina, foi o Porta-Voz de Deus à humanidade e seu livro, o Alcorão.

Sobre ele, afirmou que “se um livro pudesse por as montanhas em marcha ou fazer a terra rachar ou os mortos falarem, esse livro seria o Alcorão.” (13:13) E sua função religiosa está bem delineada: “Fizemos descer sobre ti o livro, com a verdade, para a instrução de to-dos os homens. Quem seguir a senda da retidão, fá-lo-á em seu benefício e quem se desencaminhar fá-lo-á em seu prejuízo. Não és responsável por eles.” — 39:41

As imagens e expressões que lhe caracterizam refletem o meio e a época em que o Alcorão foi revelado: um meio de desertos e oásis, de comércio rudimentar e de atividades agrícolas-pastoris.

Muhammad (SAWS),, o Profeta, transmite a mensagem em uma linguagem que eles entendam. Prescrevendo ao homem uma vida de submissão à vontade divina, esta mensagem rapidamente espalhou-se pelo mundo: da Índia à Espanha e, durante a época áurea da civilização islâmica, muitas nações diferentes foram unidas em uma grande fraternidade.

O Alcorão compreende 114 capítulos (Suras) revelados por Maomé, dos quais 86 em Meca e 28 em Medina; e compreende nada menos que 6236 versículos. Cada capítulo é uma preleção, na qual os ouvintes são exortados a seguir determinadas normas morais ou a aplicar determinadas leis; ou mesmo a crer em determinadas verdades, extraindo conclusões dos fatos históricos que lhes são narrados.

Em síntese, o conteúdo do Alcorão representa um dogma, o da religião islâmica; uma lei, a lei corânica, que compreende os códigos penal, civil, constitucional e militar; normas para o comportamento individual e social; e narrativas históricas.

Dessas narrativas, muitas são referidas pelos textos bíblicos, como a criação de Adão e Eva e sua expulsão do Paraíso, a história de José e seus onze irmãos, a perseguição do Faraó aos judeus e seu êxodo para a Terra Prometida, a história de Salomão e da rainha de Sabá, o nascimento de Jesus Cristo e diversos outros, com grandes semelhanças em relação às versões da Bíblia.

Circunscrevê-lo, no entanto, apenas ao mundo muçulmano seria um erro, por sua amplitude e poderosa convocação para que o homem se enobreça com a comunhão da Palavra revelada.

O Alcorão apresenta Jesus Cristo como um profeta que anunciou a vinda de Maomé: “Sim, o Messias, Jesus, filho de Maria, é o Profeta de Deus, sua Palavra, que ele lançou em Maria, um Espírito emanado dele.” — 4:171

Diz-nos Muhammad (SAWS),

Se todas as árvores da terra fossem cálamos, e o mar, e mais sete mares fossem tinta, não esgotariam as palavras de Deus, o Poderoso, o Sábio. — 31:27

De vós deve surgir uma nação que pregue o bem, e recomende a probidade, e proíba o ilícito. Esse é o caminho da vitória. — 3:104

Ó meu povo, sede justos na medida e no peso e em nada lesai os outros, e não corrompais a terra. — 11:85
Deus não muda o destino de um povo até que o povo mude o que tem na alma. — 13:11

Sabei que a vida terrena nada é senão um divertimento e um jogo, e adornos e fútil vanglória, e rivalidade entre vós à procura de mais riquezas e filhos. Assemelha-se a vegetação que se segue a uma chuva. — 57:20

Fonte: www.dhnet.org.br
Alcorão

O Alcorão é a maior dádiva de Deus à humanidade e a sua sabedoria é de uma espécie única, exposto, em termos breves, o propósito do Livro consiste em ser o receptor das revelações divinas, o qual restaura a eterna verdade de Deus, como guia da humanidade no caminho certo.

O Alcorão é a palavra de Deus revelada ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do Arcanjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), a qual ultapassa a imaginação humana para se produzir uma obra desta grandeza.
Os contemporâneos de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival.

Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão ou seja a palavra de Deus.

O segundo fato acerca deste Livro é a autenticidade do seu conteúdo e a ordem em que estão distribuídas várias matérias, a autenticidade do Alcorão não deixa dúvidas pela sua pureza, originalidade e integridade do seu texto.

Investigadores e estudiosos qualificados, muçulmanos e não muçulmanos, concluiram, já que o Alcorão de hoje é o mesmo Livro que Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebeu, ensinou, por ele viveu, e o legou à humanidade há mais de 14 séculos.

Algumas observações podem ilustrar a autenticidade do Alcorão:

1º- O Alcorão foi revelado em fragmentos, a palavra Alcorão significa Livro por excelência.

Diz Deus no Alcorão:

”Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;” (2ª Surata, versículo 2)
A composição do Alcorão e as revelações graduais das suas passagens foram os planos e desejos de Deus, desejos pelos quais Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e os seus companheiros lutaram.

Diz Deus no alcorão:

”Os incrédulos dizem: Por que não lhe foi revelado o Alcorão de uma só vez? Saibam que assim procedemos para firmar com ele o teu coração, e o te ditamos em versículos, paulatinamente.” (25ª Surata, versículo 32)

E disse ainda:

”Não movas a língua com respeito ao Alcorão para te apressares para sua revelação. Porque a Nós incumbe a sua compilação e a sua recitação;” (75ª Surata, versículo 16-17)

2º- Os árabes distinguiram-se pelo seu apurado gosto literário, pelo que conseguiram gozar e apreciar as boas peças de literatura, que o Alcorão lhes facultou. Sentiram-se movidos pelo seu tocante tom e atraídos pela sua extraordinária beleza, encontrando nele a maior satisfação e a mais profunda alegria, ao ponto de memorizar a maior parte do Livro.

O seu estilo rítmico continua a ser admirado e acarinhado por todos os muçulmanos e por muitos não-muçulmanos.

3º- Hoje, muitos muçulmanos, homens e mulheres, fazem a recitação diária de uma parte do Alcorão, em orações e vigílias noturnas. A recitação do Alcorão é para os muçulmanos uma forma elevada de adoração e uma prática diária.

4º- Os árabes admiraram sempre bons poemas, distinguindo-se como autores de boa literatura, foram distinguidos pela sua sensibilizada memória em que a literatura ocupou sempre o lugar de relevo. O Alcorão foi reconhecido por todo povo árabe de gosto literário, como inimitável, por isso, eles apressaram-se a memorizá-lo, mas da mais notável e respeitosa maneira.

5º- Durante a vida do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), houve escribas notáves e registradores nomeados para as revelações, quando o Mensageiro de Deus Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebia uma revelação um versículo ou uma mensagem de Deus através do Anjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), dava imediatamente instruções aos seus escribas para os registrar sob a sua supervisão.

O que era registrado era verificado e autenticado pelo profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), todas as palavras eram revistas e cada passagem era posta na devida ordem.

6º- Passado algum tempo, as revelações completaram-se e os muçulmanos estavam de posse de registros completos do Alcorão, foram recitados, memorizados, estudados e usados para todos os propósitos diários. Quando uma discrepância surgia, o assunto era levado ao próprio profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para se decidir se estava de harmonia com o texto, significado e entoação.

7º- Depois da morte de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o Alcorão estava confiado à memória de muitos discípulos e em numerosas tábuas de registro. Mas isso ainda não satisfazia Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com Ele), o primeiro Califa que receou que a morte de alguns memorizadores em batalhas, pudesse trazer sérias confusões acerca do Alcorão. Por isso, ele consultou autoridades especializadas e depois encarregou Zaid Ibn Thabit (que Deus esteja satisfeito com Ele).

O escriba chefe das revelações de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), de fazer uma compilação padrão do Livro Sagrado, tal como foi autorizado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sendo assim ele o fez, sob a supervisão dos companheiros do Profeta, que tinham ouvido e memorizado o Alcorão do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).

A versão completa e final foi verificada e aproveitada por todos os muçulmanos que tinham ouvido o Alcorão do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e o guardavam na memória e no coração.

Isto aconteceu menos de dois anos após da morte do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), as revelações estavam ainda frescas e vivas na memória dos escribas, memorizadores e outros discípulos mais chegados.

8º- Durante o califado de Uthman, cerca de quinze anos depois da morte de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ficou completa a compilação de várias revelações recebidas pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), num Livro, o Alcorão.

Seguidamente, fez-se a primeira difusão de várias cópias do Alcorão, em diversos territórios, muitos dos habitantes nunca tinham visto ou ouvido o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), por razões geográficas e fatores regionais, conheciam alguns textos do Alcorão com elevadas distorções de acentuação.

Diferenças de recitação e entoação começaram a surgir e a causar dicussões entre os muçulmanos, Uthman (que Deus esteja satisfeito com Ele), o segundo Califa atuou rapidamente para resolver esta situação, depois de mútuas consultas com todas as autoridades especializadas, foi constituída uma comissão de quatro escribas da época da revelação, que atuaram junto ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), na compilação do Livro Sagrado.

Todos os textos em uso foram recolhidos e substituídos por uma cópia padrão que passou a ser usada de acordo com a acentuação e dialeto árabe Coraixita, o mesmo e verdadeiro dialeto com acentuação do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).

Esse dialeto foi adotado porque era o melhor de todos os dialetos e o único no qual o Alcorão foi revelado, E a partir desta época, a mesma versão-padrão tem sido usado por milhões de muçulmanos em todas as partes do mundo, sem a mais pequena alteração em palavras ou ordem ou de quaisquer sinais de pontuação.

Por estas observações, os investigadores sérios concluem que o Alcorão se mantém hoje, tal qual, como quando a sua revelação e assim se conservará para sempre, nunca lhe foi acrescentado nada; nunca houve nele qualquer omissão ou corrupção, a sua história é tão clara como o dia; a sua autenticidade é indiscutivel, e não resta dúvida alguma de sua completa preservação.

O Alcorão está cheio de sabedoria sem exemplo; com respeito à sua origem, características e dimensões, a sabedoria do Alcorão deriva da sabedoria de seu autor que não poderia ter sido outro senão Deus Louvado Seja, o Todo Poderoso.

Também deriva da compulsória força do Livro de Deus que é inimitável, o qual é um desafio a todos os homens de letras e de conhecimentos, as soluções práticas que oferece para os problemas humanos e os nobres objetivos que contém para o ser humano, marcam a sabedoria do Alcorão como sendo de natureza e características especiais.
Dinamismo

Uma das maiores características da sabedoria do Alcorão é que não é estatíca ou do tipo que não consinta qualquer inovação, é uma espécie de sabedoria que provoca a mente e acelera o coração, nesta sabedoria misturam-se o dinamismo e a movimentada força atestada pela evidência histórica, tal como no próprio Alcorão.

Quando o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), lançou primeiramente o chamamento de Deus, a sua única força foi o Alcorão e a sua única sabedoria foi a sabedoria do Alcorão, o dinamismo penetrante do Alcorão é tremendamente irresestível.

Há numerosos exemplos que mostram que as mais dinâmicas personalidades e os mais conclundentes argumentos não poderam atingir o realismo da sabedoria dinâmica do Alcorão, Deus fala do Alcorão como uma ”Ruh”, ou espírito de vida, e como uma luz com as quais os servos de Deus são guiados para o caminho da justiça.
Deus diz no Alcorão

”E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do que conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta. A senda de Deus, a quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. Acaso, não retornarão a Deus todas as coisas?” (42ª Surata, versículos 52-53)

As palavras ”Ruh” e ”Sad”, que significam que o Alcorão origina a vida, estimula a alma, irradia a luz que ilumina os corações dos tementes a Deus, este é o gênero de dinamismo espiritual do qual nos fala o Alcorão.

Praticabilidade

Outra característica significativa do Alcorão é a sua praticabilidade, não condescende com o pensamento ambicioso, nem faz com que os ensinamentos demandem o impossível ou flutuem num mar de rosas de ideais que não se podem atingir.


O Alcorão aceita o ser humano pelo que ele é e exorta-o a tornar-se o que ele pode ser, isto não torna o ser humano como uma criatura sem esperança, condenada desde a nascença até a morte e afogado em pecados desde o berço até o túmulo, mas considera-o como um ser honrado e dignificado.


A praticabilidade dos ensinamentos do Alcorão está estabelecida pelos exemplos doProfeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),e os muçulmanos através dos anos, essa característica do Alcorão faz com que os seus ensinamentos estejam ligados ao bem estar do homem e são baseados nas possibilidades ao seu alcance.
Moderação


A terceira característica do Alcorão é a moderação ou harmonia entre o Divino e o humano, o espiritual e o material, o individual e o coletivo, o Alcorão dá a devida atenção a todos os fatos da vida e a todas as necessidades do homem, de forma a ajudá-lo a realizar os nobres objetivos do seu ser.

Diz Deus no Alcorão:

”E, deste modo ó muçulmanos, constituímo-vos em uma nação de centro, para que sejais testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro o será para vós. Nós não estabelecemos a quibla que tu ó Muhammad seguias, senão para destinguir aqueles que seguem o mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança seja penosa, salvo para os que Deus orienta. E Deus jamais anularia vossa obra, porque é Compassivo e Misericordiosíssimo para com a humanidade.” (2ª Surata, versículo 143)
E disse ainda:

”Sois a melhor nação que surgiu na humanidade porque recomendais o bem , proibis o ilícito e credes em Deus.” (3ª Surata, versículo 110)

A sabedoria do Alcorão funciona em três dimensões principais: interiormente, exteriormente e superiormente.

Interiormente, penetra nos mais recôndits cantos do coração e dirige-se às mais longínquas profundezas do pensamento, está ligado à salutar cultura interior do indivíduo. Está penetração interior é diferente e afasta-se profundamentede qualquer outro sistema legal ou ético, porque o Alcorão fala em nome de Deus e refere-se a todos os assuntos.

A função exterior do Alcorão alberga todos os passos da vida e cobre os princípios de todo o camo das relações humanas, desde os casos mais pessoais às complexas relações internacionais.

O Alcorão atinge áreas desconhecidas para qualquer sistema jurídico ou código de ética, isso faz com que a presnça de Deus recaia em todos os negócios, e as reconheça como primeira origem de direção e a última meta de todas as transações, é um guia espíritual do homem, o seu sistema legislativo, o seu código de ética e acima de tudo o caminho da sua vida.

Na sua superior função de guardião, o Alcorão se assenta no Supremo Poder de Deus, tudo o que foi, ou é, ou que será, deve ser canalizado através deste foco da presença de Deus no Universo, o homem é meramente um depositário do vasto domínio de Deus e o único fim da sua criação é adorar a Deus.

Isto não é pretexto para separação ou para uma passiva retirada da vida, é um convite aberto ao ser humano para ser a verdadeira encarnação na terra das excelentes qualidades de Deus.

Quando o Alcorão na sua superior atenção foca Deus, abrem-se diante do homem novos horizontes de meditação, eleva-se a padrões sem exemplo de alta moralidade, e familiariza-se com caminho eterno da paz e da bondade, realizando Deus só como a última de atingir pelo homem, é a revolução contra as tendências populares no pensamento humano e as doutrinas religiosas, uma revolução cujos objetivos é livrar o pensamento da dúvida, libertar a alma do pecado e emancipar a consciência da subjugação.

Em todas as suas dimensões a sabedoria do Islam é concludente, não condena ninguém, nem tortura a carne, nem faz com que ela abandone a alma, não pretende humanizar Deus e nem divinizar o ser humano, estátudo cuidadosamente colocado aonde pertence no esquema total da criação.

Há uma relação proporcional entre ações e recompensas, entre meios e fins, a sabedoria do Alcorão não é neutra e clama verdade no pensamento, piedade nas ações, unidade de propósitos e boa vontade nas intenções, este é sem dúvida o Livro, com seu rumo correto.

Diz Deus no Alcorão:

”Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;” (2ª Surata, versículo 2)

E disse ainda:

”Alef, Lam, Ra. Um Livro que te temos revelado para que retires os humanos das trevas e os transportes para a Luz, com a anuência de seu Senhor, e os encaminhes até à senda reta do Poderoso, Laudabilíssimo.” (14ª Surata, versículo1)

”Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz.” (4ª Surata, versículo 174)

”Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, senão de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.” (4ª Surata, versículo 82)

”Este é o Livro (o Alcorão) veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele nem pela frente, nem por traz, porque é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo.”
(Alcorão Sagrado 41ª Surata, versículos 41 e 42)

Fonte: www.islam.org.br

ORIENTAÇÃO NO ISLÃ

Deus guia quem Ele quer, no entanto, esta bênção não é dada arbitrariamente. Está imbuída de um livre arbítrio e existem fatores que tornam alguém digno ou indigno dela.

Deus, por Sua graça, misericórdia e generosidade guia quem Ele quer e através da Sua justiça desvia a quem Ele quer. A orientação de Deus, como muitos convertidos ao Islã poderão afirmar, reluz mais que o sol. Aquele que é guiado realmente conhecerá a Deus, saberá que Ele é Único, estará em paz de espírito, conectado a Ele através da oração. Saberá o que o verdadeiro propósito da vida é ter certeza que há outra vida para a qual se deve preparar-se, fazendo boas ações. "Deus é o Guardião (aliado) daqueles que creem. Ele os tira das trevas para a luz." (Alcorão 2:257)

Deus não deixou a humanidade sem orientação

Deus não abandonou a humanidade depois de criá-la. Ele sempre mostrou o caminho que leva a Ele. Cabe então às pessoas decidirem se querem buscar e se beneficiar dessa orientação ou não. "Porém, logo vos chegará (Adão e seus descendentes) a Minha orientação (na forma de um profeta ou livro sagrado), e quem seguir a Minha orientação, jamais se desviará, nem será desventurado." (Alcorão 20:123) 

"De pronto lhes mostraremos os Nossos sinais em todas as regiões (da terra), assim como em suas próprias pessoas, até que lhes seja esclarecido que ele (o Alcorão) é a verdade." (Alcorão 41:53)

Atos que tornam alguém digno de orientação

Há certos atos que quando realizados, são razões para Deus guiar alguém para Ele. 

1. Arrependimento

"Em verdade, Deus desencaminha a quem Ele quer e orienta para Si aqueles que se voltam para Ele em arrependimento." (Alcorão 13:27) Todo mundo comete erros e os melhores entre os que cometem erros são aqueles que se voltam para Deus em admissão de seus erros e buscam o Seu perdão. 

2. Ser grato

"Não reparas, acaso, nos navios, que singram os mares pela graça de Deus, para mostrar-vos algo dos Seus sinais? Sabei que nisto há sinais para o perseverante, agradecido." (Alcorão 31:31) 

"Isto provém da graça de meu Senhor, para verificar se sou grato ou ingrato." (Alcorão 27:40)

"Se Me agradecerdes, multiplicar-vos-ei; se Me desagradecerdes, sem dúvida que o Meu castigo será severíssimo." (Alcorão 14:7)

As bênçãos de Deus não podem ser contadas. Ele nos criou a partir do nada e nos abençoou com a vida, visão, audição, fala e intelecto para que possamos refletir e mostrar gratidão a Ele.

3. Veracidade

Deus aprecia veracidade, não só com os outros, mas consigo próprio também. Quando o Caminho Reto torna-se evidente, deve-se ser verdadeiro consigo mesmo e abraçá-lo. 

"Deus dirá: 'Este é o dia em que a lealdade dos verazes ser-lhes-á profícua.'" (Alcorão 5:119)

"Deus recompensa os verazes, por sua veracidade, e castiga os hipócritas como Lhe apraz; ou então os absolve. Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo." (Alcorão 33:24)

4. Buscar o prazer de Deus

"Pelo qual Deus conduzirá aos caminhos da salvação aqueles que procurarem a Sua complacência e, por Sua vontade, tirá-los-á das trevas e os levará para a luz, encaminhando-os para a senda reta (monoteísmo islâmico)." (Alcorão 05:16) Significando que Deus guiará a Ele quem realmente busca por Ele e pela Sua aceitação. 

Atos que tornam alguém indigno de orientação

Da mesma forma, existem características e atos que não agradam a Deus e que são razões para alguém não ser guiado. 

1. Não acreditar Nele e Seus sinais

Ser obstinado em aceitar a senda reta. "De fato, Deus não orienta os incrédulos." (Alcorão 5:67) 

2. Transgressão

Aqueles que conscientemente e intencionalmente cometem transgressão e injustiça. "De fato, Deus não orienta os malfeitores." (Alcorão 2:258) 

"E Deus não orienta os rebeldes desobedientes." (Alcorão 5:108)

3. Mentir

"Deus certamente não orienta quem persistir na mentira e na descrença." (Alcorão 39:3) 

4. Esbanjamento excessivo

"E não serão nem as vossas riquezas, nem os vossos filhos que vos aproximarão dignamente de Nós; outrossim, serão os crentes, que praticam o bem, que receberão uma multiplicada recompensa por tudo quanto tiverem feito, e residirão, seguros, no empíreo." (Alcorão 34:38) 

5. Arrogância

"Afastarei dos Meus versículos aqueles que se envaidecem sem razão, na terra e, mesmo quando virem todo o sinal, nele não crerão; e, mesmo quando virem a senda da retidão, não a adotarão por guia. Em troca, se virem a senda do erro, tomá-la-ão por guia. Isso porque rejeitaram os Nossos sinais e os negligenciaram." (Alcorão 7:146) 

"Na verdade, Ele (Deus) não gosta do arrogante." (Alcorão 16:23)

"E no dia em que os incrédulos forem colocados perante o fogo, (ser-lhes-á dito): Aproveitastes e gozastes os vossos deleites na vida terrena! Hoje, porém, sereis retribuídos com o afrontoso castigo por vosso ensoberbecimento e depravação na terra." (Alcorão 46:20)

O Homem não era nada mais que um pequeno embrião e não tem direito de ser arrogante. Foram a arrogância e a inveja que levaram à queda de Satanás.

O arrependimento está aberto a todos

Todas as pessoas cometem falhas, pecados e erros, e enquanto se estiver vivo, nunca é tarde demais para se arrepender sinceramente a Deus e se voltar para Ele. O Profeta Muhammad, que a misericórdia e as bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse: "Deus está mais satisfeito com o arrependimento de Seu servo do que qualquer um de vocês ao encontrar seu camelo perdido no deserto." [1] 

"Dize: Ó servos meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Deus; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo." (Alcorão 39:53)


A Paz esteja convosco.

DIVINDADE DE JESUS, UM FATO HUMANO OU DIVINO?

A diferença crítica entre os ensinamentos de Jesus e a fórmula trinitária reside em elevar Jesus ao status divino - um status que Jesus nega nos evangelhos:

Vamos ver dentro da própria Bíblia Sagrada e na opiniões de historiadores o que diz alguns versículos sagrados.

"Por que me chamas bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus!" (Mateus 9:17, Marcos 10-18 e Lucas 18:19) . "Meu Pai é maior que eu." (João 14:28) "...que nada faço por mim mesmo, mas falo como o Pai me ensinou." (João 8:28). "Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma." (João 5:19) "Mas Eu o conheço, porque venho dele e por Ele fui enviado." (João 7:29) "...e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita." (Lucas 10:16) "Agora que vou para aquele que me enviou." (João 16:5) "Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou."(João 7:16) . "Porque eu não tenho falado de mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar." (João 12:49).

Ver também Mateus 24:36, Lucas 23:46, João 8:42, João 14:24 João 17:6-8, etc.

O que diz a teologia Paulina? Que Jesus é um parceiro na divindade, Deus encarnado. Então, em que uma pessoa deve acreditar? Se em Jesus, então ouçamos o que ele pode ter a dizer:

"O primeiro de todos os mandamentos é, Ouça, Ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor." (Marcos 12:29). "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai." (Marcos 13: 32). "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás." (Lucas 4:8). "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou." (João 5:34) . "Eu não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (João 5:30) . "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (João 6:38). "O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou." (João 7:16). "Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus." (João 20:17)

Meus itálicos nos versos acima não implicam que Jesus falou com essa ênfase, embora ninguém possa afirmar com certeza que ele não falou. Ao contrário, o itálico enfatiza o fato de que Jesus não só nunca reivindicou divindade, mas seria o primeiro a negá-la. Nas palavras de Joel Carmichael: "A ideia dessa nova religião, com ele próprio como sua deidade, era algo que ele [Jesus Cristo] jamais teve o menor indício. Como Charles Guignebert colocou: "Isso nunca cruzou a cabeça dele." Carmichael, Joel. p. 203.

Então, se Jesus nunca reivindicou divindade, então, o que exatamente ele era? Ele próprio respondeu a pergunta:

"Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa." (Marcos 6:4). "Mas Jesus lhes disse: "Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa."" (Marcos 13:57) ."porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém." (Lucas 13:33)

Aqueles que o conheceram admitiram: 

"Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia" (Mateus 21:11). e "Um grande profeta se levantou entre nós." (Lucas 7:16). 

Os discípulos reconheceram Jesus como?  "Ele era um profeta, poderoso em palavras."
(Lucas 24:19. Ver também Mateus 14:5, 21:46 e João 6:14).

Se essas afirmações eram imprecisas, por que Jesus não as corrigiu? Por que ele não definiu sua divindade se, de fato, era divino? Quando a mulher no poço afirmou: "Senhor, eu percebo que tu és um profeta!" (João 4:19), por que ele não a agradeceu pela impressão modesta, mas explicou que havia mais em sua essência do que profecia?

Ou havia?

Jesus Cristo, um simples homem? Podia ser? 

Uma boa parte do mundo religiosamente introspectivo se pergunta: Por que não?" Atos 2:22 registra Jesus como "Varão aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós..." O próprio Jesus disse: "Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido;" (João 8:40). Surpreendentemente, existe uma citação semelhante no Alcorão Sagrado:

Ele (Jesus) disse: ‘Eu sou de fato um servo de Deus. O Qual me concedeu o Livro e me designou como profeta.’" (Alcorão 19:30)

Então Jesus era um "servo de Allah (ou seja, servo de Deus)?" De acordo com a Bíblia, sim. Ou, pelo menos, é o que entendemos de Mateus 12:18: "Vê! Meu servo que escolhi..." Além disso, Atos dos apóstolos traça o crescimento da igreja primitiva para os primeiros trinta anos que se seguem ao ministério de Jesus, mas em nenhum lugar em Atos os discípulos de Jesus o chamam de "Deus". Ao contrário, se referem a Jesus como um homem e servo de Deus.
Homem: ver Atos 2:22, 7:56, 13:38, 17:31; servo de Deus: ver Atos 3:13, 3:26, 4:27, 4:30.

De fato, o único verso do Novo Testamento que apoia a doutrina da Encarnação é 1 Timóteo 3:16.

No passado, alguns teólogos tentaram validar a Encarnação com base em João 1:14 e Colossenses 2:9. Entretanto, em face do criticismo textual moderno esses versos perderam a preferência e por boa razão. João 1:14 fala de "o Verbo", o que de forma alguma implica em divindade e "o único filho do Pai", que de forma alguma é uma tradução precisa. Ambos os assuntos foram discutidos (e desacreditados) em capítulos anteriores. Quanto aos Colossenses, os problemas transcendem a redação incompreensível, começando com o fato simples de que agora se pensa que Colossenses foi forjado. Para detalhes, ver Bart D. Ehrman’s Lost Christianities, página 235.

Entretanto, com relação a esse verso (que afirma que "Deus foi manifesto na carne"), Gibbon nota: "Essa expressão forte pode ser justificada pela linguagem de São Paulo (I Tim. iii. 16), mas somos iludidos pelas nossas bíblias modernas. A palavra ë (o qual) foi alterada para qeèv (Deus) em Constantinopla no começo do século seis: a leitura correta, que é visível nas versões em latim e siríaco, ainda existe no raciocínio dos fundadores gregos e latinos e essa fraude , com a de três testemunhos de São João, é detectada admiravelmente por Sir Isaac Newton.". Gibbon, Edward, Esq. Vol. 5, Chapter XLVII, p. 207.

Fraude? Essa é uma palavra forte. Mas se olharmos para erudição mais moderna, "algumas passagens do Novo Testamento foram modificadas para enfatizar mais precisamente que Jesus era divino.". Metzger, Bruce M. and Ehrman, Bart D. The Text of the New Testament: Its Transmission, Corruption, and Restoration. P. 286.

A Bíblia foi modificada? Por razões doutrinárias? Difícil encontrar uma palavra mais apropriada que "fraude", dadas as circunstâncias.

Em um capítulo intitulado "Theologically Motivated Alterations of the Text (Alterações teologicamente motivas do texto, em tradução livre)" em seu livro Misquoting Jesus, Professor Ehrman elabora sobre a corrupção de 1Timóteo 3:16, que foi detectado não só por Sir Isaac Newton, mas também pelo sábio do século dezoito, Johann J. Wettstein.

Nas palavras de Ehrman, "Um escriba posterior tinha alterado a redação original de modo que não mais se lesse "quem", mas "Deus" (feito manifesto na carne). Em outras palavras, esse corretor posterior mudou o texto de maneira a enfatizar a divindade de Cristo.. Nossos manuscritos mais antigos e melhores, entretanto, falam de Cristo "que" foi feito manifesto na carne, sem chamar Jesus, explicitamente, de Deus." Ehrman, Bart D. Misquoting Jesus. P. 157.

Ehrman enfatiza que essa corrupção é evidente nos cinco primeiros manuscritos gregos. Foram os manuscritos bíblicos corrompidos e não os "mais antigos e melhores" que vieram a dominar os manuscritos medievais e as primeiras traduções para o inglês.  Ehrman, Bart D. Misquoting Jesus. P. 157

Consequentemente, dos tempos medievais em diante, os dogmas da fé cristã sofreram a influência corrompida de uma igreja devotada mais à teologia do que à realidade.

Ehrman acrescenta: "À medida que Wettstein continuava suas investigações, encontrava outras passagens usadas tipicamente para afirmar a doutrina da divindade de Cristo que, de fato, representavam problemas textuais; quando esses problemas são resolvidos com base em críticas ao texto, na maioria dos casos as referências à divindade de Jesus são retiradas.". Greek New Testament. Pp. 573-4.  Ehrman, Bart D. Misquoting Jesus. P. 113.

Dado o mencionado acima, não deve haver muita surpresa no fato de que o Cristianismo do século vinte se expandiu para incluir aqueles que negam a alegada divindade de Jesus. Um sinal significativo dessa percepção é o relatório seguinte do Daily News de Londres:

"Mais da metade dos bispos anglicanos da Inglaterra dizem que os cristãos não são obrigados a acreditar que Jesus Cristo era Deus, de acordo com uma pesquisa publicada hoje."  London Daily News. 25 de junho de 1984.

Vale notar que não só o mero clero foi pesquisado, mas bispos, sem dúvida deixando muitos paroquianos coçando suas cabeças e se perguntando no que acreditar.

Para nós muçulmanos não existe nenhuma dificuldade e aceitar e amar Jesus Cristo (Que a paz esteja com Ele) com Deus (Louvado Seja) o enviou. Um Profeta e Mensageiro. O qual teve a missão de trazer ao mundo o Evangelho. Que é sem dúvidas a Palavra de Deus, daí Ele também ser denominado o Verbo de Deus! (Evangelho de João 1:1). 

Daí perguntamos principalmente aos cristãos trinitaristas, por que acreditar em um ensinamento que não é bíblico?
É incrível  de como a doutrina da trindade foi introduzida e como aqueles que se recusaram a aceitá-la passaram a ser estigmatizados como hereges ou infiéis.
Mas será que devemos realmente basear nossa visão sobre Deus em uma doutrina que não está escrita na Bíblia, e que foi formalizada três séculos depois da época de Jesus Cristo e dos apóstolos, que foi debatida e discutida ao longo de décadas (sem esquecer os séculos desde então), que foi imposta pelos concílios religiosos (Niceia 325 dC e Constantinopla 381 dC, ambos presididos por noviços ou não crentes, e que foi “decidida pelo método de tentativa e erro”?
Na nossa opinião, de maneira nenhuma! Na verdade, devemos olhar para a Palavra de Deus não para ideias de homens . Afinal é através da autêntica Palavra de Deus, que Ele próprio se revela à humanidade. 

A paz esteja convosco.