sexta-feira, fevereiro 07, 2020

OS 4 CAMINHOS PARA A FELICIDADE E PARA O PARAÍSO - 2ª. E ÚLTIMA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Allah).

Abdullah Ibn Salam (Radiyalahu an-hu) referiu que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Ó humanos, (1) difundi a saudação da paz! (2) dai de comer, (3) mantenham os laços familiares e (4) rezai enquanto dormem as pessoas! Deste modo entrareis em paz no Paraíso”. Tirmizi.

3 - MANTER OS LAÇOS FAMILIARES

Não vivemos a sós neste mundo. Primeiro estamos num círculo mais fechado, na companhia dos nossos pais e irmãos. Depois, a nossa família que se alarga com os nubentes, filhos, genros, noras e netos. O círculo seguinte alarga-se ainda mais, englobando os nossos tios, primos (do primeiro e até vários graus), sogros, cunhados e amigos dos nossos pais. É nossa obrigação conhecer os nossos familiares, até aos que consideramos os mais afastados, para não corrermos o risco de romper, por desconhecimento, alguns dos laços familiares. Aos nossos filhos devemos passar esse testemunho, para que os laços familiares continuem a manter-se firmes, mesmo depois da nossa partida. “Aos parentes, conceda-lhes os direitos que lhes são devidos, como também aos necessitados e aos viajantes…” Cur’ane 17:26.

É nosso dever tratarmos os nossos pais com benevolência, carinho e paciência. Eles cuidaram de nós com misericórdia quando éramos pequenos. A satisfação deles é a satisfação de Allah, o nosso Criador e Protetor. O islam recomenda a construção de laços familiares com compaixão, bondade e misericórdia. Devemos ser amáveis com todos os nossos parentes, os próximos, os afastados e mesmo para com os não muçulmanos. Quem acredita em Allah - o Misericordioso, no Seu último Mensageiro e na vida depois da morte, deve manter firme os laços familiares. É um grande pecado a opressão e o corte de relações familiares. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu que: “Allah disse: “Eu Sou Ar-Rahman. Eu criei os laços familiares e denominei de Rahim que obtive da raiz do Meu nome Rahman. Quem ligar o laço familiar eu Me manterei ligado a ele quem o cortar, Eu cortarei (o laço) com ele). Tirmidhi.

4 - REZAR, ENQUANTO DORMEM AS PESSOAS:

O Salat (a oração) é uma obrigação dos crentes. Todos sabem que serão questionados por isso. Os mais virtuosos praticam as orações facultativas e em especial as efetuadas na solidão da noite. Também acordam antes do amanhecer, para a primeira oração da manhã, enquanto outros estão a dormir. Nessa última parte da noite o sono é bem pesado e é difícil sair da cama. Outros jovens saudosos, não encontram forças suficientes para levantar os lençóis. “E pratica durante a noite orações voluntárias, talvez assim o teu Senhor te conceda uma posição louvável”. 17:79.

A oração voluntária de Tahajjud efetuada antes da primeira oração da manhã, permite-nos estar a sós com o nosso Senhor, no silêncio e na tranquilidade da noite. E refere o Cur’ane: “E mantém-te acordado uma parte da noite, para a recitação na Oração de Tahajjud (oração noturna).” 17:79.

Na primeira oração da manhã, enquanto muitos ainda dormem, ouvimos o muazim a chamar-nos: “Venham para a oração, venham para a felicidade. E depois acrescenta: “A oração é melhor do que o sono”. Acordar para a oração de Fajr não é difícil para aqueles que têm fé e Taqwa, porque sabem que esta primeira oração, ainda de madrugada, está carregada de benefícios. Allah Subhanahu Wataala jura pela madrugada, pelo Fajr, jura por aquilo que Ele criou, para dar uma maior ênfase à hora da primeira oração. Quem realiza a oração de Fajr está na protecção de Allah Subhanahu Wa Taala. (Muslim). Os dois rakates de sunat antes da oração obrigatória, foram insistentemente feitas pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), que referiu: “As duas rakats, antes da oração da manhã, são melhores do que tudo o que o mundo contém”. Muslim. 

“ … e recite o Cur’ane no início da madrugada (na oração de Fajr). Na verdade, a recitação do Cur’ane durante a madrugada é sempre testemunhada (pelos anjos)”. Surat Isra 17.78. A recitação do Cur’ane durante o Fajr é testemunhada pelos anjos da noite e do dia. Ibn Majah. Apesar dos anjos testemunharem cada oração e cada ação que praticamos, a menção especial referida no versículo (recitação do Cur’ane durante a primeira oração da manhã), dá-lhe uma importância especial.

Abu Musa (Radiyalahu an-hu) relatou que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassala) dique: “Aquele que pratica as duas orações, de Fajr e Asr, entrará no paraíso”. Bhukari e Muslim. Foi dada uma grande ênfase para não deixarmos de praticar, em especial; estas duas orações (fajr e Asr). Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que os anjos vêm visitar-nos sucessivamente de noite e de dia e todos eles se reúnem no momento das orações de Fajr e Asr. Os anjos que passaram a noite com o crente, ascendem ao céu e Allah lhes pergunta, embora saiba melhor que eles: “Em que estado deixaram os meus servos?”. E os anjos respondem: “Quando os deixamos eles estavam orando e quando os encontramos, eles estavam orando”. Bukhari 10:530. Esses são os bem-aventurados que entrarão no Paraíso porque “passam a noite perante o seu Senhor, prostrando-se e em pé.” 15:64.

São quatro caminhos para o Paraíso: 
1) Difundir a Saudação da Paz;
2) Dar de Comer;
3) Manter Os Laços Familiares Unidos e 
4) Rezar Enquanto as Pessoas Dormem. SubhanaAllah!

E quando entrarem no Paraíso, serão cumprimentados pelos anjos, que lhes dirão: “…. Salamum Aleikum – Que a Paz esteja convosco! Quão excelente é o que fizestes! Entrai, pois! Aqui permanecereis eternamente”. 39.73.

"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" - "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá -www.abdulmanga.com -06/02/2020

quinta-feira, fevereiro 06, 2020

O Diálogo Inter-religioso: Necessidades e Princípios


“Muitos seres humanos começaram a reconhecer na religião, um poderoso meio para alcançar a paz e a reconciliação”.
Coord. por: M. Yiossuf Adamgy
Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. O diálogo apenas pode acontecer em termos de igualdade. Infelizmente, a História tem sido testemunha de muitos atos de violência concretizados em nome da religião. Todavia, muitos seres humanos começaram a reconhecer outro papel à religião, como um poderoso meio para conseguir a paz e a reconciliação.
Consequentemente, o número de estudiosos no que respeita ao “diálogo inter-religioso” cresce de forma prometedora. O diálogo inter-religioso tem sido um tema deveras controverso e muitas têm sido as discussões a esse respeito, relativamente à sua necessidade, à sua justificação e às suas conquistas. Estas questões revelaram que as pessoas não estão conscientes do verdadeiro significado do diálogo inter-religioso. Perelman e Olbrechts-Tyteca (1969) explicaram o diálogo da seguinte forma: «… não é suposto ser um debate… mas sim uma pergunta através da qual os interlocutores procuram, sinceramente e sem preconceitos, a melhor solução para um problema controverso». Relativamente a esta descrição, Gülen (2000) descreve o diálogo inter-religioso como: «… procurar para dar-se conta da unicidade da religião, da unidade básica e da universalidade da fé. “A religião abarca todas as raças e credos sob a fraternidade, e exalta o amor, o respeito, a tolerância, o perdão, a misericórdia, os direitos humanos, a paz, a fraternidade e a liberdade através dos seus Profetas».
Estas descrições levam-nos a outra pergunta: “Quão útil e benéfico pode ser o diálogo inter-religioso para a solução de problemas?”. O diálogo inter-religioso não pretende alterar as idéias das pessoas no que respeita à sua própria religião ou crenças; procura, sim, encontrar um terreno comum entre as religiões, centrar-se nas comunidades e, através da ênfase na harmonia e na paz, pretende encontrar soluções para muitos dos nossos problemas comuns.
De fato, uma das razões para o diálogo inter-religioso é «proporcionar um ambiente de liberdade». Outro importante autor do diálogo inter-religioso foi Seyyed Hossein Nasr, professor de Estudos Islâmicos na Universidade George Washington. Quando visitou o Vaticano em 1977, como membro de uma delegação, Nasr destacou cinco áreas em que Cristianismo e Islão podem trabalhar juntos para a construção de um mundo melhor. Essas cinco áreas são «os perigos da tecnocracia moderna e a destruição ecológica, as crises energéticas, os problemas da juventude e a decadência da moral e da fé» (Kot, 2009). Além disso, o Reverendo Allman afirma: «A capacidade de discutirmos as nossas diferenças religiosas e culturais é algo mais do que uma simples “atividade extracurricular”, é uma capacidade vital para os participantes em Democracia, em especial numa sociedade democrática como a nossa, repleta de gente com diferenças profundas e complexas» (The Network, 1999). Estas declarações mostram a importância do diálogo inter-religioso para o melhoramento da Humanidade e da boa vontade das sociedades. A este respeito, devo dizer que no passado, na era da divergência, podíamos viver isolados uns dos outros, podíamo-nos ignorar mutuamente. Agora, na era da convergência, estamos obrigados a viver num mesmo mundo.
Vivemos num mundo cada vez mais globalizado. Atualmente, as causas mais comuns fomentadoras do conflito entre religiões ou entre pessoas de diferentes religiões têm a ver com a falta de entendimento entre idéias ou crenças. Os encontros de diálogo inter-religioso, os debates e conferências, ajudam a superar estes equívocos e a falta de familiaridade desaparece. O resultado destes diálogos pode ser de extrema importância. Como afirma Smock, ««... “Quando duas ou mais religiões se unem para explorar ou promover a possibilidade da paz, os efeitos podem ser particularmente poderosos». Os benefícios do diálogo inter-religioso são evidentes, ainda que não seja um trabalho fácil. Uma vez mais, Smock (2002) evidencia que «o diálogo inter-religioso é uma tarefa difícil e, frequentemente, dolorosa». Existem alguns requisitos prévios para que o diálogo inter-religioso tenha êxito. Swidler (2003) classifica estes requisitos da seguinte forma:
1) Estar aberto a aprender com os outros.
 2) O conhecimento da própria tradição.
 3) Um companheiro de diálogo com idêntica disposição e conhecedor da outra tradição».
A importância de cada pré-requisito será pormenorizadamente explicado a seguir: Ingredientes para que um encontro de diálogo inter-religioso seja bem-sucedido:
1) O componente mais importante do diálogo inter-religioso consiste em recordar o verdadeiro sentido do diálogo. Trata-se de uma discussão de duplo sentido que requer respeito e compreensão. Este componente pode parecer extremamente fácil de compreender, mas é muito fácil de esquecer. Swidler (2007) afirma que: «Caso se mantenha este objetivo básico e se agir com imaginação e criatividade, o diálogo prosseguirá frutífero e assistir-se-á a uma transformação crescente da vida de cada participante e da das suas comunidades». Assim sendo, para a obtenção dos melhores resultados em cada diálogo inter-religioso, há que não esquecer o verdadeiro sentido do diálogo. Há que explicar o diálogo como ««… uma questão em que os interlocutores procuram sinceramente e sem preconceitos a melhor solução para um problema controverso».
2) Nestas reuniões, os intervenientes devem estar conscientes do fato de que todos os membros são de diferentes origens religiosas e culturais, pelo que o diálogo inter-religioso se baseia na compreensão e no respeito mútuos. Num diálogo inter-religioso nenhum dos participantes deve procurar ofender o sistema de crenças dos restantes membros.
3) Smock (2002) escreve que, para determinar o êxito de um diálogo, há que indicar de forma clara o objetivo da reunião e escolher os participantes. O propósito da reunião deve ser decidido pelos participantes antes das reuniões, ficando claro e especificado.
4) Ao descrever como iniciar o diálogo, Bohme (1991) afirmam que a interrupção é uma parte importante do diálogo. Ouvir os restantes participantes é uma fase obrigatória do processo. Durante estas reuniões, todos os participantes devem estar livres de preconceitos e abertos à compreensão e ao reconhecimento de novas perspectivas. Os encontros de diálogo inter-religioso são uma excelente forma de aprender acerca das diferentes religiões e dos diferentes pensamentos.
 5) A não esquecer que, nestes encontros, reunimo- -nos como pessoas e não como sistemas de crenças, e que os mesmos nos proporcionam uma oportunidade incrível para aprender, debater e entender outras religiões do mundo deveria conduzir a um conhecimento e a uma melhor compreensão recíproca e ao intercâmbio dos valores mútuos como um enriquecimento da própria fé e da fé dos outros» (Cosijns e Braybrooke, 2008). Contudo, um problema ou erro praticado nestes encontros não deve ser usado para generalizar quanto a um sistema concreto de crenças. Kurucan (2006) afirma que, quando falamos de diálogo inter-religioso, «referimo-nos ao diálogo de pessoas de diferentes religiões». Assim sendo, as pessoas presentes nestas reuniões não devem ser vistas como categorias ou como únicos representantes das suas religiões, mas sim como pessoas individuais, com as suas virtudes e defeitos, como todos nós.
 6) O diálogo inter-religioso tem como objetivo encontrar soluções para os problemas do mundo e das restantes pessoas, centrando-se nas similitudes entre os sistemas de crenças e não nas diferenças e em questões polêmica.
 7) Smock (2002) afirma que um único encontro inter-religioso pode não ser muito útil, pelo que devem existir algumas sessões de acompanhamento para a compreensão dos benefícios que podem advir de tais encontros.
8) Além disso, é também uma boa oportunidade para aprender sobre as práticas religiosas dos demais participantes, verificar as diferenças entre as respectivas compreensões e ter imenso cuidado com essas diferenças durante o processo de diálogo. Crowley (2006) afirma que a determinação da estase – das partes em que as idéias dos intervenientes diferem – é uma parte importante da discussão pública. No diálogo inter-religioso é importante estar consciente da estase, de modo a não ofender os restantes participantes.
9) Não existe exclusividade e nem sincretismo. Abu-Nimer (2007) afirma que, nos diálogos inter-religiosos, religião alguma deve ser excluída. Fazê-lo representaria uma desvantagem enorme para o sucesso do diálogo inter-religioso. Destaca também que, a tentativa de sincronizar todas as religiões numa única, pode ser tão perigoso como excludente. Conforme dito anteriormente, é de extrema importância aceitar todas as religiões e as pessoas religiosas dentro do seu próprio sistema de crenças.
10) O diálogo apenas pode acontecer em termos de igualdade. Se um grupo religioso vê outro como inferior ou superior, o diálogo não poderá ocorrer, por não permitir o intercâmbio e o entendimento entre grupos, que é o objetivo principal de qualquer diálogo inter-religioso. O diálogo inter-religioso é um assunto importante no mundo globalizado. Pessoas de diferentes religiões convivem neste mundo interligado, enfrentando atualmente inúmeros problemas. Este grupo inter-religioso é crucial para um mundo em que «todos os dias, quase 16.000 crianças morrem de causas relacionadas com a fome. Isso “significa uma criança a cada cinco segundos» (www.bread.org). O papel do diálogo inter-religioso para a solução destes problemas não pode ser subestimado. Smock (2002) refere que «embora a religião possa e deva contribuir para a resolução de conflitos violentos, pode ser um poderoso fator na luta pela paz e pela reconciliação.
Fonte:Reflexões Islâmicas - nº. 387 - www.islao.pt /www.alfurqan.pt — alfurqan2011@gmail.com — tlm. 96 545 96 46

quarta-feira, fevereiro 05, 2020

Quem é o Profeta Muhammad?

Muhammad (SAWS), que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, é o homem amado por mais de 1,7 bilhões de muçulmanos. É o homem que nos ensinou paciência em face de adversidade e a viver nesse mundo, mas buscar a vida eterna. Foi ao profeta Muhammad que Deus revelou o Alcorão. Junto com esse Livro de orientação Deus enviou o profeta Muhammad, cujo comportamento e altos padrões morais são um exemplo para todos nós. A vida do profeta Muhammad foi o Alcorão. Ele o compreendia, amava e viveu sua vida baseado em seus padrões. Ensinou-nos a recitar o Alcorão, a viver de acordo com seus princípios e a amá-lo. Quando os muçulmanos declaram sua fé no Deus Único, também declaram sua fé de que Muhammad é o servo e mensageiro final de Deus. 

Quando um muçulmano ouve o nome de Muhammad (SAWS) ser mencionado, pede a Deus que envie bênçãos sobre ele. O profeta Muhammad (SAWS) era um homem, um ser humano como qualquer outro homem, mas seu amor pela humanidade o destaca. Os muçulmanos amam o profeta Muhammad (SAWS), mas seu amor por nós faz dele um homem como nenhum outro. Ansiava pelo Paraíso não apenas para si mesmo, mas também para todos nós. Chorava não apenas por si mesmo, mas por sua Ummah1 e pela humanidade. 

Frequentemente era ouvido dizendo: “Ó Deus, minha Ummah, minha Ummah”. Os muçulmanos também acreditam nos mesmos profetas mencionados nas tradições judaicas e cristãs, incluindo Noé, Moisés, Abraão e Jesus e acreditam que todos os profetas vieram com a mesma mensagem – adorar somente a Deus, sem parceiros, filhos ou filhas. Há uma diferença, entretanto, entre todos os outros profetas e o profeta Muhammad (SAWS). Antes de Muhammad (SAWS) os profetas eram enviados para um povo em particular em lugares e períodos particulares. Muhammad (SAWS), entretanto, é o profeta final e sua mensagem é para toda a humanidade. 

Deus nos diz no Alcorão que Ele enviou o profeta Muhammad (SAWS) como uma misericórdia para a humanidade. “E não te enviamos, senão como misericórdia para a humanidade, gênios e tudo que existe.” (Alcorão 21:107) .Deus não disse que Muhammad foi enviado para o povo da Arábia, para os homens ou para as pessoas do século 7. Deixou claro que o profeta Muhammad (SAWS) era um profeta como nenhum outro, cuja mensagem seria propagada amplamente e seria aplicável em todos os lugares e em todas as épocas. 

Os muçulmanos o amam, o respeitam e o seguem. Eles o têm em tão alta estima que para muitos é emocionalmente doloroso ver ou ouvir que seu amado mentor é ridicularizado ou desrespeitado. A tradução da palavra árabe Ummah é nação, mas significa mais que um país com fronteiras. É uma irmandade de homens, mulheres e crianças unidos em seu amor pelo Deus Único e sua admiração por Muhammad (SAWS), o profeta de Deus. Ao longo da história e em todo o mundo os não-muçulmanos demonstraram grande respeito e honra ao profeta Muhammad (SAWS) e ele é considerado influente tanto em questões religiosas quanto seculares. Mahatma Gandhi o descreveu como escrupuloso em relação a promessas, intenso em sua devoção aos amigos e seguidores, intrépido, destemido e com absoluta confiança em Deus e em sua própria missão. 

O profeta Muhammad (SAWS) ensinou o Islã como uma forma de vida, fundou um império, estabeleceu um código moral e instituiu um sistema legal que foca no respeito, tolerância e justiça. O que há no profeta Muhammad (SAWS)  que inspira tanta devoção? Sua natureza gentil e amável, sua bondade e generosidade ou sua habilidade de ter empatia com toda a humanidade? Muhammad (SAWS) era um homem altruísta que devotou os últimos 23 anos de sua vida ensinando seus companheiros e seguidores como adorar Deus e respeitar a humanidade. 

O profeta Muhammad (SAWS) era totalmente ciente de quanta responsabilidade lhe tinha sido confiada por Deus. Foi cuidadoso em ensinar a mensagem da forma como Deus havia prescrito e alertou seus seguidores para não o adularem da forma como Jesus, filho de Maria foi adulado. 

Os muçulmanos não adoram o profeta Muhammad (SAWS), porque entendem que é apenas um homem. Entretanto, é um homem que merece nosso profundo respeito e amor. O profeta Muhammad (SAWS) amou tanto a humanidade que chorava e temia por ela. Amou sua Ummah com devoção tão profunda que Deus destacou a profundidade de seu amor por nós no Alcorão. “Chegou-vos um Mensageiro de vossa raça, que se apieda do vosso infortúnio, anseia por proteger-vos, e é compassivo e misericordioso para com os crentes.” (Alcorão 9:128) . 

O profeta Muhammad (SAWS), nos ensinou a amar e obedecer a Deus. Ensinou-nos a sermos gentis uns com os outros, respeitar nossos (Saheeh Al-Bukhari)  idosos e cuidar de nossas crianças. Ensinou-nos que era melhor dar que receber e que cada vida humana merece respeito e dignidade. Ensinou-nos a amar para nossos irmãos e irmãs o que amamos para nós mesmos. O profeta Muhammad (SAWS) nos ensinou que famílias e comunidades são essenciais e destacou que direitos individuais, embora importantes, não são mais importantes que uma sociedade estável e com moral. Ensinou-nos que homens e mulheres são iguais aos olhos de Deus e que nenhuma pessoa é melhor que outra, exceto em relação à sua piedade e devoção a Deus. 

Quem é o profeta Muhammad (SAWS)? Simplesmente é o homem que se apresentará perante Deus no Dia do Juízo e implorará a Deus que tenha misericórdia de nós. Intercederá por nós. Os muçulmanos o amam porque é o servo e mensageiro de Deus, uma misericórdia para a humanidade e sua bondade e devoção à humanidade não têm precedentes.

Fonte: www.islamreligion.com