quinta-feira, março 10, 2016

Uma pergunta muito comum para nós muçulmanos é: Qual é a diferença da religião de vocês (Islamismo) com a nossa?

Pois bem, nossa Religião foi revelada por Deus, Louvado seja Ele, preservada em um Livro (Alcorão Sagrado), preservada no coração das pessoas que decoram o Alcorão e na língua árabe.

Nossa Religião foi preservada por Deus, Louvado seja Ele. O Alcorão nunca foi e jamais será adulterado. A Sunnah do Profeta Muhammad SAAS  foi preservada, sabemos exatamente de todos os passos e ações do Rassulollah SAAS durante toda sua existência. Sabemos o que é verdadeiro e o que é falso, ou seja, fabricado ou inventado pelos inimigos do Islam. Não existe em nossa Religião intermediário. Quem quer que tente introduzir algo em nossa crença logo é desmascarado.

Essa é a grande diferença, tudo em nossa Religião vem de Deus, Louvado Seja Ele! Os homens não conseguiram modificar nada em nossa doutrina. Embora tenham tentado, mas o que tem sua origem no Senhor dos Senhores jamais será abalado.  É por isso que devemos sim nos orgulhar de ser muçulmanos. Outro detalhe, a palavra de Deus Louvado seja é imutável e nós temos uma única verdade, um único Livro. No Alcorão é Deus Louvado seja falando com suas criaturas. Não se vê no Alcorão sagrado, informações segundo João, segundo Lucas, segundo Mates e segundo Marcos. Livro de Jó, Livro de Isaias  e tantos outros. Esse fato está embasado no Livro de Deuteronômio, atribuído a Moisés (AS) capítulo 18:18;” Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe disser”.  A Sunnah do Profeta SAAS também está preservada, a Religião completa («Hoje, completei a vossa religião para vós; e aprovei como religião, para vós, Al Islam (submissão a Allah)». (Alcorão, 5:3). «E quem quer que deseje outra religião que não seja o Islam (submissão a Deus), nunca lhe será aceita». (Alcorão, 3:85). E o melhor, quem tentar inovar a Religião seja em qual aspecto for será descoberto. Isso não acontece em outras religiões que tiveram a mesma origem que o Islamismo. Com todo respeito aos mentores e seguidores, por exemplo, do cristianismo, porque tantas denominações religiosas, porque tantas doutrinas. Veja o que diz Allah SW no Alcorão: “Tomaram por senhores seus rabinos e seus monges em vez de Deus, assim como fizeram com o Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar senão a um só Deus”.(Surata 09:31).

Por conseguinte, o Islam não reivindica ser uma nova religião introduzida pelo Profeta Muhammad SAAS na Arábia no século sétimo, mas antes uma reimpressão na sua forma final da verdadeira religião do Todo-Poderoso Allah, conforme originalmente revelada a Adão e subseqüentes Profetas. Chegados aqui, podemos comentar de forma breve outras duas religiões que afirmam ser o verdadeiro caminho. Em parte alguma da Bíblia é possível encontrar referência do fato de que Judaísmo é o nome da religião revelada por Deus ao Profeta Moisés e aos seus descendentes, ou que Cristianismo é o nome daquela que é professada pelos seguidores de Cristo. Por outras palavras, os nomes Judaísmo ou Cristianismo não possuem origem ou aprovação divina. Apenas muito tempo após a sua partida, é que o nome Cristianismo foi dado à religião dos seguidores de Jesus.

Assim sendo, em quê difere de fato a religião de Jesus daquela que adotou o seu nome? A religião de Jesus reflete-se nos seus ensinamentos, os quais este incitou os seus seguidores a aceitarem enquanto princípios orientadores do seu relacionamento com Deus. Para o Islam, Jesus é um Profeta enviado por Allah, sendo que o seu nome em Árabe é Issá. Tal como os Profetas que o precederam, Jesus convocou os povos a que submetessem a sua vontade à Vontade de Deus (que é aquilo que o Islam defende). Por exemplo, no Novo Testamento é dito que Jesus ensinou os seus seguidores a orar a Deus da seguinte forma:
"Pai-nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino, seja a Vossa vontade, assim na Terra como Céu." (Lucas 1 1:2 / Mateus 6:910)

Tal conceito foi várias vezes enfatizado por Jesus em declarações registradas nos Evangelhos. Ele disse, por exemplo, que o Paraíso seria apenas daqueles que se submetessem.

"Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrar á no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus." (Mateus 7:21)
Jesus realçou também o fato dele próprio submeter-se à vontade de Deus.
"Por mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade d'Aquele que me enviou." (João 5:30)
São várias as referências contidas nos Evangelhos onde Jesus afirma não ser ele o Único e Verdadeiro Deus. Por exemplo, ao falar do Último Dia, Jesus diz o seguinte:
"A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os Anjos do Céu, nem o Filho, mas somente o Pai." (Marcos, 13:32)
Assim sendo, Jesus, tal como os Profetas que o precederam e o único que se lhe seguiu, ensinou a religião do Islam: submissão à vontade do Deus Único e Verdadeiro.  Deus e a 

Criação

Visto a submissão total a Deus da vontade pessoal representar a essência da veneração, a mensagem fundamental da religião divina, o Islam, consiste em adorar a Deus somente, exigindo também que se evite prestar culto a uma pessoa, lugar ou coisa. Uma vez que tudo aquilo que existe, com exceção de Deus, o Criador de todas as coisas, é Criação Sua, pode dizer-se que o Islam apela ao Homem que se afaste do culto ao que foi criado, convidando-o a adorar ao Criador somente. Apenas Ele é digno de ser adorado, pois apenas por vontade Sua as preces são ouvidas.

Assim sendo, se um homem reza a uma árvore e as suas preces são ouvidas, não é a árvore que as realiza, mas sim Deus. Podemos dizer que isso é óbvio; contudo, para aqueles que adoram a árvore, não é. Do mesmo modo, aqueles que rezam a Jesus, Buda, Krishna, São Cristóvão, São Judas ou até mesmo Muhammad SAAS são atendidos, não o são por eles, mas sim por Deus. Jesus não pediu aos seus seguidores que o adorassem, mas sim que adorassem a Deus, tal como é referido pelo Alcorão:
«E quando Allah disse: Ó Jesus, filho de Maria! Disseste tu aos homens: Tomai-me a mim e a minha mãe por duas divindades, além de Deus? Ele disse: Glorificado sejas! Como poderia eu ter dito o que para mim não é verdade?» (Alcorão 5:116).

Do mesmo modo, não era a si mesmo que Jesus adorava quando prestava culto, mas sim a Deus, sendo citado nos Evangelhos por ter dito o seguinte: Está escrito:
«Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás». (Lucas 4:8)

É possível encontrar este princípio fundamental no capítulo de abertura do Alcorão, conhecido pelo nome de Surat al-Fatihah, versículo 4:
«A Ti, somente, adoramos, e a Ti, somente, pedimos ajuda». (Alcorão 1:4)

Numa outra parte do Alcorão, o último Livro revelado, Deus também disse:
«E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que Eu vos atenderei ». (Alcorão 40:60)

É fortemente enfatizado o fato da mensagem base do Islam (nomeadamente, adorar a Deus somente) proclamar também que Deus e a Criação são duas entidades distintas. Deus não é igual à Sua Criação e nem é parte dela. Do mesmo modo, também a Criação não é igual a Ele ou parte d'Ele.

Isto pode parecer óbvio; contudo, aqueles que adoram a Criação, e não a Deus, ignoram ou negligenciam de forma grosseira este conceito. É a crença de que a essência de Deus encontra-se em toda a Sua Criação, ou que é possível encontrar a Sua divina presença em determinadas partes dessa Criação, que proporciona justificativa a este culto ao que foi criado, dizendo tratar-se do culto a Deus. Todavia, a mensagem do Islam, conforme transmitida pelos Profetas de Deus, é a de que devemos adorar a Deus somente e evitar prestar culto, direta ou indiretamente, à Sua Criação.

No Alcorão, Deus refere o seguinte:

«E, na verdade, enviamos para cada povo um Mensageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos dos falsos deuses (Taghut)». (Alcorão 16:36).

Quando questionados acerca do motivo pelo qual se prostram perante criações humanas, os adoradores de ídolos respondem, invariavelmente, que o que estão realmente a adorar não é a imagem em pedra, mas sim Deus aí representado. Afirmam eles que, o ídolo em pedra, representa apenas um ponto fulcral da essência divina, não sendo, pois, o próprio Deus! Aquele que aceitou o fato de que a essência de Deus encontra-se presente em toda a Sua Criação, é obrigado a aceitar este argumento defensor da idolatria. Contudo, quem quer que compreenda a mensagem fundamental do Islam e as suas implicações, não aceitará jamais a idolatria, por mais racionalizada que esta esteja.

Aqueles que, ao longo dos tempos, afirmaram ser Deus ou deuses, basearam esta sua reivindicação na crença errônea de que Deus encontra-se presente no Homem. Tendo por base este raciocínio, defenderam que neles a presença de Deus era mais forte do que nos restantes seres humanos, pretendendo, pois, que as pessoas se submetessem a eles e lhes prestassem culto. Do mesmo modo, também aqueles que, após a morte de outros, insistiram na sua divinização, encontraram terreno fértil entre os que aceitam tal crença.

Chegados a este ponto, deve já ser claro que, aqueles que compreendem a mensagem base do Islam e as suas implicações, não aceitarão jamais o culto prestado a um outro ser humano, seja em que circunstâncias for. Em essência, a religião de Deus é um apelo claro ao culto prestado ao Criador e a rejeição da adoração à Criação, seja em que forma for. É este o significado do lema do Islam: Laa Ilaha illa Allah. (Não existe outra divindade para além de Allah). A declaração sincera desta frase e a aceitação da profecia torna, automaticamente, a pessoa Muçulmana, sendo a fé verdadeira no que é dito garantia do Paraíso. De fato, o último Profeta do Islam SAAS, disse o seguinte: Aquele que disse:
«Não existe outra divindade para além de Allah», e morreu acreditando nisso, entrará no Paraíso.

Acreditar nesta declaração de fé exige que a pessoa submeta a sua vontade à de Deus, conforme ensinado pelos Profetas. Exige também que o crente abandone o culto prestado a falsos deuses. 

Mensagem das Falsas Religiões

São tantas as seitas, os cultos, as religiões, as filosofias e os movimentos existentes à face da Terra, proclamando cada um deles ser o único e verdadeiro caminho em direção a Deus. Como podemos nós decidir qual o que está correto ou, se de fato, o estão todos? Um dos métodos que permite responder a tal questão, consiste em clarificar as diferenças superficiais existentes nos ensinamentos dos vários chamamentos para a verdade última, e que, direta ou indiretamente, identifica o objeto central de culto ao nome pelo qual são conhecidos. Todas as falsas religiões partilham de um mesmo conceito base, isto no que respeita a Deus: ou afirmam que todos os Homens são deuses, ou que determinados homens foram Deus, ou que a natureza é Deus, ou então, que Deus não passa de um produto da imaginação humana.

Assim sendo, podemos afirmar que, a mensagem base das falsas religiões é a de que Deus pode ser adorado na forma da Sua Criação. Ao concederem à Criação ou a alguns dos seus aspectos o nome de Deus, as falsas religiões convidam o ser humano a adorá-la. Por exemplo, o Profeta Jesus incitou os seus seguidores a que adorassem a Deus; contudo, os que hoje afirmam ser os seguidores de Jesus, instigam as pessoas a adorarem-no, afirmando que ele é Deus.

Buda foi um reformador, a quem se deveu a introdução de vários princípios humanistas na religião praticada na Índia. Contudo, ele não afirmou ser Deus e nem sugeriu aos seus seguidores que fizessem dele um objeto de culto. Tal fato não impediu, todavia, que a grande maioria dos atuais Budistas existentes fora da Índia o tomassem como Deus, e construíssem ídolos de acordo com a sua percepção, perante os quais se prostram.

Ao utilizamos o princípio da identificação do objeto de culto, podemos facilmente detectar as falsas religiões, assim como a natureza fabricada da sua origem. Conforme Deus diz no 

Alcorão:

«Não adorais a Ele, mas a nomes que inventastes, vós e os vossos pais, para o que Deus não vos investiu de autoridade alguma. O juízo somente pertence a Deus, que vos ordenou para que não adorásseis senão a Ele. Tal é a verdadeira religião; porém, a maioria dos seres humanos o ignora». (Alcorão, 12:40).

Podemos argumentar que, se todas as religiões ensinam coisas boas, porque motivo devemos nós preocuparmos-nos com a que seguimos? A resposta consiste no fato de todas as falsas religiões ensinarem o maior dos pecados, que é o da adoração prestada à Criação. Este é o maior dos pecados que o ser humano pode cometer, visto contradizer o próprio objetivo pelo qual foi criado. A Criação do ser humano verificou-se para que este adorasse a Deus somente, conforme Allah claramente explica no Alcorão:
«E não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem». (Alcorão 51:56)

Consequentemente, o culto prestado à Criação, e que é a base da idolatria, constitui o único pecado verdadeiramente imperdoável. Aquele que morre em tal estado de idolatria, determinou já o seu destino na próxima vida. Isto não é uma opinião, mas sim algo revelado por Deus na Sua última revelação ao Homem:
«Na verdade, Deus não perdoa que se Lhe associe companheiro; Mas Ele perdoa tudo, salvo isso, a quem Ele quer». (Alcorão 4:48,116) 

Universalidade das Religiões de Deus

Visto as conseqüências de se seguir uma falsa religião serem tão graves, a verdadeira religião de Deus foi universalmente compreensível e alcançável no passado, e assim deverá permanecer eternamente, de modo a ser compreendida e alcançada por todos aqueles que existem à face da Terra. Dito por outras palavras, a verdadeira religião de Deus não pode encontrar-se confinada a um único povo, local ou período histórico. Do mesmo modo, é também ilógico que uma religião imponha condições que nada têm a ver com o relacionamento existente entre Deus e o ser humano, como é o caso do batismo, a crença no homem como salvador, ou a necessidade de haver intermediários. No princípio base do Islam e na sua definição (a sujeição da vontade pessoal a Deus) encontram-se as raízes da universalidade do Islam. Sempre que o ser humano compreende que Deus é Uno e diferente da Sua Criação, a Ele submetendo-se, torna-se Muçulmano de corpo e alma, podendo a sua entrada no Paraíso vir a acontecer.

Consequentemente, qualquer pessoa, mesmo que se encontre no mais remoto dos locais à face da Terra, pode tornar-se Muçulmano, um dos seguidores da religião de Deus, o Islam, bastando para isso rejeitar o culto prestado à Criação e aceitar unicamente a Deus. No entanto, há que ter em conta que, para que a sujeição da vontade pessoal a Deus se verifique realmente, é necessário escolher constantemente entre o Bem e o Mal. De fato, Deus concedeu ao ser humano não apenas a capacidade de diferenciar o Bem do Mal, mas também o poder de escolher entre ambos. Esta concessão divina acarreta uma enorme e importante responsabilidade, nomeadamente o fato do ser humano ser responsável pelos seus atos perante Deus. Assim sendo, o ser humano deve esforçar-se ao máximo, de modo a praticar o Bem e evitar o Mal. Estes conceitos encontram-se assim expressos na última revelação:
«Na verdade, aqueles que crêem (no Alcorão), e aqueles que são Judeus, Cristãos e Sabeus enfim todos aqueles que crêem em Deus, e no Último Dia, e praticam o bem, terão a sua recompensa do seu Senhor; nenhum temor existirá neles, nem se afligirão.» (Alcorão, 2:62)

Se, por alguma razão, o ser humano rejeitar a última mensagem, depois desta lhe ter sido claramente explicada, encontra-se em grande perigo. O último dos Profetas disse o seguinte:
Aquele que, de entre os Cristãos ou Judeus, ouvir falar em mim, mas recuse afirmar acreditar naquilo que eu transmito, ao perecer nesta situação, encontrar-se-á entre os habitantes do Inferno. (Sahih Muslim [Tradução Inglesa], volume I, pág. 91, nº. 284) 

Reconhecer a Deus

A questão que aqui se coloca é a seguinte: podemos esperar que todos os povos acreditem no Deus Único e Verdadeiro, tendo em conta os vários meios, culturas e sociedades existentes? Para que as pessoas sejam responsabilizadas pelo culto a prestar ao Deus Único e Verdadeiro, é necessário que todas O conheçam e tenham acesso a esse conhecimento. A última revelação ensina que todos os seres humanos têm impresso nas suas almas o reconhecimento do verdadeiro e único Deus, como parte da própria natureza pela qual foram criados.

No sétimo capítulo do Alcorão (al-Aaraf, versículos 172-173), Deus explica que, quando criou a Adão, criou toda a sua descendência, à qual exigiu um juramento, dizendo:
«Não sou o vosso Senhor? Disseram: Sim, nós testemuhamo-lo». (Alcorão, 7:172)
Seguidamente, Deus explicou porque motivo havia exigido a toda a Humanidade que testemunhasse ser Ele o seu Criador e o Único e Verdadeiro Deus digno de ser adorado.

 Neste sentido, Deus disse o seguinte:
«Isso, para não dizerdes, no Dia da Ressurreição: Na verdade, nós não estávamos cientes disso» (Alcorão, 7:172)

Isto significa que nos é impossível afirmar que, naquele dia, não tínhamos idéia de que Allah é o nosso Senhor e que ninguém nos disse que O deveríamos adorar a Ele somente. Allah explicita-o ainda de forma mais concreta:
«Ou, para não dizerdes: Na verdade, foram os nossos pais que idolatravam e nós somos só a sua descendência, após eles; destruir-nos-ás, acaso, pelo que fizeram aqueles defensores da falsidade?» (Alcorão, 7:173)

Assim sendo, toda a criança nasce portadora de uma crença natural em Deus e com uma inclinação inata a adorá-Lo a Ele somente. Em Árabe, esta crença e inclinação inatas têm o nome de "Fitrah".

O Profeta Muhammad SAAS refere que Deus disse o seguinte:

Criei os meus servos dentro da verdadeira religião; contudo, o demônio faz com que eles se afastem. Do mesmo modo, o Profeta disse também: Toda a criança nasce em estado de Fitrah. Seguidamente, os pais fazem dela um Judeu, um Cristão ou um Zoroastriano. Se a criança for deixada só, ela adorará a Deus à sua própria maneira: contudo, todas as crianças são afetadas pelo meio que as circunda.

Assim sendo, do mesmo modo que a criança se submete às leis físicas, impostas à natureza por Allah, também a sua alma se submeterá naturalmente ao fato de que Deus é o seu Senhor e Criador. Todavia, se os pais tentam obrigá-la a seguir um caminho diferente, verifica-se que, nos primeiros estágios da sua vida, a criança não é suficientemente forte para resistir ou opor-se à vontade dos progenitores. Em tais casos, a religião seguida pela criança é aquela em que nasceu e segundo a qual é educada e, até uma determinada etapa da sua vida, Deus não a castigará pela religião professada

Os Sinais de Deus

Ao longo da vida de uma pessoa, desde que esta nasce até que falece, são-lhe revelados os sinais do único e verdadeiro Deus (árabe. Allah). Deus diz o seguinte no Alcorão:
«Nós mostrar-lhes-emos os Nossos sinais em todas as regiões (da terra) e neles mesmos, até que lhes seja esclarecido que ele (o Alcorão) é a verdade». (Alcorão, 41:53)
O que a seguir se apresenta, constitui um exemplo de como Deus se revelou a um homem através de um sinal, mostrando-lhe o quão errado ele estava, ao adorar a um ídolo. Na região a sudoeste da selva Amazônia, Brasil, América do Sul, uma tribo ergueu uma cabana para hospedar o seu ídolo, Skwatch, a quem consideravam ser o Deus supremo de toda a criação.

No dia seguinte à construção, um jovem entrou na cabana para homenagear o Deus. Enquanto estava prostrado perante aquilo que lhe haviam ensinado tratar-se do Criador e Sustentáculo do Mundo, um cão velho, pulguento e asqueroso, entrou na cabana, tendo o jovem erguido a cabeça mesmo a tempo de o ver urinar sobre o ídolo.

Escandalizado, o jovem correu-o para fora do templo; contudo, finda a fúria, percebeu que o ídolo não podia ser o Senhor do Universo. Deus tem que estar em outro lugar, concluiu ele. Por mais estranho que possa parecer, o fato do cão ter urinado sobre o ídolo foi, para o jovem, um sinal de Deus. O sinal continha a mensagem divina de que, aquilo que ele adorava, era falso.
Consequentemente, a este jovem foi dada a possibilidade de escolher: ou procurava o Verdadeiro Deus, ou continuava emaranhado no erro.
Allah menciona a busca de Deus empreendida pelo Profeta Abraão, como exemplo da boa orientação cedida àqueles que seguem os Seus sinais:
«E assim fizemos ver a Abraão o reino dos céus e da terra, para que ele se contasse entre os convictos. Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse: Eis aqui o meu Senhor. Porém, quando esta desapareceu, disse: Não adoro os que desaparecem. Quando viu despontar a lua, disse: Eis aqui o meu Senhor. Porém, quando esta desapareceu, disse: Se o meu Senhor não me guiar, contar-me-ei entre os extraviados. E quando viu despontar o sol, disse: Eis aqui o meu Senhor; este é o maior. Porém, quando este se pôs, disse: Ó povo meu! Na verdade, não faço parte da vossa idolatria. Na verdade, eu dirijo a minha face para Quem criou os céus e a terra; sou monoteísta (hanif) e não me conto entre os idólatras». (Alcorão, 6:75-79)

Tal como antes referimos, foram vários os Profetas enviados as todas as nações e tribos, de modo a apoiarem a crença natural do ser humano em Deus e a sua inclinação inata para O adorar, e reforçarem a Verdade Divina contida nos sinais por Ele diariamente revelados. Embora muitos dos ensinamentos destes Profetas tenham sido distorcidos ao longo do tempo, partes destas mensagens de inspiração Divina mantiveram-se incorruptíveis e serviram para orientar a Humanidade na escolha entre o Bem e o Mal. A influência que estas mensagens desempenharam ao longo de várias épocas pode ser observada nos Dez Mandamentos da Torah Judaica, mais tarde adotados pelos ensinamentos Cristão, assim como na existência de leis contra o assassinato, o roubo e o adultério, presentes em várias sociedades do Mundo antigo e moderno.

Como resultado dos sinais de Deus enviados à Humanidade, juntamente com as revelações confiadas aos vários Profetas, a todo o ser humano foi cedida a oportunidade para reconhecer o Único e Verdadeiro Deus.
Consequentemente, a todas as almas é exigido que respondam pela sua fé em Deus e a aceitação da sua verdadeira religião, ou seja, o Islam, que significa a total submissão à vontade de Deus. 

 Conclusão

A apresentação precedente demonstrou como o nome da religião Islâmica encerra em si o seu princípio central, ou seja, a submissão a Deus. Revela também que, o nome Islam, e segundo as suas Escrituras Sagradas, não foi escolhido pelo Homem, mas sim por Deus. Do mesmo modo, demonstrou-se que apenas o Islam ensina a unicidade de Deus e dos Seus atributos, impondo o culto prestado a Deus somente, sem a existência de intermediários. Por último, e devido aos sinais revelados por Deus e à inclinação divinamente infundida no ser humano para O adorar, o Islam pode ser alcançado por toda a Humanidade, seja em que época for.

Resumidamente, o significado do nome Islam (submissão a Deus), o seu reconhecimento fundamental da unicidade de Deus, assim como o fato de ser acessível a todos, independentemente da época em que vivem, apóiam convincentemente a reivindicação Islâmica de que, desde os princípios dos tempos, e não obstante o idioma falado, esta era, e continuará a ser, a verdadeira religião de Deus.

Concluindo, rogamos a Allah, o Enaltecido, que nos mantenha no caminho certo para o qual nos orientou, e que nos conceda as Suas Benções e Misericórdia, visto ser Ele o mais Misericordioso. Que Allah, Senhor dos Mundos, seja louvado, e que a Paz e as Bençãos estejam com o Profeta Muhammad SAAS e com todos os Profetas de Deus e os seus seguidores.

Tanto o nome Jesus como o nome Cristo derivam do Hebraico, do Grego e do Latim. Jesus é a forma Portuguesa e Latina da palavra Grega Iesous, que em Hebraico diz-se Yeshua ou Yehoshua (Joshua). A palavra Grega Christos é a tradução do Hebraico Messiah, que significa O Anunciado

Que a paz esteja com ele: frase que é dita, em sinal de respeito, após mencionar-se o nome de qualquer um dos Profetas.