sábado, agosto 24, 2013

Que profeta é conhecido como Dhul-Nun ذو النون- Profeta Jonas (Yunus) Aleihi Salam

E Zan-Nun, quando se foi, irado, e pensou que não tínhamos possibilidade de repreensão contra ele; então clamou nas trevas: “Não existe deus senão Tu! Glorificado sejas! Por certo, fui dos injustos.” 21:87

Allah, O Todo-Poderoso, convocou Yunus para pregar para o povo de Nineveh. Nineveh era uma grande cidade, capital de Assíria, e tinha se tornado um lugar muito perverso. Yunus foi até este povo e lhes disse para abandonarem seus maus hábitos e se voltarem para Allah. Mas eles não lhe deram ouvidos e assim Yunus os abandonou invocando a ira de Allah sobre eles. Sua pregação havia falhado então ele saiu enraivecido. Este foi a primeiro toque humano da história de Yunus. Mesmo sendo um profeta, Yunus era um ser humano e saiu enraivecido da cidade de onde ele não conseguiu o que queria. Ele sentiu que sabia o que Allah deveria fazer com aquele povo, pedindo a Allah que os punisse. Podemos identificar Yunus aqui, certo? Em um nível humano, nós geralmente desistimos muito rápido, e geralmente nos afastamos quando não conseguimos o que queremos. Em um nível espiritual, nós vemos muita perversidade no mundo e pensamos que sabemos como os malfeitores deveriam ser tratados. Algumas pessoas até assumem a punição desses.

Tendo deixado a cidade para trás. Yunus embarcou em um navio. Ele já estava farto de pregar a mensagem de Allah e decidiu navegar para longe do cenário desta falha. Uma vez no mar, entretanto, uma tempestade surgiu e a tripulação ficou aterrorizada. Esses navegantes pagãos pensaram que os deuses dos mares deviam estar insatisfeitos com eles, então fizeram um sorteio para retirar um homem da embarcação e acalmar a tempestade. Yunus foi sorteado, não uma, mas três vezes, e a tripulação aterrorizada o lançou no mar para protegerem a si e a embarcação.

Na água, algo extraordinário aconteceu. Allah enviou um peixe enorme, que alguns descreveram como sendo uma baleia, para engolir Yunus inteiro. No ventre na baleia, Yunus desceu ao fundo do oceano, tomado de desespero. Como ele poderia sobreviver a esse desastre? Que saída poderia haver para tal situação? Ele foi coberto pela escuridão: a escuridão da profundeza; a escuridão do ventre da criatura; e a pior de todas, a escuridão do desespero. Mesmo sendo um homem religioso, convocado para ser profeta, ele experimentou a dúvida e o desespero, e foi quando ele estava nas profundezas do desespero que as coisas mudaram para ele. No Quran, nós lemos que Yunus “clamou nas trevas”. Ele de deu conta de que Allah, O Todo-Poderoso, e não ele, estava no controle das coisas. Ele clamou: “Não existe deus senão Tu!” e pediu por ajuda. E pedindo ajuda, sua prece foi atendida.

Ibn Kathir comentou sobre esta parte da história, que quando Yunus admite que não existe nenhuma divindade além de Allah e que só Allah pode salvá-lo, algo maravilhoso acontece. Primeiro, a baleia começa a cantar louvores a Allah, depois também todos os pequenos peixes próximos a ela, e então todas as criaturas do mar, cada um de sua própria forma, até que houvesse um grande coro de louvor. A baleia nadou até a superfície e expeliu Yunus na praia. Assim como Allah usou a baleia para salvar Yunus na tempestade e de se afogar no oceano, Ele também a usou para levar Yunus a salvo para a terra novamente.

E tem mais. Yunus se sentia enjoado e dolorido enquanto deitava na areia sob um calor abrasador, ainda sem saber o que seria dele. Allah cuida ainda mais dele e faz crescer uma planta sobre ele para cobri-lo com sua sombra. Quando ele se recuperou do suplício e sua pele parou de doer por causa dos ácidos no estômago na criatura, ele decidiu retornar à Nineveh e ver o que tinha acontecido com a cidade e com seus habitantes. Quando ele chega lá, para sua grande surpresa ele vê que a cidade e os habitantes não tinham sido destruídos, mas que haviam todos se voltado para Allah. Sua mensagem os havia alcançado. Talvez quando eles viram a tempestade terrível crescendo distante, eles tenham visto nela uma imagem do que os atingiria se eles não se arrependessem. Não sabemos porque eles se voltaram para Allah, mas eles o fizeram. Yunus, então, após suas aventuras, finalmente ficou feliz pois sua missão havia sido completada.

Há muito que esta história de Yunus pode nos ensinar. Primeiro, leiam vocês mesmos no Quran. Yunus é mencionado nos seguintes versículos:

Surat an-Nissa 4:163; Surat Al-An’am 6:86; Surat Yunus 10:98; Surat Al- Anbiyah 21:87; Surat As-Saffat 37:139-148; e Surat Al Qalam 68:48-50.

sexta-feira, agosto 23, 2013

O Véu, Arma Contra a Islamofobia na Suécia

Na Suécia, apresentadoras de televisão, cantoras, políticas e dezenas de mulheres e homens anônimos, não muçulmanos, decidiram pôr um véu como forma de protesto, depois de um suposto ataque racista (em apoio a muçulmana grávida agredida no país). A iniciativa provocou furor nas redes sociais. Usando o hijab, as mulheres publicaram as sus fotos 'veladas'. As fotos podem, igualmente, ser vistas no Instagram.

O acontecimento que deflagou  a iniciativa ocorreu sexta-feira passada num parque de estacionamento em Estocolmo. Uma moça de 20 anos, grávida, foi agredida no subúrbio de Farsta. Um desconhecido bateu a cabeça dela contra um carro. Segundo o porta-voz da polícia, Ulf Hoffman, na imprensa local, diz não haver nenhuma dúvida de que isso é um crime racista.

Os organizadores dizem que não é um caso único, e que tais crimes estão crescendo na Suécia. "Queremos que as pessoas usem o lenço, na segunda-feira. Em primeiro lugar, porque queremos normalizá-los. As pessoas vêem os véus e os muçulmanos como algo estranho (impróprio). Esta poderia ser uma boa oportunidade para conhecer o que as mulheres muçulmanas estão passando", explicou Bilan Osman, um dos organizadores, ao Diário Göteborg.

Segundo um amigo da mulher atacada, que falou com a Radio Sveriges, resgaram o véu da vítima e depois bateu com a cabeça dela contra um automóvel até ela desmaiar, enquanto proferiram insultos racistas.

Num artigo de opinião publicado no jornal sueco 'Aftonbladet' no domingo, os organizadores do #hijabuppropet instaram a Ministra da Justiça, Beatrice Ask, a tomar medidas para "garantir o direito à segurança pessoal e a liberdade religiosa muçul-mana sueca, sem estar sujeita a ataques verbais e físicos", recolheu a Al Jazeera.

A apresentadora da Televisão mudou Gina Dirawi mudou a sua foto de Twitter e, juntou-se, também ao movimento da política Palma de Verônica.

«O princípio da liberdade religiosa é um princípio por todos partilhados. Contudo, será isto o que verdadeiramente se verifica? «Governos e a Sociedade Civil devem reagir perante a ISLAMOFOBIA e diante de qualquer prática que fomente o ódio e a intolerância religiosa, incluídos os ataques aos lugares de culto; só o fomento da compreensão, da tolerância e do respeito em questões de liberdade cultural e religiosa poderão assegurar o futuro da convivência democrática».

Fonte: 22/08/2013 - Autor: Amanda Figueras - Fonte: elmundo.es http://www.elmundo.es/elmundo/2013/08/20/internacional/1377009073.html (Tradução: M. Yiossuf Adamgy / Al Furqán).

quinta-feira, agosto 22, 2013

E NÃO NOS CABE MAIS DO QUE TRANSMITIR A MENSAGEM. Segunda e última parte do tema:

Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem" .

No Surat 36 (capítulo do Cur’ane com o nome Yácin), encontramos palavras de conforto que Deus, o Altíssimo, transmitiu ao Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), quando ainda estava em Maka, após as primeiras revelações. Nos primeiros tempos da divulgação do monoteísmo, apelando aos Coraixitas para deixarem de adorar ídolos, que nada lhes serviam, foi muitas vezes agredido e maltratado. Os descrentes referiram que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) não podia ser um mensageiro por ser um homem como eles e que ele pretendia desvia-los das tradições dos seus antepassados. Assim, nos seguintes versículos do Surat Yácin, Deus explica ao Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) que a mesma situação aconteceu aos mensageiros que mandou para uma certa cidade:

E lembra-lhes como exemplo o que aconteceu aos moradores duma certa cidade, quando lá chegaram os mensageiros. Yácin 36:13

Alguns comentadores referem-se à cidade de Antioquia, onde reinava o rei Antíoco. Outros referem que não há evidências de que se refere a esta cidade. O objectivo deste versículo foi alertar os Coraixitas por seguirem o mesmo exemplo da teimosia do povo daquela cidade, negando as mensagens de Deus, transmitidas pelos Seus Mensageiros.

Quando Nós (em primeiro lugar) lhes enviamos dois mensageiros e eles os desmentiram; e então Nós reforçamo-los com um terceiro; Eles (os três) disseram: “Ficai sabendo que fomos enviados a vós como mensageiros”. Yácin 36:14

Eles disseram: “Não sois senão mortais como nós, sendo que o Beneficente não vos revelou nada; vós não fazeis mais do que mentir”. Yácin 36:15.

Foram rejeitados muitos Mensageiros porque os povos não acreditavam que simples humanos pudessem ser portadores de revelações divinas. “Eles dizem: que espécie de mensageiro é este que come e se move nas ruas” . Al.Furqan 7. O povo de ‘Ad também rejeitou o Profeta Hud (Aleihi Salam) referindo que ele não era mais do que um ser humano. Ao Profeta Salih (Aleihi Salam) também foi-lhe dito pelo povo de Thamud: “vamos seguir um homem entre nós mesmo?”. (Al Qamar 24). E os Profetas de Deus sempre lhes respondiam: “É verdade que não somos mais do que seres humanos como vocês, mas Deus mostra o Seu favor aos Seus servos que Lhe apraz. (Ibrahim 10,11). Os descrentes de Maka também não aceitaram Muhammad (Salalahu Aleihi wassalam), por ser um homem como eles e saído deles mesmos. No Cur’ane e em todos os outros Livros Sagrados, é referido de que os mensageiros eram seres humanos e não anjos ou seres sobrenaturais.

Os mensageiros disseram-lhes: “Nosso Senhor sabe na verdade que somos enviados a vós, como mensageiros”. Yácin 36:16 
“E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem”. Yácin 36:17

Com estes versículos Deus tranquiliza e também lembra ao Profeta Muhammad (Salalalu Aleihi Wassalam) de que a sua missão é só o de transmitir a palavra de Deus. Se a aceitarem, serão bem aventurados neste e no outro mundo. Se a rejeitarem, prestarão contas por isso. E cabe a Deus encaminhar ou não os desviados. 

Lembremo-nos de que o Profeta insistia com o seu tio Abdul Talib para se converter ao Islam. De acordo com a narração de Al-Musaiyab, quando Abu Talib estava no seu leito da morte, Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) foi visitá-lo e encontrou Abu Jahl que estava sentado ao lado dele. O Profeta disse: Ó meu tio diga: “Ninguém é digno de ser adorado, excepto Deus”, uma expressão com a qual te vou defender perante Deus”. Abu Jahl e Abdullah Bin Umaya disseram: “Ó Abu Talib, tu vais deixar a religião de Abdul Mutalib?”. E eles continuaram a dizer estas palavras e as ultimas palavras proferidas por ele (antes de morrer), foram: “Eu estou na religião de Abdul Mutalib”. Então o Profeta disse “Eu vou continuar a pedir perdão a Deus para ti, a menos que eu seja proibido de o fazer”. Então, foi revelado o seguinte versículo do Cur’ane: “É inadmissível que o Profeta e os fiéis implorem perdão para os idólatras, ainda que estes sejam seus familiares…” 9:113. Outro versículo foi revelado: “Por certo que não és tu que orientas a quem queres; contudo Deus orienta a quem Lhe apraz, porque conhece melhor do que ninguém os encaminhados. 28:56. Bhukari 58:223.

Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem" . Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!” . 10.10. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá 22/08/2013 abdul.manga@gmail.com

quarta-feira, agosto 21, 2013

A Compaixão no Islão - Por: M. Yiossuf Adamgy (Director da Revista Islâmica Portuguesa Al Furqán)

Será a compaixão central ao Islão? Muitas pessoas pensam que a jihád é mais importante para o Islão do que a compaixão. Pelo menos, esta é a impressão geral das pessoas, incluindo, naturalmente, os muçulmanos. Mas não é bem assim. A compaixão é muito mais central ao Islão do que a jihád. Certos acontecimentos na história do Islão e também no mundo contemporâneo é que fizeram com que esta impressão sobre a jihád se fosse espalhando...

De fato, a compaixão representa o verdadeiro espírito do Islão e é muito mais essencial aos ensnamentos islâmicos do que outra coisa qualquer. Existem certas palavras-chave no Alcorão que são extremamente destacadas, das quais quatro são frequentemente repetidas: rahmah, ihsan, ‘adl e hikmah (compaixão, bondade, justiça e sabedoria). Rahmah (compaixão, misericórdia) e as suas raízes abundam no Alcorão Sagrado. Entre os próprios nomes de Deus (ár. Allah) estão Rahman e Rahim (Beneficente e Misericor-dioso). Um muçulmano começa tudo por recitar Biçm-i-Allah al-Rahman al-Rahim (ou seja, começará em nome de Allah, Beneficente e Misericordioso). Assim, um muçulmano deverá invocar Deus como sendo compas-sivo e misericordioso em todos os momentos. Não invoca os outros nomes de Allah (de acordo com a crença islâmica, Allah tem 99 nomes), apenas o invoca como sendo Misericordioso e Compassivo.

O Alcorão também diz que os crentes (Mu'minin) são misericordiosos uns com os outros. Allah é chamado, pelo Alcorão, como Rahim e Rahman. E de acordo com Mufradat, do Imame Raghib, Rahman é Aquele cuja misericórdia engloba todos, não apenas todos os seres humanos, mas também toda a criação. Assim, só Deus pode ser Rahman, ninguém mais. Nós, os seres humanos, temos as nossas próprias limitações.

Amamos os nossos companheiros religiosos mais do que aqueles que pertencem a outros grupos religiosos; amamos aqueles que falam a nossa própria língua mais do que aqueles que falam outras línguas; e amamos os seres humanos mais do que os animais.

Mas não é assim com Allah. Allah ama e concede a Sua misericórdia de forma igual para todos. E se fomos realmente crentes em Allah, também não devemos fazer tais distinções. Devemos amar todos os seres humanos, independentemente de pertencerem ou não à nossa religião, falarem ou não a mesma língua ou terem ou não a nossa cor de pele. Se Deus é Rahman (Misericordioso) para todos nós, os Seus servos também devem tentar imitá-Lo tanto quanto puderem. A verdadeira ‘ibadah (adoração) pode apenas ser afirmada quando tentamos beber os elementos da Sua conduta.

Desta forma, um verdadeiro muçulmano é aquele que, embora fiel às suas tradições, mostra igual amor e compaixão por todos os seres humanos, quer pertençam ou não à sua fé. Cada fé é única e deverá ser reconhecida como tal, mas não deve ser uma ferramenta para a discriminação. O próprio Alcorão declara que todos os seres humanos, todos os filhos de Adão foram honrados da mesma forma (17:70). Assim, não há justificação para mostrar discriminação com base na religião, no que respeita aos ensinamentos do Alcorão.

Muitos ‘Ulema (eruditos) proeminentes alegaram que Deus é Rahman (Misericordioso) porque gostava até de kafirs (descrentes). Há uma importante tradição sufi que é um bom indicador desta compaixão de Allah. Diz- -se que o Profeta Ibrahim (Abraão), paz esteja com ele, não comia a menos que houvesse algum convidado na sua mesa. Uma vez, aconteceu que nenhum convidado apareceu e o Profeta Abraão (a.s.) estava com fome. Então, Abraão saiu à procura de um convidado e encontrou um homem muito idoso na floresta próxima. Convidou o homem para jantar com ele e o homem concordou e começou a caminhar com Abraão. No caminho, Abraão perguntou-lhe sobre a sua religião e o homem respondeu que era ateu. O Profeta Abraão ficou irritado e cancelou o seu convite. Após ter feito isto, ouviu uma voz do alto: “Ó Abraão, Nós toleramo- lo (esse homem muito idoso) durante setenta anos, apesar da sua descrença e tu não conseguiste tolerá-lo uma milionésima parte de 70 anos”. Abraão arrependeu-se e levou o homem para jantar.

A lição é clara: em que acreditar e quem está certo e quem está errado é uma questão que deve ser deixada a Allah e não ao nosso juízo fraco. Os nossos julgamentos são frequentemente influenciados por vários factores, incluindo o nosso ego, os nossos interesses, as nossas crenças, a cor da nossa pele e a nossa etnia. Só Deus pode julgar da forma mais imparcial. Assim, o nosso respeito pelos outros e a nossa compaixão não devem estar destinados a um número limitado de grupos. Devem ser o mais amplo possível.

Quando o Alcorão refere os pontos fracos (musta’ifun), não os qualifica como muçulmanos. Usa os musta’ifun como sendo de todos os seres humanos. E todos eles são igualmente merecedores da nossa compaixão e da misericórdia de Allah, nem mais, nem menos. O Alcorão não usa palavras como órfãos muçulmanos, viúvas muçulmanas ou escravos muçulmanos. Usa essas palavras no geral, sem qualificação alguma. Da mesma forma, o Alcorão não usa qualquer qualificação para os poderosos e arrogantes. Podem pertencer a qualquer religião, raça ou etnia. A arrogância é condenável, seja qual for o lugar em que se encontre.

A atitude do Alcorão é tão compassiva para com todos os seres humanos que, mesmo na questão de wassiyyah (ou seja, fazer um testamento) aconselha que, tirando a família, se alguém necessitado estiver presente nesse momento, há que tomar providências para com ele também. Além disso, o Alcorão usa a palavra sadaqah para a caridade, que deriva da raiz que significa Sidq – veracidade. A verdadeira caridade (sadaqah) é feita com total sinceridade e honestidade. Tudo o que for dado para mostrar e exibir, ou que não for dado com a intenção sincera e compassiva, não será considerada sadaqah.

Apenas esse sentimento se pode qualificar como compaixão, que move o nosso coração para o sofrimento dos outros e que nos motiva a ajudar os outros. Por isso, o uso da palavra sadaqah para caridade é muito significativo. É a condição de uma pessoa humana e não a sua religião que deve movê-la a ajudar. A compaixão é a uma das melhores qualidades que se pode ter para com as outras criaturas, especialmente em relação aos outros seres humanos e animais. É o sofrimento que é mais fundamental; não é a nossa religião, língua ou raça.

O Alcorão, que descreve algumas qualidades de um bom crente, diz: “Apressai-vos em obter a indulgência do vosso Senhor e um Paraíso, cuja amplitude é igual à dos céus e da terra, preparado para os tementes, que fazem caridade, tanto na prosperidade, como na adversidade; que reprimem a cólera; que perdoam o próximo. Sabei que Allah aprecia os benfeitores, que, quando cometem uma obscenidade ou se condenam, mencionam a Allah e imploram o perdão por seus pecados – mas quem, senão Allah perdoa os pecados? – e não persistem, com conhecimento, no que cometeram.” (3:134).

Assim, constata-se que aqueles que controlarem a sua raiva e perdoarem os outros e fizerem o bem aos outros, são aqueles a quem Deus ama. E essas qualidades estão muito na base da compaixão. A raiva e a violência são sempre denunciadas por Allah. São o exato oposto da compaixão. Um dos nomes de Deus é Ghafur, ou seja, aquele que perdoa, aquele que não é vingativo. Uma pessoa compassiva jamais pode ser vingativa.

Do estudo mais minucioso do Alcorão e dos Ahadith pode-se concluir que a compaixão é a melhor qualidade humana e que ninguém merece ser considerado humano a menos que seja compassivo. Por conseguinte, a compaixão é bastante central aos ensinamentos do Islão. 

Fonte:Reflexões Islâmicas - nº. 26 - www.islao.pt /www.alfurqan.pt - alfurqan2011@gmail.com / alfurqan04@yahoo.com

segunda-feira, agosto 19, 2013

O meu Comentário à reflexão islâmica intitulada «Seguindo as Tradições» da autoria de Joseph Islam, e traduzida e enviada por Yassin Fakir

Por: M. Yiossuf Adamgy

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

O nosso irmão e leitor de “Al Furqán” Yassin Fakir traduziu e enviou para a Al Furqán o artigo intitulado «Seguindo as Tradições», da autoria de Joseph Islam, o qual foi publicado na “Reflexão Islâmica” nº. 24.

Na altura, não obstante o artigo em questão requerer um comentário esclarecedor da minha parte, em ralação a alguns pontos, publiquei-o na sua íntegra, acrescentando-lhe, no entanto, apenas e em separado, uma informação sobre o livro «Um Dia na Companhia do Profeta Muhammad (s.a.w.)», editado pela “Al Furqán”, livro esse que apresenta 100 “Ahadith” seleccionados, para que os Muçulmanos e Não-Muçulmanos se familiarizem com a Sunnah do Profeta Muhammad (s.a.w.).

Decidi fazer o meu comentário, posteriormente e em separado, na “Reflexão Islâmica” seguinte, ou seja esta, a nº. 25.

Entretanto, quando me preparava para a publicar, recebi do ilustre Maulana Rizwan, Director do Colégio Islâmico de Palmela, um e-mail, onde manifesta o seu desagrado em relação ao conteúdo do artigo de Joseph Islam, e dizendo, a dado passo, o seguinte, que passo a citar:

«No artigo que Bhai Yussuf enviou, o autor (Joseph Islam) diz:

"Comer com a mão esquerda ou a mão direita não é uma questão do Alcorão. Mas, se alguém afirma, sem o mandado do Alcorão que os crentes são obrigados a comer com a mão direita por uma questão religiosa, então isso é inaceitável à luz do Alcorão, independentemente de como muçulmanos tentam justificar as tradições em nome do Profeta."

Isto é muito grave, não sei se Bhai Yussuf conhece pessoalmente o autor ou não, mas o teor do artigo evidencia a teoria dos Munkirin Hadith (ou Quránis).

Hoje falou de comer com a mão direita não estar no Qurán, por isso, simplesmente, rejeita-se apesar de à luz de claros Ahadith Sahih este acto ser considerado Sunnah do nosso Querido Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam). Hoje é isso amanhã talvez se questione onde está no Qurán que Salatul Fajr tem dois Fardh e Zuhr quatro e que Asr tem quatro e assim sucessivamente.

Com certeza que terá conhecimento dos Ahadith mas apenas por uma questão de relembrar deixo aqui dois Hadith claros: 

a) Sayyiduna Abdullah Ibn Umar (Radiyalláhu Anhuma) relata que Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) disse: "Quando um de vós comer, deve comer com a mão direita e se beber também deve beber com a mão direita." (Musslim, Tirmizi)

b) Sayyiduna Abdullah Ibn Umar (Radiyalláhu Anhuma) relata que Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) disse: "Nenhum de vós não deve comer ou beber com a mão esquerda pois o shaitán é que come e bebe com a mão esquerda." (Musslim)

Referir-se acerca deste tipo de narrativas claras e sucintas como não aceitável à luz do Alcorão é simplesmente o caminho da rejeição da fonte do Islám ou seja a Sunnah (Hadith). Pelo conhecimento que tenho de si, creio que até Bhai Yussuf não corroborará com essa visão pois nesse mesmo email há o anúncio de mais uma obra sua onde o Senhor, Mashaallah, escreve no sinopse o seguinte:

«Este livro observa as regras e as normas desde ao erguer-se ao alvorecer até à hora de ir dormir, na última parte da noite.

Os 100 Ahadith apresentados neste livro foram seleccionados e traduzidos pelo autor, das colecções de Sahi al-Bukhari, Sahi Muslim, Jami al-Tirmidhi, Sunan Abu Daud, Sunan al-Nissa’i e Sunan Ibn Maja. A maior parte foi retirada de Miskatal-Masabih e Riyad al-Salihin».

Bhai Yussuf sabe que o nosso querido Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) deixou para a Ummah duas coisas acerca das quais ele foi claro:

"Deixo ficar convosco duas coisas que se segurarem a elas jamais se desviarão: Livro de Allah e a minha Sunnah."

Por conseguinte, tentar compreender o Quran sem a Sunnah (Hadith) não só é impossível como até é contra a orientação do próprio Qurán que diz:

"E a Ti enviamos a Mensagem para que expliques os humanos a respeito do que foi revelado, para que meditem." (Surah Nahl (16), Versículo 44).

Portanto, Raçulullah (Sallalláho Alaihi Wa Sallam) é o Mufassir (explicador) do sagrado Qurán, não sendo possível entender o Sagrado Qurán sem a sua explicação.

O facto de este artigo ter sido enviado por si, um homem respeitado por todos na nossa Comunidade, poderá criar nos nossos irmãos e irmãs muitas dúvidas e confusão, algo que shaitán aproveitará para desestabilizar o Imán (fé) que infelizmente nem é tão forte, nos dias de hoje.

Assim, agradeço que reflicta sobre as observações que deixo aqui e inshaallah se pretender, poderemos falar pessoalmente, também.

Jazakallah pela sua atenção.

Wassalam.

Rizwan».
///
Respondi ao Maulana Rizwan, dizendo-lhe que concordava com ele, agradecendo a sua intervenção. Que eu próprio era de opinião que se deve esclarecer, tanto que estava já a preparar um artigo a esse respeito. Com a sua ajuda, seria melhor.

Face ao exposto, solicitava a sua autorização para, baseando nesse seu e-mail, divulgar estas suas observações (e outras mais que fossem convenientes) na próxima reflexão. E que esperava que, in cha Allah, com esse esclarecimento, pudesse transmitir e rebater essas posições, não obstante o autor do artigo ter a respectiva liberdade de pensamento.

Quanto à sua afirmação ou opinião, no final do seu e-mail: “o facto de este artigo ter sido enviado por si, um homem respeitado por todos na nossa Comunidade, poderá criar nos nossos irmãos e irmãs muitas dúvidas e confusão...”, devo dizer, aqui, com todo o respeito e sinceridade, que não comungo dessa opinião, pois não obstante estar em desacordo em relação a alguns pontos deste artigo de Joseph Islam (traduzido e enviado por Yassin Fakir) que aqui se irá esclarecer, há que sublinhar o respeito que o autor merece, como testemunho revelador da tolerância, da liberdade de pensamento e do nível intelectual do debate de ideias dos pensadores. A minha missão é trazer luz à essas questões, de acordo com a Sunnah do Profeta (s.a.w.), sem contundir com o Alcorão.

Posto isto, aqui vai o meu simples e curto esclarecimento (embora, a esse respeito, já o tivesse feito, noutros meus artigos):

É certo que a primeira fonte do Islão é o Alcorão e depois a Sunnah, os Ahadith que servem para explicar e esclarecer os versículos Alcorânicos. Não para os contrariar. Por conseguinte, os Quranis não estão certos na sua inclinação de seguirem exclusivamente o Alcorão, pois erram ao supor que se seguirem Muhammad (p.e.c.e.) não estão a seguir o Alcorão. Obedecer ao Profeta é obedecer a Deus (ár. Allah). [Alcorão, 4:80]. Na verdade, vós tendes um bom exemplo no Mensageiro de Allah… [Alcorão, 33:21].

Por outro aldo, o Profeta Muhammad (p.e.c.e.) distinguia, inequivocamente, aquilo que lhe tinha chegado sob a forma de revelação divina, e o que não: «Não passo de um ser humano. Quando vos ordeno algo relativo à vossa religião, aceitem-no. Se vos ordenar algo baseado na minha opinião pessoal, sou meramente um ser humano».

Os seus seguidores assim o sabiam, pois ele frequen-temente seguia os seus conselhos ao invés de insistir nas suas próprias ideias, quando estas não eram reve-lações.

Aceitam a palavra do Alcorão e de Muhammad (p.e.-c.e.), que este era um ser humano que cometia falhas mas, como era um Profeta, era corrigido por Allah. 

Aceitam a palavra do Alcorão e que o Alcorão (os seus ensinamentos, como originalmente transmitidos, — i.e. o seu significado, Alcorão, 56:77-80) será preser-vado. Esta promessa não abarca os Ahadith. Os Aha-dith, apesar de conterem a Sunnah do Profeta (s.a.w.) são variáveis, tanto em termos de qualidade, confiança e interpretação. Devemos ser cautelosos na sua abordagem, embora não haja necessidade de os rejeitar a todos. É através dos Ahadith (Sahih) que sabemos a história do Profeta (s.a.w.) e a compre-ensão da revelação do Alcorão.

Existe sempre a possibilidade de seleccionar alguns Ahadith que são triviais, outros que aparentemente con-tradizem o Alcorão, outros que se contradizem entre si, outros ainda que são relatos diferentes de um mesmo acontecimento, outros elaborados como acrescentos ou distorções por sectários e assim por diante. Apesar dis-so, existem muitos que nos relatam as circuns-tâncias em que alguns dos versículos do Alcorão foram revelados, outros que nos dizem como aque-les foram interpretados e aplicados em determinada altura, e outros ainda que iluminam os versículos do Alcorão.

Se Allah me ajudar e se tiver algum apoio financeiro, gostaria, de um dia, publicar, para esclarecimento desta temática (Alcorão e a Sunnah são fontes inseparáveis do Islão), um trabalho intitulado "A Ciência do Hadith", estudando duas ciências principais: ‘ilm al-hadîz riwâyatan (a ciência do hadith enquanto a sua trans-missão) e o ‘ilm al-hadîth dirâyatan (a ciência do hadith como investigação)..., dando ênfase que a Sunnah tem, categoricamente, o seu lugar na Legislação Islâmica, e isso porque o Profeta Muhammad (s.a.w.) ordenou aos seus companheiros que obesdecessem o Alcorão e a Sunnah.

Para os eruditos do Islão, na verdadeira acepção da palavra, a Sunnah é o registo de todos os feitos, ditos e confirmações do Mensageiro, não obstante ser a segunda fonte da Legislação Islâmica (o Alcorão é, obviamente, a primeira).

O Alcorão e a Sunnah são inseparáveis. A Sunnah clarifica as ambiguidades que contém o Alcorão, explicando-se sobre o mencionado de modo sucinto neste; especificando o não condicionado; generalizando o específico; e particularizando o geral...

Por exemplo, como orar, jejuar, dar esmola e fazer a peregrinação é estabelecido e explicado na Sunnah. Na verdade, a Sunnah é relevante no que diz respeito a todos os aspectos do Islão e os muçulmanos devem viver de acordo com isso. Por este motivo, tem sido estudado e transmitido, de geração em geração, quase com o mesmo cuidado que com o Alcorão. 

O Profeta (p.e.c.e.) ordenou aos seus Companheiros que obedecessem a Sunnah categoricamente. Falou claramente para que eles pudessem entender e memorizar as suas palavras e os exortou que transmitissem a sua palavra às gerações futuras. Às vezes, ele até pedia que eles escrevessem as suas palavras, uma vez que "tudo o que digo é verdade". Os Companheiros prestavam toda atenção aos seus ditos e feitos e mostravam um grande desejo de moldar as suas vidas à dele, mesmo nos pequenos detalhes. Consideravam cada palavra e ação dele como um mandato divino ao qual deviam respeitar e seguir da forma mais fiel possível. Ao considerar as suas palavras como presentes divinos, eles interiorizaram-nas, preservaram-nas e transmitiram-nas.

Considerando que a verdade é a pedra angular do carácter muçulmano, os Companheiros não mentiam. Da mesma forma não alteraram o Alcorão, fazendo tudo o possível para preservar as tradições e confiá-las para as gerações futuras, memorizando-as ou escrevendo-as. Entre as colecções de Hadith feitas na época dos Companheiros, existem três muito famosos: a Al-Sahifa al-Jurema por Abdallah ibn Amr ibn al-As, Al-Sahifa Al- Saheehah por Hammam ibn Munabbih e Al-Majmu por Zayd ibn Ali ibn Husayn.

Os Companheiros foram extremamente sérios narran-do as tradições. Por exemplo, Aisha e Abdallah ibn Omar (r.a.) narraram-nas palavra por palavra, sem mudar sequer uma única letra. Ibn Massud e Abu al-Darda (r.a.) tremiam como se tivessem febre, quando se lhes pedia para que transmitissem uma tradição.

O Califa Omar ibn Abd al-Aziz (que governou durante a época de 717-720 d.C.) ordenou que fossem escritas as tradições preservadas oralmente e rela-tado numa base individual. Personalidades famosas tais como Said ibn al-Musayyib, Alqama, Sufyan al-Zawri e Zuhri, foram os pioneiros desta tarefa sagrada. Em seguida, eles foram seguidos pelos grandes especialis-tas que concentraram completamente na transmissão exacta das tradições e no estudo de seu significado, formulação e prudentes críticas de seus narradores.

Graças a todos eles, temos uma segunda fonte do Islão na sua pureza original. Somente através do estudo da vida do Profeta (s.a.w.) e moldando a ela a nossa vida, é que se pode alcançar a satisfação de Allah e o caminho que conduz ao Paraíso. Os grandes santos receberam a sua luz deste "sol" e guia, o Profeta Muhammad (s.a.w.), enviando-a aos que se encontra-vam na obscuridade, a fim de que pudessem encontrar o seu caminho.

Posteriormente o Bukhari e o Muslim e outros fizeram o seu melhor ao seleccionarem os Ahadith, não obstante terem rejeitado milhares de Ahadith aquan-do da sua consagrada selecção, por duvidarem da veracidade dos mesmos; ainda assim, eventualmente, poderão ter passado alguns Ahadith com falhas ou não serem correctos. Por conseguinte, os eruditos islâmi-cos são, na sua maioria, unanimes em afirmar que qualquer hadith que, em vez de esclarecer, contrarie o espírito dos versículos Alcorânicos, deve ser rejeitado.

«Quem introduza na nossa Sunnah uma opinião que não existia, será rejeitado”. (Bukhari, Muslim e Ibn Maja).

Este válido critério foi observado pelos grandes eru-ditos do Islão, desde o início. Hazrat Aisha (r.a.) teve um papel de capital importância no que se chamou a codificação ou regulamentação da Tradição do Profeta (s.a.w.) ou Tawtiq as-sunna. Foi a primeira sábia que criou as bases para esta codificação utilizando, parti-cularmente, o princípio da confrontação do hadith com o Alcorão. A sua célebre frase “Entre vocês e eu está o Livro de Deus”, dita num dos seus debates com outros sábios, foi tomada como base da legislação de nume-rosas disciplinas a fim de avaliar qualquer hadith, antes da sua propagação e difusão.

Continua a ser o fio condutor dos pensadores actuais. Ibn Khaldun escreveu: "Não acredito em nenhum Hadith ou relato de um Companheiro do Profeta, paz esteja com ele, como sendo verdadeiro se diferir do sentido do Alcorão, por muito fidedignos que tenham sido os seus narradores. Não é impossível que um narrador pareça fidedigno, embora seja movido por outros motivos. Se os Ahadith fossem analisados pelos seus conteúdos como o foram relativamente à cadeia de narradores que os transmitiram, grande parte deveria ter sido rejeitado. Um princípio aceite é o de que um Hadith pode ser rejeitado se divergir do sentido do Alcorão, dos princípios da Chariah, das leis da lógica, ou de qualquer outra verdade evidente". Este critério, que foi apresentado pelo Profeta Muhammad (p.e.c.e.) e seguido por ibn Khaldun, está em perfeita harmonia com a análise científica moderna».

Espero ter esclarecido, satisfatoriamente.

Que Deus nos abençoe a todos, concedendo-nos orientação e felicidade. Qualquer bem que advenha deste esclarecimento, deve-se à benevolência de Deus e, caso eu tenha dito algo inútil, foi por defeito meu. Deus, o Altíssimo, é perfeito.

Crê quem quiser, não crê quem quiser. Apenas Allah nos julgará.

"Ó Allah! É de Ti que dependemos, é a Ti que recorremos, e é para Ti que todos nós regressaremos." (Alcorão, 15:19). ■