sábado, dezembro 28, 2019

E matai-os onde quer que os encontreis” – Explicando os versos do Alcorão que ordenam matar



Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso

Introdução do tradutor (Dante Ibrahim Matta):

O que é muito interessante observar aqui é o fato de que os extremistas e os islamofóbicos têm o mesmo métodos: Negam o contexto da tradição teológica pretendendo interpretar ‘’diretamente’’ o Alcorão, quando na realidade distorcem o Alcorão para servirem a sua própria agenda politica, ou se extraviam por ignorância e orgulho.

Está totalmente proibido interpretar o Alcorão sem ter as qualificações para faze-lo…

Todas as pessoas podem interpretar, porém têm que estudar primeiro. Não há clero no Islam, mas uma hierarquia de estudo e conhecimento. O que garante a competência do professor é o fato de que ele recebeu uma autorização de ensinar por parte de um professor reconhecido pela comunidade (ijaza). O profeta Muhammad disse neste sentido: ‘’Minha comunidade não pode por-se de acordo sobre um erro.’’

A comunidade aqui indica aos sábios da comunidade.

A luz que dão os comentários do sábio somente sobre estes dois versículos indicam a necessidade absolta de estudar o Alcorão com um professor competente e com livros de comentário (tafsir) reconhecidos e variados, também é necessário um bom conhecimento da vida do profeta Muhmmad (que a paz esteja com ele). São ferramentas necessárias para hora de ler o Alcorão para entender-lo corretamente.

Há um abismo entre o que se entende destes versículos sem e com o conhecimento requerido.

Uma regra fundamental para nunca se esquecer:

‘’Os ahadiths (ditos do profeta) sem fiqh (compreensão e jurisprudência) extraviam.’’

A mesma regra se aplica ao Alcorão e talvez mais, porque a Palavra de Deus indica certeza enquanto o hadith, exceto alguns como os hadiths mutawatir que teem muitíssimos narradores diferentes e um mesmo conteúdo, nunca podem chegar a ser considerados 100% autentico, e sempre existe uma duvida.

O teólogo Imam Abu Hamdi Al-Ghazali (século 11) disse:

‘’Quem pretende que os hadiths indicam a certeza tem uma enfermidade mental.’’

Um grupo muito famoso por haver se extraviado com o Alcorão é o grupo dos khawarij (خوارج), que criticaram ao próprio profeta e logo se levantaram contra os companheiros e o familiar do profeta, Ali, e o mataram.

Chegaram tão longe no extravio que mataram membros da própria família do profeta e muitos dos companheiros, em nome do Alcorão.

Como não tinham nenhum tipo de entendimento claro sobre o Alcorão, se dividiram em uma infinidade de grupos, e terminaram por matarem a si mesmos, por que uns se referiam sobre tal parte do Alcorão e os demais sobre outra.

O Alcorão é um livro holístico, que tem que ser aceitado totalmente para ser entendido, e o livro em si o diz: ‘’Credes, acaso, em uma parte do Livro e negais a outra?’’ (2:85)

Este grupo tem descendências até o dia de hoje, e seu desvio é tão claro que não é necessário indicar aqui seus nomes, o profeta nos advertiu sobre o perigo que constitui este grupo, e disse que : ‘’O Islam deles não irá além de suas gargantas’’, o que significa que não baixa até o coração, não têm um conhecimento profundo da religião, suas únicas ciências são a emotividade e a superficialidade. O critério para reconhecer um grupo desviado é escutar o que dizem os sábios da comunidade sobre eles. Os khawarij assim como o Daesh (ISIS) hoje não tem nenhum sábio que reconhece sua legitimidade.
Os Versículos que Ordenam matar no Alcorão 

(uma resposta a extremistas e islamofóbicos)  Por Mufti Siraj Desai

Pergunta:

‘’Recentemente participei em uma discussão religiosa em meu trabalho com um de meus colegas cristãos, e ele me pediu para explicar-lhe um versículo do Alcorão com o qual parecia que tinha um problema.

Se tratava do versículo 89-90 da surah 4, nos quais Allah ordena aos muçulmanos em duas ocasiões matarem os não crentes.

Lhe disse que como não era um ‘’’expert ‘’ na explicação do Alcorão, iria me informar com meus respeitáveis sábios e que voltaria então a ele a respeito destes versículos. Por favor, Mufti Saheb, poderia me explicar estes versículos e dar-me um comentário (tafsir) detalhado destes versículos para que eu possa contestar a meu colega não-muçulmano de maneira mais correta? Pode também mencionar outros versículos do Alcorão nos quais Allah ordena que os não-crentes sejam bem tratados? ‘’

Resposta:

Explicação dos versículos 89 e 90 da surah 4 (An Nisa, As Mulheres).

Começaremos fazendo uma tradução literal destes versículos:

‘’Anseiam (os hipócritas) que renegueis, como renegaram eles, para que sejais todos iguais. Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor.’’ 4:89 

’Exceto àqueles que se refugiarem em um povo, entre o qual e vós exista uma aliança, ou os que, apresentando-se a vós,estejam em dúvida quanto ao combater-vos ou combater a sua própria gente. Se Deus tivesse querido, tê-los-ia feito prevalecer sobre vós e, seguramente, ter-vos-iam combatido; porém, se eles se retirarem, não vos combaterem e vos propuserem a paz, sabei que Deus não vos faculta combatê-los.’’ 4:90 :

Desta tradução literal e com uma leitura profunda dos versículos anteriormente mencionado, é mostrada claramente que a ordem de matar é limitada e condicionada a certas circunstancias particulares.

Normalmente, os versículos do Alcorão devem ser entendidos em um certo contextoLidos fora deste contexto, o sentido então é alterado.

Os cristãos (obs: o mufti é da Africa do Sul, onde muitos grupos cristãos se dedicam as polemicas e a produção de panfletos que insultam o Islam) e também outros antagonistas do Islam, interpretam o Alcorão de maneira errônea e deformada, por que ignoram o contexto dos versículos e o fazem por negligencia pura, ou dissimulação voluntária.

Por contexto, entendemos o sentindo comum derivado de um grupo de versículos. Ao invés de tomar um versículo e citar-lo fora de contexto, o procedimento correto consiste em examinar os versículos que se encontram antes e depois com objetivo de obter um significado correto do que realmente diz o Alcorão. Em segundo lugar, para entender certos versículos complexos é necessário que o leitor recorra aos comentários oficiais e autênticos do Alcorão.

Nossos amigos não muçulmanos devem também levar em conta que o Nobre Alcorão contem princípios fundamentais e gerais sobre a maneria de governar, o culto, as transações etc…Porém, os detalhes estão nos ditos (hadiths) do profeta Muhammad (que a paz esteja com ele).

A razão desta diversificação é cuidar para que a nação muçulmana não se limite somente ao Nobre Alcorão para ser guiada, e sim integre também os hadiths. Tornando assim o profeta Muhammad (saws) uma figura maior do Islam e uma personalidade que deve ser honrada.

A palavra do profeta Muhammad (saws) (ou seja, suas tradições) foram postas de lado e separadas da palavra de Deus (ou seja, o Alcorão) para por em evidência a grande diferença entra a palavra pura de Deus e a apalavra do homem, ao contrário da Bíblia que contem uma mescla entre a palavra de Deus e a palavra do homem. Afinal, torna-se difícil distinguir a diferença. O sistema islâmico protege os muçulmanos para que não se encontrem no mesmo problema.

Nos versículos mencionados anteriormente, há vários indicadores que mostram claramente o contexto e a aplicação do sentido transmitido. A explicação a seguir colocará luz sobre o assunto:

1- Estes versículos foram revelados em Medina, depois que o mensageiro de Allah estabeleceu as fundações do novo Estado islâmico. É neste contexto do jovem Estado islâmico que os versículos mencionados foram revelados. Em consequência, o primeiro principio que aparece é que estes versículos são dirigidos ao Estado islâmico e não aos muçulmanos individualmente.

Toda pessoa inteligente compreenderá que o poder dado a um Estado ou a uma administração é muito mais firme, global e amplo que o poder de um individuo. Porém, dentro destas regras, o Estado islâmico não recebeu ‘’via livre’’ para matar não-crentes segundo sua livre vontade, como será explicado.

2- A parte ‘’até que tenham migrado pela causa de Deus’’ nos dá uma outra indicação sobre a aplicação deste versículo.

O versículo não pode estar se referindo aos não muçulmanos porque a migração pelo caminho de Allah (se trata do exílio dos muçulmanos de Meca para Medina, devido as perseguições que viveram sob domínio dos árabes politeístas ) não é um ato que os não-muçulmanos ou os incrédulos possam fazer. Em nenhuma parte do Alcorão se pede aos não-muçulmanos que emigrem ou deixem sua cidade natal. É então evidente que ‘’até que tenham migrado pela causa de Deus’’ faz referencia a pessoas que supostamente se fingiam de muçulmanos. Isso faz então referencia aos hipócritas, ou seja, as pessoas do tempo do profeta Muhammad (saws) que proclamavam exteriormente serem muçulmanas, porém, interiormente não eram. Estes traidores também foram culpados por incitar outras comunidades e nações a atacarem os muçulmanos, como é mencionado em vários livros de história.

O versículo antes deste, que é o versículo 88 que estipula claramente :‘’Por que vos dividistes em dois grupos a respeito dos hipócritas, uma vez que Deus os reprovou pelo que perpetraram?’’ O contexto desta seção do capitulo nos mostra claramente que o versículo 89 faz referencia aos hipócritas e não aos não-muçulmanos, como os judeus, cristãos ou árabes pagãos.

3- O versículo 89 diz: ‘’Porém, se se rebelarem,,,’’, esta instrução significa que si estes hipócritas, depois de haverem abraçado a fé islâmica, renunciam a religião e se rebelam contra a comunidade muçulmana, então devem ser capturados, ou seja presos, e mortos.  (ndt: o que corresponde em direito moderno a alta traição contra o Estado, se refere a atos como espionagem para forças hostis a nação ou atos de terrorismo, estes atos são punidos pelo maior castigo legal possível em todos os países do mundo. Porém não se trata de uma execução sumária. Os comentários estipulam que serão presos, julgados e (somente) se são reconhecidos culpados,serão executados. Serão executados porque cometeram o pecado imperdoável da traição, o que, em todos os governos ou países, é um crime grave punido com a morte, ou prisão perpetua).

Esta lei se aplica somente ao Estado islâmico e não é nenhuma autorização dada a todos os muçulmanos de irem matar não-muçulmanos (ndt: os quais nem são mencionados no versículo em questão). Alguns podem argumentar que estes detalhes não estão mencionados no Alcorão, e que então os muçulmanos que leem o Alcorão poderiam ser levados a equivocar-se e crerem que toda pessoa pode ir e matar qualquer um que abandonar sua fé. É claro que deve ser entendido que estes detalhes são dados ás comunidades muçulmanas por vários meios, como as madrassas (escolas religiosas), os sites islâmicos na internet de perguntas e respostas, conferencias públicas, folhetos, artigos e boletins de informações publicados de maneira regular.

Os muçulmanos são então bem inteirados destas regras e como se aplicam e é por isso que não se encontram muçulmanos fazendo tais coisas exceto os vários incidentes conhecidos de supostos muçulmanos que se desviam do Islam.

4- A frase ‘’onde quer que os acheis’’ deve ser tomada em conjunto com as duas palavras citadas anteriormente, ‘’capturai-os então, matai-os’’. Isto significa que os que se encontram culpados de traição devem ser perseguidos e capturados em qualquer lugar onde se ocultem, e que a pena de morte deve ser pronunciada. Se trata de fomentar um governo competente que pode aplicar a lei. Qualquer governo dever ter a capacidade e a habilidade permitindo-se perseguir os grandes criminosos que se ocultam entre suas estruturas (ndt: trata-se de contra espionagem) Uma administração que não está em capacidade de alcançar este objetivo, perde totalmente sua credibilidade no mundo inteiro.

5- O versículo 90 é outra indicação clara da justiça e da equidade defendida pelo Islam, e refuta a noção que os não-muçulmanos falsamente deduziram do versículo anterior, como que de alguma forma os muçulmanos são ordenados a matar aos não-crentes onde quer que se encontrem. Este versículo ordena ao governo muçulmano seguir as seguintes diretivas:

Honrar os tratados, pactos e compromissos feitos com outras nações.

Respeitar os amigos das nações com as quais existe um pacto ou tratado.

Quanto aos renegados e os traidores, devem ser perdoados e honrados se estão em ligação de amizade com uma nação que tem um pacto com os muçulmanos

Não combater ou matar os que vivem com intenções pacificas e oferecem sua amizade

Está proibido aos muçulmanos combaterem as pessoas que propõem uma trégua.

Se pode recorrer ao combate unicamente quando um ato de violência ou de agressão vem da outra parte.

Os elementos anteriormente mencionados, fazem parte da justiça divina, conceito muito importante no Islam. Sobre esta base, as criticas dirigidas ao Islam por parte de seus antagonistas são totalmente abusivas, injustificadas e são o produto da ignorância do significado verdadeiro do Alcorão.

6- No versículo seguinte (91), outra regra clara é mencionada:

‘’Se não ficarem neutros, em relação a vós, nem vos propuserem a paz, nem tampouco contiverem as suas mãos, capturai-os e matai-os, onde quer que os acheis.’’

Esta ordem confirma o anteriormente dito, que até os hipócritas e os renegados devem receber paz sob a condição de se controlarem e de não cometerem nenhum ato de agressão ou violência. Novamente, esta ordem está destinada a um Estado, o qual o dever é de manter a lei e a ordem e proteger os direitos dos cidadãos.

Versículos do Alcorão que Ordenam o Bom Trato de Não-Muçulmanos

1.‘’E tolera tudo quanto te digam, e afasta-te dignamente deles.’’ (73:10)

2.‘’E não criamos os céus e a terra e tudo quanto existe entre ambos, senão com justa finalidade, e sabei que a Hora éinfalível; mas tu (ó Mensageiro) perdoa-os generosamente.’’ (15:85)

3.‘’E não disputeis com os adeptos do Livro, senão da melhor forma..’’ (29:46)

4.‘’Convoca (os humanos) à senda do teu Senhor com sabedoria e uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente’’ (16:125)

5.‘’E não vires o rosto às gentes, nem andes insolentemente pala terra, porque Deus não estima arrogante e jactancioso algum.’’ (31:18)

6.‘’Deus nada vos proíbe, quanto àquelas que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Deus aprecia os equitativos.’’ (60:8)

7.‘E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos.’’ (2:193)

8.‘Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela, e encomenda-te a Deus, porque Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo. (8:61)

9.‘’Se alguns dos idólatras procurar a tua proteção, ampara-o, para que escute a palavra de Deus e, então, escolta-o até que chegue ao seu lar, porque (os idólatras) são insipientes.’’ (9:6)

Estes são unicamente alguns dos versículos entre muitos que ordenam que tenhamos uma relação cordial com os não muçulmanos amantes da paz e também com os que demonstram inimizade.

O mensageiro de Allah, Muhammad (que a paz esteja com ele) disse:

‘’Um crente verdadeiro, é aquele o qual a humanidade está salva de suas mãos e de sua língua.’’ (Bukhari e Muslim)

Mufti Siraj Desai  - Tradução : Dante Ibrahim Matta


Jummah ou Oração de Sexta-Feira: O Que é e Suas Regras

O Salat al-Jummah, ou a Oração da Sexta-Feira, é um importante ato de adoração a Deus no Islam, e é obrigatório para todo homem adulto.
Para realizá-lo, o muçulmano deve ir até a mesquita na sexta-feira, durante o horário da oração do meio-dia.
Para ser considerado válido, o Salat al-Jummah deve seguir algumas regras.

Jummah é uma palavra em árabe que, em português, significa “sexta-feira”. Neste dia, os muçulmanos do mundo inteiro rezam em congregação ao invés de fazer a habitual oração do meio-dia, o Zuhr.

Este ritual possui uma grande importância para o Islam, afinal, o Profeta Muhammad ﷺ ensinou que as sextas-feiras são consideradas os dias mais especiais para adoração a Deus, pelo seu significado e pelas bênçãos que ela oferece.

O melhor dia no qual o sol nasce é sexta-feira. É o dia em que Adão foi criado. O dia em que Adão entrou nos Jardins Celestiais, em que foi expulso dele e também o dia em que morreu. Sexta-feira é o dia em que o Dia da Ressurreição ocorrerá.” (Muslim)

Narrado por Abu Huraira: Disse o Profeta, “Todas as sextas-feiras, os anjos se posicionam nos portões de cada mesquita para escrever o nome das pessoas cronologicamente (de acordo com a hora de chegada para a Oração de Sexta-Feira) e quando o imam senta (no púlpito) eles dobram os pergaminhos e ficam preparados para ouvir o sermão.” (Al-Bukhari)

Por isso, é muito importante para os muçulmanos que eles participem da oração todas as sextas. Em muitos casos, este ato é considerado até obrigatório.


Salat al Jummah na Mesquita Brasil

Para que a comunidade se encontre para orar, tanto os membros quanto a congregação devem seguir algumas regras:
Os homens adultos que tiverem condições são obrigados a participar da oração em comunidade às sextas-feiras. 
As mulheres não são obrigadas a participar, mas podem participar, caso desejem.
Jovens, doentes, viajantes ou homens que não têm condições de ir à mesquita não têm obrigação de participar. Neste caso, eles devem fazer apenas a oração do meio-dia, o zuhr.
A oração deve ser feita no mesmo período equivalente à oração do zuhr. 
O grupo deve ter pelo menos três pessoas do sexo masculino (adolescentes ou adultos) para a oração ser considerada como feita em comunidade.
É obrigatório que pelo menos uma pessoa da comunidade seja residente do local onde está sendo feita. 
  • A oração deve ser precedida de dois sermões. Eles devem conter louvores a Allah, bênçãos ao Profeta ﷺ, leituras do Alcorão e exortações.
  • Não é permitido falar durante o sermão.
  • É desencorajado andar entre as pessoas que estão sentadas, exceto se esta pessoa for o imam (quem conduz a oração e realiza o sermã) ou se estiver caminhando para preencher algum espaço vazio.
Ao contrário dos judeus, que guardam os sábados, e dos cristãos, que celebram missas aos domingos, os muçulmanos em geral não dispensam o trabalho às sextas-feiras, a não ser para o momento da oração. Esta obrigatoriedade está prescrita no Alcorão.

“Ó crentes, quando fordes convocados para a Oração da Sexta-feira, recorrei à recordação de Allah e abandonai os vossos negócios; isso será preferível, se quereis saber.” (Alcorão 62:9)
Atos recomendáveis para a oração

Existem algumas atitudes recomendáveis ensinadas pelo Profeta Muhammad ﷺ que os muçulmanos podem fazer nesta ocasião, a fim de alcançar mais graças.

Surah al-Kahf

Em um dos relatos do Profeta ﷺ, ele teria recomendado aos muçulmanos que recitassem a Surah al-Kahf nas orações de sexta-feira.

Aquele que recitar a surah al-Kafh será iluminado com uma luz entre duas jummahs” (Al-Hakim)
Enviar muitas bênçãos ao Profeta ﷺ 

O Profeta ﷺ também disse aos crentes que enviar bênçãos a ele durante as orações é um ato de grande nobreza.

Envie várias bênçãos para mim no dia de Jummah, porque qualquer pessoa que pedir bênçãos para mim no dia de Jummah terá suas bênçãos apresentadas a mim.” (Al-Hakim)

Fazer o banho ritual e usar perfume

Sobre se purificar ritualmente e cultivar hábitos higiênicos, o Profeta Muhammad ﷺ ensinou: 

“Um homem que faz o banho ritual na jummah se limpa da melhor maneira que pode, passa óleo ou perfume em seu corpo e vai (para a mesquita), não separa (dois homens sentados na mesquita) e, finalmente, observa o que está escrito para ele (Salat superrogatório) e fica mudo enquanto o imam fala (prega), terá seus pecados perdoados naquela e na próxima jummah.” (Al-Bukhari)

O sermão acontece antes da Oração da Jummah e é divido em dois sermões, que se complementam, mas que são divididos por uma breve pausa.

Em geral o sermão é proferido em árabe, se a maioria das pessoas falarem árabe no recinto. Caso seja um público misto, é comum que se faça em árabe e a segunda parte na língua local mais falada. Caso não haja quem fale em árabe, o imam pode fazer o sermão na língua local, mas deve pronunciar versículos em árabe, para manter a tradição profética.

Elementos desejados do sermão

Apesar de não haverem pilares para o sermão, um bom sermão pode ser dividido em tópicos como:

Louvor a Allah

Shahada (Declaro que não há divindade além de Allah e que Muhammad é seu mensageiro)
  • Benções sobre o Profeta Muhammad
  • Conselho sobre ser piedoso e temer a Allah
  • Recitação de um trecho do Alcorão
  • Exortações
  • Atos recomendados durante o sermão
  • Realizar ele de cima de um púlpito (mimbar)
  • O imam dizer assalam aleikum para os presentes, assim que ele subir no púlpito
  • O imam pausar o sermão, sentando-se, por um breve período de tempo
  • Ser breve na segunda parte do sermão
  • Fazer súplicas durante o sermão,
Jumua Mubaraka para todos.

quarta-feira, dezembro 25, 2019

Quando, historicamente, nasceu Jesus?

Por: Rodrigo Silva

O tema sobre a data de nascimento de Jesus sempre vem à tona no final do ano. Historicamente, é importante entender alguns aspectos. O evangelho confirma que o nascimento de Jesus teria ocorrido durante o governo de Herodes, o Grande. Levando-se em conta que esse terrível rei morreu no ano 4 ou 3 a.C., é possível concluir que Jesus não poderia ter nascido depois desse tempo. Logo, é mais provável apontar o nascimento de Cristo em algum período antes de 3 ou 4 a.C. e não no ano 1 como convencionalmente alguns o fazem.

É preciso, também, considerar que existe um possível ciclo de 14 em 14 anos, verificado nos censos romanos remanescentes. Por isso, o segundo censo de Quirino teria ocorrido no ano 6 d.C., portanto, o primeiro censo pode ter sido por volta do ano 8 a.C. Assim, Jesus teria nascido em qualquer período entre os anos de 8 e 3-4 a.C. É muito improvável que seu nascimento tenha se dado fora desse intervalo.

E o 25 de dezembro?

A data do 25 de dezembro como dia do nascimento de Jesus foi fixada pela Igreja Católica em 525 para coincidir com as festas pagãs do Oriente e de Roma. Segundo alguns historiadores, foi o Papa João I quem oficializou a comemoração, embora alguns digam que ela já existia desde os tempos do Imperador Constantino. Seja como for, os cristãos do Oriente jamais aceitaram essa data e até hoje os armênios comemoram o Natal em 6 de janeiro.

É quase nula a chance de Jesus ter nascido no Natal, comemorado pelos cristãos ocidentais no dia 25 de dezembro. No Hemisfério Norte, o inverno ocorre nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de cada ano. Portanto, se Jesus tivesse nascido em algum desses meses, seria uma época de muito frio e não faria nenhum sentido o fato de existirem pastores e rebanhos acampados à noite sobre as colinas da Judeia (Lucas 2:8). Essa é uma cena típica de estações quentes. Embora não haja nada que impeça a comemoração simbólica no dia 25 de dezembro, essa definitivamente não é a data historicamente apropriada de seu nascimento.

A Bíblia diz que, quando Jesus nasceu, havia pastores com seus rebanhos ao ar livre no alto das colinas (Lucas 2:8-20). Manter os animais no campo mesmo à noite era uma prática comum daqueles dias, mas ela era propícia para os meses da primavera ao outono. Dezembro, que corresponde ao mês do calendário judaico de Quislev, é o período de inverno e fortes chuvas (Jeremias 36:22; Esdras 10:9; Zacarias 7:1).

Ninguém deixaria o rebanho ao relento nessa época do ano. Igualmente, a viagem de Maria e José não seria apropriada numa época de inverno. Pelas limitações da época, qualquer trajeto de mais de 100 quilômetros exigia grande esforço. Assim, os tempos próprios para viagens longas seriam: Páscoa (ou Pessá, em abril), no começo do plantio; Pentecostes ou Shavuot (junho), sete semanas depois, quando os primeiros frutos estavam maduros, e Tabernáculos (ou Sukkot, em outubro), quando os últimos frutos eram colhidos.

Qual a provável data mais correta?

Qual seria, portanto, a data certa para o nascimento de Cristo? O dia é difícil dizer, mas existe uma possibilidade quanto ao mês. Para descobrir qual seria, basta fazer uma análise de três fontes: o evangelho de Lucas, o calendário judeu e o livro de I Crônicas 24:10. Começando por Lucas, esse evangelista dá a informação de que, antes do nascimento de Jesus, houve o nascimento de João Batista. Em Lucas 1:5, 23-28 é dito que Isabel ficou grávida de João quando seu marido, Zacarias, ministrava no Templo como sacerdote. Ora, Zacarias trabalhava no chamado turno de Abias. O que seria isso?

I Crônicas 24 explicita como Davi dividiu os sacerdotes em 24 turnos de 15 dias cada um. Assim, os turnos cobririam o ano inteiro. O verso 10 diz que Abias ficou com o oitavo turno. Contando que eram dois turnos por mês e que o calendário judeu começava no mês de Nisã, que equivale a março/abril, entende-se que a segunda quinzena de Tamuz (julho) seria o tempo do anúncio do nascimento de João Batista e o início da gestação de Isabel.

Com nove meses, Isabel deve ter dado a luz no mês de Nisã, que seria março/abril. E quanto a Jesus? Lucas 1:26-36 diz que Maria ficou grávida quando Isabel, sua parente, estava no sexto mês de gestação, o mês de Tibete (dezembro/janeiro). Logo, Jesus nasceria nove meses depois disso, no mês de Etanim, que seria setembro/outubro. Essa, portanto, seria uma hipótese bastante razoável para a época do nascimento de Jesus.

Fonte:Equipe Biblia.com.br

A morte não é o fim

"Nós nos encolhemos quando pela primeira vez uma criança nos pergunta: “O que significa morrer?” Temos dificuldades de falar, ou até mesmo de pensar, na morte de alguém que amamos."

Oito verdades bíblicas sobre a morte 

A morte é o inimigo em comum de todas as pessoas em todos os lugares. Quais são as respostas para as perguntas difíceis sobre a morte? Há vida após a morte? Será que voltaremos a ver nossos amados que morreram?

Enfrentando destemidamente a morte

Todos nós, em determinados momentos, talvez pouco depois do falecimento de um amigo ou pessoa querida, temos a sensação de um vazio no coração, um sentimento de solidão que toma conta de nós e que nos conscientiza da finitude da vida.

Com respeito a um assunto tão importante, tão cheio de emoções, onde podemos aprender a verdade sobre o que acontece quando morremos? Felizmente, parte da missão de Cristo aqui na terra foi libertar “aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hebreus 2:15). Na Bíblia, Jesus apresenta mensagens confortadoras, e responde claramente a todas as nossas perguntas sobre a morte e a vida futura.

A maneira que fomos feitos por Deus

Para entender a verdade sobre a morte na Bíblia, precisamos começar do princípio e ver de que maneira fomos feitos por Deus. “Então o Senhor Deus formou o homem [‘adam’, hebraico] do PÓ DA TERRA [‘adamah’, hebraico] e soprou em suas narinas O FÔLEGO DE VIDA, e o homem se tornou UM SER VIVENTE [‘ALMA’, hebraico]” (Gênesis 2:7).

Na Criação, Deus formou Adão do “pó da terra”. Ele tinha um cérebro em sua cabeça pronto para pensar; sangue em suas veias pronto para correr. Então, Deus soprou em suas narinas o “fôlego de vida”, e Adão se tornou “ser vivente” [em hebraico, ‘alma vivente’]. Note cuidadosamente que a Bíblia não diz que Adão recebeu uma alma; ao invés, diz que “o homem se tornou uma alma vivente”. Quando Deus deu o fôlego de vida a Adão, a vida começou a fluir de Deus. A junção do corpo com o “fôlego de vida” tornou Adão “um ser vivente”, “uma alma vivente”. Por essa razão, poderíamos escrever a equação fundamental do ser humano da seguinte maneira:

“Pó da Terra” + “Fôlego de Vida” = “Alma Vivente”

Corpo sem Vida + Fôlego de Deus = Ser Vivente

Cada um de nós tem um corpo e uma mente racional. Enquanto continuarmos a respirar, seremos seres vivos, alma vivente.

O que acontece quando uma pessoa morre?

Na morte reverte-se do processo criativo descrito em Gênesis 2:7: “O pó volte à terra de onde veio, e o espírito [fôlego de vida] volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7).

A Bíblia frequentemente usa as palavras hebraicas para “fôlego” e “espírito” alternadamente. Quando as pessoas morrem, o corpo se torna “pó”, e o “espírito” (o “fôlego de vida”) retorna para Deus, que foi a sua fonte. Mas o que acontece com a alma? “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus,… todas as almas são minhas;… a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 28:3, 4, ARA).

A alma morre! Ela ainda não é imortal; ela pode perecer. A equação derivada de Gênesis 2:7, ao sermos feitos por Deus, faz o caminho reverso na morte:

“Pó da Terra” – “Fôlego de Vida” = “Uma Alma Morta”

Corpo Sem Vida – Fôlego de Deus = Um Ser Morto

A morte é a cessação da vida. O corpo se desintegra e se torna pó, e o fôlego, ou espírito, volta para Deus. Somos uma alma com vida, mas na morte, nos tornamos apenas um cadáver, uma alma morta, um ser morto. Logo, os mortos não estão conscientes. Quando Deus toma para si o fôlego de vida que Ele nos deu, nossa alma morre. Mas, como veremos mais abaixo, temos esperança com Cristo.

Os mortos sabem de alguma coisa?

Depois da morte, o cérebro se desintegra; ele não tem capacidade de saber ou relembrar de coisa alguma. Todas as emoções humanas cessam. “Para eles, o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram…” (Eclesiastes 9:6). Uma pessoa morta não fica consciente, por isso não percebe nada do que está acontecendo. Eles simplesmente não têm contato algum com os vivos: Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem” (Eclesiastes 9:5).

A morte é como um sono sem sonho; na verdade, a Bíblia chama a morte de “sono” em 54 vezes. Jesus ensinou que a morte é como um sono. Ele disse aos Seus discípulos: “‘Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou até lá para acordá-lo’. Seus discípulos responderam: ‘Senhor, se ele dorme, vai melhorar’. Jesus tinha falado da sua morte, mas os seus discípulos pensaram que ele estava falando simplesmente do sono. Então lhes disse claramente: ‘Lázaro morreu’” (João 11:11-14).

Lázaro já estava morto por quatro dias quando Jesus chegou. Mas quando se dirigiram à tumba, Jesus provou que é tão fácil para Deus ressuscitar alguém dos mortos quanto é para nós acordar alguém que esteja dormindo. É muito confortador saber que nossos amados que já faleceram estão “dormindo”, descansando em paz na confiança em Jesus. O túnel da morte, que nós mesmos poderemos atravessar algum dia, é um sono calmo e paz absoluta.

Deus se esquece dos que estão dormindo o sono da morte?

O sono da morte não é o fim da história. Na tumba, Jesus disse a Marta, irmão de Lázaro: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25). Aqueles que morrem “em Cristo” dormem na sepultura, mas ainda têm um futuro brilhante. Aquele que conta até mesmo os cabelos de nossa cabeça e que nos guarda na palma de Sua mão não se esquecerá de nós. Poderemos morrer e voltar ao pó, mas o registro de nossa individualidade permanece claro na mente de Deus. E quando Jesus vier, Ele acordará os justos mortos do sono da morte, da mesma forma que fez com Lázaro.

“Não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, par que não se entristeçam como os outros que não têm esperança… Pois dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Consolem-se uns aos outros com essas palavras” (1 Tessalonicenses 4:13, 16-18). 

No dia da ressurreição, o túnel da morte se parecerá mais com um breve descanso. Os mortos não têm consciência do que está acontecendo. Aqueles que aceitaram a Cristo como seu Salvador, serão despertados do sono pela Sua maravilhosa voz vinda dos céus. E a esperança da ressurreição não é a única: temos também a esperança de um lar celestial no qual Deus “enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Apocalipse 21:4). Aqueles que amam a Deus não precisam ter medo da morte. Além da morte está uma eternidade de vida plena com Deus. Jesus tem “as chaves da morte” (Apocalipse 1:18). Sem Cristo, a morte seria uma estrada de mão única que terminaria num estado total de esquecimento. Mas em Cristo há uma esperança gloriosa e radiante.

Somos seres imortais?

Quando Deus criou Adão e Eva, eles foram criados seres mortais, isso é, sujeitos à morte. Se tivessem permanecido obedientes à vontade de Deus, eles nunca teriam morrido. Mas quando pecaram, eles abriram mão de seu direito à vida. Pela desobediência, eles ficaram sujeitos à morte. O pecado deles infectou a raça humana inteira, e já que todos pecaram, todos somos mortais, sujeitos à morte (Romanos 5:12). E não há nenhuma pista na Bíblia de que a alma humana possa existir como uma entidade consciente após a morte.

A Bíblia nenhuma vez descreve a alma como sendo imortal, isso é, não sujeita à morte. As palavras gregas e hebraicas para “alma”, “espírito” e “fôlego” aparecem 1.700 vezes na Bíblia. Mas nem mesmo uma vez a alma, o espírito ou o fôlego humano é chamado de imortal. Atualmente, apenas Deus possui a imortalidade. 

“Deus… é… O ÚNICO QUE É IMORTAL” (1 Timóteo 6:15, 16).

As Escrituras deixam claro que as pessoas nessa vida são mortais: sujeitas à morte. Mas quando Jesus retornar, nossa natureza passará por uma mudança radical. Eis que eu lhes digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade” (1 Coríntios 15:51-53).

Como seres humanos, não somos imortais. Mas a segurança do cristão é que nos tornaremos imortais quando Jesus vier a segunda vez a essa terra. A certeza da promessa da imortalidade foi demonstrada quando Jesus irrompeu para fora de Sua tumba e: “Tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a por meio do evangelho” (2 Timóteo 1:10). 

A perspectiva de Deus sobre o destino humano é clara: morte eterna para aqueles que rejeitarem a Cristo e se apegarem a seus pecados, ou o dom da imortalidade quando Jesus vier para buscar aqueles que O aceitaram como Senhor e Salvador.

Enfrentando a morte de uma pessoa querida

Os medos com os quais naturalmente lutamos quando nos vemos em face da morte se tornam especialmente dolorosos quando alguém de quem gostamos morre. A solidão e o sentimento de perda podem ser dominantes. A única solução para a angústia causada pela separação de uma pessoa amada é o conforto que apenas Cristo pode dar. Lembre-se que nossos queridos estão dormindo, e que nossos amados que descansam serão ressuscitados por Jesus na “ressurreição para a vida” quando Ele vier.

Deus está planejando algumas reuniões maravilhosas. Os filhos serão devolvidos a seus pais, maridos e mulheres se entregarão a um terno e caloroso abraço. As separações cruéis da vida estarão terminadas. “A morte foi destruída pela vitória” (1 Coríntios 15:54). Alguns acham tão dolorosa a separação de seus queridos que morreram que tentam fazer contato com eles através de médiuns espiritualistas ou pessoas da Nova Era que se denominam canais de comunicação com os espíritos. A Bíblia nos dá um aviso muito especial sobre as tentativas de aliviar a dor da morte dessa maneira: 

Quando vos disserem: ‘Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram’, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8:19).

De fato, por quê? A Bíblia claramente revela que os mortos não têm consciência de nada. A verdadeira solução para a angústia causada pela separação das pessoas amadas é o conforto que apenas Cristo dá. Passar tempo se comunicando com Cristo é a maneira mais saudável para crescer durante os momentos de aflição. Lembre-se sempre que a próxima impressão consciente que virá aos que morrem em Cristo será o som da Segunda Vinda de Cristo despertando os mortos!

Enfrentando destemidamente a morte

A morte nos rouba praticamente tudo. Mas uma coisa que ela não pode tirar de nós é a confiança em Cristo, e Cristo pode colocar tudo de volta a seu lugar. A morte nem sempre reinará nesse mundo. O diabo, os ímpios, a morte, e o túmulo perecerão no “lago de fogo” que é “a segunda morte” (Apocalipse 20:14). Aqui estão quatro sugestões simples para enfrentar destemidamente a morte:

(1) Viva uma vida confiando verdadeiramente na esperança que Cristo dá, e você estará preparado para morrer a qualquer momento.

(2) Através do poder do Espírito Santo, seja obediente aos mandamentos de Deus, e você estará preparado para a segunda vinda, à partir da qual você nunca mais morrerá.

(3) Pense na morte como um curto tempo de sono do qual você será acordado pela voz de Jesus quando Ele vier a segunda vez.

(4) Aprecie a certeza que Jesus nos dá de que teremos um lar celestial com Ele por toda eternidade.

A verdade bíblica liberta uma pessoa do medo da morte porque revela a Jesus, o único que nem mesmo a morte conseguiu vencer. Quando Jesus entra em nossa vida, Ele faz nosso coração transbordar com paz:

“Deixo-lhes a paz; a Minha paz lhes dou… Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo” (João 14:27). 

Jesus também nos ajuda a lidar com a tragédia de perder alguém muito estimado. Jesus andou pelo “vale da sombra da morte”; Ele conhece as densas trevas que temos que atravessar. “Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por Sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hebreus 2:14, 15).

Dr. James Simpson, o grande médico que desenvolveu a anestesia, experimentou uma terrível perda quando seu filho mais velho morreu. Ele sofreu profundamente, como qualquer pai sofreria. Então, ele descobriu um caminho de esperança. No túmulo de seu amado filho, ele erigiu uma lápide e nela escreveu umas palavras que demonstravam Sua esperança e fé nas promessas de Jesus: “Apesar de tudo, Ele vive”. Isso diz tudo. Algumas vezes, uma tragédia pessoal pode aparecer repentinamente vindo do céu; apesar disso, Jesus vive! Nossos corações podem estar feridos; apesar de tudo, Jesus vive!

Em Cristo, temos esperança de vida após a morte. Ele é “a ressurreição e a vida” (João 11:25), e Ele promete: “Porque Eu vivo, vocês também viverão” (João 14:19). Cristo é nossa única esperança para a vida após a morte. E quando Cristo retornar, Ele nos dará a imortalidade. Nunca mais viveremos sob a sombra da morte, porque teremos vida eterna. 

Fonte:Equipe Biblia.com.br

A inveja apodrece os ossos!

"O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos.(Provérbios 14:30)"

Por: Denis Versiani

Após um ano e pouco mais de um mês do êxodo do povo de Israel, a nuvem do Senhor se levantou para que o povo de Deus iniciasse a sua jornada em direção à terra prometida de Canaã. O povo havia passado cerca de um ano acampado aos pés do Monte Sinai, a fim de que Deus desse a eles a sua lei, e estabelecesse a Constituição de Israel como uma nação. Agora, o povo estava em grande expectativa pela herança que havia sido prometida a seus pais Abraão, Isaque e Jacó.

Então, Deus dá ordens a Moisés, e o povo de Israel levantou acampamento, e começou a jornada para a terra prometida. Mas, com o passar dos dias, a expectativa foi dando lugar ao cansaço, e muitos começaram a reclamar da longa jornada. No meio de Israel havia um grupo de pessoas de outras nacionalidades, que não tinham o verdadeiro temor do Senhor. Eles incitaram o povo ao levantar a voz com o desejo de comer as carnes que comiam no Egito.

Deus enviou juízos sobre a parte do povo que reclamava, e o povo ficou aterrorizado. Moisés, orou para que Deus cessasse os juízos que caíram sobre esse “populacho” (Números 11:1-3). Embora confiasse em Deus, o grande líder já estava sentindo efeitos profundos do estresse por causa do povo que estava se rebelando contra sua liderança. Sua estafa era tão profunda que Moisés chegou a pedir a morte.

Para ajudar a Moisés, Deus ordenou que ele designasse setenta anciãos para profetizar a Israel, a fim de que eles se arrependessem do seu pecado e se purificassem. Essa ordem, Deus deu diretamente a Moisés. Mas, parece que seus irmãos mais velhos Arão e Miriã ficaram um tanto enciumados.

Miriã e Arão começaram a criticar Moisés porque ele havia se casado com uma mulher etíope (heb. “cuxita”). Será que o Senhor tem falado apenas por meio de Moisés? – perguntaram. Também não tem ele falado por meio de nós? E o Senhor ouviu isso” (Números 12:1, 2).

Arão e Miriã eram tidos como líderes grandemente respeitados pelo povo. Arão participou da negociata de Moisés com o Faraó pela libertação de Israel. A sua linhagem foi instituída como a linhagem sacerdotal, os representantes diretos de Deus diante do povo. Miriã era muito sábia e firme nos princípios em que crescera. Tinha o dom da poesia e da música. Ambos foram dotados com o dom de profecia, e por determinação divina, estavam ligados a Moisés na condução do povo hebreu. “E pus diante de ti a Moisés, Arão e Miriã” (Miquéias 6:4). Então, por que eles demonstraram oposição contra Moisés, a ponto de influenciar parte do povo?

A sedição de Arão e Miriã ocorreu porque eles não tinham sido consultados na seleção dos setenta. Assim, os seus ciúmes se despertaram contra Moisés. Na organização desse conselho, entenderam que sua posição e autoridade haviam sido desprezadas. Consideravam que Moisés deveria consultá-los antes de realizar essa tarefa, pois criam que estavam no mesmo patamar de liderança de Moisés.

“Imediatamente o Senhor disse a Moisés, a Arão e a Miriã: Dirijam-se à Tenda do Encontro, vocês três. E os três foram para lá. Então o Senhor desceu numa coluna de nuvem e, pondo-se à entrada da Tenda, chamou Arão e Miriã. Os dois vieram à frente, e ele disse: Ouçam as minhas palavras: Quando entre vocês há um profeta do Senhor, a ele me revelo em visões, em sonhos falo com ele. Não é assim, porém, com meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Com ele falo face a face, claramente, e não por enigmas; e ele vê a forma do Senhor. Por que não temeram criticar meu servo Moisés?” (Números 12:4-8).

Arão e Miriã eram pessoas de oração e comunhão com Deus, mas Deus falava face a face apenas com Moisés; e foi diante dele que Deus fez passar toda a sua glória. Além disso, eles não estavam sentindo o peso da liderança que Moisés sentia. No auge da fadiga, consciente da sua fraqueza, fez de Deus o seu conselheiro. Arão, contudo, não confiava tanto em Deus como Moisés. Ele havia fracassado quando assumiu a responsabilidade de cuidar do povo no Sinai. Em vez de se manter firme, talhou um bezerro de ouro e condescendeu com um culto idólatra bem na frente do monte de Deus. Agora, em vez de alegre submissão a Deus, e gratidão pelo que eles haviam recebido, deixaram-se levar pelo desejo de exaltação própria.

Zípora não era cuxita (ou etíope); ela era midianita, descendente de Ismael, irmão de Isaque; portanto, descendente de Abraão. Esse foi um comentário racista da parte de Miriã, provavelmente porque ela possuía pele mais escura que os israelitas. Zípora era adoradora do mesmo Deus. O capítulo 18 de Êxodo, descreve Jetro em visita à Moisés vendo o excesso de atividades que ele tinha e lhe questionando e aconselhando:

‘Quando o seu sogro viu tudo o que ele estava fazendo pelo povo, disse: “Que é que você está fazendo? Por que só você se assenta para julgar, e todo este povo o espera de pé, desde a manhã até o cair da tarde? ”
Moisés lhe respondeu: “O povo me procura para que eu consulte a Deus. Toda vez que alguém tem uma questão, esta me é trazida, e eu decido entre as partes, e ensino-lhes os decretos e leis de Deus”.
Respondeu o sogro de Moisés: “O que você está fazendo não é bom. Você e o seu povo ficarão esgotados, pois esta tarefa lhe é pesada demais. Você não pode executá-la sozinho. Agora, ouça-me! Eu lhe darei um conselho, e que Deus esteja com você! Seja você o representante do povo diante de Deus e leve a Deus as suas questões. Oriente-os quanto aos decretos e leis, mostrando-lhes como devem viver e o que devem fazer. Mas escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. Eles estarão sempre à disposição do povo para julgar as questões. Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais simples decidirão sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo, porque eles o dividirão com você. Se você assim fizer, e se assim Deus ordenar, você será capaz de suportar as dificuldades, e todo este povo voltará para casa satisfeito”.
Moisés aceitou o conselho do sogro e fez tudo como ele tinha sugerido.’ Êxodo 18:14-24

Assim, ele ajudou Moisés a organizar um sistema de governo representativo para o povo. Miriã se ofendeu com essa situação, e sentiu sua autoridade diminuída. Assim, aproveitou-se do seu preconceito para usar Zípora como argumento, e diminuir a autoridade de Moisés diante do povo. “Quem é Moisés para achar que é melhor que nós? Ele nem mesmo é casado com uma de seu sangue! Antes, preferiu se casar com uma etíope qualquer que nem faz parte da nossa linhagem”.

Moisés suportou tudo isso com muita mansidão, a despeito do seu cansaço. Nas quatro décadas de exílio em Midiã, cuidando dos rebanhos e aprendendo de Deus aos pés de Jetro, Moisés deixou o orgulho e a pompa de um príncipe do Egito para depositar toda a sua confiança no Senhor. Essa foi a chave para seu sucesso extraordinário como líder: a liderança servidora e a autoridade por influência.

Deus “guiará os mansos retamente, e aos mansos ensinará o seu caminho (Salmo 25:9). “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mateus 5:3, 5). “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e dele não esconde o rosto, e ser-lhe-á dada” (Tiago 1:5). Esta promessa é dada somente àqueles que estão dispostos a desconfiar de si mesmos e seguir inteiramente ao Senhor.

“Então a ira do Senhor acendeu-se contra eles, e ele os deixou. Quando a nuvem se afastou da Tenda, Miriã estava leprosa; sua aparência era como a da neve. Arão voltou-se para Miriã, viu que ela estava com lepra e disse a Moisés: Por favor, meu senhor, não nos castigue pelo pecado que tão tolamente cometemos. Não permita que ela fique como um feto abortado que sai do ventre da sua mãe com a metade do corpo destruída. Então Moisés clamou ao Senhor: Ó Deus, por misericórdia, concede-lhe a cura” (Números 12:9-13)! Depois de um doloroso processo de cura, Miriã foi readmitida no acampamento de Israel (v. 14-16).

A indignação de Deus manifestada sobre Miriã era um aviso para que todo o povo abandonasse essa rebelião. Se a inveja e descontentamento de Miriã não houvessem sido repreendidos de forma tão séria, poderia ser o fim de uma nação unida sob a mesma bandeira de Deus. Provérbios 27:4 diz que “o furor é cruel e a ira é impetuosa; mas quem parará perante a inveja?” Foi esse o sentimento que causou discórdia no céu e resultou na expulsão de um terço dos anjos criados. Foi esse mesmo sentimento que causou tanta desgraça para a raça humana.

Esse é um aviso para nós, sobretudo aquele de nós que estão acostumados com as redes sociais. Muitas vezes temos medo de falar mal na cara de alguém pessoalmente. Geralmente o fazemos pelas costas. Mas, nas redes sociais, as pessoas se sentem no direito de criticar, ridicularizar os outros e dizer #ésoaminhaopinião. Infelizmente, as redes tem transformado tolos em juízes. Por isso, não se esqueça: “Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei, e julga a lei; e, se você julga a lei, você não é observador da lei, mas juiz” (Tiago 4:11).

Assumir a posição de juiz e julgar os outros de acordo com o seu ponto de vista é algo muito arriscado, porque você pode estar errado. Essa situação se agrava porque não nos atemos apenas em avaliar os fatos. Nos divertimos em julgar as motivações que vão no coração de quem está sendo acusado. Se você emite uma condenação sem as devidas evidências, você está trazendo para si a responsabilidade pela condenação dessa pessoa. Se você estiver errado, pela lei de Deus você vai ser julgado (Mateus 7:1-5), pois você está tomando para si uma prerrogativa judicial que pertence somente a Deus. Tome mais cuidado ainda ao acusar aqueles a quem Deus chamou para seu serviço, pois “nem mesmo os anjos, maiores em força e autoridade”, ousam falar contra eles (2 Pedro 2:10, 11). Portanto, não assuma um fardo tão pesado. Deixe que Deus, em seu amor e onisciência, julgue com sabedoria cada coração, pois a sua graça e a sua justiça são infinitamente maiores do que podemos medir.

O Nascimento de Jesus ( A S)

ميلاد عيسى عليه السلام (O Nascimento de Jesus ( A S))
Louvado seja Allah, o Único, o Absoluto, não gerou nem foi gerado e ninguém é comparável a Ele. Quando Ele quer algo diz-lhe: seja, e é. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros.

Prestamos testemunho de que Mohammad é Seu servo e Mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Os cristão do mundo comemoram o nascimento do Profeta Jesus (Que a paz de Deus esteja com ele) e vemos que é nossa obrigação conhecer os aspectos desse nobre profeta em nossa religião para que possamos convocar as pessoas para conhecerem a luz do Islam e sua abrangência. Que é a religião verdadeira que Allah revelou para a orientação de toda a humanidade.

Dentre os pilares da fé da nossa religião islâmica é que creiamos nos mensageiros Allah, exaltado seja, diz a respeito disso no final da Surata Al Bacará: “Todos os crentes creem em Allah, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros. Nós não fazemos distinção entre os Seus mensageiros.”(1).

Essa ética divina é seguida por todo muçulmano. Ele visualiza todos os profetas e mensageiros com todo o respeito, porque todos foram enviados por Deus com uma só mensagem: o de adorarmos somente a Allah, e não Lhe atribuirmos parceiros. Portanto, são irmãos na convocação das pessoas para a senda de Deus.

Os muçulmanos olham para Jesus (Que a paz de Deus esteja com ele) com grande consideração. Ele o incluem entre os profetas e mensageiros enviados para a humanidade. É um dos cinco mensageiros resolutos: Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Mohammad.” (Que a paz de Deus esteja com todos eles).

Maria (Que a paz de deus esteja com ela), a mãe de Jesus é extremamente respeitada e amada na crença islâmica. Uma das suratas do Alcorão leva o nome de Maria, com 98 versículos, que fala sobre a vida dela, sua pureza, além de 83 versículos na Surata da Família de Imran (família de Maria) que mostra a verdade sobre ela e o seu filho (Que a paz de Deus esteja com eles). 

Allah a escolheu e a purificou. Ele diz: “Ó Maria, Allah te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade!”(2).

Ela foi sincera em suas afirmações e procedimentos. Allah, Ta’ála, diz: “O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam; e sua mãe era super sincera.” (3)

Áli Ibn Abi Tálib (que Allah o abençoe) relatou que o Rassulullah (Que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “As melhores das mulheres são Maria, filha de Imran e Khadija, filha de Khuwailed.” (4)

Isso devido aos seus méritos. A Maria gerou um profeta, acreditou nele e cuidou dele. A Khadija, esposa de Profeta Mohammad (Que Allah o abençoe e lhe dê paz), nele acreditou e lhe deu apoio.

Abu Huraira (que Allah o abençoe) relatou que o Profeta (Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Todo o filho de Adão é tocado pelos dedos de Satanás, menos Maria, filha de Imran e seu filho, Jesus (Que a paz esteja com ambos).” (5)

Abu Huraira costumava dizer: “Leiam quanto quiserem as palavras de Allah, o Altíssimo: ‘... ponho-a, bem como à sua descendência, sob a Tua proteção, contra o maldito Satanás.’” (6)

O nascimento de Jesus constitui em milagre, pois nasceu de mãe sem, o concurso de pai. Nasceu pelo Verbo: “Seja”. O verbo não é Jesus, mas com ele nasceu. Por isso, é denominado com o nome da mãe: Jesus, filho de Maria (Que a paz de Deus esteja com ele)

Allah, exaltado seja, diz: “E quando os anjos disseram: Ó Maria, Allah te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os próximos de Allah. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos.”(7). E diz: “O exemplo de Jesus, ante Allah, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! e foi.” (8)

Relata-se que José, o carpinteiro, disse para Maria um dia: “Ó Maria, a planta pode brotar sem ter sido semeada?” Respondeu-lhe: “Sim. Quem primeiro criou as plantas?” Então perguntou: “Pode nascer alguém sem o concurso do macho?” Ela respondeu: “Sim. Allah criou Adão sem o concurso do macho e da fêmea.”

Jesus é Servo e mensageiro de Deus. Essa é a crença dos muçulmanos. Jesus nunca alegou que é filho de Deus. A primeira palavra dele ao falar no berço: “Sou servo de Deus”. 

Quem examina os Evangelhos atuais, apesar de não serem originais e não terem comprovações fidedignas, não encontra nada que atesta que o Messias (Que a paz de Deus esteja com ele) é Deus ou filho de Deus. Encontra vários textos que mostram que ele é ser humano e foi designado como humano ou filho de humano mais de setenta vezes nos Evangelhos. Os muçulmanos acreditam que Allah concedeu muitos milagres ao Messias. Allah diz no Alcorão Sagrado: “Apresento-vos um sinal do vosso Senhor: eis que plasmarei de barro a figura de um pássaro, ao qual alentarei, e a figura se transformará em pássaro, com o beneplácito de Allah; curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos, pela vontade de Allah, e vos revelarei o que consumis e o que entesourais em vossas casas. Nisso há um sinal para vós, se sois crentes.” (9)

Os muçulmanos acreditam que Jesus não foi morto nem foi crucificado, mas Allah estampou a figura dele em outro homem, que foi crucificado no lugar dele. Allah, exaltado seja, diz: “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Allah, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, mas o confundiram com outro.” (10)

Muitos cristãos, após o episódio da crucificação que foi o próprio Messias quem foi julgado e crucificado. Entre os que acreditaram nisso, estão os Corintos e os Basilienses.” Há nos Quatro Evangelhos muitas contradições a respeito do episódio da crucificação.

Irmãos muçulmanos: Nesse dia comemoramos o nascimento do Messias (Que a paz de Deus esteja com ele) e a consideramos uma boa oportunidade para convocarmos os nossos irmãos brasileiros para conhecerem o ponto de vista do Islam a respeito desse grandioso profeta. Peço a Allah que nos encaminhe para todo o bem. Todos vocês são responsáveis perante Allah mostrar esse ponto de vista islâmico porque Allah nos criou para isso.

Muitos nos perguntam se comemoramos o natal, e a resposta é não, justamente porque a própria data exata do nascimento de Jesus (as) não é conhecida e o 25 de dezembro é uma data pagã que foi transformada em data oficial, visto que no panteão dos deuses pagãos, a grande maioria dos “lideres” salvadores nasceram neste dia, sendo um total desrespeito ao mestre Jesus (as) que o comparemos com esses “ícones” pagãos, a exemplo de: Mitra (Pérsa) 1200 a.C. nasceu em 25 de dezembro; Horus (egípcio) 3000 a.C. que nasceu dia 25 de dezembro; Attis (Frígia – Roma) 1200 a.C., nasceu dia 25 de dezembro; Krishna (hindu – índia) 900 a.C, Nasceu dia 25 de dezembro; Herácles (Grécia) 500 a.C., nasceu em 25 de dezembro.

Conforme Eusébio de Cesaréia (265-339 d.C.), que foi o supervisor da doutrina cristã (entenda-se criação da Bíblia), nomeado pelo imperador Constantino, em sua “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, escreve que ”às vezes é necessário mentir para beneficiar aqueles que requerem tal tratamento”. Ou seja, a falsidade era utilizada com objetivo de promover o cristianismo oficial. Pois necessitavam criar evidências a favor da estória que pregoavam. Além de que a Igreja passou mais de mil anos destruindo tudo que considerava contrário aos seus dogmas e interesses, só deixando o que lhe favorecia.

Sendo devido ao respeito ao Messias, e para cumprir a vontade de Allah de caminhar na senda reta, da justiça e verdade que não comemoramos essa data inventada e deturpada

Mas quero deixar claro que diferente do que muitos pensam, nós temos grande respeito ao Messias e principalmente ao que ele mesmo pregou.

Claro que sempre é importante a reflexão de paz, harmonia e bondade, mas que essas qualidades não se restrinjam a uma data como “símbolo” mas que sejam ações constantes na vida de um seguidor de Deus, independente de qual religião segue ou não. Conheço vários ateus e adeptos de outras crenças que demonstram no seu dia a dia mais amor e compaixão do que muitos religiosos.
"إِنْ أُرِيدُ إِلَّا الإِصْلاحَ مَا اسْتَطَعْتُ وَمَا تَوْفِيقِي إِلَّا بِاللَّهِ عَلَيْهِ تَوَكَّلْتُ وَإِلَيْهِ أُنِيبُ" صدق الله العظيم
Líder da mesquita de Anápolis GO :
Sheikh Dr.Nasser Sahim
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(1) (Alcorão Sagrado, 2:285)
(2) (Alcorão Sagrado, 3:42)
(3) (Alcorão Sagrado, 5:75).
(4) (Bukhári e Musslim).
(5) (Bukhári).
(6) (Alcorão Sagrado, 3:36).
(7) (Alcorão Sagrado, 3:45-46)
(8) (Alcorão Sagrado, 3:59).
(9) (Alcorão Sagrado, 3:49).
(10) (Alcorão Sagrado, 4:157).
A paz esteja convosco.

terça-feira, dezembro 24, 2019

POR QUE O CONSUMO DE PORCO É PROIBIDO NO ISLÃ (PARTE 2 DE 2): PORCO É IMPURO?


"Os porcos carregam doenças bacterianas, parasitas e vírus".

Na parte 1 discutimos a razão principal para os muçulmanos se absterem de consumir porco e derivados de porco e que é o fato de Deus ter proibido. Como o Criador da humanidade e de tudo que existe, Deus sabe o que é bom para nós e enviou orientação para nos capacitar a tomar decisões sábias. Assim como um computador não trabalha adequadamente se for programado de forma incorreta, um ser humano não é capaz de funcionar não se estiver alimentado corretamente. O Islã é uma religião holística que reconhece a interconexão de saúde espiritual, emocional e física. O que uma pessoa come e bebe tem influência direta em sua saúde e bem-estar gerais.

Os virólogos há muito tempo estão cientes de que o porco é um campo fértil ideal para a influenza e não é surpresa que a última ameaça, a gripe suína, tenha se originado em porcos. O microbiólogo e especialista em imunologia, Dr. Graham Burgess[1] diz: "Os vírus que normalmente se desenvolveriam em galinhas, podem potencialmente se desenvolver em porcos e os que se desenvolvem nos humanos, se desenvolverão potencialmente em porcos. Assim, consideramos o porco um grande caldeirão para vírus e nesse sentido pode desempenhar um papel importante na geração de novos vírus."

O porco é conhecido por carregar parasitas e também bactérias e vírus. A cisticercose é uma infecção causada pela tênia do porco, a tênia solium. A infecção ocorre quando a larva da tênia entra no corpo e forma cisticercos (cistos). Quando os cisticercos se encontram no cérebro a condição é chamada de neurocisticercose. Esse verme em porcos é encontrado no mundo todo, mas é mais problemático em países pobres e em desenvolvimento, nos quais os porcos podem circular livremente e com frequência comem fezes humanas. Essa infecção pode ocorrer até em países desenvolvidos e modernos, mas o CDC relata que é muito raro em países muçulmanos, onde o consumo de porco é proibido.[2]

A triquinelose, também chamada triquinose, é causada pelo consumo de carne crua ou mal cozida de animais infectados com a larva de uma espécie de verme chamadaTrichinella. A infecção ocorre mais comumente em certos animais carnívoros selvagens, mas também pode ocorrer em porcos domésticos. O CDC alerta que se um humano comer carne contendo os cistos infecciosos de Trichinella, o ácido no estômago dissolve a cobertura do cisto e libera os vermes.

Os vermes passam para o intestino delgado e em 1 a 2 dias ficam maduros. Depois do acasalamento, as fêmeas adultas colocam os ovos. Esses ovos se desenvolvem em vermes imaturos, viajam através das artérias e são transportados para os músculos. Dentro dos músculos os vermes se encaracolam em uma bola e encistam (se fecham em uma cápsula). Essa infecção ocorre quando esses vermes encistados são consumidos na carne. O número de casos de triquinelose em todo o mundo tem diminuído continuamente devido à conscientização dos perigos de comer derivados de porco crus ou mal cozidos e legislação proibindo alimentar os porcos com lixo composto de carne crua.[3]

Os porcos são onívoros, o que significa que consomem plantas e animais. Os porcos fuçam e comem qualquer tipo de alimento, incluindo insetos mortos, vermes, cascas de árvore, carcaças apodrecidas, lixo e até outros porcos. Os porcos têm poucas glândulas sudoríparas e, portanto, são incapazes de livrar completamente seus corpos de toxinas. Nova evidência indica que as práticas de criação estão levando diretamente à propagação de infecções bacterianas humanas.

Os porcos geralmente vivem em espaços pequenos e condições fétidas que existem muitas fazendas modernas e estudos estão revelando que os porcos frequentemente carregam bactérias resistentes a antibióticos. Essa bactéria resistente às drogas está agora entrando em nosso suprimento alimentar e investigações recentes nos Estados Unidos da América indicam que 49% dos porcos e 45% dos trabalhadores que lidam com porcos carregam agora essa bactéria responsável pela morte de mais de 18.000 pessoas nos EUA todos os anos.[4]

"Ele só vos vedou a carniça, o sangue, a carne de suíno..." (Alcorão 2:173)

"... porque certamente é impura." (Alcorão 6:145)

Os muçulmanos não consomem porco ou derivados de porco porque Deus proibiu. Entretanto, uma pequena investigação na anatomia e estilo de vida do porco revela que certamente é um animal impuro. Os interessados em consumir alimentos saudáveis, naturais e puros farão bem em se abster de porco e derivados de porco.

A paz esteja convosco.