Na Suécia, apresentadoras de televisão, cantoras, políticas e dezenas de mulheres e homens anônimos, não muçulmanos, decidiram pôr um véu como forma de protesto, depois de um suposto ataque racista (em apoio a muçulmana grávida agredida no país). A iniciativa provocou furor nas redes sociais. Usando o hijab, as mulheres publicaram as sus fotos 'veladas'. As fotos podem, igualmente, ser vistas no Instagram.
O acontecimento que despoletou a iniciativa ocorreu sexta-feira passada num parque de estacionamento em Estocolmo. Uma moça de 20 anos, grávida, foi agredida no subúrbio de Farsta. Um desconhecido bateu a cabeça dela contra um carro. Segundo o porta-voz da polícia, Ulf Hoffman, na imprensa local, diz não haver nenhuma dúvida de que isso é um crime racista.
Os organizadores dizem que não é um caso único, e que tais crimes estão crescendo na Suécia. "Queremos que as pessoas usem o lenço, na segunda-feira. Em primeiro lugar, porque queremos normalizá-los. As pessoas vêem os véus e os muçulmanos como algo estranho (impróprio). Esta poderia ser uma boa oportunidade para conhecer o que as mulheres muçulmanas estão passando", explicou Bilan Osman, um dos organizadores, ao Diário Göteborg.
Segundo um amigo da mulher atacada, que falou com a Radio Sveriges, resgaram o véu da vítima e depois bateu com a cabeça dela contra um automóvel até ela desmaiar, enquanto proferiram insultos racistas.
Num artigo de opinião publicado no jornal sueco 'Aftonbladet' no domingo, os organizadores do #hijabuppropet instaram a MinistrA da Justiça, Beatrice Ask, a tomar medidas para "garantir o direito à segurança pessoal e a liberdade religiosa muçulmana sueca, sem estar sujeita a ataques verbais e físicos", informou a Al Jazeera.
A apresentadora da Televisão Gina Dirawi mudou a sua foto de Twitter e, juntou-se, também ao movimento da política Palma de Verônica.
«O princípio da liberdade religiosa é um princípio por todos partilhados. Contudo, será isto o que verdadeiramente se verifica?»«Governos e a Sociedade Civil devem reagir perante a ISLAMOFOBIA e diante de qualquer prática que fomente o ódio e a intolerância religiosa, incluídos os ataques aos lugares de culto;só o fomento da compreensão, da tolerância e do respeito em questões de liberdade cultural e religiosa poderão assegurar o futuro da convivência democrática».
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