segunda-feira, maio 07, 2012

Tal-ha b. Ubaidullah al Tamimi - Outro Sahaba do Rassulollah

Bismillah!

Os coraixitas tinham caravanas de mercadorias que transitavam de Makka para a Síria. Numa dessas caravanas estava o herói da nossa estória, o Tal-ha b. Ubaidullah al Tamimi, que era um jovem com menos experiência que os outros mercadores. Isso não o impedia de competir com eles, sendo que sua sagacidade e intuição faziam com que os sobrepujasse, realizando as mais vantajosas transações.

Quando a caravana de que fazia parte chegou à cidade de Basra, na Síria, todos os mais velhos se apressaram para a praça do mercado, a fim de fazerem negócios. A área estava fervilhando de gente vinda de todos os lugares e, enquanto o Tal-ha estava vagando por ali, algo que mudou o curso da sua vida lhe aconteceu. Ademais, aquilo constituiu o antecedente dos eventos que iriam mudar o curso da história. A estória está preservada nos livros de história, nas palavras do próprio Tal-ha, e iremos permitir que a sua narração nos conte o que se passou.

A narrativa de Tal-ha b. Ubaidullah

Estávamos todos ocupados, na praça do mercado, quando vimos e ouvimos um monge que ia e vinha, conclamando:

“Ouvi, ó mercadores! Perguntai às pessoas aqui reunidas se há alguém que tenha vindo de Makka!”

Eu estava por perto; então eu fui até ele, e disse:

Eu sou de Makka.”

O Ahmad já apareceu para vós?” perguntou ele.

“Quem é Ahmad?” contrapus.

“O filho de Abdullah b. Abdul Muttalib (Profeta Muhammad SAAS). Este é o mês em que ele deverá apresentar-se, pois irá ser o derradeiro dos profetas. Ele irá aparecer no vosso país, na sagrada área em torno da Caaba. Depois irá migrar para a terra das rochas negras, com tufos de tamareiras, com um solo calcáreo do qual mina água. Não sejas um dos últimos a acreditar nele, meu jovem!”

A fala dele produziu um profundo efeito sobre mim, tanto que fui para os meus camelos, selei-os e, deixando a caravana para trás, toquei para Makka a toda brida. Ao chegar, perguntei para os meus familiares:

“Será que alguma coisa aconteceu em Makka, depois que eu parti?”

“Sim”, responderam, “apareceu um homem chamado Mohammad b. Abdullah, dizendo que é um profeta, e encontrou, como seguidor, o filho de Abu Quhafah.”

Estavam-se referindo ao Abu Bakr, a quem eu bem conhecia. Era um homem de maneiras gentis, agradável, amado por todos. Era ainda um mercador honesto e confiável. Éramos afeiçoados a ele, e gostávamos da sua companhia, por causa do seu grande conhecimento da nossa esfera tribal e nossa genealogia. Então eu fui ter com ele, e perguntei:

É verdade o que todos estão falando, que o Mohammad b. Abdullah declarou ser um profeta, e que tu acreditas nele?”
Abu Bakr respondeu afirmativamente, e contou-me todos os fatos relevantes. Inspirou em mim o desejo de me converter, como ele havia feito, então eu lhe contei acerca do monge de Basra. Ele ficou surpreendido, e propôs:

“Vamos até Mohammad, assim tu poderás contar a ele a tua estória. Tu poderás ouvir o que ele tem a dizer, e talvez irás juntar-te à religião de Deus.”

Fomos ter com Mohammad (SAAS), que me explicou o Islam e recitou para mim algo do Alcorão. Disse-me que a aceitação do Islam significava o preenchimento de tudo, neste mundo e no Outro. Deus abriu o meu coração para o Islam, e eu contei ao Profeta (SAAS) sobre o monge de Basra. Ele ficou visivelmente prazeroso.

Depois daquilo, eu pronunciei perante ele o testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é o Seu Mensageiro. Fui o quarto indivíduo a ser convertido pelas mãos de Abu Bakr.

Fim da narrativa de Tal-ha

O Coraix ficou estupefacto com a notícia da conversão daquele jovem da sua tribo. A que ficou mais entristecida foi a sua mãe, pois tinha ambições de que ele viesse a aer o líder da sua tribo por causa das nobres virtudes e do bom caráter dele. Todos empenharam-se em fazer com que ele renegasse a sua religião, mas ele permaneceu firme como uma montanha, inabalável com a insistência deles. Quando se desesperançaram de convencê-lo por medidas amigáveis, recorreram à perseguição e tortura. O Massud b. Kharash narrou:

“Eu estava a caminhar entre Al Saffa e Al Marwa(Al Saffa e Al Marwa – são dois montes perto da Caaba, em Makka. O caminhar entre eles faz parte do ritual dos peregrinos) quando vi uma grande multidão de pessoas a seguirem um jovem cujas mãos haviam sido amarradas ao seu pescoço. As pessoas estavam a persegui-lo, empurrando-o e golpeando-o na cabeça. Atrás, estava uma velha que gritava anátemas a ele. Perguntei a alguém da turba quem era o jovem, e foi-me dito:

“‘É o Tal-ha b. Ubaidullah; ele abandonou a sua velha religião, e está a seguir àquele rapaz do clã dos Banu Háchim.’

“‘E quem é aquela velha que o está seguindo?’ perguntei.

“‘É a Sabah b. al Hadrami, a mãe do jovem’, o homem respondeu.”

A coisas pioraram para o Tal-ha, para o homem conhecido como “o leão do Coraix”. Um homem por nome Nawfal b. Khuwailid amarrou-o por completo. Depois amarrou também o Abu Bakr junto com ele. Então ele os entregou para a ralé da tribo para serem cruelmente torturados. Por causa daquele incidente, o Tal-ha b. Ubaidullah e o Abu Bakr passaram a ser conhecidos como “os atados juntos”.

O tempo passou, os eventos tiveram lugar, um após outro e, com o passar do tempo, o Tal-ha b. Ubaidullah amadureceu. O seu sacrifício pela causa de Deus e do Seu Profeta se tornou mais e mais intenso, e a sua generosidade para com a sua religião e seus camaradas muçulmanos cresceu em ardor, tanto que o Profeta (SAAS) o cognominou “o mátir vivo”. Cada um desses cognomes tem uma bela estória por trás dele.

A estória por trás de o Tal-ha ter-se chamado “o mártir vivo” corporalizou-se durante a batalha de Uhud. Os muçulmanos haviam abandonado o campo de batalha, deixando o Profeta (SAAS) com apenas onze homens dos Ansar, mais o Tal-ha b. Ubaidullah, que era dos Muhajirun. O profeta (SAAS) e seus doze apoiadores estavam-se retirando montanha acima, perseguidos por um bando de pagãos que queriam matar ao Profeta; este (SAAS) disse para os seus apoiadores:

“Aquele que conseguir afugentar esses indivíduos irá ser meu companheiro no Paraíso.”

“Eu conseguirei, ó Mensageiro de Deus”, voluntariou-se o Tal-ha.

“Não, tu ficas onde estás”, disse o Profeta (SAAS).

“Eu conseguirei, ó Mensageiro de Deus”, sugeriu um dos Ansar.
“Tu podes ir”, disse o Profeta (SAAS). O homem dos Ansar deteve os inimigos, enquanto o Profeta (SAAS) e os outros se retiravam para mais acima. Logo que o homem foi morto, e os pagãos reiniciaram sua perseguição ao Profeta, este (SAAS) disse:

“Qual o homem que os pode deter?”
“Eu posso, ó Mensageiro de Deus”, voluntariou-se mais uma vez o Tal-ha. O Profeta mais uma vez recusou, e permitiu que um dos Ansar, que também se voluntariara, fosse. Logo ele teve a mesma sina do primeiro homem, e os pagãos continuaram a perseguir o Profeta (SAAS). Aquilo aconteceu repetidamente, até que os onze homens dos Ansar haviam morrido como mártires, e apenas o Tal-ha permanecia com o Profeta (SAAS). Naquela altura, o Profeta (SAAS) deu permissão para que o Tal-ha tentasse conter o inimigo. Momentos antes, o Profeta (SAAS) havia sido ferido; sua testa fora aberta, seu lábio cortado, e um dos seus dentes fora quebrado. O sangue lhe cobria o rosto, e ele estava exausto.

Então o Tal-ha saiu ao encalço dos perseguidores, atacando-os e repelindo-os. Depois voltou para junto do Profeta (SAAS), ajudou-o subir mais para cima, e o fez sentar num local abrigado, e saiu para atacar os pagãos mais uma vez. Fazia aquilo repetidamente, até que escurraçou completamente os inimigos.

Naquele momento, Abu Bakr e Abu Ubaida b. al Jarrah se encontravam em algum outro lugar, no campo de batalha. Eles se dirigiram para o local em que o Profeta (SAAS) estava, com a intenção de lhe atender os ferimentos, mas ele lhes disse:

“Deixai-me e ide ter com o vosso amigo”, referindo-se ao Tal-ha. Eles foram, e o encontraram coberto de sangue. Ele tinha mais de setenta ferimentos causados pelas espadas, lanças e flechas dos inimigos. Perdera u’a mão, e havia caído, inconsciente, numa vala. Depois daquilo, o Profeta (SAAS) passou a dizer:

Se alguém quiser ver um homem que ainda anda, após ter enfrentado a morte, que olhe para o Tal-ha b. Ubaidullah!”
E sempre que alguém mencionava a batalha de Uhud para o Abu Bakr, ele dizia:

“Foi o Tal-ha b. Ubaidullah quem salvou o dia!”

Esta é a estória de como ao Tal-ha foi dado o nome de “o mártir vivo”. As estórias de como ele foi cognominado Tal-ha, o Generoso, e Tal-ha, o Benévolo, são incontáveis.

Ele era um abastado mercador, com um negócio florescente. Um dia, ele recebeu os lucros das transações, em Hadhramawt, que perfaziam o total de setecentos mil dirhans. Ele passou aquela noite num estado lastimável. Sua esposa, a Umm Kulçum b. Abi Bakr, foi ao quarto dele, e perguntou:

“Qual o problema, ó Abu Muhammad? Será que fiz algo que te desagradasse?”

“Não”, ele respondeu, “tu és a melhor esposa que um muçulmano pode desejar. É que eu comecei a imaginar, esta tarde, e argumentei comigo mesmo:

“‘O que pode um homem esperar do seu Senhor, se ele dorme com todo esse dinheiro na sua casa?”
E por que isso te causa pesar?” ela perguntou. “Será que não podes usá-lo para ajudar a tua família e os teus amigos necessitados? Pela manhã, poderás dividi-lo entre eles.”

“Que Deus tenha misericórdia de ti!” ele disse. “Tu és uma criatura com a qual Deus teve sucesso!”

Quando chegou a manhã, ele dividiu o dinheiro, colocou-o em saquinhos e vasilhas, e o distribuiu entre os necessitados dos Muhajirun e dos Ansar.

Há também uma estória conhecida acerca de um homem que foi ter com o Tal-ha necessitando abrigo e assistência para que pudesse completar a sua viagem. Ele lembrou ao Tal-ha de que eram primos distantes. Tal-ha disse:

“Esta é a primeira vez que alguém me diz seres tu um parente meu. Eu tenho um terreno pelo qual o Otman b. Affan me ofereceu trezentos mil. Se quiseres, podes pegá-lo para ti, ou poderás vendê-lo para mim, e dar-te-ei o dinheiro por ele.”

“Prefiro pegar o dinheiro”, disse o homem, assim o Tal-ha lho deu.

Tal-ha foi, na verdade, um homem de sorte, que mereceu aqueles belos nomes que lhe foram dados pelo Mensageiro de Deus (SAAS). Que Deus lhe conceda felicidade e lhe dê luz na Vida Futura!
"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

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sexta-feira, maio 04, 2012

Muito Cuidado com as Palavras

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK 

As palavras são como balas, depois de disparadas, podem provocar sérios danos. Bem aventurado aquele que vigia a sua língua, cuja casa basta às suas necessidades e que chora os seus pecados”. Issa (Aleihi Salam), Jesus (que a Paz de Deus esteja com ele). Abdallah ibn al-Mubarak – kitab al-Zuhud wa al-Raqa’iq. 

Uma criança recém-nascida não sobreviria, se fosse deixada ao abandono, sem qualquer contacto humano. O mesmo acontece com qualquer animal irracional. A vida em sociedade, permite-nos beneficiar de todos os conhecimentos que os nossos antepassados nos deixaram. Em sociedade, aprofundamos e aumentamos esses mesmos conhecimentos para as gerações vindouras. Desde pequenos, vivemos protegidos, com os nossos pais e irmãos. Também convivemos com os nossos familiares diretos e indiretos. Mais afastados do círculo familiar, convivemos com os nossos amigos, colegas de escola e de trabalho. Em sociedade, aprendemos a viver e a trocar as experiências. Não vivemos sós. Com os que nos rodeiam, falamos e damos a nossa opinião acerca de diversos assuntos. Muitas vezes queremos impor o nosso ponto de vista e o diálogo azeda-se. Num instante, trocamos palavras duras e inconvenientes. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse:“O forte não é aquele que vence os outros na luta corporal, mas im aquele que controla o seu temperamento”. Bukhari e Muslim O falar, é o próprio do ser humano. Necessitamos de comunicar, de dialogar para compreendermos e sermos entendidos. Como tudo na vida, há os que falam pouco e os que falam de mais. As palavras devem ser proferidas com “peso e medida”. Tudo que falamos, jamais terá regresso. Não é possível recuar no tempo, para voltarmos atrás do que dissemos. Quantas relações familiares, de vizinhança e de amizade são cortadas por palavras inconvenientes, por longos períodos ou definitivamente? “…

Não vos repudieis mutuamente, nem voltei as costas uns aos outros…. Não é lícito a nenhum muçulmano repudiar seu irmão por mais de três dias”. Bukhari e Muslim. Quantas vezes desabafamos para nós próprios: “Se eu soubesse…. não teria falado assim”. Saberemos assumir a culpa e ganharmos coragem para dizermos a palavra mágica “desculpa-me”?

Quando somos confrontados com palavras duras e ofensivas, antes de respondermos, devemos “respirar fundo” e ter em atenção às palavras que vamos proferir em resposta às provocações. Com o fervor da situação, podemos ser piores do que aquele que nos ofendeu. Passamos assim a ser também pecadores, sujeitos a um grande “puxão de orelhas” por parte do nosso Criador, conforme o exemplo referido no seguinte hadice: Nufai Ibn al Hares al Sacafi (Radiyalahu an-hu) referiu: “O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quando dois muçulmanos se enfrentam com as espadas, o assassino e o assassinado serão castigados com o fogo”.

Perguntei-lhe: “Ó Mensageiro de Deus, compreendo perfeitamente quanto ao caso do assassino, mas não entendo quanto ao caso do assassinado!”.

Respondeu: “Ora, porque também tinha a firme intenção de matar o seu companheiro!”. Bukhari e Muslim. Sempre que possível, devemos deixar passar uns tempos para respondermos. Não com a intenção de darmos a outra face! São diferentes as palavras proferidas imediatamente à seguir às provocações e as que são ditas depois de alguma ponderação. Assim, as nossas palavras pensadas, poderão constituir um veículo de ensinamento à pessoa que nos ofendeu e ele acabar por reconhecer o erro cometido. Uma língua habituada a falar bem, responderá as provocações com palavras boas. E isto não é difícil para os que têm fé em Deus e que acreditam no dia em que as nossas línguas testemunharão contra ou a nosso favor.

Um bom conselho para nos afastarmos das provocações, foi-nos dado pelo Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) que referiu, “Quando estivermos de jejum e formos provocados, devemos dizer simplesmente “estou de jejum, estou de jejum”.

Nos dias em que não estamos de jejum, as referidas palavras podem servir de inspiração, para nos afastarmos das discussões inúteis, porque as palavras puxam outras palavras. Outro conselho que devemos seguir, é a recomendação do Cur’ane:

“Conserva-te indulgente, recomenda o bem e afasta-te dos ignorantes!” 7:199.

Os muçulmanos têm um código de vida completo: é a Revelação de Deus e a conduta do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Mas infelizmente, acabamos por não cumprir com a exortação do Criador: “Sois a melhor nação que surgiu na humanidade, porque recomendais o bem, proibis o ilícito e credes em Deus…”. Cur’ane 3:110. Estas palavras não constituem um elogio, mas sim uma exortação a todos os muçulmanos para que tenham um comportamento exemplar perante toda a humanidade.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Um bom Dia de Juma, na melhor das companhias, a família.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

04/05/2012

terça-feira, maio 01, 2012

Mais alguns sinais do dia do Juízo Final

Em nome de Allah (SWT), o Clemente, o Misericordioso. Louvado seja Allah (SWT), criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e dê paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos continuamos a falar sobre os grandes sinais da chegada da HORA ou dia do juízo final, o profeta Mohamad( SAAW) falou do Retorno do Missiah Issa filho de Maria, especificou o lugar no Leste de Damasco- capital da atual Síria, no local chamada Almanarah Albiadah (O Farol branco), e vestido com roupa amarela.

Os muçulmanos acreditam que Jesus irá voltar em um momento perto do fim do mundo. O verso do Alcorão que alude a futura vinda de Jesus é a seguinte: na surat AL ZUKHURUF(os ornamentos) versículo 61 "E (Jesus) será um sinal (para a vinda) da Hora (do Juízo): portanto, não têm dúvida sobre a (Hora), mas siga-me vós: este é um reto caminho." Segundo a tradição islâmica, a descendência de Jesus estará no meio de guerras travadas pelos Mahdi ("O bem encaminhado"),conhecido na escatologia islâmica como o redentor do Islão, contra o Anticristo (Al-ad-Dajjal Masīkh, o Anti-Cristo)e seus seguidores. Jesus vai descer a leste de Damasco, vestido com trajes amarelos. Ele então se juntará ao Mahdi em sua guerra contra o Dajjal(anti-cristo). Jesus é considerado no Islã como um muçulmano, divulgará os ensinamentos islâmicos. Por fim, Jesus matará o Dajjal , e então todos do povo do livro (al-kitābahl- Referindo-se aos judeus e cristãos) acreditarão nele. Assim, haverá uma só religião o Islam.

"A Hora não será estabelecida até o filho de Maria (Jesus), descer entre nós como um governante justo, ele vai quebrar a cruz, matar os porcos e abolirá o imposto(Jizya) . Após a morte do Mahdi, Jesus então assume a liderança. Este é um tempo na narrativa associada islâmico com paz e justiça universal."

O Dia do Juízo Final é o fim da terra e do universo que conhecemos. Precedendo o dia do julgamento existirão os grandes sinais do Dia do Juízo. O primeiro sinal é a aproximação do Sol originado do oeste para um dia acompanhado pelo aumento da Besta da Terra. A vinda de Imam Al-Mahdi e que significa "divinamente guiado"), que precede a Segunda Vinda de Issa (Jesus), desencadeia a redenção do Islam e com a derrota dos seus inimigos. A natureza exata do Mahdi difere entre xiitas e sunitas, mas ambos concordam que Issa (Jesus) e do Imam Al-Mahdi vão trabalhar em conjunto para lutar contra o mal no mundo, para cimentar a justiça na Terra, e vai unir os muçulmanos e cristãos em verdade verdadeira Islão e abolir o imposto(Jizya). O Mahdi vem de Meca e as regras a partir de Damasco, na Síria. Issa irá derrotar Dajjal(literalmente: enganador; falso messias ou o anticristo), e então deve viver na Terra há muitos anos. .
No texto Sinais de Qiyamah, Muhammad Ali Ibn Zubair Ali declara que, após a chegada do Mahdi ", o terreno será em caverna, névoa ou fumaça cobrirá os céus de quarenta dias (ayah). Uma noite de três noites, seguirão o nevoeiro. Depois da noite de três noites, o sol vai subir, a oeste. O Dabbat al-ard(a Besta da Terra) deve emergir . A besta irá falar com as pessoas e marcará os rostos de pessoas. Uma brisa do sul devem causar a todos os fiéis a morte. O Alcorão vai ser levantado a partir do coração do povo. "

Durante o julgamento, todos teram o "livro de ações" será entregue à pessoa, e será informado de todos os atos e cada um falou palavra, segundo o Alcorão. Se essa pessoa receber o livro pela direita, essa pessoa irá para o Jannah (paraíso). Se ela recebe-lo pela sua esquerda, ele irá para Jahannam (Inferno). Ações durante a infância não são julgados. Mesmo pequenas e triviais ações são incluídas na conta. Quando a hora está na mão, alguns negam que o Juízo Final está a decorrer e será avisado de que o Acórdão antecede o perigo, segundo o Alcorão. Se uma nega uma ação que ele ou ela tenha cometido, ou se recusar a reconhecê-lo, as suas partes do corpo, testemunharão contra eles.

O Alcorão afirma que alguns pecados podem condenar alguém para o inferno. Estes pecados incluem mentir, desonestidade, corrupção, ignorando Deus ou revelações de Deus, negando a ressurreição, recusando-se a alimentar os pobres, agir com opulência e ostentação, e oprime ou economicamente exploram outros. No entanto, se alguém tinha a verdadeira crença islâmica no coração e, em seguida, uma acabará por ser admitida na paraíso após justo castigo.

As contas de julgamento também estão repletos com a ênfase que Deus é misericordioso e perdoar, e que o perdão e a misericórdia serão concedidos naquele dia, na medida em que é merecido.
Salamo Aleikom

A Piedade do Rassulullah (S) Pelas Crianças

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
Louvado seja DEUS, o Senhor do Universo. Que DEUS abençoe e dê paz, ao Profeta Mohammad, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

O Rassulullah (S) nasceu em Makka no ano de 572 da Era Cristã e cresceu órfão, pois perdeu o pai, Abdullah, antes de nascer. Aos seis anos de idade, sua mãe faleceu, Amina. DEUS o protegeu e cuidou dele. Ele cresceu na casa de seu avô, Abdul Mutálib e de seu tio Abu Tálib. Por isso, seu coração, desde criança, ficou repleto de piedade, de simpatia e de carinho pelas crianças. Ele ensinou ao seu povo os métodos civilizados e educacionais na sua relação com as crianças. Essas lições servem para toda a humanidade de acordo com as palavras de DEUS, exaltado seja: “E não te enviamos senão como misericórdia para a humanidade.” (21:107).

1 – Cuidar da criança desde o nascimento.

A orientação do Rassulullah (S) foi o de receber a criança entoando o Azan no seu ouvido direito, então o anúncio do início da oração (icáma) no seu ouvido esquerdo. Ele ordenou o pai da criança de escolher-lhe um belo nome, promover-lhe um banquete e convidar todos os parentes e amigos em agradecimento ao Senhor do Universo.

2 – O Rassulullah (S) ordenou que se instruíssem os filhos

O Profeta (S) considerou as crianças como confiança, e que devem ser instruídas. Deve-se iniciar a instrução com a palavra de “Não há outra divindade além de DEUS e Mohammad é o Rassulullah”. Então empenhar-se em ensinar-lhes o Alcorão, a leitura e a escrita e os outros conhecimentos que lhes são úteis tanto nesta vida como após as suas mortes.

3 – O Saudar as Crianças

Era seu costume (S) saudar as crianças quando as encontrava nas ruas. Ele lhes demonstrava carinho. Jábir Ibn Sámura (R) relatou: “Pratiquei a primeira oração com o Rassulullah (S). Então ele foi para casa, e eu fui com ele. Ele foi recebido por duas crianças de Madinah. Ele começou limpar-lhes os rostos um a um. Disse: “Quanto a mim, ele limpou o meu rosto e verifiquei que sua mão estava fria e cheirosa, como se a tivesse tirado de vasilha de um perfumista.” (Tradição narrada pelo Tabaráni).

4 – O Brincar com as Crianças

O Rassulullah (S) era carinhoso com as crianças em geral. Ele era para os seus netos, Hassan e Hussein o melhor pai e avô. Quando ele ingressava na oração e se prostrava, os seus netos, Hassan e Hussein montavam em suas costas, Quando alguém dos companheiros do Profeta quisesse vedá-los o Profeta (S) sinalizava-lhe para deixá-los. Abu Huraira (R) relatou: “Costumávamos praticar a Oração da Noite com o Rassulullah (S). Quando ele se prostrava, O Hassan e o Hussein pulavam nas costas dele. Quando ele erguia a cabeça, ele os pegava com a mão por trás suavemente.. Colocava-os no chão com suavidade. Quando voltava a se prostrar, eles voltavam a pular nas suas costas. Ao ficar sentado, ele os colocava nas pernas dele, um de cada lado.” Abu Huraira disse: “Fui ter com o Profeta (S) e lhe perguntei: ‘Quer que os leve para a mãe deles?’ Ele respondeu: ‘Não!’” (Tradição fidedigna). Anas (R) relatou: “O Profeta era a melhor pessoa quanto à conduta. Eu tinha um irmão que se chamava Abu Umair. Quando o Profeta (S) o via dizia-lhe: “Ó Umair, onde está o Nughair?” (Bukhári) . O Nughair era um pequeno pássaro com quem Abu Umair brincava.

5 – A sua Misericórdia para com as Crianças

Anas Ibn Málik (R) relatou: “Nunca vi alguém mais misericordioso pelos familiares do que o Rassulullah (S)” (Musslim). Buraida (R) relatou: “O Rassulullah (S) estava proferindo o sermão quando o Hassan e o Hussein foram ter com ele, vestindo camisas vermelhas, caminhavam e tropeçavam. O Profeta (S) desceu do púlpito, carregou os dois e disse: “Certamente ‘verdade os vossos bens e os vossos filhos são uma mera tentação.’ (64:15). Eu olhei para aqueles dois meninos caminhando e tropeçando e não consegui esperar. Interrompi o sermão e fui pegá-los.” (Tradição narrada por Tirmizi). Sábit, baseado em Anas (R) relatou: “O Profeta (S) pegou o seu filho Ibrahim, beijou-o e o cheirou.”

Esse carinho ele tinha por todas as crianças que ele encontrava. Anas (R) relatou que o Rassulullah (S) tinha um criado judeu muito jovem. E aconteceu que este adoeceu e, por isso, o Profeta (S) foi visitá-lo na casa dos pais dele; sentou-se próximo à cama, e lhe disse: “Abraça o Islam, e submete-te a Deus!” O jovem olhou para o seu pai, que se encontrava presente, que lhe disse: “Obedece a Abu al Cassem!” Naquele exato momento, o rapaz judeu anunciou o seu testemunho de abraçar o Islam. O Profeta (S) saíu de lá, dizendo: “Louvado seja DEUS, ‘que salvou do Inferno o rapaz!” (Bukhári).

O principal motivo da misericórdia é o de nos ensinar que devemos proteger a criança e proporcionar-lhe a felicidade nesta vida e na Outra. O Profeta (S) censurou veementemente as pessoas que não têm piedade nos seus relacionamentos com as crianças. Abu Huraira (R) relatou que em certa ocasião o Profeta (S) estava beijando o seu neto, Hassan Ibn Áli, sendo que Al Acra Ibn Hábis se encontrava sentado ao seu lado. Al Acra disse: “Tenho dez netos (ou filhos), e nunca beijei a nenhum deles.” O Mensageiro de Deus (S) olhou-o, e disse: “Aquele que não for misericordioso com os demais, não será tratado com misericórdia.” (Bukhári).

Esse é um método educacional muito elevado quanto ao tratamento das crianças, amando-as e tendo carinho por elas para que cresçam com uma personalidade natural, distante dos complexos e dos problemas.

Esse carinho e piedade fizeram o Profeta (S) encurtar a oração quando ouvia o choro de alguma criança. Ele disse: “Eu tenho vontade de prolongar a oração. Quando ouço o choro de alguma criança, eu a encurto para não prejudicar ou forçar a mãe.” (Bukhári).

Essa é uma prova de que as mães levavam as crianças para as mesquitas para aprenderem e se prepararem para o futuro. Indica, também, a misericórdia e a piedade do Rassulullah (S).

6) A Prece do Rassulullah (S) pelas crianças

Certamente, as crianças de hoje serão os jovens de amanhã e os líderes do futuro. Por isso, deve-se fazer prece por elas para que sejam abençoadas e bem sucedidas. São essas palavras que irão colocá-las no caminho da liderança e do comando; Aicha (R) relatou que as pessoas traziam para o Rassulullah (S) as crianças e ele as abençoava e adocicava as suas bocas com tâmaras.” (Musslim).

Ussama Ibn Zaid relatou que o Profeta (S) costumava pegá-lo e ao Hassan e dizia: “Ó DEUS, eu os amo, portanto, ama-os!” (Bukhári),

Com essas belas palavras a criança se acostuma ouvir coisas agradáveis cheias de fé, influenciando isso no seu caráter, fazendo surgir uma geração preparada para o sacrifício e o empenho pela prática do bem, beneficiando as criaturas em todo lugar; uma geração distante das palavras maldosas e da tentação de Satanás.

Por isso, irmão muçulmanos, essa é uma oportunidade excelente para nós conhecermos o nosso Profeta Mohammad (S) e aplicarmos os seus ensinamentos na educação dos nossos filhos.
 
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

quinta-feira, abril 26, 2012

SURAT IKHLAS (Sinceridade – Pureza) TERCEIRA PARTE

Bismilahir Rahmani Rahim; Qul huwa Allahu Ahad. Allahu Samad. Lam Yalid WaLam Yulad. Wa Lam Yakun Llahú Kufwan Ahad. “Em nome de Deus, O Beneficente e Misericordioso. “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3- Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”. 

Sempre que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), era questionado acerca da essência e da natureza de Deus, Allah transmitia ao Profeta, através do anjo Jibrail, para referir a Surat Ikhlas, como resposta simples e directa às questões colocadas.

Esta Surat foi revelada em Maka, na altura em que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) estava empenhado em convidar as pessoas para o Tauhid, para crerem na existência do Deus Único. Os primeiros anos do início da Profecia, foram os mais difíceis para o Profeta, porque a maioria das pessoas, estava enraizada no

paganismo. Passou os primeiros anos da profecia a incutir nas pessoas: LÁ ILAHA ILLA LLAH - Não há outra divindade, senão Deus, a (Única Divindade). Outros não aceitaram a ideia do Deus Único e por isso, o Profeta sofreu perseguições e atentados à sua integridade física, pelo que acabou por se retirar para Madina.

Foi uma das primeiras Surats a ser revelado. Em virtude dos conceitos deturpados que as pessoas tinham de Deus, foi revelado o Surat Iklass, e com poucas palavras, foi resumida a essência verdadeira de Deus e deitou por terra todas os conceitos do paganismo. É célebre a passagem do Bilal (Radiyalahu an-hu), ainda escravo, quando o seu “dono” lhe deitava sobre a areia escaldante do deserto e lhe colocava uma pedra pesada sobre o peito, obrigando-o a renunciar ao islão, mas ele só repetia: Ahad, Ahad (o Único, o Único).

Estas são as qualidades do Surat Ikhlas, um capítulo com poucas palavras, mas com significado muito abrangente, ao ponto de ser considerado “equivalente” a um terço do Cur’ane. Tão fácil de recitar e de decorar, mesmo para os que têm dificuldades de memória. Abu Darda (Radiyalahu an-hu) ouviu do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), dizer: “Existe algum de vós, capaz de recitar um terço do Cur’ane durante a noite?” Os companheiros do Profeta responderam: “Como é possível recitar um terço do Cur’ane, numa única noite?”. Disse o Profeta: Qul huwa Allahu Ahad. Allahu Samad. Lam Yalid Wa Lam Yulad. Wa Lam Yakun Llahú Kufwan Ahad. “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3- Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”. Muslim. Abu Huiraira (Radiyalahu an-hu) referiu: “O Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) veio até nós e disse: “Eu vou recitar perante vós, um terço do Cur’ane. Ele (o Profeta) de seguida, recitou: “Diz: Ele é Deus, o Único”, até ao final da Surah. Musslim.

As qualidades do Surat Ikhlass, fez com que alguns companheiros do Profeta o recitassem frequentemente e outros o incluíam em todos os ciclos das orações, em conjunto com outros versículos do Cur’ane. Abu Said Al-Khudri relatou: “Um homem ouviu outro recitando o Surat Ikhlas “Diz: Ele é Deus, o Único” repetidamente. Na manhã seguinte ele foi ter com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e o informou do sucedido e questionou o Profeta se considerava a recitação desta Surat como insuficiente. Respondeu o Profeta: “Por Aquele em Cujas Mãos está a minha vida, este Surat é igual a um terço do Cur’ane”. Bukhari.

Outra passagem referida por Yahya, refere que o Profeta (Salalahu Aleihi wassalam) ouviu um homem recitando o Surat Ikhlas e por isso, considerou que o Paraíso é obrigatório para o recitador. Maliks Muwatta.

Uma outra passagem foi relatada no Bukhari, da autoria de Anas (Radiyalahu an-hu): um homem que dirigia as orações na Mesquita de Quba, primeiro recitava o Surat Ikhlas e depois outra surat. Foi questionado se esta surat não era suficiente e os motivos porque a recitava em todos os ciclos da oração. Ele respondeu de que tinha um grande amor por ela e por isso não a podia abandonar nas orações. Mas se as pessoas assim o quisesse, eles poderiam procurar outro alguém para dirigir as orações. Preferiram mantê-lo, por o considerarem como um dos melhores para esse efeito. No entanto, colocaram a questão ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), que disse: “Seu amor ao Surat Ikhlas, fez-lhe ganhar o paraíso”.

Aisha (Radiyalahu an-há) relatou: “Quando o Profeta de Deus pretendia ir dormir, todas as noites ele recitava o Surat Ikhlas, Surat al-Falaq e o Surat na-Nas e depois soprava sobre as palmas das mãos e passava-os pelo rosto e pelo todo o corpo onde as mãos podiam alcançar. E quando ele ficou doente, ele pedia-me para assim fazer para ele”. Bhukari 71: 644. Outros relatos referem que após o pôr do sol e nas manhãs, recitar 3 vezes o Surat Ikhlas, o Surat al-Falaq e o Surat na-Nas, eles serão suficientes para nós.

E assim termino a mensagem relativa a este pequeno e grande capítulo do Cur’ane.

Todos os louvores são para Allah, o Único, o Criador de tudo o que existe. Que a Paz de Deus esteja com todos os Profetas, que se sacrificaram para nos deixarem a mensagem do Deus Misericordioso e Perdoador. As Bênçãos e a Paz de Deus estejam, com Muhammad, sua família e seus companheiros. A Paz e Misericórdia de Deus estejam com todos os crentes.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41 "Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Façam o favor de ter um bom dia de Juma e a língua habituada com “Qul Huwa Allahu Ahad, Allahu Samad ….”.
Cumprimentos 
Abdul Rehman Mangá - 26/04/2012

Quem estarão mais próximos do Profeta Muhammad (s.a.w.), no Dia do Juízo Final?

Quem estarão mais próximos do Profeta Muhammad (s.a.w.), no Dia do Juízo Final? 
“Certamente que a razão pela qual muitas pessoas entrarão no Paraíso será a piedade e o bom comportamento”, disse o Profeta Muhammad (s.a.w.). 
Prezados Irmãos, Assalamu Alaikum: 
Louvado seja Deus, Quem nos guiou, favorecendo-nos com a fé. Testemunho que não há outra divindade senão Deus, Único, sem associado. Testemunho que Muhammad é Seu servo e mensageiro. Que Deus abençoe Muhammad, a sua família, os seus companheiros e todos aqueles que o seguem até o dia do Juízo Final. 

Os bons modos são uma característica dos Profetas e das pessoas piedosas. Quem possui estas virtudes alcança um grau muito elevado de espiritualidade e honra. Deus abençoou a Muhammad (s.a.w.) favorecendo-o com uma moral e um comportamento grandioso. Deus disse: “Certamente que és de nobilíssimo caráter”. (Alcorão, 68:4). 

O bom comportamento apela à irmandade e ao amor, enquanto o mau comportamento incita ao ódio e ao rancor. 

O Profeta Muhammad (s.a.w.) exortou a moral e a equiparou com a piedade. Disse: “Certamente que a razão pela qual muitas pessoas entrarão no Paraíso será a piedade e o bom comportamento”. 

O bom comportamento implica ter um espírito cooperativo, tratar educadamente as pessoas, sorrir, não prejudicar outrem e falar com bons modos. 

O Profeta Muhammad (s.a.w), numa ocasião, exortou o seu com-panheiro Abu Hurairah (r.a.) e disse-lhe: “Abu Hurairah! Eu reco-mendo-te que tenhas uma boa moral”. Então Abu Hurairah o perguntou: “E o que implica ter uma boa moral?” O Mensageiro de Deus respondeu: “Tratar, com cortesia, a quem te vira a cara, perdoar a quem age injustamente contigo e ajudar a quem te vira as costas”. 

O Profeta (s.a.w.) disse: “Por certo que a pessoa que tem bom com-portamento alcança o grau do jejuador que reza durante noites”. 

A boa moral é parte da fé, pois o Mensageiro de Deus disse: “Aqueles que melhor tratam as pessoas são aqueles que têm uma fé mais completa”. Os muçulmanos devem falar com educação em todos os momentos fé mais completa”. 

Os muçulmanos devem falar com educação em todos os momentos e proferir boas palavras. O Profeta (s.a.w.) disse: “Falar cortes-mente é uma boa ação”. 

O muçulmano é também recompensado pelo simples ato de sorrir, que não implica nenhum peso para ele. O Profeta (s.a.w) disse: “Sorrir a teu irmão é uma boa ação”. 

Deus disse: “Ó crentes! Sejais firmes com os preceitos de Deus, deem testemunho com equidade e que o rancor não vos conduza a tratar injustamente. Sejais justos, pois desta forma estareis mais próximos de serem piedosos. Temei a Deus; E Deus está bem inteirado de tudo o que fazeis.” (Alcorão). 

Os sinais que demonstram a boa moral de uma pessoa são: ser pudico, não prejudicar o outro, ser conciliador e benfeitor, ser sincero, falar pouco, fazer muito, ser piedoso, calmo, paciente, grato, agradável, tolerante, compassivo, indulgente e honesto; não maldizer nem insultar, não falar do ausente nem caluniar, não ser apressado, nem invejoso, nem ava-rento, nem rancoroso, e estar sempre alegre e aceitar e recusar somente por Deus. 

A origem de todos os defeitos é a soberba e o orgulho. Ao contrário, a origem das virtudes é a firme determinação na fé. 

A injustiça, a opressão, a vaidade, a intolerância, a rudeza, a altivez, a arrogância, o desejo de poder e a vanglória nascem todos do orgulho e da soberba. 

Irmãos! Ponham em prática os ensinamentos do Profeta Muhammad (s.a.w.) e sigam os seus conselhos. Ele nos exortou, dizendo: “Temam a Deus onde quer que estejam, façam uma boa ação após uma falta para assim a expiar e tratem correta-mente as pessoas”. 

Ó Deus! Nós pedimos-Te que nos guies para poderes contar-nos, no Dia de Juízo Final, entre os mais próximos do Mensageiro de Deus, pois ele disse: “Certamente aqueles que mais próximos de mim estiverem no Dia do Juízo Final são os que melhor comportamento tiveram”. 

Que Deus nos abençoe com o Nobre Alcorão e nos guie para que O temamos como Ele merece. E peço a Deus que perdoe os nossos pecados, pois Ele é o Absolvedor, Misericordioso. 

Março/Abril – AL- Furqán   

domingo, abril 22, 2012

Regras Islâmicas ao nascer uma Criança

Os ensinamentos islâmicos abrangem todas as etapas da vida, começando pelo nascimento a ter em conta certas recomendações elementares:

1. Corte do Cordão Umbilical e Banho.

2. Adhán, Iqámah e Duás (Adhán em voz baixa, no ouvido direito e o Iqámah no ouvido esquerdo do bebé. 

Este acto é Sunnat, Duá de protecção para o recém-nascido contra o Shaitán, e que ALLAH lhe guie e oriente para o caminho da verdade e que lhe torne num ser piedoso, podendo acrescentar-se outros Duás).

3. Fazer o Tahnik (consiste em esmagar com os dentes um bocado de tâmara ou uma outra fruta doce e colocá-lo na boca do bebé, fazendo também Duá).

4. Aquiqah e Rapar o Cabelo (sacrificar, degolar, dois cabritos ou carneiros, no caso do recém-nascido ser menino, e de um cabrito ou carneiro, se for menina. O Aquiqah deve ser feito de preferência no sétimo dia após o nascimento da criança. Se não for possível nessa data, é recomendável que se faça no 14º, 21º ou 28º dia após o nascimento da criança e assim por diante, sempre em múltiplos de sete, a contar da data do nascimento. O tipo e as condições do animal para o Aquiqah são idênticos aos do Curbani).

5. Dar um Bom Nome (hoje em dia, infelizmente não se procura saber o significado, optando pura e simplesmente pelo nome que soa melhor, raro ou que está´em voga).

6. Circuncisão (Al-Khitán ou circuncisão é um símbolo de Islamismo e é um Sunnat muito importante aplicado a indivíduos do sexo masculino. É recomendado fazer-se a circuncisão o mais cedo possível).

7. Quando a criança começar a pronunciar as primeiras palavras, deve ser-lhe ensinada a recitar o primeiro Kalimah: Lá Iláha Illalláhu, Muhammadur Rassulullah.

quinta-feira, abril 19, 2012

SURAT IKHLAS (Sinceridade – Pureza) SEGUNDA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK - 20/04/2012
Bismilahir Rahmani Rahim; Qul huwa Allahu Ahad. Allahu Samad. Lam Yalid Wa Lam Yulad. Wa Lam Yakun Llahú Kufwan Ahad. Em nome de Deus, O Beneficente e Misericordioso. “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3- Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”.

Nos tempos pré-islâmico, a maior parte dos residentes da Península Arábica, adoravam ídolos (talhados em madeira, em pedra e outros materiais). Em Maka e em Madina, foram vários os tipos de pessoas e personalidades que questionaram o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) acerca da essência e da natureza de Deus. Todos pretendiam saber quem é Deus e de que matéria é feito. Para os adoradores de ídolos, esta questão era importante, porque estavam habituados a ver e a tocar os ídolos que adoravam. Tinham uma forma e corpo, eram machos ou fêmeas e tinham filhos. Tinham uma descendência e necessitavam de alimentos. Herdaram dos seus antepassados e outros ídolos iriam herdar as suas posições. Mas não lhes respondiam os anseios. Outros adoravam o fogo, as estrelas e outros astros. Fazia-lhes confusão, como era possível existir só um Deus e ainda mais porque não era visível.

Allah não era um nome desconhecido para os árabes da era pré-islâmica. Era o nome para o qual usavam para designar o Criador do Universo. Mas apesar disso, eles utilizavam o termo ilah (divindade) para os seus ídolos. Essa dualidade é referida em vários versículos do cur’ane, como por exemplo: “E se lhes perguntas: quem criou os céus e a terra e submeteu o sol e a lua? Eles responderão: Allah (Deus)! … E se lhes perguntas: quem faz descer a agua do céu e com ela a terra é vivifica?
 
Responder-te-ão Allah. …” Cur’ane Surat Al-Ankabut 61 e 63. A crença em Allah ficou mais evidente quando Abraha, governador do Yémen, que se encontrava integrado no reino de Negus da Abissínia, invadiu Maka e tentou destruir a Caaba (Casa de Deus). O então guardião da Caaba, Abdul Muttalib, Chefe e Líder da Caaba, que viria a ser o avô do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), depois de reunir todos os chefes tribais, chegaram à conclusão de que não tinham capacidade para repelir os invasores e só Allah é que tinha o poder para proteger a Sua Casa.
 
Retiraram-se todos para os arredores. Deus mandou um bando de pássaros denominados de “Abadil”, carregando cada um deles 3 pedrinha que foram atiradas ao exército invasor, causando inúmeras baixas, devido a perfurações e roturas na pele.

Os sobreviventes acabaram por se retirar. Este incidente é conhecido por “Ano dos Elefantes” ou “Os Senhores do Elefante” e está referido no Surar Al Fil (o desenvolvimento deste tema pode ser consultado nas minhas mensagens de 24 e 30 de Abril de 2010). Mesmo assim, depois desta lição divina, a maioria continuou a adorar os seus ídolos. Para este tipo de pessoas, Deus refere: “Eles estão baloiçando (vacilando), entre os dois grupos; nem estão com eles, nem com aquele. Porém, jamais encaminharás para o caminho certo aqueles que Deus desviou (por tal merecerem)”. Surat Na-Nissa 143.

Também havia outros que afirmavam que Deus teve um filho. “E (ó Profeta) diga: Louvado seja Allah que jamais teve filho, tão pouco teve parceiro na Soberania, nem (necessita) de ninguém para protegê-Lo da humilhação e é exaltado com toda a magnificência”. Cur’ane 17:111. Podemos deduzir que se Deus teve um filho, é porque necessitava de alguém para o auxiliar, o qual seria considerado com o um herdeiro após a sua morte, o que equivale a atribuir uma fraqueza a Deus, característica de um ser mortal. Deus é Auto-Suficiente e Imortal. “LA ILAHA – ILLA LLAH” – Não há outra divindade, senão Deus, a (Única Divindade).
 
Por diversas pessoas e em várias ocasiões, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) foi questionado sobre Deus. Por um lado, a curiosidade era grande e por outro, o faziam em termos provocatórios. Segundo o relato de muitos Sahabas (Radiyalahu an-huma), os Quraish (residentes de Maka) queriam saber as origens e os antepassados do Senhor que lhes era então apresentado. Quem era esse Deus, de que era Ele feito.

Então Deus, revelou: “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3-Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”. Alguns Judeus Rabinos, questionaram o Profeta: “Ó Muhammad, informe-nos como é o teu Senhor, para nós acreditarmos em ti. Na Torah Deus enviou-nos a Sua descrição. Diga-nos de que Ele é feito, se é feminino ou masculino, se Ele é feito de ouro, de latão, ferro ou prata e se Ele come ou bebe. Também para nos dizer de quem Ele herdou o mundo e quem herdará depois Dele. Então Deus revelou ao mundo este Surat.
 
Também outros grupos de Judeus questionaram o mesmo ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Hazrat Anas (Radiyalahu an-hu), referiu que um Grupo de Judeus perguntou ao Profeta: “Ó Abul Qassim, Deus criou os anjos da luz, Adão do barro, o Iblis (o diabo) do fogo, o céu do fumo e a terra a partir da espuma da água. Diga-nos agora acerca do teu Senhor (de que é feito). O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) não respondeu. Então apareceu o Anjo Jibrail (Gabriel), que lhe disse: “Ó Muhammad, diga-lhes: “Huwa Allahu Ahad (Deus é Único)”.
 
Ibn Abbas (Radiyalahu an-hu) referiu que uma delegação de Cristãos de Najran, acompanhados de 7 sacerdotes, visitou o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e perguntaram: “Ó Muhammad, diga-nos como é o Teu Senhor e de que substância Ele é feito”. O Profeta respondeu: “Meu Senhor não é feito a partir de nenhuma substância. Ele é Único e Exaltado acima de tudo”. Então Deus enviou o Surat Ikhlass. Porque era o início da implementação do Isslam, do Tauhid, esta Surat foi assim por diversas vezes “revelada / lembrada” ao Profeta, para ele responder àqueles que lhe questionavam sobre a unicidade de Deus. È um verdadeiro milagre, uma Surat com poucas palavras, descreve o conceito do Deus Único e da independência de Deus perante todas as criaturas. Os 300 ídolos que se encontravam na Caaba, foram destruídos pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), quando entrou triunfante em Maka, sem derramamento de sangue, proclamando a Unicidade de Deus e Ele, o Único merecedor da adoração. “LA ILAHA – ILLA LLAH”.
 
In Sha Allah, continua no próximo Juma.
“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41, Votos de um bom dia de Juma.
Cumprimentos Abdul Rehman Mangá -19/04/2012

quarta-feira, abril 18, 2012

Cuidar Bem dos Idosos uma Vocação Islâmica

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 16.04.2012

O estatuto do cidadão sénior é de uma grande importância em todas as sociedades, especialmente no Ocidente, onde as pessoas idosas na maior parte dos casos, são enviadas para lares especialmente construídos para as chamadas pessoas da terceira idade, ao invés de se lhes prestar cuidados nas suas casas.

Ninguém gosta de ficar velho, de ter a sua cara que um dia foi bonita, cheia de rugas e a perder o brilho que um dia já teve.

Contudo, isso indica que afinal nós não somos donos dos nossos destinos, nem de nós próprios e nem dos nossos corpos, pois por detrás de tudo isso há uma Mão Poderosa, que é a do Criador que faz o que quer, pois o Al-Qur’án diz no Cap. 40, Vers. 67:

“Foi Ele (Deus) quem vos criou do pó (a Adão), depois de uma gota de esperma, depois de um coágulo de sangue. Depois disso, Ele tirou-vos como criança (do ventre da mãe). Em seguida, (fez-vos crescer) para depois alcançardes a vossa maturidade completa, para depois serdes velhos”.

O Homem há muito que tenta procurar alguma fórmula que contrarie o gene responsável pelo envelhecimento do corpo, mas sem sucesso. Por isso muita gente não se convence e nem fica satisfeita quando a velhice a atinge. As pessoas tudo fazem para disfarçá-la, seja pintando os cabelos e a barba ou mesmo rapando-os, tudo na tentativa de ocultar os seus vestígios. Os mais abastados submetem-se a operações plásticas. Alguns chegam a ficar ofendidos quando alguém os chama de velhos, respondendo: “velhos são os trapos” ou “sou gasto mas não sou velho”.

Todavia, se vivermos, todos nós um dia atingiremos a velhice, contra a nossa vontade, pois esse é o processo natural e inegável da vida, que Deus criou.

Consta que certa vez um idoso que tinha já as costas arqueadas e que caminhava apoiado numa bengala de tão velho que estava, passando ao pé de uns miúdos que brincavam, estes, querendo fazer troça do velho trôpego lhe perguntaram: “Ó tio! Onde é que compraste o arco e a flecha”? O idoso calmamente respondeu: “Não se preocupem, pois quando chegarem a esta idade vão receber isso de graça”.

Será que iremos gostar que os nossos filhos nos escorracem das nossas casas, que construímos com muito esforço durante a nossa juventude, para o lar de idosos? Quão triste e cruel é isso!

A vida vivida no lar de idosos é miserável e insuportável. Devemo-nos precaver antes que essas tendências perturbadoras se enraízem nas nossas sociedades em vias de desenvolvimento, pois caso contrário tal trará crises jamais vistas.

A religião ensina-nos a respeitarmos os idosos, sejam eles nossos pais, nossos familiares, e até mesmo os estranhos.

Os idosos podem chegar à fases da velhice caracterizadas pela perda de algumas faculdades biológicas, podendo até perder o seu vigor físico, ou mesmo as suas faculdades mentais. Muitos deles desenvolvem sentimentos emocionais fora dos limites.

Quanto à perda das faculdades físicas, um idoso não consegue fazer muitos dos trabalhos que um jovem faz. No que respeita à perda da capacidade mental, Deus diz-nos no Al-Qur’án, que um idoso pode vir a perder a sua capacidade mental, podendo até tornar-se senil.

Deus diz no Cap. 22, Vers. 5:

E, entre vós há os que morrem (jovens), e outros são levados até a máxima velhice, ao ponto de não saberem nada depois de haverem sabido (muita coisa)”.

A isto podemos chamar, usando o termo da medicina moderna, de doença de “Alzheimer”

Quanto aos sentimentos emocionais, Deus informa-nos acerca do profeta Jacob (Yaqub) e dos seus sentimentos relativamente aos seus dois filhos, José (Yussuf) e Benjamim (Ben Yámin). As suas emoções, o seu amor, a sua preocupação, a sua simpatia e os seus sentimentos eram imensas a tal ponto, que de tanto chorar perdeu a visão.

Portanto, em todos estes casos, o que se nos ensina, como crentes, é que devemos respeitar os idosos, ainda que sejam senis e caducos.

O nosso respeito para com os idosos está mais enfatizado a favor dos nossos pais. Consta no Al-Qur’án, Cap. 17, Vers. 23:

“O teu Senhor decretou que não adoreis a ninguém a não ser a Ele, e que deveis ser bondosos com os vossos pais. Se a velhice atingir um deles ou ambos, estando vós ainda em sua companhia, não lhes digas “uff” por irritação, nem os ralhes, mas fala-lhes com palavras generosas (com respeito)”.

O nosso Profeta Muhammad, S.A.W. instruiu-nos a respeitarmos todos os que são idosos, e ao mesmo tempo, a termos pena e misericórdia dos mais novos. E foi-nos dito que todo aquele jovem que respeita os idosos devido à sua idade avançada, também será respeitado quando ficar velho, pois Deus enviará alguém que o respeitará quando ele envelhecer.

Até mesmo na oração colectiva, é-nos recomendado que respeitemos os mais velhos. Portanto, quando estivermos a liderar uma oração (swalaat) colectiva onde haja velhos, devemos prestar-lhes atenção, não prolongando demasiado a oração em congregação.

Segundo a nossa tradição isslâmica, nós os muçulmanos, devemo-nos esforçar o máximo por respeitar os idosos, especialmente se se tratar dos nossos pais. É um mau precedente enviar os nossos pais para lares de terceira idade.

A presença dos nossos pais nas nossas casas é uma bênção de Deus. Trará paz, felicidade, concórdia, tranquilidade, misericórdia e recompensa de Deus. Devemo-nos empenhar o máximo em prol dos nossos pais velhos, pedindo-lhes para ficarem connosco nas nossas casas, para que assim possamos atrair a bênção de Deus.

Devemos estabelecer um bom exemplo para que os não muçulmanos possam fazer o mesmo.

Se tomarmos a iniciativa e a pusermos em prática, criaremos uma sociedade livre do conflito de gerações. Não haverá animosidade entre a nova geração e os idosos. Ao invés disso haverá bondade, respeito, simpatia, preocupação e amor um para com o outro.

quinta-feira, abril 12, 2012

Serenidade e Pureza - 1ª Parte

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)- JUMA MUBARAK - 

SURAT IKHLAS (Unicidade)
قُلْ هُوَ اللَّهُ أَحَدٌ (1) 
اللَّهُ الصَّمَدُ (2) 
لَمْ يَلِدْ وَلَمْ يُولَدْ (3) 
وَلَمْ يَكُن لَّهُ كُفُواً أَحَدٌ (4)
Transliteração:
Bismilahir Rahmani Rahim; 
1)Qul huwa Allahu Ahad. 
2)Allahu Samad. 
3)Lam Yalid WaLam Yulad.
4) Wa Lam Yakun Llahú Kufwan Ahad.

Português (Significado)
Em nome de Deus, O Beneficente e Misericordioso. 
1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 
2- Allah é independente. 
3- Não gerou e não foi gerado.
4- E ninguém é comparável a Ele”.

O principal pilar da fé do Isslam é a convicção de que Deus é o Único Criador e o Único Organizador de todo o Universo. É o Mestre, cujo controle é total. “Deus é o Criador de tudo e é de tudo o Guardião.” Alcorão 6.62). Não criou e não foi criado. 

É Ele que dá a vida e dá a morte. E da morte nos faz ressuscitar. O muçulmano está constantemente a renovar a sua declaração de fé, recitando: “LA ILAHA – ILLA LLAH” – Não há outra divindade, senão Deus, a (Única Divindade). “E recorda-te quando Lucman disse ao seu filho, exortando-o: “Ó meu filho, não atribuas parceiros a Deus, porque a idolatria é grave iniquidade”. Cur’ane 31.13. Deus é Independente de tudo e de todos. Ele é o Único merecedor da nossa adoração. Não existem intermediários entre o servo e o Senhor. “Diz: Minhas orações, minhas devoções, minha vida e minha morte pertencem a Deus, Senhor do Universo, que não possui parceiro algum...” (Alcorão 6.162).

Deus possui todos os atributos da perfeição e está livre da imperfeição. São 99 os atributos de Deus, que devem ser invocados pelos crentes, nomeadamente, o Beneficente (Ar-Rahman), o Misericordioso (Ar Rahim), o Único (Al-Ahad), O Independente (As-Samad). As referidas convicções, constituem o Tauhid, a base de sustentação da Religião Islâmica. É o Monoteísmo, o Tauhid que nos transmite o Surat Iklas, o Capítulo da Pureza, afastando-nos do politeísmo e da idolatria. 

Ibn Abbas (Radiyalahu an-hu), referiu: “As-Samad” (o Independente), é Aquele que toda a criação depende das necessidades e dos pedidos (Todos estão dependentes Dele e Ele não depende de ninguém). Ele é o Mestre perfeito em Sua Soberania; o mais Tolerante e o mais Perfeito na Sua Tolerância; Sua Soberania prevalece sobre todo o universo; Ele é Aquele que é mais Perfeito em todos os aspectos da Nobreza e Autoridade. Ele é Imortal e sempre Vivo. Ele é Deus. Glória a Deus, o Único”.

Aos Capítulos do Cur’ane, foram dados nomes, de acordo com situações ocorridas. O nome do Surat Ikhlas (sinceridade - pureza), foge a esta regra. Esta Surat trata do Tauhid (do Monoteísmo). O nome “Pureza” está associado à afirmação: “Não gerou e não foi gerado” “E ninguém é comparável a Ele”. Quem o recitar, compreender e acreditar nas respectivas palavras, livrar-se-á completamente do shirk (idolatria – politeísmo). “Adorai a Deus e não lhe atribuais parceiros…” Cur’ane 4:36. 

Não podemos representar a figura de Deus, porque ninguém O conhece como Ele é. Nem tão pouco representar as faces dos Profetas, porque os homens se desviariam, passando a adora-los, constituindo assim uma idolatria, contrária aos princípios do pilar da fé (adoração ao Deus Único). 

In Sha Allah, continua no próximo Juma.
“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41

Votos de um bom dia de Juma.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá - 12/04/2012

segunda-feira, abril 09, 2012

CONFIANÇA E HONESTIDADE - O Sentido Mais Amplo de Confiança

Por: Shaikh Mohamad Al Ghazali
Tradução: Prof. Samir El Hayek

O Islam espera de seus seguidores que eles sejam donos de corações alegres e consciências alertas, que assegurem a proteção dos direitos de Deus e da humanidade, e que também protejam seus atos, impedindo-os de cometerem excessos. Para isso, e preciso que todo muçulmano seja confiável (Amin).

A luz da chari‘a, confiança tem um sentido bastante amplo. Esta palavra possui um oceano de significado, mas por trás de todos eles estão o senso de responsabilidade, o senso de ter que comparecer diante de Deus para prestar contas dos seus atos, de acordo com os pormenores fornecidos na seguinte tradição:

“Cada um de vós é um guardião, e a cada um se perguntará a respeito dos seus súditos. O Imame é o guardião. A ele se pedirá contas dos seus súditos. Um homem é o guardião das pessoas que compõem o seu domicílio (família). Ele responderá por estas. A mulher é guardiã da casa do seu marido. A ela se perguntará sobre a sua responsabilidade. O servo é o guardião dos pertences do seu senhor. Ele é responsável por todas tais coisas.” (Bukhári).

O narrador dessa tradição, Ibn Ômar diz que ouviu estas coisas ditas pelo Profeta, e pensa ter ouvido o Profeta dizer também: “Um homem é guardião do inventário de seu pai e terá de prestar contas dele.”

As pessoas em geral, entendem a confiança num sentido muito limitado, e consideram que isto diga respeito a proteção dos bens dos outros, apesar de que na religião de Deus isto tem um sentido bem amplo e ilimitado até.

Confiança é o dever de resguardar (as coisas), pelo qual um muçulmano apoia a outro muçulmano e nesta relação, recorre à ajuda de Deus. Quando um muçulmano se prepara para uma viagem, na sua partida seu irmão reza por ele da seguinte maneira:

Oro a Deus pela tua religião, pela tua confiança e pelo êxito feliz do teu trabalho (empreendimento?).” (Tirmizi)

Anas narra que sempre que o Mensageiro de Deus nos dirigia um sermão, ele invariavelmente repetia esta frase: “Não tem fé o homem que não é capaz de ser confiável, e não tem religião o homem que não é capaz de cumprir a sua palavra.”

Uma vez que o ápice da realização e o limite superior do êxito está em se ser protegido contra as privações deste mundo e as más consequências na Outra Vida, o Profeta suplica sejamos livrados de ambas estas situações. Ele disse:

O Deus! Eu busco Tua proteção da aflição da fome, porque esta é péssima companheira, e busco Vosso abrigo da desonestidade porque esta é o pior amigo.” (Abu Daud)

A fome é o nome da depravação do mundo e a desonestidade é o nome da destruição da religião, portanto o Profeta suplicou que fossemos preservados de ambos. Antes de ser profeta, ele era conhecido entre o povo como o Amin (Confiável).

Do mesmo modo foi notada a confiabilidade de Moisés quando ele buscava água para o rebanho das duas filhas do bondoso velho, e ajudar a elas, devido à condição de mulher delas, e as tratou de maneira decente e cavalheiresca.

“Assim, ele deu de beber ao rebanho, e logo, retirando-se para uma sombra, disse: Ó Senhor meu, em verdade, estou necessitado de qualquer dádiva que me envies! E uma (moça) se aproximou dele, caminhando timidamente, e lhe disse: Em verdade meu pai te convida para recompensar-te por teres dado de beber (ao nosso rebanho). E quando se apresentou a ele e lhe fez a narração da (sua) aventura, (o ancião) lhe disse: Não temas! Tu te livraste dos iníquos. Uma delas disse, então: Ó meu pai, emprega-o, porque é o melhor dos que poderás empregar, pois é forte e fiel.” (28ª:24-26)

Este acontecimento ocorreu em lugar (e ocasião) enquanto Moisés ainda não tinha sido feito Profeta, e não fora enviado à côrte do Faraó.

E isto não deveria nos surpreender, porque Deus só escolhe os indivíduos para encarregá-los como Seus Mensageiros, quando são decentes, honestos e probos entre os demais. Aquele que continua a preservar uma e levada moral de caráter mesmo depois de ser submetido às privações da pobreza e do desamparo, deve ser de fato um homem muito forte e confiável; e para proteger os direitos de Deus e dos Seus servos, exige-se um caráter inflexível quer seja em boa ou má situação, pois é este o espírito próprio da confiabilidade.

A Nomeação a Cargos Elevados e Responsabilidades, é uma Confiança

Existe ainda um outro sentido de confiança: que todas as coisas devem ter seu lugar próprio e merecido. Um cargo ou uma responsabilidade só devem ser oferecidos à pessoa merecedora; e a responsabilidade só deve ser entregue à pessoa capaz de se desempenhar dela com justiça pela confiança que lhe foi outorgada.

A governança, as responsabilidades do partido, nação ou país, que são conferidas por se confiar nas pessoas escolhidas, são confianças (custódias) pelas quais eles respondem. E um grande numero de provas pode ser coligido para respaldar essa afirmação.

Abu Zar relatou ter perguntado ao Profeta se ele não o nomearia para governador de alguma parte. Ao ouvir isso, o Profeta tocou-o no ombro dele e disse:

Ó Abu Zar! você é fraco, e esta responsabilidade é uma custódia. No Dia do Juízo Final ela será motivo de perda de estima e ignomínia. Entretanto, disso estarão livres as pessoas que o tiverem aceito com todas as suas responsabilidades e tenham desempenhado e cumprido quaisquer responsabilidades que tiveram nesse sentido.” (Muslim).

Ɇuma verdade de que a mera excelência de instrução ou experiência não torna uma pessoa mais adequada a determinado cargo. É também possível que um homem tenha um bom caráter moral e seja pessoa proba, mas ainda assim não tenha todas as habilidades necessárias para preencher as responsabilidades de determinado cargoÆ

Yusuf (José) era um profeta. Ele foi o exemplo vivo da probidade e da virtude, mas ele não se ofereceu para carregar nos ombros as responsabilidades da nação com base na probidade e na sua condição de profeta. Ele assumiu as rédeas do encargo em suas mãos devido ao seu entendimento e memória.

“Pediu-lhe: “Confia-me os armazens do país, que eu serei um bom guardião deles, pois conheço-lhes a importância.” (12ª:55).

A credibilidade exige de que confiemos tais responsabilidades e encargos a pessoas que sejam capazes de as desempenhar adequadamente. Se por meio de suborno, nepotismo ou por alguma outra razão, nos desviarmos desse princípio e escolhermos uma pessoa incapaz para um determinado cargo, tendo então ignorado uma pessoa capaz e nomeado uma pessoa incapaz e desmerecedora, nós estaremos cometendo uma apropriação indébita.

O Mensageiro de Deus disse que quem quer que tenham nomeado um administrador por nepotismo apesar de haver entre a gente um indivíduo que fosse mais desejável a Deus do que aquela pessoa, então ele terá se apropriado indevidamente contra Deus, Seu Mensageiro e todos os muçulmanos.” (Hakim)

Yazid ibn Abi Sufyan relata que quando Abu Bakr o enviou a Síria, ele recomendou-lhe o seguinte: “O Yazid! Você tem muitos parentes. E provável que venhas a ser assediado por eles ao ter de fazer nomeações importantes. Estou preocupadíssimo contigo em vista do que o Profeta falou: “Qualquer um que tenha sido feito responsável por algum assunto que diz respeito aos muçulmanos, e que tenha confiado algum encargo de responsabilidade a alguém, influenciado por seus parentes, então que seja amaldiçoado por Deus. Nenhuma virtude ou justiça provinda dele será aceitável a Deus, tanto assim que ele será atirado no Inferno.” (Hakim)

A comunidade da qual desapareceu a qualidade de credibilidade poderá ser conhecida deste modo: a distribuição dos cargos e encargos naquela comunidade se transforma em um jogo e leilão de favores. Os homens capazes perdem o valor e em seu lugar, são nomeados homens incapazes e desmerecedores. A tradição tem como certo que isto faz parte das manifestações da corrupção que aparecerá no tempo de declínio.

Um homem foi ter com o Profeta e lhe perguntou quando sobreviria o Dia do Fim do Mundo. O Profeta respondeu: “Quando se perderem a credibilidade e a confiabilidade, então pode esperar pelo Fim do Mundo.” E perguntou outra vez: “O que significa perder a credibilidade?” Ele respondeu: “Quando as responsabilidades são confiadas aos incapazes, então espere o Fim do Mundo.” (Bukhári)

O Cumprimento do Dever e também uma Confiança
Este sentido também está incluído entre os significados da confiança, de que o homem a quem se encarregou de certa responsabilidade, deva ter uma inclinação sincera para o cumprimento satisfatório dessas responsabilidades e de que devera devotar todas as suas energias para fazê-lo com justiça. Sem duvida que isto é um sentido de credibilidade. O Islam considera ser digno de louvor um homem ser sincero no seu trabalho, dedicado de boa vontade ao seu desempenho na melhor forma, e alerta Para resguardar os direitos das pessoas que estiverem sob sua alçada; pois por mais insignificante que a responsabilidade possa ser, a menor negligência poderá causar danos irreparáveis a toda a comunidade e sociedade; permitindo que penetrem todo o organismo político os germes da corrupção e da maldade. A desonestidade no desempenho de deveres oficiais ocasiona diversas enfermidades morais na sociedade. Ela causa danos à religião, ao público muçulmano e ao país. Este pecado, seu castigo e seu mal, aparecem de várias maneiras.

O Mensageiro de Deus disse:
No Dia do Juízo Final, quando Deus reunir a todas as pessoas, passadas e presentes, será afixada uma bandeira correspondendo a cada enganador, por meio da qual ele será reconhecido. E será dito que esse e o grupo de tais e tais enganadores.” (Bukhari)

Em outra tradição se afirma:
“Haverá uma bandeira próximo à cabeça de cada enganador, a e erguerá em altura proporcional às suas burlas. Escutai, não há pior enganador do que o Emir que engana o público.” (Musslim)

Em outras palavras, não haverá ninguém mais enganador nem merecedor de más consequências do que a pessoa a quem se incumbem responsabilidades pelos negócios dos homens e ele dorme tranquilamente enquanto o povo passa por privações e enfrenta a destruição.

O Abuso do Cargo e Traição da Confiança

A confiança exige que, se um homem é nomeado a determinado cargo alto, ele não o use para o auto-engrandecimento ou para beneficiar seus parentes, nem use os recursos públicos para fins pessoais, sendo isto um crime.

É uma coisa bastante comum a governos e às firmas atribuirem salários determinados aos seus empregados. Criar fontes de renda extras e falta de respeito, ignomínia e mesquinhez. O Mensageiro de Deus disse:

A quem quer que encarreguemos algum serviço, também a provisão das necessidades dele serão nossa responsabilidade. Se ele tomar a si mais que isso, então estará cometendo uma apropriação indébita.” (Abu Daoud)

É apropriação indébita porque ele usou para si propriedade da organização que era para ser dada aos fracos e aos necessitados, e que deveria ter sido gasta em uma causa e propósito maiores:

É inadmissível que um profeta fraude; mas, o que assim fizer, comparecerá com o que tiver fraudado, no Dia da Ressurreição, quando cada alma será recompensada segundo o que tiver feito, e não será injustiçada“ (3ª:161).

Mas o homem que respeita os mandamentos de Deus no desempenho da sua responsabilidade e é avesso a práticas desonestas no cumprimento dos seus deveres, este é então considerado por Deus como um dos que lutam pela supremacia da religião. O Profeta disse:

“Quando ao Administrador é entregue uma tarefa, ele deve receber o que lhe e devido e deve pagar também o devido aos outros, só então ele é igual a um combatente pela causa de Deus, até que volte para casa.” (Tabarani)

O Islam proibiu que se explore ou use para aferir vantagens indevidas dos cargos. E sempre foi muito severo em fechar todos os caminhos que facilitem o ganho de riquezas ilícitas.

Adi ibn Umaira narra ter ouvido o Profeta dizer: “Seja quem for a quem tenhamos nomeado para um cargo, que tenha escondido ao menos uma agulha ou até algo ainda menor que isto, será isto uma apropriação indevida com a qual ele terá de comparecer no Dia do Juízo Final.” Ao que um Ansari de pele negra se levantou e disse: “Ó Mensageiro de Deus! Tire-me a minha governança.” O Profeta perguntou o que tinha acontecido. Ele respondeu: “Eu ouvi o que você acabou de dizer.” O Profeta então disse: “E continuo a dizer que quem quer que tenhamos feito governador, deverá expor tudo diante de nós. Ele deverá ficar com tudo aquilo que lhe for dado, e deverá se abster de tudo de que lhe for pedido desistir.” (Musslim)

Diz-se que certo homem da tribo de Uzd, de nome Ibn Labtih, foi enviado pelo Profeta como administrador do recolhimento de caridades e doações. Quando ele voltou da coleta ele disse: “Estas coisas são as tuas e estas aqui foram presenteadas a mim.” O narrador da tradição diz que ao escutar isto o Profeta se levantou e após louvar a Deus disse:

“Escolhi dentre vós, um administrador para os assuntos de que Deus me fez responsável. E quando este homem voltou, ele disse que isto é para nós e aquilo é o que foi presenteado a ele. Se ele diz a verdade, então porque não permanece na casa dos seus pais. Vejamos então de onde lhe viriam os presentes? Por Deus, se algum de vos recebe a coisa mais insignificante sem que ela lhe caiba por direito, terá de levá-la consigo ao aparecer diante de Deus. Não quero ver nenhum de vocês ser encontrando com Deus carregando um camelo na cabeça ou uma vaca a mugir ou um cabrito que esteja berrando.” E então levantou as duas mãos até ficarem visíveis suas axilas brancas e disse: “Ó Deus! Transmiti a Tua mensagem.” (Musslim)

A Riqueza e a Habilidade conferidos por Deus são também em Confiança
Confiança também significa que você deve fazer um exame dos poderes de percepção com os quais Deus o abençoou. Você deve olhar bem essas habilidades especiais que Deus te conferiu. Se olhar para os seus bens, e para os seus filhos que lhe são muito queridos, sentirá que todas essas coisas são créditos que Deus tem depositado consigo. Portanto, é necessário que eles sejam sacrificados em Sua causa, e de que sejam usadas para a satisfação d‘Ele. E se você os perder, não deve começar a chorar e se lamentar, nem deve considerar que eram a sua propriedade pessoal que lhe foi tomada, porque comparado a você, Deus é o que tem o maior direito de propriedade e é Ele quem tem o direito de usá-la como Lhe aprouver. Se você for experimentado por um aumento nelas (bens e filhos), aí então é que não deve hesitar em tomar parte do jihad quando a isto for chamado, nem deve abandonar a obediência a

Deus por causa disso. Nem tampouco deve sentir-se convencido por eles.
“Ó crentes, não atraiçoeis Deus e o Mensageiro; não atraiçoeis, conscientemente, o que vos foi confiado! E sabei que tanto vossos bens como vossos filhos são para vos pôr à prova, e que Deus vos tem reservada uma magnífica recompensa.” (8:27-28).

Os Segredos de Outros que Saibam também são uma Confiança

Credibilidade também significa que vocês devem proteger os direitos das reuniões que frequentar. Não devem divulgar as informações e os segredos ali conhecidos a outros.

Grande numero de relações são rompidas, embaraços são provoca dos entre amigos, e interesses são arriscados quando as informações sobre ou os segredos das reuniões são divulgados por alguém, seja citando correta ou incorretamente suas fontes, jogando por terra assim todos os projetos ali discutidos.

O Mensageiro de Deus disse: “Quando alguém diz algo a alguém e até se volta a você, essa é uma questão de confiança.”

A conversa confidencial das reuniões deve ser guardada, desde que ela esteja dentro dos preceitos morais e dos princípios da religião, senão sua inviolabilidade desaparece. Se um muçulmano estiver presente a uma reunião de criminosos em conspiração entre eles com o fim de causar prejuízos a outros, então é responsabilidade dele evitar tais atos da maneira que lhe for melhor possível.

O Mensageiro de Deus disse: “Os segredos das reuniões são uma confiança, mas três tipos de reuniões são exceções a (essa regra): aquela em que sangue seja ilegalmente derramado é ilícita (haram), aquela em que se esteja praticando sexo ilícito, e aquela em que bens estejam sendo ilegalmente usurpados (mesmo em intenção,).” (Abu Daoud)

As relações conjugais são sagradas aos olhos do Islam. O relacionamento domestico entre marido e mulher e seus negócios em comum devem ser completamente resguardados. Nem o mais próximo homem deve ser informado sobre eles.

Mas pessoas tolas costumam relatar seus assuntos íntimos e problemas domésticos aqui e ali a estranhos. Este é um hábito muito ruim e Deus o declarou ilícito (haram).

Assmá bint Yazid relata que ela estava com o Profeta estando juntos um marido e sua esposa. O Profeta disse: “Haverá algum homem tal que narre os atos realizados com sua esposa? E haverá uma esposa que conta suas relações com o marido a outros?” Ninguém disse nada de medo. Eu disse: “Ó Mensageiro de Deus! Por Deus que tanto os maridos quanto as esposas fazem isso.” Ele disse: “Não diga isso. O melhor exemplo disso é um demo-homem encontrar-se com uma mulher-diabo, ele a cobrir para praticar o ato sexual e as pessoas ficarem olhando.” (Ahmad)

O Profeta disse: “No Dia do Juízo Final, diante de Deus, o maior ato de apropriação indevida será o do homem que amar a sua esposa e a esposa que também sinta o mesmo pelo seu marido, e então ele divulgue os segredos (íntimos) dela a outros.” (Musslim)

O que é depositado conosco em confiança é para ser resguardado por um prazo determinado, até que seja pedida a devolução. Nós teremos que prestar contas por tais créditos de confiança.

Ao emigrar para Madina, o Profeta deixou para trás um primo seu para que ele devolvesse aos politeístas os créditos que lhe haviam sido confiados, apesar de tais politeístas serem membros da mesma comunidade que o estava expulsando de seu lugar de nascimento. Ele se viu obrigado a abandonar sua causa pelo bem da crença, porem como pode um homem decente comportar-se indecentemente, mesmo que seja com pessoas indecentes e infames?

Maimoon ibn Mehran diz que havia três modos de tratamento que ele sempre dispensou igualmente a homens bons e a maus: ser confiável , cumprir suas promessas e ser bondoso (e gentil).

Considerar alguma coisa que lhe tenha sido confiada como propriedade pessoal é um ato vil, um roubo.
Abdullah Ibn Massud disse que participar da luta pela causa de Deus redime todos os pecados exceto o da apropriação indevida de algo que tenha sido confiado. Disse ele que no Dia do Juízo Final, ao se apresentar a pessoa que tenha lutado pela causa de Deus, nem por isso deixará de lhe ser cobrado o que lhe foi confiado. Tal pessoa poderá dizer: “Ó Senhor meu, como é possível fazê-lo se o mundo acabou?” Então lhe será dito: “Levem-no para o Inferno.” E em sua presença, os valores confiados serão apresentados da mesma maneira como foram confiados a ele neste mundo, (para) que ele os veja e os reconheça. Então ele terá de apanhá-los e carregá-los sobre os ombros, até ter a impressão de que conseguira sair dali, ao que as coisas assim confiadas lhe caiarão dos ombros E ai ele correrá para apanhá-las novamente. E este ato continuará para ele eternamente. Então ele disse que o salat (a oração) era algo que fora confiado, que o wuzu (as abluções) lhe foram confiadas, que pesar uma coisa lhe era confiado, que medir uma coisa lhe era confiado, e relacionou muitas coisas e disse que a maior custódia fora a riqueza e as coisas que foram confiadas em depósito com ele e foram devolvidas.

O narrador da tradição diz que ele foi a Bara ibn Aazib e perguntou o que ele achava sobre o que Ibn Masud dissera. Bara ibn Aazib respondeu: “Ele falou a verdade. Não ouvistes este mandamento de Deus:

“Deus manda restituir a seu dono o que vos es†á confiado; quando julgardes entre as pessoas, fazei-o com equidade.” (4ª:58).

Exercer a custódia em confiança protege os direitos de Deus e os dos Seus servos. Mantêm os homens abstêmios da baixeza e da mesquinhez. E atinge as alturas desejadas somente quando esta qualidade é assimilada pelos homens às suas naturezas e consciências, quando ela alcança o âmago dos seus corações e quando e resguardada contra as influências de parentes próximos ou mesmo distantes.

Este e o significado da tradição narrada por Huzaifa ibn Yaman:
“Resguardar o que nos foi confiado foi naturalmente arraigado nos corações dos homens. Então veio o Alcorão e as pessoas aprenderam a reconhecer isto do Alcorão e da Sunna.” (Musslim)

O conhecimento da chari‘a não pode ser indiferente à conduta idônea, e guardar o que nos é confiado significa possuir entendimento correto do Alcorão e das Tradições bem como possuir uma consciência alerta. Se a consciência morre, então perde-se a qualidade de saber resguardar o que nos é confiado. Em tal situação, não adiantará muito recitar os versículos alcorânicos nem estudar as tradições, mas os pretendentes do Islam pensam sobre outros e também sobre si próprios de serem portadores dessa qualidade, no entanto, podemos perguntar, como pode o coração que rejeita a verdade ser capaz de guardar algo em confiança?

Por esse motivo, Huzaifa afirmou que o coração que não têm nenhuma crença perde a qualidade de guardar o que lhe é confiado. E consoantemente, ele relata: “Então nós começamos a falar sobre o desaparecimento da qualidade de resguardar o que é confiado, e o Profeta disse: “Quando um homem vai a um tipo de sono, a credibilidade é exprimida do seu coração até que seu efeito se transforme em um ponto. Então ele passa para um outro tipo de sono, e a credibilidade encolhe no seu coração até ficar como uma pequena cicatriz.” Então o Profeta disse: “E então as pessoas se dedicam a comprar e vender, mas ninguém é capaz de dar nada em confiança, tanto assim que quando se diz que em uma certa família há um homem confiável, e a respeito dele se diz o quanto ele é tolerante, bem-comportado e sábio! apesar de não existir sequer um átomo de fé no seu coração.”

Essa tradição nos apresenta um quadro horrível do desaparecimento da qualidade de resguardar o que nos é confiado dos corações das pessoas desonestas. E como achar fagulhas de bondade na natureza de algumas pessoas transgressores algumas vezes, apesar dessas fagulhas não exercerem qualquer influência duradoura na vida delas. E as vezes os atos bons encobrem seus atos maus, mas fica claro que tais atos não conseguem fazer reviver seu coração morto. Essa pessoa sem consciência mede aos outros de acordo com seus próprios desejos e preferências. Ele não distingue entre a fé e a incredulidade delas.

Resguardar o que nos é confiado é uma qualidade muito importante. Homens de fé fraca não a suportam. Deus deu um exemplo de quanto em toda a existência do homem. Portanto, não deve ser considerada uma coisa comum e não se deve ser ocioso em cumprir as suas exigências.

Por certo que apresentamos a custódia aos céus,à terra e às montanhas, que se negarame temeram recebê-la; porém, o homem se encarregou disso, mas provou ser injusto e insipiente.” (33ª:72)

A injustiça e a ignorância são dois males que assolam a natureza do homem, e o homem tem de encarar o problema de manter um jihad contra eles. Sua fé não será completa enquanto não estiver purificada e isenta de qualquer injustiça.

“Os crentes que não obscurecerem a sua fé com injustiças obterão a segurança e serão iluminados.” (6ª:82)

Os sábios, dentre os servos de Deus, só a Ele temem, porque sabem que Deus é Poderoso, Indulgentíssimo.” (35ª:28)

Eis porque, depois de mencionar a presunção dos homens em assumir o encargo da confiança, nos versículos citados antes da Surata Al Ahzab, disse-se que aqueles que são injustos e ignorantes são os que praticam a apropriação indevida, são os hipócritas e são os recebedores merecidos do castigo de Deus; e que a segurança é conferida aos homens da fé e àqueles que resguardam o que lhes é confiado.

Deus castigará os hipócritas e as hipócritas, os idólatras e as idólatras, e perdoará os crentes e as crentes, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.” (33ª:73)

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“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

O Conhecimento no Islam e Como Buscá-lo [Parte 1]

Neste artigo pretendemos lançar alguma luz sobre o conhecimento a partir de uma perspectiva islâmica. De um modo geral, a palavra árabe para o conhecimento é ‘Ilm, que, em muitos casos, indica o conhecimento islâmico ou questões relacionadas com aShari’ah (Lei Islâmica). Embora algumas das ayas corânicas citadas neste artigo referem-se ao conhecimento islâmico, ainda são de significado geral, e assim podem ser usadas para se referir a aprendizagem em geral.

A importância da educação é um tema indiscutível. A educação nos permite usar o nosso potencial ao máximo. Podemos dizer, sem equívocos, que o homem não esta completo até que ele tenha educação.

A importância da educação é, basicamente, duas razões. A primeira é que a formação de uma mente humana não é completa sem educação. A educação faz do homem um pensador verdadeiro. Ele diz ao homem como pensar e como tomar decisões.

A segunda razão para a importância da educação, é que somente através da obtenção da educação o homem é capaz de receber informações do mundo exterior; para informar a si mesmo como a é história passada e receber toda a informação necessária relativa ao presente. Sem educação, é como se o homem estivesse trancado em uma sala sem saídas; enquanto o homem com educação encontra-se em uma sala com todas as suas janelas e portas abertas para o mundo exterior.
Novos Muçulmanos
Por esta razão, o Islam dá grande importância ao conhecimento e à educação. Quando o Alcorão começou a ser revelado, a primeira palavra do primeiro verso era Iqra’ que significa “Leia”. Allah disse [significado em português]: “Lê, em nome do teu Senhor, que criou, criou o ser humano de uma aderência. Lê, e teu Senhor é O mais Generoso, que ensinou (a escrever) como o cálamo, ensinou ao ser humano o que não sabia”. [Surah Al-Alaq 96: 1-5].

Educação é, assim, o ponto de partida de toda atividade humana. Allah criou o homem e Proporcionou a ele as ferramentas para adquirir conhecimento, o saber, a audição, a visão e a sabedoria. Allah disse [significado em português]:“Allah vos faz sair do ventre de vossas mães, enquanto nada sabeis. E vos faz o ouvido e as vistas e os corações, para serdes agradecidos”. [Surah An-Nahl 16: 78].

Uma pessoa culta é abençoada com grande respeito em muitas narrações proféticas. Devido à importância do conhecimento, Allah ordeno Seu Mensageiro [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele], o buscar mais deste. Allah disse [significado em português]: “E dize: Senhor meu, acrescentame ciência”. [Surah Ta-Ha 20: 114].

O Profeta Muhammad [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele], fez da busca do conhecimento uma obrigação para todo muçulmano, e explicou que a superioridade de uma pessoa que possuí conhecimento sobre alguém que simplesmente adora, é como a superioridade da lua em relação a qualquer outro corpo celeste. O Profeta Muhammad [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele], disse sábios são os herdeiros dos Profetas, e os Profetas [que a paz esteja com todos eles], não deixaram nenhum dinheiro, senão que, sua herança foi o conhecimento; assim, qualquer um que a adquira, obteve uma grande riqueza. Além disso, o [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele], disse que a busca do conhecimento é o caminho que conduz ao Paraíso. Ele [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele], disse: “Quem quer que siga um caminho na busca do conhecimento, Allah facilitará seu caminho ao Paraíso”. [Compilado por Al-Bukhari].

Por exemplo, o Alcorão repetidamente nos pede para observar a terra e o céu. Isso estimula no homem o desejo de aprender também as ciências naturais. Todos os livros de Hadith possuem um capítulo sobre o conhecimento. No SahihBukhari, há um capítulo intitulado “A virtude de quem adquire o conhecimento e o compartilha com os demais”.

Islam nos convida a aprender todas as formas de conhecimento benéfico. Os ramos do conhecimento variam de estado, o maior dos quais é o conhecimento da Shari’ah (Lei Islâmica), em seguida, outros campos do conhecimento como a medicina, etc.

Este é o conhecimento (a Shari’ah) com que Allah honrou Seu Mensageiro [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele], Allah ensinou o Profeta, e ele o ensinou a humanidade. Allah disse [significado em português]: “Come feito, Allah fez mercê dos crentes, quando lhes enviou um Mensageiro (vindo) deles, o qual recita Suas ayas, para eles, e os dignifica e lhes ensina o Livro (Alcorão) e a Sabedoria (a Sunnah). E, por certo, antes, estavam em evidente descaminho”. [Surah Al-Imran 3: 164].