quinta-feira, novembro 12, 2009

O QUE É O HAJJ

A peregrinação anual a Meca (Hajj) é uma obrigação somente para aqueles que são física e financeiramente capazes de empreendê-la. Apesar de Meca estar sempre cheia de visitantes, o hajj anual começa no décimo segundo mês do calendário islâmico.

A peregrinação a Casa é um dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de empreendê-la; entretanto, quem se negar a isso saiba que Deus pode prescindir de toda a humanidade." (Alcorão Sagrado 3:97) .

A peregrinação é uma obrigação somente para aquelas pessoas que atingiram a puberdade, são livres, mentalmente sãs, física e financeiramente capazes para empreender tal viagem. O peregrino deve empreender o Hajj com dinheiro lícito, depois de saldadas todas as suas dívidas e ter deixado o sustento suficiente para suprir a necessidade da sua família equivalente ao período para o qual irá ficar fora devido a peregrinação.

As maiorias dos rituais da peregrinação baseiam-se em atos praticados pela família do profeta Abraão (AS), quando foi incumbido por Deus de reconstruir a Kaaba juntamente com o seu filho Ismael (AS). Isto demonstra que o Islam é a religião de Deus e não uma religião feita pelo profeta Muhammad (SAAS), pois os ritos e as normas da peregrinação não foram estabelecidos pelo profeta Muhammad (SAAS) , mas sim por Deus, como também não está vinculada à pessoa do profeta Muhammad (SAAS), nem à sua vida, mas sim a Abraão (AS) e ao seu filho Ismael (AS), mostrando, dessa forma, a abrangência e o universalismo do Islam. Logo, a peregrinação é um atendimento ao chamamento que o profeta Abraão (AS) dirigiu a todos os homens, obedecendo à ordem de Deus.

Os elementos principais da peregrinação:

AL IHRAM

É a intenção de cumprir a peregrinação. A partir do momento em que o peregrino se propõe a iniciar os rituais da peregrinação, ele veste duas peças de tecido, de preferência branco, eliminando, dessa forma, as diferenças de cultura e de classes entre as pessoas, ficando todos iguais perante Deus.

AL TAWAF

Consiste em dar sete voltas em torno da Kaaba, repetindo, com isso, o que foi feito pelo profeta Abraão (AS) e seu filho Ismael (AS). É também como se fosse uma réplica, aqui na terra, do que os anjos fazem constantemente no céu, circundando o Trono de Deus, orando e adorando-O.

AL SAI

Consiste em percorrer a distância entre os montes de Al Safa e Al Marua, sete vezes, repetindo com isso o que foi feito pela esposa do profeta Abraão (AS), Agar, quando procurava água para o seu filho Ismael (AS) .

JAMRAT

Que consiste em repetir o mesmo ato feito pelo profeta Abraão (AS), quando estava indo cumprir a ordem de Deus de sacrificar o seu filho Ismael (AS). (Atirar pedras no Shaitan).

A PARADA EM ARAFAT

Que consiste em ficar ali desde o entardecer do dia nove até o pôr do sol do mesmo dia. Arafat é o único local na realização da peregrinação, em que todos os peregrinos ficam juntos num mesmo lugar.

Os peregrinos passam esses momentos em oração, pedindo perdão a Deus. Podemos ter nesse momento uma idéia, uma visão de como será o Dia do Juízo Final, onde todos os seres humanos, após serem ressuscitados, estarão juntos esperando pelo julgamento.

A peregrinação a Makkah, é a maior convenção anual de fé, o maior congresso mundial, realizado anualmente por muçulmanos de diferentes nacionalidades, línguas e cores. O Islam desde 1400 anos realiza tais congressos que foram instituídos por Deus, durante os quais os muçulmanos se encontram, se conhecem, examinam os assuntos comuns relativos ao Islam e aos muçulmanos e através da troca de experiências dos peregrinos, ao retornarem aos seus países de origem passam aos demais os resultados dessa troca de experiências.

Como é também a maior conferência de paz regular que a história da humanidade jamais conheceu. Durante a peregrinação podemos observar inúmeros benefícios tanto individuais como coletivos. Como a manifestação na prática dos verdadeiros traços da universalidade do Islam, da fraternidade e da igualdade entre os muçulmanos.

A sua realização transcende os limites de lugar, idioma e cor. Igualando a todos governantes e governados, ricos e pobres, aonde todos são iguais sendo o melhor ante Deus o mais temente. Logo podemos observar todos com um mesmo objetivo, adorar a Deus da maneira que melhor O agrada. E durante a peregrinação nós nos familiarizamos com o ambiente espiritual e histórico no qual viveu o profeta Muhammad (SAAS).

• AL Masjid AL Haram (A mesquita sagrada)

A mesquita sagrada, desde o tempo em que Abraão (AS) e seu filho Ismael (AS)
reconstruíram a Kaaba, sempre foi um pátio ao redor da Kaaba, sem casas construídas por perto, nem paredes cercando-a. Com o passar do tempo, construiu-se uma mesquita que veio sofrendo várias ampliações, sendo que hoje a sua área corresponde a 160.000 metros quadrados.

• O Id-AL-Adha (A festa do sacrifício)
É a segunda festa do Islam, sendo a primeira a festa do desjejum. O Id-Al-Adha é uma recordação da história do que iria ser o sacrifício do profeta Ismael (AS), quando seu pai, o profeta Abraão (AS), seguindo sem hesitação a ordem de Deus, iria sacrificar seu filho.
Hajj (Peregrinação a Meca)

Introdução

O Hajj foi tornado obrigatório no ano nove D. H. (depois da Hégira), o ano das deputações (al-Wufud), em que a Surat (capitulo) Al 'Imrán foi revelada, e onde Allah (DEUS) diz: "E o Hajj (Peregrinação a Meca) a Casa (Ka'bah) é um dever que a humanidade deve a Allah (DEUS), aqueles que podem suportar as despesas (do seu transporte, provisão e residência)." (Al 'Imrán 3:97).

A Necessidade do Hajj

O Hajj é um faridah (dever obrigatório), um dos pilares do Islam. A prova (dalil) disto é o ayah (Versículo) em cima mencionado, havendo também provas na Sunnah, que indica a mesma coisa. Ibn 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ambos) disse: o Mensageiro de Allah (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) disse: "O Islam assenta em cinco pilares: testemunhar que não há outra divindade senão Allah e que Muhamamad é o Mensageiro de Allah, praticar a oração regular, jejuar no mês do Ramadan, pagar a Zakat, e fazer o Hajj”.(Narrado por al-Bukhaari, 8; Muslim, 16).

Assim que houver possibilidades o Hajj deve ser feito imediatamente. A prova disto é o ayah em cima mencionado. Isto (fazer coisas imediatamente) é o princípio orientador respeitante às ordens da Chari'ah. A prova na Sunnah que isto indica é a que se segue:

Abu Hurayrah (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: O Mensageiro de Allah (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) proferiu um sermão (Khutbah) e disse: "Ó Povo, Allah ordenou-vos o Hajj, por isso, fazei o Hajj”.(Narrado por Muslim, 1337).

Ibn 'Abbaas (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: O Mensageiro de Allah (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) disse: "Quem quer que deseje fazer o Hajj, que se apresse a fazê-lo, porque pode cair doente ou podem surgir alguns outros problemas”.(Narrado por Abu Dawood, 1732, sem a frase "porque pode..." também narrado por Ibn Maajah, 2883 e Ahmad, 1836).

Virtudes

Existem muitos ahadice que se referem às virtudes do Hajj, incluindo o seguinte:
O de Abu Hurayrah, a quem o Mensageiro de Allah (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) perguntou qual é o melhor ato. Ele disse: "Acreditar em Allah e no Seu Mensageiro". Ele perguntou-lhe, e depois? "A Jihad (esforço) por amor a Allah". Ele perguntou-lhe, e depois? Ele disse: "Um Hajj aceite" (Narrado por al-Bukhaari, 26; Muçlim, 83).

Um Hajj aceite significa:

1. Deve ser paga com dinheiro halaal (lícito).

2. A pessoa deve manter-se afastada do mal, do pecado e de disputas injustas durante o Hajj.

3. A pessoa deve observar todos os rituais de acordo com a Sunnah.

4. A pessoa não se deve exibir ao fazer o Hajj; deve fazê-lo puro e sinceramente por amor a Allah.

5. A pessoa não a deve acompanhar com atos de desobediência e pecado.
Abu Hurayrah (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: Ouvi o Profeta (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) dizer: "Quem quer que faça o Hajj por amor a Allah e que (nesse período) não tenha relações sexuais (com a sua esposa), e que não peque ou dispute injustamente durante o Hajj, regressará como no dia em que a sua mãe o deu à luz". (Narrado por al-Bukhari, 1449; Muçlim, 1350).

'Abd-Allah ibn Mas'ud disse: O Mensageiro de Allah (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) disse: "Continuem a fazer o Hajj e a 'Umrah, visto que estas eliminam a pobreza e o pecado, precisamente como os foles eliminam as impurezas do ferro, do ouro e da prata”.(Narrado por al-Tirmidhi, 810 e al-Nissa'i, 2631. O hadice foi classificado como sahih por al-Albani - que Allah seja misericordioso para com ele - em al-Silsilah al-Sahihah, 1200).

Ibn 'Umar (r.a.) relata que o Profeta (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) disse: "Aquele que luta por amor a Allah e o peregrino que vai a Hajj ou 'Umrah são todos convidados de Allah. Ele chamou-os e eles responderam; eles pedem-Lhe, e

Ele dar-lhes-á”.(Narrado por Ibn Majah, 2893. O hadice é hassan e foi classificado como tal por Shaykh al-Albani em al-Silsilat al-Sahihah, 1820).

Regras/Efeitos Espirituais

As regras do Hajj e os seus efeitos espirituais sobre uma pessoa.
Existem muitas virtudes nos rituais do Hajj, e muita sabedoria por detrás deles. Quem quer que seja abençoado com a sua adequada compreensão, é abençoado com muita bondade. Por exemplo:

A. Quando uma pessoa viaja para concretizar os rituais do Hajj, lembra-se da sua viagem para Allah e para o Além. Quando viaja, deixa para trás os seus amigos queridos, por vezes a sua esposa, filhos e terra natal, e a sua viagem para o Além é exatamente igual.

B. Aquele que segue nesta viagem equipa-se com provisões suficientes que o ajudem a alcançar a terra sagrada, então, ele que se lembre que, na sua viagem para o Além, ele precisa ter provisões suficientes que o ajudem a aí chegar em segurança. Relativamente a isto, Allah diz (interpretação do significado): "E leva (contigo) provisões para a viagem, mas a melhor provisão é At-Taqwaa (piedade, retidão, etc.)”.[al-Baqrah 2:197]

C. Viajar é uma espécie de tormento, e o mesmo se aplica à viagem para o Além, só que muito mais ainda. à frente do Homem existe o estado de moribundo, a morte, a sepultura, a reunião, o prestar contas, as escalas e al-Sirat, seguida da entrada ou no Paraíso ou no Inferno. Os abençoados serão aqueles que Allah salvará.

D. Quando o peregrino coloca as duas vestes do seu ihram, ele não pode evitar lembrar-se da mortalha em que será envolvido (após a sua morte). Isto o leva a desistir da desobediência e do pecado. Tal como tinha desistido das suas roupas regulares (para o Hajj), também tem que desistir do pecado. Tal como tinha colocado duas vestes brancas, limpas, ele tem que tornar o seu coração limpo e branco (puro), e conservar as suas faculdades limpas e puras, não contaminadas pela mácula do pecado e da desobediência.

E. Quando ele diz "Labbayk Allaahumma labbayk" no Miqaat [local de entrada da ihram], ele quer dizer que respondeu ao seu Senhor; assim como pode, ainda, insistir em pecar e em não responder à chamada do seu Senhor para desistir do pecado? Quando ele diz "Labbayk Allaahumma labbayk", ele quer dizer: "Estou a responder à Tua proibição do pecado e este é o momento em que desisto disso".

F. Quando ele desiste de coisas ilícitas durante a sua ihram, e se mantém ocupado com a talbiyah e a dhikr, isto lhe mostra como o Muçulmano deve ser. Ele treina-se para desistir por si de algumas coisas que, em princípio, são halal (lícitos), mas que Allah lhes proibiu nesta altura [durante a sua ihram]; assim, como o pode violar a proibição de Allah fazendo coisas que são ilícitas a todos os momentos e em todos os lugares?

G. Quando ele entra na Casa Sagrada de Allah, da qual Allah fez um santuário para a humanidade, ele lembra-se do Santuário do Dia da Ressurreição, que ninguém pode alcançar sem se esforçar árdua e interessadamente. A mais elevada coisa que manterá uma pessoa segura no Dia da Ressurreição é a Tawhid (unicidade de Allah), ou seja, evitar Chirk (associar outros a Allah). Relativamente a isto, Allah diz (interpretação do significado): "São aqueles que acreditam (na Unicidade de Allah e que não adoram outro senão Allah) e não confundem a sua Crença com Zulm (errado, i.é., adorar outros para além de Allah) para eles (apenas) existe segurança e eles são os orientados”.[al-An'am, 6:81].
Beijar a Pedra Negra, que é o primeiro ritual para ser aceite, ensina o visitante a honrar a Sunnah e a não se opor às leis de Allah com o seu débil raciocínio. Ele reconhece que existe sabedoria e bondade por detrás das leis e dos rituais que Allah prescreveu à humanidade, e treina-se se submeter totalmente às leis do seu Senhor, que Ele seja exaltado. Relativamente a isto, 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) disse, após ter beijado a Pedra Negra: "Eu sei que és só uma pedra e que não podes nem ajudar nem prejudicar. Se eu não tivesse visto o Profeta (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) beijar-te, eu não te teria beijado”.(Narrado por al-Bukhari, 1520; Muslim, 1720).

H. Quando a pessoa faz Tawaf, lembra-se do seu pai Abraão (AS) (ár. Ibrahim) (que a paz esteja com ele), que construiu a Casa para ser um ponto de reunião para a humanidade e um lugar de segurança, e que ele os convocou para realizar a peregrinação a esta Casa. E o nosso Profeta Muhammad (SAAS) (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) também os convocou para realizar a peregrinação a esta Casa.

I. Quando a pessoa bebe a consagrada água do poço de Zamzam, lembra-se da benção que Allah concedeu à humanidade sob a forma desta água abençoada, da qual milhões de pessoas beberam em toda à parte ao longo das épocas, mas que nunca secou.

J. Quando a pessoa faz a al-Saa'i, correndo entre al-Safa' e al-Marwah, lembra-se do caminho sofrido por Hagar (Hajrah), a mãe de Isma'eil e a esposa de al-Khalil [Ibrahim] (que a paz esteja com ele), e de como ela regressou entre al-Safa' e al-Marwah, à procura da água que a salvaria do que estava a sofrer e, especialmente, que poderia dar de beber ao seu filho Ismael (AS). Uma vez que esta mulher foi paciente face à sua adversidade e voltou para o seu Senhor, isto ensina o homem que, assim proceder, é o melhor e o mais apropriado. Quando um homem recorda a luta e a paciência desta mulher, torna-se-lhe mais fácil suportar os seus próprios problemas, e uma mulher, que é do mesmo sexo, considerará os seus problemas mais fáceis de suportar.

K. A espera (wuquf) em 'Arafat lembra o peregrino dos aglomerados de pessoas no Dia da Reunião. Se o peregrino se sente cansado de estar numa multidão de milhares, como se sentirá entre as multidões de pessoas descalça, nuas, e não circuncidadas, esperando cinqüenta mil anos? - Quando atira os seixos à Jamarat, o Muçulmano treina-se para obedecer a Allah inquestionavelmente. Mesmo que ele não compreende a razão e a sabedoria por detrás deste lançamento (ramy), e não consiga estabelecer a conexão entre a regra e o seu objectivo, esta é uma manifestação de completa submissão ('u- budiyyah) a Allah.

L. Quando ele abate o seu sacrifício (hady), lembra-se do grande acontecimento de quando o nosso pai Ibrahim (Abraão (AS)) se se submeteu à ordem de Allah para sacrificar o seu único filho Isma'il (Ismael (AS)), após este ter crescido e se ter tornado uma ajuda para ele. Ele lembra-se também de que não há lugar para emoções que vão contra as ordens e as proibições de Allah. Isto o ensina a responder ao que Allah ordena, como Isma'il disse (interpretação do significado): "Ó meu pai! Faz o que te é ordenado. Inch'Allaah (se Allah o desejar), encontrar-me-ás entre al-sabirin (os pacientes)”.[al-Safat 37:102].

M. Quando a pessoa regressa da sua ihram, e as coisas que lhe estavam proibidas, de novo se tornam permitidas, isto o ensina acerca das consequências da paciência e que após o trabalho duro vem o fácil. Aquele que responde ao chamamento de Allah terá alegria e felicidade, e esta alegria não pode ser conhecida por ninguém, senão por aqueles que tenham saboreado a doçura da obediência, tal como a alegria sentida por aquele que jejua quando quebra o seu jejum, ou por aquele que reza a Qiyam durante a última parte da noite, após ter acabado de orar.

N. Quando a pessoa tiver acabado de realizar todos os rituais do Hajj como foram prescritos por Allah e da forma como Allah gosta, ela tem a esperança de que o seu Senhor lhe perdoe todos os seus pecados, como o Profeta (que a paz e as benções de Allah estejam com ele) prometeu no hadice: "Quem quer que faça a Hajj por amor a Allah e que não tenha relações sexuais (com a sua esposa), que não peque ou dispute injustamente durante o Hajj, regressará como no dia em que a sua mãe o deu à luz”.(Narrado por al-Bukhari, 1449; Muslim, 1350). Isto convida essa pessoa a começar uma nova página da sua vida, livre de pecado.

O. Quando essa pessoa volta para os seus familiares, e sente a alegria de os reencontrar, isto lhe lembra a grande alegria de os encontrar no Paraíso. Isto também lhe ensina que a maior perda é perder-se a si mesmo e à sua família no Dia da Ressurreição, como Allah diz (interpretação do significado): "Os perdedores são aqueles que se perdem a si mesmos e às suas famílias no Dia da Ressurreição. Na verdade, isso será uma perda manifesta!" [al-Zumar, 39:15].
Pedimos a Allah que nos ajude a obedecer-Lhe e a alcançar a Sua Casa e a fazer tudo o que Ele nos tenha ordenado. Que Allah abençoe o nosso Profeta Muhammad (SAAS) (s.a.w.).

Benefícios

Allah diz: "Que eles possam testemunhar coisas que lhes são benéficas" (al-Hajj 22:28).

Os benefícios tanto são materiais como religiosos (espirituais).
Com respeito aos benefícios religiosos, aquele que vai ao Hajj ganha o prazer do seu Senhor, e regressa com todos os seus pecados perdoados. Ganha também a imensa recompensa que não pode ganhar em nenhum outro lugar senão nesses locais. Uma oração em al-Maçjid al-Haram, por exemplo, é igual a cem mil orações em qualquer outro local, e a Tawaf e a Saa'i não podem ser feitas em nenhum outro local, senão nestes locais.

Outros benefícios incluem encontrar outros Muçulmanos e discutirem as suas circunstâncias, e encontrarem eruditos e interrogarem-nos acerca dos seus problemas. Os benefícios materiais incluem o comércio e os negócios, e outros tipos de ganhos que advêm do Hajj.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad (SAAS) ua Aali Muhammad (SAAS). Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

A Importância dos Dez Primeiros Dias de Zul Hijja

Louvado seja Allah, que nos encaminhou até aqui; jamais teríamos podido encaminhar-nos, se Ele não nos tivesse mostrado o caminho. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros. Prestamos testemunho de que Mohammad é Seu servo e Mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Irmãos muçulmanos:

Ibn Abbas (R) relatou que o Profeta (S) disse: “Nenhum dia na prática do bem é melhor para Allah do que os dez primeiros dias de Zul Hijja.” Perguntaram: “Nem o empenho pela causa de Allah?” Ele disse: “Nem o empenho pela causa de Allah, a não ser que o homem saia com sua vida e seus bens e não retornar com nada.”Hadice narrado por Bukhári.

Jáber Ibn Abdullah (R) relatou que o Rassulullah (S) disse: “Os dias mais preferidos do mundo são os dez, (querendo dizer os dez primeiros dias de Zul Hijja).” Hadice atestado pelo Albáni.

É da graça de Allah, glorificado e exaltado seja, sobre Seus servos crentes que Ele lhes estabeleceu períodos para obedecê-Lo, tempos propícios para aceitação das adorações e elevação dos graus. Dentre esses dias abençoados estão os dez primeiros dias do mês de Zul Hijja, o último mês do calendário islâmico. Para o enobrecimento desses dias e o seu valor perante Allah, Ele jurou por eles no Seu Livro Sagrado. Disse: “Pela aurora e pelas dez noites.” O enobrecimento desses dias é pelo que elas possuem de adorações principais.

O Imam Ibn Al Caiyem (RA) disse, bem com os outros sábios a respeito da importância desses dias, fazendo comparação entre eles e os dez últimos dias do mês de Ramadan. Ele disse: “As últimas dez noites do mês de Ramadan são preferíveis às primeiras dez noites do mês de Zul Hijja, porque possuem Lailatul Cadr (A Noite do Decreto). Os dez primeiros dias do mês de Zul Hijja são preferíveis aos dez últimos dias do mês de Ramadan, porque possuem o Dia de Arafa.

” Allah, Ta’ála, diz: “...e invocarem o nome de Allah, nos dias mencionados.” (22:28).
Ibn abbas e Ibn Omar (R) disseram: “Os dias mencionados são os dez primeiros dias do mês de Zul Hijja.”

Os nossos ancestrais costumavam comemorar três oportunidades de dez dias durante o ano: Os primeiros dez dias do mês de Zul Hijja, os últimos dez dias do mês de Ramadan, e os dez primeiros dias do mês de Muharram.

Devemos, portanto, durante esses dias aumentar as nossas atividades religiosas, adorar e obedecer muito a Allah, afastando-nos das Suas proibições.

1 – Devemos jejuar. O melhor jejum é o dos nove primeiros dias de Zul Hijja. Ao menos, jejuarmos no Dia de Arafa devido às palavras de Rassulullah (S):
“O jejum durante o Dia de Arafa expia os pecados do ano anterior e do posterior.” Narrado por Musslim. O Imam An Nawawi (RA) costumava jejuar o resto dos dias com assiduidade.

2 - Invocar muito a Allah. Ele disse:
“E invocam o nome de Allah nos dias mencionados.” (22:28).
Ibn Omar (R) relatou que o Profeta (S) disse: “Nenhum dia, na prática do bem, é melhor para Allah do que os dez primeiros dias de Zul Hijja. Portanto, engrandecem e louvem muito a Allah durante eles.” Relatado por Ahmad.
Os nobres companheiros do Rassulullah (S) costumavam ir aos mercados invocando a Allah durante esses dias em agradecimento às dádivas d’Ele.
Ibn Omar e Abu Huraira (R) relataram isso. Os seguidores costumavam elevar as vozes invocando Allah nos caminhos, nas mesquitas, nas casas e nos mercados. É o nosso dever educarmos os nossos filhos nisso e embelezarmos as nossas casas durante esses dias abençoados.

3 – Praticar caridades. Allah, Ta’ála disse: “Ó crentes, fazei caridade com aquilo com que vos agraciamos, antes que chegue o dia em que não haverá barganha, amizade, nem intercessão alguma. Sabei que os incrédulos são injustos.” (2:254).
O Rassulullah (S) disse: “Nenhum bem é reduzido pela caridade.” Relatado por Musslim. Portanto, deve-se pagar o zakat, fazer muita caridade, principalmente porque estamos no final do ano. Ao pagarem o zakat, não devem se esquecer das obras de benevolência, dos pobres e dos necessitados.

4 – O sacrifício. É um ato voluntário em seguimento ao Profeta Abraão (AS), quando
Allah expiou o filho dele, Ismael, com um sacrifício importante.
O Profeta Mohammad (S) sacrificou pessoalmente dois carneiros gordos, invocando e magnificando o nome de Allah. (Hadice narrado por Bukhári e Musslim).

É permitido que a pessoa sacrifique o animal após a oração do abençoado ‘Id Al adh-há, que coma dele, presenteie os amigos e distribua entre os pobres e necessitados.
Que todos se lembrem de praticar a oração do ‘Id e presenciar o sermão do mesmo. Devem fazer-se acompanhar pela esposa e pelos filhos.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E
sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

segunda-feira, novembro 09, 2009

A FESTA DO SACRIFICIO - ID AL ADHA‏

Em nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador!

O Louvor é para Allah, O Louvamos, pedimos Sua ajuda e imploramos Seu perdão, e nos refugiamos em Allah contra o mal de nossas almas e das nossas más ações. Aquele a quem Allah guiar ninguém poderá desencaminhar e aquele a quem Allah desencaminhar ninguém poderá encaminhar. Testemunhamos que não há divindade digna de adoração além de Allah e testemunhamos que Muhamad é Seu servo e mensageiro, e que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre o Profeta Muhamad SAAS e com seus familiares, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo final. Amin!
‘Id al Adha (Festa do Sacrifício)

“Allahu akbar, Allahu akbar, Allahu akbar. La ilaha ila Allah, Allahu akbar, Allahu akbar wa lilahi el hamd”.

O ‘Id al Adha é o ‘Id maior para os muçulmanos, o ‘Id do Hajj (da peregrinação a Makkah). Este ‘Id dura 4 dias, do dia 10 a dia 13 do mês de Dhul Hijjah. Mas porque este é o ‘Id se chama ‘Id al Adha (Festa do Sacrifício)?

Chama-se ‘Id al Adha porque remonta a historia do Profeta Abraão (AS) e seu filho Ismael (AS) que são um verdadeiro exemplo para os muçulmanos, um verdadeiro exemplo de submissão total a Allahu Ta’ala. Abraão (AS) teve uma inspiração em sonho que deveria sacrificar seu amado filho Ismael pela causa de Allah SWT. Mesmo isso lhe sendo extremamente dificultoso, Abraão não exitou em obedecer às ordens de Allah, pois era verdadeiramente submisso ao Conhecedor do oculto e do manifesto. Disse imediatamente: “Eis-me aqui Oh Allah, eis-me aqui e não há divindade além de Ti, os louvores, as graças e a Soberania pertencem a Ti, e não há parceiros junto a Ti”.

Disse Allahu Ta’ala no Quran com relação ao Profeta Abraão:

“E quando o seu Senhor lhe disse: Submete-te a Mim!, respondeu: Eis que me submeto ao Senhor do Universo!” 2:131.

“Allah elegeu Abraão por fiel amigo”4:125.

“Abraão jamais foi judeu ou cristão; foi, outrossim, monoteísta, muçulmano, e nunca se contou entre os idólatras” 3:67.

Então Abraão foi até seu filho Ismael (AS) e disse-lhe sobre o sonho. Então Ismael (AS), mesmo sendo jovem , era também um exemplo de submissão a Allah, então respondeu:

“Oh meu pai faça o que te foi ordenado, me encontrarás insha Allah entre os pacientes”. Então quando ambos haviam se submetido, Abraão afiou a faca e colocou no pescoço de Ismael, mas a faca não fazia sequer um arranhão no pescoço de Ismael. Neste momento, Allah SWT enviou o anjo Gabriel com as boas novas dizendo-lhe que substituísse Ismael por um cordeiro que deveria ser sacrificado em nome de Allah.

Allah SWT disse no Quran:

“Certamente que esta foi a verdadeira prova. E o resgatamos com outro sacrifício importante. E o fizemos (Abraão) passar para a posteridade.Que a paz esteja com Abraão “ 37:106 -109.

Portanto, nós muçulmanos seguimos o exemplo do Profeta Abraão, o Patriarca dos Profetas, sendo obrigatório a toda família muçulmana oferecer um sacrifício, relembrando o verdadeiro significado do Islam (Submissão total a Allah) e também para refletirmos se realmente temos sido verdadeiramente muçulmanos, submissos a Allah, ou se temos deixado de acatar Suas ordens . Por esse motivo é chamado ‘Id al Adha (Festa do Sacrifício), o ‘Id que nos lembra o que é ser muçulmano, Abraão ficou de exemplo para todos nós até o Dia do Juízo. Disse Allahu Ta’ala:

“Dize: Allah diz a verdade. Segui, pois, a religião de Abraão, o monoteísta, que jamais se contou entre os idólatras” 3:95.

Além disso, o Hajj é uma recordação disso, pois remonta a história do Profeta Abraão (AS) que juntamente com seu filho Ismael que levantou os alicerces da Kaabah, a Casa Sagrada. E mais tarde da descendência de Ismael veio o último Mensageiro de Allah, Muhamad SAAS. Allah SWT disse no Quran:

“E quando Abraão e Ismael levantaram os alicerces da Casa, exclamaram: Ó Senhor nosso, aceita-a de nós, pois Tu és Oniouvinte, Sapientíssimo”. 2:127.

Após a construção da Kaabah, Abraão no meio do deserto fez um importante chamado, um chamado que chegou aos ouvidos de milhares e milhares de muçulmanos. Allah SWT disse:
“E proclama a perigrinação às pessoas; elas virão a ti a pé, e montando toda espécie de camelos, de todo longínquo lugar” 22:27.

Hoje, graças a esse chamado, milhões de pessoas de todos os lugares do mundo vão até Makkah, neste mês sagrado de Dhul Hijjah, para realizar os rituais do Hajj, repetindo as palavras de Abraão:

“Eis-me aqui Oh Allah, eis-me aqui e não há divindade além de Ti, os louvores, as graças e a Soberania pertencem a Ti, e não há parceiros junto a Ti” (Labeika Allahuma labeik, Labeika la sharika laka labeik inna Al Hamda wa ne’mata laka wal Mulk la sharika lak).

Bom, depois de termos visto o sentido do Eid al Adha, o que um muçulmano deve fazer no dia do ‘Id e qual deve ser a sua conduta conforme a Sunnah do Profeta Muhamad SAAS:

1º) Antes de sair para a oração de ‘Id é aconselhável que o muçulmano faça o ghusl, ou seja, tome um banho completo. É relatado em diversos ahadith que o Profeta SAAS bem como os sahaba (Companheiros) costumavam fazer o ghusl antes de ir para a oração de ‘Id.

2º) No ‘Id al Adha diferentemente do ‘Id al Fitr (encerramento do Ramadan) é aconselhável que o muçulmano vá para a oração em jejum, e após a oração quebre o jejum de preferência comendo do animal sacrificado.

3º) O muçulmano deveria vestir as melhores roupas que ele tiver no dia do ‘Id. O Profeta Muhamad SAAS e os sahabah costumavam a se adornarem para o ‘Id. Quanto às mulheres deveriam tomar cuidado para que suas roupas não sejam chamativas, mas sim com roupas discretas que não chamem atenção dos homens, além disso, não devem usar perfume nem maquiagem, pois elas estarão saindo com a finalidade de adoração.

4º) O Takbir (o engrandecimento de Allah SWT). Essa é a sunnah mais importante no Dia do ‘Id. É aconselhável que se faça o takbir durante toda a trajetória até o local de oração. Lembre-se que esse takbir deve ser feito até o último dia de tashriq, ou seja, dia 13 de Dhul Hijjah. Como é feito esse takbir? Da seguinte forma, dizendo:

“Allahu akbar, Allahu akbar, Allahu akbar, la ilaha ila Allah, Allahu akbar, Allahu akbar wa lillahi al Hamd” (Allah é Maior, Allah é Maior, Allah é Maior, não há divindade além de Allah, Allah é Maior, Allah é Maior e para Allah são os louvores).

5º) Todo o muçulmano deveria ir para a oração de ‘Id. Existe divergência dos sábios quanto à obrigatoriedade individual da Oração do ‘Id, mas grande parte dos Sábios entende que é uma prescrição obrigatória a todos os muçulmanos, fundamentando com o hadith sahih do Profeta SAAS onde ela ordena a todos irem à oração de ‘Id inclusive as mulheres e crianças, até mesmo as mulheres que estiverem menstruadas, mas nesse caso não deverão ficar no local da oração, mas em algum lugar separado.

6º) A sunnah é que a Oração de ‘Id seja realizada fora da mesquita, ou seja, em outro lugar mais espaçoso onde todos muçulmanos possam assistir a oração, mas não há problema da oração do ‘Id ser feita na mesquita, pois uma vez o Profeta SAAS fez a oração de ‘Id na mesquita. A questão é: Se a oração de ‘Id for feita fora da mesquita não há necessidade de se rezar 2 rakaas de Tahiyatul al Masjid (Cumprimento da Mesquita) basta chegar sentar e fazer o takbir, pois nem o Profeta nem os sahaba fizeram. Mas se a oração for na mesquita, deve-se fazer 2 rakaas de Tahyatul Masjid devido ao hadith geral do Profeta SAAS onde ele disse: “Quando qualquer um de vocês entrar na mesquita que não se sente antes de oferecer 2 rakaas”.

7º) Após a oração é aconselhável que os muçulmanos se cumprimentem e se felicitem. As pessoas costumam se cumprimentar dizendo: “ ‘Id Mubarak” ou “Kul ‘am wa antum bi khair”, e nenhum deles estão errado. Mas o melhor cumprimento a ser usado é mesmo que era utilizado pelos sahaba que é dizer: “Taqabal Allah mina wa minkom” (Que Allah aceite nossas e as vossas boas ações). Jubair ibn Nufair disse: “Quando os companheiros do Profeta SAAS encontravam-se no dia de ‘Id diziam um ao outro: ‘Taqabal Allah mina wa minkom’”

8º) E por último, é sunnah ir à oração de ‘Id por um caminho e voltar por outro, pois o Profeta SAAS costumava fazer isso. Foi dito que a razão disso é que no Dia do Juízo os dois caminhos testemunharão a favor dos muçulmanos que passaram por eles para ir à Oração de ‘Id.

Portanto irmãos vamos nos esforçar por seguir a Sunnah do nosso amado Mensageiro SAAS, não só no ‘Id ou em ocasiões especiais, mas em todos os momentos das nossas vidas, pois Allah SWT disse no Quran:

“Realmente, tendes no Mensageiro de Allah um excelente exemplo para aqueles que esperam contemplar Allah, deparar-se com o Dia do Juízo Final, e invocam Allah freqüentemente.”

Que Allah SWT aceite nosso jejum e nosso esforço e tenha insha Allah nos escrito dentre os salvos do fogo infernal e dentre o Povo do Paraíso. Takabal Allahu mina wa minkom insha Allah!!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24


MABRUK - SUBHANA ALLAH! ALHAMIDU LILLAH! ALAHU AKBAR...!

quarta-feira, outubro 21, 2009

A VERDADE SOBRE JESUS CRISTO

Autor: Manéh Hammad Al-Johani - Tradução:Prof. Abdallah mansur

Prefácio

A controvérsia a respeito da personalidade de Jesus Cristo (AS) é a principal diferença entre o Islamismo e o Cristianismo. Essa diferença mantém os seguidores das duas religiões separados. Os muçulmanos olham para Jesus Cristo (AS)como um grande Profeta de Deus e amam-no e respeitam-no tanto quanto respeitam Abraão (AS) , Moises (AS) e Muhammad (S) . Os cristãos, por outro lado, consideram Jesus Cristo (AS) como Deus ou filho de Deus, conceito este que os muçulmanos não podem aceitar. O Islamismo ensina que Jesus Cristo (AS) jamais pretendeu isso para a sua pessoa. Na realidade, todas as doutrinas cardeais que são rejeitadas pelo Islamismo concentram-se em torno da personalidade de Jesus Cristo (AS). Elas são especificamente:

1. A Trindade

2. A Divindade de Jesus Cristo (AS)

3. A Filiação Divina de Jesus Cristo (AS)

4. O Pecado Original e

5. A expiação

Está claro que todos esses dogmas da super exaltação de Jesus Cristo (AS), bem acima do que Deus quer. Essas diferenças focalizadas na personalidade de Jesus Cristo (AS) obscureceram as muitas similaridades que há entre o Cristianismo e os Islamismo. Alguns dos exemplos são o sistema moral e a ênfase nos princípios humanos. Elas tem até mesmo obscurecido as crenças que os muçulmanos associam a Jesus Cristo (AS) .

Os dois artigos que se seguem tem como finalidade apresentarem a imagem verdadeira de Jesus Cristo (AS) no Islamismo e explicarem porque os cristãos se desviaram de seus ensinamentos originais. O primeiro artigo indica, também, que muitos doutos e pensadores, que ainda se encontram dentro do Cristianismo, estão, gradualmente, passando a concordarem, em muitos casos sem o perceberem, com o ponto de vista do Islamismo. Em outras palavras, a verdade Muçulmana torna-se mais evidente com o passar do tempo. Deus, no Alcorão Sagrado faz alusão a isso no seguinte versículo:

“Mostraremos a eles Nossos milagres nos horizontes e em suas próprias pessoas, até que fique claro para eles, que ele (o Alcorão) é a verdade. (41:53)”

Jesus Cristo (AS) No Islam
O ponto de vista do Islam sobre Jesus Cristo (AS), situa-se entre dois extremos, os judeus, que rejeitaram a Jesus Cristo (AS) , como um Profeta de Deus, taxaram-no de impostor, os cristãos, por outro lado consideram-no o filho de Deus e adoram-no como tal.

O Islam considera Jesus Cristo (AS), um dos grandes Profetas de Deus, e o respeita tanto quanto a Abraão (AS), Moises (AS) e Muhammad (S), isto está em conformidade com o ponto de vista muçulmano da Unicidade de Deus, da Unicidade do guiamento Divino, e do papel complementar das subseqüentes mensagens dos Mensageiros de Deus.
A essência do Islam, que é a submissão voluntária à vontade de Deus, foi revelada a Adão , que a passou aos seus filhos, todas as revelações seguintes a Noé (AS) , Abraão (AS) , Moises (AS) , Jesus Cristo (AS) e Muhammad (S) , foram em conformidade com aquela mensagem.

Além de algumas elaborações definindo a relação entre o homem e Deus, o homem e o seu meio-ambiente, e o modo de se viver de acordo à com as instruções de Deus.

Portanto, qualquer contradição existente entre as religiões reveladas é vista, pelo Islam como um elemento feito pelo homem, introduzido nestas religiões.

Apesar de que o Alcorão Sagrado, não apresenta um relatório detalhado da vida de Jesus Cristo (AS) , ele realça os aspectos importantes de seu nascimento, sua missão e sua ascensão ao céu e emite julgamentos sobre as crenças cristãs relacionadas com Jesus Cristo (AS) .

Virgem Maria (AS)

As considerações do Alcorão Sagrado, sobre Jesus Cristo (AS) , começam com a concepção de sua mãe, Maria (AS) , a esposa de Imran, a mãe de Maria (AS), fez o voto de dedicar a criança que teria ao serviço de Deus no Templo.
Zacarias, que tomava conta de Maria (AS), costumava encontrar alimentos com Maria (AS) , quando ele lhe perguntava como ela o conseguiu, ela responde que provinha de Deus.

Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

"Recorda-te de quando a mulher de Imran disse: Ó senhor meu, é certo que consagrei a Ti, integralmente, o fruto de meu ventre; aceita-o, porque és o Oniouvinte, o Sapientíssimo. E quando concebeu, disse: Ó Senhor meu, concebi uma menina. Mas Deus bem sabia o que tinha concebido, e um varão não é o mesmo que uma mulher. Eis que a chamo Maria; ponha-o, bem como à sua descendência, sob a Tua proteção, contra o maldito Satanás. Seu Senhor a aceitou benevolente e a educou esmeradamente, confiado-a a Zacarias. Cada vez que Zacarias a visitava, no oratório, encontrava-a provida de alimentos, e lhe perguntava: Ó Maria, de onde te vem isso? Ele respondia: de Deus! Porque Deus agracia imensuravelmente a quem Lhe apraz.'' (3ª surata Al-Imra, versículos 35 aos 37).

Boas Novas e o Nascimento de Jesus Cristo (AS)

Quando Maria (AS) se tornou adulta, o Espírito Fiel (Anjo Gabriel) apareceu a Maria (AS), em personificado na forma de um homem, trazendo-lhe a noticia de que ela iria ter um filho.

Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

"E menciona Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo a um local que dava para o Leste. E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito. Disse-lhe ela: Guardo-me de ti no Clemente, se é que temes a Deus. Explicou-lhe: Sou tão somente o mensageiro de teu Senhor, para agraciar-te com um filho imaculado. Disse-lhe: Como poderei Ter um filho, se nenhum homem me tocou e jamais deixei de ser casta? Disse-lhe: Assim será, porque teu Senhor disse: isso Me é fácil! E faremos disto um sinal para os homens, e será um aprova de Nossa misericórdia. E foi uma ordem inexorável.'' (19ª surata Mariam versículos 16 aos 21).

''E quando os anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus Cristo, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos. Perguntou: Ó Senhor meu, como poderei ter um filho, se mortal algum jamais me tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, diz: Seja! e será!'' (3ª Surata Al Imran, versículos 45 e 47).

Maria (AS), milagrosamente, concebeu a criança e se retirou para um lugar distante, onde aguardou o seu parto, o Alcorão Sagrado, numa Surata intitulada ''Maria (AS)m (AS)'', nos conta como Maria (AS), se sentiu e o que os Judeus lhe disseram quando ela trouxe a criança para casa.

Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

''E quando concebeu retirou-se, com o seu rebento a um lugar afastado. As dores do parto a constrangeram a refugiar-se junto a uma tamareira. Disse: Oxalá eu tivesse morrido antes disto, ficando completamente esquecida. Porém, chamou-a uma voz, junto a ela: Não te atormentes, porque teu Senhor fez correr um riacho a teus pés! E sacode o tronco da tamareira, de onde cairão sobre ti tâmaras maduras e frescas.

Come, pois, bebe e consola-te; e se vires algum humano, fazei-o saber que fizeste um voto de jejum ao Clemente, e que hoje não poderás falar com pessoa alguma. Regressou ao seu povo levando o filho nos braços. E lhe disseram: Ó Maria, eis que fizeste algo extraordinário ! Ó irmã de Aarão, teu pai jamais foi um homem do mal, nem tua mãe uma mulher sem castidade! Então ela lhes indicou que interrogassem o menino.

Disseram: Com falaremos a uma criança que ainda está no berço? Ele lhes disse: Sou o Servo de Deus, o Qual me concedeu o Livro e me designou como profeta. Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me encomendou a oração e a paga do zakat enquanto eu viver. E me fez piedoso para com minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde. A paz está comigo, desde o dia em que eu nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado. '' ( 19ª Surata Mariam, versículos 22 ao 33).

A missão de Jesus (AS) , e anunciada de duas maneiras; ele iria ser um Sinal para os homens; seu maravilhoso nascimento e sua maravilhosa vida iriam trazer a volta de Deus a um Mundo ateu; e sua missão trazer consolo e salvação ao que se arrependessem.
Este, de um modo ou de outro é o caso que se passa com todos os mensageiros de Deus, e foi, proeminentemente assim, no caso do Profeta Muhammad (S) , mas o ponto principal aqui, é que israelitas, para os quais Jesus Cristo (AS) , foi enviado, para quem a mensagem, era verdadeiramente um Evangelho de misericórdia, eram um povo de coração duro.

Jesus (AS) Não é Filho de Deus

No mesmo capitulo, logo em seguida à citação acima, Deus garantiu á Muhammad (S) , e ao mundo inteiro, que aquilo que Ele havia revelado ao Profeta Muhammad (S) , e que estava escrito no Alcorão Sagrado, é a mais pura verdade a respeito de Jesus Cristo (AS) , apesar de que os cristãos, possam não acreditar nela. Jesus Cristo (AS) , não é o filho de Deus, mas sim como é obvio, ele o filho de Maria (AS) , tão somente.

Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

''Este é Jesus, filho de Maria; é a pura verdade, da qual duvidam. É inadmissível que Deus tenha tido um filho. Glorificado seja! Quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja! e é.'' (19ª Surata Mariam, versículos 34 e35)
Após está incisa declaração sobre a natureza de Jesus Cristo (AS) , Deus ordenou ao Profeta Muhammad (S) , para convocar os cristãos para a adoção de uma medida justa, que é a adoração de apenas um Deus Único.


Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:


'E Deus é o meu Senhor e o vosso. Adorai-o, pois! Esta é a Senda Reta!'' (19ª Surata Mariam, versículo 36).

A rejeição da idéia de Deus Ter arranjado um filho para Si é relatada mais tarde na mesma Surata, com muito mais eloqüência, Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

"Afirmaram: o Clemente teve um filho! Sem dúvida que haveis proferido uma heresia. Pôr isso, pouco faltou para que os céus se fundissem, a terra se fendesse es montanhas, desmoronassem. Isso, pôr terem atribuído um filho ao Clemente, Quando é inadmissível que o Clemente houvesse tido um filho. Sabei que tudo quanto existe no céus e na terra comparecerá, como servo, ante o Clemente. Ele já os destacou e os enumerou com exatidão." (19ª surata Mariam, versículos 88 aos 94).

O Alcorão Sagrado reconhece o fato de que Jesus Cristo (AS) , não teve nenhum pai humano, porém, isso não faz dele o filho de Deus, e nem Deus em pessoa, pôr este critério, Adão , estaria muito mais habilitado a ser o filho de Deus, porque ele não tinha pai, e nem mãe, pôr isso o Alcorão Sagrado, chama a atenção para a milagrosa criação de ambos, Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

''O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó; então lhe disse: Seja! E foi. “(3ª Surata Imram, versículo 59).

O Alcorão Sagrado, rejeita o conceito da Trindade tão energicamente, quanto rejeita a filiação de Jesus Cristo (AS) , isto porque Deus é Único, está é essência de todas as revelações monoteístas, três, pôr dedução e pela simples aritmética não é um, o Alcorão Sagrado, Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

''Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão somente um Mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria, pôr intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus Mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está hipótese de Ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto a nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião. O Messias não desdenha ser um servo de Deus, assim como tampouco o fizeram os anjos próximos de Deus. Mas aqueles que desdenharam a Sua adoração e se ensoberbeceram, Ele os congregará todos ante Si. '' (4ª Al Nisa, versículos 171 e 172).

Os versículos continuam a chamar a atenção do povo, para a prova que Deus o Altíssimo revelou ao Profeta Muhammad (S) , Deus o Altíssimo, sabe que o povo, freqüentemente, herda certas idéias e crenças, que incluem entre outras coisas, os erros e as interpretações das gerações anteriores, e estes povos não têm como descobrir pôr si só estes erros, pôr este motivo, Deus o Altíssimo, apresenta o Alcorão Sagrado, como prova para um povo como este, Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

''Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente, do vosso Senhor, e vos enviamos uma translúcida Luz. Aqueles que crêem em deus, e a ele se apegam, introduzi-los-á em Sua Misericórdia e Sua Graça, e os encaminhará até Ele, pôr meio da senda reta. '' (4ª Al Nisa, versículos 174 e 175).

A negação da divindade de Jesus Cristo (AS), e conseqüentemente a divindade de Maria (AS) , é apresentado no Alcorão Sagrado, como um tópico do diálogo entre Deus o Altíssimo, e Jesus Cristo (AS) , no Dia do Juízo Final.

Todos os Mensageiros de todas as nações serão reunidos perante Deus o Altíssimo, e Ele perguntará aos Mensageiros como ;e que fora recebidos pôr seus povos, e o que foi que eles lhes disseram. E entre estes estará, Jesus Cristo (AS) , Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

"E recorda-te de quando deus disse: Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu que disseste aos homens: Tomai a mim e a minha mãe pôr duas divindades, em vez de Deus? Respondeu: Glorificado sejas! Ë inconcebívelue que eu tenha dito o que pôr direito não me corresponde. Se o tivesse dito, tê-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que ignoro o que encerra a Tua. Somente Tu és o conhecedor do incognoscível. Não lhes disse, senão o que me ordenastes: Adorai a Deus, meu Senhor e o vosso! E enquanto permaneci entre eles, fui testemunha contra eles; e quando quiseste encerrar os meus dias na terra, foste Tu o seu Único observador, porque és Testemunha de tudo. Se Tu os castigas é porque são teus servos; e se o perdoas; é porque Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo.'' (5ª Surata Al Máida, versículos 116 ao 118).

Jesus Cristo (AS), aqui dá a compreender que era mortal, e que seu conhecimento era limitado, como o de um simples mortal.

A Missão de Jesus (AS)

Se o Alcorão Sagrado nega a trindade e a filiação divina de Jesus (AS) , então, de acordo com o Alcorão Sagrado, qual foi a verdadeira missão de Jesus (AS) ?
Jesus (AS) , foi um dos elos da longa cadeia de Profetas e Mensageiros que foram enviados pôr Deus o Altíssimo, para as varias sociedades e nações sempre que necessitavam de guiamento Ou se desviavam dos ensinamentos de Deus. Jesus (AS) , foi especialmente preparado pôr Deus para ser mandado para os judeus, que haviam se desviado do ensinamentos de Moises (AS) , e outros Mensageiros.

Assim como milagrosamente apoiado pôr Deus na concepção, no nascimento e na infância, ele também, foi apoiado pôr numerosos milagres para provarem que ele era um Mensageiro de Deus. Todavia, a maioria dos judeus rejeitaram, e rejeitam o seu ministério, o Alcorão Sagrado nos informa sobre a missão de Jesus Cristo (AS).

Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

"Ele lhe ensinará o Livro, a sabedoria, a Torah e o evangelho. E ele será um Mensageiro par os israelitas, e lhes dirá: Apresento-vos um sinal do vosso Senhor.

Plasmarei de barro a figura de um pássaro, à qual darei vida, e a figura será um pássaro, com beneplácito de Deus, curarei o cego de nascença e o leproso; ressuscitarei os mortos, com anuência de Deus, e vos revelarei o consumis e o que entesourais em vossas em casas. Nisso ha um sinal para vós, se sois fiéis. vim para confirmar-vos a Torah, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim como um sinal de vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me. Sabei que Deus é meu Senhor e o vosso. Adorei-O, pois. Essa é a senda reta.'' (3ª Surata Imran, versículos 48 a 58).

Em outro versículo do Alcorão Sagrado, Jesus Cristo (AS) , confirmou a validade da Torah, que foi revelada a Moises (AS) , e também trouxe a boa nova da chegada de um Mensageiro final depois dele. Isto está claramente indicado no versículo seguinte do Alcorão Sagrado. Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

"E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Torah antecipou no tocante às predições, e alvissareiro, de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad! Entretanto, quando lhes apresentou as evidências, disseram: Isto é pura magia!'' (61ª Surata As Saf, versículo 6).

A referencia a respeito do Mensageiro sobre quem Jesus Cristo (AS) , deu a boa nova consta tanto no Velho, como Novo Testamento da Bíblia, o Velho Testamento contém diversa profecias que só podem ser aplicadas ao Profeta Muhammad (S).

Citaremos apenas uma delas, que não se aplica a ninguém mais, exceto ao Profeta Muhammad (S).

Está profecia que foi endereçada a Moises (AS) , disse que Deus iria enviar, dentre os irmãos, dos israelitas, um Profeta como Moises (AS) , que seria um fundador, um líder e um modelo para uma comunidade de crentes.

Como cita a Bíblia no Deuteronômio 18: 18-20:

''Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu e porei as Minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que Eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras que ele falar em Meu Nome, eu o requererei dele. Porém o profeta presumir soberbamente de falar alguma palavra em Meu Nome, que Eu lhe não tenho mandado falar, ou que falar em nome de outros deuses o tal profeta
morrerá. ''

Qualquer um que esteja familiarizado com a vida do Profeta Muhammad (S), poderá, facilmente perceber que ninguém se ajusta melhor à descrição acima do o Profeta.
Foi o Profeta Muhammad (S) , e não Jesus Cristo (AS) , que, assim como Moises (AS) nasceu de pais normais, casou-se, fundou uma comunidade crente, estabeleceu uma grande lei e teve uma morte natural.

Um estudo cuidadoso do Novo Testamento mostra que esse mesmo Profeta, foi mencionado pôr Jesus Cristo (AS) , em João 14: 16-17:

"Ele vos dará outro Consolador, para ficar convosco para sempre, bem como o Espírito da Verdade."

Depois, uma descrição específica desse Espírito da Verdade, e de seu papel, é dada pôr João 16: 13-14:

"Quando o Espírito da Verdade vier, ele vos guiará para toda a verdade, porque ele não falará com autoridade própria, mas, seja lá o que for que ele ouvir, ele falará e vos declarará coisas que estarão para virem."

Os termos da profecia não justificam a conclusão usualmente atribuída a ela, nomeadamente, que ela refere-se ao Espírito Santo, a explicação do Espírito Santo está excluída pôr um versículo anterior, em João que é seguinte:

"No entanto, eu vos informo da verdade: é para o vosso bem, que eu vou embora, pois, se eu não for, o Consolador não virá para vós."

Está claro na Bíblia que o Espírito Santo costumava visitar os homens, antes e durante o tempo da vida de Jesus (AS) , João o Batista , foi tomado pelo Espírito Santo, antes de nascer e o próprio , recebeu-o em forma de pombo.

As características desse Consolador, como pode ser deduzido da profecia, são as seguintes:

1- ele não virá, enquanto Jesus Cristo (AS) , não partir;

2- ele permanecerá para sempre com os crentes;

3- ele glorificará Jesus Cristo (AS);

4- ele falará aquilo que ouvir de Deus;

Essas características são aplicáveis apenas ao Profeta Muhammad (S) , como mostram as seguintes observações:

1- O Profeta Muhammad (S) . Houve entre eles um período de 600 anos, a missão de Jesus Cristo (AS) foi limitada às ovelhas perdidas da casa de Israel, porém, a mensagem do Profeta Muhammad (S) , foi Universal, isto explica a segunda característica;

2- Somente a mensagem do Profeta Muhammad (S) , foi destinada pôr Deus para ser Universal e perpétua, isto está de acordo com a afirmação de que o Conselheiro permanecerá para sempre com os fiéis;

3- Nenhum Profeta glorificou tanto Jesus Cristo (AS) tanto quanto o Profeta Muhammad (S) o fez. Os Judeus taxaram-no de impostor e acusaram a sua mãe Maria (AS) de imoralidade, os Judeus tentaram crucificá-lo, o Profeta Muhammad (S) , considerou Jesus Cristo (AS) como sendo um grande Profeta, e como sendo ''a Palavra de Deus''.

O Alcorão Sagrado atribui-lhe milagres que não são mencionados na Bíblia, Maria (AS) a mais casta de todas as mulheres e a melhor de todas as mulheres do Paraíso.
Portanto, o Profeta Muhammad (S) , realmente glorificou a Jesus Cristo (AS)

4- A quarta característica é perfeitamente aplicada ao Profeta Muhammad (S) , o Alcorão foi revelado ao Profeta Muhammad (S) , pôr intermédio do Arcanjo Gabriel , quando Gabriel acabava de recitar um trecho do Alcorão ao Profeta Muhammad (S) , ele imediatamente a transmitia textualmente a seus companheiros e escribas o que ouvira de Gabriel , sem acrescentar, modificar ou esquecer nada do que lhe fora revelado pelo Arcanjo Gabriel .

O Alcorão descreve o Profeta Muhammad (S) , dizendo:

"Ele não fala de sua própria imaginação. Ele fala aquilo que lhe é revelado''. (53ª Surata An Najm,versículos 3 e 40).

Se compararmos isso com a passagem Bíblica, ''ele não falará com autoridade própria'', vemos a impressionante semelhança entre as características do Conselheiro e as do Profeta Muhammad (S).

Essas e outras profecias do Velho e Novo Testamento predizem em temos inequívocos o advento do Profeta Muhammad (S) ,que é rejeitado pêlos Judeus e Cristãos, que se baseiam mais em más e tendenciosas interpretações do que num estudo cuidadoso da Bíblia, do Alcorão e dos novos descobrimentos no campo da religião comparada.

Jesus (AS) Foi Elevado Aos Céus

É um triste fato da história, que são muitos os que não seguem o caminho reto, para qual Jesus Cristo (AS) , conclamou as pessoas, ele foi seguido pôr poucos discípulos, que foram inspirados pôr Deus, para o apoiarem.
E não é só isso, mas também, os não crentes conspiraram, como o fizeram com Profeta Muhammad (S) , seis séculos mais tarde, para matar Jesus Cristo (AS) , porém Deus tinha um plano melhor para ele e seus seguidores, como o Alcorão Sagrado nos conta nos versículos seguintes.

Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

"E quando Jesus lhes sentiu a incredulidade, disse: Quem seriam os meus colaboradores na causa de Deus? Os discípulos disseram: Nós seremos os colaboradores, porque cremos em Deus; e testemunhamos que somos muçulmanos. Ó Senhor nosso, cremos no que tens revelado e seguimos o Mensageiro; inscreve-nos, pois, entre os testemunhadores. Porém, os judeus conspiraram contra Jesus; e Deus, pôr sua parte planejou, porque é o melhor dos planejadores. E quando Deus disse: Ó Jesus, pôr certo que porei termo à tua estada na terra; ascender-te-ei até Mim e salvar-te-ei dos incrédulos, fazendo prevalecer sobre eles os teus prosélitos, até ao dia da Ressurreição. Então, a Mim será o vosso retorno e julgarei as questões pelas quais divergis. Quanto aos incrédulos, castigá-los-ei severamente, neste mundo e no outro, e jamais terão protetores. '' (3ª Surata Imran, versículos 52 ao 56).

Como os versículos acima indicam Jesus Cristo (AS) foi elevado ao céu sem morrer, isto significa, que de acordo com o Alcorão Sagrado, ele não foi crucificado, o plano do inimigos de Jesus Cristo (AS) era o de colocarem-no para morrer na cruz, porém, Deus salvo-o e alguma outra pessoa foi crucificada, essa trama e a falsa acusação a Maria (AS) são consideradas pelo Alcorão Sagrado, como sendo alguns dos pecados dos judeus, tudo isto está claro na seguinte citação.

Deus o Altíssimo diz no Alcorão Sagrado:

'E pôr blasfemarem e dizerem graves calúnias acerca de Maria. E pôr dizerem: Matamos um Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, se não que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo. Nenhum dos adeptos do Livro deixara de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte, e, o Dia da Ressurreição, testemunhara contra eles. '' (4ª Surata An Nisá, versículos 156 ao 159).

Quem foi a pessoa que foi crucificada em vez de Jesus Cristo (AS) ?

O Alcorão Sagrado não desenvolve esse ponto e nem fornece qualquer resposta a essa pergunta, os interpretes do Alcorão Sagrado sugeriram uns poucos nomes. Todavia, todos eles são frutos de suposições pessoais não sustentadas pelo Alcorão Sagrado ou pêlos dizeres do Profeta Muhammad (S) .

O final da vida de Jesus Cristo (AS) , na terra, está tão envolto em mistérios quanto a sua natividade, e ainda coma de fato, está também o período da maior parte da sua vida particular, com exceção dos três principais anos do seu sacerdócio.

Não será nada proveitoso discutir sobre as muitas dúvidas e conjecturas, existentes entre as primitivas seitas cristãs, e entre os teólogos muçulmanos.

As igrejas cristãs ortodoxas têm como ponto cardeal da sua doutrina que a vida de Jesus Cristo (AS) , chegou ao seu término na cruz, que ele morreu e foi sepultado, que no terceiro dia ressuscitou corporealmente, com seus ferimentos curados, caminhou e conversou, e comeu com seus discípulos e que depois foi levado, fisicamente, para o céu.

Esta explicação é necessária para a doutrina teológica do sacrifício e da expiação vicária dos pecados, mas é rejeitada pelo Islam. Contudo, algumas das primeiríssimas seitas cristãs não acreditavam que Jesus Cristo (AS) , tivesse sido morto na cruz. Os basilídios acreditavam que um outro indivíduo lhes serviu de substituto.

O Evangelho de Barnabé sustenta a teoria da substituição na cruz, o ensinamento Alcorânico diz Jesus Cristo (AS) , não foi crucificado, nem morto pêlos judeus não obstante existissem certas circunstâncias aparentes, que produziram a ilusão nas mentes de alguns de seus inimigos; que as disposições, as dúvidas e conjecturas sobre tais assuntos são vãs ; e que ele foi elevado até Deus.

Isto quer dizer que Jesus Cristo (AS) , voltara antes do Dia do Juízo Final, novamente, a Segunda vinda não está claramente mencionada no Alcorão Sagrado, no entanto, os exegetas do Alcorão Sagrado entenderam o ultimo versículo da citação acima:

"Nenhum dos adeptos do Livro deixara de acreditar nele (Jesus), antes da sua
morte, e, o Dia da Ressurreição, testemunhara contra eles."

Como significando que Jesus Cristo (AS) ), e que todos os cristãos e judeus crerão
nele antes dele morrer.

Essa forma de entender é sustentada pêlos dizeres autênticos do Profeta Muhammad (S) .

Pontos a Serem Considerados

Depois de ler essa exposição, um cristão crente poderá dizer: “Isto é o que os muçulmanos, que nós sempre consideramos pagãos e infiéis,dizem a respeito de Jesus Cristo (AS)” . Porém, o ponto de vista que o Alcorão apresenta merece, para dizer o mínimo, sérias considerações por parte daqueles que realmente se preocupam acerca de

Deus, da fé e até mesmo pelo próprio cristianismo, pelas seguintes razões:

1. O Alcorão é a ultima versão da revelação de Deus e o que ele diz é a verdade definitiva. Isso pode não significar muito para aqueles que não acreditam no Alcorão como tal. Todavia, a História do Alcorão, a crítica textual moderna e a pesquisa científica do conteúdo dessa escritura não deixa dúvida sobre a verdade que contém. As declarações, que são freqüentemente feitas de que o Alcorão é a palavra de Muhammad (S) , que copiou as suas informações de fontes judias e cristãs, são emitidas por pessoas, que não conhecem a História do mundo, o Alcorão ou Muhammad (S) . A primeira tradução árabe da Bíblia surgiu dois séculos após a missão de Muhammad (S) . Se adicionarmos a isso o analfabetismo de Muhammad (S) e a escassez de livros religiosos em qualquer língua afora as igrejas e templos no século VI, podemos compreender o absurdo dessa alegação.

2. A Unicidade e universalidade da mensagem de Deus exigem que o povo aceite todos os mensageiros de Deus. A rejeição de um deles equivale á rejeição de todos eles. Os judeus rejeitam as missões de Jesus Cristo (AS) e Muhammad (S) ; os cristãos rejeitam a missão de Muhammad (S) ; ao passo que os muçulmanos aceitam todos elas, mas rejeitam interpretações históricas incorretas e elementos humanos nessas missões.

3. Por causa do Alcorão, os muçulmanos amam e respeitam Jesus Cristo (AS) assim como eles amam e respeitam o Profeta Muhammad (S) E ainda mais, o Alcorão relata alguns milagres de Jesus Cristo (AS) , que não são relatados no atual Evangelho atual. Por exemplo, o Alcorão conta que Jesus Cristo (AS) falou ainda no berço e foi capaz de informar ao povo o que haviam comido e o que guardavam em suas casas, apenas para mencionar alguns poucos deles.

4. É do conhecimento comum, que a divindade de Cristo foi introduzida pelo
Apóstolo Paulo e seus seguidores e foi estabelecida passando por cima de milhões de cadáveres de cristãos através da História, que evocaram a muita bem conhecida advertência de Castilho de que “queimar um homem não é provar uma doutrina” .

5. A escolha dos atuais quatro evangelhos foi imposta na conferência de Nicéia no ano 325 da Era Cristã, sob os auspícios do Imperador pagão, Constantino, por motivos políticos. Literalmente, centenas de Evangelhos e escritos religiosos foram considerados apócrifos, isto é, livros de autenticidade duvidosa. Alguns desses livros foram escritos pelos discípulos de Jesus Cristo (AS) . Se eles não eram mais autênticos dos que os quatro Evangelhos, eram pelo menos, de igual autenticidade.
Alguns deles ainda se encontram disponíveis, tais como, o Evangelho de Barnabé e o Pastor de Hermas, que concordam com o Alcorão.

6. O conceito unitário e a humanidade de Jesus Cristo (AS) não são sustentados apenas pelos muçulmanos, mas também pelos judeus e alguns grupos primitivos da Cristandade, como os Ebionistas, os Cerintianos, os Basililidenses, os Capocratianos e os Hipisistarianos, para mencionar diversas seitas primitivas. Os Arianos, os Paulicianos e os Godos também, aceitaram Jesus Cristo (AS) como um Profeta de Deus. Até mesmo na Era Moderna há igrejas na Ásia e África, a Igreja Unitarista e os Testemunhas de Jeová, que não adoram Jesus Cristo (AS) como sendo Deus.

7. Os mais sérios estudos da Bíblia mostraram que ela contém uma grande parte de adições, que nem Jesus Cristo (AS) ou os escritores dos Evangelhos disseram. A igreja, como Heinz Zahrnt disse: “colocou palavras na boca de Jesus Cristo (AS) , que ele nunca falou e atribuiu a ele ações que nunca fez” Alguns membros da igreja chegaram a essas conclusões.No entanto, elas são mantidas em segredo e acham-se disponíveis apenas para alguns especialistas. Um desses, que mostraram que muito daquilo que a igreja diz a respeito de Jesus Cristo (AS) não tem fundamento, é Rudolf Augustein em seu livro Jesus Cristo (AS), Filho do Homem, (publicado na Alemanha em 1972 e traduzido para o inglês em 1977)

8. O problema com a Cristandade atual é que a personalidade de Jesus Cristo (AS) está mal entendida. A natureza, a missão e a alegada morte e ressurreição de Jesus Cristo (AS) , são todas elas desafiadas por estudos desse campo. Um desses é um livro intitulado: O Mito do Deus Encarnado, que apareceu em 1077 (editado por John Hick) e escrito por diversos doutos em teologia, na Inglaterra. A sua conclusão é que Jesus Cristo (AS) foi “um homem aprovado por Deus, para um papel especial, dentro de uma finalidade divina e ... o último conceito de que ele é Deus Encarnado ... é uma forma mitológica ou poética de expressar a sua significância para nós.” O melhor que George Carey pode dizer em sua tentativa de refutar as descobertas desses teólogos foi, que a menos que se aceite Jesus Cristo (AS) como Deus Encarnado não se conseguirá ter a capacidade de compreender a missão de Jesus Cristo (AS) ou explicar o seu impacto sobre o povo. Definitivamente, esse é um argumento muito fraco, porque todos os grandes Profetas, como Abraão (AS) , Moises (AS) e Muhammad (S) tiveram um tremendo impacto sobre o povo e nenhum deles alegou ser Deus ou filho de Deus.

9. É claro que o conceito da Trindade não se acha disponível até mesmo no texto presente da Bíblia. Não se pode dizer que a expressão “Filho de Deus” tenha vindo do próprio Jesus Cristo (AS) . Hasting, no “O Dicionário da Bíblia” diz: “Que Jesus Cristo (AS) a tenha usado pessoalmente, é duvidoso”. Em minhas leituras da Bíblia, encontrei apenas dois casos em João, Capítulos 5 e 11, nos quais Jesus Cristo (AS) usa a expressão “filho de Deus” ao se referir a si mesmo. Nos outros casos, elas foram usadas por outrem. Até mesmos esses, são muito limitados. Todavia, até mesmo se o título “filho de Deus” foi usado pelo próprio Jesus Cristo (AS) , deve-se lembrar os seguintes pontos:

a) Como um douto da Bíblia disse: “o uso semita jamais permitiria o sentido literal, ainda que tal expressão fosse interpretada literalmente no mundo Helênico dos seguidores de Jesus Cristo (AS)”.

b) As palavras gregas do Novo Testamento usadas para “filho” são pias e paida, que significam “servo” ou “filho no sentido de servo”; que são traduzidas como filho, referindo-se a Jesus Cristo (AS) e servo, referindo-se a outrem, em algumas traduções da Bíblia (Mufassir, pg 15).

c) O título “filho do homem” que é a designação que Jesus Cristo (AS) usou para
si mesmo, que ocorre 81 vezes nos Evangelhos é a clara descrição e ênfase dada por Jesus Cristo (AS) a respeito de sua humanidade. Essa interpretação clássica que é dada a esse título é a de que ela é usada para enfatizar o lado humano de Jesus Cristo (AS) . Agora, a indagação que é sugerida é: Será que os Cristãos Contemporâneos enfatizam esses aspectos de Jesus Cristo (AS) ?

O Papa Contradiz a Bíblia

O relato Bíblico tradicional sobre a crucificação de Jesus Cristo (AS) é a de que ele foi preso e crucificado por ordem e planejamento do rabino Chefe e dos Anciãos Judeus. Esse relato foi repudiado em 1960 pela mais alta autoridade Cristã Católica, o Papa. Ele emitiu uma declaração, na qual disse que os judeus não tiveram nada a ver com a crucificação de Jesus Cristo (AS) Isso, definitivamente, contradiz o relato Bíblico. Você poderá dizer: “Isso é um decreto político” Isso está de acordo com o que os muçulmanos andam dizendo: A Igreja introduziu muitos elementos no Cristianismo e foi influenciada por muitos fatores, que fizeram com que o seu ponto de vista sobre o Cristianismo fosse não somente variável, mas de um modo geral, que também contradissesse as formas primitivas do Cristianismo.

A Religião Versus Ciência

Os pontos de vista religiosos concernentes a deus, á Bíblia e á relação do homem com Deus apresentados pela igreja, forçou o povo a fazer uma escolha infeliz: a Ciência ou Deus. As pessoas mais instruídas chegaram á conclusão de que não se pode ser um cientista ou uma pessoa culta e ser Cristão. Dessa maneira, muitos filósofos, cientistas e a maioria do povo perdeu a esperança de haver a reconciliação entre religião e ciência. Essa lamentável maneira de entender mais tarde generalizou-se e incluiu toda e qualquer religião, como resultado da influência da civilização Ocidental, que era, principalmente, Cristã. Toda essa questão não teria surgido, em primeiro lugar, se os ensinamentos de Jesus Cristo (AS) não tivessem sido distorcidos ou manipulados. Isto porque, segundo o ponto de que o Islamismo tem sobre o problema, não há, absolutamente, nenhuma contradição entre religião e ciência. Os fatos científicos são, justamente, uma das fontes do nosso conhecimento de Deus. A outra fonte é a revelação, como está contida nos ensinamentos originais de Jesus Cristo (AS) e no texto atual do Alcorão. Ambos, a religião e o conhecimento científico verdadeiro procedem da mesma fonte: Deus. Portanto, Ele não irá contradizer a Si Mesmo.

Por conseguinte, conceitos como a Trindade, O Filho de Deus, o Pecado Original, a Expiação e etc..., que foram o produto da distorção e dos mal-entendidos da História do Cristianismo, afastaram o povo não só do Cristianismo mas, também, de outras religiões, inclusive do Islamismo, que não é afetado por esses problemas. Isso deve-se ao fato de que muitas pessoas pensam assim porque o Islamismo é uma religião (o próprio significado da própria palavra “religião” é limitado nas línguas Ocidentais) então, deve semelhante ao Cristianismo. Muito poucas pessoas tem o interesse e a habilidade de descobrir a falsidade dessa suposição.

Evidências a Favor dos Relatos Alcorânicos

Essa suposição implícita é uma das causas da hesitação e relutância de muita gente em aceitar o ponto de vista Alcorãnico sobre Jesus Cristo (AS). Isso acontece apesar do fato de que esse ponto de vista é sustentado pelo seguinte:

a) Pela História primitiva do Cristianismo, que, por três décadas, após o desaparecimento de Jesus Cristo (AS) , continuou como se fosse uma seita dentro do judaísmo.

b) Pela prática de muitas seitas e de muitos doutos Cristãos através da Historia do Cristianismo.

c) Pelas descobertas de muitos doutos da Bíblia e da pesquisa cientifica que foi aplicada á Bíblia.

d) Pelo instinto de muitas pessoas (que pensam que são cristãs), que crêem em Um Só deus, porém, não conseguem aceitar Jesus Cristo (AS) como sendo Deus ou Filho de Deus.

Vale a pena notar, que a principal diferença entre o relato alcorânico e o que a
pesquisa moderna e os doutos descobriram é que o Alcorão disse que o que eles dizem agora a respeito de Jesus Cristo (AS) e sua missão há quatorze séculos e jamais mudou a sua posição.

As razões que Impedem as Pessoas de se Converterem ao Islamismo
Algumas das outras razões que podem influir na rejeição dos relatos alcorânicos, incluem:

a) A sistemática Campanha tendenciosa contra o islamismo, que foi, em parte, o produto das Cruzadas

b) A confusão. Muita gente, apesar de não aceitar o Cristianismo, não sabe onde está a verdade.

c) A pressão Social e a reputação Acadêmica. Muitas pessoas têm medo de aceitar o Islamismo, porque sentem que serão ridicularizados e alienados por seus parentes e colegas, se rejeitarem, abertamente, o Cristianismo e aceitarem o islamismo. A nível acadêmico, especialmente, entre os orientalistas, se alguém escrever, favoravelmente, sobre o Islamismo e o Alcorão, ninguém fará uma resenha crítica de seu trabalho, ninguém citará e até mesmo nem será considerado um trabalho erudito.

Ele pode até mesmo ser destruído profissionalmente. O jornal, The Washington Post (edição do dia 05 de janeiro de 1978) publicou uma reportagem sobre um Professor da universidade de Richmont, Dr. Robert Alley que perdeu a presidência do Departamento de religião de lá, porque defendeu o ponto de vista de que Jesus Cristo (AS) jamais declarou ser o filho de Deus. Após uma pesquisa considerável feita em antigos documentos recentemente encontrados, o Dr. Alley concluiu que:

“As passagens da Bíblia em que Jesus Cristo (AS) fala sobre o filho de Deus são adições posteriores... o que a igreja disse a respeito dele. Uma tal declaração de deidade referente á sua própria pessoa não seria consistente com todo o seu estilo de vida, como podemos deduzir de sua reconstituição. Durante as primeiras três décadas após a morte de Jesus Cristo (AS), o Cristianismo continuou a existir como uma seita dentro do judaísmo. as primeiras três décadas da existência da igreja foram dentro da sinagoga. seria inacreditável, que eles (os seus seguidores) proclamassem, valentemente a deidade de Jesus Cristo (AS)”

Islamismo: O Chamado Natural

Apesar desses fatores e de alguns outros que não mencionei, há muita gente que se submeteu á verdade. O ponto de vista Muçulmano sobre Jesus Cristo (AS) e outras declarações mais importantes provocam a admiração naqueles, que lhes são apresentados, como uma coisa que faz muito sentido e que tinham guardado, implicitamente, dentro deles sem o saberem. Esta e outras características fizeram com que o Islamismo fosse a religião de mais rápido crescimento do mundo, através da História. Ele exerce uma atração até mesmo em cristãos crentes, porque descobrem que:

a) O Islamismo não abole Jesus Cristo (AS) , pelo contrário, ele o coloca na posição certa na longa linha dos homens que trouxeram a salvação real para a Humanidade. Na realidade, ele está adicionando uma nova dimensão à sua compreensão de Deus, do que vem a ser um Profeta e do que é uma revelação.

b) Quando se olha para o Cristianismo e Judaísmo (e nesse caso, para qualquer religião) a partir de uma perspectiva muçulmana, eles cabem, perfeitamente, na estrutura universal da unicidade de Deus e nos Seus planos para o gênero humano. Além disso, pode-se entender, claramente, porque há algumas lacunas ou discrepâncias nos relatos Bíblicos a respeito de certas colocações.

c) O Islamismo considera a si próprio, como o elo final na cadeia de revelações. Ele promete aos seguidores de religiões anteriores enormes recompensas se eles adicionarem a crença no Islamismo às suas crenças anteriores. O Profeta Muhammad (S) disse: “Aquele que creu em sua religião e depois creu naquilo que me foi revelado será recompensado em dobro (por Deus)”. Isto é, uma vez crer em sua fé e a outra por reconhecer a verdade e crer no Islamismo.
Recapitulando! O Islamismo considera Jesus Cristo (AS) um dos grandes Profetas de Deus. A sua missão foi a de pregar a Unicidade de Deus e encaminhar o homem ao seu Senhor. Ele jamais alegou ser outra coisa que não um servo e Mensageiro de Deus. Os relatos Alcorânicos sobre a sua vida e missão são sustentados por evidências esmagadoras.

Os muçulmanos crêem e aguardam a segunda Vinda de Jesus Cristo (AS) . Ele voltará não como Deus para julgar os não cristãos, mas, como Jesus Cristo (AS), o servo de Deus. A sua vinda será para corrigir o conceito errado que o povo desenvolveu sobre a sua personalidade e missão. Segundo um dito do Profeta Muhammad (S) , ele permanecerá quarenta anos, que serão os anos mais felizes desta Terra. Nesse ínterim, todos crerão nele como um Mensageiro e não como um filho de Deus. Todavia, o que será daqueles que não conseguirão viver até a sua Segunda Vinda? É melhor que o façam já!

PS: As Letras (AS)(S) usadas após os nomes dos Profetas significam “Que a paz esteja com ele”. Os muçulmanos assim o fazem por respeito aos honoráveis Profetas de Deus.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim

Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen. Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

Fontes: Alcorão Sagrado – Biblia Sagrada

quarta-feira, outubro 07, 2009

A HISTÓRIA DE AL HUSHAYN B SALMAN

Queridos irmãos e nobres leitores. Essa é uma historia verídica de um erudito Judeu que vivia em Yaçrib (Nome pré-islâmico de Medina - Arábia Saudita), que abraçou o Islamismo, ainda, no tempo do Profeta Muhammad SAAS. Esse nobre sahaba recebeu do próprio Profeta SAAS, o nome, de Abdullah b. Salman, o qual ele adotou pelo resto de sua vida.

Leiam e se deliciem com essa maravilhosa história que poderá ser sua também Insha Allah (Se Deus Quiser).

“Se alguém quiser olhar para um dos habitantes do Paraíso, que olhe para o Abdullah bin Salman.” (dizer do povo de Madina).


Al Hushayn b. Salman era um dos eruditos, dentre os judeus que viviam em Yaçrib. As pessoas da cidade, todas tinham o maior respeito por ele. Cada um, não importando que religião tivesse, tratava-o com honrarias. Possuía uma elevada reputação por sua religiosidade, virtuosidade e retidão de caráter.

Al Hushayn vivia uma vida tranquila e pacífica, que era ao mesmo tempo circunspecta e cheia de propósitos. Dividia o seu tempo, por igual, em três atividades separadas: culto e pregação na sinagoga, trabalho nas suas tamareiras – irrigando e cultivando suas árvores –, e estudo da Tora para intensificar a sua erudição.

Sempre que Al Hushayn lia a Tora, passava longo tempo a refletir sobre as passagens que preconizavam o surgimento, em Makka, de um profeta que iria completar as mensagens de todos os profetas que tinham surgido antes dele, e que iria ser o selo dos profetas.

Obs:1. Al Hushayn – com um S enfático (não é para ser confundido com o neto do Profeta {SAAS}). Esse nome significa “pequena raposa”, e é pejorativo.

Obs: 2. Yaçrib – o nome pré-islâmico de Madina.

Al Hushayn procurava por obter detalhes concernentes ao esperado profeta: como ele seria como poderia ser reconhecido, e por outros sinais. Ele tremia de júbilo ao ler que esse profeta iria deixar a cidade em que recebesse o chamamento, e iria emigrar para Yaçrib, onde constituiria o seu novo lar. Toda a vez que Al Hushayn relia aquilo ou pensava sobre aquilo, orava para que Deus o fizesse viver um tempo suficiente para ver o esperado profeta, ter o prazer de encontrar com ele, e ser um dos primeiros a declarar a sua crença nele.

Foi da vontade de Deus satisfazer a oração de Al Hushayn e permitir que ele vivesse até a uma idade avançada, e ir mesmo além da vida do Profeta (SAAS). Teve a felicidade de encontrar-se com ele e passar um bom tempo aprendendo com ele; e acreditou na revelação que havia sido enviada ao Profeta (SAAS). Iremos permitir que Al Hushayn conte a sua própria estória, como se tornou muçulmano, pois os seus detalhes constituem a mais sincera reflexão do que estava sentindo.

A estória de Al Hushayn

Quando ouvi pela primeira vez as estórias do surgimento de um profeta, procurei me aprofundar na informação sobre o seu nome, sua genealogia, suas características, e onde e como ele havia começado a conclamar os outros para a crença. Pus-me a meditar sobre o que havia ouvido sobre ele, em comparação com o que estava assentado nas nossas escrituras, até que me certifiquei de que se tratava de um autêntico profeta. Guardei aquela constatação para mim mesmo, e não a compartilhei com outros rabinos e eruditos.

Chegou o dia em que o Profeta (SAAS) deixou Makka, dirigindo-se para Madina. Quando chegou à cidade e terminou sua viagem em Cubá, um homem percorreu a cidade anunciando a chegada do Profeta (SAAS). Naquele momento, eu estava no topo duma tamareira, a cuidar dela, e minha tia Khalidah b. al Háris estava sentada sob a árvore. Quando ouvi a notícia, eu exclamei:

“Allahu akbar! Allahu akbar!”

Ao ouvir aquilo, minha tia disse:

“Como me desapontas! Por Deus, se fosse o próprio Profeta Moisés, vindo a nós, não ficarias mais excitado!”

“Olha, tia, juro por Deus que ele é o irmão de Moisés, trazendo-nos a mesma religião e pregando as mesmas crenças”, respondi.

Ela ficou em silêncio por uns momentos, antes de dizer:

“Será ele aquele de quem nos tens falado, aquele que seria enviado para corroborar o que havia sido ensinado antes dele, como uma complementação das mensagens do seu Senhor?”

“Sim, é ele”, disse eu.

“Que assim seja”, ela consentiu.

Imediatamente eu fui à procura do Mensageiro de Deus (SAAS), e vi que as pessoas se acotovelavam para conseguirem chegar à porta dele. Então eu me espremi entre as pessoas, até que cheguei perto dele. A primeira coisa que o ouvi dizer foi:

“Ó gente, saudai-vos uns aos outros com a saudação de ‘paz’ e alimentai os famintos; dizei as orações à noite, quando os outros estiverem dormindo, e tereis a certeza de que entrareis no Paraíso!”

Obs.: 3. Cubáh – um vilarejo que fica a pouco mais de um quilômetro e meio de Madina.

Eu o perscrutava, até que fiquei satisfeito, e constatei que aquele não era o rosto de um inverossímil. Aproximei-me ainda mais dele, e pronunciei a declaração de fé de não há deus a não ser Deus, e que Mohammad é o Seu Mensageiro.

Ele se voltou para mim, e perguntou:

“Qual o teu nome?”

“Al Hushayn bin Salman”, respondi.

“Não, teu nome irá ser Abdullah bin Salman”, disse o Profeta (SAAS).

“Sim, Abdullah bin Salman”, respondi.”Juro por Aquele Que te enviou com a verdade que não pretendo usar outro nome, deste dia em diante.” Depois eu deixei o Mensageiro de Deus (SAAS) e fui para casa. Aí eu conclamei a minha esposa aos meus filhos e parentes a crerem no Islam, e todos se tornaram muçulmanos, até minha tia Khalidah, que já era um tanto idosa. Então lhes pedi que mantivessem a nossa conversa em segredo dos outros judeus, até que eu lhes dissesse que era chegada a hora. Todos consentiram com aquilo.


Então eu voltei a ter com o Profeta (SAAS), e lhe disse:

“Mensageiro de Deus, muitas pessoas do meu povo preferem as mentiras à verdade. Todavia, eu quero que chames os seus líderes, e que me escondas deles num dos teus quartos. Pergunta-lhes qual a sua opinião sobre o meu caráter, sem os informares que me tornei muçulmano. Depois os convida a aceitarem o Islam. Se viessem, a saber, que me tornei muçulmano, eles me iriam criticar, acusar-me de ter todos os defeitos, e difamar-me.”

Assim, o Mensageiro de Deus (SAAS) me colocou num dos seus quartos, chamou-os e os convidou a se juntarem ao Islam. Ele tentou fazer com que a fé se lhes tornasse atraente, e lembrou-lhes de que as escrituras deles continham profecias da sua vinda. Eles passaram a usar de argumentos capciosos para fazerem com que a verdade parecesse falsidade, e continuaram a fazer aquilo, até que ele se desalentou da aceitação deles quanto à fé. Naquele ponto, ele lhes perguntou:

“Qual é a vossa avaliação quanto a Al Hushayn bin Salman?”

“É um dos nossos chefes, e filho de um chefe. É um erudito eminente e filho de um erudito eminente”, responderam.

“Achais que se ele aceitasse o Islam, vós iríeis também aceitá-lo?” ele perguntou.

“Deus o livre!” exclamaram. “Ele jamais iria fazer isso! Que Deus o proteja quanto a isso!”

Então eu saí de onde estava escondido, e me dirigi a eles:

“Ó povo meu, temei a Deus, e aceitai o que Mohammad vos trouxe. Juro pelo Senhor, que sabeis que ele é o Mensageiro de Deus; e podeis encontrar o seu nome e sua descrição nas cópias da Tora de que estais de posse. Eu presto testemunho de que ele é o Mensageiro de Deus, e eu creio nele e no que ele diz. Reconheço-o pelo que ele é!”

“Tu, um mentiroso?” responderam. “És um indivíduo rasteiro, nascido duma família rasteira! É um dos nossos indivíduos ignorantes, nascido duma família de ignorantes...” e continuaram a me difamar, até que disse para o Mensageiro de Deus:

“Não te disse? A maioria deles é constituída de sujeitos infiéis. São traiçoeiros e desavergonhados, não o vês?”

Fim da estória de Al Hushayn

O então Abdullah b. Salman se voltou à sua nova fé com a sofreguidão de um sedento que vai a uma fonte de água fresca. Passou a amar tão profundamente o Alcorão, que constantemente recitava versículos dele; e ficou tão afeiçoado ao Profeta (SAAS), que tornou-se mais próximo dele do que uma sombra. Devotou-se a trabalhar no sentido de obter o Paraíso, até que o próprio Profeta (SAAS) lhe deu as boas-novas de que o iria conseguir. A notícia se espalhou entre os Companheiros, até que ela passou a ser do conhecimento de todos eles. A estória de como o Profeta (SAAS) deu ao Abdullah b. Salman aquela parte da notícia é um relato registrado por Cais b. Ubada.

Um dia, o Cais estava sentado com um grupo de estudantes na Mesquita do Profeta, em Madina. No grupo havia um velho de quem todos se sentiam íntimos e perto do qual ficavam à vontade. Ele desenvolveu uma bela e atraente conversação com o grupo. Quando havia terminado e partido, todos disseram:

“Se alguém quiser olhar para um dos habitantes do Paraíso, que olhe para esse homem!”

“Quem é ele?” perguntou o Cais b. Ubada.

“Abdullah b. Salman”, responderam.

Então o Cais jurou a si mesmo que iria segui-lo, e assim o fez. Segui-o por todo o caminho até à casa do velho, que era situada na periferia de Madina. Então o Cais chegou à porta da casa do Abdullah b. Salman e pediu permissão para entrar. Foi chamado para dentro, e o Abdullah lhe perguntou:

“Que queres meu filho?”

“Quando saíste da mesquita, ouvi os estudantes dizerem sobre ti o seguinte: ‘Se alguém quiser olhar para um dos habitantes do Paraíso, que olhe para esse homem! ’ Então eu te segui para que descobrisse como as pessoas sabem que irás para o Paraíso”, disse o Cais.

“Somente Deus sabe quem irá para o Paraíso, meu filho”, disse o Abdullah.

“Eu sei”, disse o Cais, “mas deve haver uma razão para que eles digam isso.”

“Vou contar-te a estória”, disse o velho.

“Por favor, contá-la”, disse o Cais, “e que Deus te conceda uma abundante recompensa!”

“Uma noite, eu tive um sonho acerca dum homem que veio a mim e me disse para eu me levantar. Quando me levantei, ele me pegou pela mão e começamos a caminhar. Havia um caminho à esquerda, e eu queria tomá-lo, mas o homem disse:

“‘Pega este caminho! Eu segui pelo caminho, o qual me levou a um jardim verdejante e espaçoso. O jardim era fresco, refrescante e cheio de vegetação. No meio dele havia um poste de ferro que chegava ao céu. No topo dele havia uma laçada de ouro. O homem disse para mim:

“‘Escala-o! ’

“‘Não posso’, protestei.

“Nisso, de lugar algum, apareceu um escravo que me ergueu, e comecei a escalar, atém que cheguei ao topo do poste. Agarrei a laçada de ouro, e fiquei pendurado nela, até que acordei do sonho. Logo que clareou o dia, fui ter com o Mensageiro de Deus (SAAS), e lhe contei sobre o meu sonho. Ele disse:

“‘O caminho que viste à esquerda era o caminho dos Companheiros da Esquerda, que iriam ser os habitantes do Fogo. O caminho que viste à direita era o caminho dos Companheiros da Direita, que iriam ser os habitantes do Paraíso. O jardim que te cativou, com o seu frescor e verdor, era a religião do Islam. O poste que viste no meio do jardim era a oração, e a argola, no topo dele, era a fé firme. Tu irás ser uma das pessoas que se agarrarão a ela pelo resto das suas vidas. ’”

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

domingo, outubro 04, 2009

COMPREENDA O ISLAMISMO EM UMA HORA

Que é o Islamismo?

Disse, uma vez, aos meus discípulos: "Se um homem estrangeiro lhes dissesse que só dispunha de uma hora e que queria compreender, nesse tempo, o que é o Islamismo, como o fariam compreendê-lo?"

Responderam: "Impossível, pois ser-lhe-ia imprescindível estudar a teologia monoteísta, as regras para a correta recitação alcorânica, a interpretação, os ditos do Profeta (ahádice), a jurisprudência islâmica, a metodologia do direito islâmico, e tratar de problemas e questões dos quais não sairia em menos de cinco anos."

Disse-lhes: "Louvado seja Allah (Louvado Seja). Acaso não veio um beduíno ter com o Mensageiro de Allah (Louvado Seja) (Allah (Louvado Seja) o abençoe e lhe dê paz), permanecendo com ele apenas um dia, aprendeu o que é o Islamismo, levando o conhecimento ao seu povo e passando a ser o orientador e o mestre, o predicador do Islamismo e o missionário? Além disso, acaso o Mensageiro não explicou toda a religião, em três fases, falando nelas da fé, do Islamismo e do Ihsan (benevolência)? Então, por que não o explicaríamos, hoje em dia, em uma hora?"

Que é o Islamismo? Como alguém se torna muçulmano?

Para cada uma das seitas verdadeiras ou falsas, das associações beneficentes ou perniciosas e dos partidos retos ou perversos, há princípios e fundamentos racionais, e questões ideológicas, que determinam a sua meta e dirigem a sua marcha, sendo norma, para cada um dos seus afiliados e seguidores.

Quem quiser afiliar-se a qualquer um deles se fixará primeiro, nestes princípios que, caso admita e acredite que são corretos, aceitará em seu consciente e em seu subconsciente, não abrigará nenhuma dúvida e solicitará a sua filiação a esta associação. Cumprirá com as suas obrigações, dentro dela, realizará os trabalhos instituídos pelos seus estatutos, pagará à cota do filiado, tal como prescreve o regulamento e, além disso, deverá demonstrar, com a sua conduta, fidelidade aos seus princípios, lembrar-se sempre destes princípios e não fazer nada que o distancie deles, mas dar, com a sua moral e com a conduta, um bom exemplo e ser um predicador verdadeiro.

A filiação a esta associação significa o conhecimento dos seus estatutos, a crença em seus princípios, a obediência às suas determinações e uma vida coerente com a mesma.

Este panorama geral é aplicável ao Islamismo?

Quem entrar no Islamismo tem de aceitar, primeiro, os seus fundamentos racionais e crer neles totalmente, até que constituam, para ele, uma ideologia. Eles se resumem em que este mundo material não é tudo e que a vida terrena não é a vida integral.
Porque o homem existia, antes de nascer, e seguirá existindo, depois da morte; ele não criou a si mesmo, mas foi criado do nada, e não foi criado do mundo inanimado que o rodeia, porque é racional e o mundo inanimado não tem razão. Foi criado, ele, e tudo no universo, do nada, por Um só Allah (Louvado Seja), que é único, que o ressuscita e o faz morrer. Foi Ele que criou tudo, e, se quiser, pode aniquilá-lo e fazê-lo desaparecer, pois este é o Allah (Louvado Seja) que não tem semelhante algum, em todos os universos, que não tem princípio, nem fim; é Eterno, Todo-Poderoso, e não há limitações para os Seus poderes e capacidade; é Sapientíssimo, e não há nada oculto para Ele; é Justo, porém não se mede a Sua justiça absoluta com os parâmetros da justiça humana. Foi Ele que dispôs as regras do universo (que denominamos Leis Naturais) e as fez todas comedidamente, limitando, desde sempre, as suas partes e espécies, e o que acontecerá com os vivos e com os inanimados, com o movimento e com a inércia, com a consistência e com a inconsistência. Dotou o homem de um intelecto, com o qual pode pensar e decidir sobre muitas coisas e escolher o que quiser, e de uma vontade, com a qual realizará o que escolher. Ele crê que Allah (Louvado Seja) criou, além desta vida terrena provisória, outra eterna, na qual se premia os virtuosos, com o Paraíso, e se castiga os iníquos, com o Inferno.
Este é o Allah (Louvado Seja) único. Não tem parceiro algum, que se possa adorar junto com Ele, nem mediador, que possa interceder junto a Ele, sem a Sua anuência. Assim, pois, a submissão deve ser absoluta, em todos os aspectos.

Ele criou entes materiais, que podem ser vistos e sentidos por nós; Criou, também, entes invisíveis, alguns inanimados, outros animados, que não podem ser vistos por nós. Entre as animados, há os criados para o bem absoluto: são os anjos; outros, caracterizados pelo mal absoluto; são os demônios; e outros, que possuem ambos os elementos do bem e do mal; são, ao mesmo tempo, virtuosos e a maldosos: estes são os gênios.

Ele elege, entre os humanos, a quem os anjos têm de revelar a legislação divina, para que a divulgue entre as pessoas. Estes são os mensageiros. Estas legislações estão contidas em livros revelados, que anulam os anteriores a eles e os modificam.

O último desses livros é o Alcorão, que, ao contrário do que ocorreu com os livros anteriores a ele, que foram desvirtuados e esquecidos, permaneceu intacto e a salvo das desvirtuações ou de qualquer perda. E o último desses mensageiros e profetas é Muhammad (SAAS), o árabe, o coraixita, e com ele ficaram seladas, para sempre, todas as mensagens, e com a sua religião, todas as religiões. Não haverá, depois dele, profeta algum.

Portanto, o Alcorão é a constituição do Islamismo e quem está persuadido de que ele é divino e crê nele, em todas e cada uma das suas partes, chama-se crente. A fé, neste sentido, só é conhecida por Allah (Louvado Seja), porque os humanos não podem abrir os corações das pessoas e saber o que há neles. Por isso, para contar-se entre os muçulmanos, só é preciso declarar a fé, dizendo: "Testemunho que não há outra divindade além de Allah (Louvado Seja) e que Muhammad (SAAS) é o Mensageiro de Allah (Louvado Seja)." Quem o declarar, tornar-se-á muçulmano, gozará dos mesmos direitos que qualquer muçulmano e aceitará cumprir todos os deveres que o Islamismo lhe impõe. Estes preceitos são poucos, fáceis, e não precisam de grande esforço, nem fadiga.

Primeiro:

Prostrar-se duas vezes ao amanhecer, clamando ao seu Senhor, pedindo-lhe dos Seus bens e refúgio do Seu castigo, e fazer as abluções parcialmente, ou totalmente, no caso de ter tido contato sexual. Prostrar-se quatro vezes ao meio-dia, seguidas de outras quatro à tarde, três vezes, ao pôr-do-sol e quatro, no começo da noite.
Estas são as orações prescritas, cujo cumprimento não leva mais do que meia hora por dia. Não se exige um lugar específico para realizá-las, nem uma pessoa determinada que as dirija, para que sejam corretas, nem há necessidade de mediadores entre o muçulmano e o seu Senhor.

Segundo:

Durante o ano, há determinado mês, em que o muçulmano adianta o seu desjejum e o faz no final da noite, em vez de no começo do dia; atrasa o seu almoço, até depois do entardecer; abstém-se, durante o dia, de qualquer comida, bebida ou relação sexual. É, pois, este, um mês para purificar a sua alma, dar descanso ao seu estômago e educar o seu caráter, que será, também, benéfico para o seu corpo. Além disso, este mês é uma manifestação da concordância das pessoas, na prática do bem e na igualdade na vida material.

Terceiro:

Se, depois de você satisfazer os seus gastos pessoais e os da sua família, ainda sobrar uma determinada importância de dinheiro, que possuirá durante um ano, sem ter necessidade de gastá-la, o muçulmano responsabilizar-se-á em tirar, passado esse tempo, uma quantidade equivalente a 2,5% do total para os pobres e necessitados, o que, para ele, não será uma grande carga, porém, sim, uma grande ajuda para aqueles. Ademais, será um sólido pilar, para a solidariedade social, e um remédio, para a enfermidade da pobreza, que é o pior dos males.

Quarto:

O Islamismo organizou, para a sociedade islâmica, reuniões periódicas, semelhantes às reuniões de bairros, e com o horário parecido com o de um colégio; dispôs que os muçulmanos se reunissem cinco vezes por dia. Esta é a oração coletiva, na qual cada crente reitera a sua submissão absoluta, apresentando-se perante Allah (Louvado Seja). O fruto disso será, pois, que o forte ajudará o fraco, que os sábios ensinarão os ignorantes e que os ricos socorrerão os pobres. A duração desta reunião é de um quarto de hora. Assim, não há interrupção do trabalho de qualquer um, seja ele trabalhador de uma fábrica ou comerciante. Se alguém perder a reunião, deverá rezar em sua casa, mas privar-se-á da recompensa de ter rezado em congregação.
Outra reunião, similar aos conselhos dos distritos, celebra-se uma vez por semana; é a congregação de sexta-feira. A sua duração é de aproximadamente uma hora e a sua assistência é obrigatória para todos os homens.

Uma terceira reunião, semelhante aos conselhos das cidades, celebra-se uma vez por ano; é a oração das festividades (‘Id)(*3). O comparecimento não é obrigatório e a sua duração é inferior a uma hora.

E por último, uma grande reunião, a exemplo de um congresso geral, é celebrado cada ano em um local determinado. Na realidade, é uma convocação que proporciona orientação em todos os aspectos: espiritual, físico e intelectual. O muçulmano tem a obrigação de participar dela, ao menos uma vez em sua vida; é a Peregrinação (Hajj).
Estes são os deveres religiosos originais, os quais o muçulmano é obrigado a cumprir.

Alem destes deveres, a abstenção de certos atos é também designada como adoração.

Esses atos são deploráveis e as pessoas sensatas os condenam por ser um mal e, portanto, deve ser evitado, tais como matar sem motivo, desrespeitar os direitos das pessoas, a tirania, em todas as suas formas, as bebidas alcoólicas, pois fazem perder a razão, a fornicação, que atenta contra a honra e mistura a descendência, a usura, a mentira, a trama, a traição e a deserção do serviço militar, quando este tem por objetivo servir à causa de Allah (Louvado Seja).

Porém, entre todos, os mais graves são a desobediência aos pais, o perjúrio e o falso testemunho. Além destes, há outros atos abomináveis e maldosos, que a razão percebe a sua falsidade e maldade. Se o muçulmano se descuidar do cumprimento de algum dos seus deveres ou infringir alguma das proibições, porém logo se arrepender e pedir perdão a Allah (Louvado Seja), Ele o perdoará. Porém, se não se arrepender, permanecerá muçulmano, todavia pecador e merecedor do castigo, no Dia do Juízo Final, se bem que o seu castigo será transitório, e não eterno, como o castigo do incrédulo.

Se renegar alguns princípios ou doutrinas originais, por duvidar deles (as), ou renegar um dever, para cujo cumprimento há um consenso geral ou algo, em que há acordo sobre sua ilicitude, ou uma só palavra do Alcorão, será considerado um apóstata e ser-lhe-á tirada a identidade islâmica, pois a apostasia é o pior crime contra o Islamismo, igual à traição, nas leis modernas. Se não se arrepender, o castigo será a morte.

É possível que o muçulmano abandone alguns dos seus deveres ou infrinja algumas proibições, mesmo sabendo que aquele é o seu dever e que estas são ilícitas. Ele continuará sendo muçulmano, porém pecador. Mas quanto à fé, esta é indivisível e mesmo que ele creia em noventa e nove por cento e renegue um, será um apóstata.
Pode-se ser muçulmano sem ser crente. É como quem se filia a uma associação, assiste às suas reuniões, paga as suas cotas e faz o papel de sócio, porém não aceita os seus princípios, nem crê na sua autenticidade. Só entra nela para espionar e corromper os seus assuntos. Este é o hipócrita, o que pronuncia os dois testemunhos de fé e cumpre os deveres religiosos aparentemente, porém não crê na verdade. Este não se salvará, ante Allah (Louvado Seja). Sem dúvida, as pessoas o consideram muçulmano, pois só vêem as aparências, porém Allah (Louvado Seja) sabe, a respeito dos sentimentos e do coração.

Se o homem crê nos fundamentos ideológicos, que constituem a crença absoluta em Allah (Louvado Seja), não relacionada com associados nem mediadores, crer nos anjos, nos mensageiros, nos livros sagrados, na outra vida, no destino, e pronuncia os dois testemunhos de fé, pratica as orações prescritas, jejua, durante o mês de Ramadan, paga o zakat do seu dinheiro, peregrina uma vez na vida, se puder, e se priva daquilo em que há acordo sobre a sua ilicitude, é um muçulmano crente. Porém, o fruto da sua crença não se manifestará nele, e ele nem sentirá a sua doçura; tampouco será um muçulmano completo, até que adote, em sua vida, a conduta de um muçulmano crente.

O mensageiro de Allah (Louvado Seja) resumiu esta forma de conduta em uma só frase, com as mais eloqüentes palavras que um homem já pronunciou. Estas palavras reúnem o bem absoluto, desta e da outra vida, e são: "Que o muçulmano tenha presente, em sua memória, que a todo o momento, esteja de pé ou sentado, só ou acompanhado, na seriedade ou na frivolidade, e em todas as circunstâncias, Allah (Louvado Seja) o vê e o observa; então, assim, não Lhe desobedecerá, e não temerá e nem se desesperará, pois saberá que Allah (Louvado Seja) está com ele; não sentirá solidão, nem necessidade de nada, uma vez que pedirá a Allah (Louvado Seja). Pois, ainda que Lhe desobedeça – a sua natureza é, por si, desobediente-retornará e se arrependerá e lhe será aceito o arrependimento".

Tudo o que foi dito anteriormente está baseado nas palavras do Profeta, sobre o conceito do Ihsan (benevolência): "Adorarás a Allah (Louvado Seja) como se O estivesses vendo, pois se não O estiveres vendo, Ele te estará vendo." Esta é a religião do Islamismo e o seu desenvolvimento, em termos gerais: a doutrina exposta neste capítulo. O Islamismo e o Ihsan serão expostos nos capítulos seguintes, se Allah (Louvado Seja) quiser.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah (SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

*3 - Festa celebrada pelos muçulmanos, no encerramento do mês de Ramadan e no encerramento da peregrinação.

Salam Alaikum

quinta-feira, outubro 01, 2009

OS DIREITOS HUMANOS NO ISLAMISMO

Uma vez que Allah (Deus) é o Senhor Absoluto e Único do homem e do Universo, Ele é o Soberano, o Sustentador e o Orientador, o Clemente, Cujas mercês cobrem todos os seres; e uma vez que Ele deu a cada homem a dignidade e a honra, e soprou nele Seu Próprio Espírito segue-se que, unidos n’Ele e através d’Ele,e fora de seus outros atributos humanos, os homens são substancialmente o mesmo e não se pode fazer nenhuma distinção tangível e real entre eles, por conta de suas diferenças acidentais, tais como, nacionalidade, cor ou raça. Todo ser humano está, com isso relacionado aos outros e todos formam uma comunidade de irmãos e em sua honorável e prazerosa servitude ao Misericordioso Senhor do Universo. Em tal atmosfera celeste, a confissão islâmica da Unicidade de Allah (Deus) permanece dominante e central, e necessariamente impõe o conceito de fraternidade e unificação da humanidade.

Embora um Estado Islâmico possa ser estabelecido em qualquer parte da terra, o Islamismo não procura restringir os direitos ou privilégios humanos aos limites geográficos de seu próprio estado. O Islamismo estabeleceu alguns direitos universais básicos para a humanidade como um todo, para serem observados e respeitados sob todas as circunstâncias, quer tais indivíduos residam dentro de território islâmico ou fora dele, quer esteja em paz com ele ou em guerra. O Alcorão Sagrado diz claramente:
“Ó crentes, sede perseverantes na causa de Allah (Deus) e prestai testemunho a bem da justiça; que o ódio aos demais não vos impulsione a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isso está mais próximo da piedade”. (5ª Surata-versículo 8).

“Quem matar uma pessoa sem que esta tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade”. (5ª Surata-versículo 32).

Não é permitido oprimir mulheres, crianças, idosos, doentes e feridos. A honra e a castidade das mulheres devem ser respeitadas sob todas as circunstâncias. A pessoa faminta deve ser alimentada, a nua deve ser agasalhada, e a ferida ou doente deve ser medicada, quer pertença à comunidade islâmica quer pertença a de seus inimigos.

Diferentemente dos direitos humanos estabelecidos pelos humanos, quando falamos em direitos humanos no Islamismo queremos realmente dizer que esses direitos foram garantidos por Allah (Deus); não foram garantidos, por reis ou por qualquer assembléia legislativa. Os direitos constituídos pelos reis e pelas assembléias legislativas podem ser revogados da mesma maneira que foram conferidos. Dá-se o mesmo caso com os direitos aceitos e reconhecidos pelos ditadores. Eles podem conferi-los quando estão satisfeitos e revogá-los quando desejarem; e podem abertamente violá-los quando quiserem. Mas, uma vez que no Islamismo os direitos humanos forma conferidos por Allah (Deus), nenhuma assembléia legislativa no mundo ou qualquer governo na terra tem o direito ou autoridade de fazer qualquer emenda ou trocas nos direitos conferidos por Ele. Ninguém tem o direito de ab-rogá-los o revogá-los. Nem são eles direitos humanos básicos, conferidos no papel para efeito de show e exibição e negados na vida real quando o show acaba. Nem são conceitos filosóficos sem nenhuma sanção por trás deles.
Por exemplo, a Carta Constitucional dos Estados Unidos, bem como, suas proclamações e resoluções, não podem ser comparados aos direitos sancionados por Allah (Deus); porque as primeiras não são aplicáveis em ninguém, enquanto os últimos são aplicáveis em qualquer crente. São parte e parcela da Fé Islâmica. Todo muçulmano ou administrador que se diz muçulmanos tem que aceitá-los, reconhecê-los e mantê-los em vigor. Se falharem na sua execução, e começarem a negar os direitos que foram garantidos por Allah (Deus), ou fazer emendas neles ou trocá-los, ou violá-los na prática, enquanto finge acatá-los, o veredito do Alcorão para tais governos é claro e inequívocos.

Diz o Alcorão Sagrado: “Aqueles que não julgarem conforme o que Allah (Deus) revelou serão incrédulos.” (5ª Surata-versículo 44).
Os Direitos Humanos num Estado Islâmico:
1. A Garantia da Vida e da Propriedade: no Sermão proferido pelo Profeta Mohammad por ocasião de sua Peregrinação de Despedida, ele disse: “Vossas vidas e propriedades são sagradas até que encontreis o vosso Senhor no dia da Ressurreição”. O Profeta também disse a respeito dos não muçulmanos que vivem nos Estado Islâmico: “Aquele que matar um cidadão não muçulmano não sentirá a fragrância do Paraíso”;

2. A Proteção da Honra: O Alcorão diz: “Ó crentes, que nenhum povo zombe do outro... Não vos difameis nem vos motejeis com os apelidos mutuamente”. (Surata 49-versículo 11;

3. A Santicidade e a Garantia da Vida Privada: O Alcorão revelou as seguintes injunções: “Não vos espreiteis nem vos calunieis.” (Surata 49-versículo 12).

“Não entreis em casa além da vossa, a menos que peçais permissão”. (Surata 24-versículo 27).

4. A Garantia da Liberdade Pessoal: O Islamismo revelou o princípio de que nenhum de que nenhum cidadão pode ser aprisionado até que se comprove sua culpa num tribunal. Não é permitido prender um homem com base apenas em suspeita e jogá-lo na prisão, sem os procedimentos do tribunal e sem oferecer-lhe a oportunidade de se defender.

5. O Direito de Manifestação Contra a Tirania: Entre os direitos que o Islamismo conferiu aos seres humanos há o direito de se manifestar contra a tirania do governo. Referindo-se a isso, o Alcorão diz: “Allah (Deus) não aprecia a crítica pública a menos que seja feita por alguém que tenha sido injuriado”. (Surata 4-versículo 148). No Islamismo, como foi dito antes, todo poder e autoridade pertence a Allah (Deus); ao homem foi delegado poder como confiança. Todo aquele que exercer tal poder deve respeitar seu povo a respeito do qual irá prestar contas. Isso foi estipulado por Abu Bakr Assidik, que no seu primeiro discurso de posse do califado: “Cooperai comigo enquanto eu for correto, mas corrigi-me quando cometer erro; obedecei-me enquanto seguir os mandamentos de Allah (Deus) e de seu Profeta; e abandonai-me eu me desviar deles”.

6. Liberdade de Expressão: O Islamismo fornece a liberdade de pensamento e de expressão a todos os cidadãos do Estado Islâmico, sob a condição de que deva ser usada para a propagação da virtude e da verdade e não para divulgar a maldade e a perversidade. O conceito islâmico da liberdade de expressão é bem superior aos conceitos prevalecentes no Ocidente. Sob nenhuma circunstância o Islamismo permite que a maldade e a perversidade sejam propagadas. Ele também não dá a ninguém o direito de usar uma linguagem abusiva ou ofensiva em nome do criticismo. Foi prática dos muçulmanos informarem-se com o Profeta se tinha sido revelada uma injunção sobre um determinado assunto. Se Ele dissesse que não tinha recebido nenhuma injunção divina os muçulmanos expressavam livremente sua opinião sobre o assunto.

7. Liberdade de Filiação: O Islamismo deu também ao povo o direito de liberdade de filiação e a formação de partidos ou organizações. Esse direito está também sujeito a certas regras gerais. Ou seja, ele não pode ir de encontra ao que está prescrito no Livro Sagrado.

8. Liberdade de Consciência e Convicção: O Islamismo estipulou a injunção: “Não há imposição quanto à Religião”. Ao contrário disso as sociedades autoritárias privam totalmente os indivíduos de sua liberdade. Na verdade, esta exaltação ilegal da autoridade do Estado curiosamente postula uma sorte de servitude e de despotismo por parte do homem. Antigamente a escravidão significava o total controle do homem pelo homem; agora, esse tipo de escravidão foi legalmente abolido, mas, em seu lugar, as sociedades totalitárias impõem uma sorte similar de controle sobre os indivíduos.

9. Proteção aos Sentimentos Religiosos: Juntamente com a liberdade de convicção e de consciência, o Islamismo dá o direito ao indivíduo para que seus sentimentos religiosos sejam devidamente respeitados e nada pode ser dito ou feito que possa abusar do seu direito.

10. A Proteção sobre a Prisão Arbitrária: O Islamismo também considera o direito do indivíduo de não poder ser preso ou detido por culpa dos outros. O Alcorão afirma esse princípio claramente: “Nenhum pecador arcará com a culpa alheia.” (Surata 35-versículo 18).

11. O direito às Necessidades Básicas da Vida: O Islamismo reconhece o direito das pessoas necessitadas à ajuda e à assistência, Diz o Alcorão: “E em seus bens há um direito dos necessitados e desafortunados”. (Surata 51-versículo 19).

12. Igualdade Perante a Lei: O Islamismo prescreve a seus cidadãos o direito à igualdade absoluta e completa aos olhos da lei.

13. Os Governantes não Estão Acima da Lei: Uma mulher pertencente a uma família nobre foi presa acusada de furto. “O caso foi levado ao Profeta e foi recomendado que ela fosse poupada da punição de roubo. O Profeta replicou: “Os povos que viveram antes de nós foram destruídos por Allah (Deus), porque puniam o homem comum por suas faltas e deixavam impunes seus dignatários por seus crimes. “Juro por Aquele em cujas Mãos está a minha alma que, se Fátima, a filha de Muhammad cometesse esse crime eu amputaria sua mão”.

14. O Direito de Participação nos Assuntos do Estado: “Que resolvam seus assuntos no consenso”. A consulta ou a assembléia não tem outro significado além de: O chefe executivo do Governo e os membros da assembléia devem ser eleitos por livre escolha e independente do povo. Finalmente deve ficar claro que o Islamismo procura aplicar aos acima mencionados direitos humanos e muitos outros, não apenas fornecendo certas salvaguardas legais, mas, principalmente convidando a humanidade a transcender os mais baixos níveis da vida animal para ser capaz de ultrapassar os meros laços fomentados pelo parentesco sanguíneo, superioridade racial, arrogância lingüística e privilégios econômicos. Convoca a humanidade para se mudar para um nível de existência onde, por causa de sua superioridade íntima o homem pode alcançar o ideal da fraternidade humana.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24
Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

Fonte: Folheto nº 10 – Wamy- Assembléia Mundial da Juventude Islâmica