quarta-feira, outubro 07, 2009

A HISTÓRIA DE AL HUSHAYN B SALMAN

Queridos irmãos e nobres leitores. Essa é uma historia verídica de um erudito Judeu que vivia em Yaçrib (Nome pré-islâmico de Medina - Arábia Saudita), que abraçou o Islamismo, ainda, no tempo do Profeta Muhammad SAAS. Esse nobre sahaba recebeu do próprio Profeta SAAS, o nome, de Abdullah b. Salman, o qual ele adotou pelo resto de sua vida.

Leiam e se deliciem com essa maravilhosa história que poderá ser sua também Insha Allah (Se Deus Quiser).

“Se alguém quiser olhar para um dos habitantes do Paraíso, que olhe para o Abdullah bin Salman.” (dizer do povo de Madina).


Al Hushayn b. Salman era um dos eruditos, dentre os judeus que viviam em Yaçrib. As pessoas da cidade, todas tinham o maior respeito por ele. Cada um, não importando que religião tivesse, tratava-o com honrarias. Possuía uma elevada reputação por sua religiosidade, virtuosidade e retidão de caráter.

Al Hushayn vivia uma vida tranquila e pacífica, que era ao mesmo tempo circunspecta e cheia de propósitos. Dividia o seu tempo, por igual, em três atividades separadas: culto e pregação na sinagoga, trabalho nas suas tamareiras – irrigando e cultivando suas árvores –, e estudo da Tora para intensificar a sua erudição.

Sempre que Al Hushayn lia a Tora, passava longo tempo a refletir sobre as passagens que preconizavam o surgimento, em Makka, de um profeta que iria completar as mensagens de todos os profetas que tinham surgido antes dele, e que iria ser o selo dos profetas.

Obs:1. Al Hushayn – com um S enfático (não é para ser confundido com o neto do Profeta {SAAS}). Esse nome significa “pequena raposa”, e é pejorativo.

Obs: 2. Yaçrib – o nome pré-islâmico de Madina.

Al Hushayn procurava por obter detalhes concernentes ao esperado profeta: como ele seria como poderia ser reconhecido, e por outros sinais. Ele tremia de júbilo ao ler que esse profeta iria deixar a cidade em que recebesse o chamamento, e iria emigrar para Yaçrib, onde constituiria o seu novo lar. Toda a vez que Al Hushayn relia aquilo ou pensava sobre aquilo, orava para que Deus o fizesse viver um tempo suficiente para ver o esperado profeta, ter o prazer de encontrar com ele, e ser um dos primeiros a declarar a sua crença nele.

Foi da vontade de Deus satisfazer a oração de Al Hushayn e permitir que ele vivesse até a uma idade avançada, e ir mesmo além da vida do Profeta (SAAS). Teve a felicidade de encontrar-se com ele e passar um bom tempo aprendendo com ele; e acreditou na revelação que havia sido enviada ao Profeta (SAAS). Iremos permitir que Al Hushayn conte a sua própria estória, como se tornou muçulmano, pois os seus detalhes constituem a mais sincera reflexão do que estava sentindo.

A estória de Al Hushayn

Quando ouvi pela primeira vez as estórias do surgimento de um profeta, procurei me aprofundar na informação sobre o seu nome, sua genealogia, suas características, e onde e como ele havia começado a conclamar os outros para a crença. Pus-me a meditar sobre o que havia ouvido sobre ele, em comparação com o que estava assentado nas nossas escrituras, até que me certifiquei de que se tratava de um autêntico profeta. Guardei aquela constatação para mim mesmo, e não a compartilhei com outros rabinos e eruditos.

Chegou o dia em que o Profeta (SAAS) deixou Makka, dirigindo-se para Madina. Quando chegou à cidade e terminou sua viagem em Cubá, um homem percorreu a cidade anunciando a chegada do Profeta (SAAS). Naquele momento, eu estava no topo duma tamareira, a cuidar dela, e minha tia Khalidah b. al Háris estava sentada sob a árvore. Quando ouvi a notícia, eu exclamei:

“Allahu akbar! Allahu akbar!”

Ao ouvir aquilo, minha tia disse:

“Como me desapontas! Por Deus, se fosse o próprio Profeta Moisés, vindo a nós, não ficarias mais excitado!”

“Olha, tia, juro por Deus que ele é o irmão de Moisés, trazendo-nos a mesma religião e pregando as mesmas crenças”, respondi.

Ela ficou em silêncio por uns momentos, antes de dizer:

“Será ele aquele de quem nos tens falado, aquele que seria enviado para corroborar o que havia sido ensinado antes dele, como uma complementação das mensagens do seu Senhor?”

“Sim, é ele”, disse eu.

“Que assim seja”, ela consentiu.

Imediatamente eu fui à procura do Mensageiro de Deus (SAAS), e vi que as pessoas se acotovelavam para conseguirem chegar à porta dele. Então eu me espremi entre as pessoas, até que cheguei perto dele. A primeira coisa que o ouvi dizer foi:

“Ó gente, saudai-vos uns aos outros com a saudação de ‘paz’ e alimentai os famintos; dizei as orações à noite, quando os outros estiverem dormindo, e tereis a certeza de que entrareis no Paraíso!”

Obs.: 3. Cubáh – um vilarejo que fica a pouco mais de um quilômetro e meio de Madina.

Eu o perscrutava, até que fiquei satisfeito, e constatei que aquele não era o rosto de um inverossímil. Aproximei-me ainda mais dele, e pronunciei a declaração de fé de não há deus a não ser Deus, e que Mohammad é o Seu Mensageiro.

Ele se voltou para mim, e perguntou:

“Qual o teu nome?”

“Al Hushayn bin Salman”, respondi.

“Não, teu nome irá ser Abdullah bin Salman”, disse o Profeta (SAAS).

“Sim, Abdullah bin Salman”, respondi.”Juro por Aquele Que te enviou com a verdade que não pretendo usar outro nome, deste dia em diante.” Depois eu deixei o Mensageiro de Deus (SAAS) e fui para casa. Aí eu conclamei a minha esposa aos meus filhos e parentes a crerem no Islam, e todos se tornaram muçulmanos, até minha tia Khalidah, que já era um tanto idosa. Então lhes pedi que mantivessem a nossa conversa em segredo dos outros judeus, até que eu lhes dissesse que era chegada a hora. Todos consentiram com aquilo.


Então eu voltei a ter com o Profeta (SAAS), e lhe disse:

“Mensageiro de Deus, muitas pessoas do meu povo preferem as mentiras à verdade. Todavia, eu quero que chames os seus líderes, e que me escondas deles num dos teus quartos. Pergunta-lhes qual a sua opinião sobre o meu caráter, sem os informares que me tornei muçulmano. Depois os convida a aceitarem o Islam. Se viessem, a saber, que me tornei muçulmano, eles me iriam criticar, acusar-me de ter todos os defeitos, e difamar-me.”

Assim, o Mensageiro de Deus (SAAS) me colocou num dos seus quartos, chamou-os e os convidou a se juntarem ao Islam. Ele tentou fazer com que a fé se lhes tornasse atraente, e lembrou-lhes de que as escrituras deles continham profecias da sua vinda. Eles passaram a usar de argumentos capciosos para fazerem com que a verdade parecesse falsidade, e continuaram a fazer aquilo, até que ele se desalentou da aceitação deles quanto à fé. Naquele ponto, ele lhes perguntou:

“Qual é a vossa avaliação quanto a Al Hushayn bin Salman?”

“É um dos nossos chefes, e filho de um chefe. É um erudito eminente e filho de um erudito eminente”, responderam.

“Achais que se ele aceitasse o Islam, vós iríeis também aceitá-lo?” ele perguntou.

“Deus o livre!” exclamaram. “Ele jamais iria fazer isso! Que Deus o proteja quanto a isso!”

Então eu saí de onde estava escondido, e me dirigi a eles:

“Ó povo meu, temei a Deus, e aceitai o que Mohammad vos trouxe. Juro pelo Senhor, que sabeis que ele é o Mensageiro de Deus; e podeis encontrar o seu nome e sua descrição nas cópias da Tora de que estais de posse. Eu presto testemunho de que ele é o Mensageiro de Deus, e eu creio nele e no que ele diz. Reconheço-o pelo que ele é!”

“Tu, um mentiroso?” responderam. “És um indivíduo rasteiro, nascido duma família rasteira! É um dos nossos indivíduos ignorantes, nascido duma família de ignorantes...” e continuaram a me difamar, até que disse para o Mensageiro de Deus:

“Não te disse? A maioria deles é constituída de sujeitos infiéis. São traiçoeiros e desavergonhados, não o vês?”

Fim da estória de Al Hushayn

O então Abdullah b. Salman se voltou à sua nova fé com a sofreguidão de um sedento que vai a uma fonte de água fresca. Passou a amar tão profundamente o Alcorão, que constantemente recitava versículos dele; e ficou tão afeiçoado ao Profeta (SAAS), que tornou-se mais próximo dele do que uma sombra. Devotou-se a trabalhar no sentido de obter o Paraíso, até que o próprio Profeta (SAAS) lhe deu as boas-novas de que o iria conseguir. A notícia se espalhou entre os Companheiros, até que ela passou a ser do conhecimento de todos eles. A estória de como o Profeta (SAAS) deu ao Abdullah b. Salman aquela parte da notícia é um relato registrado por Cais b. Ubada.

Um dia, o Cais estava sentado com um grupo de estudantes na Mesquita do Profeta, em Madina. No grupo havia um velho de quem todos se sentiam íntimos e perto do qual ficavam à vontade. Ele desenvolveu uma bela e atraente conversação com o grupo. Quando havia terminado e partido, todos disseram:

“Se alguém quiser olhar para um dos habitantes do Paraíso, que olhe para esse homem!”

“Quem é ele?” perguntou o Cais b. Ubada.

“Abdullah b. Salman”, responderam.

Então o Cais jurou a si mesmo que iria segui-lo, e assim o fez. Segui-o por todo o caminho até à casa do velho, que era situada na periferia de Madina. Então o Cais chegou à porta da casa do Abdullah b. Salman e pediu permissão para entrar. Foi chamado para dentro, e o Abdullah lhe perguntou:

“Que queres meu filho?”

“Quando saíste da mesquita, ouvi os estudantes dizerem sobre ti o seguinte: ‘Se alguém quiser olhar para um dos habitantes do Paraíso, que olhe para esse homem! ’ Então eu te segui para que descobrisse como as pessoas sabem que irás para o Paraíso”, disse o Cais.

“Somente Deus sabe quem irá para o Paraíso, meu filho”, disse o Abdullah.

“Eu sei”, disse o Cais, “mas deve haver uma razão para que eles digam isso.”

“Vou contar-te a estória”, disse o velho.

“Por favor, contá-la”, disse o Cais, “e que Deus te conceda uma abundante recompensa!”

“Uma noite, eu tive um sonho acerca dum homem que veio a mim e me disse para eu me levantar. Quando me levantei, ele me pegou pela mão e começamos a caminhar. Havia um caminho à esquerda, e eu queria tomá-lo, mas o homem disse:

“‘Pega este caminho! Eu segui pelo caminho, o qual me levou a um jardim verdejante e espaçoso. O jardim era fresco, refrescante e cheio de vegetação. No meio dele havia um poste de ferro que chegava ao céu. No topo dele havia uma laçada de ouro. O homem disse para mim:

“‘Escala-o! ’

“‘Não posso’, protestei.

“Nisso, de lugar algum, apareceu um escravo que me ergueu, e comecei a escalar, atém que cheguei ao topo do poste. Agarrei a laçada de ouro, e fiquei pendurado nela, até que acordei do sonho. Logo que clareou o dia, fui ter com o Mensageiro de Deus (SAAS), e lhe contei sobre o meu sonho. Ele disse:

“‘O caminho que viste à esquerda era o caminho dos Companheiros da Esquerda, que iriam ser os habitantes do Fogo. O caminho que viste à direita era o caminho dos Companheiros da Direita, que iriam ser os habitantes do Paraíso. O jardim que te cativou, com o seu frescor e verdor, era a religião do Islam. O poste que viste no meio do jardim era a oração, e a argola, no topo dele, era a fé firme. Tu irás ser uma das pessoas que se agarrarão a ela pelo resto das suas vidas. ’”

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

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