Por: Sheikh Aminuddin Mohamad -23.02.2015
Quer parecer que nos últimos tempos as campanhas contra o Isslam se tornaram mais abertas e vigorosas, e uma parte substancial dessas campanhas logrou atingir os seus objectivos: denegrir a imagem do Isslam e dos muçulmanos através de palavras, imagens e caricaturas, dando a entender que o Isslam não é mais do que o que é transmitido através da caricaturização negativa. Afigura-se também ter-se tornado preocupação e objectivo principal da imprensa, particularmente a ocidental com todo o seu poderio tecnológico, manipular a opinião pública ao apresentar o Isslam e os muçulmanos sob as mais negras cores.
Uma parte da imprensa faz isso apenas por questões comerciais com o objectivo de elevar o gráfico de vendas. Esmeram-se a apurar técnicas de elaboração de títulos atrativos para conseguirem vender mais, mesmo que o conteúdo prime pela mentira grosseira, pois o princípio jornalístico de “reportar a verdade e apenas a verdade”, não conta, pois “outros mais altos valores se alevantam”.
Agem assim apenas em relação ao Isslam e aos muçulmanos, não o fazendo relativamente ao Cristianismo, Judaísmo, Hinduísmo, Budismo, etc. É difícil entender esta aversão ao Isslam cujo número de praticantes ascende a mais de um bilhão, o que corresponde a aproximadamente um quarto da população deste Planeta.
Por que razão se insiste em humilhar o Isslam e os seus ensinamentos? Será que só isso é que proporciona maiores lucros?
Saliente-se aqui o fato de haver muita gente que se sente incomodada com a extraordinária força espiritual do Isslam, por atrair milhões de corações sequiosos nos quatro cantos do mundo, levando-os não só à adesão com gosto e convicção, mas também convidando outras pessoas a fazerem o mesmo. E é isto que leva o Ocidente a mover acções para travar o chamado “Avanço Isslâmico”.
E porque os meios de comunicação social são a arma mais eficaz para a concretização desta cruzada, movem-se campanhas de desinformação contra o Isslam e os muçulmanos para denegrir a sua imagem.
Os meios de comunicação social exercem uma grande influência nas pessoas, pois estas acreditam em tudo o que lhes é apresentado, mesmo que se trate de mentiras, particularmente quando as notícias são reforçadas com imagens, a maior parte delas autênticas montagens feitas a partir de cenas “holliwoodescas” ou de reportagens feitas em conflitos ocorridos há anos. E tudo isso tem nas pessoas um efeito pernicioso permanente, pois em presença das cenas reportadas, as pessoas acreditam como se tudo fosse real, influenciando portanto a opinião das pessoas em relação ao Isslam e aos muçulmanos.
Uma das razões para a continuação e intensificação dessa campanha maliciosa contra o Isslam, é o nosso constante mutismo e incapacidade de resposta, sendo por isso que os protagonistas dessa campanha, na ausência de uma reacção adequada sofisticam os métodos de humilhação aos muçulmanos.
Hoje pagamos uma pesada factura pelo nosso desleixo em cumprirmos com a nossa obrigação, sendo por isso que nos confrontam com mentiras, acusações e ofensas dirigidas ao Isslam, ao ponto de literalmente pontapearem o Al-Qur’án e imprimirem os seus versículos em sapatos e cuecas. Onde é que está o respeito pelas outras religiões e culturas?
Todavia, os muçulmanos não devem reagir com tamanha baixeza respondendo com os mesmos métodos. Devemos é defender este grande legado do Profeta Muhammad (S.A.W.) recorrendo à nossa capacidade moral e financeira.
Se existe algum mal-entendido entre o Isslam e o Ocidente, então devem-se procurar formas de eliminá-lo, edificando pontes de ligação, de compreensão e de diálogo construtivo que possa ser facilmente entendido por todos.
Se o Ocidente teme o Isslam, devemos explicar-lhe da melhor forma, pois este é na sua essência uma religião de paz e tolerância para com o próximo, e deseja a convivência pacífica através do diálogo.
A “mídia” desempenham de forma espantosa um papel importante na criação de tendências colectivas na sociedade, desperta a simpatia e a convicção nas pessoas para um comportamento específico, sem se recorrer à força material ou moral.
Deve-se aproveitar este grande instrumento que é a comunicação social para o bem e a virtude, e não para o mal, aproximando as pessoas e as várias religiões e culturas e criando o respeito mútuo.
Assim procedendo, poderão todos viver em paz, harmonia e progresso.
Não se deve permitir que os “media” se transformem em instrumento de Satanás para desviar as pessoas, fomentar o nudismo, a intriga, as guerras e todos os males que apoquentam a Humanidade.
Os muçulmanos devem também instalar meios de comunicação, com jornais e canais radiofônicos e televisivos, contribuindo assim para a difusão da virtude e da verdade, e assim tornarem patente a diferença entre a aplicação deste instrumento para a difusão da falsidade e a sua aplicação na difusão da verdade.
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