Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK
A melhor das caridades é quando o crente dá ao seu irmão daquilo que ele mais aprecia. É uma qualidade difícil, excepto para aqueles que são piedosos e tementes a Deus. Outros distribuem géneros alimentícios com prazos de validades expirados ou artigos danificados, como forma de os verem livres deles. “Jamais alcançareis a virtude, a menos que façais caridade com o que mais apreciardes”. Cur’ane 3:92.
Não há mal nenhum dispensar roupas que já não usamos, mas que ainda se encontram em boas condições e que possam ser aproveitadas. A sinceridade e a bondade devem ser uma constante na distribuição da riqueza. A entrega do Zakat e do Sadaqa quebram o orgulho. Sheik Abdul Qádir Jilani (Rahmatulláhi Aleihi) expressou uma grande alegria ao saber que o seu espelho valioso tinha-se partido. O seu assistente timidamente disse: “o espelho fabricado na China, por acaso, quebrou-se”. Mas o Sheik acrescentou: “é bom! O meio de olhar para nós (com orgulho) quebrou-se”. In Faza’il –e- Sadaq’at. SubhanaAllah!
No Dia do Julgamento Final, todos prestaremos contas pelos nossos bens. A riqueza é permitida e é incentivada no islão, mas existem regras de como a adquirir e como a utilizar. Sempre existirão ricos e pobres. “Não é permitida a inveja excepto em 2 situações: a pessoa a quem Deus deu riqueza e ele a utiliza no bom caminho e a pessoa a quem Deus deu a sabedoria e que dá boas decisões em conformidade e transmite aos outros”. Relato de Ibn Massud em Bukhari. Deus responsabilizou os ricos para destinar uma parte da sua riqueza aos pobres, como forma de atenuar as desigualdades. “… E isso para que (as riquezas) não sejam monopolizadas pelos abastados dentre vós …”. Cur’ane 59.7.
Os abastados, piedosos e tementes a Deus, demorarão mais tempo a entrar no paraíso, pois terão de prestar contas de como obtiveram as fortunas e como as gastaram. Nadhla Ibn Ubaid al Aslami (Radiyalahu an-hu) relatou que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quando chegar o Dia do Juízo Final, todo o servo de Deus permanecerá de pé e não dará nenhum passo (la tazula), até que preste contas acerca de quatro questões:
1)- A sua vida, como a empregou:
2)- Do conhecimento obtido, o que fez com ele;
3)- a riqueza, como a obteve e como a gastou:
4)- O seu corpo, como o utilizou. Tirmizi.
A entrega do Zakat pode ser efectuada seguindo um dos calendários, o gregoriano ou o islâmico. Mas o melhor é seguir o calendário islâmico, no início de cada ano (no Mês de Muharram) ou então criar o hábito de entregar os valores durantes o Ramadan, um mês muito abençoado e com multiplicas recompensas. Pode também ser entregue por conta ao longo do ano e no final, fazer as contas e entregar a diferença. O TRABALHO DIGNIFICA O SER HUMANO. Omar Ibn Al-Khatab (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Se vocês fizerem Tawakkul a Allah Subhana Wataala, Ele sustentar-vos-á como Ele sustenta os pássaros que saem de manhã com o estômago vazio e regressam à noite com o estômago cheio”. At-Tirmizi. Sobre este hadice, Omar encontrou algumas pessoas e lhes perguntou o que faziam e eles respondiam de que faziam Tawakkul (não trabalham e esperam a graça de Deus). Omar lhes disse: “Vocês são mentirosos, não têm Tawakkul, porque quem tem Tawakkul é aquele que planta a semente (que trabalha) e depois confia em Allah”. Al-Hákim. Deus garantiu a todos os seres vivos o Rizk (sustento), mas incentiva a procura do mesmo.
Há certas pessoas que ganharam o hábito de viver da caridade e de donativos. Não trabalham por preguiça, apesar de serem fisicamente capazes. Para além de terem em casa bens essenciais para viverem condignamente, ainda possuem outros bens que se podem considerar supérfluos, dadas as suas condições de pedintes.
Preferem ficar à espera da ajuda em vez de irem à procura do trabalho. O Islam é contra a preguiça e enaltece o trabalho. Todos devem participar ativamente no desenvolvimento dos seus países ondem vivem, independentemente de serem lá originários ou não. Outros com a intenção de procurar melhores condições para as suas vidas, emigram para outros países, mas acabam por ficar “contagiados” pelos benefícios sociais, acomodam-se e nada produzem, a não ser críticas aos países que os acolheram.
In Sha Allah, Se Deus quiser, o tema continuará no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”.14:41.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
06/11/2014
abdul.manga@gmail.com
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