quinta-feira, março 29, 2012

A Falácia Histórica da Expiação Paulo de Tarso e o Conceito de Salvação no Cristianismo

Por Aisha Brown www.islamreligion.com 

Salvação pode ser definida como libertação do pecado e suas punições; o caminho para salvação, entretanto, varia de uma religião para outra. No Cristianismo, a salvação é obtida através da doutrina da Expiação Vicária. Uma vez que no Cristianismo a natureza humana é considerada desobediente e pecadora, essa doutrina afirma que Jesus “prestou satisfação plena” a Deus pelos pecados do homem através de sua morte e ressurreição. Em resumo, Jesus tomou nosso lugar e sua morte nos absolveu de nossos pecados.

Isso contraria o que é encontrado no Torá (Livro Sagrado dos Judeus), onde Deus diz: “... cada qual morrerá por seu próprio pecado.” (Deuteronômio 24:16)

A questão de Jesus, como salvador da humanidade, é refutada no Alcorão, onde Deus diz que Ele “... obliterou-lhes os corações, por causa de suas perfídias... E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado...” (Alcorão 4: 155-157)

Salvação de Acordo com Jesus

Em nenhum lugar nos quatro evangelhos Jesus afirmou explicitamente que morreria para salvar a humanidade do pecado. Quando foi abordado por um homem que perguntou o que ele poderia fazer para obter vida eterna, Jesus disse a ele para manter os Mandamentos (Mateus 19:16,17); em outras palavras, obedecer a Lei de Deus. A uma pergunta semelhante feita por um advogado, como registrado no evangelho de Lucas, Jesus disse para amar a Deus e ao próximo (Lucas 10:25-28).

O papel de Jesus é deixado claro no Alcorão onde Deus diz:

O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam; ...Observa como lhes elucidamos os versículos e observa como se desviam da verdade.” (Alcorão 5: 75)

A missão de Jesus não era, portanto, estabelecer um método novo de obter a salvação, menos ainda fundar um novo sistema de crença; como até a Bíblia destaca, Jesus buscava apenas remover dos judeus a ênfase no ritual e levá-los de volta à virtude (Mateus 6:1-8).

Paulo de Tarso

Para a origem da doutrina da expiação, não se deve ir aos ensinamentos de Jesus, mas sim às palavras de Paulo, o verdadeiro fundador do Cristianismo; em ensinamentos dos atuais termos e práticas cristãos.

Como muitos judeus, Paulo não estava acostumado aos ensinamentos de Jesus, e ele próprio perseguiu os seguidores de Jesus por suas crenças não convencionais. Esse perseguidor zeloso se tornou um pregador ardente, entretanto, através de uma conversão repentina por volta de 35 EC. Paulo alegou que um Jesus ressuscitado apareceu para ele em uma visão, escolhendo Paulo como instrumento para levar seus ensinamentos aos gentios (Gálatas 1:11, 12: 15, 16).

A credibilidade de Paulo em qualquer âmbito é questionável, entretanto, quando consideramos que:

 (1) existem quatro versões contraditórias de sua suposta “conversão” (Atos 9:3-8; 22: 6-10; 26: 13-18; Gálatas 1:15-17);

(2) a Bíblia diz em passagens como Números 12:6, Deuteronômio 18:20 e Ezequiel 13:8-9, que revelações vêm SOMENTE de Deus e;

(3) relatos de numerosos desentendimentos entre os outros discípulos e Paulo com relação aos ensinamentos, como registrado em Atos.

Experiência e observação ensinaram a Paulo que pregar entre os judeus não era viável; ele, portanto, escolheu os não-judeus. Ao fazê-lo, entretanto, Paulo desconsiderou um comando direto de Jesus contra pregar para outros que não os judeus (Mateus 10:5-6). Em resumo, Paulo colocou de lado os ensinamentos verdadeiros de Jesus em seu desejo de ser um sucesso.

A Influência Pagã

Entre os pagãos do tempo de Paulo havia uma grande variedade de deuses. Embora esses deuses tivessem nomes diferentes e fossem adotados por povos de diferentes áreas do mundo – Adônis da Síria, Dionísio da Trácia, Átis da Frígia, por exemplo – o conceito básico em cada culto era o mesmo: esses filhos de deuses morreram de mortes violentas e ressurgiram para salvar seu povo.

Uma vez que os pagãos tinham um salvador tangível – deuses em suas antigas religiões, eles não queriam menos da nova; eles não eram capazes de aceitar qualquer tipo de divindade invisível. Paulo fez muitas acomodações, pregando que um salvador chamado Jesus Cristo, o filho de Deus, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade do pecado (Romanos 5:8-11; 6:8-9).

A própria Bíblia aponta o erro do pensamento de Paulo. Embora cada um dos quatro evangelhos contenha um relato da crucificação de Jesus, esses relatos são estritamente boatos; nenhum dos discípulos de Jesus foi testemunha, porque o abandonaram no Jardim (Marcos 14:50).

No Torá, Deus diz que aquele que é “pendurado em uma árvore” - crucificado – é “amaldiçoado” (Deuteronômio 21:23). Paulo contornou isso dizendo que Jesus se tornou amaldiçoado para assumir os pecados do homem (Gálatas 3:13); ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado a própria Lei de Deus.

A ressurreição, na qual Paulo diz que Jesus “superou” a morte e os pecados para a humanidade (Romanos 6: 9-10), desempenha um papel tão importante que aquele que não acredita nela não é considerado um bom cristão (1 Coríntios 15:14). 

Aqui, também, a Bíblia oferece pouco suporte às noções de Paulo; primeiro, além de não existirem testemunhas para a ressurreição, todos os relatos pós-ressurreição são contraditórios sobre quem foi ao túmulo, o que aconteceu lá e até sobre onde e para quem Jesus apareceu (Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20).

Segundo, embora o Cristianismo afirme que o corpo depois da ressurreição estará em uma forma espiritual (1 Coríntios 15:44), Jesus obviamente não havia mudado, porque ele comeu com seus discípulos (Lucas 24:30, 41-43) e permitiu que eles tocassem suas feridas (João 20:27). Finalmente, como o filho divino de Deus no Cristianismo, é dito que Jesus compartilha doas atributos de Deus; ninguém pode deixar de se admirar, entretanto, com a possibilidade de Deus morrer...

Em seu desejo de ganhar almas entre os pagãos, Paulo simplesmente retrabalhou uma variedade de crenças pagãs principais para montar o esquema cristão de salvação. Nenhum profeta – incluindo o próprio Jesus – ensinou esses conceitos; eles são de inteira autoria de Paulo.

O Sacrifício Supremo e o Pecado Original

O Sacrifício Supremo
Acostumados por muito tempo a fazerem sacrifícios aos seus deuses, os pagãos compreenderam facilmente a noção de Paulo de que Jesus foi o “sacrifício supremo” cujo sangue lavou os pecados. Uma cerimônia comum durante essa época em vários cultos do Oriente Médio, como os de Átis e Mitras, era a do “taurobólio”: uma pessoa descia em um poço coberto com uma grelha sobre o qual um touro (ou carneiro), dito como representando a própria divindade pagã, era então abatida cerimonialmente. Ao cobrir-se com o sangue, dizia-se que a pessoa no poço havia “renascido” com seus próprios pecados lavados.

Vale mencionar que os judeus tinham aberto mão de sacrifícios em 590 antes da Era Comum, depois da destruição de seu Templo. As noções de Paulo, conseqüentemente, estavam em contradição direta tanto com os ensinamentos do Velho Testamento (Oséias 6:6) quanto com os ensinamentos do próprio Jesus (Mateus 9:13), que enfatizou como Deus desejava boas virtudes, não sacrifícios.

Embora Paulo enfatizasse que o “amor” de Deus estava por trás do sacrifício de Jesus (Romanos 5:8), a Doutrina da Expiação mostra uma divindade rígida que só se satisfaz com o assassinato de seu filho inocente. Paulo estava completamente sem base aqui, porque o Velho Testamento está cheio de referências ao amor e misericórdia de Deus em relação ao homem (Salmos 36:5, Salmos 103:8-17) revelado através de Seu perdão (Êxodos 34: 6,7; Salmos 86:5-7), do qual até Jesus falou (Mateus 6:12).

A influência pagã no Cristianismo se estende até seu símbolo sagrado. Embora Paulo chame a cruz de Jesus de “o poder de Deus” (1 Coríntios 1:18), trabalhos de referência como a Enciclopédia Britânica, o Dicionário de Símbolos, A Cruz em Ritual, Arquitetura e Arte destacam que a cruz era usada como um símbolo religioso séculos antes do nascimento de Jesus. Baco da Grécia, Tammuz de Tiro, Bel de Caldéia, e Odin da Noruega são apenas uns poucos exemplos de deuses pagãos antigos cujo símbolo sagrado era uma cruz.

Pecado Original
Central para a Doutrina da Expiação é a noção de Paulo de que a humanidade é uma raça de malfeitores, que herdou de Adão seu pecado em comer do fruto proibido. Como resultado desse Pecado Original, o homem não pode servir como seu próprio redentor; boas obras não têm valor, diz Paulo, porque mesmo elas não podem satisfazer a justiça de Deus (Gálatas 2:16).

Como resultado do pecado de Adão, o homem está predestinado a morrer. Através de sua morte, entretanto, Jesus recebeu a punição que era do homem; através de sua ressurreição Jesus venceu a morte, e a virtude foi restaurada. Para obter a salvação um cristão só precisa ter fé na morte e ressurreição de Jesus (Romanos 6:23).

Apesar de sua posição proeminente no Cristianismo, a noção de um “pecado original” não é encontrada entre os ensinamentos de qualquer profeta, inclusive Jesus. No Velho Testamento Deus diz: “...o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho, ...” (Ezequiel 18:20-22). A responsabilidade pessoal também é enfatizada no Alcorão, onde Deus diz: “De que nenhum pecador arcará com culpa alheia? De que o homem não obtém senão o fruto do seu proceder? (Alcorão 53:38-39)

A doutrina do pecado original deu a Paulo os meios para justificar influência pagã em seu esquema de salvação. A irresponsabilidade se tornou a marca do Cristianismo através dessa doutrina, porque ao “transferir” os pecados para Jesus, os seguidores não assumem responsabilidade por suas ações.

Salvação no Islam
Por volta do século 7 as doutrinas concebidas por Paulo tinham sido embelezadas a ponto de o Cristianismo ser uma religião quase que inteiramente feita pelo homem. Nesse momento Deus escolheu enviar Muhammad como Seu Mensageiro Final, para esclarecer as coisas de uma vez por todas para a humanidade.

Uma vez que Deus é Todo-Poderoso, Ele não precisa da charada inventada pelos cristãos para perdoar o homem. No Alcorão Deus diz que todos nós somos criados em um estado de bondade (30:30); Ele não sobrecarregou o homem com qualquer “pecado original”, tendo perdoado Adão e Eva (2:36-38; 7:23,24) como Ele nos perdoou (11:90; 39:53-56).

Como somos todos pessoalmente responsáveis por nossas ações (2:286; 6:164), não existe necessidade de um salvador inventado pelo homem no Islã; a salvação vem de Deus somente (28:67).

Assim o Islã buscou restaurar o verdadeiro significado do monoteísmo, porque no Alcorão Deus pergunta: 

“E quem melhor professa a religião do que quem se submete a Deus, é praticante do bem e segue a crença de Abraão, o monoteísta?” (Alcorão 4:125; 41:33)

A Religião de Homens
A evidência de que o conceito de salvação no Cristianismo – sua Doutrina da Expiação Vicária – não veio de Deus mas do homem, via rituais e crenças pagãos, é esmagadora.

Paulo efetivamente desviou o centro de adoração de Deus ao dizer que Jesus era o agente divino de sua salvação (Gálatas 2:20). Ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado todos os ensinamentos dos profetas de Deus e até o conceito de monoteísmo em si, uma vez que Deus no Cristianismo precisa de Jesus para ser Seu “ajudante” divino.

Examine Melhor
Com a própria salvação em jogo, os cristãos deviam examinar melhor o que acreditam e por que. Deus diz no Alcorão:

Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus... sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. e Deus é mais do que suficiente Guardião.” (Alcorão 4:171)

Observação: Essa matéria visa um olhar, sobre como antigas crenças pagãs, se inseriram no Cristianismo através de Paulo de Tarso. Incluída, também, a menção da história do pecado original e salvação a partir de uma perspectiva islâmica. 

Sábit b. Cais al Ansari Mais um Companheiro do Profeta SAAS !

Bismillah Arahmani Rahim!
O Sábit b. Cais foi um dos chefes proeminentes da tribo dos Al Khazraj, bem como um dos mais nobres homens da cidade de Yaçrib (Hoje Madinah)  Era brilhante, intuitivo, eloqüente, e possuia uma bela voz. Era um orador marcante que podia cativar a audiência e sobressair-se a todos os competidores.

Em adição, foi um dos primeiros yaçribenses a se converterem ao Islam. Seu coração foi tomado pelo Alcorão, desde a primeira vez que o ouviu ser recitado por um pregador maquense, o Musab b. Umayr. Os magníficos ritmos do Alcorão, o brilho dos seus significados, a profundidade da sua diretriz e a verdade dos seus ensinamentos eram recebidos por ele como a chuva é recebida por um solo sedento. Foi da vontade de Deus o fato de que o Sábit b. Cais abrisse imediatamente o seu coração para a fé; e Ele o levou à proeminência, fazendo com que o Companheiro em questão jurasse sua aliança ao Profeta Mohammad (SAAS).

Quando o Profeta (SAAS) empreendeu a hijra (Hijra (Hégira) = migração. Hégira foi a histórica migração feita pelos primeiros muçulmanos, de Makka, seus lares, para Madina, onde se assentaram para praticarem suas crenças com liberdade e dignidade) para Madina, o Sábit b. Cais foi um dos que faziam parte dum grande grupo de guerreiros montados que se adiantaram para dar a ele uma recepção honrosa. Na apresentação de boas-vindas ao Profeta (SAAS) e seu companheiro, Abu Bakr al Siddik, o Sábit b. Cais se pôs à frente para fazer um discurso. Ele começou tecendo louvores e dando graças a Deus, e orando pela paz e bênção sobre o Seu Profeta. Terminou o discurso, dizendo:

“Ó Mensageiro de Deus, nós nos compromissamos a te defender como nos defendemos a nós mesmos, nossas mulheres e nossas crianças. Qual irá ser a nossa recompensa por isso?”

“O Paraíso”, respondeu o Profeta (SAAS).

Logo que as pessoas ouviram a palavra “Paraíso”, exultaram. Tendo os rostos a brilharem de alegria, declararam:

“Estamos muito felizes com tal recompensa, ó Mensageiro de Deus, muito felizes mesmo!”

Daquele dia em diante, o Profeta (SAAS) fez do Sábit b. Cais o seu discursador oficial, assim como o Hassan b. Sábit era o seu poeta (A primitiva forma de arte dos árabes foi a literatura, cujas páginas eram recitadas extemporaneamente, e transmitidas de memória. Essa tradição oral permaneceu em vigor por séculos) oficial. Quando as delegações de beduínos chagavam para competir com ele na jactância das suas glórias tribais ou na demonstração dos seus dotes de eloquência em oratória e poesia, o Profeta (SAAS) designava o Sábit b. Cais para competir com os oradores, e o Hassan b. Sábit para bater os poetas.

Sábit b. Cais era um crédulo profundamente reverente com um intenso respeito pelo seu Senhor e grande temor a Ele. Era ainda muito circunspecto, evitando qualquer coisa que fosse desagradar o Todo-Poderoso Deus.

Um dia, o Profeta o viu num terrível estado. Parecia entristecido, arrasado e temeroso, por isso lhe perguntou:

“Qual é o problema, ó Abu Mohammad?" (Abu Mohammad – “pai de Mohammad”. Era, e ainda é, muito comum os árabes tratarem uns aos outros pelos seus patronímicos, numa demonstração de respeito)

“Temo que arruinei a minha Vida Futura!” respondeu o Sábit b. Cais.

“Por que?” perguntou o Profeta (SAAS).

“O Todo-Poderoso Deus nos proíbe o amar sermos louvados por coisas que fizemos, e eu acho que amo o louvor; e Ele nos proíbe a vaidade, e eu acho que amo a pompa!” respondeu Sábit.

O Profeta (SAAS) argumentou com o Sábit, fazendo-o ver que não era nem arrogante nem vanglorioso, até que, por fim, perguntou ao Sábit:

Será que ficarás feliz se eu te disser que irás viver sendo louvado por todos, e que irás morrer como mártir, e entrar no Paraíso?”

Aquela profetização encheu o Sábit de deleite, e ele respondeu, exultante:

“Certamente que ficarei, ó Mensageiro de Deus, certamente que ficarei!”

“Pois esse irá ser o teu futuro”, disse o Profeta (SAAS).

Entre os versículos revelados por Deus, está o seguinte:

“Ó crentes, não altereis as vossas vozes acima da voz do Profeta, nem lhe faleis em voz alta, como fazeis entre vós, para não tornardes sem efeito as vossas obras, involuntariamente” (49:2).

Após o Sábit b. Cais ouvir aquilo, deu-se à reclusão, e passou a evitar a companhia, em público, do Mensageiro de Deus (SAAS), muito embora o amasse profundamente, e fosse muito apegado a ele. Passou a não sair da sua casa para nada, a não ser para realizar as orações rituais na mesquita. Depois de um certo tempo, o Profeta (SAAS) passou a notar a ausência dele, e perguntou se alguém podia verificar o que estava acontecendo com ele. Um homem dos Ansar se voluntariou a fazer aquilo, e foi a casa do Sábit, encontrando-o deprimido e melancólico. Perguntou-lhe:

“Qual é o problema, ó Abu Mohammad?”

“Algo terrível!” respondeu Sábit.

“Que poderia ser?” perguntou o homem.

“Tu sabes que eu tenho uma voz profunda e marcante”, disse o Sábit, “e minha voz quase sempre encobre a voz do Mensageiro de Deus (SAAS). Tu sabes o que foi revelado no Alcorão. Assim, apenas posso concluir que as minhas possíveis boas obras tenham sido em vão, e que irei ser uma das pessoas do Fogo do Inferno.”

O homem voltou para o Profeta (SAAS) e o informou sobre o que havia visto e ouvido na casa do Sábit b. Cais. Então o Profeta (SAAS) disse a ele:

“Vai novamente a ele, e dize-lhe isto:

‘Tu não és uma das pessoas do Fogo; outrossim és uma das pessoas do Paraíso.’”

Aquela feliz ponta de notícia que o Profeta (SAAS) transmitiu ao Sábit foi como uma fonte de júbilo e de esperança para ele, para o resto da sua vida. Ele ia para a guerra ao lado do Mensageiro de Deus (SAAS) em todas as batalhas ; só não foi para a batalha de Badr. Sempre se arremessava aos mais ferozes duelos na esperança de obter o martírio prometido a ele pelo Mensageiro de Deus (SAAS). Embora, às vezes, parecia que ele estava a uma braça de atingir a sua sina, esta sempre o decepcionava.

Mais tarde, durante a autoridade do primeiro califa, Abu Bakr al Siddik, aconteceram as guerras de ridda (Ridda – apostasia, ou seja, a pessoa deixar deliberadamente de lado o Islam, após tê-lo aceito de seu próprio acordo) entre os muçulmanos e o falso profeta Musaylima. No tempo, o Sábit b. Cais era comandante das forças dos Ansar, ao passo que o Salim, o liberto de Abu Huzayfa, era o comandante das forças dos Muhajirn, e o Khalid b. al Walid era chefe do exército, na sua totalidade.

Em todas as batalhas, a vantagem e os trunfos sempre estiveram do lado do inimigo, o Musaylima. Naquela altura, a batalha se mostrava tão ruim para os muçulmanos, que as forças inimigas chegaram a irromper pelo acampamento do Khalid b. Walid. Os inimigos derrubaram a sua tenda, e quase mataram a mulher dele, a Umm Tamim.

O Sábit b. Cais havia visto o suficiente do enfraquecimento dos muçulmanos. O ouvi-los repreenderem-se e se culparem mutuamente encheu-o de frustração. Os beduínos culpavam os citadinos, dizendo que estes não sabiam comportar-se em batalha, ao passo que estes acusavam os beduínos de covardia. Aquilo era mais do que o Sábit podia suportar.

Então ele se untou com especiarias odoríferas, enrolou-se numa mortalha, postou-se onde todos o podiam ver, e anunciou:
“Muçulmanos, ouvi-me! Este não é o modo com que usávamos empreender a batalha quando estávamos com o Mensageiro de Deus! Que vergonha a maneira com que deixastes o inimigo se tornar intrépido contra vós! e que vergonha o modo como vos acostumastes à submissão perante ele!”

Então ele ergueu o olhar para o céu, e orou:

“Oh Deus, venho perante Ti, inocente quanto a heresia deste povo (querendo dizer, os inimigos); e venho perante Ti, inocente dos erros deste povo (querendo dizer, os muçulmanos)!”

Então ele se arremessou para a batalha, ombro a ombro com estes outros heróis: Al Bara b. Málik al Ansara, Zaid b. al Khattab, os irmãos do futuro califa Ômar b. al Khattab, e Salim, o liberto de Abu Huzayfa. Feito um leão caçador, o Sábit os dirigiu na batalha, lutando tão ferozmente, que chegou a reacender a bravura e o valor dos muçulmanos, e a encher de medo os corações dos seus inimigos. Ele duelava com os inimigos em todas as direções, lutando com todas as armas, e suportando um ferimento trás outro, até que foi vencido, e caiu no campo de batalha. Morreu com a satisfação de lhe haver sido concedido o martírio, tal como o seu querido amigo, o Profeta (SAAS), tinha predito, e satisfeito por ver que havia ajudado os muçulmanos a obterem a vitória que Deus lhes concedera. O Sábit estava usando uma valiosa cota de malha. Um dos muçulmanos passou perto do seu corpo, tirou-lhe a indumentária e a pegou para si. Na noite seguinte à sua morte, um dos soldados muçulmanos teve um sonho no qual viu o Sábit, que lhe disse:

“Eu sou o Sábit b. Cais; tu me reconheces?”

“Sim”, respondeu o homem.

“Tenho um legado a fazer, e quero que tu lhe dês andamento. Toma cuidado em dizeres que este é um sonho insignificante que não deve ser levado a sério. Depois que fui morto, ontem, um dos muçulmanos passou perto de mim”; disse o Sábit, que descreveu o homem, e continuou: “ele pegou a minha indumentária, levou-a para a sua tenda, na extremidade do acampamento, e a escondeu sob o caldeirão, cobrindo-a com uma sela. Vai ter com o Khalid b. al Walid, e dize-lhe:

“‘Manda alguém ir ter com o homem para pegar a minha indumentária. Ela ainda está onde ele a pôs.’

“E tenho outro legado a fazer. Toma cuidado em dizer que isto é apenas um sonho que não deve ser levado a sério. Dize para o Khalid:

“‘Quando fores ter com o califa do Profeta (SAAS), em Madina, dize-lhe que tenho uma dívida. Dize-lhe também que meus dois escravos estão livres. Certifica-te de que ele irá pagar a minha dívida e libertar os meus escravos.”

Quando o homem acordou, foi ter com o Khalid b. al Walid, e lhe contou sobre o sonho. Então o Khalid mandou alguém ir apanhar a indumentária, e eis que ele a encontrou no lugar descrito no sonho, e a levou de volta. Depois, quando o Khalid foi para Madina, contou para o califa a estória do Sábit b. Cais e dos seus legados. Abu Bakr al Siddik deu andamento aos legados, sendo que, desde aquela vez, jamais existiu outra pessoa que fizesse seu testamento após a sua morte, e cuidou para que ele fosse cumprido.

Que Deus esteja aprazido com o Sábit b. Cais, e lhe conceda felicidade, e lhe dê um lar no mais elevado céu!
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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Por: Mohamad ziad -محمد زياد

Torturas e perseguições ao crentes!

Em verdade, que Allah seja louvado. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e perdão. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro; Que a paz e bênçãos de Allah esteja com o Seu mensageiro, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro. Diz Allah em Seu Nobre Livro: “ Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos.”

Em verdade, a palavra mais verdadeira está no Alcorão. A melhor orientação é a de Mohammad (s). A pior coisa é a Bid`aa (A Inovação), que é uma heresia. E toda heresia é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

A demais! Queridos Irmãos e irmãs no Islam, Nessa khutba vamos observar que nada mudou desde que o profeta Muhamad (S) proclamou sua missão em publico. Bastou Ele anunciar que “Não há outra divindade a não ser Deus” que a inimizade, ódio e a barbaridade dos incrédulos ficaram evidente. Os coraixitas (o povo de Maca) achavam que o seu pão de cada dia dependia da defesa da idolatria, mas a voz da verdade já tinha chegado longe, varias pessoas já tinham aderido ao chamamento do Profeta (s). Mas outros se opuseram com unhas e dentes. 

Caros Irmãos e irmãs devemos saber que o caminho da divulgação do Islam não é um caminho fácil e repleto de flores; na verdade ele é um caminho de dificuldades e com espinhos .

Os chefes de Maca costumavam ficar sentados perto da Kaaba, uma vez o profeta Muhamad (s) entrou para fazer a oração e Abu Jahal quando o viu disse aos seus companheiros: “No local tal foi abatido um camelo, vão buscar as tripas desse animal, e ponham em cima da cabeça da Muhamad quando ele se prostrar”. Um deles Ucba Bin Abi Moit levantou-se, foi buscá-las e veio colocá-las em cima da cabeça do profeta quando ele encontrava-se prostrado. Com o peso das tripas na cabeça o profeta nem se podia movimentar. Os outros que estavam a assistir continuavam a rir até que apareceu a filha mais nova do profeta, Fátima (r), e removeu essa sujidade da cabeça do pai. Isso tudo era feito contra ele dentro do Haram, fora era pior, colocavam espinhos no caminho dele e de cima atiravam sujeira quando ele passava. Mesmo com esta oposição o numero dos crentes aumentava e o profeta nunca se lamentou contra ninguém. Pelo contrario orava a favor deles e tinha a convicção que Deus faria triunfar a verdadeira religião.

Apesar de tudo, o profeta Muhamad (S) continuou sua missão e o número de crentes ia aumentando gradativamente. Por outro lado as perseguições e agressões não cessavam. O profeta e os crentes foram muito maltratados, torturados e perseguidos e alguns mortos. A intenção dos incrédulos era tornar a vida dos crentes absolutamente insuportável. Mas Deus tornou-os firmes apesar de serem fracos e em menor numero .

Dentre os que foram torturados pela causa de Deus estão: Bilal Ibn Rabah, conhecido como muazin do profeta, nascido na Africa, era escravo de Umaia bin Khalaf. Quando Bilal se converteu, Umaia, no meio da tarde, no máximo do calor deixava o Bilal deitado de costas em cima da areia escaldante do deserto e colocava por cima dele uma pedra grande e em seguida dizia-lhe : “hás de permanecer assim até morrer ou então renegar a Muhamad “, mas em resposta ele dizia: “Ahad Ahad” que significa Uno Uno a referir-se a Deus. E quando não havia sol, amarravam-lhe uma corda no pescoço e entregavam-lhe para as crianças para arrastá-lo pelas ruas de Maca, ate que um desses dias estava passando no local Abu Bakr que ao ver aquilo disse a Umaia: “ Oh Umaia, tu não temes a Deus no que diz respeito a esse pobre?

Até quando vais castigá-lo?”. Umaia respondeu: “Vos é quem o corrompeu, agora salvai-o daquilo que estais a ver“. Abu Bakr pagou- lhe o preço e libertou Bilal fazendo isso somente para agradar a Deus.

Também dentre os que foram massacrados e torturados na causa de Deus estão Ammar Ibn Yasser, seu pai Yasser e sua mãe Sumaia. Eles eram castigados com fogo em publico só porque tinham convertido ao Islam. Certa vez o profeta (s) viu-os sobre tortura e tentava tranqüilizá-los ao dizer: “ Paciência... Paciência... Ó família de Yasser porque o vosso lugar prometido é o Paraíso” , e orava por eles. O pai e a mãe não suportaram o castigo e morreram; ao filho batiam tanto até desmaiar.

O profeta Muhamad (s) foi oprimido e torturado e viu seus companheiros serem massacrados e torturados, mesmo assim, por mais que isso lhe causava dor jamais abandonou a divulgação do Islam até estabelecer um governo justo, que respeita o direito de livre credo religioso. 

Caros irmãos e irmãs; Ontem, Abu Jahl atacou o Profeta(s) e quis impedir a propagação e manifestação da fé. Hoje atacam os muçulmanos e os taxam de atrasados, terroristas, etc. temendo a propagação do Islam sendo que o Islam é a solução para o mundo.

Ontem, os muçulmanos, representados pela pessoa do Profeta Muhammad(s) e seus companheiros não se abateram com as insinuações e ataques e fizeram a religião chegar ao oriente e ocidente, hoje somos nós que faremos insha Allah! 

Hoje, estamos aqui, para fazer ecoar a verdade dizendo: “Chega desta falsa guerra contra o terrorismo.” E estamos aqui para dizer que o Islam prega a paz, e que os muçulmanos são, foram e sempre serão amantes da paz. E esclarecemos ainda, que se entramos em guerra é pela paz e pela justiça. E nós muçulmanos, não combatemos se não os que nos massacram, os que são injustos conosco e os que tomam nossas terras, lutamos contra os que não respeitam a santidade das mesquitas e das escolas e dos hospitais. Esclarecemos que é obrigação do muçulmano se defender, como qualquer outro povo injustiçado, é sua obrigação defender seu lar, sua família, sua nação. E a maior prova de que os muçulmanos são amantes da paz é que nós não participamos das duas grandes guerras mundiais onde juntas mais 75 milhões de pessoas foram mortas, e 28 milhões ficaram mutilados, e culminou com duas bombas nucleares. As duas grandes guerras por acaso não foram atos de terrorismo contra a humanidade? A verdade é que a nação muçulmana foi vitima deste verdadeiro terrorismo, que resultou na queda do Kalifado na primeira guerra mundial e na segunda guerra foi dividida a nossa nação. Foi dividida como espolio de guerra. A nação muçulmana até então, era um povo unido pela língua do sagrado Alcorão e pelo credo O Islam. E para piorar nossa situação, mais adiante foi nos arrancado a força uma parte do nosso santo território para criação do estado sionista de Israel. Foi nos arrancado a Palestina. E isto é o olho do terrorismo.

Este é o fato, este é o verdadeiro terrorismo que muitos tentam mascarar. Ua Salamu Alaikum!

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“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

1º de Abril - Famoso Dia da Mentira!

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 26.03.2012 
Em países onde a influência pagã é bastante forte, sempre que se aproxima o dia 1 de Abril, comemora-se o chamado “Dia da Mentira”

Mas quem terá instituído esta satânica tradição? 
O Isslam não aprova tal prática por se tratar de uma exaltação à mentira, e esta ser, quaisquer que sejam as circunstâncias, contrária aos seus princípios. A mentira é condenável seja qual for a forma ou o objetivo que possa levar a pessoa a não ser verídica, ainda que seja a brincar. 

O mentir traz consequências más. O Profeta Muhammad S.A.W. disse: Apegai-vos com força à verdade, pois ela guia-vos para a virtude, e a virtude guia-vos para o Paraíso. E a pessoa fica a falar verdade até tornar-se numa pessoa verdadeira”. 

Neste aforismo do Profeta S.A.W., ele explica que há um objetivo para a veracidade, que é a virtude que nos leva ao Paraíso. 

Uma pessoa verídica é tida com respeito entre as pessoas, tanto nesta vida como também depois da sua morte. Ela torna-se objecto da sua confiança e elogios, e as pessoas suplicam (fazem duã) a Deus para que tenha misericórdia dela depois da sua morte. 

Tenhamos cuidado com a falsidade na forma como lidamos com as pessoas. Devemos ser sempre verídicos e nunca devemos mentir, seja a que pretexto for, pois mentir é uma das qualidades dos hipócritas. 

E consta no Al-Qur’án, no Cap. 63, Vers. 1: 
Deus testemunha que os hipócritas são mentirosos”. 

O Profeta diz: “A mentira leva à maldade; a maldade leva à perversidade; e a perversidade leva ao Inferno. A pessoa fica falando mentira até ser registada por Deus como mentirosa”. 

O mentiroso tem um espírito baixo, pois perante Deus ele é conotado com a falsidade. Como é que uma pessoa pode sentir alguma paz mental quando perante Deus é rotulada de mentirosa? 

As pessoas sempre duvidam do mentiroso, pois regra geral suspeitam das suas afirmações e transações. Chegam até a falar mal dele mesmo depois da sua morte. O Profeta Muammad S.A.W. diz: “Existem três sinais de um hipócrita: 1)quando fala mente; 2)quando discute insulta; e 3)quando promete não cumpre”. 

No Al-Qur’án, Cap. 22, Vers. 30, Deus menciona a falsidade como estando ligada à idolatria quando diz: 
“Evitai (completamente) a imundície (adoração) dos ídolos, e evitai a palavra da falsidade”. 

Sabendo tudo isto, será que é apropriado para algum crente, adotar a mentira nesse dia (1 de Abril) ou mesmo nos restantes dias do ano? Nem mesmo os descrentes (Káfr) sérios tomam a mentira como seu estilo de vida. 

Alguns crentes fracos acham não haver nenhum problema em falar mentira na brincadeira, desde que tal não prejudique ninguém, e não leve à violação dos direitos dos outros. Mas essas pessoas estão erradas, pois tudo isso não passa de desculpas falsas, numa tentativa de se enganarem a si mesmas. 

Como quaisquer outros pecados, quando se mente uma vez, torna-se fácil de seguida continuar a mentir, e assim ir-se mentindo até tornar-se num mentiroso, e a mentira tornar-se parte do instinto do mentiroso. 

A mentira é proibida em todas as religiões, seja em que circunstâncias for, mesmo que tal não atente contra os direitos dos outros. Mas caso a mentira esteja ligada à usurpação ilícita dos direitos dos outros, ainda que seja algo insignificante, o pecado daí decorrente é mais grave, pois duplica. 

Há pessoas que mentem por tal lhes proporcionar algum prazer, para entreterem os amigos à sua volta, ou mesmo para enganar as crianças. Isso também é condenado no Isslam. 

Hoje em dia as nossas vidas estão mergulhadas na mentira. São muitos os políticos, os comerciantes, os trabalhadores, os patrões, os pais, os filhos, os professores, os empreiteiros, etc., que mentem. 

Será que mesmo assim ainda precisamos de mais um “Dia de Mentira”? Acho que nestas circunstâncias ,o mais ideal seria que instituíssemos um “Dia da Verdade” em que todos nós nos abstivéssemos de mentir, e falássemos apenas verdade. Portanto, devemos temer a Deus, abstendo-nos de mentir. 

Qualquer religião é representada pelos seus seguidores. Se os seguidores de alguma religião não se abstiverem de mentir, de imitar cegamente os outros, de se apoderarem das coisas dos outros de forma ilícita, então onde iremos encontrar os verdadeiros religiosos com as características ordenadas pela religião? 

Quão vergonhoso é para aqueles que seguem os passos dos que estão destinados a arruinar-se! 

Deus diz no Al-Qur’án, Cap. 9, Vers. 119: 

Ó crentes! Temei a Deus e ficai ao lado dos verdadeiros”.

terça-feira, março 27, 2012

A Fraternidade por Allah

Louvado seja Allah. Nós O louvamos, pedimos Sua ajuda e diretriz. Pedimos refúgio em Allah contra os malefícios das nossas almas e as maldades das nossas ações.. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros. Prestamos testemunho de que Mohammad é Seu servo e mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como a seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Quem examinar a realidade da comunidade islâmica verifica que há um despertar dos muçulmanos, o retorno ao Islam e a orientação para a prática do bem. Apesar disso, verifica também que a comunidade está enfraquecida, principalmente no Brasil, em que vemos o enfraquecimento em muitos aspectos.

Esse enfraquecimento aconteceu pelo fato da comunidade ter negligenciado o segredo de sua unidade e de sua força: A fraternidade islâmica.

O Profeta (S) tinha todo o cuidado com a fraternidade entre os muçulmanos, porque conhecia o segredo dessa fraternidade. O Profeta (S) irmanou em Makka, entre Hamza, o coraixita, e Salman, o persa. Entre Bilal, o abissínio, e Suhaib, o romano, e Abu Zar AL Ghafári. Todos declamaram:

Não tenho pai além do Islam

Se se vangloriarem de Kaiss ou Tamim.

Allah, Ta’ála, diz: “Sabei que os crentes são irmãos uns dos outros; reconciliai, pois, os vossos irmãos, e temei a Allah, para receberdes misericórdia” (49:10)

A fraternidade está vinculada à fé e dela não se separa. A verdadeira fé necessita de uma fraternidade verdadeira, e esta é a fraternidade dos crentes, sem nenhum interesse.

Depois que o Profeta (S) irmanou entre os muçulmanos em Makka, a segunda etapa aconteceu entre os habitantes de Madina, das tribos de Aus e Khazraj, depois de longas lutas e guerras entre ambas. A terceira etapa aconteceu quando o Profeta (S) irmanou entre os Muhajirin (migrantes) e Ansar (habitantes de Madina), num dia famoso, cujo igual a humanidade nunca conheceu. Durante esse dia os corações se irmanaram e os espíritos se mesclaram.

Por exemplo: o Profeta (S) irmanou entre Abdel Rahman Ibn Auf e Saad Ibn Ar Rabi’ (R). Este era muito rico. Ele disse a Abdel Rahman: “Esta é a minha fortuna, vou dividi-la em duas partes. Tenho duas esposas, vou liberar uma para você casar com ela.” Abdel Rahman Ibn Auf lhe disse: “Que Allah abençoe a sua fortuna e as suas esposas. Desejo apenas que me indique o mercado para que eu possa praticar o comércio.”

Quem faria isso nos dias de hoje?

Existem em nossa comunidade muçulmanos que não são caritativos com seus parentes, não se preocupam com eles nem os ajudam. Se algum emigrante chega algum país, e tiver parentes no Brasil, muitos não ficam satisfeitos com a sua chegada, nem o ajudam, deixando-o transtornado, dizendo que não encontrou ninguém que o ajudasse. Onde está a fraternidade islâmica?

A fraternidade pelo amor a Allah é uma dádiva de Allah para com os crentes. É a fraternidade vinculada a Allah. Ele diz: “Ó crentes, temei a Allah, tal como deve ser temido, e não morrais, senão como muçulmanos. E apegai-vos, todos, ao vínculo de Allah e não vos dividais; recordai-vos das mercês de Allah para convosco, porquanto éreis adversários mútuos e Ele conciliou os vossos corações e, mercê de Sua graça, vos tornastes verdadeiros irmãos; e quando estivestes à beira do abismo infernal, (Allah) dele vos salvou. Assim, Allah vos elucida os Seus versículos, para que vos guieis” (3:102-103).

E diz: “E ainda que tivesses despendido tudo quanto há na terra, não terias conseguido conciliar entre os seus corações; porém, Allah o conseguiu, porque é Poderoso, Prudentíssimo” (8:63).

Disso se manifesta a grandeza da dádiva de Allah sobre os muçulmanos por ter conciliado entre os seus corações no caminho da fé e do Islam.

Por isso, irmãos muçulmanos: convoco a todos para conhecerem a realidade da fraternidade por Allah, pois é a fraternidade permanente neste mundo e no Outro. Apegam-se ao vínculo de Allah e se unam entre vocês com o vínculo da fé.

Sabedoria: Uma gota com outra formam o rio. O tostão com o tostão formam fortuna, uma folha de  papel com o outra formam o livro, a hora com a hora formam a vida.”

Portanto, aproveitem a vida e as horas na obediência a Allah.

Que Allah os abençoe e aos seus familiares,

amém.
 
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

O Verdadeiro Amor por Allah !

Em Nome de Allah, O Misericordioso, Misericordiador! 

Louvado seja Allah, Senhor do Universo, e que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre o mais honrado dos Profetas e Mensageiros, o Profeta Muhamad, com seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o dia do Juízo Final. Amin!

Amor por Allah 

Você ama Allah? Se perguntarmos a qualquer muslim: Você ama a Allah? Certamente dirá que sim. Todo mundo diz que ama a Allah SWT, mas Allah nos colocou em um teste e nos colocou a prova quanto ao nosso amor por Ele, e esse teste está em um versículo do Quran al Karim que diz: 

Dize-lhes: Se vossos pais, vossos filhos, vossos irmãos, vossas esposas, vossa tribo, os bens que tenhais adquirido, o comércio, cuja estagnação temeis, e as casas nas quais residis, são-vos mais queridos do que Allah e Seu Mensageiro, bem como a luta por Sua causa, aguardai, até que Allah venha cumprir os Seus desígnios. Sabei que Ele não ilumina os depravados.”( sura At Taubah)

Se estas 8 coisas forem para ti mais amada do que Allah, Seu Mensageiro e a Jihad pela sua causa , tema por ti mesmo, pois Allah chamou a estes de “depravados”. Então, é o mesmo que dizer que se essas coisas são mais amadas por ti do que Allah, fique certo que alcançará o Seu castigo.

Isso não quer dizer que não devemos amar a essas coisas, pelo contrário, devemos, mas jamais acima de Allah SWT.

Allah deve ser o maior amor em nosso coração. Ainda existe algo ou alguém ao qual seu coração nutra amor nem que seja 1 fio a mais do que a Allah?

Allah, SWT, diz no Quran Al Karim: 

"Entre os humanos há aqueles que adotam, em vez de Allah, rivais (a Ele) aos quais professam igual amor que a Ele; mas os fiéis só amam fervorosamente a Allah." (Alcorão 2:165)

Ou seja, se você ama a qualquer pessoa ou coisa mais do que ama a Allah, ou igual, estarás adotado um rival contra Allah, pois o amor por Allah não pode ser comparável ou igual ao amor a qualquer outra coisa. Allah deve ser o número 1 em seu coração, sem sombras de dúvidas. 

Por exemplo, preferir a vontade de uma pessoa à vontade de Allah, ou temer uma pessoa mais do que a Allah, ou amar uma pessoa mais do que a Allah, tudo isso significa associar um parceiro a Deus. Estas são as modalidades de idolatria que o Alcorão salienta nesse versículo. A razão mais importante que leva à idolatria é o sentimento de "amor" dirigido a outros. Os fiéis dirigem seu amor única e exclusivamente a Allah, ao passo que os idólatras amam a si mesmos, ou a outras pessoas, porque não têm uma relação íntima com Allah. Essas pessoas podem ser seus pais, seus filhos, irmãos, esposas, maridos ou quaisquer outras pessoas. Este amor também pode estar voltado para objetos inanimados tais como dinheiro, propriedades, casa, carro. Qualquer coisa, ou posição, ou prestígio pode ser objeto de idolatria.

Portanto, Allah é Aquele que merece todo o nosso amor, porque é Ele quem possui toda a superioridade e excelência. Conseqüentemente, quando dedicamos nosso amor a uma pessoa ou coisa, na verdade estamos transformando aquela pessoa ou coisa em nosso deus, um falso deus, e adorando-o ao lado de Allah.

Da mesma forma os pecados, se determinado pecado for amado por ti mais do que a decisão de Allah, estarás colocando adversários a Allah, uma vez que se você ama realmente Allah Ele deve estar acima disso.

Vejamos bem, Allah nesse versículo não disse que tais pessoas não amam a Allah, diz amam, mas com o mesmo amor que sente por outrem ou outro.

Mas os crentes tem amor maior e mais forte por Allah, e esse amor vem através das nossas ações que fazemos única e exclusivamente para agradar a Allah. Largar o haram para agradar a Allah, pois Ele é o maior amor no seu coração, obedecer a Allah quando Ele nos convoca. Os testes que passamos na nossa vida, vem para testar nosso amor por Ele. Se por ex: eu deixar de usar o hijab por vergonha das pessoas, eu estarei colocando rivais com Allah, pois estarei me importando a agradar essas pessoas mais do que agradar a Allah, e dessa forma Allah não é o primeiro no meu coração. Ou seja irmãos, devemos refletir sobre isso, não podemos passar 24 hrs sequer com algo maior no coração do que Allah SWT.

O Profeta (SAAS) ao entrar em Madina a primeira coisa que disse foi: “Oh gentes amem a Allah de todo vosso coração”

Devemos nos lembrar sempre da imensas e incontáveis bênçãos que Allah nos concedeu e que a cada instante nos concede. Você pode caminhar, enquanto outros não podem, você pode falar, enquanto outros não podem, você pode compreender as coisas enquanto outros não compreendem. Você é muslim enquanto outros não são, reflita sobre todas as bênçãos de Allah sobre você desde o dia em que você nasceu. Para amar verdadeiramente Allah lembre-se das bênçãos dele. E se pararmos para pensar, será que merecemos? Quantas coisas Allah nos concede e em troca quantos haram e desobediência cometemos?

Allah disse no Quran Al Karim:

 “E se contardes as mercês de Allah, não podereis enumerá-las. Sabei que o homem é injusto e ingrato por excelência” (14:34)

Nós somos valorosos para Allah , de tão valorosos que somos para Allah, os anjos se prostraram perante nosso pai Adam (AS), Allah expulsou Iblis (Lúcifer) do Paraíso por ter se negado a se prostrar perante a criação que Allah amou e criou com suas próprias Mãos, e logo após insuflou nele de Seu Próprio Espírito. Nós somos tão valorosos para Allah sendo que ele nos escolheu dentre bilhões de pessoas para sermos muçulmanos. Louvemos a Allah por ter nos tornado muçulmanos, por ter nos acordado do sono antes que fosse tarde de mais, louve a Allah por não adorarmos nada além Dele. Vocês conseguem perceber o quanto Allah nos ama? Vamos refletir: hoje existem 6 bilhões e meio de seres humanos na face da terra. Ele te escolheu entre 6 bilhões e meio e te colocou entre 1 bilhão e meio de muçulmanos. E mais uma escolha foi que Allah te escolheu dentre esses 1 bilhão e meio de muçulmanos, onde muitos são só por nome, e fez com que você praticasse as orações, e dentro dos que praticam as orações colocou em teu coração o amor pela obediência e pela fé. Vocês perceberam quantas vezes Allah nos escolheu? Depois de todas essas bênçãos e de todo esse amor que Ele tem por nós, como não amarmos a Allah acima de tudo?

 O Profeta Muhamad (SAAS) disse: “existem 3 coisas que se uma pessoa tiver terá provado o verdadeiro sabor do Iman (fé): A primeira delas: Que ame a Allah e Seu Mensageiro acima de tudo, que ame a alguém somente por Allah, e que odeie a idéia de voltar a incredulidade da mesma forma que odeia ser queimado no fogo do inferno.” (Bukhari)

Jamais devemos colocar o nosso amor por Allah em um prato da balança e nossos desejos e vontades no outro prato e fazer com este pese mais do que o outro. 

A maior doença para um coração não é ter um enfarte ou coisa do gênero e sim quando o coração não consegue fazer a função para o qual ele foi criado, que é amar a Allah acima de tudo. Se você não consegue colocar o amor por Allah como número 1 então quer dizer que seu coração está seriamente doente. Por Allah, se você tiver todos os prazeres deste mundo e não tiver provado o que é derramar uma lágrima sequer por temor a Allah ou então rezado 2 rakaas por amor a Allah, você não terá provado nada deste mundo.

Pra você saber como deve estar o amor por Allah em seu coração , imagine-se olhando para o Rosto de Allah SWT ao lado do paraíso, qual é o melhor? Não há comparação, ou seja, olhar para o Rosto de Allah SWT é muito maior e melhor em milhões de degraus. Portanto a vida mundana não é nada em comparação ao amor por Allah.

Você sabe qual é o primeiro castigo para o povo do inferno? O inferno? Não é o inferno, o inferno é o segundo castigo, sabe qual é o primeiro? é não poder ver Allah, e Allah nem sequer dirigir a palavra a eles, e também não poderem esperar nenhum amor por parte de Allah com relação a eles.

Allah diz no Quran Al Karim:

“Qual! Em verdade, nesse dia, estar-lhes-á vedado contemplar o rosto do seu Senhor.”(83:15)

Para os crentes é o contrário, a primeira benção é poder ver Allah, e será a mais bela e amada benção.

Alguns sábios (Ulamah) dizem que se o povo do paraíso pudesse escolher entre o Paraíso ou contemplar o Rosto de Allah SWT teriam prontamente escolhido contemplar o Rosto de Allah SWT.

Vejamos agora o amor das pessoas que amaram sinceramente a Allah. Vejamos o Profeta Moises (que a paz esteja com ele) quando ele diz: “Apressei-me até Ti, ó Senhor, para comprazer a Ti” (Sura 20:84).

Vejamos o Profeta Ibrahim (que a paz esteja com ele): “E disse (Abraão): Vou para meu Senhor, que me encaminhará” (Sura 37:99).

Porque não utilizamos estes lemas para nossas vidas?

Vejamos o amor dos anjos por Allah. O Profeta Muhamad (SAAS) disse: “Não há espaço no céu para 3 dedos pois o céu está todo repleto de anjos prostrados, genuflexos e em pé em oração até o dia do Juizo. E quando chegue a Hora levantarão dizendo: Glorificado Sejas Oh Allah não te adoramos como merecias.” Ou seja, passaram o tempo todo adorando a Allah e se lamentam quando chega a Hora dizendo que não haviam feito tanto quanto Allah SWT merece, ou seja, não foram suficientes 50.000 anos em prostração, de tanto amor que sentem por Allah SWT.

Vejamos o Profeta Muhamad (SAAS) em seu amor por Allah quando ele diz:

Me submeto a Ele e faço submeter-se a Ele meu ouvido, minha vista, meu tutano, meus ossos e meus tendões”

Vejamos em seu Du’a : “Oh Allah conceda-me poder contemplar o teu Rosto, e permita que meu coração seja preenchido com a saudade pelo Teu encontro”. E em outro Du’a vejamos o seu amor por Allah: “Oh Allah imploro-te o Teu amor, e amor por aqueles que Tu amas, e o amor pelas ações que me aproximem do Teu amor.” Sentiram a intensidade do amor do Profeta de Allah (SAAS) por Allah?

O Profeta (SAAS) quando chovia parava no meio da chuva e passava a água em seu rosto, por que isso? porque a chuva vinha de Allah, e tudo que vinha Dele ele amava.

Um sahabi (companheiro) quando estava morrendo sorria e dizia Bem-vinda seja a morte: “Oh Allah és Testemunha do quanto amo o meu encontro Contigo, ame o meu encontro” isso no momento da morte.

Abdullah Ibn Jahsh antes da batalha de Uhud enquanto suplicava a Allah juntamente com outro companheiro chamado Saad, implorou a Allah da seguinte forma:

“Oh Allah, deixa-me enfrentar o inimigo mais feroz de todos eles. Deixa-o atacar-me com toda a sua fúria e eu com toda a minha força. Depois dá-lhe a vitória ao liquidar-me. E que corte o meu nariz e os meus ouvidos e que eu apareça perante Ti no dia do julgamento final, e que oh Allah me perguntes: “Oh Abdullah, como ficaste sem o nariz e os ouvidos? Eu responderei: “Oh Allah, fiquei sem eles pela Tua causa e a do Teu Profeta (SAAS)”. Depois Tu dirás: “Sim, sem duvida que ficaste sem eles pela Minha causa!”

Ou seja, para ele o martírio era pouco, além do martírio queria que o inimigo lhe cortasse os ouvidos e o nariz somente para que no Dia do Juízo ele possa dizer perante Allah que ficou sem eles por Ele. E implorou ainda para que Allah confirmasse isso. Subhan Allah! Viram o amor dele por Allah?

Saad disse que no dia seguinte ao da batalha, viu que a prece de Abdullah tinha sido aceita, exatamente como tinha pedido.

Vejamos o exemplo da mãe dos crentes Khadija, pelo seu amor tão forte por Allah na hora de sua morte o anjo Gabriel foi enviado dos 7 céus ao Profeta (SAAS) para dizer-lhe : “Diga à Khadija que Allah está lhe enviando Seu Salam. E lhe dê as boas-novas que Allah lhe concederá um castelo de perolas no paraíso onde não sentirá cansaço nem haverá ruídos.”

Imaginem, Allah mandar Seu salam na hora de sua morte. Se fores sincero no seu amor por Allah, Allah te amará .

Allah Ama aqueles que O amam mostrando à Ele obediência, como relatado por Abu Huraira (RA) que disse que o Mensageiro de Allah (SAAS) disse:

“Allah, O Altíssimo, disse:

'A quem maltratar um dos Meus protegidos declararei guerra. E o servo Meu não encontrará, para Me comprazer, nada que me seja tão grato como o cumprimento do que Lhe hei prescrito. E o servo Meu continuará buscando a minha complacência mediante as obras voluntárias, até que Eu o ame. Quando Eu o amar, serei como seu ouvido com o qual ouve, como suas vistas com as quais vê, como suas mãos com as quais lida, como suas pernas com as quais anda. E se Me pedir algo lhe darei, e se buscar Meu refugio, te-lo-á’” (al-Bukhari)

Certa vez o mensageiro de Allah chamou um sahabi chamado Ubai Ibn Kaab e lhe disse: “Allah me ordenou que lhe recitasse essa sura (Sura Al Bayna)”, O sahabi perguntou: “Oh Mensageiro de Allah , Allah me nomeou? O Mensageiro de Allah (SAAS) disse: Sim! Ele disse: “Oh Mensageiro de Allah Allah disse meu nome, Ubai Ibn Kaab? O Profeta disse: Sim, Oh Ubai! Após isso esse sahabi passou o dia chorando, por saber que Allah SWT tinha citado seu nome, e após isso dizia: “Eu sou aquele ao qual Allah disse seu nome.”

Cada vez que cada um de nós diz subhan Allah, Alhamdulilah, La ilaha illa Allah ou Allahu akbar, Allah nos recordará da mesma forma. Allah disse: “Recordai-vos de Mim e Eu Me recordarei de vós”. (2:152) 

Abu Huraira relatou que o Profeta (SAAS) disse:

"Se Allah ama a um dos Seus servos, chama o anjo Gabriel dizendo: ‘Allah ama fulano, ame-o você também’ e o anjo Gabriel o ama. Então o anjo Gabriel chama os habitantes do céu dizendo: 'Allah ama fulano, amem-o vocês também' e eles o amam. Logo o mesmo ocorre com as pessoas da terra.” (Bukhari).

Abdullah Ibn Hudafa foi preso pelo rei de Roma juntamente com alguns muçulmanos, e ele era um dos companheiros do Profeta (SAAS). O rei de Roma perguntou aos seus empregados se ali havia algum dos Companheiros de Muhamad (SAAS). Eles responderam que sim, e trouxeram Abdullah à sua presença. O rei de Roma lhe disse: “Renuncia a sua religião” Ele disse: “Por Allah que se me cortares em pedaços não renunciarei a minha religião” O rei lhe disse:“Renuncia a tua religião e lhe darei metade do meu reino” Ele disse: “Por Allah se me deres as riquezas do mundo inteiro para que eu renuncie a minha religiao pelo tempo de um piscar de olhos não o faria.”

O rei lhe disse: “Então lhe matarei”. O Sahabi disse: “ bem-vindo será o encontro com Allah”. Então o levaram para matá-lo, e o Rei de Roma ordenou que não o matassem e sim castigassem para que ele sofresse e voltasse atrás , ordenou que atirassem flechas em suas mãos e em seus pés. E ele só dizia: “Sinto falta do meu encontro com Allah”. Então tiraram-no de lá, para castigá-lo de outra maneira e foi trazida como se fosse uma grande panela com azeite fervente, e foi ordenado que trouxessem 2 muçulmanos e os jogassem dentro da panela para que ele visse. Jogaram os muçulmanos, por alguns segundo se ouviram gritos depois o silencio. Depois levaram-no para jogá-lo também. Quando ele parou na frente dessa enorme panela ele chorou. Os servos do rei foram rapidamente atrás do Rei para avisá-lo que ele havia chorado. O Rei ficou feliz com isso e ordenou que ele fosse trazido à sua presença. Trouxeram-no e o Rei lhe disse: “Renunciarás à tua religião?” Ele disse: “Não, por Allah, nunca”. Então porque choraste disse o Rei? Ele respondeu: “chorei pq minha alma está por sair agora e tenho apenas uma alma, queria ter o número de fios de cabelo que tenho no corpo em almas, para que uma após a outra pudesse sair pela causa de Allah. Então chorei por ter apenas uma alma” 

Amamos a Allah? O quanto amamos Ele? Será que é tão difícil para nosso coração amar Allah dessa forma?

Vejamos mais uma vez o quanto Allah SWT nos ama:

Um homem veio ao Mensageiro de Allah e lhe perguntou:

-“Oh, Mensageiro de Allah, se cometo um pecado ele fica registrado no livro?

-O Profeta (SAAS) respondeu: “Sim, fica registrado”.

-O homem disse: “E se me arrependo?”

-Respondeu: “Se Apaga”.

- “E se eu volto a cometê-lo?”.

- “é registrado”

- “E se me arrependo?”

- “Se Apaga”

- “E se eu volto a cometê-lo?”.

- “é registrado”

-O homem disse: “E se me arrependo?”

-O Profeta (SAAS) respondeu: “Se apaga”.

- “E se eu volto a cometê-lo?”

- “é registrado”

-O homem disse: “E se me arrependo?”

-O Profeta (SAAS) respondeu: “Se apaga”.

-Então, o homem perguntou: “Até quando se apaga?”

-E o Profeta (SAAS) lhe disse: “Allah SWT não se cansa de perdoar, até que você se canse de lhe pedir perdão”

Viram o quanto Allah nos ama? Como não amá-lo acima de tudo?

Quais são os sinais do amor por Allah? Quem tiver essas 5 coisas é sinal que ama Allah!

1-Ama lembrar Dele, através do Quran ou do Dhikr, pq quem ama alguém fala muito dele. Falar muito Dele.

2-Amar aqueles que te lembram Dele, ou seja, amar os muminin (Crentes), e odiar aqueles que não o amam e se afastam Dele.

3-Ter saudades e ansiedade pelo dia do juízo, por que será o Dia em que insha Allah veremos Allah. Sentir falta e saudade do Seu encontro com Ele. É como amar alguém que está longe e não vês a hora de encontrá-lo.

4-Se você O ama, ama toda a mensagem que Ele te enviou e aquele que Allah enviou, então segue os ensinamentos do Profeta Muhamad SAAS. Allah SWT disse: "Dize (Ó Muhamad para a Humanidade) : Se verdadeiramente amais a Allah, segui-me; Allah vos amará e perdoará as vossas faltas, porque Allah é Indulgente, Misericordiosíssimo." (V. 3:31)

5-Ama o ultimo terço da noite, pois ama encontrar-se com Allah através da oração nesse horário.

Abu Huraira relatou: "O Mensageiro de Allah (SAAS) disse:

Nosso Senhor, bendito e exaltado seja, desce todas as noites até o céu deste mundo quando resta um terço da noite, e diz: ‘Quem está me implorando para que Eu lhe corresponda? Quem está me pedindo para que Eu lhe dê? Quem está me pedindo perdão para que Eu lhe perdoe?’”

Imploramos a Allah que nos conceda o Seu amor e Sua Satisfação. E que sejamos daqueles que amam sinceramente a Allah, e O tenham como maior e grande amor em seu coração! Insha Allah!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

segunda-feira, março 26, 2012

AL BALLGH – PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE ALGUNS COSTUMES ISLÂMICOS

RABI’UL AWWAL 1433 EDIÇÃO Nº 38 FEVEREIRO 2012 - A H ajjaass 

P - Algumas pessoas saúdam duma forma abreviada como, por exemplo: slmz, salám, salámz, etc. É necessário responder este tipo de saudação? 

R - Não, não é necessário responder esta forma de saudação. A forma correta de saudar quer por escrito ou verbalmente, no mínimo exigido é Assalámu ‘Alaicum. 

Certa vez, quando o Profeta _ estava sentado com os seus companheiros, passou um homem entre eles e disse: “Assalámu Alaikum”; o Profeta _ afirmou: “dez recompensas”. Outro homem passou por ali e disse: “Assalámu Alaikum wa Rahmatulláh” (que a paz e a misericórdia de Allah estejam convosco); o Profeta _ disse: “vinte recompensas”. Um outro homem passou por ali e disse: “Assalámu Alaikum wa Rahmatulláh wa Barakátuh” (que a paz, a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam convosco); o Profeta _ disse: “trinta recompensas”. (Abu Daúd 2\350). 

Abreviatura na saudação é Bid’ah (Inovação na religião), que inevitavelmente devemos retirar dos nossos costumes. 

P - É permitido consultar um curandeiro ou adivinho? 

R - Não, não é permitido. A pessoa que consultar um curandeiro tendo toda convicção nele torna-se Cáfir (descrente) e seu Nicáh tornar-se-á nulo. Consequentemente, é necessário que o transgressor renove seu Imán e seu Nicáh. (Raddul Muhtár 4\241). Allah _ diz no Qur’án: 

Diga (Ó Muhammad): Ninguém, nos Céus e na Terra, conhece o oculto excepto ALLAH.” (Surah Annaml 27:65). 

Sayyidatuná ‘Aishah Radhialláhu ‘Anha narra que algumas pessoas solicitaram do Profeta _ alguma informação acerca dos adivinhos. Ele disse: “Os adivinhos são charlatães, falsos e insensatos.” Os companheiros argumentaram: “Ó Mensageiro de Allah, às vezes eles predizem algo que vem a acontecer!” O Profeta explicou isto, dizendo: “É algo verdadeiro que o Satanás ouve por acaso dos anjos e transmite para os seus colegas, sendo que estes misturam uma centena de falsidades a ele (e contam para as pessoas).” (Bukhári 2\857). 

Sayyidatuná Safiyyah Bin Abi ‘Ubaid Radhialláhu ‘Anha narra que Rassululláh _ disse: 

“A pessoa que vai ter com um adivinho e pergunta acerca de algo e depois confirma a veracidade de tal afirmação, suas orações não serão aceitas por quarenta dias”. 

Sayyiduná Abdullah Bin Mass’ud _ narra que Rassululláh _ disse: 

Aquele que se dirige a um adivinho (ou curandeiro) e acredita naquilo que ele diz, renegou aquilo que foi revelado a Muhammad”. (Mussannaf Abdul Razzáq 11\210). 

Um muçulmano não deve aproximar-se de um adivinho e muito menos de um curandeiro, muito pelo contrário, devemos ter convicção total no destino, ou seja, o bom e o mal provêm de Allah. 

Allah _ diz no Qur’án (quanto aos  hipócritas): 

“E, se algo de bom os alcança, dizem: “Isso é da parte de Allah”; e, se algo de mau os alcança, dizem: “Isso é de ti.” Diz-lhes: “Tudo é de Allah.”Mas porque razão este povo quase não entende conversação alguma?”. (Surah Nissá 4:78). 

Allah _ diz no Qur’án: Diga (Ó Muhammad): “Se eu (Muhammad) tivesse conhecimento do oculto, eu teria tido abundância de bens e nenhum mal me teria atingido. (Surah A’ráf 7:188). 

P - Como deverá ser feita a contagem do ‘Iddat por morte  ( Período de Luto quando morre o Marido )(‘Iddatul Wafát)? 

R - Quando a morte se verifica no primeiro dia do mês lunar, a contagem será feita através do somatório do número dos meses aos quais serão adicionados dez (10) dias, portanto 4 meses mais 10 dias. Naturalmente, alguns dos meses terão 29 ou 30 dias, que serão considerados completos neste caso. E quando a morte não se verifica no primeiro dia do mês lunar, então a contagem será feita através do somatório do número dos dias, ou seja, 130 dias constituem um ‘Iddat completo. (Raddul Muhtár 3\509, Ahssanul Fatáwa 5\448). 

P - É permitido à uma mulher que esteja observando o ‘Iddat contrair o segundo matrimônio? 

R - Não, não é permitido. O matrimônio contraído com uma mulher em regime de ‘Iddat é considerado inválido (Bátil). (Badái’ 2\311). 

Allah _ diz: 

E não decidais consumar os laços matrimoniais até que a prescrição atinja seu termo”. (Surah Baqarah 2:235). 

P - O Imámat (liderança) dum Imám incircunciso é válido? 

R - Sim, é válido. Não há nenhuma necessidade de repetir o Salát. (Ahssanul Fatáwa 9\60, Kifáyatul Mufti 3\84). 

P - Existe algum método específico de cortar as unhas? Em alguns livros aparece que é Mustahabb (desejável) começar com o dedo indicador da mão direita e terminar com o dedo polegar da mão direita. Por favor, comente. 

R - Não, não existe nenhum método específico de cortar as unhas. Háfiz Ibn Hajar Rahmatullah ‘Alaih afirma que é Mustahabb cortar de qualquer forma que a pessoa desejar e que não existe nenhum método prescrito por Rassulullah _.  Háfiz ‘Iráqui rejeitou totalmente a sequência de corte de unhas dos dedos das mãos que vem citado em alguns livros argumentando: “O que vem mencionado em algumas citações é proveniente de Hadisses fabricados (Maudhu’)”. Allamah Ibn Ábidin cita Allamah Suyuti que explica: “Ibnu Daqiqul 'Id, o grande investigador e pesquisador de Hadisses assegura: “Não existe nenhum  Hadisse autêntico que mostra a sequência no corte das unhas. Mais ainda, não é correto denominar como um ato Mustahabb, porque qualquer ato que é Musstahabb no Shari’ah exige duma prova; e levar este assunto superficialmente não é correto”. Porém, a supracitada narração refuta a ordem de corte das unhas dos dedos das mãos e não, o inicio pela mão direita, pois, o inicio de corte de unhas pela mão direita poderá der corroborada pelo seguinte Hadisse: Sayyidatuná ‘Aishah Radhiallánu ‘Anha narra que Rassulullah _ gostava de começar tudo pela direita: Ao calçar os sapatos, ao pentear, na purificação e até mesmo em todos seus assuntos. (Bukhári 1\29).  Mais adiante, baseando-se no mesmo Hadisse, ou seja, utilizando o “princípio da direita”, os Fuqahá mencionaram que se alguém pretende cortar suas unhas, então este poderá começar a cortar pelo dedo mínimo da mão direita (quando as palmas das mãos estão viradas abaixo) terminando com o dedo mínimo da mão esquerda. (Raddul Muhtár 6\406, Al- Majmu’ 1\339, Ahssanul Fatáwa 9\82, Bazl 1\131). 

P - Meu irmão adotou uma criança órfã. Será que esta criança tem algum direito na herança do meu irmão? 

R- Shari’ah considerou adoção de crianças como uma das enormes ações. 

Sayyiduná Sahl Ibn Saad _ narra que Rassululláh _ disse: “Eu e o tutor do órfão estaremos juntos, tal como se encontram estes”, e juntou o indicador e o dedo médio”. (Bukhári 2\799). 

Todavia, a criança órfã não tem nenhum direito na herança do pai e nem da mãe adotiva. Entretanto, os pais poderão fazer um testamento á favor da criança órfã no valor correspondente á um terço (1\3) dos seus bens, e não mais do que isso. 

Compilado por: Mufti Ismail Abdullah Chopdat DAARUL IFTÁ - BEIRA iftabeira@yahoo.com.br - Cel. 82\843886200 - Beira –Moçambique NOTA: Todas as respostas são de acordo com a ESCOLA HANAFITA.

domingo, março 25, 2012

Cumprimentar nosso Próximo é bem visto aos olhos de Allah SW

Em nome de Allah o Clemente o Misericordioso.Em verdade todo o louvor é para Allah(SWT). Nós O louvamos, buscamos sua ajuda e seu perdão. Buscamos refúgio em Allah dos males de nossas próprias almas e de nossas más ações. Para aquele que Allah guia não há quem possa desviá-lo, e para aquele que Ele desvia não há quem possa guiá-lo. Testemunho que não há divindade digna de adoração além de Allah, O Único, sem parceiros, e testemunho que Muhamad é Seu servo e mensageiro. 

Ó vós que credes! Temei Allah (obedecei-O, fazendo tudo que Ele ordenou e se abstendo de tudo que Ele proibiu) como Ele deve ser temido e não morreis senão como muçulmanos.

Quanto ao que segue: Então, de fato, a melhor das palavras é a Palavra de Allah e a melhor das orientações é a orientação de Muhammad (sallAllāhu‘alayhi wa sallam); e que a paz e as bênçãos de Allah esteja sobre o Profeta Muhamad SAAS e com seus familiares, companheiros e seguidores até o Dia do Juizo final. Amin!

Meus irmãos, no ano passado falamos sobre alguns dos sinais pequenos, que antecipam a chegada do do dia do Juízo Final, no discurso de hoje continuamos a falar destes sinais. A crença no dia do juízo é um dos pilares da fé e aquele que não crê nele não é considerado crente. Allah diz:

“A virtude não consiste só em que orientais vossos rostos até ao levante ou ao poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas;” Surat AL BACARA vers 177 

Abdul Allah Ibn Masud narou que o Profeta SAAW disse : 

Dos sinais da aproximação da chegada da HORA é a Saudação (TASLIM) fica só entre os conhecidos e destaca o materialismo e negócios na vida até que a mulher ajuda seu marido nas vendas. 

Meus Caros irmãos a Saudação TASLIM vem da SALAM =PAZ contrário que a guerra prega. 

O Sagrado Coran mencionou em vários versículos a importância e o mérito da SAUDAÇÃO e o dever de a difundirmos. 

No Surat ALNUR versículo 27 disse Allah : 

· Ó crentes , não entreis em casa alguma além da vossa, a menos que peçais permissão e saudeis os seus moradores. E louvado seja disse também no mesmo surat versículo 61 

· Quando entrardes em uma casa, saudai-vos mutuamente, com a saudação vinda de Allah, bendita e cordial .

E Surat AL NISSA versículo 86 

E se fordes saudados com uma saudação, saudai com outra melhor, ou retribui-a. 

A saudação usual entre os muçulmanos é As-salamu Alaikum, seu significado é que a paz seja sobre vós. Outra mais afável ainda Wa aleikum As-salamu wa rahmatu Allah wa barakatuh que sobre vós seja a paz, e a misericórdia de Allah e Sua benção. 

Também na Suratu Az-zariyat versículo n 24 e 25 Allah SW disse informando o seu mensageiro Mohamed sobre os anjos que anunciarmo um filho a Abraão e o castigo do povo de Lot: 

· Chegou-te (Mohamed) o relato dos honrados hóspedes de Abraão ? 
· Quando apresentaram a ele e disseram SALAM! , PAZ , disse ele SALAM. 

Foram narrados vários Hadis sobre a saudação:- 

· Abu Huraira ( R. A.A. ) contou que o Profeta ( S. A. A. S ) disse:“ Quando Allah, Altíssimo, criou Adão (a paz esteja com ele ), disse-lhe: ‘ Dirige-te até aqueles – um grupo de anjos- que estão sentados acolá, e atenta para o modo como te vão saudar, pois que esse será também o modo de saudares, tanto tu como a tua descendência. Adão se aproximou deles, e disse: ‘ A paz esteja convosco!’ ou seja, acrescentaram: “ A misericórdia de Allah.” ( Bukhari e Muslim) 

· Al Barrá Ibn Azeb ( R.A.A. ) disse: “ O mensageiro de Allah ( S.A.A.S.) nos ordenou cerca de sete deveres, e nos proibiu outros sete itens. Ordenou-nos: Visitarmos os doentes, seguirmos o séquito do funeral; rogarmos a Allah por quem espirra, cumprimos o juramento prestado, prestarmos apoio ao oprimido, aceitarmos um convite, e difundirmos a saudação (ALSALAM). E nos proibiu: Portamos anéis de ouro, bebermos de vasilhas de prata, usarmos coxins de seda, de cor vermelha, e nos vestirmos de seda e brocado “ ( Bukhari e Muslim ) 

· Abu Huraira ( R.A.A.) narrou que o mensageiro de Allah ( S.A.A.S.) disse: “ Juro por quem tem a minh’ alma em suas mãos, que não alcançareis o paraíso, até que sejais autênticos crentes! E não sereis autênticos crentes, até que vos ameis uns aos outros. Quereis que vos indique algo que, se o fizerdes, vos querereis mais? Pois disseminem a saudação (Alsalam) entre vós!” ( Muslim) 

· Abdullah Ibn Salam ( R.A.A.) relatou que ouvira o mensageiro de Allah ( S.A.A.S.) dizer: “ Ó humanos, dissiminai a saudação de paz! daí de comer aos pobres, mantende os laços familiares e rezai enquanto dormem as pessoas! Desse modo, entrareis no paraíso em paz! “ ( Tirmizi) 

Destaco aqui também, relato do comportamento de alguns SAHABAH, companheiros do Profeta sobre a saudação: 

Al Tufail Ibn Abu Caab disse que em algumas ocasiões ia ao mercado com Abdullah Ibn Ômar e, quando lá chegavam, Abdullah não deixava de saudar todas as pessoas, inclusive o catador de ferro-velho, o vendedor ambulante e o mendigo. Então, um dia, Caab foi vê-lo, e Abdullah lhe pediu que o acompanhasse até ao mercado; então lhe disse: 

E o que vais fazer no mercado? Uma vez que nunca paras para observar as condições de venda, nem especulas sobre os artigos, nem lhes discutes os preços, nem sequer te sentas nas reuniões do mercado! Eu te digo: é melhor que nos sentemos aqui, e conversemos!” Disse Abdullah: “ Ó fulano , é que podemos passar pelo mercado apenas para saudar a quem ali encontrarmos!” (Malik)

A saudação para as mulheres 

· Asmá Bint Yazid RAA relatou : Um dia o Profeta de Allha SAAW passou perto de nós que formávamos um grupo de mulheres, e nos deu a saudação de paz. ( Abu Daoud e Tirmizi)

È bom saber algumas éticas quanto a saudação.

· Abu Huraira (RAA) contou que o mensageiro de Allah SAAW disse : O cavaleiro deve dirigir a saudação ao caminhante; o caminhante dirigir a saudação ao estacionado; e o individuo dirigir a saudação ao ao grupo.

È recomendado de se retribuir a saudação e de repetir ainda que se dê o caso de as mesmas pessoas se encontrarem varias vezes em pouco tempo.

AL salam PAZ é dos nomes de Allah SW e o Profeta Mohamed SAAW é o Profeta da PAZ O Paraíso é a Morada da PAZ. Aalsalam é o cumprimentos dos crentes no Paraíso. É o cumprimento dos angos, a religião islâmica é a religião da PAZ, os muçulmanos se cumprimentam entre eles quando se conhecem e quando não se conhecem, e também cumprimenta os não muçulmanos.

Finalizamos com o Hadis de Abu Huraira RAA que narrou que o mensageiro de Allah SAAW disse : 

Quando um de vós chegar a uma reunião, que dê a saudação de paz Alsalam Alekom; e quando quiser ir embora, que dê também a saudação de paz.

E que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre nosso amado Profeta Muhammad e com seus seguidores até o Dia do Juízo Final, e Louvado seja Allah Senhor do Universo! 

Assalamu Aleikom ua Ramatulahi ua Baraketu

Centro Islâmico de Brasília - 23/03/2012