Louvado seja Allah Senhor do Universo, a paz e as bênçãos estejam com o mais nobre dos Profetas e Mensageiros.
Esta mensagem é dirigida a todo muçulmano que e não associa nada junto a Allah, tendo o objetivo maior de deixar este mundo com todos os pecados perdoados por Allah, não sermos perguntados por eles no dia do Juízo, para que assim possamos entrar no paraíso eternamente.
Este artigo é um guia pratico de 50 conselhos para aquele que busca a recompensa de Allah e o perdão de seus pecados. Pedimos a Allah que aceite as nossas ações, pois ELE é quem tudo ouve e tudo vê.
1) O arrependimento
“Quem se arrepende antes que o sol saia do ocidente, Allah aceita seu arrependimento”. Muslim 2703.
Allah, o Todo-Poderoso, aceita o arrependimento do servo enquanto sua alma não tenha chegado à garganta [a morte]”.
2) Sair em busca do conhecimento
“Quem empreende o caminho em busca do conhecimento, Allah lhe facilita o caminho até o paraíso”. Muslim 2699.
3) Recordar de Allah
“Quereis que vos informe qual é a melhor de vossas ações, a mais pura ante vosso Soberano, a mais elevada em graus, melhor do que enfrentar o inimigo? Disseram: Sim. Respondeu: A recordação de Allah”. At-Tirmidhi 3347.
4) Fazer boas ações e mostrar o caminho do bem
“Todo favor é uma caridade e quem incentiva a fazer uma boa ação é como se a tivesse feito”. Al-Bukhari 10/374, Muslim 1005.
5) As virtudes da D’aua
“Quem convida para a guia correta, terá a recompensa igual aquele que a segue sem diminuir absolutamente nada a recompensa dele”. Muslim 2674.
6) Estabelecer o bem e proibir o mal
“Quem de vocês enxergar um mal, que o mude com sua mão, quem não consiga, que o faça com sua palavra e quem não consiga, que rejeite com seu coração sendo que esta é a expressão mais fraca da fé”. Muslim 49.
7) Recitar o Alcorão sagrado
“Recitai o Alcorão, pois será um intercessor no dia do juízo para seu povo”. Muslim 804.
8) Aprender [decorar e entender] o Alcorão sagrado e ensiná-lo
“O melhor dentre vocês é aquele que aprende o Alcorão [decora e entende] e logo o ensina”. Al-Bukhari 9/66.
9) Saudar os irmãos dando Salam [paz]
“Não entrarás no paraíso até que acrediteis, e não acrediteis até que vos ameis. Quereis que vos indique algo que se o colocardes em pratica vos amareis? Cumprimente com Salam uns aos outros”. Muslim 54.
10) Nos amarmos por Allah
“Allah, Louvado seja, dirá no dia do juízo final: Onde estão os que se amaram por mim? Hoje os colocarei sob minha sombra, e neste dia não haverá outra sombra alem da Minha”. Muslim 2566.
11) Visitar os doentes
“Não existe um muçulmano, que visite pela manha o seu irmão muçulmano enfermo, sem que setenta mil anjos peçam as bênçãos por ele até o anoitecer. E se o visita a noite, outros setenta mil anjos pedem por ele até o amanhecer e terá um jardim no paraíso”. At-Tirmidhi 969.
12)- Ajudar as pessoas na Fe*
“Quem socorra uma pessoa em dificuldades, Allah facilitará seus assuntos nesta vida e na outra”. Muslim 2699.
13) Esconder os defeitos dos demais
“Se um servo encobre os defeitos de seu irmão, Allah encobrirá teus defeitos no dia do juízo final”. Muslim 2590.
14) Fortalecer os laços familiares
“Os laços familiares estão ligados ao Trono Divino. Quem mantenha unidos esses laços, se manterá unido a Allah, e quem romper estes, romperá seus laços com Allah”. Al-Bukhari 10/350, Muslim 2555.
15) O bom caráter
Foi perguntado ao Mensageiro de Allah [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele] sobre o que se pode fazer para que as pessoas entrem no paraíso. Ele respondeu: “O temor de Allah e o bom caráter”. Al-Tirmidhi 2003.
16) A sinceridade
“Sejam sinceros, pois a sinceridade conduz a benevolência, e a benevolência conduz ao paraíso”. Al-Bukhari 10/423, Muslim 2607.
17) Controlar-se ante a raiva
“Quem se controla no memento de ira podendo revidar, Allah o chamará diante de toda criação no dia de juízo final e deixará que escolha dentre as huries que deseje”. Al-Tirmidhi 2.22.
18) Pedir perdão pelas criticas e insultos ditos em uma reunião
Quem sentar em uma reunião onde se pronunciam criticas e insultos e diz antes de se retirar: “Glorificado e Louvado sejas Ó Allah, Testemunho que não existe outra divindade salvo Tu, a Ti peço perdão e me arrependo” – será perdoado.
19) A paciência
“Toda enfermidade, dor, preocupação, tristeza, prejuízo ou desgraça que sofre o muçulmano, inclusive o fincar da ponta de um espinho, Allah lhe perdoará os pecados”. Al-Bukhari 10/91.
20) A benevolência com os pais
“Que ruim, que detestável, que terrível. Perguntaram: Quem ó Mensageiro de Allah? Disse ele: Aquele que tem um de seus pais ou os dois, que ao chegar à velhice não obtém o paraíso cuidando deles”. Muslim 2551.
21) Ajudar as viudas e os necessitados
“Quem se ocupe das viúvas e dos necessitados, seu esforço é equivalente a quem reza e jejua permanentemente”. Al-Bukhari 10/366.
22) Cuidar dos órfãos
“Eu e aquele que cuida dos órfãos, estaremos no paraíso assim” [assinalou com o dedo indicador e médio juntos]. Al-Bukhari 10/365.
23) A ablução
“Quem realize a ablução corretamente, os pecados abandonaram seu corpo e até mesmo, o que esta debaixo de suas unhas”. Muslim 245.
24) Pronunciar o testemunho de fé logo após fazer a ablução
“Quem realize corretamente a ablução e logo diga: Testemunho que não há outra divindade exceto Allah, o Único sem associados. Testemunho que Muhammad é Seu servo e mensageiro”. Lhe serão abertas as portas do paraíso podendo entrar em qualquer uma que deseje”. Muslim 234.
25) Fazer uma súplica logo após o chamado da oração [adhan]
“Quem diz logo apos o chamado da oração [adhan]: Ó Allah! Senhor deste chamado perfeito, a oração esta por começar, concede a Muhammad Teus favores e Al-Uasilah [um lugar no paraíso] e o lugar que tens reservado. Lhe será concedida intervenção de Muhammad no dia do juízo”. Al-Bukhari 2/ 77.
26) Construir uma mesquita
“Quem constrói uma mesquita com o desejo de agradar Allah, lhe será construída um casa no paraíso”. Al-Bukhari 450.
27) Escovar os dentes com o Miswak
“Se não considerasse isso pesado demais para minha nação, lhes haveria ordenado que usassem o Misuak antes de cada oração”. Al-Bukhari 27/331, Muslim 252.
28) Ir a mesquita
“Quem vai para a mesquita pela manhã ou pela tarde, Allah lhe reservará um lugar no paraíso”. Al-Bukhari 2/124, Muslim 669.
29) Fazer as cinco orações
“Todo muçulmano que vai a uma oração prescrita, faça corretamente a ablução e realize a oração com concentração; será para ele expiação de seus pecados, se eles não forem dos grandes, deste modo e para sempre”. Muslim228.
30) Fazer no seu tempo devido a oração da alvorada [Fajr] e a oração da tarde [‘Asr]
“Quem realize as orações da madrugada e da tarde [em seu devido horário], entrará no paraíso”. Al-Bukhari 2/43.
31) Fazer a oração de sexta na mesquita [jumu’a]
“Quem realize corretamente a ablução, se dirija para realizar a oração de sexta, escute o sermão e fique em silencio. Lhe serão perdoados os pecados dentre esta sexta e a anterior”. Muslim 857.
32) O horário em que são respondidas as suplicas na sexta
“Na sexta existe um horário no qual, se o servo muçulmano se encontra rezando ou suplicando a Allah, [sua suplica] será concedida”. Al-Bukhari 2/344, Muslim 852.
33) Realizar uma oração [voluntária] depois de cometer um erro
“Aquele servo que comete um pecado, logo realiza a ablução corretamente, reza uma oração [duas raka’at] e pede perdão para Allah, será perdoado”. Abu Daud 15521.
35) Orar a noite
“A melhor dentre as orações logo depois das obrigatórias, é a que se realiza na parte da noite”. Muslim 1163.
36) A oração do meio da manhã [Duha]
“Todos os dias, cada falange do Corpo deve fazer uma caridade. Assim sendo, a glorificação [dizer subhana Allah] é um caridade, cada louvor e testemunho da unicidade divina [dizer alhamdulillah ua La ilaha ila Allah] também é uma caridade, cada engrandecimento de Allah [dizer Allahu akbar], da mesma forma que ordenar o bem e proibir o mal. Uma oração [duas raka’at] no meio da manhã [salat duha] equivalem a todos estes atos de caridade”. Muslim 720.
37) Pedir as bênçãos pelo Profeta [que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele]
“Quem pede as bênçãos por mim, Allah o abençoará por isso dez vezes”. Muslim 384.
38) O jejum
“O servo que jejua um dia pela causa de Allah, Allah o afasta do fogo [do inferno] por setenta anos”. Al-Bukhari 6/35, Muslim 1159.
40) O jejum do mês de Ramadan
“Quem jejua o Ramadan com fé e esperança na recompensa divina, lhe serão perdoadas as suas faltas”. Al-Bukhari 4/221, Muslim 760.
41) Jejuar seis dias no mês de Shauual
“Quem jejua o mês do Ramadan e logo os seis dias de Shauual, será o mesmo que ter jejuado toda sua vida”. Muslim 1164.
42) Jejuar no dia de Arafat
“O Jejum no dia de Arafat serve de expiação para os pecados do ano anterior e deste ano”. Muslim 1162.
43) O jejum do dia de ‘Ashurah
“O jejum de ‘Ashurah é para que Allah perdoe as faltas do ano anterior”. Muslim 1162.
44) Dar de comer ao jejuador
“Quem dá de comer a um jejuador obterá a recompensa de ter jejuado, sem diminuir em nada a recompensa do jejuante”. At-Tirmidhi 807.
45) Rezar durante a noite do decreto
“Quem reza durante a noite do decreto com fé, esperando ser recompensando por ele. Lhe serão perdoados os pecados”. Al-Bukhari 4/221, Muslim 1165.
46) Fazer caridade
“A caridade apaga os pecados tal como a água apaga o fogo”. At-Tirmidhi 2616.
47) A peregrinação maior [Hajj] e a menor [‘Umrah]
“Realizar a ‘Umrah é expiação dos pecados entre essa ‘Umrah e a anterior. E a peregrinação aceita por Allah não tem outra recompensa se não o paraíso”. Muslim 1349.
48) As boas ações realizadas nos primeiros dez dias de Dhul Hijja
“Não existem outros dias em em que se realizam boas ações que sejam mais amados por Allah do que os dez primeiros dias de Dhul Hijja. Perguntaram-lhe: Nem sequer combater pela causa de Allah? Respondeu: Nem sequer combater pela causa de Allah, exceto no caso de uma pessoa que saia para combate expondo sua pessoa, contribuindo com seus bens e morrendo no caminho”. Al-Bukhari 2/381.
49) Lutar por uma causa justa
“Um dia de esforço na causa de Allah é melhor que o mundo inteiro e tudo que há nele. E uma marca no paraíso é melhor que o mundo inteiro e tudo o que existe nele”. Al-Bukhari 6/ 11.
50) Realizar a oração pelo defunto e seguir o seu cortejo
“Quem assiste um funeral e ore pelo falecido, obterá um qirat de recompensa. E quem participa até seu enterro obterá dois qirat. Perguntaram: O que representa dois qirat? Respondeu: São como duas grandes montanhas de recompensas”. Al-Bukhari 3/158, Muslim 945.
Queira Allah conceder-nos a sinceridade na busca da complacência e a recompensa de Allah através de nossas ações.
Que a paz e as bençãos de Allah estejam com o Profeta Muhammad, sua família, seus companheiros e seguidores até o dia do Juízo Final.
Fonte; UNICIDADE E LUZ- Explicando o Islam de forma clara e simples- unicidadeeluz@hotmail.com.br
http://unicidadeeluz1.wordpress.com/
Esse blogger tem por objetivo a divulgação da Religião de Allah(SW), o ISLAMISMO. Inshallah! Dar de graça o que de graça recebemos. Essa é nossa proposta. "Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.
sábado, janeiro 29, 2011
sábado, janeiro 22, 2011
O muçulmano e o carnaval
Louvado seja Allah, e que a Sua paz e graça estejam com o que derradeiro dos profetas, o Profeta Mohammad, com seus familiares, e todos os seus companheiros.
Estamos no limiar das festividades carnavalescas no Brasil, depois de enormes preparações, mesclada de saudades e esperanças dos participantes, dos apreciadores as festividades, com seus sonhos rosados. Todos preparam seus soldados para combaterem a Deus, Exaltado seja. Por isso, perguntamos:
-Será que essas pessoas sabem que o que fazem irrita a Deus?
-Conseguem eles combater a Deus?
-Será que Deus criou o ser humano para dançar, embebedar-se, fornicar e cometer todo tipo de pecado?
-Será que essa é a missão do ser humano na terra?
-Será que essas pessoas estão seguras de que a maldição de Deus não irá cair sobre elas, ou que não serão destruídas enquanto estão dançando?
-Será que estão seguras que não irão se apresentar a Deus, no Dia da Ressurreição para prestarem contas de seus atos?
-Será que esses atos trazem realmente alegria e felicidade perenes e o bem da sociedade?
Todas essas perguntas, juntamente com outras, se fazem presentes. Por isso, dizemos:
- Acordem, gente. Deus os criou para adorarem somente a Ele e ordenou-os temê-Lo.
- Acordem, gente. Sigam a religião e a mente e não seguem os desejos. Não seguem os demônios, gênios e humanos, pois são inimigos de si mesmos e de toda a humanidade.
- Acordem, gente, pois a ira de Deus é intensa e seu castigo é doloroso neste mundo antes do Outro.
- Acordem, gente. Olhem para o terremoto e as enchentes ao seu redor, como Deus destruiu milhares de pessoas com o terremoto de Haiti, em um minuto, com 7 graus na escala Richter. O que aconteceria se o tempo fosse maior? O que aconteceria se o grau for mais alto? O que veda que isso aconteça em qualquer parte da terra? Deus fez o terremoto e as enchentes mensagens para os seres humanos para acordarem. Porém, não entenderam a lição. Deus disse: “Nós os advertimos! Porém, isto não fez mais do que aumentar a sua grande transgressão.” (17:60).
Acordem, gente. Nós lhes desejamos o bem. Acordem!
O Verdadeiro Preservativo
Tomou-se providências para limitar a AIDS e outras doenças venérias com a distribuição de milhões de preservativos masculinos. Onde está o preservativo contra a ira do Compulsor, Onde está o preservativo dos terremotos, dos vulcões, das enchentes e dos furacões, que representam os soldados de Deus que Ele envia sobre quem quiser de Seus servos rebeldes? Onde está o preservativo do Fogo do Inferno? Onde está o preservativo da aflição, da preocupação, da tristeza, do rancor que se abatem sobre os opositores?
Deus, Exaltado seja, diz: “Acaso, não percorreram a terra para verem qual foi a sorte dos seus antepassados? Eram superiores a eles em força e traços (que eles deixaram) na terra; porém, Deus os exterminou, por seus pecados, e não tiveram ninguém que os salvasse dos desígnios de Deus” (4):21).
O verdadeiro preservativo é a obediência e a adoração a Deus, como Ele deseja.
Fiquem prevenidos, caros muçulmanos:
Aqui dizemos aos muçulmanos: Fiquem atentos para não participarem, assistirem ou gostarem dessas festividades que irritam ao nosso Senhor, onde a religião é sacrificada, os méritos são eliminados, as bandeiras dos pecados são erguidas bem alto, declarando, com a sua conduta: “Não O adoramos, Senhor. Não seguimos o Seu Método. Proibiu a fornicação e a cometemos, proibiu as bebidas inebriantes e as bebemos. Proibiu a nudez e as mulheres sairão nuas, dançantes provocando todo tipo de pecado. Vamos viver como gostamos e não como nos estabeleceu. Não tememos o Seu Inferno e nem desejamos o Seu Paraíso.
Caros muçulmanos, querem participar desses símbolos?
Castigos e maldições pelas desobediências:
Caros muçulmanos, vocês sabem que essas festividades constituem em combater a Deus, em graves e incontáveis, desobediências que causam sequelas, maldições e castigos?
O Imam Ibn Al Kaiem (Que Deus o tenha em Sua misericórdia), no livro: a doença e o remédio, citou mais de quarenta castigos pelas desobediências, entre os quais citamos:
1 – Privação do conhecimento de Deus, o mais importante conhecimento, o segredo do lucro e da salvação. O conhecimento é luz que Deus incute no coração e a desobediência apaga aquela luz. O Cháfi-i disse: “Vejo que Deus colocou luz em seu coração, não a apague com as desobediências.”
2 - Privação da riqueza: O Rassulullah (S) disse: “A pessoa será privada da riqueza com o pecado que comete.” A riqueza não é de dinheiro apenas, mas é tudo que beneficia o ser humano.
3 – Um vazio que o desobediente sente no coração: Um vazio entre ele e Deus que não pode ser substituída por satisfação alguma, mesmo que se juntam as satisfações de todo o mundo não preenche aquele vazio.
4 – Um vazio que acontece entre ele e os homens de bem. Quanto mais forte aquele vazio, mais se afasta deles e de suas assembléias e das mesquitas.
5 – A piora de seus problemas: Não se dirige a uma coisa sem encontrá-lo difícil e fechado perante ele.
6 – Uma escuridão que ele encontra realmente no coração. Sente-a como sente as trevas da noite. Ela cresce até aparecer nos olhos, então cresce até aparecer no rosto e se tornar escuro nele que as pessoas de bem o veem nele.
7 – As desobediências enfraquecem o coração e o corpo. O enfraquecimento do coração é uma questão patente. Quanto ao enfraquecimento do corpo, o imoral, mesmo que tenha o corpo forte, é a pessoa mais fraca na hora da necessidade.
8 – Privação da obediência. Com o pecado, priva-se de muitas obediências, cada uma é melhor para ele do que o mundo e o que possui. Não consegue praticar as orações, nem lembrar-se de Deus nem praticar o bem.
9 – As desobediências reduzem o tempo de vida e eliminam as bênçãos. Certamente, da mesma forma que a piedade aumenta o tempo de vida, a imoralidade a reduz. O segredo da questão é que a idade do ser humano e o tempo de sua vida, e não há vida sem se submeter-se a Deus, usufruir de Seu amor, lembrá-Lo, louvá-Lo e satisfazê-Lo. O desobediente acaba com a vida atrás das mulheres, das bebidas inebriantes e da imoralidade.
10 – As desobediências geram uma às outras. Alguns antecedentes disseram: O castigo pelo mal é o mal seguinte. A recompensa pelo bem é o bem seguinte. A companhia dos maus gera o consumir bebida inebriante, então a fornicação, que por causar a negação de Deus, que Ele nos livre disso.
11 – A desobediência enfraquece a boa vontade: Cresce a vontade pela desobediência e enfraquece a vontade do arrependimento.
12 - Acostumar-se a praticar a desobediência – Esse é um mal maior – ao ponto de extrair do coração a sua condenação. Torna-se um costume, sem se importar com a consideração das pessoas nem com seus comentários.
13 – A desobediência causa a afronta de Deus ao servo. Deus, Altíssimo, disse: “E a quem Deus afrontar não achará quem o honre.” (22:18).
14 – O malefício da desobediência: O malefício da desobediência vira-se contra ele e se queimará juntamente com outros por causa do malefício dos pecados e da injustiça.
15 – A desobediência gera a vileza: A glória, toda glória, reside na obediência a Deus. Ele disse: “Quem ambiciona a glória, saiba que toda glória pertence integralmente a Deus” (35:10).
16 – A desobediência corrompe a mente: A mente tem uma luz e a obediência apaga a luz da mente. Certamente, se a sua luz apagar, perde a sua função.
17 – Os pecados, quando aumentam, selam o coração do praticante, tronando-o ignorante. Deus, exaltado seja, disse: “Em seus corações há a mácula (do pecado), que cometem.” (83:14).
18 – Os pecados fazem o servo ingressar sob a maldição do Profeta (S). Ele amaldiçoou toda desobediência como os homens parecerem-se com mulheres, as mulheres parecerem-se como homens e o suborno. O que acontece no Carnaval é bem mais grave do que isso e merece mais ser mais amaldiçoado. Você gostaria que a maldição do Profeta (S) recaia sobre você?
19 – Os pecados são a causa da privação da invocação do Rassulullah (S) e a invocação dos anjos: Deus, Glorificado seja, ordenou o Seu Profeta de pedir perdão pelos crentes (homens e mulheres). Será que quem participa do carnaval é um deles?
20 – Os pecados e as desobediências causam na terra algumas espécies de poluição: na água, no ar, nas plantas, nos frutos, nas residências. Deus, Altíssimo, diz: “A corrupção surgiu na terra e no mar por causa do que as mãos dos humanos lucraram. E (Deus) os fará sentir o gosto do que cometeram. Quiçá assim se abstenham disso.” (30:41). Entre as influências das obediências na terra é o que acontece de eclipses, de terremotos e a eliminação das bênçãos.
21 – As desobediências enfraquecem no coração o engrandecimento de Deus, o Majestoso, o respeito a Ele, quer o servo queira ou não. Alguns castigos para isso eliminam a reverência dos corações das criaturas, negligencia-os como eles O negligenciaram, e os menospreza como eles O menosprezaram.
22 – A desobediência causa o esquecimento de Deus ao servo, abandonando-o à mercê de seu demônio. Nisso reside a perdição sem volta. Deus, o Altíssimo, disse: “Ó crentes, temei a Allah! E que cada alma considere o que (de provisão) tiver guardado, para o dia de amanhã; temei, pois, a Allah, porque Allah está bem inteirado de tudo quanto fazeis. E não sejais como aqueles que se esqueceram de Allah e, por isso mesmo, Ele os fez esquecerem-se de si próprios. Estes são os depravados!” (59:18-19).
23 – Os pecados eliminam as dádivas. Quando uma dádiva desaparece do servo, é por causa de um pecado; cada desgraça que lhe acontece, é por causa de um pecado. Deus, o Altíssimo, disse: “Isso, porque Allah jamais muda as mercês com que tem agraciado um povo, a menos que este mude o que há em seu íntimo.” (8:53).
Acertou quem disse:
Se estiver usufruindo de uma dádiva, cuide dela
Pois as desobediências eliminam as dádivas
Conserve-a com a obediência ao Senhor dos servos,
Pois Ele é pido no castigo pelas desobediências.
24 – Entre os castigos pelas desobediências é o temor que Deus, Glorificado seja, introduz no coração do desobediente. Você só o vê com medo, aterrorizado. A obediência é a fortaleza mais importante de Deus. Quem nela ingressar estará seguro do castigo deste mundo e do Outro. Quem dela sair será cercado pelo medo.
25 – As desobediências cegam a visão do coração, cobre a sua luz, fecha os caminhos do conhecimento, e veda as fontes da orientação.
26 – Entre os castigos da desobediência é a vida miserável nesta vida, no purgatório e na Outra vida. Deus, o Altíssimo, diz: “Quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida” (20:124).
Caros irmãos e caras irmãs:
Esses são alguns castigos pelas desobediências e pelos pecados. O sensato é aquele que sente que um só deles é o suficiente para que ele se arrependa e peça perdão, voltando para Deus, Exaltado seja.
É seu dever, irmão muçulmano, a se apressar em se arrepender e retornar a Deus. Ele disse: “Dize: Ó servos Meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Allah; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo.” (39:53), com a condição que não retornem mais ao pecado.
O Profeta (S) disse: “Deus, o Altíssimo, estende Sua mão, à noite, para que se arrependa o malfeitor do que tenha cometido durante o dia, e estende Sua mão, de dia, para que se arrependa o malfeitor do que tenha cometido durante a noite. E, assim, até que o sol saia do seu poente.”
Cuidado com o arrependimento mentiroso, que é feito com a língua e não com o coração, que está envolvido na desobediência, decidido em cometê-la quando surge a oportunidade. Não menospreze a desobediência, pois ela é a causa da saída dos nossos pais do Paraíso, é a causa da expulsão de Satanás do Reino. Ela é que causou a ventania sobre o povo de Ád, deixando-os sem vida, como um tronco de tamareira vazia. A desobediência enviou o estrondo sobre o povo de Samud, partindo-lhes os corações, destruiu as cidades do povo de Lot. A desobediência enviou sobre o povo de Xu’aib as nuvens de castigo e fez chover sobre eles fogo do céu. A desobediência afogou o Faraó e seu povo no mar e transferiu suas almas para o inferno. A desobediência é a causa de toda desgraça e calamidade que acomete o filho de Adão. As desobediências se aglomeram e recaem sobre o servo para destruí-lo.
Pedimos a Deus que nos livre dos castigos e nos conceda a paz
Que Deus abençoe e dê paz ao Profeta Mohammad, aos seus familiares e aos seus companheiros, amém.
Agradecemos Allah SW pela vida, as bênçãos e o entendimento que temos recebido através dos ensinamentos ministrados pelos líderes do site http://www.islam.com.br/ . Que possa ser derramado em suas vidas muitos barakas e também sobre seu familiares e frequentadores do Centro Islâmio de Foz de Iguaçu essa grande escola de salvação de almas no Brasil.
Jazaka Alahu Gharyr - Hajj Hamza Abdullah Islam o menor dos servos de Allah SW.
Fonte: http://www.islam.com.br/
Estamos no limiar das festividades carnavalescas no Brasil, depois de enormes preparações, mesclada de saudades e esperanças dos participantes, dos apreciadores as festividades, com seus sonhos rosados. Todos preparam seus soldados para combaterem a Deus, Exaltado seja. Por isso, perguntamos:
-Será que essas pessoas sabem que o que fazem irrita a Deus?
-Conseguem eles combater a Deus?
-Será que Deus criou o ser humano para dançar, embebedar-se, fornicar e cometer todo tipo de pecado?
-Será que essa é a missão do ser humano na terra?
-Será que essas pessoas estão seguras de que a maldição de Deus não irá cair sobre elas, ou que não serão destruídas enquanto estão dançando?
-Será que estão seguras que não irão se apresentar a Deus, no Dia da Ressurreição para prestarem contas de seus atos?
-Será que esses atos trazem realmente alegria e felicidade perenes e o bem da sociedade?
Todas essas perguntas, juntamente com outras, se fazem presentes. Por isso, dizemos:
- Acordem, gente. Deus os criou para adorarem somente a Ele e ordenou-os temê-Lo.
- Acordem, gente. Sigam a religião e a mente e não seguem os desejos. Não seguem os demônios, gênios e humanos, pois são inimigos de si mesmos e de toda a humanidade.
- Acordem, gente, pois a ira de Deus é intensa e seu castigo é doloroso neste mundo antes do Outro.
- Acordem, gente. Olhem para o terremoto e as enchentes ao seu redor, como Deus destruiu milhares de pessoas com o terremoto de Haiti, em um minuto, com 7 graus na escala Richter. O que aconteceria se o tempo fosse maior? O que aconteceria se o grau for mais alto? O que veda que isso aconteça em qualquer parte da terra? Deus fez o terremoto e as enchentes mensagens para os seres humanos para acordarem. Porém, não entenderam a lição. Deus disse: “Nós os advertimos! Porém, isto não fez mais do que aumentar a sua grande transgressão.” (17:60).
Acordem, gente. Nós lhes desejamos o bem. Acordem!
O Verdadeiro Preservativo
Tomou-se providências para limitar a AIDS e outras doenças venérias com a distribuição de milhões de preservativos masculinos. Onde está o preservativo contra a ira do Compulsor, Onde está o preservativo dos terremotos, dos vulcões, das enchentes e dos furacões, que representam os soldados de Deus que Ele envia sobre quem quiser de Seus servos rebeldes? Onde está o preservativo do Fogo do Inferno? Onde está o preservativo da aflição, da preocupação, da tristeza, do rancor que se abatem sobre os opositores?
Deus, Exaltado seja, diz: “Acaso, não percorreram a terra para verem qual foi a sorte dos seus antepassados? Eram superiores a eles em força e traços (que eles deixaram) na terra; porém, Deus os exterminou, por seus pecados, e não tiveram ninguém que os salvasse dos desígnios de Deus” (4):21).
O verdadeiro preservativo é a obediência e a adoração a Deus, como Ele deseja.
Fiquem prevenidos, caros muçulmanos:
Aqui dizemos aos muçulmanos: Fiquem atentos para não participarem, assistirem ou gostarem dessas festividades que irritam ao nosso Senhor, onde a religião é sacrificada, os méritos são eliminados, as bandeiras dos pecados são erguidas bem alto, declarando, com a sua conduta: “Não O adoramos, Senhor. Não seguimos o Seu Método. Proibiu a fornicação e a cometemos, proibiu as bebidas inebriantes e as bebemos. Proibiu a nudez e as mulheres sairão nuas, dançantes provocando todo tipo de pecado. Vamos viver como gostamos e não como nos estabeleceu. Não tememos o Seu Inferno e nem desejamos o Seu Paraíso.
Caros muçulmanos, querem participar desses símbolos?
Castigos e maldições pelas desobediências:
Caros muçulmanos, vocês sabem que essas festividades constituem em combater a Deus, em graves e incontáveis, desobediências que causam sequelas, maldições e castigos?
O Imam Ibn Al Kaiem (Que Deus o tenha em Sua misericórdia), no livro: a doença e o remédio, citou mais de quarenta castigos pelas desobediências, entre os quais citamos:
1 – Privação do conhecimento de Deus, o mais importante conhecimento, o segredo do lucro e da salvação. O conhecimento é luz que Deus incute no coração e a desobediência apaga aquela luz. O Cháfi-i disse: “Vejo que Deus colocou luz em seu coração, não a apague com as desobediências.”
2 - Privação da riqueza: O Rassulullah (S) disse: “A pessoa será privada da riqueza com o pecado que comete.” A riqueza não é de dinheiro apenas, mas é tudo que beneficia o ser humano.
3 – Um vazio que o desobediente sente no coração: Um vazio entre ele e Deus que não pode ser substituída por satisfação alguma, mesmo que se juntam as satisfações de todo o mundo não preenche aquele vazio.
4 – Um vazio que acontece entre ele e os homens de bem. Quanto mais forte aquele vazio, mais se afasta deles e de suas assembléias e das mesquitas.
5 – A piora de seus problemas: Não se dirige a uma coisa sem encontrá-lo difícil e fechado perante ele.
6 – Uma escuridão que ele encontra realmente no coração. Sente-a como sente as trevas da noite. Ela cresce até aparecer nos olhos, então cresce até aparecer no rosto e se tornar escuro nele que as pessoas de bem o veem nele.
7 – As desobediências enfraquecem o coração e o corpo. O enfraquecimento do coração é uma questão patente. Quanto ao enfraquecimento do corpo, o imoral, mesmo que tenha o corpo forte, é a pessoa mais fraca na hora da necessidade.
8 – Privação da obediência. Com o pecado, priva-se de muitas obediências, cada uma é melhor para ele do que o mundo e o que possui. Não consegue praticar as orações, nem lembrar-se de Deus nem praticar o bem.
9 – As desobediências reduzem o tempo de vida e eliminam as bênçãos. Certamente, da mesma forma que a piedade aumenta o tempo de vida, a imoralidade a reduz. O segredo da questão é que a idade do ser humano e o tempo de sua vida, e não há vida sem se submeter-se a Deus, usufruir de Seu amor, lembrá-Lo, louvá-Lo e satisfazê-Lo. O desobediente acaba com a vida atrás das mulheres, das bebidas inebriantes e da imoralidade.
10 – As desobediências geram uma às outras. Alguns antecedentes disseram: O castigo pelo mal é o mal seguinte. A recompensa pelo bem é o bem seguinte. A companhia dos maus gera o consumir bebida inebriante, então a fornicação, que por causar a negação de Deus, que Ele nos livre disso.
11 – A desobediência enfraquece a boa vontade: Cresce a vontade pela desobediência e enfraquece a vontade do arrependimento.
12 - Acostumar-se a praticar a desobediência – Esse é um mal maior – ao ponto de extrair do coração a sua condenação. Torna-se um costume, sem se importar com a consideração das pessoas nem com seus comentários.
13 – A desobediência causa a afronta de Deus ao servo. Deus, Altíssimo, disse: “E a quem Deus afrontar não achará quem o honre.” (22:18).
14 – O malefício da desobediência: O malefício da desobediência vira-se contra ele e se queimará juntamente com outros por causa do malefício dos pecados e da injustiça.
15 – A desobediência gera a vileza: A glória, toda glória, reside na obediência a Deus. Ele disse: “Quem ambiciona a glória, saiba que toda glória pertence integralmente a Deus” (35:10).
16 – A desobediência corrompe a mente: A mente tem uma luz e a obediência apaga a luz da mente. Certamente, se a sua luz apagar, perde a sua função.
17 – Os pecados, quando aumentam, selam o coração do praticante, tronando-o ignorante. Deus, exaltado seja, disse: “Em seus corações há a mácula (do pecado), que cometem.” (83:14).
18 – Os pecados fazem o servo ingressar sob a maldição do Profeta (S). Ele amaldiçoou toda desobediência como os homens parecerem-se com mulheres, as mulheres parecerem-se como homens e o suborno. O que acontece no Carnaval é bem mais grave do que isso e merece mais ser mais amaldiçoado. Você gostaria que a maldição do Profeta (S) recaia sobre você?
19 – Os pecados são a causa da privação da invocação do Rassulullah (S) e a invocação dos anjos: Deus, Glorificado seja, ordenou o Seu Profeta de pedir perdão pelos crentes (homens e mulheres). Será que quem participa do carnaval é um deles?
20 – Os pecados e as desobediências causam na terra algumas espécies de poluição: na água, no ar, nas plantas, nos frutos, nas residências. Deus, Altíssimo, diz: “A corrupção surgiu na terra e no mar por causa do que as mãos dos humanos lucraram. E (Deus) os fará sentir o gosto do que cometeram. Quiçá assim se abstenham disso.” (30:41). Entre as influências das obediências na terra é o que acontece de eclipses, de terremotos e a eliminação das bênçãos.
21 – As desobediências enfraquecem no coração o engrandecimento de Deus, o Majestoso, o respeito a Ele, quer o servo queira ou não. Alguns castigos para isso eliminam a reverência dos corações das criaturas, negligencia-os como eles O negligenciaram, e os menospreza como eles O menosprezaram.
22 – A desobediência causa o esquecimento de Deus ao servo, abandonando-o à mercê de seu demônio. Nisso reside a perdição sem volta. Deus, o Altíssimo, disse: “Ó crentes, temei a Allah! E que cada alma considere o que (de provisão) tiver guardado, para o dia de amanhã; temei, pois, a Allah, porque Allah está bem inteirado de tudo quanto fazeis. E não sejais como aqueles que se esqueceram de Allah e, por isso mesmo, Ele os fez esquecerem-se de si próprios. Estes são os depravados!” (59:18-19).
23 – Os pecados eliminam as dádivas. Quando uma dádiva desaparece do servo, é por causa de um pecado; cada desgraça que lhe acontece, é por causa de um pecado. Deus, o Altíssimo, disse: “Isso, porque Allah jamais muda as mercês com que tem agraciado um povo, a menos que este mude o que há em seu íntimo.” (8:53).
Acertou quem disse:
Se estiver usufruindo de uma dádiva, cuide dela
Pois as desobediências eliminam as dádivas
Conserve-a com a obediência ao Senhor dos servos,
Pois Ele é pido no castigo pelas desobediências.
24 – Entre os castigos pelas desobediências é o temor que Deus, Glorificado seja, introduz no coração do desobediente. Você só o vê com medo, aterrorizado. A obediência é a fortaleza mais importante de Deus. Quem nela ingressar estará seguro do castigo deste mundo e do Outro. Quem dela sair será cercado pelo medo.
25 – As desobediências cegam a visão do coração, cobre a sua luz, fecha os caminhos do conhecimento, e veda as fontes da orientação.
26 – Entre os castigos da desobediência é a vida miserável nesta vida, no purgatório e na Outra vida. Deus, o Altíssimo, diz: “Quem desdenhar a Minha Mensagem, levará uma mísera vida” (20:124).
Caros irmãos e caras irmãs:
Esses são alguns castigos pelas desobediências e pelos pecados. O sensato é aquele que sente que um só deles é o suficiente para que ele se arrependa e peça perdão, voltando para Deus, Exaltado seja.
É seu dever, irmão muçulmano, a se apressar em se arrepender e retornar a Deus. Ele disse: “Dize: Ó servos Meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Allah; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo.” (39:53), com a condição que não retornem mais ao pecado.
O Profeta (S) disse: “Deus, o Altíssimo, estende Sua mão, à noite, para que se arrependa o malfeitor do que tenha cometido durante o dia, e estende Sua mão, de dia, para que se arrependa o malfeitor do que tenha cometido durante a noite. E, assim, até que o sol saia do seu poente.”
Cuidado com o arrependimento mentiroso, que é feito com a língua e não com o coração, que está envolvido na desobediência, decidido em cometê-la quando surge a oportunidade. Não menospreze a desobediência, pois ela é a causa da saída dos nossos pais do Paraíso, é a causa da expulsão de Satanás do Reino. Ela é que causou a ventania sobre o povo de Ád, deixando-os sem vida, como um tronco de tamareira vazia. A desobediência enviou o estrondo sobre o povo de Samud, partindo-lhes os corações, destruiu as cidades do povo de Lot. A desobediência enviou sobre o povo de Xu’aib as nuvens de castigo e fez chover sobre eles fogo do céu. A desobediência afogou o Faraó e seu povo no mar e transferiu suas almas para o inferno. A desobediência é a causa de toda desgraça e calamidade que acomete o filho de Adão. As desobediências se aglomeram e recaem sobre o servo para destruí-lo.
Pedimos a Deus que nos livre dos castigos e nos conceda a paz
Que Deus abençoe e dê paz ao Profeta Mohammad, aos seus familiares e aos seus companheiros, amém.
Agradecemos Allah SW pela vida, as bênçãos e o entendimento que temos recebido através dos ensinamentos ministrados pelos líderes do site http://www.islam.com.br/ . Que possa ser derramado em suas vidas muitos barakas e também sobre seu familiares e frequentadores do Centro Islâmio de Foz de Iguaçu essa grande escola de salvação de almas no Brasil.
Jazaka Alahu Gharyr - Hajj Hamza Abdullah Islam o menor dos servos de Allah SW.
Fonte: http://www.islam.com.br/
sexta-feira, janeiro 21, 2011
Khutba As características Morais do Profeta Mohammad (s)
Assalamu alaikum!
O Louvor pertence à Allah, nós o louvamos e o glorificamos. A Ele rogamos ajuda e orientação. E nele nos refugiamos do mal que há em nossas almas e de nossas más ações. Testemunhamos que não divindade além de Allah, Deus Único sem associados ou parceiros, e testemunhamos que Mohammad é seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.
Ademais, queridos irmãos e irmãs no Islam! O assunto abordado pelo Imam nesta sexta-feira foi “As características Morais do Profeta Mohammad (s)”.
O Mensageiro de Deus (s) tinha um intelecto excelente, completo e destacável. Nenhum homem teve um intelecto tão completo e perfeito como ele. Isto se faz evidente quando pesquisamos ou lemos a biografia do Profeta e entendemos sua situação, suas significativas e compreensivas palavras, suas tradições, seus bons modos, sua ética e sua moral; sua capacidade de mostrar exemplos e de implementar políticas e comportamentos corretos. Foi um exemplo que sua gente procurava em todos os ramos do conhecimento, atos de adoração, medicina, leis de sucessão, linhagem e outros temas. Conhecia e aprendia tudo sem ler nem examinar as Escrituras daqueles que nos antecederam; também não se sentava com especialistas. O Profeta não teve uma educação formal, e ainda assim, sabia todo o conhecimento passado; foi designado como Profeta, sem saber ler nem escrever.
A.ishah ®, sua esposa, ao ser questionada sobre o comportamento do Profeta disse: “Seus modos eram o Alcorão.” Isto significa que o Profeta se regia pelas leis e mandamentos corânicos e se abstinha do que o Alcorão proibia. Cumpria com todos os seus atos virtuosos. O Profeta (s) disse: “Deus me enviou para aperfeiçoar os bons costumes e completar as boas ações.” (Bukhari e Ahmad).
Deus, o Altíssimo, descreveu o Profeta (s) da seguinte maneira: “Certamente és de uma natureza e moral grandiosas.” [68:4]
Anas b. Malik, que Deus esteja comprazido com ele, foi o serviçal do Profeta durante dez anos, dia após dia, durante suas viagens e também quando residia em Medina. Durante esse tempo, conheceu os modos do Profeta. A esse respeito, disse: “Por Allah, eu o servi durante nove anos, e ele nunca me disse, por nada que eu tivesse feito: ‘Por que fizeste isto ou aquilo?’ E jamais me culpou de nada. Por Allah, ele nunca disse para mim: ‘Arre!’ (para demonstrar o seu descontentamento).”
Al Bar’ra disse a respeito do mensageiro de Deus (s): “O Mensageiro de Deus era o mais afeiçoado dentre as pessoas, e tinha o melhor caráter e não era alto e nem baixo.”
Aicha (R) narrou: “O Mensageiro de Allah (S) nunca desperdiçava a oportunidade de escolher a mais fácil, dentre duas coisas, contanto que nenhum pecado estivesse envolvido. Contudo, se estivesse, não havia ninguém que dela mais se afastasse do que ele. O Mensageiro de Allah (S) jamais tirava satisfação de nada, em benefício próprio, a menos no caso de que algo que Allah houvesse proibido fosse transgredido, de cujo evento se vingava, em prol de Allah.” [Bukhári e Musslim.]
Aicha (R) narrou: “O Mensageiro de Allah (S) jamais golpeou alguém com sua mão, nem mulher nem criado, a menos que estivesse porfiando na causa de Allah. E nunca nada lhe foi feito que se vingasse daquele que lho fizera, exceto quanto às coisas que Allah havia proibido e que foram transgredidas, no que ele se vingava, em prol de Allah.” [Musslim.]
Quanto a Clemência do Profeta de Allah (s) relata-se do dia da conquista de Makka, quando seguiam para aquela cidade que outrora o expulsara juntamente com seus companheiros, os chefes de Makaa Abu Sufyan Bin Harith Bin Abdul Muttalib e AbdAllah Bin Abi Umayah, ambos primos do Profeta, foram quem mais maltrataram o Mensageiro e foram quem mais investiram em seu combate no inicio da Profecia. Antes de entrarem na cidade eles vieram ter com o Profeta (s) e ele os evitou, então Ali Bin Abi Talib orientou-os a ficarem de frente para o Mensageiro de Allah (s) e orientou-os a dizer o mesmo que os irmãos do pofeta Yussuf (as) disseram a ele quando pediram o perdão.
Então eles se aproximaram pela frente e disseram: Por Allah! Com efeito, Allah te deu preferência sobre nós, e por certo, estávamos errados. Então com clemência o Profeta Mohammad (s) respondeu: “Não há exprobração a vós, hoje. Que Allah vos perdoe. E Ele é O mais Misericordiador dos misericordiosos.” Cap 12 ver 91 e 92.
E temos no alcorão sagrado vários versículos que orientaram o mensageiro de Deus a alcançar a excelência de caráter, por exemplo os seguintes versículos.
(Al A’araf) 199-Conserva-te indulgente, encomenda o bem e foge dos insipientes. 200-E quando alguma tentação de Satanás te assediar, ampara-te em Deus, porque Ele é Oniouvinte, Sapientíssimo.
(Anahl) 90-Deus ordena a justiça, a caridade, o auxílio aos parentes, e veda a obscenidade, o ilícito e a iniqüidade. Ele vos exorta a que mediteis.
(Lucman) 17..... observa a oração, recomenda o bem, proíbe o ilícito e sofre pacientemente tudo quanto te suceda, porque isto é firmeza (de proprósito na condução) dos assuntos.
(Axura) 43..... quem perseverar e perdoar, saberá que isso é um fator determinante em todos os assuntos.
Fussilat) 34-Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Mohammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!
E o profeta Muhammad (s) ensinava seus companheiros a seguir seu exemplo de bom comportamento e caráter. Certa vez ele orientou Muaadh dizendo: Ó Muaadh seja temente a Deus e seja veraz no dizer, honre o compromisso assumido, devolva os depósitos de confiança, abandona a traição, zela os direitos do vizinho, seja bondoso com o órfão, seja de fácil e fino trato com as pessoas, e sauda as pessoas com a paz, seja eficiente no trabalho, seja perseverante no que diz respeito a crença, e se esforça para compreender o alkuran, ama a outra vida e tema o acerto de contas com Deus, e proíbo-te ó Muaadh de chingar um virtuoso e desmentir o veraz, e de praticar algum pecado e desobedecer o responsável justo, não seja injusto com as pedras nem com as árvores ou plantas. Roga a Deus pelo perdão e arrependa de cada pecado cometido.
Queridos irmãos e irmãs no Islam, essa orientação do Profeta Mohammad (s) para Muaadh é uma convocação para pratica de bons modos e um chamamento para aperfeiçoar o caráter de todo muçulmano a fim de alcançarmos a excelência no caráter.
Para concluir, Muhammad (s) é um brilhante exemplo para a humanidade. Seu caráter era puro. Seu lar, sua vestimenta, sua comida estavam caracterizados por uma rara simplicidade. Ele tinha tão poucas pretensões, que não aceitava receber nenhum tipo especial de reverências, nem tampouco algum serviço especial de alguém, que ele mesmo pudesse fazer. Era acessível a todos, em todos os momentos. Visitava os enfermos e estava repleto de solidariedade para com todos. Ilimitada eram sua benevolência e generosidade como também seu ansioso cuidado pelo bem-estar de sua comunidade. Seus triunfos militares não despertaram nele nem orgulho nem vaidade como o teriam feito se tivessem sido afetados com propósitos egoístas. No tempo de maior poder, ele manteve a mesma simplicidade nos modos e aparência que nos dias de adversidade.
Que a paz e as bênçãos de Deus estejam com Mohammad, com seus familiares e companheiros e todos aqueles que se esforçarem a seguir suas orientações e seus exemplos. Amin ua Salam alaikum.
Khutba
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede
entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
O Louvor pertence à Allah, nós o louvamos e o glorificamos. A Ele rogamos ajuda e orientação. E nele nos refugiamos do mal que há em nossas almas e de nossas más ações. Testemunhamos que não divindade além de Allah, Deus Único sem associados ou parceiros, e testemunhamos que Mohammad é seu servo e mensageiro, que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.
Ademais, queridos irmãos e irmãs no Islam! O assunto abordado pelo Imam nesta sexta-feira foi “As características Morais do Profeta Mohammad (s)”.
O Mensageiro de Deus (s) tinha um intelecto excelente, completo e destacável. Nenhum homem teve um intelecto tão completo e perfeito como ele. Isto se faz evidente quando pesquisamos ou lemos a biografia do Profeta e entendemos sua situação, suas significativas e compreensivas palavras, suas tradições, seus bons modos, sua ética e sua moral; sua capacidade de mostrar exemplos e de implementar políticas e comportamentos corretos. Foi um exemplo que sua gente procurava em todos os ramos do conhecimento, atos de adoração, medicina, leis de sucessão, linhagem e outros temas. Conhecia e aprendia tudo sem ler nem examinar as Escrituras daqueles que nos antecederam; também não se sentava com especialistas. O Profeta não teve uma educação formal, e ainda assim, sabia todo o conhecimento passado; foi designado como Profeta, sem saber ler nem escrever.
A.ishah ®, sua esposa, ao ser questionada sobre o comportamento do Profeta disse: “Seus modos eram o Alcorão.” Isto significa que o Profeta se regia pelas leis e mandamentos corânicos e se abstinha do que o Alcorão proibia. Cumpria com todos os seus atos virtuosos. O Profeta (s) disse: “Deus me enviou para aperfeiçoar os bons costumes e completar as boas ações.” (Bukhari e Ahmad).
Deus, o Altíssimo, descreveu o Profeta (s) da seguinte maneira: “Certamente és de uma natureza e moral grandiosas.” [68:4]
Anas b. Malik, que Deus esteja comprazido com ele, foi o serviçal do Profeta durante dez anos, dia após dia, durante suas viagens e também quando residia em Medina. Durante esse tempo, conheceu os modos do Profeta. A esse respeito, disse: “Por Allah, eu o servi durante nove anos, e ele nunca me disse, por nada que eu tivesse feito: ‘Por que fizeste isto ou aquilo?’ E jamais me culpou de nada. Por Allah, ele nunca disse para mim: ‘Arre!’ (para demonstrar o seu descontentamento).”
Al Bar’ra disse a respeito do mensageiro de Deus (s): “O Mensageiro de Deus era o mais afeiçoado dentre as pessoas, e tinha o melhor caráter e não era alto e nem baixo.”
Aicha (R) narrou: “O Mensageiro de Allah (S) nunca desperdiçava a oportunidade de escolher a mais fácil, dentre duas coisas, contanto que nenhum pecado estivesse envolvido. Contudo, se estivesse, não havia ninguém que dela mais se afastasse do que ele. O Mensageiro de Allah (S) jamais tirava satisfação de nada, em benefício próprio, a menos no caso de que algo que Allah houvesse proibido fosse transgredido, de cujo evento se vingava, em prol de Allah.” [Bukhári e Musslim.]
Aicha (R) narrou: “O Mensageiro de Allah (S) jamais golpeou alguém com sua mão, nem mulher nem criado, a menos que estivesse porfiando na causa de Allah. E nunca nada lhe foi feito que se vingasse daquele que lho fizera, exceto quanto às coisas que Allah havia proibido e que foram transgredidas, no que ele se vingava, em prol de Allah.” [Musslim.]
Quanto a Clemência do Profeta de Allah (s) relata-se do dia da conquista de Makka, quando seguiam para aquela cidade que outrora o expulsara juntamente com seus companheiros, os chefes de Makaa Abu Sufyan Bin Harith Bin Abdul Muttalib e AbdAllah Bin Abi Umayah, ambos primos do Profeta, foram quem mais maltrataram o Mensageiro e foram quem mais investiram em seu combate no inicio da Profecia. Antes de entrarem na cidade eles vieram ter com o Profeta (s) e ele os evitou, então Ali Bin Abi Talib orientou-os a ficarem de frente para o Mensageiro de Allah (s) e orientou-os a dizer o mesmo que os irmãos do pofeta Yussuf (as) disseram a ele quando pediram o perdão.
Então eles se aproximaram pela frente e disseram: Por Allah! Com efeito, Allah te deu preferência sobre nós, e por certo, estávamos errados. Então com clemência o Profeta Mohammad (s) respondeu: “Não há exprobração a vós, hoje. Que Allah vos perdoe. E Ele é O mais Misericordiador dos misericordiosos.” Cap 12 ver 91 e 92.
E temos no alcorão sagrado vários versículos que orientaram o mensageiro de Deus a alcançar a excelência de caráter, por exemplo os seguintes versículos.
(Al A’araf) 199-Conserva-te indulgente, encomenda o bem e foge dos insipientes. 200-E quando alguma tentação de Satanás te assediar, ampara-te em Deus, porque Ele é Oniouvinte, Sapientíssimo.
(Anahl) 90-Deus ordena a justiça, a caridade, o auxílio aos parentes, e veda a obscenidade, o ilícito e a iniqüidade. Ele vos exorta a que mediteis.
(Lucman) 17..... observa a oração, recomenda o bem, proíbe o ilícito e sofre pacientemente tudo quanto te suceda, porque isto é firmeza (de proprósito na condução) dos assuntos.
(Axura) 43..... quem perseverar e perdoar, saberá que isso é um fator determinante em todos os assuntos.
Fussilat) 34-Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Mohammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!
E o profeta Muhammad (s) ensinava seus companheiros a seguir seu exemplo de bom comportamento e caráter. Certa vez ele orientou Muaadh dizendo: Ó Muaadh seja temente a Deus e seja veraz no dizer, honre o compromisso assumido, devolva os depósitos de confiança, abandona a traição, zela os direitos do vizinho, seja bondoso com o órfão, seja de fácil e fino trato com as pessoas, e sauda as pessoas com a paz, seja eficiente no trabalho, seja perseverante no que diz respeito a crença, e se esforça para compreender o alkuran, ama a outra vida e tema o acerto de contas com Deus, e proíbo-te ó Muaadh de chingar um virtuoso e desmentir o veraz, e de praticar algum pecado e desobedecer o responsável justo, não seja injusto com as pedras nem com as árvores ou plantas. Roga a Deus pelo perdão e arrependa de cada pecado cometido.
Queridos irmãos e irmãs no Islam, essa orientação do Profeta Mohammad (s) para Muaadh é uma convocação para pratica de bons modos e um chamamento para aperfeiçoar o caráter de todo muçulmano a fim de alcançarmos a excelência no caráter.
Para concluir, Muhammad (s) é um brilhante exemplo para a humanidade. Seu caráter era puro. Seu lar, sua vestimenta, sua comida estavam caracterizados por uma rara simplicidade. Ele tinha tão poucas pretensões, que não aceitava receber nenhum tipo especial de reverências, nem tampouco algum serviço especial de alguém, que ele mesmo pudesse fazer. Era acessível a todos, em todos os momentos. Visitava os enfermos e estava repleto de solidariedade para com todos. Ilimitada eram sua benevolência e generosidade como também seu ansioso cuidado pelo bem-estar de sua comunidade. Seus triunfos militares não despertaram nele nem orgulho nem vaidade como o teriam feito se tivessem sido afetados com propósitos egoístas. No tempo de maior poder, ele manteve a mesma simplicidade nos modos e aparência que nos dias de adversidade.
Que a paz e as bênçãos de Deus estejam com Mohammad, com seus familiares e companheiros e todos aqueles que se esforçarem a seguir suas orientações e seus exemplos. Amin ua Salam alaikum.
Khutba
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede
entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Empenho e Força de Vontade
Em nome de Deus Clemente e Misericordioso
Louvado seja Deus, Senhor do Universo. Oh! Criador tenha misericórdia de nossas fraquezas, elimine nossas dificuldades e solucione nossos problemas. Testemunhamos que não há divindade a não ser ALLAH. Rogamos a ELE que guarde nosso testemunho para o dia em que nem o dinheiro e nem os filhos terão valor algum.
ALLAH O SAPIENTÍSSIMO diz na Surata Hud 52. Ó povo meu, implorai o perdão de vosso Senhor e voltai-vos arrependidos para Ele, Que vós enviará do céu copiosa chuva e adicionará força a vossa força. Não vós afasteis, tornando-vos pecadores!
E testemunhamos que Mohammad (SAAWS) é Seu servo e mensageiro, o escolhido dentre suas criaturas e é para ELE querido. O Profeta de Deus (SAAWS) disse: “Aquele que desejar ser o mais forte dentre as pessoas que então se entregue a Deus”.
Caros irmãos: O assunto é sobre a necessidade do indivíduo e da sua comunidade à força de vontade. Pois o indivíduo na sua vida apresenta largos sonhos, propósitos próximos e outros distantes; porém para alcança-los tem que atravessar um caminho longo, repleto de obstáculos e que apresenta diversos empecilhos e dificuldades. Algumas destas dificuldades são naturais e impostas por ALLAH e outras são impostas pela própria humanidade. Pois não é admirável que o homem permaneça toda a sua vida num esforço constante e ininterrupto para almejar tais sonhos e propósitos. Para percorrer este árduo caminho é necessário uma força que sirva como apoio para os momentos de fraquezas, uma força que forneça coragem no momento de medo e que funcione como guia nos momentos de desorientações.Tal força não é encontrada a não ser na sombra da convicção da fé em Deus. E a Fé em Deus, por sua vez, fornece ao crente a Força de vontade e também a vontade de ter a força. Pois o Crente não solicita a não ser a benção Divina, não teme a não ser o castigo infernal e não se importa ou se abala a não ser pelo amor à Deus. Em verdade o crente é forte por si só; até mesmo se não estiver empunhando uma arma. É rico até mesmo se seu cofre não estiver repleto de pratarias e ouro e é confiante até mesmo se encontrar-se desprovido do apoio de seus familiares e companheiros. O Profeta Mohammad (SAAWS) relatou: “Se temerem fervorosamente a Deus as montanhas desabarão com poder de vossas preces”
A força do crente tem 05 fontes. *A primeira delas é crença em Deus porque Ele é o Altíssimo Ele é o Poderoso e o Prudentíssimo. E por tal motivo se a pessoa se entregar a Deus Ele o resguardará.
ALLAH diz na Surata Alanfal 49. “Mas quem se entrega a Deus, saiba que Ele é Poderoso, Prudentíssimo”. E diz também na Surata AAL ‘Imran 160. “Se Deus vos secundar, ninguém poderá vencer-vos; por outra, se vos esquecer, quem, em vez d’Ele, vos ajudará? Que os fiéis se encomendem a Deus”. O fato de se entregar a Deus é fruto da Fé e não é uma rendição; pelo contrário entregar-se a Deus é uma ato de sabedoria e funciona como uma recarga espiritual que abastece o coração do crente com força para resistir às dificuldades e transpassar os obstáculos desta vida. No Alcorão Sagrado encontram-se várias passagens onde os mensageiros de Deus demonstraram sua fé em Deus ao enfrentarem seus povos para divulgar o que lhes foi revelado. O profeta Hud que a paz esteja com ele, enfrentou a ignorância e intolerância de seu povo como contam os seguintes versículos: Surata Hud 53. Responderam-lhe: Ó Hud, não tens apresentado nenhuma evidência, e jamais abandonaremos os nossos deuses pela tua palavra, nem em ti creremos. 54. Somente dizemos que algum dos nossos deuses te transtornou. Disse: Ponho Deus por testemunha, e testemunhai vós mesmos que estou isento de tudo quanto adorais. 55. Em vez d’Ele. Conspirai, pois, todos contra mim e não me poupeis. 56. Porque me encomendo a Deus, meu Senhor e vosso; sabei que não existe criatura que Ele não possa agarrar pelo topete. Meu Senhor esta na senda reta.
O profeta Ibrahim que a paz esteja com ele enfrentou a teimosia e a maldade de seu povo, como relatado na Surata Ibrahim 12. E que escusa teremos para não nos encomendarmos a Deus, sendo que Ele nos mostrou os nossos caminhos? Nós suportaremos as nossas injúrias, e que a Deus se encomendem os que n’Ele confiam!
**A segunda fonte de Força do crente é a sua convicção na verdade:
Pois o crente é forte por que carrega a verdadeira mensagem em seu coração. O crente completo não faz algo visando enteresses pessoais, nem algo para almejar suas necessidades mundanas. E a verdade é que realmente merece vencer e a falsidade é que realmente merece ser eliminada. Na surata Al Anbyá 18. ALLAH diz: “Qual! Arremessamos a verdade sobre a falsidade, o que a anula. Ei-la desvanecida. Ai de vós, pela falsidade que (Nos) descreveis!”. Surata Alisrá 81. Dize também: Chegou a verdade, e a falsidade desvaneceu-se, porque a falsidade é pouco durável. Rubeei Bin Amer foi enviado por Saad Bin Abi Wakkas ao capitão dos soldados persas Rustum na batalha de Alkadissyah. Ao adentrar o recinto Rubeei encontrou Rustum cercado de soldados, conselheiros e muitas riquezas de prata e ouro; mas com nada se importou. Rubeei montava seu cavalo de baixa estatura, vestia uma roupa de tecido grosso. Impressionado com tamanha audácia Rustum disse em tom de menos prezo: “Quem são e o que são vocês?” Rubeei respondeu firmemente: “Nós somos um povo enviado por Deus para transferir quem quiser da adoração das criaturas para adoração do Criador Único, e assim transferi-los do labirinto das religiões para a senda reta do Islam”. Surata Al Bákara 256. Não há imposição quanto a religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo.
***A terceira fonte de força do crente é a convicção na eternidade após a morte: Para ilustrar mencionamos o relato de Saad Bin Muadh: Saad disse que Anas bin Annadir ausentou-se da batalha de Badr e jurou que se tivesse presente lutaria ao lado do profeta (SAAWS). E Anas na batalha de UHUD quando viu os arqueiros desobedeceram as ordens do Profeta (SAAWS) ao descerem da montanha, abrindo assim a retaguarda dos muçulmanos, disse: Oh! ALLAH sou inocente do que aqueles idolatras fizeram com os crentes e sou inocente também do que fizeram os arqueiros ao desobedecerem o Profeta. E em seguida se atirou em combate aos incrédulos com muita coragem para defender os muçulmanos e o Profeta e alcançou o martírio durante a batalha. Foi reconhecido somente pela sua irmã através de uma marca de nascença que tinha em seu corpo. Ele recebeu mais de 70 golpes dos incrédulos ficando irreconhecível.
****A quarta fonte de força e a convicção na Pré-destinação; pois o muçulmano sabe que se uma tragédia acontecer em sua vida, esta só aconteceu com a permissão de ALLAH. Surata At Taubah 51. Dize: Jamais nos ocorrerá o que Deus não nos tiver predestinado! Ele é nosso Protetor. Que os fiéis se encomendem a Deus!
***** E a quinta e ultima fonte de força do crente é a convicção na irmandade no Islam. Para ilustrar a irmandade entre os muçulmamos lembramos o relato de Alnuman bin Bachir (RAA) que o mensageiro de Deus (SAAWS) disse: “O bom exemplo que os crentes demonstram, com relação ao seu carinho, sua misericórdia e amabilidade recíprocas, é como se fosse proveniente de um só corpo. Quando um membro se encontra indisposto, todo resto do corpo mostra sua debilidade e febre”.
Que ALLAH subhanahu wu taala nos conceda a força da Fé dos companheiros de seu mensageiro. Amin, ua Assalamu Alaikum.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Louvado seja Deus, Senhor do Universo. Oh! Criador tenha misericórdia de nossas fraquezas, elimine nossas dificuldades e solucione nossos problemas. Testemunhamos que não há divindade a não ser ALLAH. Rogamos a ELE que guarde nosso testemunho para o dia em que nem o dinheiro e nem os filhos terão valor algum.
ALLAH O SAPIENTÍSSIMO diz na Surata Hud 52. Ó povo meu, implorai o perdão de vosso Senhor e voltai-vos arrependidos para Ele, Que vós enviará do céu copiosa chuva e adicionará força a vossa força. Não vós afasteis, tornando-vos pecadores!
E testemunhamos que Mohammad (SAAWS) é Seu servo e mensageiro, o escolhido dentre suas criaturas e é para ELE querido. O Profeta de Deus (SAAWS) disse: “Aquele que desejar ser o mais forte dentre as pessoas que então se entregue a Deus”.
Caros irmãos: O assunto é sobre a necessidade do indivíduo e da sua comunidade à força de vontade. Pois o indivíduo na sua vida apresenta largos sonhos, propósitos próximos e outros distantes; porém para alcança-los tem que atravessar um caminho longo, repleto de obstáculos e que apresenta diversos empecilhos e dificuldades. Algumas destas dificuldades são naturais e impostas por ALLAH e outras são impostas pela própria humanidade. Pois não é admirável que o homem permaneça toda a sua vida num esforço constante e ininterrupto para almejar tais sonhos e propósitos. Para percorrer este árduo caminho é necessário uma força que sirva como apoio para os momentos de fraquezas, uma força que forneça coragem no momento de medo e que funcione como guia nos momentos de desorientações.Tal força não é encontrada a não ser na sombra da convicção da fé em Deus. E a Fé em Deus, por sua vez, fornece ao crente a Força de vontade e também a vontade de ter a força. Pois o Crente não solicita a não ser a benção Divina, não teme a não ser o castigo infernal e não se importa ou se abala a não ser pelo amor à Deus. Em verdade o crente é forte por si só; até mesmo se não estiver empunhando uma arma. É rico até mesmo se seu cofre não estiver repleto de pratarias e ouro e é confiante até mesmo se encontrar-se desprovido do apoio de seus familiares e companheiros. O Profeta Mohammad (SAAWS) relatou: “Se temerem fervorosamente a Deus as montanhas desabarão com poder de vossas preces”
A força do crente tem 05 fontes. *A primeira delas é crença em Deus porque Ele é o Altíssimo Ele é o Poderoso e o Prudentíssimo. E por tal motivo se a pessoa se entregar a Deus Ele o resguardará.
ALLAH diz na Surata Alanfal 49. “Mas quem se entrega a Deus, saiba que Ele é Poderoso, Prudentíssimo”. E diz também na Surata AAL ‘Imran 160. “Se Deus vos secundar, ninguém poderá vencer-vos; por outra, se vos esquecer, quem, em vez d’Ele, vos ajudará? Que os fiéis se encomendem a Deus”. O fato de se entregar a Deus é fruto da Fé e não é uma rendição; pelo contrário entregar-se a Deus é uma ato de sabedoria e funciona como uma recarga espiritual que abastece o coração do crente com força para resistir às dificuldades e transpassar os obstáculos desta vida. No Alcorão Sagrado encontram-se várias passagens onde os mensageiros de Deus demonstraram sua fé em Deus ao enfrentarem seus povos para divulgar o que lhes foi revelado. O profeta Hud que a paz esteja com ele, enfrentou a ignorância e intolerância de seu povo como contam os seguintes versículos: Surata Hud 53. Responderam-lhe: Ó Hud, não tens apresentado nenhuma evidência, e jamais abandonaremos os nossos deuses pela tua palavra, nem em ti creremos. 54. Somente dizemos que algum dos nossos deuses te transtornou. Disse: Ponho Deus por testemunha, e testemunhai vós mesmos que estou isento de tudo quanto adorais. 55. Em vez d’Ele. Conspirai, pois, todos contra mim e não me poupeis. 56. Porque me encomendo a Deus, meu Senhor e vosso; sabei que não existe criatura que Ele não possa agarrar pelo topete. Meu Senhor esta na senda reta.
O profeta Ibrahim que a paz esteja com ele enfrentou a teimosia e a maldade de seu povo, como relatado na Surata Ibrahim 12. E que escusa teremos para não nos encomendarmos a Deus, sendo que Ele nos mostrou os nossos caminhos? Nós suportaremos as nossas injúrias, e que a Deus se encomendem os que n’Ele confiam!
**A segunda fonte de Força do crente é a sua convicção na verdade:
Pois o crente é forte por que carrega a verdadeira mensagem em seu coração. O crente completo não faz algo visando enteresses pessoais, nem algo para almejar suas necessidades mundanas. E a verdade é que realmente merece vencer e a falsidade é que realmente merece ser eliminada. Na surata Al Anbyá 18. ALLAH diz: “Qual! Arremessamos a verdade sobre a falsidade, o que a anula. Ei-la desvanecida. Ai de vós, pela falsidade que (Nos) descreveis!”. Surata Alisrá 81. Dize também: Chegou a verdade, e a falsidade desvaneceu-se, porque a falsidade é pouco durável. Rubeei Bin Amer foi enviado por Saad Bin Abi Wakkas ao capitão dos soldados persas Rustum na batalha de Alkadissyah. Ao adentrar o recinto Rubeei encontrou Rustum cercado de soldados, conselheiros e muitas riquezas de prata e ouro; mas com nada se importou. Rubeei montava seu cavalo de baixa estatura, vestia uma roupa de tecido grosso. Impressionado com tamanha audácia Rustum disse em tom de menos prezo: “Quem são e o que são vocês?” Rubeei respondeu firmemente: “Nós somos um povo enviado por Deus para transferir quem quiser da adoração das criaturas para adoração do Criador Único, e assim transferi-los do labirinto das religiões para a senda reta do Islam”. Surata Al Bákara 256. Não há imposição quanto a religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo.
***A terceira fonte de força do crente é a convicção na eternidade após a morte: Para ilustrar mencionamos o relato de Saad Bin Muadh: Saad disse que Anas bin Annadir ausentou-se da batalha de Badr e jurou que se tivesse presente lutaria ao lado do profeta (SAAWS). E Anas na batalha de UHUD quando viu os arqueiros desobedeceram as ordens do Profeta (SAAWS) ao descerem da montanha, abrindo assim a retaguarda dos muçulmanos, disse: Oh! ALLAH sou inocente do que aqueles idolatras fizeram com os crentes e sou inocente também do que fizeram os arqueiros ao desobedecerem o Profeta. E em seguida se atirou em combate aos incrédulos com muita coragem para defender os muçulmanos e o Profeta e alcançou o martírio durante a batalha. Foi reconhecido somente pela sua irmã através de uma marca de nascença que tinha em seu corpo. Ele recebeu mais de 70 golpes dos incrédulos ficando irreconhecível.
****A quarta fonte de força e a convicção na Pré-destinação; pois o muçulmano sabe que se uma tragédia acontecer em sua vida, esta só aconteceu com a permissão de ALLAH. Surata At Taubah 51. Dize: Jamais nos ocorrerá o que Deus não nos tiver predestinado! Ele é nosso Protetor. Que os fiéis se encomendem a Deus!
***** E a quinta e ultima fonte de força do crente é a convicção na irmandade no Islam. Para ilustrar a irmandade entre os muçulmamos lembramos o relato de Alnuman bin Bachir (RAA) que o mensageiro de Deus (SAAWS) disse: “O bom exemplo que os crentes demonstram, com relação ao seu carinho, sua misericórdia e amabilidade recíprocas, é como se fosse proveniente de um só corpo. Quando um membro se encontra indisposto, todo resto do corpo mostra sua debilidade e febre”.
Que ALLAH subhanahu wu taala nos conceda a força da Fé dos companheiros de seu mensageiro. Amin, ua Assalamu Alaikum.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Recordar a Deus
Assalamu Alaikum Ua Rahmatu’LLAH Ua Baraketuhu.
Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradecemos, a ELE imploramos ajuda e a ELE solicitamos orientação. Testemunho que não há divindade a não ser Deus, Único e sem associados. Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat CAF 32,33: “Eis aqui o que se promete a todo o arrependido, observante (dos preceitos), Que teme intimamente o Clemente e comparece, com um coração contrito.” E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro, que a paz e benção de Deus estejam com ele com seus familiares e companheiros.
Ibn Abbas (raa) narrou que um dia se encontrava atrás do Profeta (s), quando este se virou e disse: Ó jovem, ensinar-te-ei algumas palavras: recorda a Deus e ele te guardará. Recorda a Deus, e O encontrarás sempre junto a ti. Se implorares por algo, implore a Deus. E se necessitares ajuda, recorre a Deus. E tem certeza de que ainda que se reúna todo o povo para beneficiar-te em algo, não o farão, a não ser aquilo que Deus houver disposto para ti. E se reunirem para prejudicar-te em algo, não o farão, a não ser aquilo que Deus houver determinado para ti. Assim as penas (das canetas) ficam retiradas, e as folhas (dos livros do destino) secas. Tirmizi. Caros irmãos na sexta passada foi explicado o significado de IHFADHILLEH e foi demonstrado a sua amplitude. Hoje daremos seqüência à explicação desta narrativa. Quem observar as obrigações religiosas e afastar-se dos limites impostos por Deus terá como recompensa a ajuda de Deus e se encontrará sob Sua guarda e custodia. São duas as formas que ALLAH guarda Seu servo. A primeira delas esta relacionada com a vida mundana e é bastante ampla. ALLAH resguarda Seu servo temente de todo mal que o possa afligi-lo. A esse respeito diz ALLAH na surat "AR RA’D" “11.Para Ele é igual quem de vós oculta o seu pensamento e quem o divulga, quem se esconde nas trevas e quem se mostra em pleno dia. 12.Cada (de tais pessoas) tem (anjos) protetores. Escoltam-no em turnos sucessivos, por ordem de Deus. Ele jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que este mude o que tem em seu íntimo. E quando Deus quer castigar um povo, ninguém pode impedi-Lo e não tem, em vez d’Ele, protetor algum.” O Imamu ALI (raa) relatou que todo servo homem ou mulher tem junto de si dois anjos protetores que tem como obrigação resguardar-los de todo mal que possa vir a ocorrer a menos aquilo que ALLAH conceder em seu destino. Neste caso os anjos se afastam para que o destino aconteça. ALLAH é quem fornece o alimento e a saúde, promove o sustento do Seu servo e de seus descendentes. A esse respeito Diz ALLAH na surat AL CAHF: “82 E quanto ao muro, pertencia a dois jovens órfãos da cidade, debaixo do qual havia um tesouro seu. Seu pai era virtuoso e teu Senhor tencionou que alcançassem a puberdade, para que pudessem tirar o seu tesouro. Isso é do beneplácito de teu Senhor. Não o fiz por minha própria vontade. Eis a explicação daquilo em relação ao qual não foste paciente.” O tesouro citado neste versículo trata-se de uma placa de ouro maciço que encontrava-se sob um muro e este tesouro foi guardado por gerações até que foi revelado aos descendentes de um homem virtuoso. E relata-se que uma senhora saiu pela causa de Deus numa das batalhas durante a vida do profeta Mohammad (S) para auxiliar os feridos. Ao regressar da batalha notou que havia sumido uma das doze cabras que possuía e uma agulha de tricô. Então ela dirigiu-se em suplica ao seu Criador dizendo “Ó meu Deus, Tu garantistes a guarda de quem sai pela Sua causa, pois então por que me falta a agulha e a cabra?” E então ao amanhecer ao invés de uma cabra e uma agulha ela encontrou duas de cada.
Essas historias estão relatadas no livro “O Começo e O Fim” de Ibn Kathir.
A segunda forma de Deus guardar Seu servo esta relacionada com religião e a fé durante sua vida. Relata-se que antes do anjo da morte retirar a alma do corpo do individuo, ele cheira a sua cabeça, seu peito e seus pés. Se a pessoa observou suas obrigações religiosas durante sua vida o anjo da morte sentirá o perfume do Alkorão na sua cabeça, o perfume do jejum no seu peito e em seus pés sentirá o perfume da oração. E então o anjo da morte testemunha que a pessoa é um servo temente e delicadamente retira sua alma. E quanto a nós? Como nos encontramos? Estamos preparados para o testemunho do anjo? E isto é com relação a pessoas em geral. E com relação aos Profetas e mensageiros encontramos inúmeros exemplos. Por exemplo o nosso pai Abraão quando Deus o resguardou do fogo. Seu povo construiu uma gigantesca fogueira para queimar-lo, permaneceram meses juntando lenha para construir tal fogueira, mas depararam se com um problema após acenderem a fogueira. Não havia como se aproximar do fogo para queimar o Profeta, então satanás apareceu em forma de uma pessoa e lhes deu a idéia de construir um balanço para arremessá-lo ao fogo. Quando o Profeta encontrava se amarrado e pronto para ser lançado; o anjo Gabriel apareceu e perguntou-lhe: “Necessitas algo de mim Ó Abraão?” “De ti nada necessito; mas Deus sabe de minha situação”. Ao dar esta resposta ao anjo Gabriel, ALLAH ordenou que o fogo não queimasse. Esta passagem esta relatado no seguinte versículo na surat"AL ANBIYÁ" 69 Porém, ordenamos: Ó fogo, sê frescor e poupa Abraão!
Portanto, Abraão guardou Deus e Deus o guardou. Da mesma forma Deus salvou o Profeta Jesus (S) da ira do Rei Dawoud Bin Naoura, que havia condenado a crucificação e morte . Bin Abbas relata a seguinte narrativa que inclusive foi confirmada por Muslim e Nissaii. No dia em que O rei ordenou a crucificação o Profeta Jesus encontra-se em uma casa em Jerusalém em companhia de 12 homens. Após ter se purificado com água ele dirigiu-se a eles e ainda seus cabelo estava molhado e pingava gotas de água. E lhes disse há dentre vos quem me negará 12 vezes. Mas quem dentre vos sujeita-se a tomar minha feição e sacrificar-se em meu lugar. Imediatamente o mais novo deles levantou-se e respondeu. Eu. O profeta Jesus (AS) pediu que se senta-se e repetiu a pergunta por duas vezes e ele era o único que se prontificou. E então O jovem tomou a feição do Profeta Jesus. Esta passagem esta relatado no seguinte versículo na surat"AL NA Nissá"157 E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. 158.Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo. Portanto, Jesus guardou Deus e Deus o guardou. E ele retornará, para salvar os crentes do anticristo e quebrará o crucifixo e reinará com justiça na terra. A paz se estenderá para toda a humanidade a ponto de os animais confiarem no homem. Que Deus tenha piedade de nós, nos proteja e nos guarde. Que tudo que façamos seja de acordo com o Alcorão e com a e tradição do Profeta Mohammad (S) InhsaAllah Amin.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradecemos, a ELE imploramos ajuda e a ELE solicitamos orientação. Testemunho que não há divindade a não ser Deus, Único e sem associados. Diz ALLAH O ALTÍSSIMO na surat CAF 32,33: “Eis aqui o que se promete a todo o arrependido, observante (dos preceitos), Que teme intimamente o Clemente e comparece, com um coração contrito.” E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro, que a paz e benção de Deus estejam com ele com seus familiares e companheiros.
Ibn Abbas (raa) narrou que um dia se encontrava atrás do Profeta (s), quando este se virou e disse: Ó jovem, ensinar-te-ei algumas palavras: recorda a Deus e ele te guardará. Recorda a Deus, e O encontrarás sempre junto a ti. Se implorares por algo, implore a Deus. E se necessitares ajuda, recorre a Deus. E tem certeza de que ainda que se reúna todo o povo para beneficiar-te em algo, não o farão, a não ser aquilo que Deus houver disposto para ti. E se reunirem para prejudicar-te em algo, não o farão, a não ser aquilo que Deus houver determinado para ti. Assim as penas (das canetas) ficam retiradas, e as folhas (dos livros do destino) secas. Tirmizi. Caros irmãos na sexta passada foi explicado o significado de IHFADHILLEH e foi demonstrado a sua amplitude. Hoje daremos seqüência à explicação desta narrativa. Quem observar as obrigações religiosas e afastar-se dos limites impostos por Deus terá como recompensa a ajuda de Deus e se encontrará sob Sua guarda e custodia. São duas as formas que ALLAH guarda Seu servo. A primeira delas esta relacionada com a vida mundana e é bastante ampla. ALLAH resguarda Seu servo temente de todo mal que o possa afligi-lo. A esse respeito diz ALLAH na surat "AR RA’D" “11.Para Ele é igual quem de vós oculta o seu pensamento e quem o divulga, quem se esconde nas trevas e quem se mostra em pleno dia. 12.Cada (de tais pessoas) tem (anjos) protetores. Escoltam-no em turnos sucessivos, por ordem de Deus. Ele jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que este mude o que tem em seu íntimo. E quando Deus quer castigar um povo, ninguém pode impedi-Lo e não tem, em vez d’Ele, protetor algum.” O Imamu ALI (raa) relatou que todo servo homem ou mulher tem junto de si dois anjos protetores que tem como obrigação resguardar-los de todo mal que possa vir a ocorrer a menos aquilo que ALLAH conceder em seu destino. Neste caso os anjos se afastam para que o destino aconteça. ALLAH é quem fornece o alimento e a saúde, promove o sustento do Seu servo e de seus descendentes. A esse respeito Diz ALLAH na surat AL CAHF: “82 E quanto ao muro, pertencia a dois jovens órfãos da cidade, debaixo do qual havia um tesouro seu. Seu pai era virtuoso e teu Senhor tencionou que alcançassem a puberdade, para que pudessem tirar o seu tesouro. Isso é do beneplácito de teu Senhor. Não o fiz por minha própria vontade. Eis a explicação daquilo em relação ao qual não foste paciente.” O tesouro citado neste versículo trata-se de uma placa de ouro maciço que encontrava-se sob um muro e este tesouro foi guardado por gerações até que foi revelado aos descendentes de um homem virtuoso. E relata-se que uma senhora saiu pela causa de Deus numa das batalhas durante a vida do profeta Mohammad (S) para auxiliar os feridos. Ao regressar da batalha notou que havia sumido uma das doze cabras que possuía e uma agulha de tricô. Então ela dirigiu-se em suplica ao seu Criador dizendo “Ó meu Deus, Tu garantistes a guarda de quem sai pela Sua causa, pois então por que me falta a agulha e a cabra?” E então ao amanhecer ao invés de uma cabra e uma agulha ela encontrou duas de cada.
Essas historias estão relatadas no livro “O Começo e O Fim” de Ibn Kathir.
A segunda forma de Deus guardar Seu servo esta relacionada com religião e a fé durante sua vida. Relata-se que antes do anjo da morte retirar a alma do corpo do individuo, ele cheira a sua cabeça, seu peito e seus pés. Se a pessoa observou suas obrigações religiosas durante sua vida o anjo da morte sentirá o perfume do Alkorão na sua cabeça, o perfume do jejum no seu peito e em seus pés sentirá o perfume da oração. E então o anjo da morte testemunha que a pessoa é um servo temente e delicadamente retira sua alma. E quanto a nós? Como nos encontramos? Estamos preparados para o testemunho do anjo? E isto é com relação a pessoas em geral. E com relação aos Profetas e mensageiros encontramos inúmeros exemplos. Por exemplo o nosso pai Abraão quando Deus o resguardou do fogo. Seu povo construiu uma gigantesca fogueira para queimar-lo, permaneceram meses juntando lenha para construir tal fogueira, mas depararam se com um problema após acenderem a fogueira. Não havia como se aproximar do fogo para queimar o Profeta, então satanás apareceu em forma de uma pessoa e lhes deu a idéia de construir um balanço para arremessá-lo ao fogo. Quando o Profeta encontrava se amarrado e pronto para ser lançado; o anjo Gabriel apareceu e perguntou-lhe: “Necessitas algo de mim Ó Abraão?” “De ti nada necessito; mas Deus sabe de minha situação”. Ao dar esta resposta ao anjo Gabriel, ALLAH ordenou que o fogo não queimasse. Esta passagem esta relatado no seguinte versículo na surat"AL ANBIYÁ" 69 Porém, ordenamos: Ó fogo, sê frescor e poupa Abraão!
Portanto, Abraão guardou Deus e Deus o guardou. Da mesma forma Deus salvou o Profeta Jesus (S) da ira do Rei Dawoud Bin Naoura, que havia condenado a crucificação e morte . Bin Abbas relata a seguinte narrativa que inclusive foi confirmada por Muslim e Nissaii. No dia em que O rei ordenou a crucificação o Profeta Jesus encontra-se em uma casa em Jerusalém em companhia de 12 homens. Após ter se purificado com água ele dirigiu-se a eles e ainda seus cabelo estava molhado e pingava gotas de água. E lhes disse há dentre vos quem me negará 12 vezes. Mas quem dentre vos sujeita-se a tomar minha feição e sacrificar-se em meu lugar. Imediatamente o mais novo deles levantou-se e respondeu. Eu. O profeta Jesus (AS) pediu que se senta-se e repetiu a pergunta por duas vezes e ele era o único que se prontificou. E então O jovem tomou a feição do Profeta Jesus. Esta passagem esta relatado no seguinte versículo na surat"AL NA Nissá"157 E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. 158.Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo. Portanto, Jesus guardou Deus e Deus o guardou. E ele retornará, para salvar os crentes do anticristo e quebrará o crucifixo e reinará com justiça na terra. A paz se estenderá para toda a humanidade a ponto de os animais confiarem no homem. Que Deus tenha piedade de nós, nos proteja e nos guarde. Que tudo que façamos seja de acordo com o Alcorão e com a e tradição do Profeta Mohammad (S) InhsaAllah Amin.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
A Busca por Paz Interior
Os Obstáculos para Alcançar Paz Interior
O tópico de paz interior aborda uma necessidade universal. Não existe ninguém nesse planeta que não deseje paz interior. Não é um desejo novo de nosso tempo; ao contrário, é algo que todos buscam através dos tempos, independentemente de cor, credo, religião, raça, nacionalidade, idade, gênero, riqueza, habilidade ou avanço tecnológico. As pessoas têm adotado uma variedade de caminhos diferentes na tentativa de alcançar paz interior, algumas acumulando bens materiais e riqueza, outras através das drogas; algumas através da música, outras através da meditação; algumas através de seus maridos e esposas, outras através de suas carreiras e algumas através das realizações de seus filhos.
E a lista continua. Ainda assim a busca também continua. Em nossa época fomos levados a acreditar que avanço tecnológico e modernização produzirão para nós confortos físicos através dos quais alcançaremos paz interior. Entretanto, se tomarmos a nação mais industrializada e avançada tecnologicamente no mundo, a América, então veremos que o que fomos levados a acreditar não é fato. As estatísticas mostram que na América em torno de 20 milhões de adultos sofrem anualmente de depressão; e o que é depressão se não uma falta total de paz interior? Além disso, no ano 2000 a taxa de mortalidade devido a suicídio foi o dobro da taxa daqueles que morreram de AIDS.
Entretanto, sendo a mídia jornalística o que é, ouvimos mais sobre aqueles que morrem de AIDS do que sobre aqueles que morrem cometendo suicídio. Mais pessoas morrem através de suicídio do que de homicídio na América e a taxa de homicídios em si é alta. Então, a realidade é que avanço tecnológico e modernização não trouxeram paz interior e tranqüilidade. Ao contrário, apesar do conforto que a modernização nos trouxe, estamos mais distantes da paz interior do que nossos ancestrais.
A paz interior é muito ilusória durante a maior parte de nossas vidas; parece que nunca conseguimos pôr as mãos nela.Muitos de nos confunde prazeres pessoais com paz interior; alcançamos elementos de prazer a partir de uma variedade de coisas, seja fortuna, relações sexuais ou outras coisas. Mas isso não dura vem e vai. Sim, tempos prazeres pessoais de tempos em tempos e ficamos satisfeitos com várias coisas de tempos em tempos, mas isso não é paz interior. A verdadeira paz interior é um senso de estabilidade e contentamento que nos leva através de todas as tribulações e dificuldades da vida.
Precisamos entender que paz não é algo que existirá nesse mundo que nos cerca porque quando definimos paz de acordo com a definição do dicionário, ele afirma que paz é estar livre de guerra ou disputa civil. Onde temos isso? Existe sempre uma guerra ou algum tipo de desordem civil acontecendo em algum lugar no mundo. Se olharmos para a paz em termos do nível de estado então paz é estar livre da desordem pública e segurança, mas onde no mundo temos isso em uma forma completa?
Se olharmos para a paz em um nível social, família e trabalho, então paz é estar livre de desentendimentos e discussões, mas existe algum meio social que nunca tem desentendimentos ou discussões? Em termos de localização, então, sim, podemos ter um local que é calmo, pacífico e tranqüilo, como algumas ilhas, por exemplo, mas essa paz externa só existe por um pequeno período de tempo, mais cedo ou mais tarde uma tempestade ou furacão virá. Deus diz: “Verdadeiramente, criei o homem na labuta (conflito).” (Alcorão 90:4)
Essa é a natureza de nossas vidas, estamos na labuta e no conflito, altos e baixos, tempos de dificuldade e tempos de facilidade. É uma vida cheia de testes como Deus diz: “Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro), anuncia (a bem-aventurança) aos perseverantes.” (Alcorão 2:155)
Para lidar com nossas circunstâncias, as circunstâncias da labuta e conflito no qual vivemos, paciência é a chave. Mas se voltarmos para a paz interior que estamos buscando, então paciência não pode se manifestar se não tivermos paz interior. Vivemos em um mundo de labuta e conflito, mas ainda assim dentro de nós mesmos é possível alcançar paz interior, paz com o meio ambiente, com o mundo no qual vivemos.
Obviamente existem alguns obstáculos que nos impedem de alcançar paz interior. Então primeiro devemos identificar os obstáculos que nos impedem de alcançar paz interior máxima em nossas vidas e desenvolver algum tipo de estratégia para removê-los. Os obstáculos não serão removidos simplesmente por pensarmos que precisamos removê-los; temos que estabelecer algumas etapas para termos êxito. Então, como removemos esses obstáculos para que possamos alcançar o que for possível de paz interior? A primeira etapa é identificar os obstáculos. Temos que ter consciência deles, porque se não pudermos identificá-los não podemos removê-los. A segunda etapa é aceitá-los como obstáculos dentro de nós mesmos. Por exemplo, a raiva é um dos maiores obstáculos à paz interior. Se uma pessoa está com raiva, perturbada e perdeu a paciência, como ele ou ela pode ter paz interior nessa circunstância? Não é possível.
Então essa pessoa precisa reconhecer que a raiva é um obstáculo à paz interior. Entretanto, se uma pessoa afirma que, “Sim, é um obstáculo, mas eu não me zango”, então essa pessoa tem um problema. Não aceitou aquele obstáculo como um problema e está em negação. Dessa forma não pode removê-lo. Se olharmos para os obstáculos na vida podemos colocá-los sob uma variedade de tópicos: problemas pessoais, questões familiares, dilemas financeiros, pressões do trabalho e confusão espiritual. E existem muitos temas sob esses tópicos.
Aceitar o Destino
Temos tantos problemas, tantos obstáculos que são como doenças. Se tentarmos lidar com eles um a um nunca terminaremos. Precisamos identificá-los, colocá-los em algum tipo de categoria geral e atacá-los como um grupo ao invés de tentar atacar cada obstáculo e problema individual. Para fazer isso temos primeiro que remover os obstáculos que estão além de nosso controle. Temos que ser capazes de distinguir quais obstáculos estão dentro de nosso controle e quais estão além de nosso controle. Embora percebamos aqueles que estão além de nosso controle como obstáculos, na realidade eles não são. São as coisas que Deus nos destinou em nossas vidas, não são realmente obstáculos, mas os interpretamos de forma errada como obstáculos.
Por exemplo, alguém que nasceu negro em um mundo que favorece os brancos em relação aos negros; ou nasceu pobre em um mundo que favorece os ricos em relação aos pobres, ou nasceu baixo, ou manco, ou com qualquer condição física que é considerada uma deficiência. Todas são coisas que estão além de nosso controle. Não escolhemos em que família nascer; não escolhemos em qual corpo nosso espírito será soprado, não é nossa escolha. Então, se encontrarmos esses tipos de obstáculos apenas temos que ser pacientes e perceber que, de fato, não são realmente obstáculos. Deus nos disse: “... é possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial. Deus sabe, mas tu não sabes.” (Alcorão 2:216) Então podemos não gostar dos obstáculos que estão além do nosso controle e podemos até tentar mudá-los. De fato, algumas pessoas gastam muito dinheiro tentando módulos.
Michael Jackson é um exemplo clássico. Nasceu negro em um mundo que favorece pessoas brancas e então gastou muito dinheiro tentando mudar-se, mas acabou fazendo misturando as coisas. Paz interior só pode ser alcançada se os obstáculos que estão além de nosso controle forem aceitos por nós pacientemente como parte do destino de Deus. Saiba que o que quer que aconteça que não tivemos ou não temos controle, então Deus colocou nisso algum bem, sejamos ou não capazes de captar esse bem; o bem continua lá. Então aceitamos!
Havia um artigo em um jornal que tinha uma fotografia de um egípcio sorridente. Ele tinha um sorriso no rosto de orelha a orelha, com suas mãos estendidas e ambos os polegares para cima; seu pai o beijava em uma bochecha e sua irmã na outra. Abaixo da fotografia havia uma legenda. Ele deveria estar no vôo da Gulf Air no dia anterior, de Cairo para Bahrain. Ele havia corrido para o aeroporto para pegar o vôo e quando chegou lá faltava um carimbo em seu passaporte (no Cairo você tem que ter muitos carimbos em seus documentos. Uma pessoa carimba isso e assina aquilo, e aquela pessoa carimba aquilo e assina isso), mas lá estava ele no aeroporto com um carimbo faltando. Como era professor em Bahrain e aquele vôo era o último de volta para Bahrain que permitiria que ele se apresentasse a tempo, perdê-lo significava perder seu emprego. Então ele os importunou continuadamente para que o deixassem pegar o vôo. Ficou furioso, começou a chorar e a gritar de forma frenética, mas não pôde entrar no avião. Partiu sem ele. Ele foi (para sua casa no Cairo) perturbado, pensando que estava acabado e sua carreira tinha terminado. Sua família o confortou e disse a ele para não se preocupar.
No dia seguinte ele ouviu a notícia de que o avião que deveria ter pegado sofreu um acidente e todos a bordo morreram. E lá estava ele, em êxtase porque não pegou o vôo, mas no dia anterior era como se fosse o fim de sua vida, uma tragédia ele não ter pegado o vôo.
Esses são sinais, e esses sinais podem ser encontrados na história de Moisés e Khodr (o que poderia ser melhor para recitar toda Jumaah, ou seja, o Capítulo al-Kahf do Alcorão Sagrado). Quando Khodr fez um buraco no barco das pessoas que foram gentis o bastante para levá-lo e a Moisés para atravessar o rio, Moisés perguntou por que ele (Khodr) fez aquilo. Quando os donos do barco viram o buraco se perguntaram quem teria feito aquilo e consideraram que era uma coisa terrível para se fazer. Um pouco mais tarde o rei desceu para o rio e pela força levou todos os barcos, exceto o que tinha um buraco. Então os donos do barco louvaram a Deus por haver um buraco em seu barco.
Existem outros obstáculos ou coisas que são percebidas como obstáculos em nossa vida. São coisas nas quais não conseguimos entender o que há além delas. Uma coisa acontece e não sabemos por que, não temos uma explicação para isso. Para algumas pessoas isso as leva à descrença. Se alguém ouvir um ateu, ele não tem paz interior e rejeitou Deus. Por que aquela pessoa se torna um ateu? É anormal descrer em Deus, enquanto que é normal para nós crer em Deus porque Deus nos criou com uma inclinação natural para crer Nele. Deus diz: “Volta o teu rosto (Muhammad) para a religião monoteísta. É a obra de Deus, sob cuja qualidade inata Deus criou a humanidade. A criação feita por Deus é imutável. Esta é a verdadeira religião; porém, a maioria dos humanos o ignora.” (Alcorão 30:30)
O Profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse: Toda criança nasce com uma natureza pura (como um muçulmano, com uma inclinação natural para crer em Deus)... (Saheeh Al- Bukhari, Saheeh Muslim)
Essa é a natureza dos seres humanos, mas uma pessoa que se torna atéia sem ter aprendido isso na infância, geralmente o faz por causa de uma tragédia. Se uma tragédia acontece em suas vidas, elas não têm explicação. Por exemplo, uma pessoa que se tornou atéia pode dizer que ele/ela tinha uma tia maravilhosa; uma pessoa muito boa e todos a amavam, mas um dia enquanto cruzava a estrada um carro veio do nada, a atingiu e ela morreu. Por que isso aconteceu com ela, entre tantas pessoas? Por que? Nenhuma explicação! Ou uma pessoa (que se tornou atéia) pode ter tido um filho que morreu e dizer ‘por que isso aconteceu com meu filho?’ Por quê? Nenhuma explicação! Como resultado dessas tragédias elas pensam que não pode haver um Deus.
Paciência e Objetivos na Vida
Voltando à história de Moisés e Khodr, depois de cruzarem o rio encontraram uma criança, e Khodr intencionalmente a matou. Moisés perguntou a Khidr como ele podia ter feito tal coisa. A criança era inocente e Khodr simplesmente a matou! Khodr disse a Moisés que a criança tinha pais virtuosos e se a criança tivesse crescido (Deus sabia disso) teria se tornado um terror para seus pais a ponto de levá-los à descrença, e então Deus ordenou a morte da criança. É claro que os parentes sofreram quando encontraram seu filho morto. Entretanto, Deus substituiu seu filho por outro que era virtuoso e melhor para eles. Essa criança os honrou e foi boa para eles, mas os pais terão um vazio em seus corações devido à perda de seu primeiro filho até o Dia do Juízo, quando se apresentarão perante Deus e Ele lhes revelará a razão pela qual Ele tirou a alma de seu primeiro filho. Então entenderão e louvarão a Deus.
E assim é a natureza de nossas vidas. Existem coisas, coisas que são aparentemente negativas, coisas que acontecem em nossas vidas que parecem ser obstáculos à paz interior porque não as compreendemos ou porque aconteceram conosco, mas temos que colocá-las de lado.
Elas vêm de Deus e temos que acreditar que no final existe um bem por trás delas, independentemente de podermos vê-lo ou não. Então prosseguimos para as coisas que podemos mudar. Primeiro as identificamos, então prosseguimos para o segundo maior passo que é remover os obstáculos desenvolvendo soluções para eles. Para remover os obstáculos devemos focar principalmente em nos modificarmos e isso é porque Deus diz: “Deus jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que este mude o que tem em seu íntimo.” (Alcorão 13:11)
Essa é uma área sobre a qual temos controle. Podemos até desenvolver a paciência, embora a idéia comum seja a de que algumas pessoas já nascem pacientes. Um homem veio até o Profeta, que Deus eleve seu nome, e perguntou do que precisava para alcançar o Paraíso e o Profeta lhe disse: “Não se zangue.” (Saheeh Al-Bukhari) O homem era um indivíduo que se zangava facilmente e por isso o Profeta disse ao homem que ele precisava mudar sua natureza. Então, modificar-se é algo atingível. O Profeta também disse: “Quem quer que finja ser paciente (com um desejo de ser paciente) Deus lhe dará paciência.” Isso está registrado em Saheeh Al-Bukhari. Isso significa que embora algumas pessoas nasçam pacientes, o resto de nós pode aprender a ser paciente.
É interessante que na psiquiatria e psicologia ocidental costumem nos dizer para extravasarmos, não guardarmos nada porque se o fizermos explodiremos. Depois descobriram que quando as pessoas extravasavam pequenos vasos sanguíneos se rompiam no cérebro porque elas estavam muito zangadas. Agora viram que é de fato perigoso e potencialmente prejudicial extravasar tudo. Agora dizem que é melhor se controlar. O Profeta nos disse para tentarmos ser pacientes. Então, externamente devemos passar a imagem de sermos pacientes mesmo quando internamente estamos fervendo.
Não tentamos ser pacientes externamente para enganar as pessoas; ao contrário, o fazemos para desenvolver paciência. Se formos consistentes nisso então a imagem externa de paciência também se torna interna e como resultado a paciência completa é alcançada, e ela é atingível, como mencionado no Hadiss citado acima. Entre os métodos existentes está observar como os elementos materiais em nossas vidas desempenham um papel importante em relação à paciência e como a alcançamos. O Profeta nos deu conselho sobre como lidar com esses elementos ao dizer: “Não olhe para aqueles que estão acima ou são mais afortunados mas, ao contrário, olhe para aqueles que estão abaixo ou são menos afortunados...” Isso é porque independentemente de nossa situação, existem sempre aqueles que estão piores que nós. Essa deve ser nossa estratégia geral com relação à vida material.
Hoje em dia a vida material é uma parte importante de nossa vida, parecemos obcecados com isso; ganhar tudo que pudermos nesse mundo parece ser o ponto principal no qual a maioria de nós foca as energias. Então, se alguém deve fazer isso que faça sem afetar sua paz interior. Ao lidar com o mundo material não devemos manter o foco naqueles que estão melhores que nós ou nunca nos satisfaremos com o que temos. O Profeta disse: “Se der ao filho de Adão um vale de ouro, ele vai querer outro.” (Saheeh Muslim) O dito é que a grama do vizinho é sempre mais verde; e quanto mais uma pessoa tem, mais ela quer.
Não podemos nos satisfazer no mundo material se o estivermos perseguindo dessa forma; ao contrário, devemos olhar para os menos afortunados e dessa forma lembraremos as dádivas, benefícios e misericórdia que Deus nos concedeu com relação à nossa própria fortuna, não importando o quão pequena ela possa parecer. Existe outro dito do Profeta Muhammad que nos ajuda no campo do mundo material a colocar nossos assuntos na perspectiva correta e é um exemplo profético do princípio de “as primeiras coisas primeiro” de Stephen Covey .
O Profeta afirmou esse princípio há mais de 1.400 anos e o estabeleceu para os crentes ao dizer: “Quem fizer desse mundo seu objetivo Deus confundirá seus assuntos e colocará a pobreza diante de seus olhos, e ele não será capaz de alcançar nada nesse mundo exceto o que Deus já tiver escrito para ele...” (Ibn Maajah, Ibn Hibbaan)
Assim os assuntos da pessoa não se organizarão. Ela irá a todas as direções, como uma galinha com a cabeça cortada, andando a esmo; se fizer desse mundo seu objetivo. Deus colocará a pobreza diante de seus olhos e independentemente de quanto dinheiro tiver, se sentirá pobre. Toda vez que alguém for gentil ou sorrir, pensará que estão fazendo isso porque querem seu dinheiro, não confiará em ninguém e não será feliz.
Quando a bolsa de valores quebra se lê que alguns investidores cometeram suicídio. Uma pessoa pode ter tido 8 milhões e perdido 5 milhões, ficando com 3 milhões depois da quebra da bolsa, mas perder aqueles 5 milhões parece o fim. Não vê sentido em viver depois disso, porque Deus colocou a pobreza diante de seus olhos.
Paz Interior é alcançada pela submissão a Deus
Temos que ter em mente que as pessoas não levarão nada desse mundo exceto o que Deus já escreveu para elas. Depois de toda a correria, de ficar acordado até tarde da noite, ser um viciado em trabalho, uma pessoa só terá o que Deus já destinou para ela. O Profeta, que Deus eleve seu nome, disse: "Quem estabelecer a Outra Vida como seu objetivo, Deus tratará de seus assuntos, dará riqueza (de fé) no coração e o mundo virá para ele de forma relutante e submissa.” (Ibn Maajah, Ibn Hibbaan)
Essa pessoa alcança a riqueza do coração. A riqueza não se trata de ter muitos bens, mas ter prosperidade do coração e o que é prosperidade do coração? É contentamento, e é dele que vem a paz, quando uma pessoa se submete a Deus e isso é Islã. A paz interior é aceitar o Islã em nossos corações e viver pelos princípios do Islã. Então Deus colocará prosperidade no coração de uma pessoa e esse mundo virá a ela de forma submissa, de joelhos e humilhado.
A pessoa não terá que persegui-lo. Essa é a Promessa do Profeta se uma pessoa colocar “as primeiras coisas primeiro” e isso é a Outra Vida. Se for o Paraíso que queremos então isso deve se manifestar em nossas vidas, deve ser o ponto de nosso foco, o que mantemos em primeiro plano. Então como sabemos quando o Paraíso é nosso foco? Se sentarmos com uma pessoa e tudo que conversarmos a respeito for os últimos modelos de carros, casas caras, viagens e feriados e dinheiro, se a maioria de nossas conversas é sobre coisas materiais ou é fofoca, falar sobre essa ou aquela pessoa, então significa que o Paraíso não é nosso foco. Se o Paraíso for nosso foco então ele se refletiria em nossa conversa.
Esse é um nível muito básico através do qual podemos nos avaliar, então devemos parar e nos perguntar: “Falando sobre o quê gastamos a maior parte do nosso tempo”? Se descobrirmos que nossa prioridade é esse mundo, então precisamos focar novamente, precisamos colocar “as primeiras coisas primeiro”, o que significa que o Paraíso antes da vida desse mundo, e se fizermos isso poderemos alcançar a paz interior. Deus nos informou disso no Alcorão, um passo preciso para atingir a paz interior e Deus diz: “De fato, é na recordação de Deus que o coração encontra tranqüilidade.” (Alcorão 13:28) Então, apenas através da recordação de Deus o coração encontra tranqüilidade. Essa é a paz interior. A recordação de Deus está em tudo que fazemos como muçulmanos.
O Islam é viver uma vida de recordação de Deus e Deus diz: “Realize a oração para celebrar Meu nome...” (Alcorão 20:14) Tudo que fazemos (no Islã), como muçulmanos, envolve a recordação de Deus. Deus diz: “Dize: Minhas orações, minhas devoções, minha vida e minha morte pertencem a Deus, Senhor do Universo.” (Alcorão 6:162) Então, aqui está a forma de alcançar a paz interior, recordar de Deus em todos os aspectos de nossas vidas. Essa recordação (zhikr) não é o que algumas pessoas pensam, ou seja, sentar no canto de um quarto escuro repetindo constantemente “Allah, Allah, Allah...”. Não é assim que nos recordamos de Deus.
Sim, essa pessoa está dizendo o nome de Deus, mas se pensarmos sobre isso, se alguém vier a você (e, por exemplo, seu nome for Muhammad) e continuar dizendo “Muhammad, Muhammad, Muhammad...” você se perguntaria o que há de errado com essa pessoa. Ela quer alguma coisa? Há algo que ela precisa? Qual o propósito de repetir meu nome sem falar mais nada?
Essa não é a forma de recordar de Deus porque não era assim que o Profeta recordava de Deus e não existe registro dele fazer isso. Algumas pessoas dizem que devemos recordar de Deus dançando ou balançando de um lado para outro. Essa não é a forma de recordar de Deus, porque não era assim que o Profeta recordava de Deus e não existe registro dele fazer isso.
O Profeta se recordou de Deus em sua vida. Sua vida foi uma vida de recordação de Deus, ele viveu uma vida na recordação de Deus e essa é a verdadeira recordação, em nossas orações e nossa vida e nossa morte. Em resumo, a busca por paz interior envolve reconhecer os problemas que temos em nossas vidas, reconhecer nossos obstáculos, reconhecer que a paz interior virá somente quando identificarmos aqueles obstáculos e compreender quais deles podemos mudar, e que focando naqueles obstáculos podemos mudar os que são relacionados ao nosso eu. Se mudarmos o nosso eu, então Deus mudará o mundo à nossa volta e nos dará os meios para lidar com ele. Mesmo que o mundo esteja em desordem, Deus nos dará paz interior.
O que quer que aconteça sabemos que é o destino de Deus, que são os testes de Deus e que, em última instância, são para o nosso bem e existe um bem nisso. Deus nos criou nesse mundo e o mundo é um meio de alcançar o Paraíso. Os testes desse mundo são nosso crescimento espiritual. Se pudermos aceitar tudo isso, aceitar Deus em nossos corações, então podemos alcançar paz interior.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Fonte: Por Dr. Bilal Philips (Transcrito por Abu Uthman de uma áudio conferência)
(IslamReligion.com)
O tópico de paz interior aborda uma necessidade universal. Não existe ninguém nesse planeta que não deseje paz interior. Não é um desejo novo de nosso tempo; ao contrário, é algo que todos buscam através dos tempos, independentemente de cor, credo, religião, raça, nacionalidade, idade, gênero, riqueza, habilidade ou avanço tecnológico. As pessoas têm adotado uma variedade de caminhos diferentes na tentativa de alcançar paz interior, algumas acumulando bens materiais e riqueza, outras através das drogas; algumas através da música, outras através da meditação; algumas através de seus maridos e esposas, outras através de suas carreiras e algumas através das realizações de seus filhos.
E a lista continua. Ainda assim a busca também continua. Em nossa época fomos levados a acreditar que avanço tecnológico e modernização produzirão para nós confortos físicos através dos quais alcançaremos paz interior. Entretanto, se tomarmos a nação mais industrializada e avançada tecnologicamente no mundo, a América, então veremos que o que fomos levados a acreditar não é fato. As estatísticas mostram que na América em torno de 20 milhões de adultos sofrem anualmente de depressão; e o que é depressão se não uma falta total de paz interior? Além disso, no ano 2000 a taxa de mortalidade devido a suicídio foi o dobro da taxa daqueles que morreram de AIDS.
Entretanto, sendo a mídia jornalística o que é, ouvimos mais sobre aqueles que morrem de AIDS do que sobre aqueles que morrem cometendo suicídio. Mais pessoas morrem através de suicídio do que de homicídio na América e a taxa de homicídios em si é alta. Então, a realidade é que avanço tecnológico e modernização não trouxeram paz interior e tranqüilidade. Ao contrário, apesar do conforto que a modernização nos trouxe, estamos mais distantes da paz interior do que nossos ancestrais.
A paz interior é muito ilusória durante a maior parte de nossas vidas; parece que nunca conseguimos pôr as mãos nela.Muitos de nos confunde prazeres pessoais com paz interior; alcançamos elementos de prazer a partir de uma variedade de coisas, seja fortuna, relações sexuais ou outras coisas. Mas isso não dura vem e vai. Sim, tempos prazeres pessoais de tempos em tempos e ficamos satisfeitos com várias coisas de tempos em tempos, mas isso não é paz interior. A verdadeira paz interior é um senso de estabilidade e contentamento que nos leva através de todas as tribulações e dificuldades da vida.
Precisamos entender que paz não é algo que existirá nesse mundo que nos cerca porque quando definimos paz de acordo com a definição do dicionário, ele afirma que paz é estar livre de guerra ou disputa civil. Onde temos isso? Existe sempre uma guerra ou algum tipo de desordem civil acontecendo em algum lugar no mundo. Se olharmos para a paz em termos do nível de estado então paz é estar livre da desordem pública e segurança, mas onde no mundo temos isso em uma forma completa?
Se olharmos para a paz em um nível social, família e trabalho, então paz é estar livre de desentendimentos e discussões, mas existe algum meio social que nunca tem desentendimentos ou discussões? Em termos de localização, então, sim, podemos ter um local que é calmo, pacífico e tranqüilo, como algumas ilhas, por exemplo, mas essa paz externa só existe por um pequeno período de tempo, mais cedo ou mais tarde uma tempestade ou furacão virá. Deus diz: “Verdadeiramente, criei o homem na labuta (conflito).” (Alcorão 90:4)
Essa é a natureza de nossas vidas, estamos na labuta e no conflito, altos e baixos, tempos de dificuldade e tempos de facilidade. É uma vida cheia de testes como Deus diz: “Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro), anuncia (a bem-aventurança) aos perseverantes.” (Alcorão 2:155)
Para lidar com nossas circunstâncias, as circunstâncias da labuta e conflito no qual vivemos, paciência é a chave. Mas se voltarmos para a paz interior que estamos buscando, então paciência não pode se manifestar se não tivermos paz interior. Vivemos em um mundo de labuta e conflito, mas ainda assim dentro de nós mesmos é possível alcançar paz interior, paz com o meio ambiente, com o mundo no qual vivemos.
Obviamente existem alguns obstáculos que nos impedem de alcançar paz interior. Então primeiro devemos identificar os obstáculos que nos impedem de alcançar paz interior máxima em nossas vidas e desenvolver algum tipo de estratégia para removê-los. Os obstáculos não serão removidos simplesmente por pensarmos que precisamos removê-los; temos que estabelecer algumas etapas para termos êxito. Então, como removemos esses obstáculos para que possamos alcançar o que for possível de paz interior? A primeira etapa é identificar os obstáculos. Temos que ter consciência deles, porque se não pudermos identificá-los não podemos removê-los. A segunda etapa é aceitá-los como obstáculos dentro de nós mesmos. Por exemplo, a raiva é um dos maiores obstáculos à paz interior. Se uma pessoa está com raiva, perturbada e perdeu a paciência, como ele ou ela pode ter paz interior nessa circunstância? Não é possível.
Então essa pessoa precisa reconhecer que a raiva é um obstáculo à paz interior. Entretanto, se uma pessoa afirma que, “Sim, é um obstáculo, mas eu não me zango”, então essa pessoa tem um problema. Não aceitou aquele obstáculo como um problema e está em negação. Dessa forma não pode removê-lo. Se olharmos para os obstáculos na vida podemos colocá-los sob uma variedade de tópicos: problemas pessoais, questões familiares, dilemas financeiros, pressões do trabalho e confusão espiritual. E existem muitos temas sob esses tópicos.
Aceitar o Destino
Temos tantos problemas, tantos obstáculos que são como doenças. Se tentarmos lidar com eles um a um nunca terminaremos. Precisamos identificá-los, colocá-los em algum tipo de categoria geral e atacá-los como um grupo ao invés de tentar atacar cada obstáculo e problema individual. Para fazer isso temos primeiro que remover os obstáculos que estão além de nosso controle. Temos que ser capazes de distinguir quais obstáculos estão dentro de nosso controle e quais estão além de nosso controle. Embora percebamos aqueles que estão além de nosso controle como obstáculos, na realidade eles não são. São as coisas que Deus nos destinou em nossas vidas, não são realmente obstáculos, mas os interpretamos de forma errada como obstáculos.
Por exemplo, alguém que nasceu negro em um mundo que favorece os brancos em relação aos negros; ou nasceu pobre em um mundo que favorece os ricos em relação aos pobres, ou nasceu baixo, ou manco, ou com qualquer condição física que é considerada uma deficiência. Todas são coisas que estão além de nosso controle. Não escolhemos em que família nascer; não escolhemos em qual corpo nosso espírito será soprado, não é nossa escolha. Então, se encontrarmos esses tipos de obstáculos apenas temos que ser pacientes e perceber que, de fato, não são realmente obstáculos. Deus nos disse: “... é possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial. Deus sabe, mas tu não sabes.” (Alcorão 2:216) Então podemos não gostar dos obstáculos que estão além do nosso controle e podemos até tentar mudá-los. De fato, algumas pessoas gastam muito dinheiro tentando módulos.
Michael Jackson é um exemplo clássico. Nasceu negro em um mundo que favorece pessoas brancas e então gastou muito dinheiro tentando mudar-se, mas acabou fazendo misturando as coisas. Paz interior só pode ser alcançada se os obstáculos que estão além de nosso controle forem aceitos por nós pacientemente como parte do destino de Deus. Saiba que o que quer que aconteça que não tivemos ou não temos controle, então Deus colocou nisso algum bem, sejamos ou não capazes de captar esse bem; o bem continua lá. Então aceitamos!
Havia um artigo em um jornal que tinha uma fotografia de um egípcio sorridente. Ele tinha um sorriso no rosto de orelha a orelha, com suas mãos estendidas e ambos os polegares para cima; seu pai o beijava em uma bochecha e sua irmã na outra. Abaixo da fotografia havia uma legenda. Ele deveria estar no vôo da Gulf Air no dia anterior, de Cairo para Bahrain. Ele havia corrido para o aeroporto para pegar o vôo e quando chegou lá faltava um carimbo em seu passaporte (no Cairo você tem que ter muitos carimbos em seus documentos. Uma pessoa carimba isso e assina aquilo, e aquela pessoa carimba aquilo e assina isso), mas lá estava ele no aeroporto com um carimbo faltando. Como era professor em Bahrain e aquele vôo era o último de volta para Bahrain que permitiria que ele se apresentasse a tempo, perdê-lo significava perder seu emprego. Então ele os importunou continuadamente para que o deixassem pegar o vôo. Ficou furioso, começou a chorar e a gritar de forma frenética, mas não pôde entrar no avião. Partiu sem ele. Ele foi (para sua casa no Cairo) perturbado, pensando que estava acabado e sua carreira tinha terminado. Sua família o confortou e disse a ele para não se preocupar.
No dia seguinte ele ouviu a notícia de que o avião que deveria ter pegado sofreu um acidente e todos a bordo morreram. E lá estava ele, em êxtase porque não pegou o vôo, mas no dia anterior era como se fosse o fim de sua vida, uma tragédia ele não ter pegado o vôo.
Esses são sinais, e esses sinais podem ser encontrados na história de Moisés e Khodr (o que poderia ser melhor para recitar toda Jumaah, ou seja, o Capítulo al-Kahf do Alcorão Sagrado). Quando Khodr fez um buraco no barco das pessoas que foram gentis o bastante para levá-lo e a Moisés para atravessar o rio, Moisés perguntou por que ele (Khodr) fez aquilo. Quando os donos do barco viram o buraco se perguntaram quem teria feito aquilo e consideraram que era uma coisa terrível para se fazer. Um pouco mais tarde o rei desceu para o rio e pela força levou todos os barcos, exceto o que tinha um buraco. Então os donos do barco louvaram a Deus por haver um buraco em seu barco.
Existem outros obstáculos ou coisas que são percebidas como obstáculos em nossa vida. São coisas nas quais não conseguimos entender o que há além delas. Uma coisa acontece e não sabemos por que, não temos uma explicação para isso. Para algumas pessoas isso as leva à descrença. Se alguém ouvir um ateu, ele não tem paz interior e rejeitou Deus. Por que aquela pessoa se torna um ateu? É anormal descrer em Deus, enquanto que é normal para nós crer em Deus porque Deus nos criou com uma inclinação natural para crer Nele. Deus diz: “Volta o teu rosto (Muhammad) para a religião monoteísta. É a obra de Deus, sob cuja qualidade inata Deus criou a humanidade. A criação feita por Deus é imutável. Esta é a verdadeira religião; porém, a maioria dos humanos o ignora.” (Alcorão 30:30)
O Profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse: Toda criança nasce com uma natureza pura (como um muçulmano, com uma inclinação natural para crer em Deus)... (Saheeh Al- Bukhari, Saheeh Muslim)
Essa é a natureza dos seres humanos, mas uma pessoa que se torna atéia sem ter aprendido isso na infância, geralmente o faz por causa de uma tragédia. Se uma tragédia acontece em suas vidas, elas não têm explicação. Por exemplo, uma pessoa que se tornou atéia pode dizer que ele/ela tinha uma tia maravilhosa; uma pessoa muito boa e todos a amavam, mas um dia enquanto cruzava a estrada um carro veio do nada, a atingiu e ela morreu. Por que isso aconteceu com ela, entre tantas pessoas? Por que? Nenhuma explicação! Ou uma pessoa (que se tornou atéia) pode ter tido um filho que morreu e dizer ‘por que isso aconteceu com meu filho?’ Por quê? Nenhuma explicação! Como resultado dessas tragédias elas pensam que não pode haver um Deus.
Paciência e Objetivos na Vida
Voltando à história de Moisés e Khodr, depois de cruzarem o rio encontraram uma criança, e Khodr intencionalmente a matou. Moisés perguntou a Khidr como ele podia ter feito tal coisa. A criança era inocente e Khodr simplesmente a matou! Khodr disse a Moisés que a criança tinha pais virtuosos e se a criança tivesse crescido (Deus sabia disso) teria se tornado um terror para seus pais a ponto de levá-los à descrença, e então Deus ordenou a morte da criança. É claro que os parentes sofreram quando encontraram seu filho morto. Entretanto, Deus substituiu seu filho por outro que era virtuoso e melhor para eles. Essa criança os honrou e foi boa para eles, mas os pais terão um vazio em seus corações devido à perda de seu primeiro filho até o Dia do Juízo, quando se apresentarão perante Deus e Ele lhes revelará a razão pela qual Ele tirou a alma de seu primeiro filho. Então entenderão e louvarão a Deus.
E assim é a natureza de nossas vidas. Existem coisas, coisas que são aparentemente negativas, coisas que acontecem em nossas vidas que parecem ser obstáculos à paz interior porque não as compreendemos ou porque aconteceram conosco, mas temos que colocá-las de lado.
Elas vêm de Deus e temos que acreditar que no final existe um bem por trás delas, independentemente de podermos vê-lo ou não. Então prosseguimos para as coisas que podemos mudar. Primeiro as identificamos, então prosseguimos para o segundo maior passo que é remover os obstáculos desenvolvendo soluções para eles. Para remover os obstáculos devemos focar principalmente em nos modificarmos e isso é porque Deus diz: “Deus jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que este mude o que tem em seu íntimo.” (Alcorão 13:11)
Essa é uma área sobre a qual temos controle. Podemos até desenvolver a paciência, embora a idéia comum seja a de que algumas pessoas já nascem pacientes. Um homem veio até o Profeta, que Deus eleve seu nome, e perguntou do que precisava para alcançar o Paraíso e o Profeta lhe disse: “Não se zangue.” (Saheeh Al-Bukhari) O homem era um indivíduo que se zangava facilmente e por isso o Profeta disse ao homem que ele precisava mudar sua natureza. Então, modificar-se é algo atingível. O Profeta também disse: “Quem quer que finja ser paciente (com um desejo de ser paciente) Deus lhe dará paciência.” Isso está registrado em Saheeh Al-Bukhari. Isso significa que embora algumas pessoas nasçam pacientes, o resto de nós pode aprender a ser paciente.
É interessante que na psiquiatria e psicologia ocidental costumem nos dizer para extravasarmos, não guardarmos nada porque se o fizermos explodiremos. Depois descobriram que quando as pessoas extravasavam pequenos vasos sanguíneos se rompiam no cérebro porque elas estavam muito zangadas. Agora viram que é de fato perigoso e potencialmente prejudicial extravasar tudo. Agora dizem que é melhor se controlar. O Profeta nos disse para tentarmos ser pacientes. Então, externamente devemos passar a imagem de sermos pacientes mesmo quando internamente estamos fervendo.
Não tentamos ser pacientes externamente para enganar as pessoas; ao contrário, o fazemos para desenvolver paciência. Se formos consistentes nisso então a imagem externa de paciência também se torna interna e como resultado a paciência completa é alcançada, e ela é atingível, como mencionado no Hadiss citado acima. Entre os métodos existentes está observar como os elementos materiais em nossas vidas desempenham um papel importante em relação à paciência e como a alcançamos. O Profeta nos deu conselho sobre como lidar com esses elementos ao dizer: “Não olhe para aqueles que estão acima ou são mais afortunados mas, ao contrário, olhe para aqueles que estão abaixo ou são menos afortunados...” Isso é porque independentemente de nossa situação, existem sempre aqueles que estão piores que nós. Essa deve ser nossa estratégia geral com relação à vida material.
Hoje em dia a vida material é uma parte importante de nossa vida, parecemos obcecados com isso; ganhar tudo que pudermos nesse mundo parece ser o ponto principal no qual a maioria de nós foca as energias. Então, se alguém deve fazer isso que faça sem afetar sua paz interior. Ao lidar com o mundo material não devemos manter o foco naqueles que estão melhores que nós ou nunca nos satisfaremos com o que temos. O Profeta disse: “Se der ao filho de Adão um vale de ouro, ele vai querer outro.” (Saheeh Muslim) O dito é que a grama do vizinho é sempre mais verde; e quanto mais uma pessoa tem, mais ela quer.
Não podemos nos satisfazer no mundo material se o estivermos perseguindo dessa forma; ao contrário, devemos olhar para os menos afortunados e dessa forma lembraremos as dádivas, benefícios e misericórdia que Deus nos concedeu com relação à nossa própria fortuna, não importando o quão pequena ela possa parecer. Existe outro dito do Profeta Muhammad que nos ajuda no campo do mundo material a colocar nossos assuntos na perspectiva correta e é um exemplo profético do princípio de “as primeiras coisas primeiro” de Stephen Covey .
O Profeta afirmou esse princípio há mais de 1.400 anos e o estabeleceu para os crentes ao dizer: “Quem fizer desse mundo seu objetivo Deus confundirá seus assuntos e colocará a pobreza diante de seus olhos, e ele não será capaz de alcançar nada nesse mundo exceto o que Deus já tiver escrito para ele...” (Ibn Maajah, Ibn Hibbaan)
Assim os assuntos da pessoa não se organizarão. Ela irá a todas as direções, como uma galinha com a cabeça cortada, andando a esmo; se fizer desse mundo seu objetivo. Deus colocará a pobreza diante de seus olhos e independentemente de quanto dinheiro tiver, se sentirá pobre. Toda vez que alguém for gentil ou sorrir, pensará que estão fazendo isso porque querem seu dinheiro, não confiará em ninguém e não será feliz.
Quando a bolsa de valores quebra se lê que alguns investidores cometeram suicídio. Uma pessoa pode ter tido 8 milhões e perdido 5 milhões, ficando com 3 milhões depois da quebra da bolsa, mas perder aqueles 5 milhões parece o fim. Não vê sentido em viver depois disso, porque Deus colocou a pobreza diante de seus olhos.
Paz Interior é alcançada pela submissão a Deus
Temos que ter em mente que as pessoas não levarão nada desse mundo exceto o que Deus já escreveu para elas. Depois de toda a correria, de ficar acordado até tarde da noite, ser um viciado em trabalho, uma pessoa só terá o que Deus já destinou para ela. O Profeta, que Deus eleve seu nome, disse: "Quem estabelecer a Outra Vida como seu objetivo, Deus tratará de seus assuntos, dará riqueza (de fé) no coração e o mundo virá para ele de forma relutante e submissa.” (Ibn Maajah, Ibn Hibbaan)
Essa pessoa alcança a riqueza do coração. A riqueza não se trata de ter muitos bens, mas ter prosperidade do coração e o que é prosperidade do coração? É contentamento, e é dele que vem a paz, quando uma pessoa se submete a Deus e isso é Islã. A paz interior é aceitar o Islã em nossos corações e viver pelos princípios do Islã. Então Deus colocará prosperidade no coração de uma pessoa e esse mundo virá a ela de forma submissa, de joelhos e humilhado.
A pessoa não terá que persegui-lo. Essa é a Promessa do Profeta se uma pessoa colocar “as primeiras coisas primeiro” e isso é a Outra Vida. Se for o Paraíso que queremos então isso deve se manifestar em nossas vidas, deve ser o ponto de nosso foco, o que mantemos em primeiro plano. Então como sabemos quando o Paraíso é nosso foco? Se sentarmos com uma pessoa e tudo que conversarmos a respeito for os últimos modelos de carros, casas caras, viagens e feriados e dinheiro, se a maioria de nossas conversas é sobre coisas materiais ou é fofoca, falar sobre essa ou aquela pessoa, então significa que o Paraíso não é nosso foco. Se o Paraíso for nosso foco então ele se refletiria em nossa conversa.
Esse é um nível muito básico através do qual podemos nos avaliar, então devemos parar e nos perguntar: “Falando sobre o quê gastamos a maior parte do nosso tempo”? Se descobrirmos que nossa prioridade é esse mundo, então precisamos focar novamente, precisamos colocar “as primeiras coisas primeiro”, o que significa que o Paraíso antes da vida desse mundo, e se fizermos isso poderemos alcançar a paz interior. Deus nos informou disso no Alcorão, um passo preciso para atingir a paz interior e Deus diz: “De fato, é na recordação de Deus que o coração encontra tranqüilidade.” (Alcorão 13:28) Então, apenas através da recordação de Deus o coração encontra tranqüilidade. Essa é a paz interior. A recordação de Deus está em tudo que fazemos como muçulmanos.
O Islam é viver uma vida de recordação de Deus e Deus diz: “Realize a oração para celebrar Meu nome...” (Alcorão 20:14) Tudo que fazemos (no Islã), como muçulmanos, envolve a recordação de Deus. Deus diz: “Dize: Minhas orações, minhas devoções, minha vida e minha morte pertencem a Deus, Senhor do Universo.” (Alcorão 6:162) Então, aqui está a forma de alcançar a paz interior, recordar de Deus em todos os aspectos de nossas vidas. Essa recordação (zhikr) não é o que algumas pessoas pensam, ou seja, sentar no canto de um quarto escuro repetindo constantemente “Allah, Allah, Allah...”. Não é assim que nos recordamos de Deus.
Sim, essa pessoa está dizendo o nome de Deus, mas se pensarmos sobre isso, se alguém vier a você (e, por exemplo, seu nome for Muhammad) e continuar dizendo “Muhammad, Muhammad, Muhammad...” você se perguntaria o que há de errado com essa pessoa. Ela quer alguma coisa? Há algo que ela precisa? Qual o propósito de repetir meu nome sem falar mais nada?
Essa não é a forma de recordar de Deus porque não era assim que o Profeta recordava de Deus e não existe registro dele fazer isso. Algumas pessoas dizem que devemos recordar de Deus dançando ou balançando de um lado para outro. Essa não é a forma de recordar de Deus, porque não era assim que o Profeta recordava de Deus e não existe registro dele fazer isso.
O Profeta se recordou de Deus em sua vida. Sua vida foi uma vida de recordação de Deus, ele viveu uma vida na recordação de Deus e essa é a verdadeira recordação, em nossas orações e nossa vida e nossa morte. Em resumo, a busca por paz interior envolve reconhecer os problemas que temos em nossas vidas, reconhecer nossos obstáculos, reconhecer que a paz interior virá somente quando identificarmos aqueles obstáculos e compreender quais deles podemos mudar, e que focando naqueles obstáculos podemos mudar os que são relacionados ao nosso eu. Se mudarmos o nosso eu, então Deus mudará o mundo à nossa volta e nos dará os meios para lidar com ele. Mesmo que o mundo esteja em desordem, Deus nos dará paz interior.
O que quer que aconteça sabemos que é o destino de Deus, que são os testes de Deus e que, em última instância, são para o nosso bem e existe um bem nisso. Deus nos criou nesse mundo e o mundo é um meio de alcançar o Paraíso. Os testes desse mundo são nosso crescimento espiritual. Se pudermos aceitar tudo isso, aceitar Deus em nossos corações, então podemos alcançar paz interior.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Fonte: Por Dr. Bilal Philips (Transcrito por Abu Uthman de uma áudio conferência)
(IslamReligion.com)
Como lavar um falecido
O muçulmano ao morrer, continua tendo direitos sobre os seus irmãos de fé, alguns deles:
Prepará-lo adequadamente, para o sepultamento, conforme rege a Religião Islâmica, da seguinte forma:
1- Lavá-lo em lugar adequado, longe de qualquer tipo de impurezas, só podendo estar junto a ele, as pessoas mais próximas do mesmo sexo, que sejam de confiança e que conheçam os rituais islâmicos, não podendo ultrapassar o número necessário de pessoas para prepará-lo.
2- Cobri-lo com uma manta e tirar todas as roupas que o falecido esteja vestindo,
3- Cobrir suas partes íntimas, não podendo ser vistas em hipótese alguma, essas partes são: do umbigo aos joelhos, no caso dos homens, e do tórax aos joelhos, no caso das mulheres,
4- Inclinar seu tórax levemente para frente, massageando suavemente três vezes o seu abdômen, para expelir qualquer impureza que esteja nos canais,
5- Lavar suas partes íntimas, usando qualquer pano enrolado na mão, para que não haja o toque direto com estas partes, como também, evitar olhá-las,
6- Lavar e enxaguar toda a cabeça com sabonete,
7- Lavar todo seu corpo, iniciando pelo lado direito, depois o lado esquerdo, da cabeça aos pés, ensaboando e enxaguando-o três vezes,
8- Secar todo seu corpo (e perfumá-lo, se possível), mantendo suas partes íntimas cobertas,
9- Enrolar seu corpo com mortalhas (brancas e sem costuras, se possível), sendo aconselhável, atender o número necessário de peças para os homens e para as mulheres:
a- Homens: Três mortalhas, uma que cubra do ombro até os joelhos, outra do umbigo até os pés, a terceira que cubra todo o corpo, inclusive o rosto, deixando uma sobra de um palmo além da cabeça e um palmo além dos pés, amarrando as sobras da cabeça, dos pés e o meio do corpo, com três tiras, dando um nó leve,
b- Mulheres: Cinco mortalhas, além das três dos homens, uma para a cabeça, como se fosse hijab, e outra para o tórax,
Após este ritual, o falecido é colocado diante das pessoas para ser feita a oração fúnebre sobre ele.
WAMY - América Latina
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
Prepará-lo adequadamente, para o sepultamento, conforme rege a Religião Islâmica, da seguinte forma:
1- Lavá-lo em lugar adequado, longe de qualquer tipo de impurezas, só podendo estar junto a ele, as pessoas mais próximas do mesmo sexo, que sejam de confiança e que conheçam os rituais islâmicos, não podendo ultrapassar o número necessário de pessoas para prepará-lo.
2- Cobri-lo com uma manta e tirar todas as roupas que o falecido esteja vestindo,
3- Cobrir suas partes íntimas, não podendo ser vistas em hipótese alguma, essas partes são: do umbigo aos joelhos, no caso dos homens, e do tórax aos joelhos, no caso das mulheres,
4- Inclinar seu tórax levemente para frente, massageando suavemente três vezes o seu abdômen, para expelir qualquer impureza que esteja nos canais,
5- Lavar suas partes íntimas, usando qualquer pano enrolado na mão, para que não haja o toque direto com estas partes, como também, evitar olhá-las,
6- Lavar e enxaguar toda a cabeça com sabonete,
7- Lavar todo seu corpo, iniciando pelo lado direito, depois o lado esquerdo, da cabeça aos pés, ensaboando e enxaguando-o três vezes,
8- Secar todo seu corpo (e perfumá-lo, se possível), mantendo suas partes íntimas cobertas,
9- Enrolar seu corpo com mortalhas (brancas e sem costuras, se possível), sendo aconselhável, atender o número necessário de peças para os homens e para as mulheres:
a- Homens: Três mortalhas, uma que cubra do ombro até os joelhos, outra do umbigo até os pés, a terceira que cubra todo o corpo, inclusive o rosto, deixando uma sobra de um palmo além da cabeça e um palmo além dos pés, amarrando as sobras da cabeça, dos pés e o meio do corpo, com três tiras, dando um nó leve,
b- Mulheres: Cinco mortalhas, além das três dos homens, uma para a cabeça, como se fosse hijab, e outra para o tórax,
Após este ritual, o falecido é colocado diante das pessoas para ser feita a oração fúnebre sobre ele.
WAMY - América Latina
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24
A Grandeza de Mohammad, o Profeta do Islamismo
Você sabe por que os muçulmanos amam a Mohammad?
Por que acreditam que ele é o Líder da humanidade?
A biografia de Mohammad é, em si mesma, um milagre.
Seus dois grandes milagres são o Alcorão e as suas qualidades singulares, pelos quais Deus o fez digno de levar a Mensagem do Islam.
Ele era um ser humano. Deus lhe ordenou declarar esta verdade e anunciá-la às pessoas, para que não o tomassem por Deus ou lhe concedessem atributos divinos. Seu Senhor lhe disse:
"Dize-lhes: Sou tão-somente um mortal, como vós, a quem foi revelado." (Alcorão Sagrado, 18ª Surata, versículo 110)
Ele era um ser humano, tendo todas as características físicas e mentais dos seres humanos. Porém, não há, entre os humanos (definitivamente), quem se iguale a ele em grandeza, pois Deus não criou desta classe, dentre os filhos de Adão, mais do que um homem, Mohammad Ibn Abdullah, que Deus o abençoe e ao seu pai, Abraão, Moisés, Jesus e a todos os profetas.
É uma injustiça para Mohammad e para a verdade, compará-lo com algum daqueles milhares de grandes, cujos nomes brilharam nas trevas da história, desde o início da cronologia histórica. Os grandes homens ficam conhecidos por certo aspecto de grandeza; alguns ficam conhecidos por sua sabedoria, porém é notória a sua falta de sensibilidade e expressões pobres; outros são notáveis pela sua eloqüência e poder de imaginação, porém as idéias expressadas por eles são pobres e banais; há outros, ainda, que se destacam em administração e liderança, mas são indignos e corruptos, em sua conduta pessoal.
Mohammad (S) é o único que reúne a grandeza, em todas as formas. Não há ninguém, entre aqueles, que não tenha escondido aspectos da sua biografia, temendo que as pessoas tivessem conhecimento deles: aspectos relacionados aos seus desejos, à sua família ou indicadores das suas debilidade e aberração. Mohammad é o único que abriu a sua vida a todas as pessoas; ela é um livro aberto, sem nenhuma página coberta, nem uma linha borrada; lê, nele, o que quer, quem quer.
Foi ele o único que permitiu aos seus companheiros, anunciar e propagar tudo a seu respeito. Eles narraram tudo o que viram, nas horas da purificação e nas de debilidade humana, como são as horas de cólera, desejo e irritação.
Suas esposas relataram tudo quanto aconteceu entre ele e elas; e eis Aicha, narrando a vida do Profeta e, com o seu consentimento, todas as suas situações, em sua casa, e as suas circunstâncias, com a sua família, porque todos os seus atos são religião e legislação. Se não houvesse jovens e mulheres, entre os leitores, lhes contaria algo disso; porém, os livros da tradição, a sua biografia e a jurisprudência estão cheios disso.
Podemos ler, nestas fontes, mesmo os aspectos mais estritamente pessoais do nosso Profeta: Conhecemos seus hábitos de comer, vestir, dormir, de higiene pessoal, etc.
Mostre-me outro grande homem, que se tenha atrevido a aventurar-se, dizendo às pessoas: "Eis aqui a minha biografia completa e todos os meus atos; inteirem-se deles e ensinem-nos ao amigo e ao inimigo. Que encontre, nela, quem puder, uma falha, para impugná-la!”
Digam-me de outro, cuja biografia foi detalhada desse jeito e da qual, passados 1400 anos, ainda se conhecem as realidades e os segredos, como conhecemos a biografia do nosso Profeta!
A grandeza do homem pode ser devida às suas qualidades intrínsecas, disposição nobre e fascínio pessoal. Pode ser, também, devido aos resultados intelectuais, que ele deixou como herança para a história do seu país e do mundo.
Cada grande tem um destes aspectos, que são os parâmetros que determinam a sua grandeza. Quanto à grandeza de Mohammad, mede-se por todos eles, porque ele reuniu a grandeza em todas as suas formas. Era grande, em suas qualidades, em seus atos e em suas influências.
Os grandes, ou são grandes unicamente para os seus povos, beneficiando-os, enquanto prejudicam os outros, a exemplo dos heróis combatentes e dos líderes conquistadores.
Ou a grandeza é mundial, porém em um aspecto limitado, como descobrir uma das leis, postas por Deus na natureza, porém oculta, para fazer trabalhar o nosso cérebro e para chegarmos a ela; ou descobrir um medicamento contra uma enfermidade, ou expor uma das teorias filosóficas, uma obra-prima de literatura, uma história genial ou uma antologia poética eloquente.
Quanto a Mohammad, a sua grandeza é universal, em toda a sua extensão, e total, em todos os aspectos.
Ele acreditava no que predicava, não como muitos dos predicadores que conhecemos, antigos e atuais, que dizem com as suas línguas, o que contradizem, com os seus atos; declaram, em público, o que não fazem, em particular. Seu verdadeiro caráter aparece nos momentos de fraqueza: desejo, medo, ira, necessidade e cólera. Em tais momentos, esquecem tudo o que pregaram.
E eu não falo de alguém em particular, mas ponho a mim mesmo como exemplo. Procuro a sublimação espiritual, quando dou uma conferência e quando escrevo um artigo, que predica a verdade, a bondade e a orientação. Porém, logo que alcanço o ponto de elevação, vence-me o peso da minha natureza e os desejos do meu ego instigador do mal e volto à terra. As pessoas vêm isto nos predicadores e nos oradores, e não se interessam pelo que dizem e, portanto, a predicação não influi nelas.
Quanto ao Profeta Mohammad (S), não convocou para uma conferência geral para apresentar os preceitos islâmicos nem fundou uma escola com horários para o estudo, não sentou numa reunião de admoestação, mas transmitiu o que lhe foi revelado no lar, na mesquita, nas vias públicas. Ele praticou tudo que pregou; exortou as pessoas a praticar o bem e a se afastar do ilícito; traduziu que isso em palavras e ações. O Alcorão foi o seu guia. A gente ouve essa expressão e não pensa em seu significado. Significa: Meus senhores, cada um de seus atos, cada uma de suas condutas eram versículos recitados. Infatigavelmente, procurou reformar as pessoas, por intermédio das suas palavras e ações. Ele anunciou a sua mensagem onde e quando podia. Nunca foi convidado a uma universidade nem a um seminário, para dar conferências. Ele levou a sua mensagem, onde estava: em casa, na mesquita ou nas vias públicas. Em verdade, ele demonstrou, em sua vida cotidiana, tudo, o que o Alcorão pleiteava e exortava as pessoas a fazer.
Rezava, durante a noite, até que inchassem os seus pés, pedindo indulgência a Deus. Em certa ocasião, lhe perguntaram: "Acaso, Deus não perdoou todas as tuas faltas, passadas e futuras?" Disse: "Acaso, não devo ser um servo agradecido?" Todos os seus atos eram em oração, porque procurar o bem e evitar o mal, trabalhar para o interesse comum, se feito pela causa de Deus, era para ele, uma oração. Gostaria de citar um incidente, para mostrar que ele praticou aquilo em que acreditava e quão estritamente aderiu aos princípios que conservou altos, acima de todas as outras considerações. Antes de narrar o incidente, permitam-me apresentar o seguinte prelúdio:
Se uma jovem de família nobre, por exemplo, da família de um grande ministro, fosse acusada de roubo, vocês acreditam que ela seria encarcerada igual a uma outra qualquer, se esta fosse a ladra? Executar-se-ia, acaso, a sentença da lei, em ambas, da mesma forma? Ou se estenderiam para a sua causa, cem dedos, para encobrir-lhe o delito, para favorecê-la na sentença e aliviar-lhe o castigo?
Ocorreu uma situação como esta, na época do Mensageiro. Uma jovem, de uma das mais nobres famílias de Coraix, da tribo de Bani Makhzum, a família de Alwalid, chamado o único, familia de Khaled, o senhor dos combatentes. Era a terceira família em nobreza, depois das famílias Háchem e Omaiya. Ela roubou, foi declarada culpada e foi dada a sentença. Então, muita gente procurou interceder por ela, crendo que o Profeta, porque conhecia o seu amor, tolerância e perdão, a perdoaria. Porém, ele se enfureceu e os fez compreender que esta foi a perdição de muitos povos que os procederam; aqueles que, quando o nobre cometia delito, o perdoavam e quando o fraco o cometia, castigavam-no.
Disse-lhes uma frase maravilhosa, que fortaleceu a vida do Islam e ficou assentado, definitivamente, que nas leis divinas não há lugar para intercessões. Portanto, não haveria indulgência. Disse: "Por Deus, se Fátima, filha de Mohammad, tivesse roubado, eu lhe cortaria a mão."
Tudo isto era, para ele, uma coisa natural, porque vivia com e para a sua mensagem. Suas pretensões estavam subordinadas ao que foi revelado e tudo quanto o vinculava às pessoas, laços familiares, amizade ou interesse, era desvinculado, se interferisse no desempenho da mensagem.
Na verdade, ele não se preocupou com aquilo com que as pessoas, normalmente, se preocupam, o comer, o vestir, e todas as demais exigências do ego; não se empenhou na austeridade ou em passar fome, como fizeram alguns, que se afirmavam ascetas, nem adotou, para sempre, as vestimentas da pobreza, nem a lã, mas comeu tudo quanto lhe davam de saboroso, e não comia do que não gostava (do que não era vedado), porém não lhe punha defeitos.
Não se sabe dele que tenha reclamado de uma comida. Se não encontrava alimento, suportava a fome, até esta ultrapassar as suas forças, e então atava uma pedra à sua barriga. Vestia o que encontrava à mão, sem exigir um modelo, tipo ou cor, em particular.
Vestia o turbante por cima da toca, a toca sem turbante ou o turbante sem toca. Vestia, também, a camisa, a túnica, o gibão, o manto e o camisão. Porém, este último, não era como os camisões atuais, grandes e com mangas largas, mas com mangas ajustadas. Tampouco o seu turbante era como os de hoje, mas como os dos habitantes do Hijaz (parte ocidental da Arábia Saudita), ou seja, um pedaço de tecido, com o qual se enrolava a cabeça, e que, não havendo necessidade dele, se deixava no ombro, e servia para atar um prisioneiro de guerra. Às vezes, lhes acrescentavam tranças. Os turbantes são uma necessidade da natureza, no Hijaz, devido ao seu sol abrasador, pois a pessoa protege, com eles, a sua cabeça, dos raios solares. Por isso, se diz: "Os turbantes são as coroas dos árabes". O Profeta não exigia que fossem de uma cor determinada. No dia da conquista de Makka, o seu turbante era negro.
Não há, no Islam, vestimentas vedadas, exceto as que deixam ver as vergonhas. Não é permitido, à mulher muçulmana, deixar à vista mais do que o rosto e as mãos. Tampouco é permitido o uso da seda, para os homens nem as vestimentas específicas dos adeptos de uma religião, que não seja o Islam, tais como as dos monges, por exemplo, pois, as pessoas poderiam confundi-lo com um deles; assim, também, não é permitido, ao homem, usar vestimentas especificamente femininas e vice-versa, e tudo o que é exagerado. Fora disso, toda a indumentária é permitida, no Islam.
Era inconcebível que o Profeta declarasse proibidas as graças que Deus criou para os Seus servos, ou as coisas boas, da Sua mercê. Ele não as deixava nem as rechaçava quando encontrava, não se empenhava em consegui-las, nem as convertia em uma das maiores preocupações da sua vida.
Era desprovido da ambição pela opulência e pelo prestígio. Sabemos que os coraixitas lhe ofereceram tanto bens, como o poder, se estivesse interessado neles. Ofereceram-lhe tudo o que é atrativo para o ego. Porém, ele rejeitou tudo quanto lhe ofereceram, sentindo pena e compadecendo-se deles.
Viveu livre dos problemas dos desejos sexuais. Algumas pessoas foram confundidas, pelos orientalistas, que estudaram a biografia do Profeta, com uma mente terrena e doentia, avaliando-o com o mesmo parâmetro que avaliaram os seus grandes homens.
Verificaram que se casou com nove mulheres e disseram que era um homem sensual. Consideraram-no da mesma classe dos seus grandes homens.
Napoleão, por exemplo, forçou uma nação inteira, governo e autoridades, a ser sua alcoviteira, para fazê-lo conseguir o amor da jovem polaca. Além disso, obrigou o pai da jovem a convencê-la a se entregar a ele, pois Napoleão colocou isso como preço da independência da Polônia.
Tal iniquidade, porém, não foi cometida apenas por Napoleão, mas por Alexandre Dumas, Byron, Goethe, Baudelaire e por dezenas de outros personagens famosos. Basta folharmos as biografias dos grandes homens e nos aprofundarmos em qualquer uma delas, analisando a sua história sexual, que o nosso nariz sofre, por sentir cheiros muito repugnantes. Com esta mentalidade estudaram as tradições do Profeta (S), e, ao concluir, que era um homem sensual, demonstraram ignorância em psicologia e na história de Mohammad, afastando-se, em suas investigações da neutralidade e da imparcialidade.
O período mais intenso do desejo sexual manifesta-se, em todas as pessoas, desde a puberdade até à idade de vinte e cinco anos. É considerado o período mais vulnerável: uma fase da vida, quando o sexo, se não for controlado, pode se tornar uma obsessão e conduzir às armadilhas e ao desvio. Portanto, a mistura de sexos nesta idade é desencorajada, mesmo que seja com propósitos acadêmicos. Vamos considerar, agora, a vida do nosso Profeta: Onde estava Mohammad, nesta idade? Quais foram os acontecimentos da sua juventude? Era livre, em um país livre, e, se quisesse, ninguém lhe teria proibido, por censura ou pelos costumes. Os jovens da sua geração estavam imersos nos prazeres, que não lhes eram vedados, pela religião ou pela lei.
A biografia de Mohammad está aberta para o inimigo e para o amigo, exposta à vista de qualquer crítica. Acaso, alguém leu nela, que nesta idade ele estava mergulhado nas paixões juvenis e nos desejos exaltados, ou buscava os prazeres e as satisfações?
Só uma vez pensou em se satisfazer com os prazeres aos quais estavam acostumados os seus contemporâneos; porém, Deus o fez adormecer, até que o pensamento passou.
Se tivesse praticado tais atos, acaso ter-se-iam calado os seus inimigos idólatras, que estavam empenhados em combatê-lo e em prejudicá-lo, por todos os meios?
Casou-se aos vinte e cinco anos de idade. Porém, fê-lo, acaso, com uma mulher virgem e formosa, ou se casou com uma mulher com idade para ser sua mãe, viúva e quarentona? Acaso não eram as suas esposas quase todas, viúvas? Não se casou com elas pelo interesse comum?
Deus tornou lícito, para ele, ter mais de quatro esposas; deu-lhe, assim, mais do que ao resto dos muçulmanos, porém lhe vedou, em troca, um direito que tem todo o esposo, o de divorciar-se.
O impulso sexual não é um defeito. Como poderia sê-lo, se é o símbolo da virilidade e é no que ela consiste? O defeito está em o homem viver e só pensar nele, e o buscar pelo caminho ilícito.
O relato do seu casamento com Zainab exacerbou aos seus inimigos, que o repetiram continuamente. Porém, as suas palavras não merecem réplica, porque, na verdade, estão baseadas em deturpações calculadas da realidade ou em um mau entendimento aparente.
Zainab era uma jovem formosa, da família do Profeta. Se ele quisesse ter-se-ia casado com ela, o que seria um ato de honra para a sua família. Porém, Deus fez disto um exemplo, para instituir duas reformas sociais, dentro das reformas islâmicas. Uma, quanto à natureza da experiência em si, e outra, quanto à posição do próprio Profeta.
O Islam quis eliminar a arrogância ignorante e o sentimento de classe, com o casamento de Zainab, que pertencia a uma das mais nobres famílias árabes, com Zaid, um prisioneiro adotivo, que não era considerado, por essa sociedade, merecedor dela.
Casou-se com ele, com pesar seu e da sua família, e a sua vida era uma contínua crise. Ambos desejavam separar-se, porém o Profeta os proibiu de se divorciar, e disse a Zaid: "Permanece com a tua esposa e teme a Deus!", Mas o casal chegou ao limite, e o divórcio se tornou inevitável.
Aí, então, vem a experiência seguinte, que é mais dura e difícil, sendo o Profeta quem teve de suportar a sua carga. Casar-se com Zainab, para abolir o costume da adoção e esclarecer que quem adotou não está proibido de se casar com aquela que foi esposa do adotivo. O mais difícil, desta situação, é que Mohammad se expôs a ser vilipendiado, por aquela sociedade, pelo fato de se casar com a esposa do seu filho adotivo. Esta foi a situação mais difícil, pela qual o Profeta passou. Porém, apesar de tudo, ele a suportou, comprazido, por ser ela uma ordem de Deus.
Assim, pois, a história não é como os ocidentais pensam e apontam, e o que dizem dela não são mais do que falácias, que não merecem réplica. Eu a relatei, unicamente, para esclarecer a verdade, àqueles leitores que a desconheciam.
A força do corpo é a vitória sobre a resistência material e a força do coração é a vitória sobre os rivais. Porém, há uma força maior, que é a vitória sobre o que é maior do que o material e o rival; é a força moral, que é uma vitória sobre o ego, sua natureza, seus instintos, anelos e inclinações.
Esta é uma questão psicológica axiomática. O Profeta se expressou, a seu respeito, com diversos termos e em ocasiões distintas. Disse: "Não se mede o forte no combate, mas na ocasião em que reprime a sua ira."
Esta verdade pode ser constatada em nós mesmos. Pois se a força para derrubar o rival é considerada, por exemplo, um, a força que necessitamos para vencer a ira, apagar o seu fogo em nosso peito e parecer tranquilos, em nossos movimentos, voz e tom, se considera cem, pois é cem vezes mais difícil de obter do que a primeira. Podemos comprová-lo, ao nos aproximarmos de alguém que esteja tão cego pela ira que esta não o deixa ver o que há diante dele. Ao tentar lembrá-lo das boas maneiras, da tolerância e do perdão, não encontramos um, nestas circunstâncias, entre dez mil, que nos responda.
Imagine que um homem matasse o seu ente mais querido e em seguida viesse se render à sua mensagem (sendo você o predicador). Esqueceria as lágrimas que foram derramadas, pelo ente querido... e o perdoaria? Pois o Profeta perdoou Wahchi, o assassino de Hamza (tio dele), quando se converteu ao Islam. Porém, venceu-o a sua natureza humana, no que não contraria o Islam e não prejudica o homem; disse-lhe: "Não deixes que te veja." Desde então, Wahchi ocultou-se da sua vista.
O rancor de Hind, esposa de Abu Sufian, em relação a Mohammad e à sua mensagem chegou a tal ponto, que ela fez o que ninguém faria, nem mulher, nem homem, nem lobo ou tigre. Abriu o peito de Hamza, extraiu o seu coração e o comeu... Hind, que se serviu, para combater o Profeta, das maiores atrocidades, foi perdoada por ele e a sua conversão foi aceita.
Os habitantes de Taif, apesar do que fizeram contra o Profeta, que conhecemos pelos relatos, quando se converteram, foram perdoados por ele.
E eis a atitude memorável, o exemplo sublime, por excelência, de todas as épocas. Os habitantes de Makka o fizeram tragar amarguras e fel, que o injuriaram física e moralmente, difamaram a sua doutrina, caluniaram-no, tiveram-no ao alcance das mãos a ele e aos seus companheiros, marginalizaram-no, não permitiram que ninguém falasse e tratasse com ele; confinaram-no em um determinado local, puseram espinhos em seu caminho, arrojaram nele sujidades, enquanto ele estava prostrado, mofaram dele, com toda a classe de burlas. Isto continuou assim, não por um dia ou dois, não por um ano ou dois, mas por treze anos. Em seguida, o combateram e assassinaram os seus familiares e companheiros. Foi assim, até que ele os venceu, colocando-os à sua frente, ao redor da Caaba, humilhados e indefesos.
Havia chegada a hora da vingança... Não; deixem a palavra vingança, pois não se coaduna com a sua posição, nem com a hora do castigo legítimo, em que se daria a réplica a esta larga série de agravos e hostilidades.
Então, o Profeta lhes perguntou: "Que pensais que farei convosco?"
Lembraram-se de tudo quanto haviam cometido e esperaram o seu castigo merecido. Porém, lembraram-se também da moral de Mohammad e, conhecendo sua a exemplaridade, disseram:
"És um irmão generoso, filho de um irmão generoso."
E se calaram, aguardando a sentença decisiva. Mesmo que fosse a de executá-los a todos, não encontraríamos, entre os historiadores, tanto amigos como inimigos, quem reprovasse uma só palavra de tal sentença.
Porém, a sentença de Mohammad era outra. Era uma surpresa que ninguém esperava; uma surpresa, que foi causa de assombro, em sua época, e em todas as épocas vindouras. Disse-lhes:
"Ide, pois estais livres."
Sentimos muito em apresentar este incidente tão resumidamente, pois desejávamos fazê-lo em um capítulo à parte, esclarecendo-o como é devido, já que para adotar esta postura necessitaríamos da força de dez mil lutadores.
É estranho, para mim, o fato de os biógrafos pós-tradicionalistas terem tentado aumentar o número de milagres, detalhá-los e acrescentar outros, irreais. Que necessidade tinham eles disso, se cada atitude do Profeta e cada aspecto da sua personalidade estão entre os milagres mais colossais?
Que é um milagre? Acaso não é fazer algo que outro ser humano é incapaz de fazer?
Sua sinceridade e sua fidelidade são milagres. Não vamos citar muitos exemplos, pois o espaço é exíguo, porém exporei um só. Um acontecimento, que passei por alto, centenas de vezes, nas minhas leituras. Lia-o como se fosse algo normal, porém uma vez reparei nele, subitamente... Era assombroso, assim como o é tudo quanto há em sua vida, semelhante a isto.
Todos, nós sabemos que, quando o Profeta emigrou para Madina, deixou Áli, em seu lugar, para devolver as quantias, em dinheiro, que os membros da tribo de Coraix haviam deixado com ele em confiança. Você já parou, alguma vez, para considerar o caso daqueles depósitos?
Era o caixa ativo da tribo de Coraix. Ele os devolveu aos coraixitas e não aos muçulmanos, porque todos os muçulmanos haviam migrado e o Profeta foi o último a deixar Makka. Ele permaneceu lá até ao último minuto, a exemplo do capitão do navio que está sendo abandonado; só parte depois de todos estarem a salvo. Esta era outra excelente qualidade do Profeta Mohammad.
Os depósitos eram dos coraixitas (apesar de tudo que tinham entre eles e o Profeta) que não confiavam em ninguém para guardar seus depósitos além de Mohammad. Pode-se imaginar em duas facções diferentes, oponentes, envolvidas em uma feroz batalha de palavras e espadas, de princípio e de crença, uma facção confiar os seus ativos e valores a um membro da facção oponente, para guardá-los, em custódia segura?
Você já ouviu falar, alguma vez, de tal incidente? Como poderiam confiar em seu oponente, se não tivesse um caráter íntegro, cuja honestidade não estivesse além de qualquer dúvida?
Assim era Mohammad!
Na batalha de Badr, quando revistava a tropa, antes da batalha, tinha um cajado, em sua mão, e viu Sawad Ben Ghaziya fora da fila. Então, ele o empurrou com o cajado cutucando-o no ventre, e lhe disse: "Fica na fila, ó Sawad!"
Este lhe disse: "Ó Mensageiro de Deus, machucaste-me e Deus te enviou com a verdade e a justiça."
Imaginem esta cena, o chefe do exército enfrentado por um soldado raso, com estas palavras. Que acham que ele faria? Castiga-lo-ia? Desentender-se-ia com ele? Ou do seu peito brotariam a tolerância e a nobreza do seu caráter e ele o perdoaria e o indultaria? Ou se excederia à norma e lhe diria: Perdoa-me, desculpa-me! Porém, o Mensageiro de Deus fez algo que ninguém faria, nem sequer lhe ocorreria fazer. Ele descobriu o ventre, deu-lhe o cajado e lhe disse: "Faze igual". Ou seja, machuca-me, como eu te machuquei.
Fez-se igual ao outro, sendo ele o mais senhoril dos humanos.
Assim era Mohammad!
Toda a sua biografia é um milagre. Todos os grandes, do mundo, são incapazes de apresentar outro, igual. Em cada um dos seus aspectos, há glória e grandeza: na força do seu corpo, na sua constituição atlética, no seu espírito esportivo; não era prepotente na vitória, nem a derrota o fazia estremecer, a ponto de excitar a sua ira ou fazer desaparecer o seu entusiasmo.
A sua firmeza, no fragor da guerra, era tal, que até os heróis, dentre os seus companheiros, se protegiam junto a ele; ante a sua valentia, humilhavam-se os homens mais valentes; a sua humildade destinava-se ao indigente, ao pobre e a auxiliar a viúva e a anciã.
A sua firmeza, na verdade, e a sua sinceridade, quanto à revelação de Deus, eram tais, que ele anunciou, inclusive, os versículos que revelavam os seus equívocos e lhe eram dirigidos como reprovações.
Ele era assim, também, quanto a respeitar os compromissos e a manter a sua palavra, por mais esforços e dificuldades que isto lhe custasse, tanto em seus tratos pessoais, como nos assuntos do Estado.
Por seu gosto e sua fina sensibilidade foi ele que promulgou as normas da comida e ditou as bases da limpeza. Quanto à relação com os seus companheiros, ensinava-os, trabalhava e vivia com eles; pedia-lhes conselhos e os escutava; sentava-se, onde encontrava lugar vazio, no último lugar da reunião. Tanto era assim, que quem o vinha ver olhava para os rostos dos presentes e perguntava: "Qual de vocês é Mohammad?"
Isto ocorria, porque Mohammad não se distinguia deles, em sua maneira de sentar-se ou em suas vestimentas; era igual a eles em tudo. Era educado em seus modos, delicado em suas maneiras e recatado com as suas mulheres. Por sua conduta, em casa, com a sua família, por suas brincadeiras inocentes e pelo seu caráter aberto, era querido por todos os corações, por sua humildade e rejeição a ser tratado como um rei!
Proibiu os seus companheiros de se levantarem para ele. Ajudava a sua família, nos afazeres de casa, remendava os seus sapatos, com as suas próprias mãos. Viveu na pobreza, sem se preocupar com a riqueza, não por incapacidade, pois, se quisesse, o seu palácio seria mais fabuloso do que o de Cosroé ou o de César. Porém, optou pela outra vida. Tanto assim, que o comprimento das casas de todas as suas esposas, das nove, não chegava aos vinte e cinco metros.
A casa de Aicha era uma habitação, construída de barro e adobe. Era tão reduzida que não tinha espaço suficiente para ela dormir, enquanto o Profeta praticava a oração. Assim, quando ele se prostrava, tinha que afastar um pouco a perna dela, para poder fazê-lo. Quanto à sua comida, Aicha relatou que se passavam um ou dois meses e não se acendia fogo, em sua casa, para fazer pão. Então, perguntaram-lhe: "Que vocês comiam?"
Ela respondeu: "Tâmaras e água."
Essa era a comida da família do Mensageiro de Deus.
Foi o mais retórico e o mais eloqüente dos homens.
Todas as qualidades, acima citadas, provam que o Profeta Mohammad foi um homem extraordinário, e que Deus o escolheu para a extraordinária tarefa, somente depois de prepará-lo devidamente para ela. O nosso Profeta foi um, entre os seres humanos, mas não houve ninguém semelhante a ele, em qualidades.
Deus sabe a quem entrega a Sua Mensagem.
Fonte: Livro: “Apresentação geral da Religião do Islam”, Dr. Ali Attantáwi
Rogamos a Allah SW que coloque muito barakat nesta vida e na outra a todos os sábios, que a exemplo do Dr Ali Attantáwi trás esclarecimentos úteis a humanidade permitindo assim uma melhor tomada de decisão em relação a religião de Allah SW, o ISLAM.
Hajj Hamza Abdullah Islam, o menor dos servos de Allah SW
Por que acreditam que ele é o Líder da humanidade?
A biografia de Mohammad é, em si mesma, um milagre.
Seus dois grandes milagres são o Alcorão e as suas qualidades singulares, pelos quais Deus o fez digno de levar a Mensagem do Islam.
Ele era um ser humano. Deus lhe ordenou declarar esta verdade e anunciá-la às pessoas, para que não o tomassem por Deus ou lhe concedessem atributos divinos. Seu Senhor lhe disse:
"Dize-lhes: Sou tão-somente um mortal, como vós, a quem foi revelado." (Alcorão Sagrado, 18ª Surata, versículo 110)
Ele era um ser humano, tendo todas as características físicas e mentais dos seres humanos. Porém, não há, entre os humanos (definitivamente), quem se iguale a ele em grandeza, pois Deus não criou desta classe, dentre os filhos de Adão, mais do que um homem, Mohammad Ibn Abdullah, que Deus o abençoe e ao seu pai, Abraão, Moisés, Jesus e a todos os profetas.
É uma injustiça para Mohammad e para a verdade, compará-lo com algum daqueles milhares de grandes, cujos nomes brilharam nas trevas da história, desde o início da cronologia histórica. Os grandes homens ficam conhecidos por certo aspecto de grandeza; alguns ficam conhecidos por sua sabedoria, porém é notória a sua falta de sensibilidade e expressões pobres; outros são notáveis pela sua eloqüência e poder de imaginação, porém as idéias expressadas por eles são pobres e banais; há outros, ainda, que se destacam em administração e liderança, mas são indignos e corruptos, em sua conduta pessoal.
Mohammad (S) é o único que reúne a grandeza, em todas as formas. Não há ninguém, entre aqueles, que não tenha escondido aspectos da sua biografia, temendo que as pessoas tivessem conhecimento deles: aspectos relacionados aos seus desejos, à sua família ou indicadores das suas debilidade e aberração. Mohammad é o único que abriu a sua vida a todas as pessoas; ela é um livro aberto, sem nenhuma página coberta, nem uma linha borrada; lê, nele, o que quer, quem quer.
Foi ele o único que permitiu aos seus companheiros, anunciar e propagar tudo a seu respeito. Eles narraram tudo o que viram, nas horas da purificação e nas de debilidade humana, como são as horas de cólera, desejo e irritação.
Suas esposas relataram tudo quanto aconteceu entre ele e elas; e eis Aicha, narrando a vida do Profeta e, com o seu consentimento, todas as suas situações, em sua casa, e as suas circunstâncias, com a sua família, porque todos os seus atos são religião e legislação. Se não houvesse jovens e mulheres, entre os leitores, lhes contaria algo disso; porém, os livros da tradição, a sua biografia e a jurisprudência estão cheios disso.
Podemos ler, nestas fontes, mesmo os aspectos mais estritamente pessoais do nosso Profeta: Conhecemos seus hábitos de comer, vestir, dormir, de higiene pessoal, etc.
Mostre-me outro grande homem, que se tenha atrevido a aventurar-se, dizendo às pessoas: "Eis aqui a minha biografia completa e todos os meus atos; inteirem-se deles e ensinem-nos ao amigo e ao inimigo. Que encontre, nela, quem puder, uma falha, para impugná-la!”
Digam-me de outro, cuja biografia foi detalhada desse jeito e da qual, passados 1400 anos, ainda se conhecem as realidades e os segredos, como conhecemos a biografia do nosso Profeta!
A grandeza do homem pode ser devida às suas qualidades intrínsecas, disposição nobre e fascínio pessoal. Pode ser, também, devido aos resultados intelectuais, que ele deixou como herança para a história do seu país e do mundo.
Cada grande tem um destes aspectos, que são os parâmetros que determinam a sua grandeza. Quanto à grandeza de Mohammad, mede-se por todos eles, porque ele reuniu a grandeza em todas as suas formas. Era grande, em suas qualidades, em seus atos e em suas influências.
Os grandes, ou são grandes unicamente para os seus povos, beneficiando-os, enquanto prejudicam os outros, a exemplo dos heróis combatentes e dos líderes conquistadores.
Ou a grandeza é mundial, porém em um aspecto limitado, como descobrir uma das leis, postas por Deus na natureza, porém oculta, para fazer trabalhar o nosso cérebro e para chegarmos a ela; ou descobrir um medicamento contra uma enfermidade, ou expor uma das teorias filosóficas, uma obra-prima de literatura, uma história genial ou uma antologia poética eloquente.
Quanto a Mohammad, a sua grandeza é universal, em toda a sua extensão, e total, em todos os aspectos.
Ele acreditava no que predicava, não como muitos dos predicadores que conhecemos, antigos e atuais, que dizem com as suas línguas, o que contradizem, com os seus atos; declaram, em público, o que não fazem, em particular. Seu verdadeiro caráter aparece nos momentos de fraqueza: desejo, medo, ira, necessidade e cólera. Em tais momentos, esquecem tudo o que pregaram.
E eu não falo de alguém em particular, mas ponho a mim mesmo como exemplo. Procuro a sublimação espiritual, quando dou uma conferência e quando escrevo um artigo, que predica a verdade, a bondade e a orientação. Porém, logo que alcanço o ponto de elevação, vence-me o peso da minha natureza e os desejos do meu ego instigador do mal e volto à terra. As pessoas vêm isto nos predicadores e nos oradores, e não se interessam pelo que dizem e, portanto, a predicação não influi nelas.
Quanto ao Profeta Mohammad (S), não convocou para uma conferência geral para apresentar os preceitos islâmicos nem fundou uma escola com horários para o estudo, não sentou numa reunião de admoestação, mas transmitiu o que lhe foi revelado no lar, na mesquita, nas vias públicas. Ele praticou tudo que pregou; exortou as pessoas a praticar o bem e a se afastar do ilícito; traduziu que isso em palavras e ações. O Alcorão foi o seu guia. A gente ouve essa expressão e não pensa em seu significado. Significa: Meus senhores, cada um de seus atos, cada uma de suas condutas eram versículos recitados. Infatigavelmente, procurou reformar as pessoas, por intermédio das suas palavras e ações. Ele anunciou a sua mensagem onde e quando podia. Nunca foi convidado a uma universidade nem a um seminário, para dar conferências. Ele levou a sua mensagem, onde estava: em casa, na mesquita ou nas vias públicas. Em verdade, ele demonstrou, em sua vida cotidiana, tudo, o que o Alcorão pleiteava e exortava as pessoas a fazer.
Rezava, durante a noite, até que inchassem os seus pés, pedindo indulgência a Deus. Em certa ocasião, lhe perguntaram: "Acaso, Deus não perdoou todas as tuas faltas, passadas e futuras?" Disse: "Acaso, não devo ser um servo agradecido?" Todos os seus atos eram em oração, porque procurar o bem e evitar o mal, trabalhar para o interesse comum, se feito pela causa de Deus, era para ele, uma oração. Gostaria de citar um incidente, para mostrar que ele praticou aquilo em que acreditava e quão estritamente aderiu aos princípios que conservou altos, acima de todas as outras considerações. Antes de narrar o incidente, permitam-me apresentar o seguinte prelúdio:
Se uma jovem de família nobre, por exemplo, da família de um grande ministro, fosse acusada de roubo, vocês acreditam que ela seria encarcerada igual a uma outra qualquer, se esta fosse a ladra? Executar-se-ia, acaso, a sentença da lei, em ambas, da mesma forma? Ou se estenderiam para a sua causa, cem dedos, para encobrir-lhe o delito, para favorecê-la na sentença e aliviar-lhe o castigo?
Ocorreu uma situação como esta, na época do Mensageiro. Uma jovem, de uma das mais nobres famílias de Coraix, da tribo de Bani Makhzum, a família de Alwalid, chamado o único, familia de Khaled, o senhor dos combatentes. Era a terceira família em nobreza, depois das famílias Háchem e Omaiya. Ela roubou, foi declarada culpada e foi dada a sentença. Então, muita gente procurou interceder por ela, crendo que o Profeta, porque conhecia o seu amor, tolerância e perdão, a perdoaria. Porém, ele se enfureceu e os fez compreender que esta foi a perdição de muitos povos que os procederam; aqueles que, quando o nobre cometia delito, o perdoavam e quando o fraco o cometia, castigavam-no.
Disse-lhes uma frase maravilhosa, que fortaleceu a vida do Islam e ficou assentado, definitivamente, que nas leis divinas não há lugar para intercessões. Portanto, não haveria indulgência. Disse: "Por Deus, se Fátima, filha de Mohammad, tivesse roubado, eu lhe cortaria a mão."
Tudo isto era, para ele, uma coisa natural, porque vivia com e para a sua mensagem. Suas pretensões estavam subordinadas ao que foi revelado e tudo quanto o vinculava às pessoas, laços familiares, amizade ou interesse, era desvinculado, se interferisse no desempenho da mensagem.
Na verdade, ele não se preocupou com aquilo com que as pessoas, normalmente, se preocupam, o comer, o vestir, e todas as demais exigências do ego; não se empenhou na austeridade ou em passar fome, como fizeram alguns, que se afirmavam ascetas, nem adotou, para sempre, as vestimentas da pobreza, nem a lã, mas comeu tudo quanto lhe davam de saboroso, e não comia do que não gostava (do que não era vedado), porém não lhe punha defeitos.
Não se sabe dele que tenha reclamado de uma comida. Se não encontrava alimento, suportava a fome, até esta ultrapassar as suas forças, e então atava uma pedra à sua barriga. Vestia o que encontrava à mão, sem exigir um modelo, tipo ou cor, em particular.
Vestia o turbante por cima da toca, a toca sem turbante ou o turbante sem toca. Vestia, também, a camisa, a túnica, o gibão, o manto e o camisão. Porém, este último, não era como os camisões atuais, grandes e com mangas largas, mas com mangas ajustadas. Tampouco o seu turbante era como os de hoje, mas como os dos habitantes do Hijaz (parte ocidental da Arábia Saudita), ou seja, um pedaço de tecido, com o qual se enrolava a cabeça, e que, não havendo necessidade dele, se deixava no ombro, e servia para atar um prisioneiro de guerra. Às vezes, lhes acrescentavam tranças. Os turbantes são uma necessidade da natureza, no Hijaz, devido ao seu sol abrasador, pois a pessoa protege, com eles, a sua cabeça, dos raios solares. Por isso, se diz: "Os turbantes são as coroas dos árabes". O Profeta não exigia que fossem de uma cor determinada. No dia da conquista de Makka, o seu turbante era negro.
Não há, no Islam, vestimentas vedadas, exceto as que deixam ver as vergonhas. Não é permitido, à mulher muçulmana, deixar à vista mais do que o rosto e as mãos. Tampouco é permitido o uso da seda, para os homens nem as vestimentas específicas dos adeptos de uma religião, que não seja o Islam, tais como as dos monges, por exemplo, pois, as pessoas poderiam confundi-lo com um deles; assim, também, não é permitido, ao homem, usar vestimentas especificamente femininas e vice-versa, e tudo o que é exagerado. Fora disso, toda a indumentária é permitida, no Islam.
Era inconcebível que o Profeta declarasse proibidas as graças que Deus criou para os Seus servos, ou as coisas boas, da Sua mercê. Ele não as deixava nem as rechaçava quando encontrava, não se empenhava em consegui-las, nem as convertia em uma das maiores preocupações da sua vida.
Era desprovido da ambição pela opulência e pelo prestígio. Sabemos que os coraixitas lhe ofereceram tanto bens, como o poder, se estivesse interessado neles. Ofereceram-lhe tudo o que é atrativo para o ego. Porém, ele rejeitou tudo quanto lhe ofereceram, sentindo pena e compadecendo-se deles.
Viveu livre dos problemas dos desejos sexuais. Algumas pessoas foram confundidas, pelos orientalistas, que estudaram a biografia do Profeta, com uma mente terrena e doentia, avaliando-o com o mesmo parâmetro que avaliaram os seus grandes homens.
Verificaram que se casou com nove mulheres e disseram que era um homem sensual. Consideraram-no da mesma classe dos seus grandes homens.
Napoleão, por exemplo, forçou uma nação inteira, governo e autoridades, a ser sua alcoviteira, para fazê-lo conseguir o amor da jovem polaca. Além disso, obrigou o pai da jovem a convencê-la a se entregar a ele, pois Napoleão colocou isso como preço da independência da Polônia.
Tal iniquidade, porém, não foi cometida apenas por Napoleão, mas por Alexandre Dumas, Byron, Goethe, Baudelaire e por dezenas de outros personagens famosos. Basta folharmos as biografias dos grandes homens e nos aprofundarmos em qualquer uma delas, analisando a sua história sexual, que o nosso nariz sofre, por sentir cheiros muito repugnantes. Com esta mentalidade estudaram as tradições do Profeta (S), e, ao concluir, que era um homem sensual, demonstraram ignorância em psicologia e na história de Mohammad, afastando-se, em suas investigações da neutralidade e da imparcialidade.
O período mais intenso do desejo sexual manifesta-se, em todas as pessoas, desde a puberdade até à idade de vinte e cinco anos. É considerado o período mais vulnerável: uma fase da vida, quando o sexo, se não for controlado, pode se tornar uma obsessão e conduzir às armadilhas e ao desvio. Portanto, a mistura de sexos nesta idade é desencorajada, mesmo que seja com propósitos acadêmicos. Vamos considerar, agora, a vida do nosso Profeta: Onde estava Mohammad, nesta idade? Quais foram os acontecimentos da sua juventude? Era livre, em um país livre, e, se quisesse, ninguém lhe teria proibido, por censura ou pelos costumes. Os jovens da sua geração estavam imersos nos prazeres, que não lhes eram vedados, pela religião ou pela lei.
A biografia de Mohammad está aberta para o inimigo e para o amigo, exposta à vista de qualquer crítica. Acaso, alguém leu nela, que nesta idade ele estava mergulhado nas paixões juvenis e nos desejos exaltados, ou buscava os prazeres e as satisfações?
Só uma vez pensou em se satisfazer com os prazeres aos quais estavam acostumados os seus contemporâneos; porém, Deus o fez adormecer, até que o pensamento passou.
Se tivesse praticado tais atos, acaso ter-se-iam calado os seus inimigos idólatras, que estavam empenhados em combatê-lo e em prejudicá-lo, por todos os meios?
Casou-se aos vinte e cinco anos de idade. Porém, fê-lo, acaso, com uma mulher virgem e formosa, ou se casou com uma mulher com idade para ser sua mãe, viúva e quarentona? Acaso não eram as suas esposas quase todas, viúvas? Não se casou com elas pelo interesse comum?
Deus tornou lícito, para ele, ter mais de quatro esposas; deu-lhe, assim, mais do que ao resto dos muçulmanos, porém lhe vedou, em troca, um direito que tem todo o esposo, o de divorciar-se.
O impulso sexual não é um defeito. Como poderia sê-lo, se é o símbolo da virilidade e é no que ela consiste? O defeito está em o homem viver e só pensar nele, e o buscar pelo caminho ilícito.
O relato do seu casamento com Zainab exacerbou aos seus inimigos, que o repetiram continuamente. Porém, as suas palavras não merecem réplica, porque, na verdade, estão baseadas em deturpações calculadas da realidade ou em um mau entendimento aparente.
Zainab era uma jovem formosa, da família do Profeta. Se ele quisesse ter-se-ia casado com ela, o que seria um ato de honra para a sua família. Porém, Deus fez disto um exemplo, para instituir duas reformas sociais, dentro das reformas islâmicas. Uma, quanto à natureza da experiência em si, e outra, quanto à posição do próprio Profeta.
O Islam quis eliminar a arrogância ignorante e o sentimento de classe, com o casamento de Zainab, que pertencia a uma das mais nobres famílias árabes, com Zaid, um prisioneiro adotivo, que não era considerado, por essa sociedade, merecedor dela.
Casou-se com ele, com pesar seu e da sua família, e a sua vida era uma contínua crise. Ambos desejavam separar-se, porém o Profeta os proibiu de se divorciar, e disse a Zaid: "Permanece com a tua esposa e teme a Deus!", Mas o casal chegou ao limite, e o divórcio se tornou inevitável.
Aí, então, vem a experiência seguinte, que é mais dura e difícil, sendo o Profeta quem teve de suportar a sua carga. Casar-se com Zainab, para abolir o costume da adoção e esclarecer que quem adotou não está proibido de se casar com aquela que foi esposa do adotivo. O mais difícil, desta situação, é que Mohammad se expôs a ser vilipendiado, por aquela sociedade, pelo fato de se casar com a esposa do seu filho adotivo. Esta foi a situação mais difícil, pela qual o Profeta passou. Porém, apesar de tudo, ele a suportou, comprazido, por ser ela uma ordem de Deus.
Assim, pois, a história não é como os ocidentais pensam e apontam, e o que dizem dela não são mais do que falácias, que não merecem réplica. Eu a relatei, unicamente, para esclarecer a verdade, àqueles leitores que a desconheciam.
A força do corpo é a vitória sobre a resistência material e a força do coração é a vitória sobre os rivais. Porém, há uma força maior, que é a vitória sobre o que é maior do que o material e o rival; é a força moral, que é uma vitória sobre o ego, sua natureza, seus instintos, anelos e inclinações.
Esta é uma questão psicológica axiomática. O Profeta se expressou, a seu respeito, com diversos termos e em ocasiões distintas. Disse: "Não se mede o forte no combate, mas na ocasião em que reprime a sua ira."
Esta verdade pode ser constatada em nós mesmos. Pois se a força para derrubar o rival é considerada, por exemplo, um, a força que necessitamos para vencer a ira, apagar o seu fogo em nosso peito e parecer tranquilos, em nossos movimentos, voz e tom, se considera cem, pois é cem vezes mais difícil de obter do que a primeira. Podemos comprová-lo, ao nos aproximarmos de alguém que esteja tão cego pela ira que esta não o deixa ver o que há diante dele. Ao tentar lembrá-lo das boas maneiras, da tolerância e do perdão, não encontramos um, nestas circunstâncias, entre dez mil, que nos responda.
Imagine que um homem matasse o seu ente mais querido e em seguida viesse se render à sua mensagem (sendo você o predicador). Esqueceria as lágrimas que foram derramadas, pelo ente querido... e o perdoaria? Pois o Profeta perdoou Wahchi, o assassino de Hamza (tio dele), quando se converteu ao Islam. Porém, venceu-o a sua natureza humana, no que não contraria o Islam e não prejudica o homem; disse-lhe: "Não deixes que te veja." Desde então, Wahchi ocultou-se da sua vista.
O rancor de Hind, esposa de Abu Sufian, em relação a Mohammad e à sua mensagem chegou a tal ponto, que ela fez o que ninguém faria, nem mulher, nem homem, nem lobo ou tigre. Abriu o peito de Hamza, extraiu o seu coração e o comeu... Hind, que se serviu, para combater o Profeta, das maiores atrocidades, foi perdoada por ele e a sua conversão foi aceita.
Os habitantes de Taif, apesar do que fizeram contra o Profeta, que conhecemos pelos relatos, quando se converteram, foram perdoados por ele.
E eis a atitude memorável, o exemplo sublime, por excelência, de todas as épocas. Os habitantes de Makka o fizeram tragar amarguras e fel, que o injuriaram física e moralmente, difamaram a sua doutrina, caluniaram-no, tiveram-no ao alcance das mãos a ele e aos seus companheiros, marginalizaram-no, não permitiram que ninguém falasse e tratasse com ele; confinaram-no em um determinado local, puseram espinhos em seu caminho, arrojaram nele sujidades, enquanto ele estava prostrado, mofaram dele, com toda a classe de burlas. Isto continuou assim, não por um dia ou dois, não por um ano ou dois, mas por treze anos. Em seguida, o combateram e assassinaram os seus familiares e companheiros. Foi assim, até que ele os venceu, colocando-os à sua frente, ao redor da Caaba, humilhados e indefesos.
Havia chegada a hora da vingança... Não; deixem a palavra vingança, pois não se coaduna com a sua posição, nem com a hora do castigo legítimo, em que se daria a réplica a esta larga série de agravos e hostilidades.
Então, o Profeta lhes perguntou: "Que pensais que farei convosco?"
Lembraram-se de tudo quanto haviam cometido e esperaram o seu castigo merecido. Porém, lembraram-se também da moral de Mohammad e, conhecendo sua a exemplaridade, disseram:
"És um irmão generoso, filho de um irmão generoso."
E se calaram, aguardando a sentença decisiva. Mesmo que fosse a de executá-los a todos, não encontraríamos, entre os historiadores, tanto amigos como inimigos, quem reprovasse uma só palavra de tal sentença.
Porém, a sentença de Mohammad era outra. Era uma surpresa que ninguém esperava; uma surpresa, que foi causa de assombro, em sua época, e em todas as épocas vindouras. Disse-lhes:
"Ide, pois estais livres."
Sentimos muito em apresentar este incidente tão resumidamente, pois desejávamos fazê-lo em um capítulo à parte, esclarecendo-o como é devido, já que para adotar esta postura necessitaríamos da força de dez mil lutadores.
É estranho, para mim, o fato de os biógrafos pós-tradicionalistas terem tentado aumentar o número de milagres, detalhá-los e acrescentar outros, irreais. Que necessidade tinham eles disso, se cada atitude do Profeta e cada aspecto da sua personalidade estão entre os milagres mais colossais?
Que é um milagre? Acaso não é fazer algo que outro ser humano é incapaz de fazer?
Sua sinceridade e sua fidelidade são milagres. Não vamos citar muitos exemplos, pois o espaço é exíguo, porém exporei um só. Um acontecimento, que passei por alto, centenas de vezes, nas minhas leituras. Lia-o como se fosse algo normal, porém uma vez reparei nele, subitamente... Era assombroso, assim como o é tudo quanto há em sua vida, semelhante a isto.
Todos, nós sabemos que, quando o Profeta emigrou para Madina, deixou Áli, em seu lugar, para devolver as quantias, em dinheiro, que os membros da tribo de Coraix haviam deixado com ele em confiança. Você já parou, alguma vez, para considerar o caso daqueles depósitos?
Era o caixa ativo da tribo de Coraix. Ele os devolveu aos coraixitas e não aos muçulmanos, porque todos os muçulmanos haviam migrado e o Profeta foi o último a deixar Makka. Ele permaneceu lá até ao último minuto, a exemplo do capitão do navio que está sendo abandonado; só parte depois de todos estarem a salvo. Esta era outra excelente qualidade do Profeta Mohammad.
Os depósitos eram dos coraixitas (apesar de tudo que tinham entre eles e o Profeta) que não confiavam em ninguém para guardar seus depósitos além de Mohammad. Pode-se imaginar em duas facções diferentes, oponentes, envolvidas em uma feroz batalha de palavras e espadas, de princípio e de crença, uma facção confiar os seus ativos e valores a um membro da facção oponente, para guardá-los, em custódia segura?
Você já ouviu falar, alguma vez, de tal incidente? Como poderiam confiar em seu oponente, se não tivesse um caráter íntegro, cuja honestidade não estivesse além de qualquer dúvida?
Assim era Mohammad!
Na batalha de Badr, quando revistava a tropa, antes da batalha, tinha um cajado, em sua mão, e viu Sawad Ben Ghaziya fora da fila. Então, ele o empurrou com o cajado cutucando-o no ventre, e lhe disse: "Fica na fila, ó Sawad!"
Este lhe disse: "Ó Mensageiro de Deus, machucaste-me e Deus te enviou com a verdade e a justiça."
Imaginem esta cena, o chefe do exército enfrentado por um soldado raso, com estas palavras. Que acham que ele faria? Castiga-lo-ia? Desentender-se-ia com ele? Ou do seu peito brotariam a tolerância e a nobreza do seu caráter e ele o perdoaria e o indultaria? Ou se excederia à norma e lhe diria: Perdoa-me, desculpa-me! Porém, o Mensageiro de Deus fez algo que ninguém faria, nem sequer lhe ocorreria fazer. Ele descobriu o ventre, deu-lhe o cajado e lhe disse: "Faze igual". Ou seja, machuca-me, como eu te machuquei.
Fez-se igual ao outro, sendo ele o mais senhoril dos humanos.
Assim era Mohammad!
Toda a sua biografia é um milagre. Todos os grandes, do mundo, são incapazes de apresentar outro, igual. Em cada um dos seus aspectos, há glória e grandeza: na força do seu corpo, na sua constituição atlética, no seu espírito esportivo; não era prepotente na vitória, nem a derrota o fazia estremecer, a ponto de excitar a sua ira ou fazer desaparecer o seu entusiasmo.
A sua firmeza, no fragor da guerra, era tal, que até os heróis, dentre os seus companheiros, se protegiam junto a ele; ante a sua valentia, humilhavam-se os homens mais valentes; a sua humildade destinava-se ao indigente, ao pobre e a auxiliar a viúva e a anciã.
A sua firmeza, na verdade, e a sua sinceridade, quanto à revelação de Deus, eram tais, que ele anunciou, inclusive, os versículos que revelavam os seus equívocos e lhe eram dirigidos como reprovações.
Ele era assim, também, quanto a respeitar os compromissos e a manter a sua palavra, por mais esforços e dificuldades que isto lhe custasse, tanto em seus tratos pessoais, como nos assuntos do Estado.
Por seu gosto e sua fina sensibilidade foi ele que promulgou as normas da comida e ditou as bases da limpeza. Quanto à relação com os seus companheiros, ensinava-os, trabalhava e vivia com eles; pedia-lhes conselhos e os escutava; sentava-se, onde encontrava lugar vazio, no último lugar da reunião. Tanto era assim, que quem o vinha ver olhava para os rostos dos presentes e perguntava: "Qual de vocês é Mohammad?"
Isto ocorria, porque Mohammad não se distinguia deles, em sua maneira de sentar-se ou em suas vestimentas; era igual a eles em tudo. Era educado em seus modos, delicado em suas maneiras e recatado com as suas mulheres. Por sua conduta, em casa, com a sua família, por suas brincadeiras inocentes e pelo seu caráter aberto, era querido por todos os corações, por sua humildade e rejeição a ser tratado como um rei!
Proibiu os seus companheiros de se levantarem para ele. Ajudava a sua família, nos afazeres de casa, remendava os seus sapatos, com as suas próprias mãos. Viveu na pobreza, sem se preocupar com a riqueza, não por incapacidade, pois, se quisesse, o seu palácio seria mais fabuloso do que o de Cosroé ou o de César. Porém, optou pela outra vida. Tanto assim, que o comprimento das casas de todas as suas esposas, das nove, não chegava aos vinte e cinco metros.
A casa de Aicha era uma habitação, construída de barro e adobe. Era tão reduzida que não tinha espaço suficiente para ela dormir, enquanto o Profeta praticava a oração. Assim, quando ele se prostrava, tinha que afastar um pouco a perna dela, para poder fazê-lo. Quanto à sua comida, Aicha relatou que se passavam um ou dois meses e não se acendia fogo, em sua casa, para fazer pão. Então, perguntaram-lhe: "Que vocês comiam?"
Ela respondeu: "Tâmaras e água."
Essa era a comida da família do Mensageiro de Deus.
Foi o mais retórico e o mais eloqüente dos homens.
Todas as qualidades, acima citadas, provam que o Profeta Mohammad foi um homem extraordinário, e que Deus o escolheu para a extraordinária tarefa, somente depois de prepará-lo devidamente para ela. O nosso Profeta foi um, entre os seres humanos, mas não houve ninguém semelhante a ele, em qualidades.
Deus sabe a quem entrega a Sua Mensagem.
Fonte: Livro: “Apresentação geral da Religião do Islam”, Dr. Ali Attantáwi
Rogamos a Allah SW que coloque muito barakat nesta vida e na outra a todos os sábios, que a exemplo do Dr Ali Attantáwi trás esclarecimentos úteis a humanidade permitindo assim uma melhor tomada de decisão em relação a religião de Allah SW, o ISLAM.
Hajj Hamza Abdullah Islam, o menor dos servos de Allah SW
quinta-feira, janeiro 20, 2011
Que Allah impetre um severo Castigo aos que promovem o Terror em seu Nome
"Não mateis o ser que Deus vedou matar, senão legitimamente; mas, quanto a quem é morto injustamente, facultamos ao seu parente a represália; porém, que não se exceda na vingança, pois ele está auxiliado (pela lei).’ Surata Al-Isrá, versículo 33"
Em nome de todos os muçulmanos brasileiros revertidos ao islamismo , rogamos perdão aos cristãos do mundo inteiro pelo terrível crime perpetrado à Igreja Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá, Iraque, e que deixou crianças, mulheres e homens mortos. Este crime é mais uma ação isolada daqueles que se dizem muçulmanos e se utilizam de uma planejada conspiração de grupos, que vivem a procura do poder pessoal, de arrogantes terroristas . O objetivo por trás de tudo isto é a provocação para que ocorra uma guerra civil. Não podemos esquecer que o Profeta (SAAS) nos ensinou a proteger a todos não muçulmanos que vivem nos países islâmicos. As forças de segurança devem intensificar o controle e a vigiar as igrejas e templos religiosos de outras tendências religiosas.
Aqueles que matam e transgridem a santidade humana e de Deus, não tem religião. Alguns, falsamente, dizem agir em nome da religião. Eles, porém, distorcem as características desta grande religião, e esta anuncia sua condenação a eles. O Islam é uma religião de misericórdia, compaixão e humanidade, e não de terrorismo e assassinato. Todas as instituições religiosas e os acadêmicos deveriam condenar isto e conscientizar o povo acerca deste ignóbil plano que busca causar problemas entre os seguidores das religiões divinas.
Rogamos a Deus, o Onipotente, o Exaltado, que envolva as vítimas inocentes com Sua misericórdia e os coloque sob Sua proteção e perdão; que Deus conceda aos feridos uma rápida recuperação e permita às autoridades a apreensão dos criminosos e financiadores deste abjeto ato e lhes aplique a punição devida.
“ aqueles que fazem o mal virão a saber o castigo que lhes será aplicado... e um final feliz aguarda os virtuosos.”
Agradecemos as orientações do Sheik Taleb Hussein Al- khazrji quanto a orientação na compilação desse texto.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24.
Hajj Hamza Abdullah Islam o menor dos servos de Allah sw
Em nome de todos os muçulmanos brasileiros revertidos ao islamismo , rogamos perdão aos cristãos do mundo inteiro pelo terrível crime perpetrado à Igreja Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá, Iraque, e que deixou crianças, mulheres e homens mortos. Este crime é mais uma ação isolada daqueles que se dizem muçulmanos e se utilizam de uma planejada conspiração de grupos, que vivem a procura do poder pessoal, de arrogantes terroristas . O objetivo por trás de tudo isto é a provocação para que ocorra uma guerra civil. Não podemos esquecer que o Profeta (SAAS) nos ensinou a proteger a todos não muçulmanos que vivem nos países islâmicos. As forças de segurança devem intensificar o controle e a vigiar as igrejas e templos religiosos de outras tendências religiosas.
Aqueles que matam e transgridem a santidade humana e de Deus, não tem religião. Alguns, falsamente, dizem agir em nome da religião. Eles, porém, distorcem as características desta grande religião, e esta anuncia sua condenação a eles. O Islam é uma religião de misericórdia, compaixão e humanidade, e não de terrorismo e assassinato. Todas as instituições religiosas e os acadêmicos deveriam condenar isto e conscientizar o povo acerca deste ignóbil plano que busca causar problemas entre os seguidores das religiões divinas.
Rogamos a Deus, o Onipotente, o Exaltado, que envolva as vítimas inocentes com Sua misericórdia e os coloque sob Sua proteção e perdão; que Deus conceda aos feridos uma rápida recuperação e permita às autoridades a apreensão dos criminosos e financiadores deste abjeto ato e lhes aplique a punição devida.
“ aqueles que fazem o mal virão a saber o castigo que lhes será aplicado... e um final feliz aguarda os virtuosos.”
Agradecemos as orientações do Sheik Taleb Hussein Al- khazrji quanto a orientação na compilação desse texto.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24.
Hajj Hamza Abdullah Islam o menor dos servos de Allah sw
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