Quase todos os muçulmanos que vivem na Europa tiveram que realizar, em algum momento, algum tipo de manifestação rejeitando o terrorismo e condenando-o - 27/02/2015 - Por: Ángel Álvarez Hernández - Fonte: Webislam - Tradução: Al Furqán/Yiossuf Adamgy
Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.
Estes grupos criminais são o alimento da islamofobia e o inimigo mais eficaz contra o Islão.
A cada atentado terrorista, cometido por grupos desviados do Islão, seguem-se manifestações como estas, (recolhidas na edição da CNN em inglês):
"Preocupo-me pela minha mulher, que leva um lenço na cabeça, e pelos meus filhos quando estão com ela e eu não estou ali para os proteger."
"Sinto-me aterrorizado pelos meus dois filhos. Ainda que tenham nascido e crescido aqui, temo pela nossa segurança."
"Há pouco o meu pai disse à minha mãe e à minha irmã que tratassem de dissimular o seu hijab com um chapéu."
Quase todos os muçulmanos, que vivem na Europa, tiveram que realizar em algum momento algum tipo de manifestação rejeitando o terrorismo e condenando-o. Milhares de muçulmanos não foram contratados pelo temor dos empresários de ter um presumível simpatizante destes grupos criminais, ainda que o motivo que deram para não os contratar fosse outro.
Cada atentado cometido por estes terroristas desviados do Islão significa um trilho de atos islamófobos, manifestações e políticos pedindo a restrição de direitos religiosos e a liberdade de movimentos para os muçulmanos. Depois do atentado a Charlie Hebdo, uma granada explodiu num edifício onde há uma Mesquita, em Le Mans, no oeste do país. Posteriormente, dezenas de atos islamófobos e agressões recorreram toda a França.
O fanatismo destes grupos desviados do Islão está a promover a islamofobia por toda a Europa e Ocidente, com os seus atos terroristas. Uma web digital publicou o título “Espanha sabe distinguir uns muçulmanos dos outros”. Dito título, (bem intencionado), não se ajusta aos factos. Não existem muçulmanos bons e muçulma-nos radicais que cometem actos terroristas. Existem muçulmanos, de diferentes tendências, (desde o sufismo até ao salafismo pacífico), e terroristas que se afastaram do Islão.
Mounir Benjellboun Andaloussi Azhari, Presidente da Federação Espanhola de Entidades Religiosas Islâmicas, manifestou:
“O Estado Islâmico está a alimentar-se do ódio e da confrontação no mundo, … porque matam sem piedade e sem nenhum remorso”.
Riay Tatary, Presidente da União de Comunidades Islâmicas de Espanha, que chama à convivência e à paz, manifestou: “Não coincidem com o espírito do Islão”. “Temos que condenar toda a violência, saia de onde sair, seja violência estatal ou violência de grupos”.
Cada crime, barbaridade e selvajaria cometida por estes grupos desviados do Islão, quer seja na Nigéria, Somália, norte de Iraque ou qualquer parte do mundo, provoca uma onda de rejeição contra os muçulmanos em toda a Europa. Estes grupos criminais são o alimento da islamofobia e o inimigo mais eficaz contra o Islão.
Estes grupos desviados não representam uma corren-te dentro do Islão, do mesmo modo que a Ku Klux Klan não representa nenhuma corrente dentro do Cristianis-mo. Não se pode dizer que o salafismo ou o wahabismo avaliem este tipo de crimes, cometidos por fanáticos, que pervertem qualquer interpretação do Islão para se apropriar dela e justificar a sua contínua agressão contra a cultura e a civilização. O alimento ideológico destes grupos desviados é o ressentimento e o ódio. O mesmo ressentimento de que se alimentou o movimento nacio-nal-socialista na Alemanha, depois da segunda guerra mundial, e o mesmo ódio que habitava no coração e na mente dos SS de Hitler que, como eles, matavam e assassinavam, sem nenhum tipo de remorso.
Do mesmo modo que os nazis assassinavam os seus rivais e consideravam que existiam vidas com menos valor que outras, estes grupos de desviados do Islão consideram que se pode assassinar sem nenhum tipo de impunidade pessoas com outras crenças religiosas ou aos próprios muçulmanos. Se os nazis assassinavam e discriminavam seguindo critérios racistas, estes grupos desviados assassinam seguindo critérios fanáticos pseu-do-religiosos, que nada têm que ver com o Islão.
Dizer não a estes grupos fanáticos desviados é afirmar a convivência, a tolerância, a cultura, o me-lhor da civilização Islâmica. Amar o Islão é amar a sua rica variedade e o seu amor pela paz. Encher as nossas vidas de Islão é purificar-nos contra o ódio e a discriminação que outros predicam. Lutar pelo Islão não é ir com um lança-granadas mas ser ho-nesto, humilde, moderado e sincero. O Islão não é uma bomba andante, intolerante e sedenta de san-gue; o Islão não é nem pode ser representado por estes grupos desviados, que têm interesses bastar-dos inconfessáveis e que realizam uma completa lavagem de cérebro aos seus seguidores, até os converter em máquinas sem sentimentos, para que actuem como autómatos ou zombis. O Sagrado Alcorão diz: «E lutai na causa de Deus contra os que lutam contra vós, mas não sejais transgressores. Na verdade, Deus não ama os transgressores». (Alcorão, 2:190), «... e não cometais iniquidades na terra, criando a desordem». (Alcorão, 2:60).
O Profeta Muhammad (s.a.w.), disse: "O ser humano combate pelos lucros; o ser humano combate pela glória; o ser humano luta por demonstrar a superioridade do seu templo; quem é que combate no caminho de Deus? O que combate para que seja exaltada a Sua palavra, esse está no caminho de Deus". (Al-'Aïnî, 6557).
Num hadith do Profeta Jesus, (a.s.), este disse: “Nos últimos dias haverá seres humanos com conhecimento que ensinarão a abstinência neste mundo, mas eles próprios não se absterão, ensinarão as pessoas a sentir delícia pela outra vida mas não a sentirão eles mesmos, e que advertirão as pessoas a seguir os seus dirigentes mas eles não irão atrás deles. Aproximar-se-ão dos ricos, mas afastar-se-ão dos pobres; serão prazenteiros com grandes individualidades mas abster-se-ão de se aproximar das pessoas humildes. Esses serão irmãos dos diabos e inimigos do Misericordioso”.
Obrigado. Wassalam.
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