Segundo a AFP, esta segunda-feira, o chefe do grupo extremista Boko Haram que assola a Nigéria, Abubakar Shekau declarou num vídeo: «Eu raptei as vossas filhas e vou vendê-las no mercado, em nome de Allah». Faz alusão às 276 estudantes do liceu raptadas a 14 de Abril, no estabelecimento de ensino de Chibok (nordeste), das quais 53 conseguiram escapar, segundo a polícia.
Shekau, que afirma manter «as pessoas como escravas», declara ter raptado as estudantes porque «a educação ocidental deve acabar» e que as raparigas «devem desistir (da escola) e casarem-se».
Propostas tão insuportáveis como a personagem que as pronuncia, um ignorante insuportável que pensa que o Islão serve para acertar as suas contas e assumir as suas vinganças. Estas palestras, cheias de ignorância, imputam ao Islão a sua própria perversidade.
Boko Haram, uma seita sinonima de raptos, de massacres, de vandalismos…. Em suma, o horror. Fundada por um jovem radical, sem formação real, opositor ao presidente cristão Olusegun Obansanjo, e que lamenta que «a charia» (!) não esteja suficiente-mente aplicada no Norte da Nigéria, maioritariamente muçulmana.
Boko Haram reivindica o salafismo, literalmente «o retorno à autenticidade dos piedosos antecessores». Inútil será dizer que não é bem assim. Eles estão nos antípodas do primeiro versículo Alcorânico reve-lado «Lê!». De salientar ainda que a denominação «Boko Haram» faz totalmente alusão aos livros e refere-se aos pecados a combater.
Shekau, que afirma manter «as pessoas como escravas», declara ter raptado as estudantes porque «a educação ocidental deve acabar» e que as raparigas «devem desistir (da escola) e casarem-se».
Propostas tão insuportáveis como a personagem que as pronuncia, um ignorante insuportável que pensa que o Islão serve para acertar as suas contas e assumir as suas vinganças. Estas palestras, cheias de ignorância, imputam ao Islão a sua própria perversidade.
Boko Haram, uma seita sinonima de raptos, de massacres, de vandalismos…. Em suma, o horror. Fundada por um jovem radical, sem formação real, opositor ao presidente cristão Olusegun Obansanjo, e que lamenta que «a charia» (!) não esteja suficiente-mente aplicada no Norte da Nigéria, maioritariamente muçulmana.
Boko Haram reivindica o salafismo, literalmente «o retorno à autenticidade dos piedosos antecessores». Inútil será dizer que não é bem assim. Eles estão nos antípodas do primeiro versículo Alcorânico reve-lado «Lê!». De salientar ainda que a denominação «Boko Haram» faz totalmente alusão aos livros e refere-se aos pecados a combater.
Lembremo-nos que, depois da sua fundação em 2002 e em 2009, as autoridades nigerianas ignoraram as atrocidades e crimes cometidos por esta seita no norte da Nigéria, especificamente contra os cristãos. A ausência de justiça penal e social deu espaço para todos os excessos e horrores.
Em 2009, o exército realizou uma repressão feroz dos discípulos da seita e do seu dirigente, que foi preso e morto pela polícia sem qualquer julgamento, o que foi motivo para aumentar a raiva e radicalizar ainda mais esta organização criminosa.
Com um panorama de rivalidades entre etnias, num país rico em urânio, que fornece electricidade, mas que vive um gritante subdesenvolvimento, a Nigéria está actualmente a viver um período sombrio na sua história. Nós não podemos ficar indiferentes a este «espectáculo» horrorizante …
As questões reais a colocar são acerca das mãos que armam e financiam estes grupos. O que lucram com estes crimes? O que vivem as pobres raparigas vítimas deste ignóbil rapto é terrível. Devemos fazer tudo a fim de que sejam libertadas.
O facto é que nós, Muçulmanos, não podemos ficar silenciosos quando bandos dos loucos furiosos se reclamam do Islão, insultando a nossa fé pelos seus crimes; nós deveremos manifestar, sobretudo proclamar a nossa cólera, deveremos estar todos revo-tados pelas abominações destes grupos fanáticos.
Não é porque fanáticos também há noutras religiões que é preciso sermos indulgentes.
Boko Haram não é um grupo islâmico, seus membros não são muçulmanos. É mister que isto seja dito, claramente, pelos muçulmanos honestos e pelas autoridades Islâmicas.■
Obrigado, boas leituras.
M. Yiossuf Adamgy - 9/05/2014.
Em 2009, o exército realizou uma repressão feroz dos discípulos da seita e do seu dirigente, que foi preso e morto pela polícia sem qualquer julgamento, o que foi motivo para aumentar a raiva e radicalizar ainda mais esta organização criminosa.
Com um panorama de rivalidades entre etnias, num país rico em urânio, que fornece electricidade, mas que vive um gritante subdesenvolvimento, a Nigéria está actualmente a viver um período sombrio na sua história. Nós não podemos ficar indiferentes a este «espectáculo» horrorizante …
As questões reais a colocar são acerca das mãos que armam e financiam estes grupos. O que lucram com estes crimes? O que vivem as pobres raparigas vítimas deste ignóbil rapto é terrível. Devemos fazer tudo a fim de que sejam libertadas.
O facto é que nós, Muçulmanos, não podemos ficar silenciosos quando bandos dos loucos furiosos se reclamam do Islão, insultando a nossa fé pelos seus crimes; nós deveremos manifestar, sobretudo proclamar a nossa cólera, deveremos estar todos revo-tados pelas abominações destes grupos fanáticos.
Não é porque fanáticos também há noutras religiões que é preciso sermos indulgentes.
Boko Haram não é um grupo islâmico, seus membros não são muçulmanos. É mister que isto seja dito, claramente, pelos muçulmanos honestos e pelas autoridades Islâmicas.■
Obrigado, boas leituras.
M. Yiossuf Adamgy - 9/05/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário