Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK
O ciúme corrói as boas ações, assim como o fogo devora a lenha. (Sunan Abudawud) Como é permitida a chamada mentira doce, por exemplo para aproximarmos duas pessoas que não se falam, também é consentida a inveja e o ciúme em certas circunstâncias. Deus concedeu bens materiais a certos servos, que utilizam a riqueza não só para proveito próprio, mas também para os necessitados, criando condições para que as pessoas possam melhorar as suas vidas. Eles são invejados por outros que também gostariam de fazer o mesmo.
Outros sentirão inveja a certas pessoas que estudaram teologia islâmica e os que se formaram em outras atividades mundanas e que utilizam esses conhecimentos para agir em conformidade, criando condições para outros possam sair da ignorância e melhorarem as suas vidas espirituais e materiais.
Estas invejas não incorrem em pecado, por serem diferentes daquelas que conhecemos, porque a finalidade não é de vermos removidos os privilégios que os outros têm. Ibn Massud (Radiyalahu an-hu) referiu que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Não é permitida a inveja; excepto a inveja a dois tipos de pessoas: a pessoa a quem Deus deu riquezas e ele as utiliza no bom caminho; e a pessoa a quem Deus deu sabedoria (ou seja o conhecimento religioso) e ele dá as suas decisões em conformidade e transmite essa sabedoria a outros”. Bukhari 24:490 e Muslim 4:1779.
Issa Aleihi Salam, Jesus que a Paz de Deus esteja com ele, disse: “aquele que aprende, pratica e transmite sabedoria aos outros, será chamado grande no reino dos céus.” Ahmad ibn Hambal, al Zuhd.
Várias pessoas dedicam-se ao mesmo ramo de atividade, numa concorrência sã, muito benéfica para os consumidores. A competição também pode ser utilizada na nossa vida diária, por exemplo, quando vemos alguém auxiliando o seu semelhante ou praticando caridade e os nossos corações também desejarem fazer o mesmo. É lícito o nosso desejo de entrarmos em concorrência, com o intuito de ganharmos a satisfação do nosso Criador. Sobre este assunto é conhecida a concorrência que existiu entre Abu Bakr e Umar (Radiyalahu an-huma), no que se refere aos gastos para a caridade, ambos com a intenção de agradar a Deus.
Umar bin al-Khatab disse: “O Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) incentivou-nos para darmos caridade e isso coincidiu com a existência da minha riqueza. E eu pensei para mim mesmo, que este é o melhor dia para ultrapassar Abu Bakr. Então eu fui com metade da minha riqueza e o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) me perguntou: “O que você deixou para a sua família?!. Respondi: “A mesma quantidade”. Então Abu Bakr veio com tudo o que possuía e o Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) lhe perguntou: “O que você deixou para a sua família?”. Ele respondeu: Eu deixei Allah e o Seu Mensageiro para eles”. Então eu disse: “eu nunca vou ser capaz de ser melhor do que você em qualquer coisa”.
Portanto é este tipo de competição que os levará para mais perto de Allah, nosso Senhor e Criador. “…os que aspiram a isso, competem (entre si)”. Curáne 83:26. Outro tipo de ciúmes, acontece quando vemos alguém que conseguiu ultrapassar-nos numa certa actividade, apesar de nos termos esforçado bastante. Na noite de Miraj,
Mussa (Aleihi Salam) – Moisés – que a Paz de Deus esteja com ele, chorou quando se encontrou com Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Ao ser-lhe perguntado porque estava chorando, disse: “Ó meu Deus; Tu enviaste este jovem Mensageiro depois de mim, cujos seguidores serão mais a entrarem no paraíso do que os meus”. Bhukari e Muslim.
In Sha Allah, se Deus quiser, no próximo Juma será concluído este tema.
“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
28/02/2013
abdul.manga@gmail.com
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