Por: Sheikh Aminuddin Mohamad
A despeito de todas as campanhas que se pretendem de apoio e proteção à mulher, na verdade, nas sociedades atuais nunca a mulher esteve tão desprotegida. Por todo o lado vêm-se mulheres vivendo no meio de grandes dificuldades, numa situação de miséria moral gritante, tudo isso em nome de uma liberdade que na verdade é uma forma de opressão, de uma igualdade que é fictícia, e de uma libertação que mais parece uma forma de escravatura.
Muitas mulheres do mundo atual enganam-se ao pensar que o sindicato dominado por homens está eventualmente afrouxando ao lhes conceder algumas liberdades de movimento e expressão, tão artificiais quanto levianas.
O homem astuto já não é obrigado a tratá-la com bondade, pois ela agora inconscientemente adotou um “estatuto igual” ao do homem.
Portanto, o homem trata-a agora como sua concorrente e não como sua protegida e nessa situação a consideração especial, a condescendência e o espírito protetor que ele sempre teve por ela, deixaram de existir.
No aspecto físico e emocional, desde que a chamada “emancipação da mulher” começou a ser a palavra de ordem no mundo atual, as mulheres ficaram mais propensas à fadiga e à depressão.
Por outro lado, a segurança do cidadão na generalidade registou uma acentuada degradação, pois ocorrem agora mais raptos, assassinatos, violência, abortos, divórcios, ilegalidades, etc., do que em tempos passados.
Hoje as mulheres são tratadas sem respeito, nem dignidade. Até mesmo os gestos de cortesia que eram comuns em lugares públicos, nos meios de transporte ou noutros lugares, rapidamente desapareceram.
É um facto sobejamente conhecido, que as mulheres são constantemente assediadas e importunadas, tanto no local de trabalho como na escola, na faculdade ou mesmo em locais públicos.
A indústria publicitária há muito deixou de usar de subtileza que lhe é característica na publicitação de mercadorias. Nos tempos que correm há uma grande preferência pela mulher como meio de publicidade dos mais diversos produtos, com o único objectivo de enriquecer o homem ganancioso.
Redes internacionais de traficantes escravizam-nas, obrigando-as a tomarem parte em atos degradantes. Encontram mercado junto de homens devassos que as usam, abusam e com a maior desfaçatez se descartam delas como se de alguma fralda suja se tratasse.
Como resultado de toda esta situação, as crianças é que se tornam as maiores vítimas, pois quando não são abortadas enquanto ainda fetos, as menos infelizes acabam recolhidas em orfanatos ou em casas de pessoas que as adotam ou tomam como empregados, nunca chegando a sentir a alegria de ter uma vida familiar ou viver numa casa como vivem outras crianças da sua idade.
Infelizmente é esta a realidade que nos é dada observar nos dias que correm, quer gostemos ou não.
É sobejamente sabido que a situação da mulher na Europa piorou nos últimos 20 anos. De acordo com a Comissão Econômica da Organização das Nações Unidas para a Europa (CEE-ONU), quase 20 anos após a cimeira de Beijing, as mulheres da Europa ainda têm dificuldades em conciliar as obrigações familiares com as profissionais, dificuldades estas com tendência a aumentar se considerarmos a recessão econômica que assola a Europa.
A chamada “libertação” da mulher nos nossos dias, de facto nada mais trouxe do que o abuso sem limite das mulheres, tanto no aspecto físico como no sexual.
O verdadeiro papel da mulher é ser mãe, esposa, educadora e edificadora de uma boa e exemplar família, num lar feliz e amoroso. Não se pode esperar que de um lar deficiente, evolua uma sociedade próspera, pois esta é composta de células (famílias) que, se estiverem defeituosas só podem dar origem a uma sociedade doentia.
A responsabilidade da mulher na criação, educação e acompanhamento do crescimento de seus filhos é uma tarefa nobre e dignificante, não obstante consumir uma parte substancial do tempo da mulher, o que na maior parte dos casos faz com que se torne incomportável que a mulher ainda tenha que ir trabalhar fora de casa.
É devido ao facto de muitas mulheres nas sociedades atuais trabalharem fora de casa, que as crianças ficam sozinhas e abandonadas dentro de casa, entregues à uma ama sem a devida preparação para cuidar delas. E esta situação favorece alguma propensão à delinquência juvenil, o que de outro lado leva ao aumento de casos de mulheres que sofrem de depressão nervosa, levando-as a dependerem cada vez mais da droga, do álcool e do tabaco.
É imperioso que as mulheres escolham que tipo de vida pretendem seguir, se de donas de casa e educadoras, ou se de grandes profissionais numa sociedade decadente.
Por ocasião do 7 de Abril, um aceno fraterno à toda a Mulher Moçambicana.
Observação: Em Moçambique comemora-se o Dia da Mulher no dia 07 de Abril
3 comentários:
Assalamum Aleikum
Eu gostei bastante do artigo, mas como sou nova nos estudos islâmicos, eu ainda fico um pouco confusa em relação a minha opinião no que diz respeito a mulher trabalhar. É um traço cultural aqui do Brasil. Sei que não são todas as mulheres que trabalham aqui, mas, por exemplo, na minha família, na minha cidade, as mulheres trabalham. Eu, praticamente fui obrigada a conseguir trabalho.
E na realidade, eu nem queria trabalhar... não que eu tenha preguiça, ao contrário, gosto de trabalhar, mas gosto muito mais de estudar. Sei que iria adorar não trabalhar e viver estudando, cuidando de filhos e de um esposo.
Eu concordo no que diz respeito a mulher cuidar da educação dos filhos. Sempre fui contra babás, pois há babás muito más, que batem e fazem muito mal às crianças (experiência própria).
Minha Estimada Irmã! Não fique confusa. Allah SW sabe de todas as nossas necessidades. O mais importante é não esquecermos de recordar a Allah SW e nossas obrigações como muçulmanos e muçulmanas. Por exemplo nossas 5 orações. O Dia tem 24 horas, nossas orações não nos toma mais que 30 minutos. No mais é darmos testemunho da nossa fé onde estivermos. Nós muçulmanos não temos que ser melhor que ninguém, mas, temos que ser no mínimo diferentes. Devemos amar e fazer o bem para toda sociedade, mas, não podemos imitá-los se não nos tornaríamos um deles. Leia a Surata Al Kafiun que vai entender isso perfeitamente. Parabéns por ter acatado o convite de Allah SW. É Allah SW quem escolhe quem Ele quer no Islam e você foi uma das agraciadas. Louvado Seja Allah Senhor dos Mundos.Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuhu
Assalamum Aleikum
Obrigada por responder a este comentário! Ajudou-me bastante. A cada dia vou aprendendo mais.
muito obrigada!
Alhamdulillah
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