quinta-feira, março 25, 2010

HISTÓRIA DO PROFETA DAWUD - DAVI (AS) – SEGUNDA PARTE‏

A HONRA DO REINADO

Tanto o Al-Qur’án como a Bíblia e a História Universal prestam testemunho de que Dawud (as) era possuidor de qualidades valiosas, arbítrio correto, bem como aptidão organizativa. Ele sempre teve êxito em todas as campanhas, independentemente da dimensão do inimigo. Num período demasiado curto ele reinou na Síria, na Palestina, na Jordânia e também na região situada entre Aqabah e o Rio Eufrates. Foi durante o seu reinado que se uniram todos os povos semíticos. O seu grande exército e extenso reino apoiados pela Revelação Divina, aumentaram a sua honra e grandeza. Os seus súbditos tinham certeza de que ele fora informado com a realidade de todas as coisas, daí que ninguém ousasse desobedecer-lhe.

Abdallah Ibn Abbass (r) narra que certa vez duas pessoas foram ter com Dawud (as) devido a uma disputa relacionada com um touro. Cada um dizia que o bovino lhe pertencia, acusando o outro de ser ladrão. Dawud (as) adiou a decisão para o dia seguinte. Nesse dia, ele disse ao queixoso que ALLAH lhe revelara que aquele touro deveria ser morto, pelo que ele deveria aceitar a verdade. Então o queixoso disse: Ó verdadeiro Profeta de ALLAH! Neste meu caso eu sou completamente verdadeiro. Mas antes desta disputa, eu enganei e assassinei o pai do réu (demandado).

Ao ouvir isso, Dawud (as) ordenou que o queixoso fosse executado, como compensação pelo assassínio que cometera. Foram decisões daquele tipo que levaram a que as pessoas lhe obedecessem, submetendo-se às suas ordens e ao julgamento justo.

A grandeza do seu reino foi expressa no seguinte versículo do Al-Qur’án:
“Nós fizemos o seu reino forte, demos-lhe sabedoria (Al-Hikmah) e a arte de
julgar (Fasslul-Kitáb).”[Al-Qur’án 38:20]

A palavra Hikmah usada neste versículo, pode-se estar referindo à profecia assim como a maior parte dos comentadores escreveram, mas também pode estar referindo ao discernimento e capacidade mentais de tal calibre em que ninguém pode escolher qualquer parte desviada. Alguns Álimos são da opinião de que isso refere-se a Zabur (Salmos ou a Cânticos de David).

Da mesma maneira a frase Fasslul Khitáb pode-se estar referindo a dois fatores. Um relacionado ao fato de ele ter sido um excelente orador, pois expressava-se de tal forma que cada palavra e frase suas eram perfeitamente perceptíveis, o que fazia com que as suas palestras fossem belas e eloqüentes. O segundo relacionava-se ao fato de que a sua deliberação fosse de caráter decisório nas disputas entre o bem e o mal.

O ZABUR (SALMOS)

O Torah era a fundação para a orientação dos filhos de Israel. Mas devido às condições e à mudança de era, ALLAH deu a Dawud (as) _ o Zabur, mas que se manteve dentro dos limites das leis do Torah. Dawud (as) reavivou o Shari’ah de Mussa. Ele mostrou aos filhos de Israel o caminho reto. Tendo sido abençoado com a iluminação da Revelação Divina, ele apagava a sede dos sedentos que queriam o reconhecimento do Criador.

ALLAH concedeu a Dawud (as) uma voz tão melodiosa que ao recitar o Zabur, todas as pessoas, os Jinn’s até mesmo os animais ficavam estáticos ao ouvi-lo. Por isso, até hoje, a frase “A melodia de Dawud (as)”, é citada como um provérbio, para descrever alguém que tem uma boa e doce voz. Consta no Mussannaf Abdul Razaq, que o profeta Muhammad (s) quando ouvia a bela voz de Abu Mussa Al-Ash’ari dizia: “ALLAH deu a Abu Mussa o tom melodioso de Dawud (as)”.

Zabur que significa “uma parte”, foi revelado como complemento do Torah. Portanto, é como se fosse uma parte do Torah. O Zabur continha muitos poemas com cânticos de louvores a ALLAH, tópicos sobre o desamparo do Homem assim como tópicos sobre conselhos e admoestações.

No Mussnad Ahmad consta que o Zabur foi revelado no mês Ramadhán e em termos de prudência, continha tópicos bastante preciosos. Continha igualmente algumas boas novas, bem como previsões de eventos do futuro. Alguns comentadores mencionam que o seguinte versículo do Al-Qur’án em referência a um incidente de Zabur, na realidade refere-se ao Profeta Muhammad (s) e aos seus companheiros:

“E com efeito, escrevemos nos Salmos depois da recordação, que a terra
será a herança dos Meus servos justos.”[Al-Qur’án 21:105]

ALLAH menciona em vários versículos do Al-Qur’án que o Torah, o Evangelho) e o Zabur (Salmos) são Revelações Divinas. Ao mesmo tempo o Al-Qur’án também mencionou que os israelitas deliberadamente fizeram interpolações nesses livros sagrados. Eles alteraram-nos de tal maneira que se tornou difícil, se não impossível, distinguir o original da versão interpolada:

“Eles (os judeus) deturparam o sentido das palavras das escrituras.”
[Al-Qur’án 5:13]

Além do Torah e do Indjil, o Zabur é um testemunho vivo disso. O Atual Zabur contém cento e cinquenta (150) partes ou capítulos. Os nomes dessas partes claramente indicam que as mesmas não são Salmos de David, porque alguns contêm nomes de Corá, Sosanim, Gitite, etc., e alguns nem nomes têm. Alguns Salmos foram escritos séculos após a era de Dawud (as).

Por exemplo, o seguinte versículo refere-se à destruição de Jerusalém causada por Bukhte Nasr (Nabuchodonosor ou Nabuchodorosor) – Rei da Babilónia, 604-561 AC – que conquistou Jerusalém, destruiu-o e expulsou os judeus dali para a Babilónia:

“Ó Deus, as nações entraram na Tua herança; contaminaram o Teu santo templo; reduziram Jerusalém a montões de pedras.”[Salmos 79:1]

Este incidente sobre a destruição de Jerusalém, ocorreu séculos após a morte de Dawud (as).

O Al-Qur’án considera Dawud (as) um grande rei e também um mensageiro. Pelo contrário a Bíblia só se refere a ele como “Rei David”, não aceitando a sua profecia.

AS PARTICULARIDADES DE DAWUD (AS)

ALLAH abençoou todos os Profetas com nobreza e grandes favores. Contudo, entre eles existe uma diferença na categoria e grau.

“Entre Nossos mensageiros, temos preferido uns sobre os outros.”
[Al-Qur’án 2:253]

O Al-Qur’án também menciona algumas particularidades de Dawud (as). Mas isso não quer dizer que mais ninguém tivesse essa qualidade. Significa que essa qualidade existe nele num grau mais completo e perfeito. Quando se menciona essa particularidade, a mente de qualquer pessoa vai imediatamente para tal profeta, embora outros profetas também possam tê-la numa dimensão menor.

A RECITAÇÃO DO ZABUR

“E Nós preferimos a uns Profetas sobre outros; e a David demos o Salmos.”
[Al-Qur’án 17:55]

Consta no Al-Bukhari que Dawud (as) costumava recitar o Zabur num curto espaço de
tempo. Ele começava a recitar o Zabur quando aparelhava o seu cavalo. O período de tempo que decorria entre a colocação da sela no dorso do cavalo e a sua fixação, era o tempo que ele levava para a recitação integral do Zabur. O milagre da recitação de Zabur estava relacionado ao movimento da língua. ALLAH enrolava o tempo para Dawud (as), de tal maneira que em condições normais, isso poderia levar horas. Foi-lhe dada a habilidade de dizer palavras em tão curto espaço de tempo, o que outra pessoa levaria horas. Mesmo hoje é um princípio aceite que não existe limite para a velocidade de movimentos.

A SUBSERVIÊNCIA DAS MONTANHAS E DOS PÁSSAROS

Dawud (as) costumava cantar longamente os louvores de ALLAH. Tinha uma voz extraordinariamente melodiosa, ao ponto de que ao começar o seu tassbih, todos os animais, pássaros e mesmo as montanhas se lhe juntavam na recitação dos louvores.

O Al-Qur’án mencionou essa particularidade de Dawud (as) nos capítulos Al- Ambiyáh,
Sabá e Sád:

“E Nós demos a Dawud (as) uma graça da Nossa parte (e dissemos): Ó
montanha! Cantai com ele os louvores do Senhor. E vós, pássaros também.

E para ele, amolecemos o ferro. (E dissemos): Faz com ele cotas de malha e
adapta-as às malhas. E praticai o bem. Na verdade Eu observo tudo o que fazeis.”
[Al-Qur’án 34:10-11]

“Por certo, Nós submetemos as montanhas, para com ele glorificarem a
ALLAH, ao anoitecer e ao amanhecer. E também as aves reunidas à sua
volta. Cada um para ALLAH voltará arrependido.”[Al-Qur’án 38:18-19]

Alguns Álimos são da opinião que o cantar de louvores aqui aludido,
refere-se à maneira como cada coisa foi criada. A sua beleza e forma,
indicam claramente a existência de um Criador. Contudo, outros Álimos
são de opinião de que os animais, plantas e objectos inanimados também na
realidade cantam os louvores de ALLAH.

ALLAH diz:

“Glorificam-No os Sete Céus e a Terra e tudo o que neles existe. E não existe
nada que não glorifique os Seus louvores. Porém, vós não compreendeis as
Suas glorificações.”[Al-Qur’án 17:44]

Este versículo indica que todos os seres do Universo cantam os louvores de ALLAH e que o Homem não é dotado da capacidade de perceber o louvor cantado por esses seres. Ainda hoje existem provas suficientes que indicam que até mesmo as plantas têm vida. ALLAH manteve o Ser Humano desconhecido dos louvores cantados por outras criaturas. Não só os animais,mas também os insetos se regozijam com a religiosidade do Ser Humano e da bênção que disso resulta na terra. Por isso fazem duá, pedindo perdão a favor do Ser Humano.

Consta num Hadice, que o Profeta(s) diz: “ALLAH, seus anjos e todos os
habitantes dos Céus e da Terra, até mesmo a formiga no seu buraco, os peixes nos oceanos enviam bênçãos e oram a favor daquele que ensina o bem às pessoas”.
[At-Tirmizi]

E consta que os animais no dia de Jumu’ah (Sexta-feira) estão atentos, com receio de que o Quiyámah possa acontecer nesse dia [Ahmad].

E consta também num Hadice que indica que o galo adora ALLAH. O Profeta (s) disse: “Não insultai o galo, pois chama-vos para a oração (isto é, no Al-Fajr quando ele canta)”.

[Ahmad e Abu Dawud (as)]

E quanto às formigas, elas são uma comunidade de entre as outras que glorificam a ALLAH apesar do seu pequeno porte e à insignificância com que o Homem lhes encara.
O Profeta (s) disse: “Uma formiga mordeu a um profeta e então este ordenou que toda “vila” de formigas fosse queimada. Então ALLAH enviou-lhe uma revelação censurando-o por ter mandado queimar uma comunidade inteira que glorifica a ALLAH só porque uma formiga lhe mordera”.
[Al-Bukhari]

E quanto às árvores, ALLAH diz no Al-Qur’án:

“E as ervas e as árvores prostram-se em adoração.”
[Al-Qur’án 55:6]

E o Profeta(s) diz: “Ninguém recita o Talbiyah sem que este seja também
recitado por tudo o que está do seu lado direito e esquerdo, de entre árvores
e pedras”.
[Ibn Májah]

Contudo, era uma particularidade de Dawud (as) que ao começar a cantar os
louvores de ALLAH, as outras criaturas também se lhe juntassem.

O AMOLECIMENTO DO FERRO

Apesar de ser rei, Dawud (as) não tomou para si nenhum cêntimo do tesouro público para o seu uso pessoal. Não colocou o fardo das suas despesas e o dos da sua família sobre o Baitul-Mál (Tesouro Público). Ele ganhava o seu sustento de forma Halál com as suas próprias mãos.

Detinha uma boa experiência na arte de fabricar armas. Fabricava-as e vendia-as, vivendo da receita daí proveniente.

O Profeta _ mencionou esse aspecto num dos Hadices: “O melhor sustento que a pessoa pode ganhar é o proveniente do trabalho desenvolvido pelas suas próprias mãos. E o Profeta de ALLAH, Dawud (as), costumava ganhar, trabalhando com as suas próprias mãos”.[Al-Bukhari]

O Sheikh Badruddin Aini, um dos comentadores de Al-Bukhari, diz que Dawud (as) costumava suplicar a ALLAH para lhe dar uma forma fácil de ganhar o seu sustento, porque ele não quis sobrecarregar o Baitul-Mál [Sharah Al- Aini, Volume 7, Página 420].

Esta excelente postura de Dawud (as), fazia parte das características distintas,que foram dadas a cada profeta.

O Al-Qur’án diz que quando cada profeta pregava junto ao seu povo dizia:
“Não vos peço, por isso, recompensa (salário) alguma, porque a minha recompensa virá do Senhor do Universo.” [Al-Qur’án 26:109]

Ibn Hajar diz que embora seja permitido um salário do Baitul-Mál ao governante de um Estado Isslámico, a melhor e a mais preferida opção é a não sobrecarga do Tesouro Público de forma indiscriminada. Na altura da sua morte, o primeiro Khalifa Abu Bakr reembolsou ao Tesouro Público todo o dinheiro que havia tomado como salário [Fathul Bari, Volume 4, Página 243].

Dawud (as) dedicava-se ao fabrico de armaduras de ferro. ALLAH aceitou a súplica de Dawud (as) ao amolecer o ferro nas suas mãos como a cera. Ele facilmente moldava o ferro para qualquer forma que ele quisesse, sem ter que derretê-lo e nem precisar de usar martelo.

“E ensinamos-lhe a arte de fazer couraças para vós, para vos proteger das
vossas violências. Não estais agradecidos?”[Al-Qur’án 21:80]

Naquela era, o ferro com que se faziam as armaduras era muito pesado e tinha que ser carregado por homens de boa compleição física. O peso das armaduras criava também muitas dificuldades no campo de batalha.

Dawud (as) foi o primeiro homem a quem ALLAH dotou de arte e engenho para o fabrico de armaduras leves. A armadura leve permitia que o soldado facilmente se manobrasse no campo de batalha, o que se revelou muito benéfico na luta contra o inimigo.

A LINGUAGEM DOS PÁSSAROS

ALLAH abençoou Dawud (as) e Suleiman (s) com a habilidade de conversar com os pássaros. Eles podiam entender os pássaros assim como uma pessoa entende outra. Isto não era um mero exercício de adestramento e estudo, semelhante ao dos zoólogos, mas sim uma realidade com que ALLAH lhes agraciou.

DOIS EPISÓDIOS IMPORTANTES

Há dois episódios ocorridos na vida de Dawud (as), que são considerados importantes devido à discussão entre os mufasserin (comentadores) relacionados com esses versículos. É essencial saber a verdadeira realidade desses versículos do Al-Qur’án, em particular o segundo, que se tornou num assunto de acesos debates:

O primeiro episódio está reportado nos seguintes versículos:

“E Dawud e Suleiman, quando julgaram o caso de um campo cultivado onde rebanhos (cabritos) de certo povo, dispersos, pastaram durante a noite. Nós fomos testemunhas de seu julgamento. Então fizemos Salomão compreendê-lo e a cada um dos dois, demos sabedoria, e ciência. E submetemos com David as montanhas e os pássaros para Nos glorificarem. Fomos Nós que fizemos isto.”
[Al-Qur’án 21:78-79]

A maioria dos mufasserin cita a narração de Ibn Mass’ud e Ibn Abbass relacionada àqueles versículos:

Certa vez, um agricultor pediu a Dawud (as) que interviesse num conflito que o opunha a um vizinho que era armazenista de produtos agrícolas. Ele disse: Eu tenho uma extensão de terra onde plantei trigo, milho e fruta. A colheita estava bem crescida, mas antes de eu a colher, as ovelhas do meu vizinho, devido à negligência do seu pastor, entraram na minha propriedade, num campo cultivado, à noite, destruíram toda a minha colheita e comeram as plantas novas (brotos tenros), causando danos do montante talvez, da colheita de um ano.

O armazenista de produtos agrícolas, reconheceu o prejuízo que causara ao seu vizinho e disse que aquilo era verdade. Ao ouvir as duas partes, Dawud (as) que era rei, considerou o assunto tão sério, pelo que sentenciou de acordo com o seu conhecimento e prudência ao ordenar que, as ovelhas que causaram o prejuízo, deviam ser entregues ao agricultor como compensação pelo dano, porque o valor do rebanho era igual ao valor dos danos provocados.

Tal veredicto serviria de lição ao armazenista, por se ter negligenciado ao permitir que os seus animais vagueassem sem se fazerem acompanhar do respectivo pastor.
Seu filho Suleiman (as), que tinha apenas onze anos de idade, e estava sentado junto ao seu pai, levantou-se e pediu permissão para falar, tendo o pai anuído.

Suleiman (as) disse que embora a decisão do pai fosse correta, discordava dela por ser demasiado penalizante, sugerindo portanto, que se optasse por um outro veredicto mais consentâneo com as circunstâncias. A corte do rei ficou constrangida com a ousadia do rapaz, pois a sua contestação criou algum desconforto.

Então, o rei David, sorrindo, disse ao filho para explicar como ele poderia julgar o caso. Uma vez que o prejuízo foi a perda dos frutos ou do produto do campo; o “corpus” da propriedade não fora perdido, então a sugestão de Salomão foi de que o dono do campo não deveria tomar as ovelhas todas, mas sim estas deviam apenas ser colocadas sob o seu cuidado por um período fixo. E ele podia retê-las o tempo suficiente que lhe permitisse beneficiar-se dos seus produtos, até que recuperasse o prejuízo real, usufruindo do leite, da lã e eventualmente das crias. E paralelamente devia-se ordenar que o armazenista cultivasse a terra do agricultor por uma época (estação), até restaurá-la à sua situação original, mas antes de colheita deveria devolvê-la ao agricultor. No fim da época, só o número original de ovelhas deveria ser devolvido ao pastor, mas as crias não. Essa seria a penalização por não ter cuidado convenientemente das suas ovelhas. Assim, ele ao menos não se sujeitava a perder por completo as suas ovelhas. Em simultâneo, ele terá trabalhado sem pagamento, para restaurar a colheita perdida do agricultor até atingir a fase da ceifa. O agricultor teria que fazer a sua própria ceifa, pois essa era a situação antes das plantas serem devoradas pelas ovelhas.

Toda a sala de audiências da corte escutava em silêncio o adolescente Suleiman. Então o rei Dawud (as) declarou que ele iria revogar a sua sentença a favor da do seu filho, que era melhor, justa e baseada na prudência.

O mérito de Dawud (as) reside no fato de ter aceite a sugestão, apesar de ela provir de um moço.

O mérito de Suleiman (as) reside no fato de ter distinguido entre ‘corpus’ e produção, embora muito jovem, não tivesse vergonha de expôr o caso perante seu pai.

Os dois – agricultor e armazenista – expressaram a sua satisfação e deixaram a sala de mãos dadas.

O Al-Qur’án também indica que a decisão de Suleiman era a mais apropriada e a sua compreensão nesse assunto ultrapassou a de Dawud (as). Contudo, isso não significa que Suleiman tivesse mais virtudes que seu pai. Este episódio, retrata apenas um incidente isolado em que o filho tinha uma opinião mais apropriada que a do pai. No aspecto geral, as virtudes de Dawud (as) são maiores que as de seu filho.

O segundo episódio

É característica do Torah e da Bíblia nas versões adulteradas, menciona alguns incidentes acerca dos profetas, sem contudo fundamentá-los o que não é digno, nem para pessoas normais, muito menos para mensageiros escolhidos por ALLAH.
A Bíblia menciona um incidente acerca de Dawud (as) [2 Samuel 11:1-27]. Segundo a Bíblia, Dawud (as) envolveu-se com a mulher de Urias, um dos seus generais, de nome Bate-Sebá, resultando na sua gravidez. A seguir mandou o general para a frente de combate, num dos mais perigosos ramos do exército, na expectativa de que fosse morto, para que assim ele pudesse desposar a viúva.
Esta narração é deveras escandalosa, o que pode levar as pessoas menos esclarecidas a considerarem o Profeta David um vulgar criminoso, portanto, indigno de ser profeta de Deus.

Lançar um olhar lascivo para a esposa de alguém, cometer adultério e de seguida mandar matar um inocente, são atos criminosos que só podem ser perpetrados por gente desclassificada. Como então aceitar que se façam estas graves acusações contra um nobre Profeta?

A CONTRADIÇÃO NA BÍBLIA

Antes de provarmos a inocência de Dawud (as), vamos examinar como a Bíblia se contradiz ao mencionar a castidade de Dawud (as) noutros versículos:
“E disse Natã ao rei: Vai e faz tudo quanto está no teu coração, porque o Senhor está contigo.

Porém, sucedeu naquela mesma noite, que a palavra do Senhor veio a Natã dizendo: Vai e diz ao meu servo, a Davi: Assim diz o Senhor: Edificar-meias tu, casa para minha habitação? Porque em casa alguma habitei desde o dia em que fiz subir os filhos de Israel do Egito até ao dia de hoje, mas andei em tenda e em tabernáculo.
E, por todo lugar onde andei com todos os filhos de Israel, falei, porventura, alguma palavra com qualquer das tribos de Israel, a quem mandei apascentar o meu povo de Israel, dizendo: Por que me não edificais uma casa de cedros?

Agora, pois, assim dirás ao meu servo, a Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu te tomei da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses o chefe sobre o meu povo, e sobre Israel.”
[2 Samuel 7:3-8]

“Livrou-me do meu possante inimigo e daqueles que tinham ódio, porque eram mais fortes do que eu. Encontraram-me no dia da minha calamidade; porém o Senhor se fez o meu esteio.

E tirou-me para o largo e arrebatou-me dali, porque tinha prazer em mim.
Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça, conforme a pureza de minhas mãos me retribuiu.Porque guardei os caminhos do Senhor e não me apartei impiamente do meu
Deus. Porque todos os seus juízos estavam diante de mim e de seus estatutos me não desviei.

Porém fui sincero perante ele e guardei-me da minha iniqüidade.
E me retribuiu o Senhor conforme a minha justiça, conforme a minha pureza
diante dos seus olhos.”
[2 Samuel 22:18-25]

“E estas são as últimas palavras de Davi:

Diz Davi, filho de Jessé, e diz o homem que foi levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel: O Espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca.

Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus.”
[2 Samuel 23:1-3]

“E disse Salomão: De grande beneficência usaste tu com teu servo Davi, meu pai, como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência e lhe deste um filho que se sentasse no seu trono, como se vê neste dia.”
[1 Reis 3:6]

“E, se andares nos meus caminhos, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como andou Davi, teu pai, também prolongarei os teus dias.”
[1 Reis 3:14]

“E ele disse: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, que falou pela sua boca a Davi, meu pai e, pelas suas mãos, o cumpriu, dizendo:
Desde o dia em que tirei o meu povo da terra do Egipto, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel, para edifi car nela uma casa em que estivesse o meu nome; nem escolhi homem algum para ser chefe do meu povo Israel.

Porém escolhi Jerusalém, para que ali estivesse o meu nome, e escolhi Davi, para que tivesse cargo do meu povo Israel.

Também Davi, meu pai, teve no seu coração o edifi car uma casa ao nome do Senhor, Deus de Israel.”[2 Crónicas 6:4-7]

“Agora, pois, Senhor, Deus de Israel, guarda ao teu servo Davi, meu pai, o que falaste, dizendo: Nunca faltará de ti varão de diante de mim, que se as sente sobre o trono de Israel; tão somente que teus filhos guardem seu caminho, andando na minha lei, como tu andaste diante de mim.”[2 Crónicas 6:16]

“Porém todo o reino não rasgarei, uma tribo darei a teu fi lho, por amor de Meu servo Davi e por amor de Jerusalém, que tenho elegido.”
[1 Reis 11:13]

“E há de ser que, se ouvires tudo o que Eu te mandar, e andares pelos Meus caminhos, e fizeres o que é recto aos Meus olhos, guardando os Meus estatutos e os Meus mandamentos, como fez Davi, Meu servo, Eu serei contigo, e te edificarei uma casa firme, como edifiquei a Davi, e te darei Israel.”
[1 Reis 11:38]

Estes versículos da Bíblia indicam claramente que Dawud (as) era um escolhido e querido servo do Criador. Ele falou diretamente com ALLAH. Ele obedeceu totalmente às Leis do Shari’ah de ALLAH, ele era reto e casto.

Ele era Khalifa de ALLAH e líder dos Filhos de Israel.
Por isso, temos sérias dúvidas sobre como é que os Ahl-Kitab (adeptos do livro) reconciliam esses versículos contraditórios da Bíblia e qual é o grau que Dawud (as) ocupa na sua perspectiva.

Se na sua opinião Dawud (as) é um Profeta ou possuidor de bom carácter, então que resposta é que eles têm acerca do incidente com Bathsheba (Bate-Seba) e Uriah?
E se o incidente de Uriah é verídico, então de que David é que falam quando tecem os elogios acima citados?

Pelo contrário, o Al-Qur’án indica que Dawud (as) foi um nobre Profeta, livre da mancha do pecado:

“E agraciamos a Dawud com Suleiman. Que excelente servo! Eis que foi contrito!”
[Al-Qur’án 38:30]

“E demos a ciência a David e a Salomão e ambos diziam: Louvado seja
Deus que nos elevou acima de muitos dos Seus servos crentes.”
[Al-Qur’án 27:15]

Todos estes versículos do Al-Qur’án rejeitam as interpolações feitas nas escrituras sagradas anteriores. Eles arraigaram-se às escuras cortinas da história ao revelar as características nobres dos dois mensageiros: Dawud (as) e Suleiman (as).
Contudo, nota-se com muita pena, que alguns mufasserin citaram sem provas o incidente engendrado de Uriah, o Hittite e sua mulher.

Deve-se evitar citar tais narrações. É mais surpreendente notar que alguns sábios tentaram provar a autenticidade desse incidente ao procurar um bom significado disso. Os comentadores narraram esse incidente no tafssir dosseguintes versículos:

“E chegou ao teu conhecimento a história dos disputantes, quando subiram o muro do santuário e entraram nos seus aposentos! Quando chegaram junto de Dawud (as), este assustou-se com a sua presença. Eles disseram: Não tenhas medo! Nós somos dois disputantes, um de nós cometeu transgressão contra outro. Portanto, julga entre nós conforme a verdade. Não sejas parcial, e indica-nos a senda da retidão. Por certo, este é meu irmão; ele tem noventa e nove ovelhas e eu tenho uma só. E ele disse-me: Deixa-me guardá-la! E ele convenceu-me com a sua fala! Dawud (as) disse: Com efeito, ele foi injusto para contigo ao te pedir para acrescentar a tua ovelha às ovelhas dele. Na verdade muitos sócios cometem transgressão uns contra outros exceto os que crêem e praticam boas ações; e esses são poucos.

E Dawud (as) percebeu que Nós o tínhamos posto à prova, então pediu perdão ao seu Senhor e caiu em prosternação. E arrependeu-se. Por conseguinte, Nós perdoámos-lhe isso. E, por certo, ele terá, junto de Nós um lugar próximo e excelente local de retorno. (E dissemos-lhe) ó Dawud (as)! Por certo, Nós fizemos de ti Khalifa na terra (nosso representante), portanto julga entre as pessoas com justiça e não sigas a paixão, pois ela te afastará do caminho de ALLAH.

Na verdade os que se afastam do caminho de ALLAH, terão um castigo severo, por terem
esquecido o Dia de prestação de contas.” [Al-Qur’án 38:22-26]

O TAFSSIR (EXPLICAÇÃO) INCORRECTO

Foi aqui mencionado um teste a que Dawud (as) foi submetido por ALLAH e ele não se apercebeu disso, mas de repente, ocorreu-lhe que isso era de fato um teste da parte de ALLAH. Imediatamente ele recorreu ao arrependimento indo em busca do perdão, tendo o seu arrependimento sido aceite, o que o fez aproximar mais à ALLAH.
Isto é tudo o que foi mencionado no Al-Qur’án, pois não foram fornecidos detalhes desse teste.

Alguns comentadores recorreram ao incidente entre Uriah e David, narrado na Bíblia, e aplicaram-no sem ponderarem no resultado. Ibn Kassir diz que a história de Uriah mencionada por alguns mufasserin, foi colhida das narrações israelitas, sendo a maior parte dela, uma fabricação deles. Por isso, ele acha que nem se deve mencionar essa história, pois taisnarrações não têm lugar na literatura islámica, devendo ser totalmente evitadas.

Abu Muhammad Ibn Hazam diz no [Kitábul Fassl], que a afirmação do Al- Qur’án é verdadeira, não indicando de forma alguma a narração inventada pelos judeus.

Da mesma maneira, Allama Khafaji, Qadi Iyád, Ibn Hayyan Andalusi, Imám Razi e outros Álimos rejeitaram tais lendas imaginárias e provaram que nenhuma afirmação desse tipo foi narrada pelo Profeta Muhammad (s).

O TAFSSIR CORRECTO

Deixando de lado todas as narrações fabricadas, os mufasserin autênticos explicaram esses versículos na base das afirmações dos Sahábas ou analisando minuciosamente o conteúdo e o contexto dos versículos do Al- Qur’án. Esta será, portanto, a interpretação correcta do tafssir.

1. Ibn Hazam diz que o incidente resume-se à entrada de duas pessoas no quarto de Dawud (as) onde se encontrava, ocupado na adoração a ALLAH. Eles saltaram o muro e entraram de rompante porque tinham uma disputa a resolver e estavam apressados. Dawud (as) ouviu a versão do queixoso, e tendo em conta o conselho e a admoestação, mencionou a corrupção dos tempos. Ele disse que os governantes e as autoridades sempre consideraram os menos privilegiados como instrumentos do seu próprio conforto. Contudo, esses que crêem em ALLAH e praticam boas acções, abstêm-se de tais formas de opressão e temem ALLAH. Pessoas desse tipo são de número reduzido. A seguir, Dawud (as) pronunciou a decisão justa, pondo termo ao caso. Quando os litigantes se foram embora, Dawud (as) ponderou nos favores de ALLAH sobre ele e perguntou a si mesmo como ele podia cumprir os direitos do Criador, que lhe fez arbitrar entre duas pessoas. Essa meditação teve um efeito tão grande sobre ele, que caiu em prostração, arrependendo-se. ALLAH gostou desse ato de David, tendo-o envolvido com a Sua Misericórdia.

Ibn Hazam diz que pedir perdão é um ato tão bom que dispensa a necessidade de antes ter tido lugar algum pecado.

E é por isso que consta no [Al-Qur’án 39:7], que os anjos também pedem perdão, estando eles completamente livres de pecado.
Para além disso, o Al-Qur’án não faz a mínima menção acerca de Dawud (as) ter cometido qualquer pecado. Só diz que ALLAH pô-lo em teste. E não é necessário que se tenha cometido algum pecado para que alguém seja submetido ao teste assim como aconteceu com Ayub(as) (Job). Esta passagem de Dawud (as) também não se deveu a algum pecado, mas sim a simples manifestação decorrente da percepção de uma obrigação, expressando assim a sua humildade de acordo com o grau profético que ele possuía.

Embora este significado do versículo sob discussão possa acomodar este tafssir (explicação), também indica o alto grau de Dawud (as). Porém, é uma explicação à qual se chegou por dedução, não estando mencionada em nenhum versículo do Al-Qur’án ou no Hadice.

2. Abu Musslim diz que quando os dois homens apresentaram o seu caso a Dawud (as) na forma de queixoso e demandado, Dawud (as) não deu ao demandado a oportunidade de se expressar e o conselho que ele deu, parecia que aparentemente apoiava o caso do queixoso. Em casos normais, isso é considerado injusto, portanto o conselho dado por ele, embora fosse um simples conselho e não uma decisão final no caso. Contudo, não ficava bem para o alto cargo que ele ocupava. Portanto, esse foi o teste a que Dawud (as) foi submetido. Em tais ocasiões, ALLAH imediatamente chama a atenção dos Seus servos próximos da situação e repreende-os.

Neste caso também, Dawud (as) imediatamente apercebeu-se que tinha errado e que isso constituía um teste para ele. Então, arrependeu-se e o seu arrependimento foi aceite. Não só, isso tornou-se num meio para ele alcançar um grau mais alto. Depois de tudo aquilo que aconteceu, ALLAH aconselhou a Dawud (as) o seguinte:

“Ó Dawud! Tu não és como os reis e governantes normais deste mundo
que não se interessam da justiça, fazem as suas vontades na criatura de
ALLAH e governam para motivos meramente pessoais. Tu foste nomeado
representante (Khalifa) de ALLAH na terra. Servir a Humanidade é a tua
característica distinta. Não deve haver nenhuma deficiência nesse aspecto.
Considere o caminho reto como o teu.”

Segundo as duas explicações (tafssir), os mufasserin disseram que o caso do tribunal foi real e as duas partes não eram anjos mas sim seres humanos. O texto aparente do Al-Qur’án indica isso.

Apesar de esta explicação ser uma dedução, mesmo assim está de acordo com o texto dos versículos e por isso os mufasserin, largamente aceitaram isso.

Contudo, uma objeção pode ser levantada nas duas explicações acima citadas. Se aceitarmos a primeira explicação, de Ibn Hazam, então o versículo 26 não terá qualquer relação com os versículos anteriores e a corrente de pensamento será interrompida. Qual foi a necessidade de mencionar tão grande virtude de Dawud (as) que só foi mencionada para Ádam (as)?

Segundo a explicação de Abu Musslim, aqui pode surgir a questão: se é um princípio aceite para o juiz escutar o queixoso e o demandado antes de pronunciar qualquer sentença, então como é que um mensageiro de alto grau deixou passar tal princípio?

Vamos mencionar um terceiro tafssir que confirma muito bem o texto dos versículos e está baseado numa afirmação de Abdallah Ibn Abbass:
Abdallah Ibn Abbass _ diz que Dawud (as) tinha dividido o seu dia de trabalho em quatro partes, de tal maneira que, uma parte era dedicada apenas para adorar ALLAH; outra para casos judiciais, para auscultação de problemas da sua gente, outra para tratar dos seus assuntos pessoais, ganho do sustento e descanso e uma outra parte para orientar os israelitas e pregar-lhes sermões.

A parte fixada para adorar ALLAH era muito importante, embora Dawud (as) O adorasse a todos os momentos. Mas nessa parte fixa, ele não fazia nenhuma outra coisa. O Al-

Qur’án diferencia isso ao enfatizar:

“Eis que ele (Dawud) foi contrito!”
[Al-Qur’án 38:30]

Consta também na história, que Dawud (as) costumava fechar o seu quarto e adorar ALLAH para que ninguém o incomodasse. Consta num Hadice em que o Profeta (s) disse: “O melhor Salát perante ALLAH é o Salát de Dawud (as); o melhor Jejum perante ALLAH é o Jejum de Dawud (as). Ele dormia metade da noite e fazia Ibádat num terço da noite e dormia um sexto da noite. E jejuava alternadamente (um dia sim, outro dia não)”.
[Al-Bukhari e Musslim]

Na distribuição dos tempos, esse era o único período em que era muito difícil para qualquer pessoa chegar a Dawud (as). Nesse tempo o seu contato com os israelitas estava completamente cortado.

Durante os outros períodos de tempo, em caso de emergência, Dawud (as) poderia ser contatado.

Não há dúvidas que adorar ALLAH e glorificá-Lo é o objetivo principal de um crente.

Mas para os que foram escolhidos para guiar e servir a Humanidade é preferível que cumpram com as suas obrigações no lugar de se dedicarem à adoração intensiva. Sem dúvidas, um místico (sufi ) alcançará graus muito altos ao dedicar-se exclusivamente na adoração à ALLAH. Pelo contrário, o objectivo da concessão de profecia ao Homem é fazer com que este guie e sirva a Humanidade. Portanto, o grau perfeito de cumprimento da missão incumbida por ALLAH, reside na exaltação das Suas ordens ao estar em contacto com a criatura e não na procura da exclusão, retiro e isolamento.

Não obstante a distribuição de trabalho executada por Dawud (as) ser digna de nota, a determinação de um período de tempo reservado unicamente à adoração, era incompatível com o seu grau da profecia, pois tal não era apropriado para um mensageiro do seu calibre. Ele foi escolhido para ser khalifa,

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad. Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Senhor do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Salam Alaikum Ua Rahmatullah ua Barakatu

Compilado por Hajj Hamza Abdullah Islam – o menor dos servos de Allah

Nenhum comentário: