Isaías Profetizou a Vinda de Muhammad?
Texto Maria Moreira
Os muçulmanos não baseiam sua crença, total ou parcialmente, na Bíblia. A crença islâmica é fundamentada no Qur’an. Mas para fins de apologética, assim como os cristãos cotam versículos corânicos, os muçulmanos cotam versículos bíblicos.
A diferença entre os apologistas cristãos e os apologistas muçulmanos, é que enquanto os cristãos consideram todo o Qur’an como uma farsa, os muçulmanos vêem a Bíblia como um livro sagrado revelado por Deus, que foi parcialmente corrompido pelas mãos humanas.
Por esta razão o outro nome do Qur’an é Al-Furqan (O Critério), porque ele funciona como um critério para determinar onde foram feitas tais alterações e assim, o que conflitar com o Qur’an é rejeitado, e o que o Qur’an confirmar, é considerado como verdadeiro, pelo menos em sua essência.
O profeta Isaías é considerado o maior de todos os profetas do Velho Testamento, e, portanto, é lógico supor que aqueles que tem a Bíblia como fonte de sua fé, considerarão as suas profecias ao menos dignas de uma séria ponderação.
Em Isaías no Capítulo 21 versos 11-17, lemos:
11 Peso de Dumá. Gritam-me de Seir: Guarda, que houve de noite? Guarda, que houve de noite?
12 E disse o guarda: Vem a manhã, e também à noite; se quereis perguntar, perguntai; voltai, vinde.
13 Peso contra Arábia. Nos bosques da Arábia passareis a noite, ó viandantes de Dedanim.
14 Saí com água ao encontro dos sedentos; moradores da terra de Tema saí com pão ao encontro dos fugitivos.
15 Porque fogem de diante das espadas, de diante da espada desembainhada, e de diante do peso da guerra.
16 Porque assim me disse o Senhor: Dentro de um ano, como os anos de jornaleiro, desaparecerá toda a glória de Quedar.
17 E os restantes do número dos flecheiros, os poderosos dos filhos de Quedar, serão diminuídos, porque assim disse o Senhor Deus de Israel.
Estes versos de Isaías se referem claramente aos árabes, e podem ser associados aos eventos relacionados à fuga para a cidade de Medina do profeta Muhammad e da primeira comunidade muçulmana, formada e perseguida em Meca. Eles foram bem recebidos e protegidos pelos seus habitantes, no caso os habitantes de Dumá mencionados na Bíblia.
Como na descrição bíblica, os muçulmanos fugiam das espadas dos inimigos, e assim como mencionado nos versos 16 e 17, este grupo de muçulmanos, venceu 1 ano depois os árabes pagãos na batalha de Badr. Ao longo do primeiro ano, vários árabes pagãos se converteram ao Islam, diminuindo consideravelmente o número de inimigos, aumentando as fileiras do lado dos muçulmanos, e facilitando a vitória que se concretizou posteriormente, nesta batalha. No Easton's Bible Dictionary (Dicionário Bíblico de Easton) podem ser encontradas as seguintes informações, traduzidas parcialmente:
‘Arábia – extensa região árida no sudeste da Ásia. Era dividida em 3 partes:
Arábia Felix – chamada assim por sua fertilidade. Os árabes a chamam de Iêmem;
Arábia Deserta – a el-Badieh dos árabes. Deste nome é derivado o termo geralmente aplicado às tribos nômades que vagueiam na região, beduínos;
Arábia Petraea – a Arábia Rochosa, chamada assim por suas montanhas e planícies rochosas.
A nação moderna dos árabes é predominantemente ismaelita. Seu idioma é o mais desenvolvido e rico de todas as línguas semitas, e é de grande valor para o estudante de hebraico.
Este país é freqüentemente mencionado pelos profetas (Isa. 21:11; 42:11; Jer. 25:24, etc.). Prosseguindo, em Isaías Capítulo 42 versos 1-12 pode-se ler:
''1 Eís aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios.
2 Não clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça.
3 A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega; com verdade trará justiça.
4 Não faltará, nem será quebrantado, até que ponha na terra a justiça; e as ilhas aguardarão a sua lei.
5 Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e espraiou a terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela.
6 Eu, o Senhor, te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, e para luz dos gentios.
7 Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas.
8 Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.
9 Eis que as primeiras coisas já se cumpriram, e as novas eu vos anuncio, e, antes que venham à luz, vo-las faço ouvir.
10 Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra; vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele; vós, ilhas, e seus habitantes.
11 Alcem a voz o deserto e as suas cidades, com as aldeias que Quedar habita; exultem os que habitam nas rochas, e clamem do cume dos montes.
12 Dêem a glória ao Senhor, e anunciem o seu louvor nas ilhas.'' Na Bíblia existe apenas uma personalidade chamada Cedar (ou Quedar). Ele foi o neto do profeta Abraão, através de seu filho Ismael (veja Gên. 25:13). Os descendentes de Cedar se estabeleceram em Paran (deserto Sino-Árabe). Na literatura rabínica a Arábia é chamada ‘Terra de Cedar’ e os árabes são considerados ‘Povo de Cedar’ ou descendentes de Cedar. O profeta Muhammad era um descendente de Cedar. No mesmo Easton's Bible Dictionary (Dicionário Bíblico de Easton), pode-se ler: ''Cedar/Quedar – é o nome das tribos nômades dos árabes, os beduínos geralmente (Isa. 21:16; 42:11; 60:7; Jer. 2:10; Ezeq. 27:21), que habitam no nordeste da Arábia.'' Deus revelou na Terra de Cedar (ou Quedar), através do profeta Muhammad – um descendente direto de Cedar, uma ‘Nova Canção’ – O Alcorão. Esta é a única Escritura revelada na língua dos Cedaritas. Os versos do Alcorão são recitados como um poema. Aproximadamente 1,4 bilhões de muçulmanos, residentes em todo o mundo, recitam esta ‘nova canção’ e glorificam a Deus, em suas preces diárias, cinco vezes ao dia. A Revelação inicial veio ao profeta Muhammad em uma caverna do Monte Hira, próximo à cidade de Meca.
Existem vários montes próximos a Meca. Durante a peregrinação islâmica anual chamada ‘Hajj’, os muçulmanos de todo o mundo, se reúnem em Meca e clamam Glória ao Senhor do topo do Monte Arafat. Os peregrinos continuamente dão Glória a Deus em seus caminhos de ida e volta de Meca.
Isaías fala claramente de um evento futuro e no próprio Dicionário Bíblico de Easton é confirmado que tais passagens se referem aos árabes.
Aqueles que buscam a Verdade, com certeza encontrarão nestas passagens bíblicas uma boa razão para reflexão.
BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen
Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad
Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício de Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.
Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo.
Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).
Compilado por Hajj Hamza Abdullah Islam - o menor dos servos de Allah (SW)
Significados:
SW: Subhana Waataala (Louvado Seja Ele)OBS: Pronuncia-se todas as vezes que se pronuncia o nome de Allah;
SAAS: Salalahu Aleihi wa Salam(Que a paz as Bênçãos e Misericórdia de Allah estejam com Ele) OBS:Se pronuncia-se todas as vezes que se fala no nome do Profeta Muhammad.
2 comentários:
A quem escreveu o texto, quero dizer sinceramente que concordo com o escrito, mas há uma imprecisão grave no texto quando se diz que os cristãos consideram o Alcoraão falso. Na verdade, seria mais correcto dizer que há alguns cristãos que o consideram falsos, mas há outros mais que não. Eu sou critão, mais concretamente católico, e considero um Alcorão um livro sagrado, porque nele estão escritas muitas verdades da fé em que acredito, como Jesus ser o Messias e sua mãe Maria, uma mulher preservada do pecado por vontade divina; para o cristão que conhece a Torá ou Antigo Testamento sabe bem que o Islão é uma promessa de Deus a Abraão, através do seu filho Ismael. Negar o Alcorão é negar a Bíblia e vice-versa. Porquê Deus quis assim? Saberemos na última hora, conforme bem diz um verseto do Alcorão. O que me costuma ver é um mundo cada vez mais pagão e filhos de Abraão andarem à guerra entre si em vez de combater o paganismo...
eis o que penso e vós sereis capazes de exibir isto?
Excelente artigo; só uma ressalva, nós os católicos aceitamos o Alcorão como livro revelado e logo verdadeiro, pois encontram muitas verdades em que acreditamos e sabemos que o Islão é o cumprimento de uma promessa de Deus a Abraão no seu filho Ismael, por isso quando no texto se diz que os critãos consideram falso o Alcorão isso não está correcto e nem os cristão devem fazer isso. O nsso DEUS é o mesmo, só vamos por caminhos diferentes.
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